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Corpografias

Published by maruziadultra, 2020-06-18 21:15:30

Description: Parte da dissertação-obra "Corpografias: incursão de pele imagem escrita pensamento" (PPGAV/ECA/USP). 2012. [Carta-Prefácio de Peter Pál Pelbart]

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Conhecer texturas apresentadas através de tantos – Bergson, Kafka, Deleuze, suas linhas, seus planos, seus verbos... Tudo isto me fez entender que uma textura é composta por aspectos muitos deles invisíveis – talvez apenas os cegos, libertados da visão, sejam capazes de apreender inteiramente tamanha grandeza.

“O mais profundo é a pele” (DELEUZE, 2010, p. 113)

Textar. Alcançar uma textura a ser sentida por todo o corpo, que fosse ela também um corpo: com proeminências, valas, pontos embaralhados de fuga, sombras minúsculas, ranhuras inesperadas... Palpáveis, mas de um modo distinto: (UNO, 2012, p. 49) Como fazer essa textura impregnar o papel sem destituí-la da flutuação...? A música oferece uma contribuição valiosa sobre a tessitura: ela seria a disposição das notas para se acomodarem a uma determinada voz ou a um dado instrumento (HOUAISS, 2012). Do mesmo modo, a voz dérmica ascende de tal conjunção do pensamento, tecendo-se – é o corpo do pensamento que se engendra nesta fala. Assim, os diversos conceitos ressoam, como notas musicais esposadas numa voz; eles espalham- se nas páginas, de uma a outra, dos livros, dos cadernos... uma grande pele envolvendo todos, que já são a própria tessitura.

(DELEUZE, 2010, p. 112) (...) uma aula não tem como objetivo ser entendida totalmente. Uma aula é uma espécie de matéria em movimento. É por isso que é musical. Numa aula, cada grupo ou cada estudante pega o que lhe convém. Uma aula ruim é a que não convém a ninguém. Não podemos dizer que tudo convém a todos. As pessoas têm de esperar. Obviamente, tem alguém meio adormecido. Por que ele acorda misteriosamente no momento que lhe diz respeito? Não há uma lei que diz o que diz respeito a alguém. O assunto de seu interesse é outra coisa. Uma aula é emoção. É tanto emoção quanto inteligência. Sem emoção, não há nada, não há interesse algum. Não é uma questão de entender e ouvir tudo, mas de acordar em tempo de captar o que lhe convém pessoalmente. É por isso que um público variado é muito importante. Sentimos o deslocamento dos centros de interesse, que pulam de um para outro. Isso forma uma espécie de tecido esplêndido, uma espécie de textura. (DELEUZE, 1988-1989. Fragmento da entrevista “O Abecedário de Gilles Deleuze”, seção “P de Professor”)

Sobre Diário de corpo do pensamento A escrita cotidiana de um diário relaciona-se não só com o âmbito confessional da intimidade, mas também com atividades como a náutica e aeronáutica – através do diário de bordo –, e a científica, na figura do diário de campo. Na ciência, o texto diarístico1 desponta como uma necessidade de registrar os meandros das atividades de cientistas durante o processo de descolonização, no início do século XIX. A esses pesquisadores, cabia sair de seus laboratórios e investigar o ‘estrangeiro’. Chegando em terra alheia, eles viam-se como intrusos, demandando, assim, um espaço em que pudessem dizer à 1 (BARROS; PASSOS, 2009, p.175)

vontade o que lhes ocorria. Desse regime de escrita, emerge o fora- texto2 do campo científico, que põe à prova os ditames tradicionais de publicação da experiência científica, ultrapassando a linguagem distanciada e imparcial da divulgação de dados investigativos. O diário deste dispositivo versa o pensamento, percorrendo o engendramento de seu corpo. Dele emerge uma nova categoria no formato diarístico: o diário de corpo, tal como existem os diários de campo, de bordo, de viagem, clínico, etc. Esta variedade de escrita faz elidir certa ordem do discurso, mas não sua realidade: (FOUCAULT, 1970, p. 70) 2 (BARROS; PASSOS, 2009, p.174)

O experimento é grafado com personagens (conceituais?)3 que se interpõem, formando um emaranhado narrativo caracterizado por digressões que se cruzam, desencontram e muitas vezes colidem. Em tal miríade de personas, é possível apontar vozes como a pesquisa, a pesquisadora, a página, a escrita, o pensamento 3 (DELEUZE; GUATTARI, 2010, p. 78)

e a pele. Suas falas são intercambiáveis, não havendo marcação ou legenda que indique uma correspondência fixa nesta polifonia. As vozes do diário são camadas daquela pele de natureza intensiva4. “O mais profundo é a pele” Não é a (falta de) equivalência com personagens que importa, mas sim aquilo que de seus movimentos surge. Invenções infinitas dos zumbidos e balbucios que ascendem dessa tessitura: versões a partir de versões a partir de versões a partir de versões... Espécie de propriedade ficcional.

4 (DELEUZE; GUATTARI, 2008, p. 10; 13)

(Paul Valéry, sobre a criação do livro Alfabeto)

Esse diário de corpo reverbera uma atmosfera5que trans- borda o calendário letivo, incrusta-se em todas as esferas, faz ressoar ideias mantricamente, estica-as, transmuta-as... depois: páginas. Aquela voz dérmica, que se expande e engolfa, na aula. a-voz-dérmica-é-a-aula.

5 (DELEUZE; GUATTARI, 2012b, p. 49; 52)

Através de uma escrita telegráfica, temas e expressões reincidem continuamente no diário, abrindo-lhe, a cada vez, novas camadas; esta constituição fragmentada do texto compõe uma escrita em quadros. Para encarná-la, a página é tomada como tela, fazendo transitar a palavra e o desenho por meios diversos: do traçado manuscrito à digitalização e tratamento como imagem, impressão digital, gravação química e impressão mecânica. Uma vez que as técnicas utilizadas produzem diferentes tipos de relevo numa mesma superfície, a página-gravura6produzida acentua o aspecto tátil no experimento, potencializando as questões mobilizadas por esta pesquisa. 6 A primeira forma de apresentação do “Diário de corpo do pensamento” foi como um conjunto de gravuras em metal feitas a partir de fac-símile do texto manuscrito, impressas sobre papel filtrante preparado com imagem digitalizada (desenhos de Branca de Oliveira). Dimensões: 14 cm x 14 cm. Técnica: Serigrafia/ Água-forte. Tiragem: 12 impressões de cada original. Ano: 2012. Produção: Atelier Paulista. Apoio: Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (CAP/ECA/USP).

Cintilações do ENTRE Algo que impele Impelir é “fazer avançar à força, empurrar, impulsionar; é arremessar com força, atirar, lançar; é dar incentivo, incitar, estimular; é obrigar (alguém) a fazer ou não alguma coisa, coagir, constranger.” (HOUAISS, 2012). Neste trabalho, impelir subsume as definições anteriores com a de vir a ser pele. Ora o inimaginável de tão perto, ora o inalcançável da mais remota distância; ora corpo, ora imagem. Flusser imaginou... 1 (FLUSSER, 2008, p. 39; 42. Trechos do capítulo “Imaginar”)

Através das aproximações e recuos de um incessante zoom in/out, Cintilações do ENTRE forma-se um vulto, o ENTRE. Vir a ser pele é estar-se nele, ser ele – “um redemoinho não se distingue do líquido em que se forma” (PERNIOLA, 2010, p. 274). Viver o toque da profundeza na superfície. Encontro, algo que impele. (UNO, 2012, p. 77)

Cintilações do ENTRE Janela-espelho-tela Pele, esse triz que distingue e estreita, estranha propriedade do ENTRE. Ela é um através, o que não invalida – desta condição advém sua estranheza. Por ser superfície de conexão, de reconhecimento e de acontecimento, a pele pode ser relacionada aos limiares da janela, do espelho e da tela. Estes são espaços de espaços – expressões do através que articulam atravessamentos variados. Espelhos, janelas e telas, cada um a seu modo, reverberam e produzem imagens, coisas, mundos.

A janela é abertura, a intermediação transparente. Como lugar Cintilações do ENTRE de passagem, ela é um portal que comunica cenas e estados de diferentes dimensões. A seu grau de abertura, corresponde um grau de seleção, já que, ao enquadrar, a janela recorta e define bordas. A janela é tanto moldura como desenho do vazio – capaz de emoldurar qualquer conteúdo, no entanto, ela mesma é sempre por onde algo passa, preenchendo seu antes e seu depois, nunca sua tênue existência de trânsito.

Cintilações do ENTRE O espelho é superfície fronteiriça que reflete a luz sobre ela incidida, localizando-se no encontro de dois meios ópticos distintos. O espelho apresenta a singular propriedade de, no presente contínuo e dentro de seu campo de alcance, duplicar, tal e qual, aquilo que o cerca. Fora desse limite, no entanto, nada é reproduzível; sua potência de presentificar, pois, depende do objeto real. Este, por sua vez, aparece já manifesto numa imagem, isto é, o objeto real só é acessível por meio da imagem em que está expresso na realidade. Caso o espelho não seja confrontado com a coisa-a-ser-refletida, a duplicação não acontece. E, quando confrontado com ele mesmo, o espelho é um potencializador de imagens, já que as reproduz ao infinito.

A tela é suporte, base física – opaca, quando ampara qualquer Cintilações do ENTRE projeção, e luminescente, quando as emite; é nela onde os signos se inscrevem. A tela é interface entre sensações; ela media realidades e, nessa vinculação, dispara a experiência de ver no instante efêmero da exibição. Assim, a tela é o aparato que abre à imagem sua existência, somente na medida em que a resguarda. No sutil movimento de guardar e mostrar ao mesmo tempo, a tela detém e revela a imagem, visibiliza-a, possibilitando que a imagem apareça. Como superfície de fluxo, a tela é onde a imagem acontece. Esta, por sua vez, é um composto de sensações que existe numa superfície como pura exterioridade; a imagem não pode ser escavada, nem aninha um atrás de si. Ainda assim, pondo-se continuamente como fora, engendra volumes – dobras, redobras e desdobras nas quais a composição se faz, desfaz e refaz.

Cintilações do ENTRE Ler com dedos O sistema braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, desenvolvido pelo francês Louis Braille. A partir da invenção do sistema, em 1825, ele desenvolveu estudos que resultaram, em 1837, na estrutura básica do código, ainda hoje utilizada mundialmente. | Louis Braille nasceu em 1809. Aos três anos de idade, perdeu a visão, o que o levou a, quatro anos depois, ingressar no Instituto de Cegos de Paris, de onde veio a se tornar, mais tarde, professor. A ideia de criar um alfabeto específico para deficientes visuais surgiu da notícia de que existia um sistema de pontos, inventado com fins militares pelo oficial Charles Barbier, que permitia a leitura de mensagens durante a noite, em lugares onde seria perigoso acender a luz. A partir de adaptações nesse sistema, Louis Braille publicou seu método, adotado oficialmente na Europa e na América em 1852, ano de morte do inventor. | Formalmente, o braille é um alfabeto convencional cujos caracteres são indicados por pontos em alto relevo. A partir da

combinação dos seis pontos dispostos em duas colunas, são gerados Cintilações do ENTRE 63 símbolos diferentes; eles podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais matemáticos e notas musicais. O código é usado em literatura nos diversos idiomas, na simbologia matemática e científica, na música e até mesmo na informática. | O braille aproveita-se do sistema epicrítico do ser humano, relacionado ao tato e à percepção de alterações discretas da temperatura. Esta sensibilidade dita “fina” é responsável pela sensação do toque e da vibração; através dela é possível distinguir, por exemplo, as pequenas diferenças de posicionamento entre dois pontos, conforme exige o braille. No sistema somatossensorial humano, contrasta-se a esse tipo de percepção, a sensibilidade protopática – que é difusa, responsável por impressões dificilmente localizáveis. Ela responde aos estímulos cutâneos dolorosos, além dos graus extremos de temperatura. (Fontes: Projeto Braille Virtual da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP)/ Wikipedia)

Cintilações do ENTRE Palavra-pele: ser e não ser tocável, o toque como questão

Cintilações do ENTRE



CONHECER UMA PERGUNTA IRRESPONDÍVEL

1 1 CHAVES, 2011, p. 57. (Trecho do livro de artista Pois é, de Anésia Pacheco e Chaves)

Como findar isto que é imenso, sem ter nem começo? A pesquisa de uma vida. Inapreensível como aquele sopro – a chama – a chave. A chave perdida. A chave que sequer existe. algo que é impossível procurar, encontrar e tampouco, talvez, perder.2 Por isso não se termina. Que a conclusão verse infinitamente como novas hipóteses. Que suspenda a previsão, para que esta mude: diante de todas as possibilidades, ocupar o lugar de outra. Ser sempre outra. Pretérito mais-que-imperfeito: seria, se fosse, mas não era. Viver a duração de outros mundos. Dentre todos os ondes, estar em nenhures. Insituável. Que corpo é esse?1 2 NIETZSCHE apud DELEUZE, 1976, p. 64.





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