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América Feminina

Published by Lisiane Alonço de Medeiros, 2021-10-27 22:18:22

Description: Segunda revista digital do projeto Diversidade & Pluralismo desenvolvido com os estudantes da turma de 2º ano do Ensino Médio do Colégio Vicentino Santa Cecília.

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CULTURA DO ESTUPRO Por Amanda Flores Malaguez ABSTRACT The objective of this work is to demonstrate how rape culture is inserted in Brazilian society today, which cultural mechanisms promote it and how they protect the aggressor, annulling the victim's feelings Keywords: Victim. Aggressor. Rape RESUMO O objetivo desse trabalho é demonstrar como a cultura do estupro está inserida na sociedade brasileira hoje em dia, quais mecanismos culturais a promovem e como protegem o agressor, anulando o sentimento da vítima. O ESTUPRO O estupro é um crime hediondo e injustificável. De acordo com o artigo 213 do código penal brasileiro, estupro é todo ato que constrange alguém, seja com violência ou ameaças, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique ato libidinoso.

Porque ´cultura do estupro´? Para entender o que é a cultura do estupro, primeiramente, devemos entender o que é cultura. Cultura, segundo a antropologia, é o conjunto característico do modo de vida de uma sociedade, comunidade ou grupo. Portanto, chamar uma prática social de cultura remete a ela uma série de fatores que exprimem que essa conduta caracteriza-se por ser algo feito de maneira normalizada e não como exceções, ou seja, pondo essa ação como uma atividade humana. De muitas maneiras, a cultura do machismo contribui para a reprodução desse tipo de violência focada, principalmente, contra a mulher. A sociedade, como foi dito anteriormente, é a principal causa da cultura do estupro existir hoje em dia no Brasil, pois quando uma mulher relata um caso de estupro, a mesma é questionada sobre suas atitudes e vestimentas no momento do ocorrido. Relatos de estupro acontecem nos mais diversos ambientes, desde ruas escuras, até dentro da casa ‘segura’ da vítima.

O agressor O modo de agir dos agressores tem variações e são diferentes de caso a caso, o que pode fazer com que a penetração vaginal não ocorra em todos os casos de violência sexual. Um dos motivos para isso ocorrer é o agressor excluir a penetração com o objetivo de encobrir seus rastros para que não seja identificado. Entender isso se faz muito importante para que outras formas de violência e violação sejam enquadradas ao estupro, considerando que por muito tempo a compreensão de estupro só era validada se fosse comprovado a penetração vaginal forçada. O papel do sexo dentro da cultura do estupro é um fator importante para entendermos que grande parte do problema se dá pela repressão sexual que a mulher sofre e em contra partida o incentivo sexual recebido pelos homens. A reputação da vítima Não basta a confirmação do ato de estupro, também é feita uma apuração sobre o histórico da vítima, o fator reputação e o modo como a sociedade julga o comportamento da vítima antes do estupro. Ou seja, para ser reconhecida como vítima de estupro, não basta sofrer a violência física, é preciso que a mulher, antes do ocorrido, tenha sido classificada dentro da reputação ao qual a sociedade impõe de ‘mulher para casar’, caso contrário, o estupro não será nada mais do que consequência de um comportamento inapropriado e de vestimentas indevidas.

Casos de estupro no Brasil SEGUNDO O DÉCIMO TERCEIRO ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 66 MILPESSOAS FORAM VÍTIMAS DE ESTUPRO NO BRASIL EM 2018, NO QUAL 81,8% ERAM MULHERES, 53,8% FORAM MENINAS DE ATÉ 13 ANOS DE IDADE E 50,9% ERAM MULERES NEGRAS DE CADA DEZ ESTUPROS OCORRIDOS, OITO OCORREM CONTRA MENINAS E MULHERES E DOIS CONTRA MENINOS E HOMENS. A MAIORIA DAS MULHERES VIOLADAS OU VIOLENTADAS SÃO MULHERES PRETAS. EM 2019 OCORRERAM 66,123 CASOS DE ESTUPRO, OCORRENDO 1 A CADA 8 MINUTOS; EM 2020 OCORRERAM 180 ESTUPROS POR DIA, OU SEJA, 7 PESSOAS VIOLENTADAS A CADA HORA. DE ACORDO COM O DÉCIMO PRIMEIRO ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, OCORREM 135 CASOS DE ESTUPRO POR DIA DE ACORDO COM O ANUARIO DE SEGURANÇA PUBLICO DE 2019, 64% DOS CAOSOS DE ESTUPRO ACONTECEM NO MOMENTO EM QUE OS PAIS OU RESPONSÁVEIS ESTÃO NO TRABALHO SEGUNDO O IPEA, 70% DOS ESTUPROS SÃO COMETIDOS POR PARENTES, NAMORADOS, AMIGOS OU CONHECIDOS DA VÍTIMA

Porque ´cultura do estupro´? Para entender o que é a cultura do estupro, primeiramente, devemos entender o que é cultura. Cultura, segundo a antropologia, é o conjunto característico do modo de vida de uma sociedade, comunidade ou grupo. Portanto, chamar uma prática social de cultura remete a ela uma série de fatores que exprimem que essa conduta caracteriza-se por ser algo feito de maneira normalizada e não como exceções, ou seja, pondo essa ação como uma atividade humana. De muitas maneiras, a cultura do machismo contribui para a reprodução desse tipo de violência focada, principalmente, contra a mulher. A sociedade, como foi dito anteriormente, é a principal causa da cultura do estupro existir hoje em dia no Brasil, pois quando uma mulher relata um caso de estupro, a mesma é questionada sobre suas atitudes e vestimentas no momento do ocorrido. Relatos de estupro acontecem nos mais diversos ambientes, desde ruas escuras, até dentro da casa ‘segura’ da vítima.

O agressor O modo de agir dos agressores tem variações e são diferentes de caso a caso, o que pode fazer com que a penetração vaginal não ocorra em todos os casos de violência sexual. Um dos motivos para isso ocorrer é o agressor excluir a penetração com o objetivo de encobrir seus rastros para que não seja identificado. Entender isso se faz muito importante para que outras formas de violência e violação sejam enquadradas ao estupro, considerando que por muito tempo a compreensão de estupro só era validada se fosse comprovado a penetração vaginal forçada. O papel do sexo dentro da cultura do estupro é um fator importante para entendermos que grande parte do problema se dá pela repressão sexual que a mulher sofre e em contra partida o incentivo sexual recebido pelos homens. A reputação da vítima Não basta a confirmação do ato de estupro, também é feita uma apuração sobre o histórico da vítima, o fator reputação e o modo como a sociedade julga o comportamento da vítima antes do estupro. Ou seja, para ser reconhecida como vítima de estupro, não basta sofrer a violência física, é preciso que a mulher, antes do ocorrido, tenha sido classificada dentro da reputação ao qual a sociedade impõe de ‘mulher para casar’, caso contrário, o estupro não será nada mais do que consequência de um comportamento inapropriado e de vestimentas indevidas.

Casos de estupro no Brasil SEGUNDO O DÉCIMO TERCEIRO ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, 66 MILPESSOAS FORAM VÍTIMAS DE ESTUPRO NO BRASIL EM 2018, NO QUAL 81,8% ERAM MULHERES, 53,8% FORAM MENINAS DE ATÉ 13 ANOS DE IDADE E 50,9% ERAM MULERES NEGRAS DE CADA DEZ ESTUPROS OCORRIDOS, OITO OCORREM CONTRA MENINAS E MULHERES E DOIS CONTRA MENINOS E HOMENS. A MAIORIA DAS MULHERES VIOLADAS OU VIOLENTADAS SÃO MULHERES PRETAS. EM 2019 OCORRERAM 66,123 CASOS DE ESTUPRO, OCORRENDO 1 A CADA 8 MINUTOS; EM 2020 OCORRERAM 180 ESTUPROS POR DIA, OU SEJA, 7 PESSOAS VIOLENTADAS A CADA HORA. DE ACORDO COM O DÉCIMO PRIMEIRO ANUÁRIO BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA, OCORREM 135 CASOS DE ESTUPRO POR DIA DE ACORDO COM O ANUARIO DE SEGURANÇA PUBLICO DE 2019, 64% DOS CAOSOS DE ESTUPRO ACONTECEM NO MOMENTO EM QUE OS PAIS OU RESPONSÁVEIS ESTÃO NO TRABALHO SEGUNDO O IPEA, 70% DOS ESTUPROS SÃO COMETIDOS POR PARENTES, NAMORADOS, AMIGOS OU CONHECIDOS DA VÍTIMA

REMPRDUEANBSeDMErnNOaUArTEdLAoLHFETiEToIRVrReIzÔNDe,NOA20IDC1 EO

ABSTRACT In this article I will address the game world, especially the female scenario, showing how it was created, the advances along with data, women in the competitive scenario, the difficulties faced by them and some important women for the encouragement of other girls. KEYWORDS: GAMES. WOMAN . COMPETITIVE RESUMO Neste artigo irei abordar sobre o mundo dos games, em especial o cenário feminino, mostrando como foi criado, os avanços junto com dados, a mulher no cenário competitivo, as dificuldades enfrentadas por elas e algumas mulheres importantes para o incentivo de outras meninas. PALAVRAS-CHAVE: JOGOS. MULHERES. COMPETITIVO

A HISTÓRIA DA MULHER NOS GAMES O que conhecemos como \"games\" hoje surgiu originalmente na década de 50 como uma forma de desenvolver a inteligência artificial, mas os desenvolvedores perceberam que aquela tecnologia era uma boa maneira de se distrair e aprender novas habilidades. Vinte anos depois, era lançado o primeiro videogame: O Magnavox Odyssey. E alguns anos depois, em 1978, a primeira mulher a trabalhar desenvolvendo jogos de videogame seria a Carol Shaw, que por ser a unica mulher na equipe sofreu muito machismo e mesmo depois de vários comentários maldosos ela criou um jogo, River Riad , que mais tarde venderia mais de um milhão de copias. Já a primeira protagonista feminina dos jogos veio em 1982, no jogo Ms. Pac Man, onde a personagem era basicamente o Pac Man de batom e lacinho vermelho.

A HISTÓRIA DA MULHER NOS GAMES Durante muito tempo o cenário de ‘games’ foi muito direcionado ao público masculino, porém tal situação está mudando, e cada vez mais mulheres estão entrando no mundo dos jogos e conquistando seu espaço, mas para chegar neste nível passaram por hiperssexualização (Lara Croft.), objetificação (Chun Li) ou, na menos pior das situações, ser a donzela em perigo que PRECISA ser salva pelo protagonista (Peach!). A jornalista Bárbara Gutierrez especialista na cobertura de eSports diz que \"O homem, por anos e anos, está jogando com um personagem em que ele se assemelha, a gente não. Como é que vou conseguir jogar um game em que eu não me sinto representada? Mas pouco a pouco a gente vê uma mudança”. Algumas dessas mudanças são vistas, por exemplo, no League of Legends, o jogo mais antigo da RIOT GAMES, que é liderado pela produtora executiva Jessica Nam e no Valorant, que foi produzido por Anna Donlon. Hoje no Brasil, cerca de 53% do público gamer é feminino ou seja mais da metade.

A MULHER NO CENÁRIO COMPETITIVO A socióloga T.L. Taylor fala sobre a ideia de que mulheres não são competitivas o suficiente: “As mulheres gostam de competir tanto quanto os homens, mas às vezes não têm a mesma oportunidade de tentar essa competição e ver se gostam e querem viver disso”, garante. “É um estereótipo antigo, e espero que o deixemos para trás, porque há muitas mulheres que amam jogar, amam conseguir pontuações altas e amam ser a melhor e ajudar seu time.” Juliana Alonso, fundadora do Projeto Sakura, também afirma: “Muitos acreditam que as mulheres realmente não possuem capacidade de jogar em alto nível. Sendo assim, os times não parecem possuir interesse em contratar mulheres”. Porém, a maioria das mulheres não jogam competitivo apenas pelo medo de prejudicarem em alguma partida e serem massacradas pelo público, com o argumento de 'são mulheres, não deviam nem estar ai' ou até mesmo jogam com 'nicknames' que não deixam claro o sexo ou nome da pessoa para não sofrerem tal preconceito.

MULHERES IMPORTANTES NO CENÁRIO Juliana Maransaldi - 27 anos Amanda Abreu - 25 anos PRO PLAYER DE Ex-Jogadora CS-GO profissional Pamella Shibuya - 27 anos Camila Vicenti - 30 anos ANALISTA PROFISSIONAL DE PRO PLAYER DE CS- CS-GO GO

DIA DAS MULHERES ARTHUR FERREIRA RESUMO O dia da mulher é celebrado no 8 de Março. Houveram diversos registros de \"Dias da Mulher\" celebrados ao redor do mundo antes de uma data ser sido oficializada. Esses dias da mulher não tinham datas consistentes, e foram baseados em protestos anuais ao redor do mundo. O 8 de Março, oficializado pela ONU em 1975, se origina em um protesto russo contra fome e a guerra em 1917. Palavras-chave: Mulheres; Direitos da mulher; Feminismo ABSTRACT March 8th is International Women's Day, a global holiday dedicated to celebrating women's accomplishments and importance. It is also a day to discuss the importance of women's rights and the feminist movement. Keywords: Women; Women's rights; Feminism

IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE O Dia da Mulher é uma importante data, onde refletimos sobre as lutas e conquistas das mulheres ao longo da história, um dia de celebração de vitórias na luta por direitos iguais e o reconhecimento da mulher na sociedade. Ele é um dia de reivindicação dos direitos da mulher, uma data que marca diversos acontecimentos históricos e honra todas as mulheres. LUTA PELA IGUALDADE O Dia da Mulher é marcado pela luta pela igualdade de gênero, um movimento que começou muitos anos atrás, e continua lentamente avançando com a inclusão de mulheres no mercado de trabalho e na política, além da criação de leis que protegem os direitos da mulher. BIBLIOGRAFIA

A REPRESENTATIVIDADE DA MULHER NO CINEMA BRASILEIRO POR CAROLINA GAIESKI MACIEL ABSTRACT In the 19th century, when cinema arrived in Brazil, most directors, screenwriters and producers were men and movies were made to satisfy other men, sexualizing women. Currently, female representation is growing and gaining more space in the cinematographic area, with films of great reach and importance that debate many issues such as the role of women in society, their difficulties, struggles and abuses. Keywords: Womens. Movies. Brazilian cinema. RESUMO No século XIX, quando o cinema chegou no Brasil, a maioria dos diretores, roteiristas e produtores eram homens e os filmes eram feitos para satisfazer outros homens, sexualizando as mulheres. Atualmente a representatividade feminina vem crescendo e ganhando mais espaço na área cinematográfica, com filmes de grande alcance e importância que debatem sobre muitos assuntos como o papel da mulher na sociedade, suas dificuldades, lutas e abusos. Palavras-chave: Mulheres. Filmes. Cinema brasileiro. Cena do filme Um Dia com Jerusa Cena do filme Mexeu Com Uma Mexeu Cena do filme Que Horas Ela Volta? Todas Há muito tempo as mulheres lutam contra a cultura machista e patriarcal da sociedade, isso é refletido em diferentes âmbitos da sociedade, como nas mídias. Aos poucos as mulheres vêm conquistando novos espaços e maior força para conquistar sua voz. No cinema brasileiro as mulheres foram e ainda são moldadas na perspectiva dos homens, usadas com o objetivo de dar prazer e satisfação a outros homens. No século XIX, quando o cinema surgiu no Brasil, os homens eram maioria, o que ocasionou em filmes feitos pelo olhar masculino, sexualizando as mulheres. De acordo com dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), 19% de 142 filmes brasileiros feitos em 2016 foram produzidos por mulheres, nenhuma negra, o que nos mostra a pouca representatividade feminina nas produções cinematográficas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2015, 51% da população brasileira é do sexo feminino e 54% é composto por pessoas negras, isso nos mostra que as mulheres são maioria da população. “Se as mulheres são maioria na sociedade brasileira, por que somos a minoria na produção de filmes?” Brendha Rocha, acadêmica de Cinema e Audiovisual na Unespar. A realidade das mulheres no cinema era de instabilidade, abusos e polêmicas, onde muitas histórias ficaram só nos bastidores, e elas tinham que lidar sozinhas, por isso muitas tiveram doenças ou transtornos psicológicos. Antigamente a maioria das pessoas por trás das câmeras eram do sexo masculino, e por isso o assunto nem era debatido, atualmente podemos e temos debates sobre a pouca representatividade da mulher na área cinematográfica.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela entrega do Oscar, convidou mais de 800 artistas em 2020, entre eles 45% mulheres, 36% de minorias étnicas e 49% de 68 países que não os Estados Unidos. Esses dados conseguem mostrar um grande aumento da participação das mulheres no cinema, o que foi conquistado pela luta para que o cinema tenha maior representatividade feminina. Teste de Bechdel Teste de Bechdel ou originalmente em inglês Bechdel Test analisa a presença feminina nos filmes, ou seja, se a personagem feminina faz diferença para a história do filme. As regras parecem básicas, mas são poucos filmes que passam no teste. As regras são: 1. Ter duas ou mais mulheres com nome. 2.Que conversem entre si. 3.Sobre algo que não seja homem ou relacionado a romance. O teste foi ao público em 1985 por meio de uma tirinha de Alison Bechdel, onde ela ironizava a forma como a maioria das mulheres eram estereotipadas e clichês na “As feministas com quem eu saía naquela época e eu indústria Hollywoodiana. Alison revelou que o teste era nos sentíamos ignoradas pela cultura, porque ela era uma piada. Segundo o site Ai Cinema, em 2013 Ellen Tejle, dedicada a homens brancos e héteros” diretora de uma sala de cinema começou a identificar “Nós fazíamos piadas a respeito de como não tínhamos quais filmes em cartaz passavam no teste, e assim o teste filmes com mulheres que se parecessem com pessoas se tornou famoso e outros países começaram a usá-lo, o verdadeiras. Parecia ser algo impossível.” primeiro país da América Latina a adotar o teste foi o Brasil. Diz Alison Bechdel em entrevista à Hypeness. Alguns filmes com representatividade feminina que mostram a história das mulheres são A entrevista, Um dia com Jerusa, Que horas ela volta? e Mexeu com uma, mexeu com todas. Esse filmes falam sobre a realidade das mulheres e suas lutas.\\n O número de mulheres trabalhando na área cinematográfica está crescendo cada vez mais, elas estão tendo seus trabalhos reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, influenciando também outras mulheres a ingressar nessa carreira. Algumas delas são: Anna Muylaert, Leandra Leal, Helena Solberg e Viviane Ferreira. A ENTREVISTA A Entrevista, 1966 é um curta-metragem de entrevistas com 70 mulheres de 19 a 27 anos de classe média alta. As mulheres falam sobre sexo, casamento, virgindade, felicidade, fidelidade, trabalho e os papéis sociais que são impostos à elas. Cada uma possui uma opinião diferente, às vezes oposta. O curta mostra os padrões de feminilidade, de ser perfeita socialmente, criada nos modos padrões da cultura, com os pensamentos de fazer sexo após o casamento, se casar e ser fiel ao marido, não incentivada a estudar para cuidar da casa, isso torna elas dependentes dos homens que possuem um estudo e trabalhos de cargos mais relevantes. Essa entrevista explora todas as opiniões das mulheres, onde a maioria busca por uma liberdade de se expressar, ter seus próprios gostos e fazerem o que quiserem, sem ter uma pressão para casar ou ter filhos.

UM DIA COM JERUSA Um dia com Jerusa, 2020 é um filme que faz o encontro inesperado entre duas mulheres negras que compartilham suas histórias de ancestralidade e luta. O encontro se dá quando Jerusa está à espera de seus filhos e netos para comemorar o seu aniversário enquanto Silvia estava fazendo uma pesquisa de mercado, mais precisamente de sabão em pó. Dona Jerusa: Silvia: senhora de 77 anos jovem estudante vive na solidão estuda história esquecida por sua família espera o resultado de um concurso gosta de fotografia público memória de sua origem tem medo de se assumir lésbica O que era pra ser apenas uma pesquisa de mercado acabou sendo um encontro entre histórias marcadas pelas memórias de luta da família de Jerusa e de Silvia. Os relatos e as imagens do passado e do presente na cidade de São Paulo são de preconceitos de gênero e raça e uma grande luta de diferentes gerações. QUE HORAS ELA VOLTA? Que Horas Ela Volta? (2015) conta a história de Val que se mudou para São Paulo a fim de conseguir um emprego e dar melhores condições de vida à sua filha Jéssica. Val trabalhava como empregada doméstica e babá de Fabinho, ela mora na mesma casa, onde ficou por 13 anos. Ela é considerada \"quase da família\", mas faz refeições em mesas separadas, dorme no quartinho dos fundos e nunca entrou na piscina da casa. Sua filha pede ajuda para ir à São Paulo fazer vestibular, os chefes de Val prontamente recebem a menina morar ali, até que ela começa a entrar em todas as áreas da casa, o que eles não queriam. Val e Jéssica decidem se mudar para não morarem mais com os patrões, Jéssica conta que seu pai não está mais falando com ela porque ela teve um filho, Jorge. Val sai do emprego para passar mais tempo com a filha e o neto. Esse filme mostra a diferença das classes sociais, com a família de classe média-alta e Val de classe baixa, assim percebe-se que muitas mães acabam deixando suas filhas com pessoas próximas para que elas trabalhem duro e consigam dinheiro suficiente para se sustentar e sustentar a filha. O filme faz com que muitas pessoas se identifiquem na história. MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS Mexeu Com Uma, Mexeu Com Todas é a junção de muitos depoimentos de mulheres que sofreram abusos sexuais em diferentes situações. Cada uma das 7 mulheres vai contando como o abuso aconteceu, o que acontece com a maioria é a vítima sendo culpada e intimada para que não denuncie contra o agressor. Joana foi abusada na infância em seu treino de natação, Luiza foi agredida pelo companheiro após um desentendimento em um restaurante, Clarah foi estuprada em uma festa de bairro nobre, Maria da Penha levou um tiro de seu marido enquanto dormia, esses são só alguns dos exemplos do filme, muitas outras mulheres não tem coragem e não conseguem falar sobre o ocorrido. O filme nos mostra que as mulheres precisam se impor cada vez mais, lutar pelos seus direitos e se unir, compartilhar experiências e buscar ajuda em qualquer caso de violência.

Anna MuylaertAnna Muylaert é diretora e roteirista, se formou na Escola de Comunicações e Artes (ECA) na USP. Começou sua carreira produzindo curtas-metragens e criticas de cinema em revistas e jornais. Trabalhou na criação e roteiro de alguns programas da TV Cultura, como o Mundo da Lua (1991) e Castelo Rá-Tim-Bum (1994). Em 1998 fez parte da equipe de criação do Disney Club, que foi exibido pelo SBT. Seu primeiro longa-metragem foi Durval Disco, produzido em 2002. Anna continuou produzindo longas como o filme Que Horas Ela Volta? (2015) que acumulou mais de trinta indicações e vinte prêmios ao redor do mundo como o Festival de Berlim e o Festival de Sundance de 2015. Anna gosta de produzir filmes que vão contra os estereótipos, com personagens com conflitos psicológicos que vão se transformando dentro da sociedade. Dados retirados do site: https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/cineastas-brasileiros-anna-muylaert Leandra Leal Leandra Leal é atriz e roteirista brasileira, começou no teatro com 7 anos e na televisão com 8 anos. Foi influenciada pela mãe, Ângela Leal, a seguir a carreira e se fascinou pela arte de atuar. Leandra participou da série juvenil Confissões de Adolescente e Explode Coração. Aos 13 anos foi premiada nacionalmente e internacionalmente pela sua interpretação em A Ostra e o Vento. Em 2013 ganhou o Kikito de Melhor Atriz na 41ª edição do Festival de Cinema de Gramado pela atuação no longa Éden. Em 2014 dirigiu o filme Divinas Divas, que fala sobre a primeira geração de artistas travestis no Brasil dos anos 60. Em 2016 assumiu a direção do Teatro Rival, antes dirigido por sua mãe. Segundo informações do site: https://institutodecinema.com.br/mais/conteudo/cineastas-brasileiros-anna-muylaert Helena Solberg Helena Solberg, reconhecida como a única mulher a participar do Cinema Novo, é diretora, roteirista e produtora. Firmou-se como produtora no Brasil e nos Estados Unidos. Estreou na direção com seu curta A Entrevista (1966), considerado um dos primeiros trabalhos feministas dentro do cinema nacional suas primeiras produções são sobre o questionamento do papel da mulher na sociedade moderna. O filme Carmem Miranda - Banana is my business ganhou os prêmios de melhor filme pelo júri popular, da crítica e o especial do júri no Festival de Brasília, nos EUA ganhou o Gold Hugo Award de melhor docudrama no Festival de Chicago. Em 2004 concluiu seu primeiro longa- metragem de ficção Vida de Menina que venceu 6 prêmios como melhor filme, roteiro, fotografia, trilha sonora, direção de arte e melhor filme pelo júri popular no Festival de Gramado 2004. Dados do site: http://www.filmeb.com.br/quem-e-quem/diretor-documentarista-produtor-roteirista/helena-solberg Viviane Ferreira Referências Viviane Ferreira é a segunda negra brasileira a dirigir um longa- metragem. Ela é diretora, roteirista, produtora, advogada, ativista do movimento negro e fundadora da Odun Filmes. Seu 1ª curta documentário é Dê Sua Ideia, Debata (2008). Um Dia com Jerusa (2020) foi indicado para melhor longa-metragem na 23ª Mostra de Cinema de Tiradentes e quebra a falta de participação das mulheres negras como diretoras. Em muitas entrevistas Viviane fala que seu cinema é uma ferramenta política e conclui que toda arte é política. Informações do site: https://pt.wikipedia.org/wiki/Viviane_Ferreira

Mulheres Militantes na luta contra a ditadura: Abaixo a tortura e acima a equidade de gênero! por Gabriel Fleischmann Funck ABSTRACT This article aims to portray the feminine participation on the fight against the dictatorship that settled in Brazil between 1964 and 1985. Women haven’t only been humiliated and persecuted by society but fought for their rights and a country more egalitarian where was no such level of social oppression too. Thorough historical data and survivor’s reports, seeks to resume the importance of your active militancy against a prejudiced reality that remained on Brazil. Keywords: Women. Dictatorship. Militancy. Prejudice. Torture. RESUMO Este artigo tem como objetivo retratar a participação feminina na luta contra a ditadura que se instalou no Brasil entre 1964 e 1985. As mulheres não só foram humilhadas e perseguidas pela sociedade, mas também lutaram por seus direitos e um país mais igualitário onde não houvesse tal nível de opressão social. Através de dados históricos e relatos de sobreviventes, procura-se retomar a importância de sua militância ativa contra uma realidade preconceituosa que perpetuava no Brasil. Palavras-Chave: Mulheres. Ditadura. Militância. Preconceito. Tortura.

O Golpe de Estado que manipulou parte das mulheres Antes mesmo do conhecido Golpe de 1964, considerado marco inicial da ditadura civil-militar brasileira, sabe-se que milhares de mulheres foram inicialmente manipuladas para que a ditadura fosse implementada no país. Em uma realidade conflituosa e de insatisfação predominantemente militar, surgiram demasiados discursos anticomunistas e religiosos que se espalharam pelo território nacional e foram capazes de convencer não só a sociedade em geral, bem como diversas mulheres. Através do argumento de que o Brasil estava sobre constante ameaça comunista, os discursos militares pregavam a união da população a fim de derrubar o governo do presidente João Goulart, salvando a Pátria e resgatando a integridade da família brasileira, foi assim que o apoio popular fora conquistado e ajudou a instaurar uma ditadura no Brasil, tornando possível um golpe de estado, através de uma tática popularmente conhecida como “massa de manobra”, fundamental para este processo. A partir do exposto, uma indagação pode ser levantada: diante de toda repressão que agora perpetuaria pelo país, quanto esforço e militância fora necessário para que as mulheres tenham contribuído efetivamente para o fim da ditadura? Militância X Preconceito Após o golpe de estado e o início da ditadura, as mulheres militantes tiveram diversos problemas para enfrentar. Visando um país mais desenvolvido socialmente do qual houvesse uma equidade de gênero, mulheres em todas as partes do país foram às ruas protestar e defender incansavelmente seus direitos, entretanto, uma série de fatores não eram propícios à sua luta, uma vez que, era mais fácil encontrar opositores do que apoiadores. Na luta pelo direito de liberdade e equidade, as mulheres militantes possuíam muito mais inimigos do que aliados para oferecer suporte e apoio, era uma questão que não se limitava ao gênero, nem ideologia política, era de conhecimento que à época sua atitude revolucionária era considerada imoral e contra a ordem social, uma ameaça a família tradicional brasileira e, por isso, precisavam ser detidas. Arranjar apoio popular era um grande empecilho para as militantes: boa parte dos militares desejavam a sua exterminação, a esquerda não confiava que teriam força, nem capacidade de lutar contra a sociedade patriarcal, outras mulheres julgavam suas ações como horrendas (principalmente mulheres católicas e brancas mais conservadoras que concordavam com um papel social mais limitado e tradicional), até mesmo, tendo sua orientação sexual posta às dúvidas. Ainda que em menor número e com menos recursos, as mulheres não desistiram facilmente de conquistar seus direitos, fizeram parte de lutas armadas, criaram jornais que delatavam os comportamentos governamentais (que muitas vezes eram censurados), e realizaram diversos protestos. Em Porto Alegre, o grande foco da repressão militar e dos atos de resistência ocorreram no Centro Histórico e bairros próximos como Bom Fim, Vermelho: Resistência apresentando a ocorrência da resistência também Roxo: Repressão Militar no Parque Farroupilha (Redenção).

Na tortura, não há limites Quando falamos da tortura, o Brasil foi um grande exportador de métodos que vieram a serem usados por outras ditaduras que ocorreram na América do Sul. Diversas mulheres militantes eram presas e brutalmente torturadas em prisões que pertenciam ao Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), sofrendo das mais variadas injúrias físicas e psicológicas imagináveis, tais como choque nas genitais, afogamento, espancamento, uso do pau-de-arara, introdução de animais vivos via genitais a fim de que comessem o sistema reprodutor feminino, abuso psicológico, estupro, entre outros mecanismos de repressão que causavam transtornos e incapacidades, levando mulheres a serem oprimidas e desenvolverem depressão, insônia e fraqueza muscular. Os abusos psicológicos e espancamentos não escaparam de mulheres gestantes e mães. Durante os anos da ditadura, comumente aconteciam abortos forçados a partir de fortes chutes na barriga e choques em mulheres, enquanto, nas mães, seus filhos eram sequestrados e usados como chantagem emocional e psicológica, pois muito se acreditava por parte dos militares de que, assim, elas viriam os revelar as informações que tanto almejavam. “O terrorismo sexual foi uma característica da ditadura [...] tivemos crianças que foram torturadas antes de nascer.” (TELES, 2016) Entre espaços apertados e mal iluminados, as mulheres desenvolveram certas táticas para fugir de tantos maus tratos. Sabendo que os torturadores não tinham costume de estuprá-las quando estivessem menstruadas, (sendo que, milhares de mulheres desejavam a menstruação apenas para escapar de tal fardo), começou-se a fazer uso de absorventes usados que eram repassados entre elas, na chance de enganar os militares e fugir do estupro. O estupro dentro das prisões era algo recorrente e traumatizou a vida de muitas moças, assim como visto no caso de Ieda Seixa, que tinha 23 anos quando foi acordada em meio a madrugada e levada para uma sala de interrogatório com três homens. Segunda ela, os múltiplos tapas que levava em sua cara nem eram mais sentidos, pois a sensação de um dos homens estar colocando os dedos em suas partes íntimas era pior. Ela conta que pediu que utilizassem o pau de arara nela e preferiria isso a ser submetida àquele abuso físico, contudo, seu pedido foi negado e a resposta por um dos homens foi dada assim como relata: ‘Não, gente. Não precisa levar essa aqui para o pau de arara. Comigo ela vai gozar e vai falar’.

Educação e Equidade A educação foi um poderoso recurso usado por mulheres na luta contra ditadura, o conhecimento como poder e arma na revolta foi de suma importância, ainda que, no período inicial seu acesso à tal área fosse menor, aumentando gradativamente com a chegada de anticoncepcionais no Brasil e a retomada de certos preceitos presentes no Movimento Estudantil. Embora muitos professores de universidade tenham sido severamente perseguidos e presos, assim como as mulheres militantes, em razão de, serem expostos como “inimigos” do governo autoritário presente, a união da educação e das militantes possibilitaram com que seus ideais fossem bem mais organizados e desenvolvidos do que, até então, haviam sido anteriormente, fator que fez com que seus debates sempre levantassem importantes questões e argumentos contra a ditadura. A luta feminina contra o regime foi fundamental para ajudar na desestruturação da sociedade conservadora que controlava o país, apresentando notáveis ideias que rompiam com a visão tradicionalista e estereotipada que pusera a mulher como um objeto de cujo único propósito era suprir às necessidades da hegemonia masculina. Dos tempos da ditadura aos dias atuais, certos direitos foram conquistados e muitos outros ainda são almejados, pois apesar da marca importante que deixaram na luta contra um sistema repressivo, machista e de caráter majoritariamente de direita, muitos empecilhos ainda são enfrentados no cotidiano e que persistem desde os anos de chumbo, dos quais diversas mulheres militantes lidam e tentar desenraizar da sociedade brasileira, tanto por si mesmas, quantos pelas mulheres que virão depois e em nome das que também lutaram para que elas tivessem parte da liberdade que assim detém atualmente.

RELATOS DE SOBREVIVENTES/PRISÕES POLÍTICAS Nome: Elida Rodrigues Costa Profissão: Advogada Tempo total que passou na cadeia: 80 dias Filiação Partidária: Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) Valor de Indenização Recebida por parte do Estado: R$ 30.000 Depoimento Prestado: Fora presa em uma sala pequena que possuía cerca de 12m² (junto de 17 pessoas), onde sofreu de delírios, depressão, incapacidade de levantar-se, ameaças de morte, abusos psicológicos que incitavam que seria fuzilada, acesso ao seu advogado negado e entre outros. Segue um trecho de seu depoimento: “O pânico de que estávamos tomados impedia-nos de dormir, de comer e, as condições de raciocínio e conclusões eram muito pessimistas. Eu, assim como meus companheiros, tínhamos certeza de que não sairíamos vivos daquele cubículo [...] dormíamos no chão duro, eu, embaixo de uma mesa. As portas não eram fechadas, pois, tiraram os trincos [...] quando eu precisava ir ao banheiro, os companheiros pediam que policiais acompanhassem para, na frente do corredor, fazer uma barreira que não permitisse a entrada de outras pessoas. “(COSTA, 1998, pg. 6 e 7) Nome: Nelcy Brodt dos Santos Profissão: Auxiliar de Enfermagem Tempo total que passou na cadeia: Desconhecido Filiação Partidária: Partido Comunista Brasileiro (PCB) Depoimento Prestado: Sofreu de constantes ameaças de morte e maus tratos como agressão que, porventura, levaram à deformação de sua perna e rosto, bem como fizeram com que desenvolvesse depressão e mania de perseguição. Segue um trecho de seu depoimento: “Insinuavam que minha filha seria violentada se eu não falasse. Queriam saber onde estava o companheiro Djalma. Gritavam: “fala, senão vamos terminar o serviço com a menina, te matar e jogar no Guaíba\" [...] enfiavam uma régua de madeira grossa na minha barriga gritando: “tu já é cancerosa, nós vamos terminar de te matar”. Palavras que ressoam nitidamente, ainda hoje, em minha mente. “(SANTOS, 1998, pg. 5)

RELATOS DE SOBREVIVENTES/PRISÕES POLÍTICAS Nome: Dilma Vana Rousseff Profissão na época: Estudante Tempo total que passou na cadeia: 2 anos Filiação Partidária durante a ditadura: Movimento Democrático Brasileiro (MDB) Depoimento Prestado: Sofreu espancamento que causou problemas em sua arcada dentária, tortura com choque, uso do pau de arara, problemas na tireoide, além de ter sido condenada a passar 6 anos na cadeia (tendo sua pena reduzida posteriormente). Durante reportagem com Sandra Keifer e, em depoimento ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais (CONEDH – MG), Dilma relata o que passou: “Minha arcada girou para o lado, me causando problemas até hoje, problemas no osso do suporte do dente. Me deram um soco e o dente se deslocou e apodreceu. […] Só mais tarde, quando voltei para São Paulo, o Albernaz [capitão Alberto Albernaz, do DOI- CODI de São Paulo] completou o serviço com um soco, arrancando o dente” (Fonte: Congresso em Foco, 2020) ACESSO ÀS REFERÊNCIAS

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS POR DENZEL LUCAS ABSTRACT The article Método Contraceptivos concerns the study of the main fundamentals of contraceptive methods, as well as their brief history, their advantages, disadvantages, efficacy rate and methods of the past, clarifying the main doubts regarding contraceptives through a simplified analysis based on data and speeches from experts. Within this context, this work aims to present the methodology researched in the area of sex education, emphasizing the procedures of preparation and dissemination of research, through a structured work that is consistent with the standards established in the national and international scientific environment. Keywords: Contraceptives. Data. Education. RESUMO O artigo Métodos Contraceptivos diz respeito ao estudo dos principais fundamentos dos métodos contraceptivos, bem como sua breve história, suas vantagens, desvantagens, taxa de eficácia e métodos do passado, esclarecendo as principais dúvidas a respeito dos contraceptivos através de uma análise simplificada com base em dados e falas de especialistas. Dentro desse contexto, esse trabalho propõe-se apresentar a metodologia pesquisada na área da educação sexual, enfatizando os procedimentos de elaboração e divulgação da pesquisa, por meio de um trabalho estruturado e condizente com as normas estabelecidas no meio científico nacional e internacional. Palavras Chaves: Contraceptivos. Dados. Educação. MAS O QUE É UM MÉTODO CONTRACEPTIVO? Os contraceptivos são métodos utilizados com o objetivo principal de evitar a gravidez. Com os inúmeros avanços na medicina e nos componentes químicos se criou diversos tipos e formas de métodos contraceptivos. Diante dos fatos mencionados, temos os métodos barreira, que são removíveis e evitam a entrada do esperma no útero: preservativos, diafragmas e espermicidas. Os métodos hormonais que servem para controlar ou interromper a ovulação, evitando a gravidez, como a pílula anticoncepcional, o anel vaginal e os adesivos cutâneos. Os métodos cirúrgicos onde se corta os principais meios do esperma ou dos óvulos de circularem, como a vasectomia e laqueadura. Os métodos de contracepção de emergência, como a pílula do dia seguinte. E por fim os métodos naturais, como a tabela dos dias fixos, o coito interrompido e a checagem da temperatura. Para confirmar informações, ver site pfizer.com.br - Métodos contraceptivos – vantagens e desvantagens

A REVOLUÇÃO SEXUAL DOS ANOS 60 Durante grande parte da história da humanidade, os métodos estabelecidos e que funcionavam como controles de natalidade foram bem menos desenvolvidos pela sociedade, não fornecendo tanto requinte e conforto aos usuários de preservativos, sendo que, até então, boa parte de sua produção era desleixada e produzida a partir de intestinos animais, diafragmas e até mesmo esterco. Em 1921, a doutora Marie Stopes da Escócia declarou que: \"Nenhuma mulher pode se considerar livre até que ela possa, conscientemente, escolher se ela será ou não será mãe”, frase muito importante e marcante que retratou a realidade de milhares de mulheres que possuíam e, ainda hoje, têm dificuldades em ter controle do seu próprio corpo e questões tão importantes que envolvam o mesmo. Diante dos fatos, apenas na década de 50, graças a feminista Margaret Sanger, a milionária Katherine McCormick e o cientista Gregory Pincus, a ideia de inventar uma pílula que controlasse o nível hormonal da mulher, evitando a gravidez, além de ser eficiente e barata, surgiu. Na época, tinham que trabalhar às escondidas, pois, os contraceptivos estavam oficialmente proibidos nos Estados Unidos até 1965. Após longas pesquisas e cinco anos dedicados de trabalho, o projeto encerrou-se e foi um sucesso, tendo o novo produto no mercado americano chamado “Enovid-10”, também conhecido como a primeira pílula anticoncepcional, lançado no dia 18 de agosto de 1960. Após o lançamento da primeira pílula, o jornal estudantil da Universidade de Harvard, The Harvard Crimson, publicou uma matéria afirmando que a nova pílula tem uma \"história obscura\" por trás de tudo. Antes do sucesso instantâneo da primeira pílula anticoncepcional, houve inúmeros testes para o seu lançamento. Elas eram levadas até clínicas psiquiátricas para serem testadas em pacientes, sem o consentimento ou conhecimento das mulheres sobre o consumo do medicamento, porém, tais tentativas não foram suficientes para que a pílula fosse aprovada para comercialização, uma vez que, queriam algo em larga escala, assim, tendo os testes direcionados para as regiões de maior pobreza de Porto Rico. Assim como anteriormente, as mulheres não tinham conhecimento de que estavam sendo submetidas a um experimento, apenas tomavam o medicamento e eram largadas sem auxílio médico, consequentemente sofrendo com os efeitos colaterais. O sexo antes do lançamento da pílula ainda era tratado apenas como um meio reprodutivo, foi através de seu lançamento e a ascensão do movimento feminista da época, que houve uma reviravolta no conceito de sexualidade, trazendo mais liberdade de escolha para mulher. Apesar de tudo, os medicamentos anticoncepcionais ainda possuíam efeitos colaterais como mal-estar e ganho de peso, então, foi necessário que diversos laboratórios continuassem pesquisando um jeito de amenizá-los. (Enquanto todo este processo se realizava, a variedade de métodos contraceptivos que conhecemos hoje em dia tinham sido criados). Para confirmar informações, ver documentário \"EXPLICANDO O SEXO - Contraceptivos.\"(2020) Fonte: dw.com - 1960: Primeira pílula anticoncepcional chegou Fonte: Purebreak - métodos contraceptivos/ outros anticoncepcionais

EXEMPLOS VANTAGENS E DESVANTAGENS Vantagens: Além de ajudar a prevenir a gravidez, também pode ser usada PÍLULA ANTICONCEPCIONAL apamraendsimtriunauçirãoo,srseignutolamr aos de TPM, reduzir o fluxo menstrual e a dor durante ciclo menstrual, melhorar a acne e o excesso de pelo e ajudar a evitar a doença inflamatória pélvica, cistos ou câncer do ovário; Desvantagens: Embora seja um método bastante eficaz e seguro, a mulher precisa ser responsável e tomar um comprimido todos os dias à mesma hora, sem esquecimentos, para evitar a gravidez; Possíveis efeitos colaterais: Os mais comuns incluem náuseas, dor nas mamas, pequenas perdas de sangue fora da menstruação, diminuição do fluxo de sangue, mas também pode causar sintomas de depressão, trombose, câncer no colo do útero, ganha ou perda de peso; Vantagens: Além de impedir a gravidez com quase 100% de eficácia, PRESERVATIVO geralmente são baratos, fáceis de colocar, não causam qualquer tipo de MASCULINO E FEMININO alteração no corpo e protegem contra doenças sexualmente transmissíveis; Desvantagens: Algumas pessoas podem apresentar alergia ao material do preservativo, que normalmente é de látex. Além disso, o preservativo pode causar desconforto em alguns casais ou rasgar durante o contato íntimo, aumentando as chances de engravidar; Possíveis efeitos colaterais: Risco de alergia ao tipo de material do preservativo, não existem efeitos colaterais para o uso do preservativo, mas ficar atendo na data de validade do produto. ANEL VAGINAL Vantagens: É fácil de utilizar, não interfere com o contato íntimo, é um método reversível e não altera a flora vaginal; Desvantagens: Não protege contra DST's, pode levar a aumento do peso e não pode ser usado em vários casos, como problemas no fígado ou pressão alta; Possíveis efeitos colaterais: Em algumas mulheres pode causar dores abdominais, náuseas, diminuição da libido, períodos menstruais dolorosos e aumento do risco de infecções vaginais; DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) Vantagens: É um método que não interfere no ato sexual e é um bom método para quem esquece de tomar o comprimido todos os dias na mesma hora, pode permanecer no útero por vários anos; Desvantagens: Precisa ser colocado por um profissional de saúde e em alguns casos pode levar ao aparecimento de anemia; Possíveis efeitos colaterais: Pode causar dor durante alguns dias depois da colocação, pequenas perdas de sangue nos meses seguintes e aumento do risco de infecções vaginais; Informações obtidas através do site tuasaude - métodos-contraceptivos (2021)

TAXA DE EFICÁCIA DOS MÉTODOS CONTRACEPTIVOS Método U so correto e Uso habitual consistente Preservativo masculino 13 2 DIU com cobre 0,6 0,8 Método dos dias fixos 5 12 Coito interrompido 4 20 Esterilização feminina 0,5 0,5 Pílula anticoncepcional 0,5 7 Preservativo feminino 5 21 Pílula do dia seguinte 10 10 DIU com levonorgestrel 0,5 0,7 Anel vaginal combinado 0,3 7 Espermicida 16 21 Vasectomia 0,1 0,15 Adesivo combinado 0,3 7 Implante contraceptivo 0,1 0,1 Nenhum método 85 85 Legenda: Moderadamente eficaz (10 - 19) A tabela foi criada a partir dos dados disponibilizados Menos eficaz (20 - 100) pelo site http://www.adolescencia.org.br/site-pt- Muito eficaz (0 - 0,9) br/metodos-anticoncepcionais (2021) Eficaz (1 - 9)

AS PESSOAS TAMBÉM PERGUNTAM: POR QUE NÃO EXISTE PÍLULA COM QUAL IDADE SE DEVE COMEÇAR ANTICONCEPCIONAL MASCULINA? A TOMAR ANTICONCEPCIONAL? Embora os anticoncepcionais hormonais para Não há idade certa para começar a tomar a homens sejam estudados desde 1970, ainda pílula, mas a mulher precisa já ter iniciado não temos resultados de uma pílula com seu período fértil, ou seja, já ter tido a eficácia. A pílula anticoncepcional masculina primeira menstruação. A escolha do ainda não está disponível devido aos efeitos anticoncepcional adequado deve sempre ser colaterais relatados, como diminuição da feita junto com um médico libido, alterações de humor, aumento da acne (Hospital9deJulho, 2019); Para que não haja e a diminuição nos testículos. Mas também complicações por conta de efeitos colaterais, vem da falta de financiamento e desinteresse sempre contatar seu ginecologista. das empresas farmacêuticas. É POSSÍVEL CONSEGUIR PRESERVATIVOS COMO E ONDE COMPRAR A PÍLULA DO CONSIGO GRATUITAMENTE? DIA SEGUINTE? Os preservativos, tanto o masculino quanto É possível conseguir a pílula do dia seguinte o feminino, são distribuídos gratuitamente em qualquer unidade básica de saúde. Nas em qualquer serviço público de saúde. farmácias, o contraceptivo de emergência Caso você não saiba onde retirá-los, ligue custa entre R$10 a R$80 dependendo da para o Disque Saúde 136 (AgenciaAids, potência e marca. Não há nenhum tipo de 2021); Também é possível retirar sachês de exigência para a compra como consultas ou gel lubrificante nas Unidades Básicas de receitas. Além disso, se for menor de idade, Saúde. Sempre estar atento na data de não é preciso estar acompanhada dos pais validade do produto. para retirar a pílula. OS MÉTODOS HORMONAIS E EU SEMPRE ANDO COM UMA PÍLULA DO CIRÚRGICOS PREVINEM DSTS? DIA SEGUINTE NA CARTEIRA, ESTOU CERTA? Os métodos hormonais servem para controlar ou interromper a ovulação e os Os comprimidos possuem alta concentração métodos cirúrgicos cortam os meios dos de hormônios e só devem ser utilizados em hormônios circularem, ambos evitando a casos de emergência. O uso excessivo da gravidez, mas não previnem contra doenças pílula pode causar vômitos, sangramentos sexualmente transmissíveis (DSTs). Apenas ,tontura e em casos mais raros a infertilidade. aqueles que constituem uma barreira física É recomendado estar presente na carteira preservativos, além de evitarem a gravidez impedem que as pessoas contraiam indesejada e DSTs, não vão causar riscos ao doenças sexualmente transmissíveis, os organismo de quem os utiliza. preservativos por exemplo. Se caso tenha dúvidas é recomendado que ligue para o número de atendimento ao cidadão 136, que dará acesso à Ouvidoria do Sistema Único de Saúde e serviços de orientação à população.

MÉTODOS DO PASSADO PESSÁRIO DE BRONZE Data da criação: 200 AC - 400 DC - O pessário foi muito utilizado para controlar incontinência urinária, mas também era usado como um método contraceptivo em Roma. O objeto servia para bloquear o colo do útero. O buraco no meio do pessário permite que uma haste seja colocada no colo do útero para manter o dispositivo no local. Apesar de se manter preso no lugar, o pessário tinha o risco de machucar a mulher durante uma relação sexual, podendo causar sangramentos durante a relação. DISPOSITIVO INTRA CERVICAL Data da criação: 1880 - Este tipo de pessário é um dispositivo intra-cervical. Essas ferramentas eram utilizadas como contraceptivos no final do século XIX. A extremidade achatada do pessário ficava encostada na parede vaginal, com uma haste , através do colo do útero. Ele impedia que um embrião recém-fertilizado se implante e cresça no revestimento do útero. Os IUCs foram em grande parte superados pelo dispositivo intra- uterino (DIU). Esses pessários eram tendência antes da criação das esponjas contraceptivas em 1910 . ESCUDO DALKON Data da criação: 1970 - O Escudo Dalkon era um dispositivo contraceptivo intrauterino (DIU). Descobriu-se que o dispositivo causava ferimentos graves a uma porcentagem grande das suas usuárias. Na época foi promovido como uma alternativa mais segura em comparação com as pílulas contraceptivas, que eram motivo de muitas preocupações de segurança. Os relatórios iniciais da literatura médica levantaram questões sobre sua eficácia na prevenção da gravidez e taxa de expulsão, eram tão boas quanto as alegadas pelo fabricante. Mas o dispositivo foi lançado ao mercado com um erro em seu design, onde tinha tendência de causar aborto séptico e doenças inflamatórias pélvicas. CAMISINHAS DE TRIPA ANIMAL Data da criação: 1910 - Este preservativo era feito de membrana intestinal de animais, conhecida como cecal. Os preservativos de ceco eram eficazes contra a gravidez porque a membrana animal é porosa aos vírus. Na época causava um grande desconforto tanto no homem, quanto na mulher durante as relações. Eles lavavam e utilizavam novamente os preservativos. Por mais que evitem gravidez, não protegia de maneira confiável contra infecções sexualmente transmissíveis, como por exemplo a AIDs. Informações obtidas através do site História Licenciatura - testando preservativos em 1935 (2019)

MARIA EVA 'EVITA' DUARTE DE PÉRON GIOVANNA FERNANDES - 201 Abstract First lady in Argentina between 1946 and 1952, 'Evita' fought for the poorest women and workers. Early death made her martyr. Resumo Primeira-dama da Argentina entre 1946 and 1952, 'Evita' lutou por mulheres e trabalhadores mais pobres. Morte precoce a transformou em mártir. Quem foi Eva 'Evita' de Perón? Evita de Perón foi uma mulher que desde muito jovem sonhava em se tornar uma pessoa de grande importância e influência em seu país, tanto que dizia para a mãe que queria se tornar atriz e que um dia iria se casar com um príncipe ou um presidente para que pudesse ser reconhecida e jamais esquecida, pois era seu maior medo. Por tamanha vontade de viver e determinação, ela conseguiu se tornar tudo o que queria, aparecendo muito em capas de revistas e rádios novelas da época, conquistando e encantando muito o povo devido seu trabalho esforçado. Seu relacionamento com Juan Perón acontece quando eles se conhecem em um jantar beneficente (1945) devido ao acontecimento ocorrido por um terremoto no ano passado (1944) que deixou milhares de vítimas e pessoas desabrigadas.

Então em 1946, Eva casou-se com o então presidente da Argentina Juan Perón. Durante a eleição do mesmo a presidente. A luta naquela época que eles viviam era contra o regime militar que o país estava passando, porém apesar de Juan ser o presidente, quem tomava a frente e conversava realmente com o povo era então sua esposa, já que gostava de se manter perto e sempre tentava ajudar os mais necessitados. A luta de Evita Sua luta se forma principalmente por mulheres na época que elas não tinham reconhecimento, Evita foi a principal líder que fez com que as mulheres conseguissem trabalhar e até mesmo votar (já que era proibido na época), formando-se então a partir do momento em que ela se torna a primeira dama da Argentina, o partido peronista. \"Evita lutava pelos direitos das mulheres, direitos civis e de trabalho. Os direitos civis tinham a ver com a igualdade dos homens e das mulheres, salários iguais para trabalhos iguais, a educação em todos os âmbitos, a promoção social\", lembra Pigna. \"Até que finalmente conseguiu que o Parlamento aprovasse a lei do voto feminino, que era uma luta antiga das argentinas desde o início do século\". Morte e seu legado Diagnosticada com um câncer de colo uterino, Evita infelizmente falece jovem aos 33 anos de idade. Sua morte comoveu toda Argentina que fez com que seu povo fossem as ruas de Buenos Aires em luto por vários dias, deixando-os muito comovidos e tristes por sua perda. Em seu último discurso, ela diz: \"escolhi ser 'Evita'... para que através de mim as pessoas e sobretudo os trabalhadores, encontrassem sempre livre o caminho do seu Líder\".

Lei Maria da Penha Gustavo Laitano RESUMO A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 em homenagem a uma mulher de Fortaleza que era casada com um homem que tentou a assassinar duas vezes, em uma das vezes ela recebeu um disparo em sua medula, assim perdendo o movimento das pernas, desde então a lei vem atuando na proteção das mulheres em casos de violência doméstica tanto física quanto psicológica. Em conjunto com a lei foi criado também o centro de atendimento a mulher, basta discar \"180\" no celular e relatar o corrido, assim o serviço encaminha o caso para órgãos competentes para que aja intervenção imediata. Palavras-chave: Maria da penha; Feminicídio; Agressão doméstica. ABSTRACT The \"Maria da Penha\" Law was sanctioned on August 7, 2006 in honor of a woman from Fortaleza who was married to a man who tried to murder her twice, one of the times she received a shot in her spinal cord, thus losing the movement of her legs, since then the law has been acting to protect women in cases of domestic violence both physical and psychological. Together with the law it was also created the women's call center, just dial \"180\" on your cell phone and report the incident, so the service forwards the case to the competent bodies for immediate intervention. Keywords: Maria da penha; Feminicide; Domestic aggression.

\"Maria da Penha\" A lei possui este nome em honra a esta mulher que nasceu em Fortaleza em 1 de fevereiro de 1945, nos dias de hoje ela é formada como uma farmacêutica bioquímica mas foi no ano de 1983 que seu marido (Marco Antonio Heredia Viveros) tentou a assassinar duas vezes, ele começou com um tiro nas costas dela enquanto ela dormia e por causa disso nos dias de hoje ela é paraplégica, sem contar também os diversos traumas adquiridos psicológicos. A Lei A lei foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ela possui 46 artigos distribuídos entre sete títulos, ela é oficialmente a Lei 11.340 e age para prevenir e acabar com a violência doméstica e familiar contra a mulher, prevendo pena de 3 meses a 3 anos para o agressor. Ela estabelece as formas da violência doméstica contra a mulher como física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, determinando também que a mulher somente poderá desistir da acusação perante o juiz. É dito que nos 15 anos de vigor a lei já salvou mais de 350 mil mulheres e muitos relatos estão na internet, os seguintes exemplos foram retirados do portal de notícias G1: Caso RUBBY : Uma mulher transexual do Acre foi agredida e trancafiada após pedir fim do relacionamento para o seu ex namorado, ela sofreu discriminação de policiais e conseguiu ser atendida normalmente somente pelas medidas tomadas pela ei Maria da Penha, o caso terminou com uma medida protetiva. Caso MARIA DO CARMO: Maria conta que sofreu agressões por 11 anos e completa com a seguinte frase “Você fica cega. Fica ali como um bichinho estimação deles, passa a fazer tudo que eles querem”, ela conta que só teve coragem de denunciar após descobrir que suas filhas também sofriam abusos, no final de tudo o agressor foi preso.

A Lei Maria da Penha nos últimos anos É triste saber que próxima à comemoração de 15 anos da Lei Maria da Penha um caso de agressão contra a mulher extremamente brutal veio a tona, o caso de Dj Ivis, esse é um fato que nos ajuda a comprovar uma significante e triste informação, o fato de a pandemia ter agravado ainda mais o número de casos de violência contra a mulher, de acordo com pesquisa do \"Instituto Datafolha\", uma a cada quatro mulheres acima de 16 anos afirma ter sofrido algum tipo de violência no último ano, ou seja, aproximadamente 17 milhões de mulheres (Nesses dados são contabilizados somente os casos reportados, não há como ter informação de quando não há denúncia). Neste cenário de pandemia os casos de descumprimento de medidas protetivas também cresceram, o que levou o Congresso a criar o \"PL 1861/2021\", sugerindo o aumento da pena quando forem violadas as medidas protetivas tomadas em prol da mulher, seus filhos e outros dependentes menores de idade, atualmente o descumprimento de medidas protetivas tem como pena a detenção de três meses a dois anos, porém este projeto visaria aumentar de dois a quatro anos a pena. Gráfico comparativo de denúncias no número \"180\" do período de início dos anos de 2019 e 2020 Não foram encontrados dados precisos de 2021 Conteúdos exemplares Músicas 180 - Alok, DJ Victor, MC Hariel, MC Mar ks, MC Davi, MC Leozinho ZS e MC Dricka MC Nay - Maria Da Penha (Love Funk) DJ Alle Mark Filme Vidas partidas (Inspirado na vida de Maria da Penha) Livro Sobrevivi.. posso contar - Livro de Maria da Penha sobre sua história

Figuras Femininas na América Latina Por: Inácio Machado Resumo: Este trabalho mostra algumas das figuras femininas latino-americanas que foram de extrema importância de várias maneiras na história, sejam em lutas sociais, revoluções ou manifestações culturais. Algumas dessas mulheres participavam ativamente de revoluções na América Latina, resistindo contra ditaduras e na luta por reivindicações de direitos, já outras eram figuras culturais como escritoras e poetisas que falavam sobre quebras de valores religiosos e morais impostos nas mulheres de suas épocas. Muitas dessas mulheres foram omitidas e negligenciadas da história por conta de seus gêneros e pelo que representavam, porém, hoje muitas tem suas histórias, trajetórias e lutas usadas como símbolos de revolução, luta, e da importância das mulheres pela história. Palavras-Chave: Mulheres. América Latina. Negligênciadas.

Abstract This work shows some of the Latin American female figures who have been extremely important in various ways in history, whether in social struggles, revolutions or cultural manifestations. Some of these women actively participated in revolutions in Latin America, resisting dictatorships and fighting for rights claims, while others were cultural figures such as writers and poets who spoke about breaches of religious and moral values imposed on women of their time. Many of these women were omitted and neglected from history because of their gender and what they represented, however, today many have their histories, trajectories and struggles used as symbols of revolution, struggle, and the importance of women in history. Keywords: Women. Latin America. Neglected

Mulheres pela história da América Latina Ao longo da história, muitas mulheres desempenharam papéis importantes para a cultura, eventos e descobertas da humanidade, porém, em muitas dessas ocasiões seus nomes e contribuições são ocultados ou completamente apagados simplesmente pelo fato de serem mulheres. Isso acontece fortemente na América Latina onde inúmeras figuras femininas importantes são negligenciadas por conta de seu gênero. Desde escritoras que começaram a tratar sobre desigualdade de gênero em suas obras e mulheres pioneiras na luta pelos direitos de voto, igualdade entre os homens e mulheres e o fim da discriminação de gênero até mulheres que participavam ativamente contra ditaduras nos seus países, muitas foram ou esquecidas ou propositalmente negligenciadas mesmo com grandes conquistas apenas por conta de seus gêneros. Até mesmo nos dias de hoje não se tem como saber quantas mulheres que podem ter realizado atos incríveis foram omitidas da história, porém mesmo com essa omissão e quase esquecimento de algumas, certas mulheres Latino-americanas podem ser lembradas por suas lutas, como por exemplo: Chiristina Haymorth Christina Hayworth, que criou a primeira parada LGBT de Porto Rico na década de 90 que iniciou uma grande luta contra a homofobia em Porto Rico. Rigoberta Menchú Rigoberta Menchú nascida na Guatemala, ganhou o Nobel da paz de 1992 pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas, reivindicando seus direitos e denunciando a perseguição que sofriam.

Hermila Galindo Hermila Galindo foi uma pioneira do feminismo no México. Ela fundou a revista feminista \"A Mulher Moderna\" e lutava pela educação sexual e direitos iguais entre gêneros, além do direito das mulheres exercerem sua sexualidade. Irmãs Mirabal As irmãs Mirabal eram três irmãs dominicanas que se opuseram à ditadura de Rafael Trujillo, e estiveram envolvidas em atividades clandestinas contra seu regime. As irmãs foram torturadas e assassinadas em 1960, logo após elas foram transformadas em símbolos da resistência popular. Patrícia Galvão Patrícia Galvão \"Pagu\" foi uma uma escritora, poetisa, jornalista e militante política brasileira. Denunciava em suas obras as condições socioeconômicas em onde viviam os proletários e criticava a posição doméstica que as mulheres eram submetidas na sociedade. Ao participar de uma greve de trabalhadores em Santos, Patrícia foi presa pela polícia, essa foi a primeira de uma série de mais de 20 prisões. Foi a primeira mulher presa por motivos políticos no Brasil. Victoria Santa Cruz Nascida no Peru, fundou a companhia teatral\"Teatro y Danzas Negras del Perú\" após voltar da França onde estudou. É uma grande difusora da cultura negra no Peru.

Qual a importância de se falar dessas mulheres? É importante sempre se lembrar sobre essas lutas e conquistas feitas por mulheres, mesmo que sejam tão negligenciadas, já que, dessa forma podemos sempre manter as reivindicações que tantas mulheres tiveram em prol de algum direito essencial que lhes era negado e suas lutas tão importantes, registradas. Nunca se esquecendo de que para as mulheres de hoje aproveitarem dos direitos que tem, alguma outra mulher começou a lutar por eles antes e isso não pode cair em esquecimento. Referências:

João Henrique Turma 201 Feminismo no Brasil Resumo: O movimento feminista vem se tornando cada vez mais popular no mundo. No Brasil não é diferente, e este artigo se refere à toda a história e trajetória do movimento no nosso país, e como a mulher brasileira lutou e ainda luta por uma maior emancipação em uma sociedade dominada por homens. Palavras-chave: Feminismo, Brasil, História, direitos das mulheres. Abstract: The feminist movement is becoming increasily popular around the world. In Brazil its not different, and this article refers to the entire history and trajectory of the movement in our country, and how Brazilian women fought and still fighting for a greater emancipation in a society dominated by men. Keywords: Feminism, Brazil, History, women's rights. Como e quando surgiu? No Brasil, o movimento feminista surgiu no século 19, em uma época em que a condição da mulher brasileira acompanhava as desigualdades sociais e econômicas do país. O Brasil era uma sociedade baseada na escravidão que oprimia tanto a mulher negra como escrava, quanto a mulher branca, que era restrita a realizar somente tarefas do lar. O movimento surgiu principalmente com as lutas das mulheres pelo direito ao voto, a educação e ao livre acesso ao mercado de trabalho, além da luta pela abolição da escravidão. As primeiras manifestações, além de desafiar a ordem patriarcal da época, reivindicavam direitos que iam da igualdade política até a emancipação feminina em relação a dominação masculina sobre suas vidas.

Quem foi a pioneira? Nísia Floresta Augusta, educadora e escritora, é considerada a pioneira do feminismo no Brasil. Além de ter sido muito engajada pedagogicamente, fundando o primeiro colégio direcionado para meninas no Brasil, Nísia publicou em 1832 a obra ''Direitos das mulheres e injustiças dos homens'', considerada a obra fundadora do feminismo brasileiro. Outras personalidades importantes: Bertha Lutz Bertha Maria Júlia Lutz foi um dos mais importantes nomes na luta pelos direitos das mulheres no Brasil, tendo lutado principalmente pelo direito ao voto feminino. Além de ter sido chefe de botânica no museu nacional, Bertha foi de extrema importância nas conquistas do voto e da participação da mulher na política, tendo atuado como deputada logo após. Carlota Pereira Carlota Pereira de Queiroz, médica, escritora e pedagoga, foi a primeira mulher brasileira a ser eleita deputada federal, candidata do Partido Constitucionalista do Brasil, tendo um mandato em pról da defesa das mulheres e das crianças. Foi também a fundadora da Academia Brasileira de Mulheres Médicas, da qual foi presidente durante alguns anos. Laudelina Melo Laudelina de Campos Melo foi a fundadora do primeiro sindicato de trabalhadoras domésticas no Brasil, profissão que a mesma exercia. Laudelina também fundou outras diversas associações e sindicatos deste tipo e sua luta foi de extrema importância na conquista dos direitos da carteira de trabalho e da previdência social por parte das trabalhadoras domésticas.

Trajetória do Movimento Capa do Jornal das Senhoras, 1° jornal Século 19 feminino do Brasil, editado por Joana Paula de Noronha, em 1852. Foi em meados deste século em que mulheres de vários pontos do país começaram a buscar Século 20 uma maior participação na sociedade, que até então era dominada pelos homens. Porém, as Ao contrário do século anterior, no século 20 conquistas femininas no século 19 foram houveram grandes mudanças na vida da pequenas, e favoreceram apenas as mulheres mulher na sociedade brasileira. O feminismo brancas de classe média e alta, porém, já estava progredindo bastante, com o direito ao demonstravam a união em torno de objetivos voto e a participação na vida politica sendo comuns que viriam influenciar a geração concedidos, porém, a ditadura militar atingiu seguinte de feministas. De modo geral, vale em cheio os movimentos progressistas do destacar o surgimento das redes de jornais Brasil, além das mulheres serem arduamente femininos e a influência de Nísia Floresta, reprimidas durante este período. No entanto, cujas obras influenciaram diversas mulheres a com a volta da democracia, o protagonismo lutarem por seus direitos. da mulher na sociedade passa a crescer bastante, com diversas e grandes conquistas Protesto protagonizado por mulheres nos campos políticos, sociais, culturais, etc. Os durante a ditadura militar no Brasil. resultados de tantos anos de luta finalmente começaram a aparecer de forma definitiva. Século 21 Protesto feminista em Recife, 2011 Com muito mais facilidade que as gerações anteriores, que foram responsáveis por tornar a vida feminina mais emancipatória, a nova geração de feministas ainda contou com as novas tecnologias, como as redes sociais, para expor suas ideias. Hoje, o movimento feminista é amplamente mais acessível e popular, sendo ...bastante definitivo na sociedade.

Trajetória - Conquistas 1879 1827 Direito de frequentar faculdades Direito ao estudo 1962 1932 É criado o estatuto da mulher Direito de votar e participar casada, tornando a mulher mais da politica autônoma em relação ao marido 1977 1985 Aprovada a lei do divórcio Criada a primeira delegacia da mulher 2006 2015 Criada a lei Maria da Penha Aprovada a lei do feminicídio 2018 Importunação sexual passa a ser crime Referências:

O Direito das Mulheres no México Abstract/Resumo The figth for women's ritghs on México is A luta pelos direitos femininos no México far from over. Even tough Recently in a está longe de terminar. Ainda difícil survey by the United Nations (UN) about Recentemente, em pesquisa da Organização the topic on latin america the north das Nações Unidas (ONU) sobre o tema american country got in first place, and américa latina o país norte-americano ficou earlier this year abortion was deemed em primeiro lugar e, no início deste ano, o legal nation wide, there is still a lot to be aborto foi considerado legal em todo o país, done. In City of Mexico, the nation's ainda há muito a ser feito. Na Cidade do capitol 100.6 woemen were killed in 2019 México, a capital do país, 100,6 mulheres, and Rates of femicide on the country foram mortas em 2019 e as taxas de have sky-rockeded by 136% in the last feminicídio no país dispararam 136% nos nine years. últimos nove anos. Key words: Palavras Chave: Women's ritghs, femicide, vote, abortion Direitos das mulhetres, feminicídio, voto, aborto Nome: João Francisco

Violência hoje Ultimamente, uma das maiores crises 72% humanitárias que o México enfrenta é em relação as taxas de feminicídio. E grande culpa disso, 72% das mulheres na capital do país pode-se traçar devolta para as instituições alegam ter sofrido violência sexual governamentais locais não terem tanta vontade de intervir nas violações dos direitos humanos. O Comitê das Nações Unidas para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres, em 2018, demonstrou preocupação com a persistência da violência cometida contra as mexicanas, incluindo a violência sexual. Isso pode ocorrer em razão de não haver leis mexicanas adequadas para a proteção de mulheres e meninas contra a violência de gênero e sexual. Segundo o Instituto Nacional de estatísticas do México (INEGI) em 2016, na Cidade do México 72% das mulheres alegam ter sofrido violência sexual de algum tipo. O país aprovou uma lei específica contra o feminicídio e a violência contra a mulher apenas em Março de 2020.

Direitos conquistados Apenas recentemente as mulheres Um terço da população feminina total mexicana conseguiram seu lugar na politica. foi alvo de violência ou abuso. Apenas em 1953 elas ganharam o direito ao voto e em Março do ano 82% das vítimas de violência no México são passado, o país aprovara uma lei mulheres que torna violência de gênero específico. E apenas em nesse ano, fora garantido o direito universal ao aborto. Em 2019 fora aprovada o único apoio para mulheres trabalhadoras. Esse apoio Judicial garante acesso à saúde e limite na duração da jornada de trabalho. Porem, esse apoio não alcança a maioria das forças trabalhadora feminina. Mesmo com as recentes leis, ainda existe uma dificuldade de acabar com a violência contra a mulher no México no nível Nacional. Segundo a OMS uma de cada três mulheres no México sofreram violência ou abuso de alguma maneira e 82% das vitimas de violênia no México são mulheres. Referências

Por: Resumo A aviação tem até hoje a reputação de ser dominada por homens e ter pouco espaço para as mulheres e embora sejam cada vez mais comuns mulheres exercerem funções antes consideradas masculinas na aviação, muita gente ainda estranha quando vê uma mulher pilotando um avião, e se até hoje é assim, a quase 100 anos atrás era ainda pior e foi nessa época que uma aviadora Americana entrou para a história sendo uma pioneira da aviação quebrando vários recordes. Abstract Aviation today has the reputation of being dominated by men and having little space for women and although women are increasingly common in roles previously considered masculine in aviation, many people are still strange when they see a woman piloting a plane, and if even today it is like that, almost 100 years ago it was even worse and it was at this time that an American aviator made history as a pioneer in aviation, breaking several records and leaving behind an extraordinary legacy. A Vida Antes da Decolagem Em 1897 no Kansas nasceu Amelia Earhart filha de Amelia Otis e de Samuel Earhart. O pai era um advogado mal sucedido. A mãe, uma mulher cuja família era muito rica, era um tanto liberal para os padrões da época e resolveu que não ia criar as filhas para esperarem um marido. Amelia Earhart, no tempo da infância, construiu uma rampa, em sua casa, semelhante à uma montanha-russa, usada por ela para decolar em uma caixa. Apesar de ter caído no chão, a sensação de estar no ar foi tão prazerosa que ela nem deu atenção aos ferimentos da queda. Aos 12 anos, com a família, Amelia mudou-se para o estado de Iwoa onde o pai dela tinha conseguido um bom emprego numa companhia de trens. Só então a adolescente promissora foi, pela primeira vez, à escola. Antes, ela era ensinada em casa, pela mãe. Entretanto, o pai de Amelia começou a ter problemas com alcoolismo. Isto levou a ser obrigado, pela empresa, a se aposentar precocemente. Ele então se mudou para San Paul em Minnesota. A esposa não acompanhou a mudança. Em vez disso pegou as filhas e foi para Chicago. Ao terminar o colegial, a futura piloto entrou para algumas faculdades. Todavia ela nunca terminava um curso. Amelia foi para Toronto no Canadá. Lá, com 21 anos de idade, tornou-se enfermeira. Trabalho que fez com que a futura lady Lindy contraísse gripe espanhola no surto de 1918. Amelia sobreviveu a doença. Infelizmente, as sequelas da gripe, como sinusite e enxaqueca, a acompanharam pelo resto da vida. No ano de 1920, Amelia e seu pai estavam passeando por um campo de pouso, em Los Angeles, quando um piloto se ofereceu para proporcionar à jovem um curto voo de avião. Assim que a jovem alcançou os céus decidiu que faria isso pelo resto da vida. “No momento em que estava a duzentos ou trezentos pés acima do chão eu descobri que precisava voar” disse Amelia Earhart em entrevista no ano de 1937.

Depois de seu primeiro voo, entrou para uma escola de aviação. Seu cabelo curto, suas vestes pouco femininas e principalmente por ser uma mulher em um ambiente quase totalmente masculino tornaram-na a principal vítima das piadas e gozações de seus colegas. No entanto, nada disso abalou a determinação da moça. Trabalhou redobrado em diversos empregos para pagar o a escola de aviação extremamente cara. Seis meses após ter entrado nela, conseguiu comprar seu primeiro avião. Nele a estudante de aviação deu início a sua brilhante e inspiradora carreira. A Decolagem na Carreira Em 22 de outubro de 1922, Amelia Hearhart mostrou o quanto o título deste texto é apropriado. Pois, logo no início de sua extraordinária carreira, ela conseguiu atingir 14mil pés de altitude em uma descolagem de avião. Batendo o recorde mundial para aviadoras. Em 1924, seus pais se divorciaram e os problemas financeiros de sua família obrigaram-na a vender o avião. Em abril de 1928, a recordista recebeu um telefonema inesperado perguntando se ela gostaria de ser a primeira mulher a atravessar o Atlântico. Obviamente a dama dos ares aceitou a oferta e sua façanha a colocou na história como a mulher pioneira da aviação. Dessa forma a imprensa a apelidou de lady Lindy. Ela se casou com Jorge Putnam, em 1931, que a ajudou a se tornar uma celebridade. A pioneira usou seu nome para ganhar dinheiro em muitos setores como moda feminina, revistas e administração de companhias aéreas. Nada disso diminuiu sua dedicação como piloto. Ela atingiu mais um recorde mundial de altitude atingindo 18415 pés. E ainda tornou-se Presidente de uma organização dedicada à aviação feminina. Por um tempo Amelia divulgou os seus planos para voar através do Atlântico. Ela seria a primeira mulher a conseguir isso. Para atingir seu objetivo, no dia 20/05/1932, ela saiu do Canadá e dirigiu-se à Paris. A heroína teve problemas com o mau tempo e com o gelo nas asas impedindo-a de chegar em à capital francesa. Contudo ela conseguiu atravessar o Atlântico tendo que aterrissar em uma fazenda na Irlanda. Devido as suas 15 horas de voo a viajante dos ares recebeu honras e teve seus feitos reconhecidos. Entre 1930 e 1935, ela estabeleceu 7 recordes de velocidade e de distância para mulheres, porém a ambiciosa aviadora queria mais. Ao completar 40 anos de idade a aventureira celeste decidiu que precisava ser a primeira mulher a dar uma volta ao mundo de avião. No dia 1 junho de 1937, junto a seu copiloto Fred, Amelia partiu de Miami. Sua despedida contou com a presença de dezenas de pessoas. Os bravos aventureiros começaram a jornada em direção ao leste. Chegaram a Nova Guiné, no dia 29/06/1937, completando cerca de 35000 km. Faltavam ainda cerca de 11000 km para completarem o voo sobre o pacífico. O plano exigia uma escala na ilha de Howland, localizada entre o Havaí e a Austrália. Com apenas 2,5 km de comprimento e 800 metros de largura a ilha Howland era um local difícil para o pouso. Por volta das 10:00 da manhã, a geniosa dupla decolou o Electra, como era chamado seu avião. Ao se aproximarem da ilha tiveram problemas com o mau tempo e foram avisados que a antena do rádio foi danificada. Este foi o último contato da destemida dupla. Deste desaparecimento surgiram vários mistérios, mas Amelia infelizmente foi declarada morta em 1939.


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