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Valore_Março_2016_Ed08

Published by nei_borges, 2016-06-07 08:29:10

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Edição 08 | www.revistavalore.com.brxInstabilidade Política Desenvolvimento EconômicoCatarinenses reforçam Excelência na produção Os 140 anos da imigração o brilho da indústria de cervejas catalisa italiana e sua influência no cerâmica na Revestir desenvolvimento regional crescimento do mercado

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www.revistavalore.com.br Editorial Direção Geral Entre Adriana Marquezini mudanças [email protected] e novos rumos Financeiro/Faturamento Rubens Scotti Depois de sete edições, a revista VE – Visão Empreen- dedora muda de nome e se assume como “Valore”, acom- [email protected] panhando os tempos em que estamos vivendo. Muda de nome, mas não de qualidade, sempre buscando levar o Editora Chefe melhor de informações do mercado empresarial para seus Joice Quadros leitores. [email protected] Pode parecer estranho para uma revista focada em te- Redação mas voltados para o empreendedorismo abrir com uma Bruna Borges (Coordenação), Denis Luciano, matéria política de capa, aliás um trabalho de fôlego do jornalista Denis Luciano. Mas é exatamente este o impac- Clarissa Crispim, Joyce Diehl, Milena dos to que queremos causar, revelando o quanto as questões Santos e João Pedro Alves políticas podem ajudar ou atrapalhar o desenvolvimento de uma região ou país. Basta ver o que está acontecendo Executiva Comercial hoje no país. Bia Bússolo Mas, apesar das dificuldades que o Brasil enfrenta, re- [email protected] fletindo-se em todos os cantos do país, nossos repórteres Barbara Pedroso foram em busca de notícias dos empreendedores que, apesar de tudo, continuam investindo e de alguma forma [email protected] levando e inovando em suas empresas. Mais ainda, infor- mações sobre os 140 anos de imigração italiana no Brasil Diretora Comercial e o que nossa região está pensando em fazer para come- Adriana Marquezini morar a data, em matéria assinada pela jornalista Milena [email protected] Santos, e as ações de Responsabilidade Social do Sicredi, assinada pela jornalista Clarissa Crispim. Projeto Gráfico Daniel Luís de Andrade Outra interessante reportagem vem do jornalista João Pedro Alves, mostrando que recursos públicos podem, sim, Diagramação e Arte ser muito bem empregados e com transparência, como é Daniel Luís de Andrade o caso do Procon de Criciúma, que tem seu trabalho acom- [email protected] panhado pelo Promotor Alex Cruz. A matéria não deixa de ser uma lagoa de águas limpas no mar de lama que man- Colaboraram nesta edição cha a imagem das instituições públicas do país. Alexandre Kronemberger, Claiton Pacheco Reforçando o time, contamos nesta edição com os co- Galdino, Giovani Duarte Oliveira, mentários de João Paulo Messer e o apoio editorial da jor- Roger Cypriano, Miguel Nozar, Paulo Braga nalista Bruna Borges. Márcio Manoel da Silveira Um forte abraço de toda a equipe. Revisão: Equipe Revista Valore Joice Quadros/Editora [email protected] A Revista Valore é uma publicação (48) 9984 9967 bimestral distribuída de forma dirigida e segmentada na região Sul. Rua João Pessoa, 855 , Sala 05 - Centro CEP.: 88810-020, Criciúma-SC Fone: (48) 3045.2522 [email protected] [email protected] Os conceitos expressados nos artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores. É permitida a reprodução total ou parcial dos conteúdos desta publicação, citando fontes, edição e data de publicação.6 www.revistavalore.com.br

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Índice Revista Valore - Edição 08 14 38 00 - Empreendedorismo Fortalecimento da Produtividade 00 - Indústria Complexo Industrial Sebrae encaminha projeto de encadeamento produtivo para alavancar micro e pequenas Incentivo público resulta em novo espaço em empresas Criciúma para a instalação de empresas de vários segmentos 00 - Inovação Dividindo os lucros 00 - Especial Instabilidade e Desenvolvimento Empresa “Pé de Meia”, de Criciúma, inova com “moedas” para novas compras e até mesmo Lideranças políticas e empresariais analisam pagamento de contas a alternância de poder e sua influência no desenvolvimento 00 - Indústria Sul é show na Exporevestir 00 - Comércio Eficiência em Gestão Empresas cerâmicas mostram sua força, empreendedorismo e inovação em uma das Números comprovam o fortalecimento do Procon de maiores feiras do setor Criciúma, viabilizando melhorias na cidade 00 - Responsabilidade Social8 www.revistavalore.com.br Unicred e Bairro da Juventude Selo “Amigos do Bairro da Juventude” reforça parceria entre a Unicred e o atendimento às crianças do Bairro

00 - IndústriaMercado das microcervejarias em alta00- Gestão Públicahahahahahah haaha ahgahha gagagagaga00 - CulturaItalianos do Sul comemoram140 anos de imigração no Brasil00 - IndústriaTintas Farben crescemalém do mercado nacional 23

News NewsEmpreendedorismo Presidente – Mario WestrupNovo comandona AJE CriciúmaDiretoria visa fortalecer a rede de movimentos direcionadosao fortalecimento do empreendedorismo entre os jovens A condução dos rumos da Asso- mentos característicos dos jovens. dos possuem o mesmo propósitociação dos Jovens Empreendedores Nosso trabalho junto aos empre- e unidos poderemos fazer mais ede Criciúma (AJE) mudou de mãos endedores, sejam donos de em- melhor”, acredita.neste início de ano. Sob o conceito presas, profissionais em cargos dede rede associativista, a diretoria gestão ou interessados em abrir Eventoscomandada pelo presidente Mário novos negócios, ocorre no sentidoN. Westrup pretende ampliar as de agregar conhecimentos, experi- A AJE abriu o calendário de ativi-parcerias com movimentos congê- ências e ampliar a rede de relacio- dades abordando o tema Empreen-neres e fortalecer a representativi- namentos para que possam cres- dedorismo na Crise, com a palestradade do núcleo. cer com sustentabilidade”, explica. do membro do Conselho de Admi- nistração da Imaginarium, Carlos Ações voltadas à capacitação e No entendimento de Westrup, Zilli. O evento levou cerca de 200geração de conhecimento cons- o alinhamento com as universida- pessoas ao auditório Jayme Zanat-tam como prioridade à gestão des e outros movimentos voltados ta, na ACIC.2016/2017, afirma Westrup. “A ao empreendedorismo entre oscoragem e a inovação já são ele- jovens é uma bandeira da AJE. “To-Diretoria AJE 2016/2017 Diretor de Comunicação – João Pedro Alves Diretor de Relações Estratégicas – Arthur ClasenPresidente – Mario Westrup Diretor Financeiro – Humberto Fascin Diretor Jurídico – Marcus SpillereVice-presidente – Renan Búrigo Diretor Comercial – Leandro ZanetteSecretária – Fernanda MendesDiretor de Marketing – Giovani PaganiDiretor de Tecnologia e Inovação – Gélio JúniorDiretora de Relacionamento – Patrícia Corrêa10 www.revistavalore.com.br

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News News Núcleo de Excelência em Gestão A segurança, as melhorias e os explanação do diretor da Academia benefícios oferecidos pelas ferra- Tecnológica de Sistemas de Gestão, mentas de monitoramento e gestão Rogério Campos Meira. Para conhe- dentro das organizações pautaram cer na prática alguns resultados obti- o Fórum Sul Gestão, realizado no dos por empresas que apostam nos mês de março na sede da Associa- métodos de excelência em gestão, a ção Empresarial de Criciúma (Acic), e equipe de melhoria Ação e Reação que deflagrou o início das atividades da Eliane Revestimentos Cerâmicos do recém instituído Núcleo de Exce- apresentou o aperfeiçoamento dos lência na Gestão da entidade (NEG). processos que viabilizaram a fabri- Os cerca de 100 participantes, entre cação de um produto inovador da autoridades e empreendedores, ti- empresa. “Quanto mais as empresas veram a oportunidade de conhecer ao nosso redor tiverem a cultura da melhor o novo núcleo e o Modelo excelência, teremos uma sociedade de Excelência na Gestão (MEG) atra- melhor, consumindo produtos de vés da palestra do diretor técnico da qualidade, bom atendimento e uma Fundação Nacional da Qualidade, série de repercussões positivas que Francisco Teixeira Neto. A aborda- impactarão na qualidade de vida da gem sobre o tema foi ampliada na sociedade”, acredita o coordenador programação do encontro com a do NEG, Renan Búrigo.Reajuste de 11% no mínimo regional Sindicatos patronais e dos traba- Santa Catarina é o único estado em mento Intersindical de Estatística elhadores de diferentes setores da que o mínimo é definido por meio Estudos Socioeconômicos (Dieese-economia catarinense chegaram de negociação. E que este é o sexto -SC), Ivo Castanheira, lembrou quea um acordo sobre o novo salário ano em que sindicatos patronais e o reajuste do piso salarial é muitomínimo regional de 2016. O índice dos trabalhadores chegam, juntos, a esperado por todos os trabalhado-médio de reajuste foi de 11%, com um acordo para a proposta do novo res e tornou-se uma referência paraas novas faixas do piso estadual va- piso catarinense. a economia catarinense.riando entre R$ 1.009 e R$ 1.158. Oacordo foi entregue ao governador “Foi uma negociação difícil nesteRaimundo Colombo, que enviou o ano, diante da conjuntura econô-Projeto de Lei à Assembleia Legis- mica, com forte retração da econo-lativa em regime de urgência. Após mia. Mas foi possível chegar a umaprovação na Assembleia, o docu- consenso mais uma vez, mostrandomento volta para o governador para que a via da negociação tem dadosanção. Transformados em lei, os certo em Santa Catarina. A escolhanovos valores serão retroativos a ja- da negociação é sempre um cami-neiro deste ano. nho muito melhor do que o confli- to”, destacou Côrte. O presidente da Federação dasIndústrias de Santa Catarina (Fiesc), O diretor da Federação dos Tra-Glauco José Côrte, lembrou que balhadores no Comércio (Fecesc) e coordenador sindical do Departa-12 www.revistavalore.com.br

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Especial xInstabilidade Política Desenvolvimento Econômico Por Denis LucianoÉpossíveldesenvolverumacidadeondeaalternâncianopoderditaoritmo?ACriciúmadetantosprefeitosempoucos anos sente os efeitos dessa constante queda de braço? De janeiro de 2005 em diante foram 11 anos eseis prefeitos, dois que eram vereadores e quatro partidos diferentes, fora os interinos: Décio Góes, SérgioPacheco, Anderlei Antonelli, Clésio Salvaro, Itamar da Silva e Márcio Búrigo. E Criciúma nisto? Como fica? Em 3 de outubro de 2004, 38.891 tonelli, o segundo colocado no plei- ele senta com um prefeito. Em outraeleitores de Criciúma votaram em to do ano anterior, tomasse posse. semana já é outro o prefeito. ComoDécio Góes (PT) para prefeito. Era A partir dali, plantava-se a semente negociar assim?”. Smielevski nãoa reeleição do petista, com mais de um debate que hoje a cidade pre- tem dúvidas de que Criciúma per-de 8 mil votos de vantagem em re- cisa desdobrar: qual o impacto que deu, nesta mais de década, investi-lação a Anderlei Antonelli (PMDB). as intempéries políticas dos últimos mentos e investidores por conta daClésio Salvaro (PSDB) e Altair Guidi 11 anos causou à economia de Cri- instabilidade.(PP) fizeram, na ocasião, 17,3 mil e ciúma. A cidade deixou de crescer?16,4 mil votos, respectivamente. Ali Desacelerou o seu desenvolvimento Quem comanda a cidade hojecomeçava, porém, uma ciranda que na esteira da briga pelo poder? não só concorda, como dá exem-até hoje ecoa pela cidade. A cassa- plos. “Há uma relação direta. Comção de Décio, por abuso de poder Na definição de quem vive no a instabilidade política, a cidadeeconômico – uso de um trecho de meio empresarial a impressão é passou a ter dificuldades ao se re-seu jingle de campanha na promo- das piores para uma cidade instável lacionar com o Governo do Estado.ção da Festa das Etnias –, caiu como na vida política. “A troca de man- Notem que não há, à exceção da Viauma bomba em dezembro daquele datários de uma cidade traz claros Rápida, que nem pronta está, qual-ano. Veio 2005 e, com ele, a neces- prejuízos. É difícil de mensurar em quer conquista impactante para Cri-sidade de empossar o presidente números, mas no mínimo a cidade ciúma na última década”, observa oda Câmara, vereador Sérgio Pache- não é bem vista por conta disso”, prefeito Márcio Búrigo. “As pautasco (PP), para ser prefeito até que o argumenta o presidente da Associa- de hoje para o desenvolvimentoimpasse fosse esgotado nas instân- ção Empresarial de Criciúma (Acic), do sul são pautas de vinte anos já.cias jurídicas. Pacheco foi vereador- César Smielevski. Ele cita, ainda, o Está tudo parado, nada anda”, vai-prefeito até o final de abril daquele desconforto psicológico que o cida- fundo. O prefeito vê, inclusive, umano, comandando o município por dão sofre, fora a falta de garantias afastamento da esfera estadual emquatro meses, até que Anderlei An- para quem planeja investir. “Pense relação a cidades que vivem instabi- num empresário? Numa semana lidades políticas, e lembra o exem-14 www.revistavalore.com.br

plo recente de Lages, terra do go- ro de 77 foi realizador. “Tocamos a de “É hora de quem trabalha”, evernador Raimundo Colombo, que construção da Avenida Centenário, com um galo cantando na abertu-no entendimento de Búrigo perdeu, fizemos centros comunitários, esco- ra do horário de rádio e TV, Clésioe bastante, com o afastamento do las, estradas, assentamos famílias, Salvaro (PSDB) e Márcio Búrigo (PP)seu prefeito, sem entrar no mérito concedemos moradias, criamos a lançaram as bases do “Choque dedas razões. Afasc. Fizemos muito com pouco di- Gestão”, e do “Márcio e Eu”. Pela pri- nheiro, e com parcerias”, reconhece meira vez, um jingle trazia à frente Na contramão da desarmonia Manique, enaltecendo a importân- o nome do vice em relação ao can-política, Criciúma viveu fôlegos de cia das portas abertas em esferas didato a prefeito. “Agora é nossadesenvolvimento quando a engre- superiores, por caminhos políticos. vez... É hora de quem trabalha... Énagem local esteve azeitada e an- Até em casos de menor impacto hora de Márcio e Salvaro”, entoava odou bem. Um primeiro exemplo coletivo há provas do quanto a po- tema que embalou a chapa vitorio-vem lá dos anos 70, quando Alge- lítica e o desenvolvimento andam sa naquele pleito. E de fato, o que semiro Manique Barreto (Arena) as- de mãos dadas. “A primeira obra do vendeu nos quatro anos seguintes,sumiu a prefeitura, aclamado nas nosso governo foi em Forquilhinha, de 2009 a 2012, foi um governo “deurnas na eleição de 72, vencendo os uma quadra de esportes a pedido dois prefeitos”, como disse muitasemedebistas Murilo Canto e Ney de da irmã Norberta ao nosso vice. vezes o titular, Clésio. “GoverneiAragão Paz. Manique Barreto cons- Como fomos muito bem votados muito com o meu vice, mas quemtruiu sólida relação com seu vice- por lá, ficamos no compromisso, e faz o vice é o prefeito, que decide se-prefeito Fidélis Back. Para os mais logo cumprimos. A quadra está lá, quer ou não o vice no governo. Euantigos, vem daí o primeiro grande até hoje”, recorda o então prefeito. quis, e dei todo o espaço e prestí-exemplo de uma parceria de palan- gio a ele”, refere. Márcio Búrigo, porque que funcionou – Manique tinha Altair Guidi e Mário Sônego fize- sua vez, recorda que, enquanto vice,os votos do centro da cidade, Back ram um segundo período, e na se- exerceu papel decisivo na maioragregava em um distrito importan- quência de Manique e Back, com o obra do governo Clésio, que foi o in-te, como Forquilhinha, e em outras mesmo ritmo. “Reconheço em Altair vestimento federal de R$ 23 milhõesregiões periféricas –, e assim a vi- Guidi um prefeito estadista, com no canal auxiliar ao Rio Criciúma. “Etória sorriu para os arenistas, que a visão de futuro”, nunca cansa de o mérito daquela operação não mevinham traumatizados da derrota dizer o atual, Márcio Búrigo, ao se foi dado”, enfatiza. Clésio rebate.de 1969 para Nelson Alexandrino e referir a outra época de grandes re- “Não é verdade. Os nomes do Már-João Sônego, do MDB. Alexandrino alizações estruturais para Criciúma, cio Búrigo e do Leodegar Tiscoskie Sônego exemplificaram, em con- com intenso aval político. A gestão (Secretário Nacional de Saneamen-trapartida, uma gestão da qual se de 1977 a 1983 não teve a mesma to do Ministério das Cidades) estãoesperava muito e pouco aconteceu, calmaria nas relações internas do fundidos em uma placa que vai du-justamente pela falta de sintonia que a época de Manique e Back, rar mais de um século, e que estápolítica. Aí, a conjuntura estadual e mas da mesma forma colheu frutos. lá, na praça Nereu Ramos”. Márcio,federal pesou. “Fizemos o que po- “Convivi com Konder Reis, Jorge Bor- por sua vez, recorda “os sacrifícios”demos. Mas, de fato, ser da Arena nhausen e Henrique Córdova como que fez em nome da parceria comtinha lá suas vantagens para os pre- governadores. E com todos eles, uns Clésio. “Eu abri mão de muitas coi-feitos da época”, concorda Alexan- mais, outros menos, fizemos boas sas perante ao meu partido naqueladrino, hoje professor aposentado e parcerias em prol de Criciúma”, época”.vivendo há anos em Florianópolis. conta Altair. São de seu governo aOutro claro vestígio de que desen- construção do Paço Municipal, do Clésio e Márcio, em estaçõesvolvimento e harmonia política, seja Teatro Elias Angeloni e o esgoto em diferentes, concordam sobre a im-a qual custo for, andam de mãos da- parte considerável da cidade, en- portância de um vice afinado comdas. Logo, ser prefeito do MDB em tre outras realizações. “E mexemos o prefeito, na tentativa de fazer umtempos de ditadura militar fechava com a autoestima de Criciúma, nas governo no mesmo rumo e comportas, e não eram poucas. Voltan- comemorações do centenário de foco no desenvolvimento. “Eu go-do a Manique e Back, a parceria mi- colonização em 1980”, lembra, sem vernei a quatro mãos e, se um diagrou dos palanques para o governo. nunca esquecer do papel desempe- voltar a ser prefeito, voltarei a faze-“De fato, Fidélis Back era um grande nhado por seu vice. “O bom vice é o -lo. Não me arrependo. A cidadeparceiro. Governava comigo. Ele cui- vice discreto, leal e trabalhador. Nós precisa de um prefeito e um vicedava de áreas nas quais tinha afini- governamos sim a quatro mãos. E que somem. Não vou apagar o quedade, como o esporte e turismo, e isso bem fez para Criciúma”, resume fizemos da memória, embora tenhafez grandes realizações neste cam- Guidi. havido uma brutal traição do Márciopo”, lembra Manique Barreto, citan- Búrigo comigo”, comenta Clésio. “Odo a realização dos Jogos Abertos Na sequência, Criciúma levou vice atual (Verceli Coral, do PSDB) es-de 1974 em Criciúma como um dos anos para voltar a aprimorar o con- queceu que foi eleito vice da cidade,resultados deste “governar a quatro ceito das quatro mãos que gover- e fez uma opção. A escolha do vicemãos”. É inegável que o governo nam. E, para os tempos modernos, tem que ser muito criteriosa. Sintoinstalado de fevereiro de 73 a janei- isto ganhou um rótulo já na cam- falta de um vice-prefeito”, reclama o panha eleitoral de 2008. Ao ritmo www.revistavalore.com.br 15

atual prefeito. E, curiosamente, tan- à vontade popular mexe com a au- vice e secretários estão ganhandoto Márcio quanto Clésio concordam toestima das pessoas. Aí sim, reflete demais, é incompatível com a nossacom os critérios para a escolha de na economia. O investidor até não realidade econômica”. Mas Márcioum futuro vice-prefeito: sério, traba- coloca dinheiro novo aqui por desar- vê seu governo neste enfoque técni-lhador, responsável com o dinheiro monias políticas, mas a conjuntura co exaltado pelo antecessor. “Comopúblico e que combata desperdícios. nacional pesa muito”, observa Clé- prefeito, me orgulho de que, no meu sio. O ex não perde a oportunidade governo, são colocados mais de mil A relação entre desenvolvimento de cutucar o atual prefeito ao frisar a concursados no governo. É mãoe harmonia política é fomentada, eficiência da máquina pública como de obra muito boa, é uma tropa dee confirmada, por Márcio e Clésio, um vetor de promoção do desenvol- elite que entrou. É o lado bom des-quando ambos se referem a con- vimento. “A gestão tem que ser prio- sa bomba que estourou em nossoquistas dos tempos do “Márcio e ridade. E gerimos a Prefeitura como colo (a decisão judicial de demissãoEu”. “Sou um eterno buscador de uma empresa. A eficiência é neces- de mais de mil servidores contrata-investidores, mas Criciúma não so- sária. No nosso tempo, a reunião do dos irregularmente). Vai melhorar abrevive de pequenos investimentos. secretariado se fazia em uma mesa prestação de serviço, acabar com osTenho pedido ao governador que pequena. Hoje, o prefeito precisa de apaniguados políticos. Hoje, todostraga uma grande empresa para uma mesa enorme, são muitos se- entram no governo por competên-cá, uma multinacional. Falta uma cretários”, alfineta Clésio, que exalta cia, ninguém pergunta mais qual opolítica de atração, falta condição a redução dos gastos públicos como partido do servidor”, garante o pre-econômica, estrutural, mas também uma premissa futura. “Se voltar a feito. Mas Clésio, claro, retruca. “Oambiente político”, pondera Márcio, ser prefeito, e pretendo voltar, vou governo atual está aparelhado poli-evidenciando o peso que a conjun- governar com quatro secretários ticamente, é partidário. O nosso nãotura instável traz na atração de ne- e com salários reduzidos. Prefeito, era”.gócios para a cidade. “O desrespeitoAfinal, qual a razão da briga? A história do rompimento de um horizonte carregado. A pergun- e eu não me arrependo de nada doClésio Salvaro e Márcio Búrigo co- ta para Márcio e Clésio é a mesma: que eu fiz.meça logo após a posse do segun- onde deu errado? Onde a parceirado como prefeito eleito na eleição “Márcio e Eu” acabou? E por qual Clésio Salvaro: Rompemos quan-suplementar de março de 2013. razão? do ele mudou de lado, de parceiros, eCom Clésio reeleito no outubro deixou de fazer a defesa do governoanterior, e a eleição suspensa pe- Márcio Búrigo: Acabou quando do qual ele fez parte. Ele, Márcio, go-los processos enfrentados pelo a sociedade percebeu que o ex-pre- vernou a cidade comigo, ele governotucano, houve uma nova disputa, e feito queria comandar a Prefeitura de fato comigo e depois disse quenela Salvaro mergulhou na campa- de fora. Isso começou a fragilizar não. Ele deixou de falar a verdade,nha de Márcio. O abraçou, o apre- o prefeito Márcio Búrigo e para me em qual tempo eu não sei. Ele negousentou na televisão, nos bairros e apropriar do mandato que as urnas o governo do qual fez parte, lem-vilas, como o seu candidato, o seu me deram, tive que tomar decisões brando que não houve, nos quatrocontinuador. O discurso de sim- internas que fizeram com que o ex- anos da nossa gestão, um só ato quepatia era mútuo. As urnas fizeram prefeito não gostasse e recuasse. As o Executivo tomasse sem o consen-de Márcio Búrigo o prefeito, cujo pessoas me diziam, “Márcio, tens que timento do vice-prefeito. Logo, hojegoverno iniciou em abril de 2013. colocar a tua cara no governo”. O ex- Criciúma tem um prefeito que estáE não demorou para que o céu de -prefeito até poderia participar de mentindo. E fora que ele fez um go-brigadeiro político passasse a ser forma discreta do governo, mas no verno totalmente diferente daquilo fundo as pessoas não queriam isso, que planejamos antes da reeleição. “Administrar é viver paz com quatro mãos, do prefeito e culo ao governo, embora houvesse em paz” do vice. “Eu não tirei férias nos dois oposição, e atuante”. primeiros anos. O regime não per- A memória de Algemiro Manique mitia, vereador não tinha salário. E Com a perspectiva do empresa-Barreto, do alto dos seus 85 anos, a relação harmônica transcendia o riado, César Smielevski vê na fusãonão lhe trai. Administrar foi, ao seu Executivo. O presidente da Câmara do prefeito e do vice a soma que otempo e continua sendo, viver em era o vereador Nereu Guidi e o Le- cidadão e o município precisam. “A gislativo nunca pôs qualquer obstá- soma é o caminho da estabilidade, é isso que o cidadão almeja. E essa16 www.revistavalore.com.br

tranquilidade é que gera negócios. nuadas por Márcio Búrigo, como de- para atrair qualquer grande inves-A conjuntura nacional exemplifi- safios estruturantes para a Criciúma tidor, basta criar o cenário adequa-ca isso hoje. A falta de união entre das próximas décadas. “O Comple- do, e isso passa pela estabilidadea presidente e o vice são solo fértil xo de Educação, que foi abandona- política. “Criciúma tem tudo o quepara o triste panorama do Brasil”, do e vendido, a UPA da Próspera, a precisa. Tem malha viária, tem ma-define o presidente da Acic. praça do Parque na Vila Manaus, o lha ferroviária que liga ao porto de Centro de Recuperação de Depen- Imbituba, a localização é boa, a BR- E o futuro? “Sonho em voltar a dentes Químicos, o Canal Auxiliar, 101 está duplicada. Vejam o queser prefeito de Criciúma. E conse- são obras do planejamento de uma representou a Ambev para Lages.guindo, vou, com um vice bem esco- cidade, que devemos continuar em Precisamos de um investimento as-lhido, dar continuidade ao que não nome do desenvolvimento”. sim, que atraia ao menos R$ 1 bilhãoconseguimos concluir”, desafia Clé- de faturamento. E temos condiçõessio Salvaro. O ex-prefeito cita obras Para Márcio Búrigo, Criciúma tem para isso”.que deixou e que não foram conti- infraestrutura regional suficientePA Márcio Búrigo, prefeito Clésio Salvaro, ex-prefeitoLA “Aqui tem que ter equipe técnica com “Aumentamos de 3 para 5 bilhões de re- capacidade para fazer o futuro acon- ais a movimentação econômica de Cri-VRA tecer. Quero ser um prefeito estadista, ciúma. Atraímos indústrias no vestuário, que não olhe para a próxima urna, mas metalurgia, cerâmica. O empresário vê para a próxima geração” o prefeito trabalhando firme, daí pega junto”.Algemiro Manique Altair Guidi, ex-prefeito César Smielevski, presi-Barreto, ex-prefeito dente da Acic “Fizemos um Paço Municipal que vai du-“Havia um vereador da oposição que rar 200, até 300 anos naquele prédio. “Saúde, educação, mobilidade urbana,me ajudava muito, do MDB. E gover- Aquilo é o símbolo de uma Criciúma de bem estar da sociedade e bom relacio-namos assim, conversando com todos. futuro. Mas é preciso ousar, fazer e unir” namento político com a cidade preci-Nosso governo era repleto de cães fiéis. sam estar de mãos dadas. O empresá-Ninguém roubava nem deixava roubar” rio quer investir em uma cidade onde as pessoas se sentem bem”. www.revistavalore.com.br 17

Indústria Novo complexo industrial em Criciúma Área pública localizada próxima à BR-101 é dividida entre empresários de variados setores da economia Uma área de 18 hectares, locali- para que o negócio se fortaleça técnicas, o espaço passa definiti-zada no bairro Verdinho, em Crici- cada vez mais. Essa é uma via de vamente para a posse do empre-úma, passa em poucos meses a re- mão dupla, a empresa fica mais sário”, explica o chefe do Poderceber indústrias dos mais variados forte e o retorno dos impostos é Executivo criciumense.setores da economia. Após anos investido em melhorias para todadiscutindo o assunto na Justiça, a a população”, afirma o prefeito de A área já foi dividida em seis lo-Administração Municipal conse- Criciúma, Márcio Búrigo. tes de três hectares cada. “Indús-guiu provar que é dona do espaço trias de qualquer setor podem sere agora coloca em prática a ideia O cadastro para ser um dos candidatas a uma vaga. O únicodo novo complexo industrial da critério é estar motivado a crescercidade. Os interessados em fixar o Monitoramento e fazer a cidade crescer economi-seu negócio no local já começaram técnico por 10 anos camente. Estamos em um períodoa se candidatar para receber a do- complicado na economia e açõesação dos terrenos da Prefeitura. A contemplados com as doações dos como essa são de extrema impor-cessão de uso do espaço está con- terrenos deve ser feito junto à Se- tância, pois mostram uma alterna-dicionada à aprovação do Conse- cretaria Municipal de Planejamen- tiva em meio à crise. Não podemoslho Municipal de Desenvolvimento to e Desenvolvimento Econômico. esperar que milagres aconteçam,Econômico. “Depois de fazer o devido cadas- temos que agir e estamos agindo”, tro e ser aprovado pelo Conselho finaliza o prefeito Márcio Búrigo. “A localização desta área é privi- Municipal de Desenvolvimentolegiada, pois fica na Rodovia Jorge Econômico, a empresa recebe o A Secretaria de PlanejamentoLacerda, muito próximo à BR-101, terreno em doação da Prefeitura e Desenvolvimento Econômico dao que facilita o escoamento de e por 10 anos a sua atividade será Prefeitura de Criciúma está loca-possíveis cargas. Nossa intenção é monitorada pelos técnicos munici- lizada no segundo andar do Pavi-fomentar a economia de Criciúma, pais. Após esse período, atendidos lhão de Exposições José Ijair Conti,atraindo investidores para a nos- todos os critérios das avaliações Rua Visconde de Cairú, bairro San-sa cidade e oferecendo vantagens ta Bárbara. O telefone para conta- to é o (48) 3445 7026.18 www.revistavalore.com.br

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Coluna Giovani Duarte Oliveira Os tempos estão [email protected] mudando?Escritório Giovani Duarte Oliveira Advogados Associados OAB|SC 1.550 www.duarteoliveira.adv.brAo longo de nossa história, assisti- zendo para não contar para a mãe? de proposta? Se for quem propõe,mos crises, AÍ-5, revolução de 1964, Ou faz isso que te faço aquilo? Deixa repense, se for quem recebe essegoverno militar, tabela da SUNAB, de ser bobo e aproveita a oportuni- tipo de proposta, recuse de formacongelamento de preços, cader- dade? Em outros termos e formas, veemente, para lembrar para onetas de poupanças bloqueadas, mas com a mesma concepção, é o propositor que isso realmente estáágil para comprar veículos, econo- que estamos vendo nos noticiários errado. Precisamos não somentemia oscilante, enfim, sintomas de todos os dias e talvez por isso que votar em políticos corretos e ho-instabilidade que não gera bons dias atrás ouvi uma definição de nestos, que existem muitos, masresultados no curto, médio e prin- corrupção que achei interessante antes disso, formar nossos filhoscipalmente ao longo prazo. Isso é ter sido criada, que alguém a des- verdadeiros cidadãos, sem lhes fa-sempre resultado de nossa cultura, creveu como “um ótimo negócio do zer propostas de vantagens parapois do povo nascem os represen- qual eu não participo”, será que re- que eles façam o que realmentetantes que agem ou administram almente o é? Eu tenho certeza que tem de fazer. A educação contra amal o nosso rico país. Os tempos não! Apesar de parecer se encaixar corrupção será a alavanca para osão outros, mas se avaliarmos, para aqueles que não se acham cor- país melhorar em todos os pontos enossa cultura não tem progredido, ruptos, por não serem políticos e áreas, como educação, saúde, eco-ao assistirmos diversos tipos de não receberem propina, por outro nomia, soberania e somente assimpropinoduto, mensalão, petrolão, lado, aceitam vantagens indevidas encontraremos o que diz em nossaempreiteiras recebendo do esta- de alguma forma, no exercício de bandeira, a Ordem e o Progresso!do e pagando políticos para fazer sua função profissional ou não. Isso Precisamos nos policiar para nãoobras públicas, percebemos que sempre existiu e não quero acredi- praticarmos corrupção em peque-o tempo é outro, mas a cultura da tar, mas parece que sempre existi- nos detalhes, como ao causar umvantagem individual acima da cole- rá, mas se todos concordamos que dano em uma manobra com o veí-tiva permanece e a obtenção de be- o bem sempre vence o mal, porque culo, procurar saber o proprietárionefícios próprios cada vez fica mais aceitar propostas indevidas? Se se para ressarcí-lo, como achar umaevidente, podendo até ser em razão sabe que isso vai aparecer, e pro- carteira e procurar o dono, comode que a informação tem ganho va disso é que já se ouviu também, receber um troco a maior e devolvê-muito mais velocidade em razão da que quem tem dinheiro para pagar -lo, não agindo de forma que a cor-tecnologia nos meios de comuni- um bom advogado, não vai preso, e rupção é somente praticada por ou-cação, pois, em segundos, o país e proprietários de grandes constru- tro, mas por nós mesmos, quandoaté o exterior sabe tudo o que está toras estão atrás das grades, tudo elegemos a verdade, ou a razão, so-acontecendo. O que entristece a na- porque a justiça é e está para todos, mente àquilo que nos beneficia! Oção é ver alguém levando vantagem e funciona! Mas depende de quem? senso de justiça realmente é quan-indevida, mas será que a sociedade Exatamente! Depende de quem faz do colocamos em prática também ocomo um todo está se prevenindo a coisa certa. E sempre que existe que nos penaliza, pratique, faz bemde que realmente devemos mu- um corrupto, existe alguém para e dê o exemplo antes de cobrar odar? A mudança começa por cada propor a vantagem indevida, ou comportamento, comece a mudan-um que a deseja. Todo instante seja, para existir quem aceita bene- ça por você mesmo! Os tempos re-estamos criticando, mas como es- fícios ilegais, é porque existe aquele almente são outros, e vamos fazertamos agindo com nossos filhos? que propõe! Quem você é? Quem também, com isso, uma evoluçãoNo caso do pai, fazendo algo e di- propõe ou quem recebe esse tipo cultural? Está em suas mãos!20 www.revistavalore.com.br

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EmpreendedorismoSebrae fortaleceprodutividade na regiãoPor João Pedro AlvesLinha de apoio: Programa de Encadeamento Produtivo capacitamicro e pequenas empresas a fornecer para grandes indústrias A competitividade do mercado cialistas do Sebrae. “No processo se 2016. O trabalho de prospecção deexige dos fabricantes o zelo sobre verificou o que as MPEs precisavam potenciais fornecedores começoucada componente do produto an- ajustar para prover produtos para antes da implantação do programates mesmo da geração do que será a Budny, executamos um plano de de encadeamento produtivo e estálevado aos clientes. Para viabilizar a trabalho com capacitação em ges- sendo fortalecido com a atuação dooferta de cada item em conformida- tão e tecnologia”, detalha a analista Sebrae, conta o supervisor de Pro-de com os padrões de excelência às do Sebrae Sul de Santa Catarina, Ju- cessos e Melhoria Contínua da fabri-marcas de médio e grande porte, o liana Ghizzo. cante, Antônio Dagostin.Sebrae desenvolve o programa deEncadeamento Produtivo junto a Entre componentes hidráulicos, “O chamado Cluster Budny surgiufornecedores de micro e pequenas de transmissão, elétricos, eletrôni- através do nosso planejamento es-empresas (MPEs) em todo o país. Na cos, bancos, os tratores da Budny tratégico para 2020 com o objetivoregião carbonífera, dois projetos es- possuem 3.300 itens diferentes, de dar suporte ao desenvolvimentotão em andamento. num total de 4.800 peças fornecidas de fornecedores regionais para su- por 500 empresas. “Além de aproxi- prir as demandas projetadas. Ou- No ano passado foi dado início marmos as MPEs da Budny, levamos tro fator para o desenvolvimentoao trabalho junto à Budny Tratores, esses empreendedores a feiras com do cluster seria o alto investimentoempresa sediada em Içara, como o objetivo de ganhar conhecimen- em capacidade produtiva, verticali-indústria âncora. Ao todo 15 poten- to de mercado e prospectar outros zando muito o nosso parque fabril”,ciais fornecedores foram mapeados clientes”, relata o consultor creden- expõe.e estão sendo capacitados a fim de ciado do Sebrae, Eugênio Martinez.se tornarem aptos a vender para a Perspectivas de crescimento damontadora de máquinas agrícolas. O convênio com a Budny visa in- empresa âncora trazem novas ex-Tudo com a consultoria dos espe- tegrar mais 15 empresas e fechar pectativas a potenciais fornecedo- o grupo com 30 participantes em res do Sul do Estado. A Budny pre-22 www.revistavalore.com.br

tende em breve fabricar a primeira 5S e melhoria do layout e do pro- tor plástico. Um convênio em nívelcolheitadeira de fumo do Brasil. “O cesso de rotomoldagem, ganhando nacional com a Braskem Indústriaque conseguirmos adquirir com produtividade dos processos”, rela- Química terá núcleos espalhadosqualidade de fornecedores da nossa ta. em diferentes estados e em Santaregião, vamos buscar, assim possi- Catarina estará centralizado no Sul.bilitamos a soma de competências Apesar da empresa âncora ocu- O primeiro grupo de 15 micro e pe-para o melhor resultado do grupo. par o mercado de máquinas agrí- quenos negócios deve ser formadoUma parte do sucesso do planeja- colas, a evolução nos processos de até o fim de março, informa Julianamento depende do fornecimento de retomoldagem abrem um campo Ghizzo.matéria-prima e componentes de amplo para a Plascin. “É um mer-qualidade para nossos produtos”, cado muito interessante para nós, “Diferente da Budny, o encade-afirma Dagostin. porque abrange várias áreas, como amento ancorado pela Braskem se agricultura, avicultura, brinquedos, propõe a promover melhorias, ca- petshop. Assim podemos ampliar pacitações e abertura de mercado a gama de produtos num processo junto às microempresas da região que já dominamos sem grandes in- com possibilidade de comprar a vestimentos”, destaca Fascin. matéria-prima da Braskem”, explica a analista do Sebrae. Além das orientações técnicas so- bre as especificidades requisitadas Empreendedores pela grande empresa, os empresá- atendidos rios participantes do encadeamen- to produtivo recebem consultoria Para ser incluída à cadeia produ- em gestão financeira, tecnológica, tiva de uma grande corporação e de layout, planejamento e controle participar do programa de Encadea- de produção (PCP) e em ações de mento Produtivo, a micro ou peque- mercado. “Não adianta ter um bom na empresa deve apresentar poten- produto se não tiver condições de cialidade de fornecer o produto. O vendê-lo de forma competitiva”, resultado do acompanhamento do aponta Martinez. Sebrae traz inovação e aprimora- mento aos processos de produção, Novo ciclo de fortalecendo o setor responsável encadeamento por gerar a maior parte dos em- atende setor plástico pregos formais no país, observa o coordenador regional Sul do Sebrae O segundo encadeamento pro- Santa Catarina, Murilo Gelosa. dutivo na região mobilizará o se-Budny prevê ampliaçãoe novos produtos A perspectiva de abertura de no-vos mercados atraiu o empreende-dor Humberto Fascin, proprietárioda Plascin. Com a entrada no ciclode encadeamento produtivo, a em-presa ampliou o portifólio de peçasplásticas retomoldadas, além depromover aprimoramentos inter-nos. “As consultorias nos proporcio-naram a criação de indicadores dafábrica, implantação do programa www.revistavalore.com.br 23

Coluna Messer24 www.revistavalore.com.br

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ComércioRetorno visível Eficiência em gestão eserviços fortalece Procon de Criciúma e viabiliza melhorias na cidade com oaporte de dinheiro de multas Foto: Portal Engeplus A implantação de uma forma de creveram (perderam o efeito por multas aplicadas pelo Procon.gestão voltada aos resultados ali- vencimento de prazo) e os R$ 9 “Até então o dinheiro das multascerçou uma transformação no Pro- milhões lançados para cobrar, nóscon de Criciúma. Nos últimos três passamos a protestar em cartório”, entrava na conta geral da prefeitu-anos, o órgão se tornou modelo de relata o coordenador do Procon de ra e não era cumprida a destinaçãoeficiência na prestação de serviços, Criciúma, Duda Manenti. prevista para atividades ligadas aotrouxe soluções para as próprias direito do consumidor e o trabalhodificuldades e resolveu problemas A entrada dos recursos asso- para a criação de uma cultura con-até de outros setores da adminis- ciada à adequação à lei municipal sumerista”, explica o promotor datração do município. regulamentadora do Procon (nº 7ª Promotoria de Justiça de Criciú- 4451, de 2002), através de um ter- ma, Alex Sandro Teixeira da Cruz. No planejamento estratégico mo de ajuste de conduta (TAC) comconcebido em abril de 2013 se o Ministério Público de Santa Ca- A cobrança efetiva dos débi-estabeleceu como primeira meta tarina (MPSC), marcou o início de tos engordou a conta do FMDD ecolocar em dia uma pilha de 4300 um novo momento. O alinhamento a tornou um meio para financiarprocessos atrasados. “Havia R$ 20 determinou a criação de uma con- melhorias necessárias à Coordena-milhões em dívida ativa, ou seja, ta própria para o Fundo Municipal doria de Defesa do Consumidor emultas aplicadas e não pagas. dos Direitos Difusos (FMDD), cuja outros projetos. Entre as principaisDessa soma, R$ 11 milhões pres- maior fonte de recursos são as realizações viabilizadas com esses recursos estão a nova sede do Pro-26 www.revistavalore.com.br

con, na Rua Henrique Lage, a refor-ma no Teatro Elias Angeloni, a re-vitalização nos terminais de ônibuscom a troca das escadas rolantes eelevadores no Terminal Central, oWi-fi na Praça Nereu Ramos, alémde eventos como o Natal dos So-nhos 2015 e Procon na Praça. Para receber verbas oriundasdo FMDD, os projetos passam pelocrivo do Conselho Municipal de De-fesa do Consumidor e Cidadania eprecisam de parecer jurídico, su-blinha Duda. “A lei e os TACs pre-viam a destinação de dinheiro paraquestões relacionadas ao direitodo consumidor e a cidadania parao consumo, desde que não infrin-jam normas do Tribunal de Contasdo Estado. No caso do Teatro Muni-cipal e dos terminais, entendemosque há relações de consumo e so-bretudo eram intervenções essen-ciais para a garantia da segurançados usuários”, justifica o promotorAlex Cruz.Números comprovam eficiência Índice de resolutividade A mudança do Procon para a compreende os casos soluciona- 30 %Rua Henrique Lage contribuiu das em até 30 dias. Somos o ter- 85 %(casos solucionadospara a multiplicação dos indicado- ceiro colocado no estado, sendo em até 30 dias)res de atendimento e eficiência. que hoje, dos três advogados, umNa sede anterior eram atendidas se dedica aos novos processos Novaem média 30 pessoas ao dia, en- enquanto dois continuam desafo- Sedequanto hoje o número varia entre gando os atrasados anteriores a120 e 130 usuários. “Saímos de 2013”, explica Duda. Antigaum espaço de 80 m² para outro de Sede450 m², bem localizado e que ofe- A equipe do Procon busca sem-rece dignidade e privacidade aos pre a conciliação entre cliente e até 2014 2015cidadãos com os guichês”, destaca fornecedor na hora, sem a aber-o coordenador do órgão. tura de processo administrativo, www.revistavalore.com.br 27 pondera o coordenador. “Em pa- O índice de resolutividade ralelo temos realizado reuniõesacompanhou o acréscimo nos com empresas por setor para oatendimentos. Os 30% registra- estabelecimento de diretrizes, odos na antiga sede passaram para que acaba resolvendo muitos pro-85% no local atual. “Esse indicador blemas”, conta.

Ranking Conscientizaçãodas multas O baixo índice das lojas do comércio local entre os mais Empresas do setor de telefo- multados – menos de 1% - ocorre pelo trabalho de conciliaçãonia, TV por assinatura e internet mediado pelo Procon e têm a ajuda de eventos e ações organi-lideram o ranking de processos no zados pelo órgão em parceria com a CDL.Procon, com cerca de 60% do total.Logo atrás vêm os bancos, lojas de “Desde o início dessa administração, procuramos nos apro-departamentos e e-commerce que ximar para que o Procon fosse enxergado como parceiro ejuntos totalizam quase 40%. não uma ameaça. Com ações em conjunto, temos informado os associados sobre as leis e como consequência que não se- Má prestação de serviços, co- jam multados”, enaltece o presidente da CDL, Gelson Philippi.brança indevida, propagandaenganosa, descumprimento deoferta e vício no produto são as re-clamações mais comuns. As mul-tas variam de 200 a 3 millhões deUFIRS (R$ 530 a R$ 10 milhões). Cobertura nas ruas Henrique Lage e Coronel Pedro Benedet Motivo de debates no início do ano na cidade, o projeto de cons- trução de cobertura na Rua Henri- que Lage e Coronel Pedro Benedet aparece como possível realização financiada pelo Procon para os próximos meses. A ideia foi levada à sociedade pela Administração Municipal e a Associação dos Lojis- tas da Rua Henrique Lage em ato no mês de janeiro. “Os R$ 2,5 mi- lhões orçados para a obra têm em caixa. Queremos cumprir todas as etapas necessárias, incluindo a realização de audiência pública. É um projeto futurista que dará uma nova cara para a cidade”, acredita Duda.28 www.revistavalore.com.br

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ColunaMarcio Manoel da Silveira Tratamento diferenciado [email protected] para a geração Consultor e Conselheiro de empregos Empresarial e Presidente do Conselho Deliberativo da FampescPessoas têm me perguntado, des- novos investimentos que geram associativismo empresarial atravésde o início deste ano, como fazer novos empregos. Além disso faci- da APEVI (AMPE local) e permitiu apara não se perder empregos e litou e simplificou o acesso ao ca- participação das feiras do empre-gerar novos. A preocupação veio à pital para as pequenas empresas, endedor individual de 2014 e 2015.tona em função do momento po- criou um programa de compras Outro exemplo vem de Blumenau,lítico/econômico que vive o pais e públicas voltadas aos pequenos berço do associativismo de Microque, inevitavelmente, traz reper- negócios e adotou medidas para e Pequena empresa, lá foi criadocussões na vida das pessoas. So- a requalificação profissional dos a Sala do Empreendedor. Nela seluções recentes do que fazer mos- combatentes que retornaram das concentram serviços de aberturatram que são necessários priorizar guerras no Oriente Médio. de empresas reduzindo assim osalgumas ações diretas e investi- A maioria das ações são federais, trâmites burocráticos já que o em-mentos governamentais aliados mas os municípios podem empre- preendedor encontra ali os órgãos,aos investimentos privados. ender medidas que minimizem estaduais e municipais, que parti-O Japão, após o terremoto e o tsu- o impacto e favoreçam a geração cipam do processo. Os resultadosnami ocorrido em 2011, investiu de emprego. O Programa Incuba- alcançados impressionam já que éUS$ 1,3 bilhões na reconstrução dora do Empreendedor de Jaraguá possível abrir empresas num pra-da região devastada, mais US$ 900 do Sul é um exemplo. Nela é ofe- zo de dez dias confrontado com amilhões para a geração de empre- recido endereço fiscal para Micro- média de 120 dias alcançados emgos e US$ 770 milhões para aten- empreendedores Individuais que todo o Brasil. Outro passo impor-der pequenas empresas endivida- executam suas atividades no ende- tante que o município de Jaraguádas. Todas as medidas tomadas reço do cliente (pintor e fotógrafo, do Sul vem empreendendo é odesde o desastre tiveram em co- por exemplo). Foram aprovadas 90 acesso das Micro e Pequenas Em-mum a desoneração e o estímulo atividades diferentes e podem se presas nas compras públicas. Qua-para a geração de empregos. instalar na incubadora. Propicia se 80% das compras de merendaNos Estados Unidos, os programas ainda a aceleração do processo escolar vêm da agricultura familiar“the Recovery Act” (2009) e “The de abertura do negócio e 210 em- e os certames abaixo de 80 mil Re-Jobs Act” (2012) têm como foco a preendedores têm suas atividades ais são exclusivos para o segmen-geração de empregos. Destaco os registradas na incubadora. Propor- to.investimentos públicos, como a ciona também, através do SEBRAE, Dar tratamento diferenciado e fa-reforma e modernização de 35 mil capacitação da gestão do negócio, vorecido aos pequenos negócios,escolas públicas, desoneração em sendo que no ano passado 49 cur- mais de que um dever constitucio-50% dos impostos sobre a folha sos foram oferecidos atingindo nal, é priorizar os empregos gera-de pagamento para quem manter 1032 empreendedores. Por fim, dos pelo setor, que é o maior em-os empregos e corte de 100% para oferece gratuitamente acesso ao pregador do Brasil.30 www.revistavalore.com.br

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Indústria Coleção Mundi, lançamento da Cerâmica Portinari, apostando na edição limitada.Bem representado Por Joyce DiehlEmpresas do Sul catarinense reforçam o brilho da Exporevestir Abrir novas oportunidades, re- investe em design e na evidência se posicionar no mercado interno.forçar as já consolidadas, fortalecer às empresas no mercado externo. Outras vieram focadas em ampliaro setor, melhorar a relação com os À convite da Apex –Brasil, vieram à a gama de negócios, sejam na ex-profissionais: muito além de vitrine Expo Revestir compradores de to- portação, como a Angelgres, ou node lançamentos, a 14ª. Expo Reves- dos os continentes e jornalistas de mercado interno, como a Pierini.tir (1 a 4 de março, São Paulo) teve vários países.como foco reposicionar estratégias Completando 75 anos, a Santapara o mercado interno e estimular Sul catarinense Luzia, de Braço do Norte, mostroua internacionalização. Promovida em alta produtos diferenciados voltadospela ANFACER, Associação Nacional ao especificador e com grandes ex-dos Fabricantes de Cerâmica para A participação de empresas do pectativas nas exportações. “A ExpoRevestimento, Louças Sanitárias e Sul de Santa Catarina foi expressiva. Revestir vem abrindo novos merca-Congêneres, o evento é visto como A Eliane Revestimentos Cerâmicos dos. Para isso, precisa ter produto,um dos principais do mundo nos se- levou as marcas Eliane, Eliane Téc- qualidade, diversidade para compe-tores de arquitetura e construção. nica e Decortiles, apostando no tir”, ressalta Gilberto Zanette, Presi- design e na alta tecnologia. A Cerâ- dente da empresa, que vem apos- A internacionalização foi refor- mica Portinari focou na produção tando em sustentabilidade, comçada com o convênio entre a ANFA- interna, para fugir das importações. rodapés, vistas e decks produzidosCER e a APEX-BRASIL (Agência Brasi- Já a Ceusa segue voltada para o com resíduos em sua composiçãoleira de Promoção de Exportações e segmento luxo, enquanto o Grupo ( 90%), facilitadores de obras, se-Investimentos), que ratificou o pro- Elizabeth viu na feira uma forma de jam elas novas ou reformas, semgrama de estímulo às exportações desperdício de tempo e de investi-do setor, considerado o que mais mento.32 www.revistavalore.com.br

Tradição, valor agregadoe sustentabilidade Motivação não falta para a tos, apostando no mercado inter- Edson Gaidiziski Jr , Presidenteequipe da Eliane, ganhadora de no e mantendo a característica de do Grupo Eliane, e o Look Blue,dois “Best in Show Ceramics Bra- empresa exportadora muito forte produto premiado com Prêmiosil”, prêmio para os melhores lan- desde os anos 1980. Nosso grupo “Best in Show – Ceramics of Brasil”çamentos da Expo Revestir, com o é muito motivado pelo que temosporcelanato Look Blue, patchwork consolidado dentro de nossa em-em tons de azul, e o Blackwood, da presa, por toda a nossa história.”Decortiles, que reproduz a madei- E vai além: “somos competitivos,ra e suas intervenções pelo tem- temos produtos de acordo. Espe-po. Para seu Presidente, Edson ro que o Governo Federal, atravésGaidkinski Jr., são três importan- de seus investimentos e séria mu-tes caminhos a trilhar: “ a Eliane dança na credibilidade, ajude comTécnica, para o mercado interno, melhor infra estrutura e uma iso-com as fachadas ventiladas e pro- nomia em relação a outros paísesdutos com nanotecnologia, a De- na competição”.cortiles, voltada para boutiques. Etudo isso sob o guarda chuva da Para a Cerâmica Portinari, omarca Eliane, com controle muito momento é de revisão. “Mesmoforte sobre seu próprio destino, com a situação econômica dosempre buscando novos nichos país, a empresa procura trazer no-e novos mercados.” A empresa vos olhares, novos produtos paraapresentou o primeiro porcelana- sair da depressão causada peloto de alta performance decorado mercado. Uma das estratégias,em alta definição lançado no Bra- devida a dificuldade da importa-sil, voltado para grandes obras, e ção, foi produzir internamente,uma coleção sustentável, tendo em função dos investimentos quecomo carro chefe o Cleantec, com fez, para dar vazão as necessida-ação autolimpante, antibacteriana des do mercado”, explica Pauloe de purificação do ar, em parce- Benetton, Diretor de Operaçõesria com a japonesa Toto. da empresa. E fala das expecta- tivas da empresa: “fazer um ano Sobre a situação econômica e ponte, com bastante dificuldade,política do país, Edson enfatiza: mas sendo criativo, otimista, re-“10% da conversa é sobre macro- conhecendo as dificuldades queeconomia, 90% sobre a empresa. o mercado está impondo, mas aoNão se pode ignorar que existe mesmo tempo estudando e im-uma situação no mercado interno plantando alternativas”, completadifícil, mas é preciso ser realmen- Paulo em seus quase 30 anos dete otimista, buscando investimen- empresa. www.revistavalore.com.br 33

Sobre o foco nas exportaçõesou ao mercado interno, Paulo falaem equilíbrio. Lembra que sãoaspectos sazonais. Fala em tra-dição - a Cecrisa exporta desde1971 - do tamanho da empresa eda necessidade que isso gera. Odestaque dos lançamentos ficoupor conta da edição limitada daColeção Mundi, exclusiva para osprimeiros compradores. Atender exclusivamente aosnichos A e B nos mercados inter-no e externo, com preço médiode exportação acima da média,são metas da Ceusa. “Desde 2010,dobramos o faturamento sem au-mentar a produção, só agregandovalor ao produto. Éramos lembra-dos por 8% dos arquitetos e hojeatingimos quase 65%. É esse o ni-cho a ser trabalhado”, explica Gil-mar Menegon, Diretor Presidente,comemorando a abertura de no-vos mercados, como Paquistão,Líbano, Emirados Árabes e Dubai. Gilberto Zanette, Presidente da Santa Luzia. Empresa completa 75 anos com foco no design com sustentabilidadeDesign para todos Conforme Mauro do Valle Pe- atrelando o design reconhecido à acréscimo de 8,5% em relação aoreira, Diretor Corporativo da Ce- realidade do mercado”, explica Er- ano anterior – com público de maisrâmica Portobello, a ideia é inovar nani Albuquerque, Superintenden- de 50 países. Entre elas, um pensa-racionalmente:” apostar no design, te Comercial da empresa recém mento unânime: que a crise afetano apelo emocional, na inovação, implantada em Alagoas. A Coleção os negócios, mas que o momentomas também na performance, no 2016 vem assinada por nomes res- é de luta pela mudança. De que ocusto beneficio”. E no forte traba- peitados do design nacional, como ano tenha decididamente come-lho direcionado ao especificador: Marcelo Rosenbaum e o estúdio O çado - e com o pé direito. De que“a venda, mais disputada, tem que Fetiche, focados na identidade do a feira do ano que vem, quando ater respaldo técnico, estar acopla- mercado alvo. E começa com os Expo Revestir completa 15 anos,da ao projeto, vender o sistema. pés no chão: portfólio enxuto, mas seja ainda melhor. Pelo menos noO novo consumidor está cada vez já exportando para cinco continen- que depender das empresas domais antenado, pesquisando, veri- tes. Sul de Santa Catarina.ficando o concorrente”, lembra ele. Representativa, a Expo Reves- Joyce Diehl é criciumense, arquiteta A Pointer traz o DNA do grupo, tir 2016 reuniu 253 expositores, e editora de conteúdo da www.revestir.mas com foco diferente: “miramos sendo 40 internacionais. Segundo com.br, revista on line de arquitetura enum mercado mais econômico, no os organizadores, mais de 66 mil construção, lançada em 2000.design democrático e na logística, pessoas visitaram esta edição - um34 www.revistavalore.com.br

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ColunaAlexandre Kronemberger Arquitetura e gastronomia machadokronemberger.com.br Para elaborar o projeto de arquitetura de uma cozinha CAU A10.920-7 funcional, é importante ter o mesmo cuidado Arquiteto Sócio-proprietário do de quem prepara um prato. Machado & Kronemberger Arquitetura e Design (48) 3437-1762 | 8808-4530 Nossos dias mudaram e para mários práticos com tudo a mão, O mobiliário de cozinhas plane-melhor, principalmente quando é pia grande de preferência compar- jadas estão cada vez mais práticos,em volta de um fogão. Quando va- timentada, ampla bancada e exce- com novos acessórios, gavetas sub-mos reunir amigos, a primeira per- lente iluminação. Um espaço que divididas, iluminação interna, efi-gunta é: “O que vamos comer hoje?” seja muito fácil de limpar e manter. cientes divisores de talheres, orga-Historicamente as refeições são o É gratificante quando conseguimos nizadores de mantimentos unindoelo entre as pessoas. Depois de um executar um projeto funcional com praticidade para acomodar os uten-dia de trabalho, para muitos o con- tudo a vista do cozinheiro. sílios, que são os mimos da cozinha,forto que precisamos está em casa como conjunto de facas e toalhase poder preparar uma saborosa re- Grandes aliados são os eletro- personalizadas,panelas em cerâ-feição com tudo a mão, fica muito domésticos, além de atrativos po- mica, batedeiras e liquidificadoresmais fácil e divertido. dem ser as estrelas do projeto. A coloridos, fritadeiras dos mais va- indústria do ramo, realiza anual- riados tamanhos e para tudo, tem Os cozinheiros amadores e ou mente grandes investimentos para que haver espaço para guardar ouprofissionaisestão buscando pro- lançar no mercado centenas de acomodar.jetos de arquitetura diferenciados. novidades,sempre buscando redu-Osespaços gourmet integrados com ção de consumo de energia e aten- As cozinhas e espaço gourmet,áreas sociais muito confortáveis der a necessidade do consumidor estão cada vez mais modernos epossibilitam agrupar maior numero e com design para acompanhar eficientes, que além de envolver osde pessoas para interagir e compar- as tendências. Assim como os fo- profissionais e mão de obra direta-tilhar com os amigos a arte da culi- gões em linha que estão em alta, mente ligados na execução e finali-nária. Cada “cozinheiro” tem suas osrefrigeradores “SidebySide”, coi- zação do espaço,motiva e obriga apreferências, seus gostos e suas fas, forno elétrico e micro-ondas, gigante cadeia produtiva a buscarinspirações. Uma coisa que gosto tantos outros itens importantes na constantemente o aperfeiçoamen-de ouvir do cliente ou do amigo dele composição da cozinha que tam- to no design. Desde produção dosé que “este espaço ficou a sua cara”, bém é considerada grande vilã no MDFsmelamínicostexturizados ouassim tenho certeza que acertei no consumo de agua, por isso é im- do tipo madeirado, pedras naturaisprojeto. Mas o importante no papel portante adotar máquina de lavar ou sintéticas, revestimentos cerâmi-do arquiteto é lembrar de todos os louça, comprovadamente econô- cose tantos outros itens necessá-elementos que não podem faltar na mica. Adegas e cervejeiras também rios para unir bom gosto ao sabor ecomposição da cozinha, como ex- virou objeto de desejo, com vários mexer com o emocional da pessoacelente exaustão, local para o lixo, tamanhos ou modelos. Podemos que prepara o alimento ou degusta.ter água filtrada ou para reserva até optar por uma peça nova comde água mineral, prateleiras e ar- estilo retrô. Bom apetite!36 www.revistavalore.com.br

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Indústria Excelência em cervejas Produtos fabricados no Sul de Santa Catarina catalisam o crescimento do mercado das microcervejarias artesanais A referência carinhosa de “loira paços. A oportunidade de mercado potencial e sem concorrentes nagelada” está deixando de ser única identificada em 2008 pelo empre- região e começamos a planejar apara os apreciadores brasileiros da endedor Abraão Paes Filho moti- empresa”, relata.cerveja. Bares, restaurantes, super- vou a abertura da Cervejaria Santamercados e lojas especializadas tra- Catarina, de Forquilhinha. “Nossa A falta do hábito de consumo dezem uma variedade cada vez maior família viu que o produto estava cervejas especiais impunha um de-de tipos, cores e sabores produzi- começando a entrar no Brasil em safio extra à pioneira na região. Ados por cervejarias artesanais. 2006 e então fizemos uma pesqui- Saint Bier então incorporou a Lei de sa em outros países, como Ingla- Pureza Alemã ao processo de fabri- Consumidores interessados em terra, Estados Unidos e Alemanha. cação para assegurar a qualidadeprodutos de qualidade superior Vimos um mercado com grande dos produtos. “Este decreto secularimpulsionam a abertura desses es- determina que as receitas incluam38 www.revistavalore.com.br

apenas de água, lúpulo, malte de montante das gigantes do setor, de Abraão Paes Filho e HBB Investi-cevada e fermento. Assim come- conforme a Associação Brasileira mentos e Participações, dona da Laçamos a trazer a inspiração de um da Indústrias da Cerveja (CervBra- Moda, passou por um processo depaís reconhecido no mundo inteiro sil). expansãopelas suas cervejarias e cultura decerveja”, sublinha Abraão. Com 350 mil litros mensais divi- “Promovemos a profissionaliza- didos entre os 40 rótulos das mar- ção dentro da empresa incluindo A mudança de cultura ainda está cas Saint Bier, Coruja, Barco, Lay a mudança na identidade visualno início, mas apresenta um hori- Back e outros produtos indepen- dos produtos. Em meio a isso veiozonte próspero às cerca de 300 mi- dentes, a Cervejaria Santa Catarina a crise econômica ganhou força ecrocervejarias artesanais do Brasil. está entre as maiores microcerveja- nos atrapalhou, porém esses inves-De todas as cervejas consumidas rias do país. A empresa controlada timentos nos deram estabilidade”,no país, apenas 5% está fora do pelas holdings Futurisa, da família conta Abraão.Perspectivas de crescimento Incrustada no início da para- ANÚNCIOdisíaca Serra do Rio do Rastro, aLohn Bier ilustra o potencial decrescimento das microcervejarias.Fundada em outubro 2014, a em-presa alcançou o incremento de30% ao mês de faturamento noano passado. “Ampliamos parasete distribuidores para atendertoda a faixa litorânea de SantaCatarina. Agora queremos fortale-cer a rede atual e ampliar para oOeste do Estado”, projeta o sócio--proprietário Eduardo Felisbino. Sob o solo consta um dos trun-fos da Lohn Bier. A água da SerraCatarinense retirada de um poçoartesiano apresenta a limpidezideal para a elaboração dos 120mil litros de cerveja por mês nafábrica. “A decisão da compra doterreno se deu porque nós conhe-cíamos a qualidade da água”, re-vela Felisbino.Paladar nacional No conjunto de rótulos ofereci- vejas artesanais, a Pilsen perde es- Cervejeiro.com de Criciúma, Netodo pelas cervejarias sul catarinen- paço para outras. “Nossos clientes Zapelini.ses há possibilidades de harmo- tem como característica a buscanizações com quaisquer tipos de por novas marcas, rótulos e sabo- As microcervejarias locais agra-pratos, das entradas às sobreme- res. Geralmente quem está come- dam aos exigentes consumidoressas. A Pilsen, tipo mais tradicional çando a provar cervejas especiais das cervejas artesanais, indica Za-no Brasil, ainda lidera com folga em costuma comprar a Weiss (de trigo) pelini. “Pela maior facilidade devendas na comparação com outros e os de paladar mais acostumado comprar em outros locais, as ven-tipos, com 60% do total em ambas. preferem cervejas mais encorpa- das não sobressaem em relaçãoO índice mostra a preferência dos das e de amargor maior, como a aos produtos nacionais e importa-brasileiros por cervejas leves. IPA (India Pale Ale) e a Stout”, conta dos, no entanto os clientes e visi- o proprietário da franquia Meste- tantes as reconhecem como exce- Nas lojas especializadas em cer- lentes”, afirma o lojista.39 www.revistavalore.com.br

ColunaAlexandre Kronemberger Prepare-se: A sua [email protected] empresa vai fechar Vice-presidente da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil).E nem adianta colocar a culpa na cri- que andam sozinhos. Os drones com os clientes. Um sem número dese, esta não é a 1ª nem a última cri- que poderão fazer entregas e até softwares, ferramentas, técnicas ese. Sua empresa vai fechar por cul- transportar pessoas. As impresso- modelos para facilitar sua e de seuspa sua. O mundo está mudando e ras 3D que poderão construir de clientes.cada vez mais rápido. É a população tudo, inclusive casas. De um jeito ou de outro você e seucrescendo e se deslocando, novas Existem negócios e carreiras que negócio serão afetados, em maiortecnologias que vem surgindo, além irão desaparecer e óbvio que não ou menor grau, mas serão. E caso,de gigantescas mudanças sociais e estou falando das locadoras de ví- você e sua empresa não se movi-culturais. deo, porque estas já eram. mentem, não mudem ela vai fechar.Por incrível que pareça, o pior pro- Por exemplo, como as imobiliárias O jeito que sua empresa fazia negó-blema não é que ela vá fechar e sim de locação irão concorrer com em- cios e ganhava dinheiro não existiráo fato de você não se ligar que isto presas como o Quinto Andar? Um mais. E isto pode ser uma boa noti-vai acontecer. Aceitar que ela vai fe- negócio que promete acabar com os cia, desde que você saia da inércia,char é o 1º passo para tentar evitar intermediadores na locação de imó- da letargia antes dos concorrentes.que isto aconteça. O 2º passo é fazer veis. Você escolhe um imóvel, agen- Lembrando que, concorrência nãoalgo. Tem uma pá de gente vivendo da uma visita e aluga. Sem fiador e é somente aquela loja que está nao dia a dia do seu negócio como se tudo online. frente da sua e que vende os mes-nada estivesse acontecendo lá fora. Heráclito filósofo grego que viveu mo produtos que os seus. Concor-Os taxistas odeiam o Uber, as pesso- 535 a 475 a.C. já dizia “Nada existe rentes são empresas que fornecemas adoram. As empresas de telefo- de permanente a não ser a mudan- produtos ou serviços que substi-nia odeiam o Whatsapp, as pessoas ça.” O que te trouxe até aqui não é tuem o seu de acordo com a visão eadoram. As empresas de TV a cabo mais suficiente para te levar adiante. o uso dos clientes.odeiam o Netflix, as pessoas ado- O “eu sempre fiz assim” não funcio- Não espere, se adapte, evolua, ino-ram. na mais. Você e sua empresa terão ve, mude. Se você não der o exem-De que lado você vai posicionar sua que mudar, que se adaptar. Terão plo, dificilmente a mudança vaiempresa, só do seu lado ou das pes- que fazer um upgrade para se ali- acontecer. O que estamos falandosoas também? nhar com seus clientes. Eu disse se não se trata de mudar uma cor daIsso sem falar de inovações que ain- alinhar, porque se você quiser saber parede ou um móvel de lugar, éda estão engatinhando, mas que antes ou chegar antes terá que fazer uma revolução.tem potencial de revolucionar várias muito mais que isso. Com estas mudanças que estão emmercados igualmente gigantescos. Por outro lado nunca existiram tan- curso, só se pode fazer 2 coisas:Como a indústria automotiva em tas oportunidades para aprender, Ou você muda ou você dança!relação aos carros do Google, Uber para se comunicar com as pessoas, #Updateordie40 www.revistavalore.com.br

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Inovação “Pé de Meia” divide os lucros com clientes Por Milena dos Santos Clientes compram e ganham “moedas” para trocas de produtos, novas compras e até pagar contas Cada vez mais a população bus- “O site que criamos é um plano de distribui 75% de todo dinheiro arre-ca meios para realizar suas com- fidelidade, onde estabelecimentos cadado. Agora estamos buscandopras sem sair do conforto do seu retornam um percentual do consu- aumentar nossa carta de empresaslar. E a internet é um grande atra- mo para pontuar a conta dos seus associadas, pois as pessoas buscamtivo para o desenvolvimento desta clientes que são assinantes do Pé os mais variados produtos”, relata.modalidade de aquisição de pro- de Meia. Esses pontos dão direitodutos, principalmente quando ela a participar da divisão diária de lu- Hoje o “Pé de Meia” é franquia-vem acompanhada de promoções cros do site, além de gerar moedas do em muitas cidades. Quem tivere descontos. Um novo método ain- bônus que poderão ser trocadas interesse em buscar uma franquia,da pouco conhecido é o sistema por produtos e serviços em todos basta procurar os empresários emde compras onde lojas se creden- os parceiros do portal”, destaca. seu escritório que está instalada nociam em um único site e as pessoas 1º andar do Shopping Bortoluzzi,conseguem “moedas” para realizar Hoje o grupo tem mais de 200 em Criciúma (SC), ou através do te-trocas de produtos ou até mesmo empresas cadastradas nos Estados lefone 3045-4554.para realizar compras e pagar con- do Rio Grande do Sul, Santa Cata-tas. rina, São Paulo e Rio de Janeiro. A Artistas de Criciúma meta dos empresários é expandir ganham ajuda com Essa inovação está presente seu negócio para toda a América o sistemano site “Pé de Meia”, que atua no Latina e as empresas associadasmercado a aproximadamente um têm seu nome divulgado no site “Pé Todos os clientes associadosano, dos sócios Anderson Cardoso de Meia”. Por outro lado, o cliente contribuem com os artistas da cida-Leandro, Osvaldir Pereira, Renato se dirige até uma das lojas creden- de. Todos os dias ele deve comprarCardoso Leandro e André Cardoso ciadas onde realiza compras e ao uma música. “Decidimos fazer algoLeandro. Eles seguem a tendência mesmo tempo que paga, ganha. para ajudar músicos que sobrevi-mundial onde as empresas dividem vem da música. Queremos mudarseus lucros entre si e com seus as- Outro ponto importante é que o um pouco essa história, afinal te-sociados. cliente fidelizado consegue pagar mos que valorizar os artistas da contas ou até mesmo transformar nossa terra. Essa é a única exigên- Segundo Anderson Cardoso, que seu bônus em dinheiro. “O compra- cia aos associados”, finaliza o dire-atua como diretor financeiro da em- dor associado pode indicar o site a tor financeiro.presa, o “Pé de Meia” funciona ape- outros clientes para que se asso-nas como um intermediário entre ciem. Além do novo sócio ganhar,as empresas associadas e clientes. ganha quem o indicou. O plano42 www.revistavalore.com.br

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Coluna Paulo Braga Henriques Cultura [email protected] O Primeiro passo para a Sustentabilidade Geógrafo - CREA 061544-1 Consultor em Sustentabilidade Diretor Engenho XYZSustentabilidade é uma exigência para valorização do negócio. seminação e as bases para a cria-legal e de mercado, amplamente O objetivo é modificar a empresa ção de proposições e indicadoresaceita no meio empresarial, está integralmente, a partir de pensa- claros e objetivos, pertinentes àcada vez mais presente no vo- mentos e comportamentos que realidade e momento da empresa.cabulário das empresas, mas na possam gerar mudanças e trans- Na promoção da cultura susten-prática, revela um cenário onde formações externas (sistemas, tabilidade, a empresa precisa sea história ainda não é bem essa. estruturas e processos) efetivas e preocupar basicamente com qua-Ainda é vista como um custo e é duradouras. tro esferas de relações: O nível es-relacionada a aspectos pontuais É preciso ter claro que a sustenta- tratégico conceitual, que nortearáda empresa, como a economia de bilidade é uma postura institucio- as pessoas, processos e produtos;energia e água, gestão de resídu- nal, deve fazer parte da missão, As pessoas, cada um pertencenteos, responsabilidade social ou ao visão e valores do negócio, refletir a um grupo de interesses e de re-marketing socioambiental. a cultura da empresa, permeando lações específicas com a empresa;Sua efetiva incorporação deve fun- todos os níveis hierárquicos e seg- Os processos, sistemas e outrasdamentar a tomada de decisão, mentos. Deve fazer parte do DNA estruturas que ditam padrões eapontar caminhos para redução da organização, expressa em polí- práticas da empresa e Os objeti-de custos e riscos, contribuir com tica institucional condizente, pre- vos e metas, que devem ser clarosa atração de capitais, valorização sentes no discurso, nos processos, e mensuráveis para garantir efici-institucional e melhoria da satis- padrões e práticas cotidianas, nas ência e efetividade.fação de todos os stakeholders. É atividades administrativas e ope- A presença de uma consultoria ex-um diferencial competitivo estra- racionais e ferramentas de contro- terna é salutar, pode facilitar e oti-tégico. le e monitoramento. mizar a transição, mas é possívelMas, para que isso aconteça, o É um processo de alinhamento da desenvolvê-lo de forma autôno-processo de incorporação deve estratégia, do discurso e da prática ma, através de comprometimentopartir da alta direção ou ser am- empresarial, um prisma que deve e proatividade da equipe envol-plamente apoiado por ela. Deve refletir a busca pela criação de co- vida e capacidade de desprendi-ser conduzido de forma orgânica, nhecimento organizacional cons- mento da cultura organizacionalde dentro para fora, entendendo ciente, conhecimento que gera instituída.a empresa como um organismo integração, equilíbrio e inovação. O importante é ter claro que ovivo, no qual o entendimento sis- O ponto de partida deve ser um conhecimento aprofundado dotêmico dos grupos de interesse, mapeamento da empresa. Tal in- negócio e a promoção de transfor-seus principais aspectos e suas vestigação subsidiará a definição mações na dimensão cultural darelações é a prioridade contínua de diretrizes, as estratégias de dis- empresa são a prioridade inicial.44 www.revistavalore.com.br

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Responsabilidade SocialUnicred e Bairro da Juventude Por Clarissa Crispim Selo “Amigos do Bairro da Juventude” reforça parceria entre a cooperativa e o atendimento às crianças do Bairro Entregue à Unicred Sul Catari- Presidente da Unicred, Gilberto Francisco Hobold e Dr. Luiz Miranda,nense em novembro de 2015, o Presidente do Conselho Deliberativo do Bairro, assinam contrato.Selo “Amigos do Bairro da Juventu-de” reforça o compromisso e par- o presidente da Unicred Sul Catari- o maior crescimento do estadoceria entre a cooperativa e a insti- nense, Luiz Vidal Alves de Miranda, O ano de 2015 foi de muito tra-tuição educacional e profissional. “o cooperativismo está diretamen-Através da Lei de Inventivo à Cultu- te relacionado com a comunidade balho e desafios constantes parara, a Unicred é parceira na doação e a missão do Bairro nesse sentido os profissionais que integram apara o Bairro de parte da arrecada- é muito nobre. Essa parceria é de- Unicred Sul Catarinense, mas foição mensal do Imposto de Renda. finitiva”. também um ano de metas alcan- çadas. A cooperativa de crédito Segundo a diretora executiva Unicred Sul Catarinense registra cresceu 27% em recursos admi-do Bairro da Juventude, Sílvia Re-gina Luciano Zanette, concretizaressa parceria no papel é muito im-portante. “O Bairro sempre buscaagregar parceiros e pessoas quetem a sensibilidade e a visão doque o Bairro faz e pretende fazer.Queremos ser referência e traba-lhamos para isso, por isso precisa-mos estar munidos de bons parcei-ros”, disse. Sendo parceria da campanha“Amigos do Bairro da Juventude”a Unicred poderá utilizar o seloem seus materiais publicitários ede comunicação. De acordo com46 www.revistavalore.com.br

nistrados, o maior percentual de tou elevação neste indicador”. crescendo forte em recursos ad-crescimento entre as Unicreds do Para 2016 as perspectivas são ministrados, priorizando sempre aestado. Segundo o Diretor Execu- eficiência, que em tempos de crisetivo da Unicred Sul Catarinense, boas mesmo com tantos rumores é indispensável para manter a boaMarcelo Lima, esse crescimento envolvendo a crise pela qual pas- rentabilidade. Por consequênciaficou, inclusive, acima da média do sa o Brasil. A expectativa é que o alcançaremos boas sobras paraSistema Financeiro Nacional. “En- bom desempenho seja repetido, distribuir entre os cooperados quecerramos 2015 com todos os resul- sempre com responsabilidade e são os verdadeiros donos da coo-tados do Planejamento Estratégico cautela característicos do sistema perativa”, ressaltou o Diretor Exe-atingidos. No crédito, a evolução de cooperativas. “Vamos manter a cutivo.foi de 11,5%, em investimentos cautela no crédito para continuar26% e no número de cooperados ocrescimento foi de 12%, o que fez Números da Unicred Sul Catarinense 2015com que fechássemos o ano com10.300 cooperados”, explicou. Patrimônio Líquido R$ 80.492.718 Destaque também para a renta- Depósitos Totais R$ 336.260.562bilidade com um Retorno sobre oPatrimônio Líquido (ROE) de 187% Operações de Crédito R$ 255.085.794, o que garantiu o posto de Unicredmais rentável de Santa Catarina. Ativos Totais R$ 420.230.639“Outro ponto importante foi o ín-dice médio de inadimplência no Cooperados 10.300decorrer do ano que passou. Elese manteve na média de 2,5%, um Sobras R$ 15.570.378percentual bem abaixo do SistemaFinanceiro Nacional, que apresen-Agências modernas e acessíveis ao cooperado A Unicred Sul Catarinense mais uma agência e assim pode- sidades”, explica o Presidente dapossui três agências em Crici- mos dividir o fluxo de atendimen- Unicred Sul Catarinense, Dr. Luizúma e está presente também to entre as unidades já existentes Vidal Alves de Miranda.em Tubarão, Orleans, Braço do aqui em Criciúma. Agora, nossosNorte, Laguna, Imbituba, Içara, cooperados têm várias opções de Em Criciúma, as outras duasAraranguá e Sombrio. A inaugu- atendimento, podendo escolher agências estão localizadas noração mais recente aconteceu no a que melhor atenda suas neces- bairro Pio Correa e em frente aofinal de novembro, no Centro de Hospital São João Batista.Criciúma. O novo ambiente, noedifício Prime Tower, conta com Cooperativa de Crédito conquistou o selo “Amigos do Bairro da Juventude”estacionamento disponível aosclientes, três caixas eletrônicos euma equipe de sete profissionaisque tornam o atendimento aindamais eficiente. Além disso, a nova agênciapossui capacidade para acomo-dar os mais de 1800 cooperadosque podem realizar seus servi-ços de forma ainda mais rápidae dinâmica.“Faz parte das estra-tégias da cooperativa aumentaros canais de acesso para ampliara qualidade dos serviços, permi-tindo uma aproximação cada vezmaior com os cooperados. Erauma necessidade real termos www.revistavalore.com.br 47

Coluna MIGUEL S. NOZAR Bom senso [email protected] empresarial Economista e ConsultorSócio/Diretor de Nozar & Associacos.Diretor Executivo do BTC Brazilian Trade CenterEspecialista em Marketing Internacional e Gestão Estratégica Os mais sábios afirmam que mazelas de nossa cambaleante mental e decisivo do empresaria-as crises são cíclicas, inevitáveis, economia e dos boatos negativos do na imensa tarefa de construirservem para pôr a prova o direi- que fazem seu cortejo imprescin- o crescimento e a prosperidadeto real do homem ao progresso dível. da Nação?e, de um modo ou de outro, sãoestalidos naturais no longo andar Ou, em outras palavras, aju- .Não é sem propósito queda economia. Mas sempre pas- dam a cavar mais fundo e mais deve ser considerado o exemplosam! rápido o buraco de uma prová- e os ensinamentos das empresas vel depressão, empurrada ladeia americanas que mais cresceram Ou, em outras palavras, as pelos escândalos da corrupção, em tempos difíceis que, de acor-nuvens negras que obscurecem deixando a triste impressão que do com pesquisas realizadas pelao horizonte – o futuro – forço- está chegando a hora do “salve- American Management Associa-samente devem dissipar-se e os -se quem puder”. tion, foram justamente as quebons tempos voltarão. continuaram a investir, a inovar, Será que não está faltando a procurar novos mercados, a di- Isso, se para outra coisa não uma boa dose de bom senso namizar seus setores de marke-serve, deve exigir maior atenção empresarial? E que esse tipo de ting e vendas e a manter atitudese bom senso para tentar mudar a atitude apenas serve para agra- positivas acreditando no seu ne-atitude de muitas empresas que, var o colapso na medida em que gócio com a visão de que tem quecom honrosas exceções, seguem aumenta a profundidade da cri- fazer parte do grupo da frenteum determinado instinto de re- se, puxada agora pelos quatro dos empreendimentos que apro-banho correndo atropeladamen- cavaleiros do final dos tempos da veitarão os benefícios do futuro.te para ganhar tempo ao tempo prosperidade: menos emprego,na velocidade das demissões, menos renda, menos consumo, Será proveitoso refletirmosna redução do ritmo de ativida- menos produção. por um momento sobre tudo odes e na suspensão apressada foi realizado e, concluindo, acre-de quaisquer investimentos. E Ou, num cochilo imperdoável, ditar mais no Brasil não está de-na disseminação impensada das alguns afoitos acham possível es- mais! quecer o papel relevante, funda-48 www.revistavalore.com.br

ANÚNCIODr. Roberto

GESTÃO PÚBLICA50 www.revistavalore.com.br


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