["Caf\u00e9 e coca s\u00e3o estimulantes, o cigarro, ao Erva-mate Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano menos em uma \u00e9poca, foi s\u00edmbolo de status, o cho- colate era at\u00e9 considerado afrodis\u00edaco. O modesto Link com Filosofia mate n\u00e3o tem essa aura. \u00c9 verdade que ganhou fama de diur\u00e9tico, mas, com a quantidade que se Voc\u00ea j\u00e1 pensou sobre o toma, teria de ser diur\u00e9tico mesmo, e, al\u00e9m disso, valor de termos a diversidade quem precisa urinar tanto? cultural em nosso pa\u00eds e n\u00e3o apenas uma \u00fanica cultura Por outro lado, pesou sobre o chimarr\u00e3o a homog\u00eanea? Por que a diver- suspeita de que estivesse associado ao c\u00e2ncer sidade \u00e9 interessante? de es\u00f4fago. Isso, felizmente, n\u00e3o se confirmou. Os fumantes que tomam mate est\u00e3o mais sujeitos \u00e0 doen\u00e7a, mas isso se deve \u00e0 forma de efeitos da \u00e1gua quente e das subst\u00e2ncias cancer\u00edgenas do tabaco. Se for o caso, \u00e9 preciso largar o cigarro. O que seguramente ser\u00e1 um benef\u00edcio. N\u00e3o \u00e9 preciso atribuir ao mate poderes medicamentosos. Seu m\u00e9rito \u00e9 de outra natureza: congrega as pessoas, estimula o sentido de camaradagem. O que tem \u00f3bvios benef\u00edcios emocionais. Num mundo amea- \u00e7ado pela homogeneiza\u00e7\u00e3o, a cultura ga\u00facha, teimosamente, gloriosamente, sobrevive. O que \u00e9 muito bom. Identidade \u00e9 algo a ser preservado, inclusive por se tratar de componente importante da sa\u00fade mental. Melhor tomar chimarr\u00e3o do que recorrer aos psicotr\u00f3picos como forma de preencher o vazio existencial. Fonte: SCLIAR, Moacir. Chimarr\u00e3o. Zero Hora, Porto Alegre, 19 set. 1998. Caderno Vida. 1.\t Voc\u00ea j\u00e1 conhecia o h\u00e1bito de tomar chimarr\u00e3o ou Link com Ci\u00eancias mate? H\u00e1 algum costume parecido onde voc\u00ea mora? Tomar chimarr\u00e3o \u00e9 um 2.\t Pesquise quais as regras para se tomar chimarr\u00e3o. h\u00e1bito saud\u00e1vel? 151","Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Observe a propaganda e responda \u00e0s quest\u00f5es a seguir. 1.\t A casa \u00e9 constru\u00edda de quais materiais? Seria poss\u00edvel habit\u00e1-la? 2.\t Na propaganda aparecem os elementos livro e casa. O que esses elementos podem proporcionar \u00e0s pessoas? 3.\t O objetivo da propaganda publicit\u00e1ria \u00e9 vender ou convencer o p\u00fablico de determi- nado produto\/tema\/assunto. Qual \u00e9 o objetivo da propaganda acima? 4.\t Qual a rela\u00e7\u00e3o do slogan \u201cLer enriquece\u201d com a imagem apresentada pela propaganda? 5.\t Por que ler enriquece? Qual o significado dessa ideia? 152","6.\t Que empresas e\/ou institui\u00e7\u00f5es patrocinaram a Feira do Livro? 7.\t Fa\u00e7a a descri\u00e7\u00e3o da propaganda. Voc\u00ea sabia? Slogan \u00e9 uma ideia re- presentada por uma frase para caracterizar produtos, entidades ou a\u00e7\u00f5es. 8.\t Agora \u00e9 a sua vez de criar. Lembre-se de um Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano livro, hist\u00f3ria ou personagem de que voc\u00ea gostou muito e fa\u00e7a uma propaganda. Depois fa\u00e7a a expo- si\u00e7\u00e3o de seu trabalho no mural de sua escola. Mostrando a l\u00edngua Uso do RR Algumas regras de ortografia n\u00e3o precisam ser s\u00f3 decoradas, podemos aprender a escrever cor- retamente atrav\u00e9s do som. A letra R \u00e9 polivalente, por isso \u00e9 empregada na forma\u00e7\u00e3o de diversos fone- mas. No in\u00edcio de palavras, com o som forte (rindo, ru\u00edna, roupa), no in\u00edcio de s\u00edlabas (Ar\u00e1bia, Ararib\u00e1, carimbo), no interior de s\u00edlabas (cru, crase), no final de s\u00edlabas (acordo, cargo), no final de palavras (acordar, marcar, preferir). Tem tamb\u00e9m o som forte, quando dobrada (carro, corrida) e tamb\u00e9m entre vogal e consoante (bilro, honra). 153","Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Leia o poema de Mario Quintana e responda \u00e0s quest\u00f5es na sequ\u00eancia. Ritmo Na porta A varredeira varre o cisco Varre o cisco Varre o cisco Na pia A menininha escova os dentes Escova os dentes Escova os dentes No arroio A lavadeira bate a roupa Bate roupa Bate roupa At\u00e9 que enfim Se desenrola A corda toda E o mundo gira im\u00f3vel como um pi\u00e3o! Fonte: QUINTANA, Mario. Anota\u00e7\u00f5es po\u00e9ticas. S\u00e3o Paulo: Globo, 1997. p. 65. Leia o poema novamente e atente para as palavras escritas com R. Perceba que quando o R \u00e9 forte, o som \u00e9 produzido na garganta. J\u00e1 quando o R \u00e9 fraco, o som \u00e9 produzido na ponta da l\u00edngua. 1.\t Retire do poema palavras que iniciam com R forte. Voc\u00ea conhece palavras que ini- ciam com R fraco? Quais? 2.\t No come\u00e7o da palavra, quando o som do R \u00e9 forte, podemos usar RR? Quais as pa- lavras que iniciam com RR? 3.\t Retire do poema duas palavras que possuem no final da s\u00edlaba o R forte. 4.\t Justifique o uso de RR nas palavras \u201cvarredeira\u201d, \u201cvarre\u201d e \u201carroio\u201d. 154","5.\t Justifique o uso do R nas palavras \u201cmerenda\u201d, \u201ccaro\u201d e \u201ccareta\u201d. 6.\t A palavra \u201cdesenrola\u201d possui R forte, no entanto usamos R. Justifique esse uso. 7.\t O trava-l\u00edngua \u00e9 um tipo de parlenda. No trava-l\u00edngua as palavras se ordenam sem uma organiza\u00e7\u00e3o mel\u00f3dica, podendo rimar ou n\u00e3o. Divirta-se com os dois exemplos abaixo, tente repeti-los cada vez mais r\u00e1pido e n\u00e3o se esque\u00e7a de pronunci\u00e1-los corretamente. A aranha e a jarra Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano Debaixo da cama tem uma jarra. Dentro da jarra tem uma aranha. Tanto a aranha arranha a jarra, Como a jarra arranha a aranha. O rato roeu O rato roeu a roupa do rei de Roma, o rato roeu a roupa do rei da R\u00fassia, o rato roeu a roupa do Rodovalho\u2026 o rato a roer ro\u00eda. E a Rosa Rita Ramalho do rato a roer se ria. A rata roeu a rolha da garrafa da rainha. Finalizando sem finalizar H\u00e1 peculiaridades em cada cultura que a tornam \u00fanica, no entanto h\u00e1 aspectos comuns que a aproximam de outras culturas. Assim \u00e9 a regi\u00e3o Sul, h\u00e1 uma linha t\u00eanue que diferencia a cultura de um estado de outro. No entanto, as influ\u00eancias atrav\u00e9s das migra\u00e7\u00f5es e da m\u00eddia fazem com que essa linha por vezes desapare\u00e7a. A m\u00fasica a seguir \u00e9 de compositores tradicionalistas, com interpreta\u00e7\u00e3o de uma banda de rock conhecida como a express\u00e3o do Sul. 155","Herdeiro da pampa pobre Engenheiros do Hawaii Composi\u00e7\u00e3o: Ga\u00facho da Fronteira e Vaine Darde Mas que pampa \u00e9 essa que eu recebo agora Com a miss\u00e3o de cultivar ra\u00edzes Se dessa pampa que me fala a hist\u00f3ria N\u00e3o me deixaram nem sequer matizes? Passam \u00e0s m\u00e3os da minha gera\u00e7\u00e3o Heran\u00e7as feitas de fortunas rotas Campos desertos que n\u00e3o geram p\u00e3o Onde a gan\u00e2ncia anda de r\u00e9deas soltas Se for preciso, eu volto a ser caudilho Por essa pampa que ficou pra tr\u00e1s Porque eu n\u00e3o quero deixar pro meu filho A pampa pobre que herdei de meu pai Mas que pampa \u00e9 essa que eu recebo agora Com a miss\u00e3o de cultivar ra\u00edzes Se dessa pampa que me fala a hist\u00f3ria N\u00e3o me deixaram nem sequer matizes? Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Passam \u00e0s m\u00e3os da minha gera\u00e7\u00e3o Heran\u00e7as feitas de fortunas rotas Campos desertos que n\u00e3o geram p\u00e3o Onde a gan\u00e2ncia anda de r\u00e9deas soltas Se for preciso, eu volto a ser caudilho Por essa pampa que ficou pra tr\u00e1s Porque eu n\u00e3o quero deixar pro meu filho A pampa pobre que herdei de meu pai Herdei um campo onde o patr\u00e3o \u00e9 rei Tendo poderes sobre o p\u00e3o e as \u00e1guas Onde esquecido vive o pe\u00e3o sem leis De p\u00e9s descal\u00e7os cabresteando m\u00e1goas O que hoje herdo da minha grei chirua Link com Geografia \u00c9 um desafio que a minha idade afronta Pois me deixaram com a guaiaca nua Pra pagar uma por\u00e7\u00e3o de contas Se for preciso, eu volto a ser caudilho Pesquise quais s\u00e3o as Por essa pampa que ficou pra tr\u00e1s caracter\u00edsticas dos pampas Porque eu n\u00e3o quero deixar pro meu filho ga\u00fachos e que atividades eco- A pampa pobre que herdei de meu pai n\u00f4micas s\u00e3o ali desenvolvidas. Eu n\u00e3o quero deixar pro meu filho A pampa pobre que herdei de meu pai Eu n\u00e3o quero deixar pro meu filho A pampa pobre que herdei de meu pai Fonte: FRONTEIRA, Ga\u00facho da; DARDE, Vaine. Herdeiros da pampa pobre. Int\u00e9rprete: Enge- nheiros do Hawaii. In: ENGENHEIROS DO HAWAII. V\u00e1rias Vari\u00e1veis. BMG \u2013 Ariola, 1997. 1 CD. 156","Lendo a letra da m\u00fasica sobre os pampas sulinos relembre o que vimos sobre Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano o Nordeste e o Sudeste e anote aspectos encontrados em comum nessas partes do terrir\u00f3rio brasileiro. Pampa ga\u00facho 157","Cap\u00edtulo 10 Na rota dos tropeiros \u00c0 margem deste instante detenho-me nas sombras do futuro. Quase alcan\u00e7o o que n\u00e3o sou. Alcides Buss Ponte Herc\u00edlio Luz, Florian\u00f3polis. Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Serra do Rio do Rastro, Lauro M\u00fcller. Farol Santa Marta, Laguna.","O estado de Santa Catarina apresenta um homem catarinense \u201ccom- posto por v\u00e1rias camadas populacionais que se justap\u00f5em e, aos poucos, se entrecruzam, formando o povo catarinense\u201d. Por isso as regi\u00f5es do estado apresentam-se de formas t\u00e3o diferen- ciadas culturalmente que n\u00e3o temos uma caracter\u00edstica que represente Santa Catarina, mas um apanhado delas. Al\u00e9m de uma identidade cultural multifacetada, apresenta tamb\u00e9m uma geografia bem distinta nas regi\u00f5es. Fonte: JUNKES, Lauro. A literatura de Santa Catarina: s\u00edntese informativa. Florian\u00f3polis: UFSC, 1992. p. 9-12. PARAN\u00c1 S\u00e3o Francisco Treze T\u00edlias do Sul RIO GRANDE DO SUL SANTA Itaja\u00ed CATARINA Brusque Florian\u00f3polis OCEANO Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano ATL\u00c2NTICO Motivando a pensar Jari, apenas um curumim Acho que os cara\u00edbas t\u00eam medo de Tam\u00e3i. Contaram que meu povo antes tinha respeito, e muito, por Tum\u00e3i. Mas n\u00e3o vi nada. S\u00f3 via Tam\u00e3i sentado, o dia inteiro, na frente da oca, pensando e pensando. E sempre muito triste. 159","Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Tam\u00e3i dizia que o \u00edndio \u00e9 bobo e vai atr\u00e1s de con- versa de cara\u00edba e que cara\u00edba s\u00f3 traz maldade pro nosso povo. Mas quase ningu\u00e9m mais escutava o velho, porque achavam que a cabe\u00e7a dele n\u00e3o andava mais direito. E cara\u00edbas diziam que Tam\u00e3i falava com esp\u00edritos maus, acho que at\u00e9 o nome que davam era assim parecido com dem\u00f4nios. E da\u00ed meu povo ficou com medo de Tam\u00e3i e evitava conversar com ele. Agora n\u00e3o tem mais ningu\u00e9m da nossa gente. S\u00f3 ele e eu. Mesmo que quisesse n\u00e3o falar com ele, como ia poder? A gente largou os cara\u00edbas e veio embora. Ainda n\u00e3o sei pra onde vamos, nem o que vai ser de mim. S\u00f3 tem ele e eu. Mais ningu\u00e9m. O \u00faltimo da nossa gente morreu ontem. N\u00e3o entendi bem o que Tam\u00e3i fez. Quando morre algu\u00e9m dos cara\u00edbas, eles enterram enleado num pano ou ent\u00e3o num caix\u00e3o de madeira. S\u00f3 isso. Paj\u00e9 fez tudo diferente. Primeiro cantou muitos cantos. Depois enterrou nossa gente num buraco estreito e fundo. Ficavam l\u00e1 dentro acrocadinhos. Paj\u00e9 colocou junto lou\u00e7a de barro, arco, flecha, tacape e muita comida. Disse que iam precisar at\u00e9 que che- gassem dos grandes campos com muita ca\u00e7a e muita \u00e1rvore e muito rio e muito peixe. Tamb\u00e9m nunca vi Tam\u00e3i assim brabo, como quan- do falou com os cara\u00edbas, antes da gente vir embora. Ele sempre andava t\u00e3o quietinho, pelos cantos, quase sumido dos olhos. Ou estava quieto ou ent\u00e3o cantando. Da\u00ed, de repente, falou tudo aquilo pros cara\u00edbas. At\u00e9 eles, que nunca parecem ter medo, ficaram todos as- sustados. A gente andou no mato at\u00e9 chegar aqui na curva do rio. O escuro agora n\u00e3o deixa ver mais nada, mas sei que logo ali tem um rio ainda maior, de \u00e1gua bem escura. Deu pra ver tudo quando ainda tinha claridade. Acho que vamos ficar por algumas luas. O velho falou que aqui o rio ainda tem vida, o mato ainda \u00e9 verde. Foi bem assim que falou, sim. Tamb\u00e9m disse que tem peixe e ca\u00e7a. E muita \u00e1rvore boa para se fazer ub\u00e1. Fonte: ZOTZ, Werner. Apenas um curumim. 27. ed. rev. atual. Florian\u00f3polis: Letras Brasileiras, 2006. p. 12-13. 160","Investigando e refletindo 1.\t No fragmento \u201cAcho que os cara\u00edbas t\u00eam medo de Tam\u00e3i\u201d, temos um narrador em primeira pessoa. Esse narrador s\u00f3 conta a hist\u00f3ria ou \u00e9 um narrador-personagem. Justifique sua resposta. 2.\t No texto \u201cJari, apenas um curumim\u201d, qual o papel Cachoeira Formosa, Rio dos Cedros, ocupado por Jari e por Tam\u00e3i? Santa Catarina. 3.\t Que argumento os cara\u00edbas utilizaram para que o povo ficasse com medo de Tam\u00e3i? 4.\t Qual a inten\u00e7\u00e3o dos cara\u00edbas em dizer que VOCABUL\u00c1RIO Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano Tam\u00e3i falava com dem\u00f4nios? E qual a consequ\u00eancia desse \\\"boato\\\"? Curumim: menino Cara\u00edba: denomina\u00e7\u00e3o que os 5.\t No fragmento o velho \u00edndio declara que \u00edndios davam aos europeus \u201c[...] aqui o rio ainda tem vida, o mato ainda \u00e9 verde\u201d. Oca: casa Ao usar o termo \u201cainda\u201d para referir-se \u00e0 natureza, Enleado: enrolado que ensinamento o \u00edndio quer transmitir ao menino? Acrocadinho: de c\u00f3coras Tacape: cassetete Ub\u00e1: canoa feita a partir de um \u00fanico tronco 161","Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Aprofundando o pensar 1.\t No fragmento abaixo o menino percebe a revolta do paj\u00e9: Tamb\u00e9m nunca vi Tam\u00e3i assim brabo, como quando falou com os cara\u00edbas, antes da gente vir embora. Ele sempre andava t\u00e3o quietinho, pelos cantos, quase sumido dos olhos. Ou estava quieto ou ent\u00e3o cantando. Da\u00ed, de repente, falou tudo aquilo pros cara\u00edbas. At\u00e9 eles, que nunca parecem ter medo, ficaram todos assustados. Crie um pequeno di\u00e1logo em que o paj\u00e9 conversa com o chefe dos cara\u00edbas. Quem representaria nessa situa\u00e7\u00e3o o chefe deles, j\u00e1 que o paj\u00e9 representa os \u00edndios? Que assunto teria deixado o paj\u00e9 t\u00e3o nervoso e t\u00e3o alterado? Use toda sua criatividade e imagina\u00e7\u00e3o para produzir esse di\u00e1logo. Conectando com o mundo Voc\u00ea j\u00e1 visitou uma aldeia ind\u00edgena? Em muitas regi\u00f5es do Brasil elas ainda sobrevivem, no entanto muitas delas adquiriram uma nova configura\u00e7\u00e3o, diferente de como se organi- zavam inicialmente, devido \u00e0s influ\u00eancias dos povos brancos. Pesquise como as aldeias est\u00e3o configuradas atualmente. Forme um grupo e produza um cartaz, um painel, um v\u00eddeo, uma dramatiza\u00e7\u00e3o ou um texto para a apresenta\u00e7\u00e3o e a socializa\u00e7\u00e3o do resultado de sua pesquisa. Situando-me Quando h\u00e1 a \u2018mistura\u2019 de culturas, historicamente, vemos a supremacia de uma cul- tura sobre a outra. Como no caso da imposi\u00e7\u00e3o cultural dos brancos sobre os povos ind\u00ed- genas. Contudo, o hibridismo cultural n\u00e3o \u00e9, necessariamente, de todo negativo. \u00c9 o caso, principalmente, do povo catarinense. No romance hist\u00f3rico Cruzeiros do Sul, da escritora blumenauense Urda Alice Klueger, percebemos as influ\u00eancias que o povo que vive na regi\u00e3o de Santa Catarina recebeu. Hoje, dizemos que Santa Catarina \u00e9 uma cultura h\u00edbrida, mas com caracter\u00edticas pr\u00f3prias. 162","Cruzeiros do Sul Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano Era uma vez Voc\u00ea sabia? dois meninos portugueses. Manoel nascera no reino. Os \u00edndios Xokleng Miguel nascera em S\u00e3o Paulo. viviam entre o planal- Manoel e uma mo\u00e7a portuguesa to e o litoral de Santa chamada Maria Leopolda Catarina. No livro digi- geraram Isabel. tal, em pesquisas, veja Isabel e um desconhecido pirata loiro mais informa\u00e7\u00f5es. geraram Jacinto. Jacinto e C\u00e9lia, a linda Geraram Maneca. Maneca e Clem\u00eancia, a \u00edmpia, geraram Domingos. Domingos e Alexandrina, a escrava geraram Maria Ant\u00f4nia. Maria Ant\u00f4nia e Padre Gen\u00e9sio Guimar\u00e3es geraram Luizinha. Luizinha e Willy Horn, o alem\u00e3o, geraram Mathilde. Mathilde e Erwin Eickenberg geraram Wanda. Wanda e Frutuoso Jo\u00e3o de Souza geraram Enedina. Enedina e Gabriel, o do Paran\u00e1, geraram \u00c1urea. Era uma vez um menino nascido em S\u00e3o Paulo, chamado Miguel de Souza. E era uma vez uma \u00edndia Xokleng chamada Madj\u00e1-Ai\u00fa. Ela conheceu o primeiro branco da hist\u00f3ria de sua tribo. E com ele gerou Marixem. Miguel e Marixem geraram Francisco e Joana. Francisco e C\u00e2ndida geraram Joaquim e, Joana e Mateus, o franc\u00eas geraram Juliana. Juliana e Joaquim, o primo, geraram Catarina. Catarina e Alonso, o do Sul, geraram Abel. Abel e Palmira, a de S\u00e3o Paulo, geraram Aurora, a feliz. Aurora e Deodoro de Souza geraram Calixto. Calixto e sua mulher geraram Ant\u00eddio. Ant\u00eddio e Jandira geraram Pedro, o tropeiro. Pedro e Rosa, a italiana, geraram Arc\u00e2ngelo. Arc\u00e2ngelo e Frieda geraram Get\u00falio. Fonte: KLUEGER, Urda Alice. Cruzeiros do Sul. Florian\u00f3polis: Lunardelli, 1992. p. 429-431. 163","Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Procure conhecer a realidade de sua regi\u00e3o come\u00e7ando pela sua cidade. Que influ- \u00eancias sua regi\u00e3o\/cidade recebeu? Pesquise com seus familiares que grupos \u00e9tnicos fazem parte de sua forma\u00e7\u00e3o familiar. Que tal fazer sua \u00e1rvore geneal\u00f3gica? 164","Mostrando a l\u00edngua No livro digital, em Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano pesquisas, confira o Nova ortografia texto oficial de alguns t\u00f3picos do Acordo Percebemos que h\u00e1 muitas diferen\u00e7as entre a forma com que falamos e a que escrevemos. Ortogr\u00e1fico. Quando falamos, temos a preocupa\u00e7\u00e3o de sermos compreendidos. Imagine, ent\u00e3o, o que aconteceu Voc\u00ea sabia? com os falantes de l\u00edngua portuguesa espalhados pelo mundo, o idioma multiplicou-se em variantes. Que existem o alfabeto manual Dessa forma, o Acordo Ortogr\u00e1fico tornaria uma de Libras, utilizado pelas pessoas escrita mais homog\u00eanea aos usu\u00e1rios do idioma: surdas, e o alfabeto em Braille, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guin\u00e9-Bissau, Mo\u00e7am- utilizado pelas pessoas cegas? bique, Portugal e S\u00e3o Tom\u00e9 e Pr\u00edncipe. AB C D E F S\u00edntese do Acordo G HIJ K L MN O P 1.\t O alfabeto \u00e9 formado por vinte e seis letras: a A (\u00e1), b B (b\u00ea), c C (c\u00ea), d D (d\u00ea), e E (\u00e9), f F (efe), g QR S T U G (g\u00ea ou gu\u00ea), h H (ag\u00e1), i I (i), j J (jota), k K (capa ou V WX Y Z c\u00e1), l L (ele), m M (eme), n N (ene), o O (o), p P (p\u00ea), q Q (qu\u00ea), r R (erre), s S (esse), t T (t\u00ea), u U (u), v V 165 (v\u00ea), w W (d\u00e1blio), x X (xis), y Y (\u00edpsilon), z Z (z\u00ea). Obs.: usam-se ainda o \u00e7 (c\u00ea cedilhado) e os seguintes d\u00edgrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (c\u00ea-ag\u00e1), lh (ele-ag\u00e1), nh (ene-ag\u00e1), gu (gu\u00ea-u) e qu (qu\u00ea-u). O que vai desaparecer da ortografia 2. Acento agudo a. Desaparece nos ditongos abertos \u201c\u00e9i\u201d e \u201c\u00f3i\u201d. As- sim, \u201cid\u00e9ia\u201d e \u201cparan\u00f3ia\u201d passam a ser \u201cideia\u201d e \u201cpa- ranoia\u201d. Em algumas palavras haver\u00e1 a necessida- de de entender o contexto, por exemplo: Eu apoio sua decis\u00e3o. (l\u00ea-se \u201cap\u00f3io\u201d) Ele perdeu o apoio do presidente. (l\u00ea-se \u201capoio\u201d)","Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o b. Desaparece no \u201ci\u201d e no \u201cu\u201d ap\u00f3s ditongos (uni\u00e3o de duas vogais) em palavras com a pen\u00faltima s\u00edlaba t\u00f4nica (que \u00e9 pronunciada com mais for\u00e7a, a parox\u00edtona). Exemplo: feiura. 3. Acento circunflexo Ser\u00e1 eliminado das palavras que terminarem em \u201c\u00eaem\u201d (terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo de \u201ccrer\u201d, \u201cver\u201d, \u201cdar\u201d\u2026) e em \u201c\u00f4o\u201d (hiato). Caso de \u201ccr\u00eaem\u201d, \u201cv\u00eaem\u201d, \u201cd\u00eaem\u201d e de \u201cenj\u00f4o\u201d e \u201cv\u00f4o\u201d. 4. Acento diferencial Desaparecem da escrita. Exemplo: \u201cpelo\u201d (por meio de, ou preposi\u00e7\u00e3o + artigo), \u201cp\u00ealo\u201d (de cachorro, ou substantivo) e \u201cp\u00e9lo\u201d (flex\u00e3o do verbo \u201cpelar\u201d) passam a ser escritos \u201cpelo\u201d. Exce\u00e7\u00f5es: para os verbos \u201cp\u00f4r\u201d e \u201cpoder\u201d. 5. Trema Desaparece de todas as palavras. \u00c0 exce\u00e7\u00e3o de nomes pr\u00f3prios, como Br\u00fcgman. 6. H\u00edfen a. O h\u00edfen desaparece das palavras em que o se- gundo elemento come\u00e7ar com \u201cs\u201d ou \u201cr\u201d. Duplicam- -se as letras \u201cs\u201d ou \u201cr\u201d. Exemplo: contra-regra \u2013 con- trarregra; contra-senso \u2013 contrassenso. Exce\u00e7\u00e3o: palavra cujo prefixo termine em \u201cr\u201d n\u00e3o muda. Exemplo: super-resistente. b. Quando o primeiro elemento termina e o segundo come\u00e7a com vogal. Exemplo: auto-escola \u2013 autoescola; extra- escolar \u2013 extraescolar. Obs.: J\u00e1 em Portugal caem o \u201cc\u201d e o \u201cp\u201d mudos, como \u201c\u00f3ptica\u201d e \u201cacto\u201d. Palavras como \u201cherva\u201d e \u201ch\u00famido\u201d passam a ser escritas \u201cerva\u201d e \u201c\u00famido\u201d. 166","1.\t Com o novo Acordo, quantas letras passa a ter o alfabeto da l\u00edngua portuguesa? 2.\t De acordo com o novo Acordo, como passariam a ser escritas as palavras \u201cassem- bl\u00e9ia\u201d e \u201cid\u00e9ia\u201d? Que regra aplica-se a cada palavra? 3.\t Use a palavra correta de acordo com a nova ortografia. a. Ele foi pela\t . (auto-estrada\/autoestrada) b. As lentes dos meus \u00f3culos s\u00e3o\t . (anti-reflexo\/ antirreflexo) c. Luis Fernando Veriss\u00edmos \u00e9\t (co-autor\/ coautor) da pe\u00e7a e tamb\u00e9m o\t (co-diretor\/ codiretor) do show de saxofone. d. Pedimos uma pizza pelo servi\u00e7o de\t . (teleentrega\/tele-entrega) e. Eu sempre fui uma pessoa\t . (super-rom\u00e2ntica\/ superrom\u00e2ntica) f. Voc\u00ea n\u00e3o acha que a\t (mini-saia\/minissaia) est\u00e1 curta demais? g. J\u00e1 tenho que usar creme\t . (antissinais\/ anti-sinais) 4.\t Verifique qual das palavras abaixo dever\u00e1 receber acento circunflexo. Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano Coo Voo Veem Perdoo Pode Leem 5.\t Assinale a alternativa que apresenta todas as palavras escritas corretamente. a. \u00darsula, min\u00e9rio, id\u00e9ia, caj\u00fa, Paran\u00e1 b. Ursula, minerio, ideia, caju, Parana c. \u00darsula, minerio, ideia, caju, Paran\u00e1 d. \u00darsula, min\u00e9rio, ideia, caju, Paran\u00e1 e. \u00darsula, minerio, ideia, caj\u00fa, Paran\u00e1 167","Colocando a m\u00e3o na massa Na m\u00fasica Canta Catarina, o eu l\u00edrico canta caracter\u00edsticas do estado e o seu sentimento de orgulho pelo lugar onde vive. Utiliza-se de uma linguagem coloquial, com express\u00f5es t\u00edpicas da regi\u00e3o Sul. Em duplas, criem uma m\u00fasica ou uma poesia, atrav\u00e9s da qual retratem as belezas naturais, a cultura e os costumes do local em que vivem. O pr\u00f3ximo passo \u00e9 fazerem a apresenta\u00e7\u00e3o de suas produ\u00e7\u00f5es \u00e0 turma. Canta Catarina (Composi\u00e7\u00e3o Elton Saldanha) Cole\u00e7\u00e3o Linguagem: A arte da reflex\u00e3o Quando gritaram Catarina O povo se levanta Me apresentei Canta Catarina, canta Puxei um mango de lei Quando eu abro o peito Sentei o chap\u00e9u pra cima nem uma gralha se espanta Gritaram Catarina Quando gritaram Catarina Se ouvia os berros Amuntei e me benzi Era eu juntando uns loco Sentei um sapucai A bra\u00e7o e ponta de ferro Num balan\u00e7o Cacumbi Meu v\u00e9io foi pescador Gritaram Catarina Ferrava em riba de quilha Um santo baixou ali \u201cLa vieja\u201d era uma paisana Era minha ra\u00e7a a cavalo Peleava com a fam\u00edlia Num estilo Guarany Fui plantado nessa terra Nasci na coxilha rica Como quem planta pinh\u00e3o Junto ao gritedo das gralha O vento embalando a gente Deixando marcas no ch\u00e3o E meto mango, e meto espora Carca essa marca Em qualquer bicho semovente Que eu grudo no remelexo Com neve minha alma \u00e9 leve Deixa que eu puxo do quixo Mas com fogo \u00e9 diferente S\u00f3 porque esse trecho \u00e9 meu S\u00f3 n\u00e3o mexam com as gralhas Cruzo, eu boleio Que este bicho \u00e9 meu parente Na volta fa\u00e7o o jardeio Atira o chap\u00e9u pra cima, Catarina Depois eu mostro o floreio E agradece a terra santa Que a santa terra me deu A terra Santa Catarina Canta Catarina, canta Quando eu vou na crina Fonte: SALDANHA, Elton. Canta Catarina. Int\u00e9rprete: Nativos. In: NATIVOS. Canta Catarina. CIT, 2001. 1 CD. 168","Finalizando sem finalizar Neste cap\u00edtulo refletimos sobre o hibridismo Imigrantes alem\u00e3es fundaram Blumenau. cultural. O estado de Santa Catarina, talvez, seja um dos quais em que mais facilmente se percebam os v\u00e1rios grupos \u00e9tnicos coexistindo harmoniosamente. Observe com aten\u00e7\u00e3o as imagens a seguir e conhe\u00e7a algumas das con- tribui\u00e7\u00f5es dos diferentes grupos culturais. A imigra\u00e7\u00e3o austr\u00edaca est\u00e1 presente na arquitetura Na casa de pedra, em Nova Veneza, observa- de Treze T\u00edlias. mos os tra\u00e7os da constru\u00e7\u00e3o italiana. A renda de bilro \u00e9 heran\u00e7a da imigra\u00e7\u00e3o a\u00e7oriana. Linguagem: Conex\u00e3o com o mundo \/ 7o ano A marca da religiosidade polonesa se faz notar Ind\u00edgenas est\u00e3o presentes no passado e no pelas igrejas cuidadosamente constru\u00eddas. presente de muitos munic\u00edpios catarinenses. 169"]
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