©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 TRABALHO FINAL PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS CUSTOS DO PROJETO DA ESTRUTURA FÍSICA 1
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 JOSÉ RODRIGUES DE FARIAS FILHO José Rodrigues de Farias Filho é Engenheiro Civil pela Universidade de Fortaleza - UNIFOR/1988. Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho pelo LATEC/UFF/1998. Mestre em Engenharia Civil pela UFF/1992. Doutor em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ/1996. Professor Titular do Departamento de Engenharia de Produção da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense. Diretor da Escola de Engenharia da Universidade Federal Fluminense. Professor dos Programas de Doutorado e Mestrado em Engenharia de Produção e Engenharia Civil. Professor do Curso de Graduação em Engenharia de Produção da UFF. Professor do Doutorado em Sistema de Gestão Sustentáveis da UFF. Professor do Mestrado em Sistema de Gestão da UFF. Professor dos Cursos de Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos, Gerência de Riscos, Gestão pela Qualidade Total, Engenharia Econômica e Financeira, Gestão de Negócios Sustentáveis da UFF. Coordenador do Núcleo de Competitividade, Estratégia e Organizações – LabCEO dos Programas de Doutorado e Mestrado em Engenharia de Produção, Engenharia Civil, Sistema de Gestão Sustentáveis e Mestrado em Sistema de Gestão da UFF. Vice-Coordenador do Laboratório de Tecnologia, Gestão de Negócios e Meio Ambiente da Escola de Engenharia da UFF. Conselheiro no Conselho Universitário da UFF. Ex-Chefe de Gabinete do Reitor da UFF no período de 2014 a 2015. Ex-Pró-Reitor de Graduação da UFF no período de 2016 a 2018. Ex- Conselheiro no Conselho de Ensino e Pesquisa da Universidade Federal Fluminense. Consultor de Empresas com ênfase na Implantação e Implementação de: Planejamento Estratégico Corporativo, Gestão pela Qualidade Total, Programas Institucionais em Engenharia de Segurança, Gerência de Riscos e Seis Sigma. 2
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Copyright © 2020 by José Rodrigues de Farias Filho Projetado e Desenvolvido por: José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. Núcleo de Competitividade, Estratégia e Organizações - LabCEO Rua Passo da Pátria, 156 – sala 240 – Prédio Novo da Escola de Engenharia – São Domingos - Niterói - RJ - CEP 24.210-240 – [email protected] © Todos os Direitos Reservados: Não está previamente autorizada a reprodução, cópia ou transcrição, parcial ou total, em qualquer meio, para fins comerciais ou de recebimento de vantagens diretas ou indiretas, exceto no caso de utilização em meios de projeção visual específicos para cursos e palestras, que divulguem este material, o autor e a Universidade Federal Fluminense. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Farias Filho, José Rodrigues de F224 Planejar o Gerenciamento dos Custos do Projeto da Estrutura Física / José Rodrigues de Farias Filho. - Niterói: UFF/TEP – Núcleo de Competitividade, Estratégia e Organizações - LabCEO, 2020. 83.:il.; 30cm. Apostila (Disciplina de Gerenciamento de Projetos - Curso de Graduação em Engenharia de Produção) 1. Gerenciamento de Projetos. 2. Jogos de Ensino. 3. Aprendizagem Ativa I. Título. CDD 658.404 Índice para Catálogo Sistemático: 1. Gerenciamento de Projetos. 2. Jogos de Ensino. 3. Aprendizagem Ativa Depósito Legal na Biblioteca Nacional conforme Decreto Nº 1.825, de 20 de dezembro de 1907. Impresso no Brasil/ Printed in Brazil 3
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 SUMÁRIO PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS CUSTOS DO PROJETO DA ESTRUTURA FÍSICA .........5 1.0 - Gerenciar os Custos do Projeto:.............................................5 2.0 - Estimar os Custos Operacionais do Projeto............................. 29 2.1 Definir a Estrutura Analítica de Custos – EAC................................. 29 2.2 Definir os Custos de Preparação do Terreno ................................. 31 2.3 Definir os Custos Operacionais para cada Atividade ..................... 35 2.4 Definir os Investimentos Iniciais do Projeto .................................... 41 2.4.1 - Instalação Provisória.....................................................................41 2.4.2 OS EQUIPAMENTOS ............................................................................44 2.3 - Calcular o Preço de Venda do Projeto: ............................... 48 2.4 - Montagem do Cronograma Físico-Financeiro do Projeto ......... 49 2.5 - Montagem do Fluxo de Caixa do Projeto .............................. 60 2.6 - Viabilidade do Projeto: ...................................................... 64 ANEXOS..................................................................................... 67 Anexo 1 – Modelo SIPOC .......................................................... 68 Anexo 2 – Modelo de Composição de Custos .............................. 69 Anexo 3 – Matérias-Primas & Equipamentos do Avião de Depron..... 70 4
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 PLANEJAR O GERENCIAMENTO DOS CUSTOS DO PROJETO DA ESTRUTURA FÍSICA 1.0 - Gerenciar os Custos do Projeto: Os Grupos com o Gerenciamento dos Riscos do Projeto da Estrutura Física definida devem, neste momento, Gerenciar os Custos do Projeto, que suportará a estratégia de execução da montagem e da construção da Estrutura Física. Para tanto, os Grupos devem seguir as informações contidas na figura 01. Figura 01 – O Processo para Planejar o Gerenciamento de Custos do Guia PMBOK® 20171 Os Grupos devem entender que o Processo de Planejar o Gerenciamento dos Custos do Projeto2 se caracteriza por “(...) O processo que estabelece as políticas, procedimentos e documentação para o planejamento, gestão, despesas, e controlar os Custos do Projeto. (...)\" 1 PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. Um Guia de Conhecimentos em Gerenciamentos de Projetos (Guia PMBOK® ). 6ª Edição. Newtown Square, PA: Project Management Institute. 2017, pág. 235. 2 Guia PMBOK® 2012, pág. 193. 5
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Para que possamos entender a lógica de Gerenciar os Custos de um Projeto vamos avaliar o que Heldman3 explica \"(...) O Plano de Gerenciamento de Custos estabelece o formato e as condições que você irá estimar, orçar e controlar os Custos do Projeto. (...)\". Neste contexto o esforço para se Planejar o Gerenciamento de Custos à figura 02 ajuda no entendimento. Figura 02 – O Processo Planejar o Gerenciamento de Custos Continuando na tentativa de entendermos mais sobre a lógica de Gerenciar os Custos de um Projeto utilizaremos o que a AACE International4 propõe para (...) Gerenciamento de Custo Total é a aplicação efetiva do conhecimento profissional e técnico de planejamento e controle de recursos, Custos, rentabilidade e riscos. Dito de forma simples, é uma abordagem sistemática para o Gerenciamento de Custos ao longo do Ciclo de Vida de qualquer empresa, programa, instalação, Projeto, produto ou serviço. Isto é realizado através da aplicação de princípios de Gerenciamento de Custos de Engenharia de Custos e, metodologias comprovadas e tecnologias de apoio ao processo de gestão. (...)\" Para entendermos o significado de Custo vamos utilizar o conceito proposto por Helmkamp5 que explicita \"(...) Um Custo é um sacrifício econômico dos recursos (por exemplo, dinheiro) feitos em troca de um 3 HELDMAN, Kim. Gerência de Projetos: Um guia para o exame oficial do PMI. 5ª ed. Tradução por: Edson Furmankiewicz. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, Pág. 199. 4 AACE International - The Association for the Advancement of Cost Engineering. Total Cost Management Framewok: An Integrated Approach to Portfolio, Program, and Project Management. Edited by John K. Hollmann. 209 Prairie Avenue, Suite 100, Morgantown, WV 26501 USA. 2006. Pág. 3 5 HELMKAMP, John G. Manageral Accounting. 2nd Edition. New York. John Wiley & Sons. 1990. Pág. 34. 6
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 produto ou serviço (por exemplo, estoques), ao passo que uma despesa é um Custo realizado (por exemplo, o inventário que é vendido). (...)\" Prosseguindo, a figura 03 apresenta de forma visual a proposta de Gerenciamento de Custo Total que tem como propósito deixar claro que esse dito Gerenciamento de Custo Total pressupõe que a sua realização faz-se necessário conjugar esforço entre o Gerenciamento de Projetos, o Gerenciamento Contábil e o Gerenciamento de Recursos com o foco centrado no Custo do Projeto, nos processos de trabalho e por fim, com foco nos recursos a serem alocados e usados no dito Projeto. Figura 03 – Spectrum do Gerenciamento de Custos6 Com a intenção de aprofundar mais nos detalhes sobre o Gerenciamento de Custos Total a AACE International7 estabelece: • Gerenciamento de Custo Total. A soma das práticas e processos que uma empresa usa para gerenciar o investimento em termos de Custos ocorridos durante o Ciclo de Vida total da sua carteira de Ativos estratégicos. Descreve o processo empregado pelo profissional de Engenharia de Custos; 6 AACE International. 2006, pág. 4. 7 AACE International. 2006. Pág. 9 7
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 • Gerenciamento de Recursos. (1) O planejamento, a programação, a execução e o controle de todos os recursos organizacionais para produzir um bem ou um serviço que proporciona a satisfação dos clientes e oferece suporte a vantagem competitiva da organização e, por fim o alcance das metas organizacionais. (2) Um campo emergente de estudos que enfatiza a perspectiva de sistemas, abrangendo tanto o produto, os Ciclos de Vida dos Processos, bem como o foco também, na integração dos recursos da organização em direção à efetiva realização dos objetivos organizacionais. Os recursos incluem materiais, manutenção, reparo e operação de suprimentos, produção e suporte de equipamentos, instalações provisórias de apoio, colaboradores diretos e indiretos, e capital; • Contabilidade Gerencial. O processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadas pela administração para planejar, avaliar e controlar dentro de uma organização e para assegurar o uso apropriado e a responsabilidade dos seus recursos; • Custos e Recursos. Qualquer investimento de tempo, dinheiro, esforço humano, ou objetos físicos para a realização de produtos de uma empresa, ou seja, serviços e bens, e Ativos; • Ativo Estratégico. Qualquer propriedade física ou intelectual exclusiva de algum Escopo que é um valor a longo prazo ou em andamento pela empresa; • Processo. Um fluxo de entradas e saídas, com mecanismos que transformam as entradas em saídas; • Projetos. Um esforço temporário para conceber, criar, modificar ou extinguir um Ativo estratégico; • Operações. Empreendimentos em andamento que utilizam Ativos estratégicos; • Ciclo de Vida. Descreve as Fases que ocorrem durante a vida de um Empreendimento. Um Ciclo de Vida pressupõe um começo e um fim. O Ciclo de Vida do Ativo descreve os estágios da existência de um Ativo, e do Ciclo de Vida do Projeto descreve as Fases de Empreendimentos. Após o entendimento do que seja Gerenciamento do Custo Total devemos procurar entender quais as ações para se estabelecer uma lógica de Planejar o Gerenciamento de Custo. Para tanto, seguiremos o que propõe a NASA Cost Estimating Handbook8 no que tange a sua Metodologia de Custos. A figura 04 expõe a proposta da NASA; 8 National Aeronautics and Space Administration. NASA Cost Estimating Handbook (CEH). NASA Headquarters - Cost Analysis Division - 300 E Street SW Washington, DC 20546-0001. 2008. Volume 1. Pág. 1-19. 8
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Figura 04 – O Processo Metodologia Custo9 A proposta da NASA se divide em três Fases. Sendo a primeira relacionada com as características do Projeto e seus desdobramentos em termos de Escopo, Redes de Precedência, Prazos entre outros. O foco é garantir que o Projeto esteja bem definido para que as Fases seguintes possam ocorrer de forma adequada. A segunda Fase está relacionada com a Metodologia dos Custos, ou seja, aspectos importantes sobre Engenharia de Custos e seus mecanismos de Estimação. Esta Fase é composta, inicialmente, pelo desenvolvimento de Regras Básicas e de Hipóteses sobre de elementos que, a partir do Projeto, permitam organizar esforços para que os Custos sejam estimados. Após, faz-se necessário selecionar uma Metodologia de Estimativa de Custos que estejam coerentes com a as Regras Básicas e com as Hipóteses, e também condizentes com as características específicas do Projeto. A próxima ação está relacionada com a seleção e a construção do Modelo de Estimação dos Custos. Este Modelo envolve os sistemas de custeio e a forma de se caracterizar os tipos de Custos que comporão os Custos Totais das Atividades ou do próprio Projeto. Para fechar essa Fase, após todas as ações já definidas, faz-se necessário agrupar e normalizar todos os dados referentes ao Modelo de Estimação dos Custos. A terceira Fase está relacionada com o processo de Estimação dos Custos. Para o NASA Cost Estimating Handbook10 o processo deve seguir uma lógica que inicialmente estabeleça os pontos de Estimação em função das características técnicas e funcionais do Projeto. Sobre esses 9 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Pág. 1-19. 10 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Págs. 1-28 a 1-44. 9
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 pontos de Estimação é que se atua com o Método de Estimação dos Custos estabelecidos na Fase anterior. Um ponto importante nessa Fase é também avaliar os Riscos envolvidos com as Estimativas de Custos e com as limitações do próprio Método de Estimação dos Custos definido. Esses Riscos devem ser incorporados a Estimativa via contingências, e também aos demais outros tipos de Riscos para possibilitar robustez ao processo de Planejamento do Projeto. Associado aos Riscos faz-se necessário estimar as Probabilidades de Ocorrência dos Riscos associados aos Custos Estimados. Para encerrar a terceira Fase cumpre a equipe responsável pela Estimação dos Custos, estabelecer um processo de Registro e Guarda de todas as decisões assumidas pela equipe responsável pela Estimação dos Custos e também a formalização da apresentação dos resultados da Estimação dos Custos do Projeto, via uma documentação específica. Uma ação importante para que todas as três Fases proposta pela NASA sejam bem utilizadas pelas equipes que atuam Estimando Custos é montar um banco de dados relacional que arquive todas as ações de Estimação realizadas em todos os Projetos, bem como guarde, para cada Projeto que teve a sua Estimação de Custos arquivada, os registros dos acompanhamentos dos Custos reais e os motivos de possíveis mudanças realizadas em qualquer instante do Ciclo de Vida do Projeto. Esta prática é indicada para que o conhecimento possa ser adquirido e uma vez adquirido seja possível transformá-lo em novos conhecimentos. Neste contexto a figura 05 coloca alguns detalhes que devem ser considerados quando Estimação dos Custos. Esses detalhes vêm em forma de questionamentos que a equipe responsável pela Estimação deve atentar e buscar responder para que o processo de Estimação ocorra de forma célere, eficiente e eficaz. 10
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Figura 05 – Quatro Elementos Críticos para entender e concordar antes de realizar uma Estimativa de Custos11 O Plano de Gerenciamento de Custos deve, em função de todas as ações já comentadas, definir como saída12 final as seguintes informações: • As Unidades de Medida. Cada unidade usada em medições (como horas de trabalho, dias de pessoal, semana de medidas de tempo, metros, litros, toneladas, quilômetros, metros cúbicos de medidas de quantidade, montante fixo em forma de moeda) seja definida para cada um dos recursos; • Nível de Precisão. O grau em que as Estimativas de Custos da Atividade serão arredondadas para cima ou para baixo com base no Escopo das Atividades e na magnitude do Projeto; • Nível de Acurácia. O intervalo aceitável (Por exemplo, ± 10%) utilizados na determinação realística das Estimativas de Custos de cada Atividade, e podem incluir também uma quantia para contingências; • Relacionamento com os Procedimentos organizacionais. A Estrutura Analítica do Projeto (EAP) fornece a estrutura para o Plano de Contas de Custos, permitindo a consistência com as Estimativas, Orçamentos e controle de Custos. O componente da EAP usado para a contabilidade de Custos do Projeto é denominado como Conta de controle; 11 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Pág. 1-21. 12 Guia PMBOK® 2012, pág. 199. 11
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 • Para cada Conta de controle é atribuído um código único ou número de conta que liga diretamente ao sistema de contabilidade da organização executora; • Limites de Controle. Limites de variação para o desempenho do monitoramento dos Custos que são especificados para indicar uma específica quantidade de variação a ser permitida antes que alguma ação precise ser tomada. Limites são normalmente expressos como desvios percentuais em relação ao plano de linha de base. • Regras de medição de desempenho. Definir as Regras de medição de desempenho para a Análise de Valor Agregado (EVM). Uma questão importante que ainda deve ser discutida são os momentos onde a Estimação e o Controle dos Custos ocorrem. Seguindo o fluxo apresentado na figura 06 percebemos a lógica de montagem do Fluxo de Caixa segue o desenvolvimento do empreendimento no tempo. E desta forma existem tipologias de ações que originam diferentes tipos de Custos. Desta forma, podemos estabelecer Custos provocados com foco mais em Investimentos que darão suporte aos ditos Empreendimentos e outros que estarão mais relacionados com a Operação propriamente dita do Empreendimento. Figura 06 – Fluxo de Caixa dos Investimentos Em função da figura 06 e das origens dos Custos podemos estabelecer um momento que chamaremos de CAPEX e outro de OPEX. Para o CAPEX13 utilizaremos a seguinte conceituação \"(...) é a sigla da expressão inglesa Capital Expenditure (em português, despesas de capital ou investimento em bens de capital) e que designa o montante de dinheiro despendido na aquisição (ou introdução de melhorias) de bens de capital de uma determinada empresa. O CAPEX é, portanto, o montante 13 Para maiores detalhes consultar no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/CAPEX. Acesso em 30/09/2013. 12
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 de investimentos realizados em equipamentos e instalações de forma a manter a produção de um bem ou serviço ou manter em funcionamento de um negócio ou um determinado sistema operacional. (...)\" E para OPEX14 adotaremos a seguinte conceituação \"(...) é uma sigla derivada da expressão Operational Expenditure, que significa o capital utilizado para manter ou melhorar os bens físicos de uma empresa, tais como equipamentos, linhas de produção, propriedades e imóveis. As despesas operacionais (muitas vezes abreviado a OPEX) são os Custos contínuos para se realizar um bem/serviço, o negócio, ou o sistema operacional. (...)\" Desta forma, fechamos com o Plano de Gerenciamento de Custos e assim podemos iniciar o processo de Estimar os Custos em função de toda a lógica estabelecida. Figura 07 – O Processo para Estimar os Custos do Guia PMBOK® 201715 Os Grupos devem entender que o Processo de Estimar os Custos do Projeto16 se caracteriza por “(...) O processo de Estimativa dos recursos monetários necessários para concluir as Atividades do Projeto. (...)\" 14 Para maiores detalhes consultar no endereço http://pt.wikipedia.org/wiki/OPEX. Acesso em 30/09/2013. 15 Guia PMBOK® 2017, pág. 240. 16 Guia PMBOK® 2012, pág. 193. 13
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Para que possamos entender a lógica de se Estimar os Custos de um Projeto vamos avaliar o que Heldman17 explica \"(...) O processo Estimar os Custos gera uma Estimativa do Custo dos recursos necessários para cada Atividade descrita na EAP. Inclui a comparação de alternativas e o exame de riscos e compensações. Algumas alternativas que você poderia considerar são \"produzir versus comprar\", \"comprar versus alugar\" e \"compartilhar recursos\" ao longo de diferentes Projetos ou departamentos. (...)\". Neste contexto o esforço para se Estimar os Custos à figura 08 ajuda no entendimento. Figura 08 – O Processo Estimar os Custos De acordo Venkataraman & Pinto18 faz-se necessário considerar alguns aspectos para se realizar um excelente processo de Estimação de Custos. Os aspectos são os seguintes: 1. Uma definição clara, completa e inequívoca do Projeto e do Escopo do trabalho envolvido; 17 HELDMAN, 2009. Pág. 200. 18 VENKATARAMAN, Ray R. & PINTO, Jeffrey K. Cost and Value Management in Projects. John Wiley & Sons, Inc., Hoboken, New Jersey. 2008. Págs. 6 e 7. 14
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 2. A avaliação completa dos Riscos potenciais envolvidos, com respectivos planos de ação, para minimizar seus possíveis impactos; 3. Um gerente de Projeto bem treinado e competente; 4. Um profundo conhecimento, por todas as Partes Interessadas, dos vários tipos de Custos que possam ser incorridos ao longo do Ciclo de Vida do Projeto; 5. Uma cultura organizacional orientada para Projeto, onde exista um fluxo livre de comunicação, para que todos os participantes do Projeto possam entender claramente as suas responsabilidades; 6. A Estrutura Analítica do Projeto bem definida, onde os Pacotes de Trabalho são divididos em tamanhos gerenciáveis; 7. Orçamentos realistas, onde cada pacote de trabalho é atribuído a sua quota adequada do Orçamento total, proporcionais ao trabalho envolvido; 8. Um sistema de contabilidade e um esquema de codificação bem alinhadas com a Estrutura Analítica do Projeto e compatíveis com o sistema de informação de gestão da organização; 9. Um sistema de Contabilidade de Custos que irá acumular Custos e imputá-los às suas Contas de Custos relevantes, como e quando eles são incorridos; 10. A agenda de trabalho priorizada e detalhada, elaborada a partir da Estrutura Analítica do Projeto, que atribui e acompanha o andamento de tarefas individuais; 11. A gestão eficaz de equipe bem motivada, para garantir que o progresso de trabalho atenda ou supere o esperado; 12. Um mecanismo para comparar as despesas reais e planejadas para tarefas individuais, com os resultados extrapolados para cobrir todo o Projeto; 13. A capacidade de trazer as tarefas críticas que estão atrasadas de volta ao programado, incluindo o fornecimento de recursos adicionais ou tomar outras medidas corretivas; 14. Supervisão adequada e eficaz para garantir que todas as Atividades serão feitas certas da primeira vez; 15. Supervisão das folhas de pessoal de modo a garantir que o uso legítimo dos códigos de Custo; 16. Elaboração adequada das especificações e contratos; 17. Investigação discreta para confirmar se o Cliente tem uma boa situação financeira, com recursos suficientes para fazer todos os pagamentos contratados; 18. Investigação semelhante, embora não necessariamente de forma discreta, de todos os fornecedores e subcontratados (especialmente aqueles que são novos no cadastro de fornecedores); 15
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 19. O uso eficaz de processo licitatório para todas as compras e subcontratados para garantir o menor Custo compatível com a qualidade e evitar acréscimos de Custos que excedem as Estimativas e Orçamentos; 20. A devida atenção e controle das modificações e alterações de contratos, incluindo a inclusão de todas as reivindicações justificáveis para aumentos de preços para o Cliente; 21. Evitar as mudanças não essenciais, especialmente aquelas em que o Cliente do Projeto não vai pagar; 22. Controle adequado de pagamentos dos fornecedores e dos subcontratados para garantir que todas as faturas e pedidos de pagamentos não sejam pagas ou com pagas a mais; 23. Recuperação de todas as despesas acessórias permitidas pelo contrato (por exemplo, as chamadas caras de telefone, impressão especial, artigos de papelaria, viagens e alojamento); 24. Emissão de faturas adequadas para o Cliente, garantindo que os pedidos de pagamentos ou reembolsos de Custos sejam feitos nos momentos adequados e em níveis corretos, para que as disputas que poderiam atrasar os pagamentos não surgem; 25. Controles de crédito eficaz para evitar que os pagamentos a serem feitos pelos Clientes não se atrasem; 26. Auditorias internas para evitar perdas por furto ou fraude; 27. Relatórios regulares de progresso de Custos para a gerência sênior, destacando o cumprimento do cronograma ou desvios orçamentários em tempo para que ações corretivas possam ser tomadas; 28. Projeto com Custo eficaz, usando, talvez, a engenharia de valor; 29. Medidas imediatas para fechar as contas no final do Projeto devem ser tomadas, para evitar que outras despesas não autorizadas sejam imputadas ao Projeto. Seguindo ainda Venkataraman & Pinto19 afirmam que existem duas importantes leis a serem avaliadas para a execução das Estimativas de Custos, no que tange o Gerenciamento de Projetos: 1. Em primeiro lugar, é melhor definirmos todos os Custos do Projeto logo no início, menos chances há de se cometer erros graves no processo de Estimação dos Custos; 2. Em segundo lugar, o quanto mais exato for as nossas Estimativas iniciais de Custos, maior a probabilidade de se preparar um Orçamento de Projeto que reflita com maior precisão o Orçamento real para o Projeto e maior a chance de se concluir o Projeto dentro das Estimativas Orçamentárias. 19 VENKATARAMAN & PINTO. 2008. Pág. 51. 16
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Após esse entendimento faz-se necessário estabelecer algumas alternativas para se Estimar os Custos de um Projeto. Venkataraman & Pinto20 propõem alguns Métodos de Estimação que são úteis para as equipes que têm a missão de Estimar Custos: 1. Estimativas Aproximadas - Esse tipo de Estimativa, também conhecida como ''ordem de grandeza\", são frequentemente utilizadas quando não há informação ou tempo disponível para desenvolver Estimativas mais precisas ou detalhadas o suficiente. Normalmente, as Estimativas aproximadas são usados para fazer licitações para contratos de Projetos, ou para uma Estimativa grosseira de corte inicial de recursos necessários para o Projeto. (...) Como regra geral, as Estimativas aproximadas devem ter uma precisão de ± 30 por cento; 2. Estimativas de Viabilidade - Estas Estimativas, são desenvolvidos após o trabalho preliminar de concepção do Projeto for concluído. Com o Escopo inicial de trabalho na mão, agora é possível começar o processo de desenvolvimento da Linha de Base inicial do Projeto através do envio de pedido de proposta a fornecedores e outros subcontratados. Estimativas de Viabilidade são muitas vezes utilizadas em Projetos de construção, onde a informação publicada sobre os Custos de material está amplamente disponível. Esta informação, juntamente com as Estimativas de quantidades de materiais envolvidos, facilita as Estimativas de Custo bastante precisos para uma ampla gama de Atividades do Projeto. (...) Como a informação mais relevante se torna disponível mais à frente no Ciclo de Vida do Projeto, a margem de ± 10 por cento de erro nas Estimativas de Viabilidade. Desta forma, é mais rigorosa do que as Estimativas aproximadas. 3. Estimativas Definitivas - Estas Estimativas podem ser desenvolvidas apenas após a conclusão da maior parte do trabalho sobre o Projeto do Produto. Nesta fase, já existe compreensão muito clara do Escopo e dos recursos necessários para o Projeto e as alterações nas especificações do Projeto são praticamente inexistentes. Além disso, um plano de Projeto já está completo, e todas as Atividades e as suas sequências definidas até a sua conclusão. Todas as ordens de compra importantes foram apresentadas com base nos preços conhecidos e disponibilidades, por parte dos fornecedores, de materiais e equipamentos. Dado que todas as decisões já foram realizadas e que as informações estão mais precisas e menos incertezas existem sobre o Projeto, essas Estimativas fornecem um Custo esperado muito mais preciso, com ± 5 margem de erro; 4. Estimativas Comparativas - Estimativas comparativas usam dados históricos das Atividades de Projetos anteriores como um quadro 20 VENKATARAMAN & PINTO. 2008. Págs. 51 e 53. 17
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 de referência para as Estimativas atuais. O Método de Estimativa Comparativa é uma Estimativa Paramétrica, que sustenta que a maioria dos Projetos é semelhante aos Projetos anteriores por meio de características ou parâmetros semelhantes e, portanto, são susceptíveis de incorrer em Custos semelhantes. (...) Estimativas Paramétricas consiste em duas etapas: a. Identificar as características / parâmetros de um Projeto já realizado que pode ser diretamente relacionado com o desenvolvimento do Custo do Projeto atual, e b. Definir a modelagem matemática que orienta o relacionamento entre os Projetos. A figura 09 demonstra como o Método de Estimativa Paramétrica com o intuito de estabelecer uma Estimativa de Custo bem assertiva. Figura 09 – Passos do Processo de Estimativa Paramétrica de Custo21 Nesta mesma linha de apresentar Métodos de Estimativa de Custo a NASA Cost Estimating Handbook22 propõe: 5. Às vezes referido como Estimativas bottom-up, o Método Engenharia a Construir segue a partir de previsões individuais para cada elemento do Projeto definir a Estimativa global do mesmo. Este Método envolve calcular o Custo de um elemento da EAP estimando, no mais baixo nível de detalhe (muitas vezes referido como o nível de \"Pacote de Trabalho\"), em que os meios para realizar o esforço de trabalho são facilmente distinguíveis 21 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Pág. 1-27. 22 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Pág. 1-32. 18
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 e discerníveis. Muitas vezes, as Estimativas de trabalho são Estimadas separadamente dos requisitos de materiais. (...) Para este Método é desejável que a pessoa técnica trabalhe como analistas de Custo que sejam profissionais mais experientes. A figura 10 explicita como o Método de Engenharia a Construir. Figura 10 – Método para se desenvolver a Estimativa Engenharia a Construir23 Um indicativo para uso dos Métodos de Estimação de Custos está apresentado na figura 11 que compara os Métodos com as Fases do Ciclo de Vida dos Empreendimentos da NASA. Isso pode ajudar a avaliar como escolher dentre os Métodos possíveis o mais indicado a fim de alcançar os melhores resultados para as Estimativas de Custos. Concluindo sobre os Métodos de Estimação de Custo Heldman24 informa os seguintes tipos: • Opinião Especializada; • Estimativa Análoga; • Estimativa Paramétrica; • Estimativa Bottom-up; • Estimativa de três pontos; • Análise de Reservas; • Custo da Qualidade; • Software de Estimativa de Gerenciamento de Projeto; • Análise de Proposta de Fornecedor. 23 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Pág. 1-32. 24 HELDMAN, 2009. Pág. 203. 19
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Cabe, em função desses Métodos propostos por Heldman25, dá um destaque aos seus comentários sobre os Software de Estimativa de Gerenciamento de Projeto \"(...) A ferramenta de Software de Estimativa de Gerenciamento de Projeto pode ajudá-lo a determinar rapidamente as Estimativas em função de diferentes variáveis e alternativas. Alguns sistemas são bem sofisticados e utilizam técnicas estatísticas e de simulação para determinar as Estimativas, enquanto outros menos complexos. (...)\" Figura 11 – Gráfico para Seleção dos Métodos para Estimar Custos26 Após a definição dos Métodos de Estimação de Custo faz-se necessário avaliar acurácia de suas Estimações de Custo a fim de conhecer os Riscos envolvidos e, assegurar quais dos Métodos mais indicados para as Fases do Ciclo de Vida do Projeto. A AACE International27 desenvolveu um estudo para definir níveis de acurácia de trabalhos de Estimativas de Custo. Para tanto, a AACE International estabeleceu alguns níveis de classes de acurácia, em função das Fases do Ciclo de Vida dos Empreendimentos, e que estão também relacionados com a quantidade de acesso de informações técnicas e de outras ordens. Em função disso, a AACE International estabeleceu as seguintes classes: 25 HELDMAN, 2009. Pág. 203. 26 NASA Cost Estimating Handbook (CEH). 2008. Volume 1. Pág. 1-27. 27 AACE International - The Association for the Advancement of Cost Engineering. AACE International Recommended Practice No. 18R-97: Cost Estimate Classification System – As Applied in Engineering, Procurement, and Construction for The Process Industries TCM Framework: 7.3 – Cost Estimating and Budgeting. 209 Prairie Avenue, Suite 100, Morgantown, WV 26501 USA. 2011. Pág. 2. 20
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Figura 12 – Matriz de Classificação de Tipo de Estimativa de Custos para Processos Industriais28 Na mesma linha e de uma forma gráfica segue a figura 13 para deixar bem claro a proposta da AACE International. 28 AACE International Recommended Practice No. 18R-97. 2011. Pág. 2. 21
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Figura 13 – Exemplo de variabilidade dos Níveis de Acurácia para Estimativas para Processos Industriais29 Complementando os níveis de acurácia Turner30 propõe alguns níveis de acurácia em função dos Tipos de Estimativa de Custos para os momentos de apresentação de propostas técnicas. Dessa forma, as duas propostas se complementam e podem ajudar muito as equipes responsáveis por Estimativas de Custo. A figura 14 deixa isso claro. 29 AACE International Recommended Practice No. 18R-97. 2011. Pág. 4. 30 TURNER, J. Rodney. The Handbook of Project-Based Management: Leading Strategic Change in Organizations. 3th Edition. New York. The McGraw-Hill Companies, Inc. 2009. Pág. 159. 22
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Figura 14 – Tipos de Estimativas – Propostas e Níveis de Acurácia31 Em complemento a proposta anterior de Turner a figura 15 estabelece outra forma de compreender os níveis de acurácia. Figura 15 – Tipos de Estimativas – Níveis definidos para a Estrutura Analítica de Projetos32 Independentemente do Método de Estimação de Custos faz-se necessário estabelecer alguns Elementos ditos básicos de Custo com a intenção de alocar corretamente os Custos, na etapa de Orçamento. Iniciamos por Venkataraman & Pinto33: 1. Custo da mão-de-Obra – Este tipo de Custo envolve os Custos de contratação e dos salários dos vários tipos de recursos humanos associados ao Projeto. Dado que um Projeto requer uma variedade de pessoal com diferentes níveis de habilidade, a Estimativa de Custo do trabalho não é uma tarefa fácil. É preciso levar em consideração os salários ou Custo do homem-hora e todos os benefícios envolvidos com os recursos humanos. Essa Estimativa deve considerar o Ciclo de Vida do Projeto e suas necessidades específicas em relação aos Recursos Humanos; 31 TURNER, J. Rodney. The Handbook of Project-Based Management: Leading Strategic Change in Organizations. 3th Edition. New York. The McGraw-Hill Companies, Inc. 2009. Pág. 159. 32 TURNER. 2009. Pág. 159. 33 VENKATARAMAN & PINTO. 2008. Págs. 49 e 50. 23
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 2. Custo com Matérias-Primas - Este é o Custo das Matérias-Primas, nos suprimentos diversos por meio de contratos com fornecedores e outros pequenos equipamentos ou ferramentas necessários para completar as Atividades do Projeto. Os Custos reais das Matérias- Primas dependem da natureza do Projeto, por exemplo, Custos de Matérias-Primas para Projetos de desenvolvimento de software podem ser muito pequeno, enquanto em Projetos de construção que são muito grandes; 3. Custo com Equipamentos e Instalações Provisórias – Muitos Projetos fora de sede, como mineração ou construção de grandes edifícios, exigem que os membros da equipe do Projeto tenham que alugar Instalações Provisórias e Equipamentos diversos. Nestes casos, os Custos de aluguel e outros tipos de Custos relacionados a manutenção, operação das Instalações Provisórias e uso dos Equipamentos diversos deverão ser alocados aos Custos do Projeto. Complementando as informações, Turner34 propõe: 4. Subcontratar. Isso inclui os Custos com Mão-de-Obra e Matérias- Primas fornecidas por empresas contratadas. Os Custos de contratação das referidas empresas serão incluídos neste tipo de Custo, onde o controle não está dentro do âmbito da contratante; 5. Despesas Gerais de Gestão (Overheads) e Administração. Isso inclui o Custo de Pessoas e Matérias-Primas para gerenciar o Projeto. Estes Custos são atribuíveis ao Projeto, mas não as Atividades específicas, e incluem os Custos do gestor do Projeto e dos líderes das equipes, o Escritório Técnico de apoio ao Projeto, sistema de informação de Gerenciamento de Projetos, se necessário, e os serviços de Instalações Provisórias temporárias. Os Custos de gestão são tipicamente de 3 a 6 por cento dos Custos do Projeto; 6. Financiamento. Financiamento pode ser o Custo mais importante em um Projeto, um tipo maior do que qualquer outro Custo único e ainda é ignorado pela maioria dos gerentes de Projeto. É uma área onde a redução de Custos pode ser feita por meio da alocação cuidadosa no Fluxo de Caixa do Projeto; 7. Taxas e Impostos. As taxas podem incluir seguros e financiamentos, acordos de licença e a tributação de Impostos podem ser consideradas como um tipo especial de taxa; 8. Inflação. Nestes dias de baixa inflação pode ser razoavelmente ignorada em Projetos com duração inferior a cerca de 18 meses. Ele só é realmente significativo em grandes Projetos com duração de vários anos, ou para os contratados por meio de licitação com contratos de preço fixo; 34 TURNER. 2009. Págs. 162 e 163. 24
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 9. Contingências. São reservas que tem como objetivo ajudar a preservar a rentabilidade e o lucro do Projeto, bem como protege- lo dos Riscos tipificados para o Projeto. Concluído essa etapa de definir os Elementos Básicos de Custo faz-se necessário agora, estabelecer os Tipos de Custo ou sistema de custeio. De acordo com Venkataraman & Pinto35 “(...) Os Custos de um Projeto podem ser classificados como diretos ou indiretos, recorrente ou não recorrente, fixo ou variável, e normal ou acelerado. (...)” Os Custos Diretos36 “(...) são todos os Custos diretamente envolvidos na produção da Obra, que são insumos constituídos por materiais, mão-de- obra e equipamentos auxiliares, mas toda a infraestrutura de apoio necessária para a sua execução no ambiente da obra. (...)” Os Custos Diretos37 “(...) podem ser carregados diretamente ao Projeto, por exemplo, os Custos de pessoal que estão diretamente envolvidos no Projeto, ou os Custos de materiais utilizados diretamente nos trabalhos envolvidos com as Atividades do Projeto. Os Custos Indiretos incluem as Despesas Gerais de Gestão, bem como despesas comerciais e administrativas. Exemplos de Custos Indiretos incluem os Custos associados com impostos, seguros, serviços públicos, e assim por diante. Os Custos associados com as despesas de vendas e administrativas resultam de salários, comissões, publicidade, etc. (...)” Seguindo com as definições dos Tipos de Custo Venkataraman & Pinto38 “(...) Custos recorrentes, tais como mão-de-obra e materiais, são incorridos repetidamente ao longo do Ciclo de Vida do Projeto. Custos não recorrentes, por outro lado, são os Custos incorridos no início ou no final do Projeto, tais como pesquisa de mercado e capacitação para o trabalho. Os Custos Fixos não variam com o uso. Por exemplo, os Custos incorridos na compra de bens de capital permanecem fixos, independentemente do grau de utilização do equipamento. Os Custos Variáveis, por outro lado, variam diretamente com o uso. Eles são tipicamente associados com o trabalho e materiais. Custos Normais são incorridos quando as Atividades do Projeto são executadas de acordo com a duração prevista de origem. Custos Acelerados são Custos não planejados incorridos como resultado de medidas tomadas para acelerar a conclusão do Projeto. Por exemplo, os Custos associados com o uso de horas extras adicionais ou contratação de trabalhadores adicionais especificamente para acelerar a conclusão do Projeto pode ser considerado como Custos Acelerados. (...)” 35 VENKATARAMAN & PINTO. 2008. Pág. 50. 36 MAÇAHIKO, Tisaka. Orçamento na Construção Civil: consultoria, Projeto e execução. São Paulo: Editora PINI, 2006. Pág. 37. 37 VENKATARAMAN & PINTO. 2008. Pág. 50. 38 VENKATARAMAN & PINTO. 2008. Pág. 50. 25
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Figura 16 – O Processo para Determinar o Orçamento do Guia PMBOK® 201739 Os Grupos devem entender que o Processo de Determinar o Orçamento do Projeto40 se caracteriza por “(...) O processo de agregação dos Custos Estimados sobre as Atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer um Orçamento inicial autorizado de Custos. (...)\" Para que possamos entender a lógica de se Determinar o Orçamento de um Projeto vamos avaliar o que Heldman41 explica \"(...) Nesse processo fazem Estimativas de Custos para as diferentes Atividades e se define uma Linha de Base de desempenho dos Custos para ser utilizada na avaliação do desempenho do Projeto ao longo dos outros grupos de processos. Somente os Custos associados ao Projeto fazem parte do Orçamento 39 Guia PMBOK® 2017, pág. 249. 40 Guia PMBOK® 2012, pág. 193. 41 HELDMAN, 2009. Pág. 206. 26
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 autorizado. Por exemplo, os futuros Custos operacionais não são Custos do Projeto e, portanto, não são incluídos no Orçamento. (...)\" Para completar Heldman42 explica que \"(...) A Linha de Base do desempenho dos Custos é o Custo total esperado para o Projeto ao utilizar um Orçamento no cálculo no término, uma técnica de Gerenciamento de Valor Agregado. (...) Lembre-se de que Custos são associados ao sistema financeiro por meio do Plano de Contas - ou código de contas - e são atribuídos às Atividades do Projeto no nível dos Pacotes de Trabalho ou para controlar contas em vários pontos na EAP. (...)\". Neste contexto o esforço para se Determinar o Orçamento à figura 17 ajuda no entendimento. Figura 17 – O Processo Determinar o Orçamento Desta forma, o Orçamento é o processo que formaliza e sintetiza todo o trabalho de Estimação dos Custos e tem como foco expressar, a partir de um Plano de Contas, os Custos de todas as Atividades do Projeto. 42 HELDMAN, 2009. Pág. 206. 27
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Com o intuito de otimizar todo o trabalho o Plano de Contas do Orçamento deveremos seguir a mesma orientação da Estrutura Analítica do Projeto – EAP. A Estrutura Analítica de Custos – EAC terá assim, os mesmos elementos da EAP. Isso facilitará aos gestores em controlar de forma conjunta Tempo e Custo. Para finalizar a EAC se organizará seguindo a lógica do Custeio Baseado em Atividades conforme a figura 18. Desta forma, é possível alinhar a estratégia de Ativos e Recursos com a Estrutura Analítica de Projeto. Figura 18 – Rede de Alinhamento entre os Custos, Atividades e Recursos43 Para que a Estimação dos Custos do Projeto seja desenvolvida pelos Grupos de forma adequada, o ideal é que seja feita por um processo coletivo, por meio de brainstorming e podem-se cumprir as seguintes ações: 43 AACE International. 2006. Pág. 77. 28
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 2.0 - Estimar os Custos Operacionais do Projeto 2.1 Definir a Estrutura Analítica de Custos – EAC44 Para desenvolver a Estimação dos Custos envolvidos com o Projeto Construção da Estrutura Física devem-se seguir todos os conceitos trabalhados nos tópicos anteriores. A ideia é aproveitar que todos já têm conhecimentos sobre o desenvolvimento da Metodologia de Engenharia de Custos e daí utilizá- la como elemento aglutinador para se Estimar os Custos do Projeto. Seguindo Metodologia proposta, principalmente pela NASA, a mesma informa que algumas decisões precisam ser consensadas pelos Grupos. Para que todo o processo possa fluir adequadamente os Grupos devem levar em consideração os seguintes aspectos: Usar para fins de Estimação dos Custos os conceitos envolvidos com o tempo padrão propostos em Maynard45e46 devem ser usados para avaliar os prazos das Atividades do Projeto; Para tanto, solicita-se que cada membro dos Grupos escolha uma Atividade pertencente à EAP do Projeto de Construção da Estrutura Física e monte o seu fluxograma do processo produtivo tendo como princípio básico o modelo do Estudo de Tempos e Movimentos47e48. A ideia é que as Atividades sejam detalhadas em termos do seu desenvolvimento e a partir daí poderem estimar os seus Custos envolvidos. 44 A formalização da EAC é o Plano de Contas da Projeto. 45 Para maiores detalhes consultar TRAJANO, Isar Formação do Custo ao longo do Processo Produtivo. Cadernos de Produção Civil – CPC-25/TPC-6. Versão 2 06/2002. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal Fluminense. Abril de 1985. página 4. 46 Para maiores detalhes consultar MAYNARD, H. B. - Manual de Engenharia de Produção - tradução de: Itiro Iida (coord.) - São Paulo: Edgard Blucher, 1970. Tradução de: Industrial Engineeing Handbook. (v. 3 - Técnicas de medida do trabalho). 47 Para maiores detalhes consultar SLACK, Nigel; CHAMBERS, Stuart & JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. Tradução por: Maria Teresa Corrêa de Oliveira & Fábio Alher, Revisão Técnica Henrique Luiz Corrêa. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2002. Páginas 275-307 48 Para maiores detalhes consultar BARNES, Ralph M. Estudo de Movimentos e de Tempos: Projeto e medida do trabalho. Tradução por Sérgio Luis Oliveira Assis, José Azevedo & Arnaldo Pallotta. 6ª ed.. São Paulo: Edgard Blütcher Ltda, 1977. 635p. 29
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 O Modelo SIPOC49 para que cada membro dos Grupos possa estabelecer o mapeamento dos processos produtivos ao qual o mesmo ficará responsável, faz-se necessário considerar: ➢ Para possibilitar uma agilização ao processo de Orçamentação dos Custos os Grupos irão Estimar os Custos pelo Sistema de Custeamento por Processo50 ➢ O Modelo de Orçamentação dos Custos será com o uso de Custos Unitários com a utilização de Composições de Custos51 para cada Atividade levando em consideração os principais insumos envolvidos e os seus respectivos consumos; O Modelo de Composição de Custos52 que os Grupos irão utilizar para enfim Estimar os Custos do Projeto Construção da Estrutura Física. Com isso os Grupos devem: ➢ Definir as unidades padrão de medição dos quantitativos para cada Atividade, por exemplo, m2, m3 entre outros; ➢ Montar um Plano de Contas para a EAC do Projeto. Uma possibilidade é usar a EAP ou construir a EAC levando em consideração todos os processos e/ou as Atividades da EAP; ➢ Levantar todos os quantitativos53 dos processos e/ou das Atividades, tendo como parâmetros os mapeamentos dos fluxos dos processos; ➢ Definir todos os insumos humanos e não humanos envolvidos no Projeto de Construção da Estrutura Física; ➢ Escolher as Composições de Custos a serem utilizadas para cada Pacote de Trabalhos (processos e/ou Atividades). Usar o Modelo de Composição proposto no Anexo 13; ➢ Considerar o plano de Arranjo Físico e utilizar suas decisões para compor o Custo Total do Projeto; ➢ Levantar os valores monetários (R$) de todos os insumos em função da sua unidade padrão de utilização, por exemplo, R$/homen-hora, R$/m2, R$/m3, R$/Kg entre outras. 49 O Modelo será o SIPOC (Fornecedores, Entradas, Processo, Saída e Clientes). O foc será mapear o processo acompanhando a Cadeia de Suprimento do Processo. Esse mapeamento será opcional. Para maiores detalhes consultar o Anexo 1. 50 Para maiores detalhes consultar LEONE, George S. G. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. São Paulo: Atlas, 1981. páginas 229-342. 51 Usar como instrumento de construção das composições dos Custos, em concordância com o memorial descritivo, as tabelas de composição de Custo contidas no TCPO 2000: Tabelas de Composição de Preços para Orçamento. 1ª ed. São Paulo: Pini, 1999. 52 Para maiores detalhes sobre o modelo das Composições de Custo consultar o Anexo 2. 53 Guardar toda a memória de cálculo dos quantitativos feitos em cima das Atividades do Projeto. O grupo deve apresentar um modelo de documento para guardar essas informações. A apresentação da memória de cálculo é obrigatória. 30
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 2.2 Definir os Custos de Preparação do Terreno54 A Estrutura Física será instalada num terreno com as seguintes dimensões 3 m x 3 m, totalizando55 90.000m2. O Projeto de Engenharia foi desenvolvido pela própria EnsinandoaFazerCerto e buscou utilizar os melhores métodos produtivos existentes. ➢ O valor cobrado pelo Projeto foi de R$ 1XWV,YZ56 em função do m2 de área construída. Este preço inclui todas as possibilidades de infraestrutura que uma Estrutura Física do porte necessite. A equipe de engenheiros da EnsinandoaFazerCerto buscou os melhores referenciais da Indústria para sugerir as soluções tecnológicas; ➢ Este trabalho iniciou 8 meses antes da Estrutura Física ter iniciado a sua Construção e Montagem e foi concluído 4 meses antes da Estrutura Física ter iniciado a sua Construção e Montagem; ➢ A forma de pagamento foi a seguinte: • Uma entrada de 25% do valor global no início dos trabalhos; • Duas parcelas intermediárias de 20% do valor global; • Uma parcela de 35% do valor global no término dos trabalhos. ➢ O Valor do Projeto de Engenharia foi pago com capital próprio; ➢ A área para as Instalações Provisórias: ❖ Relativo às facilidades a serem instaladas no Canteiro de Obra ou Arranjo Físico Provisório e as instalações elétricas é de 6V% da área total do Terreno disponível. A construção das facilidades a serem instaladas no Canteiro de Obra e das instalações elétricas da Estrutura Física levará 4 meses e custou R$ 1ZYW,00 por m2 à EnsinandoaFazerCerto; ❖ Relativo ao restante da área com arruamentos e jardinagem. A área construída será (100-6V)% da área total do Terreno disponível. A construção dos arruamentos e da jardinagem das Instalações Provisórias inicia 1 mês após a construção das facilidades a serem instaladas no Canteiro 54 Esta iniciativa é apenas ilustrativa e não precisa ter relação com o tipo de Estrutura Física a ser Construída e Montada pelo Grupo. O foco é que avaliem o que pode ser considerado na preparação de um dado Terreno que receberá Instalações Provisórias para um Projeto. 55 Esse valor é função da conversão de 1 centímetro é equivalente a 1 metro. 56 O valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV) será entregue aos Grupos junto com a Planilha de Custos. Cada Grupo receberá valores de XYZWV distintos e específicos. 31
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 de Obra e as instalações elétricas e levará 3 meses e custou R$ 8WZ,00 por m2 à EnsinandoaFazerCerto; ➢ XV% da obra das Instalações Provisórias foram pagos com dinheiro próprio da EnsinandoaFazerCerto e (100 – XV)% com um empréstimo feito num banco, a ser pago em: • O período de pagamento do empréstimo será WX meses. O valor do percentual a ser financiado será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor do percentual que ajudará a compor o percentual de financiamento, deve-se usar: O valor do percentual a ser financiado será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 42 meses. Em caso do número referente a W for igual a 0 (zero) utiliza-se o valor de Y; Em caso do número referente a Y for igual a 0 (zero) utiliza-se o valor de Z; Em caso do número referente a Z for igual a 0 (zero) utiliza-se o valor de V; Em caso do número referente a X for igual a 0 (zero) escolha um número qualquer entre 1 e 9. • O percentual de financiamento será igual a (100-XV%). O valor do percentual a ser financiado será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor do percentual que ajudará a compor o percentual de financiamento, deve-se usar: O valor do percentual a ser financiado será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de (100-25%) = 75%. • A taxa de juros do financiamento será igual a 1Z,Y% a.a. 32
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 O valor da taxa de juros do financiamento será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor da taxa de juros do financiamento que ajudará a compor os juros do financiamento, deve-se usar: O valor da taxa de juros do financiamento será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 17,5%a.a. • O tipo de financiamento57 será igual à YW. O tipo de financiamento será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o tipo de financiamento para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Tipo Valores do Número Aleatório PRICE 00 a 33 SAC 34 a 66 SACRE 67 a 99 Quadro 01 – Tipos de Planos de Financiamento Então, para saber qual o tipo de financiamento que ajudará a compor o tipo de financiamento, deve-se usar: O valor do percentual a ser financiado será função do valor alfanumérico 25745; sendo o seu valor de 54, então o tipo de financiamento será o SAC. Estão fora do valor que será financiado os valores relativos à preparação para deixar os equipamentos operacionais. ➢ O pagamento do valor global se dará em função do ritmo dos trabalhos definidos pelo cronograma físico-financeiro apresentado pela EnsinandoaFazerCerto: O procedimento é o seguinte: deve-se sortear o segundo número alfanumérico. Cada número contém 5 (cinco) dígitos (XYZWV), os quais serão utilizados seguindo os critérios expostos a seguir. Para proceder ao preenchimento dos índices de progresso, mês a mês, nas Atividades 57 Para maiores detalhes consultar: SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: aplicações à análise de investimentos. São Paulo: Prentice Hall, 2002. Página 207-227. 33
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 específicas, devem-se seguir alguns procedimentos que têm como objetivo auxiliar na montagem do cronograma consolidado do Projeto. Então, para escolher qual das tabelas dos índices de programação das Atividades que serão utilizados nas Atividades constituintes do referido Projeto, deve-se usar os três primeiros números do dígito, igual à XYZ; os valores variarão de 000 a 999. Como exemplo deste procedimento, o valor sorteado é 25745. Deste modo, utilizando-se o quadro a seguir, a tabela dos índices de programação de serviços a ser utilizada será 40 x 30. Quadro 01 de Escolha das tabelas dos índices de programação das Atividades 000 - 060 30 x 30 481 - 540 50 x 30 061 - 120 30 x 40 541 - 600 50 x 40 121 - 180 30 x 50 601 - 660 50 x 50 181 - 240 30 x 60 661 - 720 50 x 60 241 - 300 40 x 30 721 - 780 60 x 30 301 - 360 40 x 40 781 - 840 60 x 40 361 - 420 40 x 50 841 - 900 60 x 50 421 - 480 40 x 60 901 - 999 60 x 60 Quadro 02 – Tipos de Curvas “S” Um exemplo da distribuição dos índices de produtividade para uma Curva “S” 40x3058 é exposto na tabela a seguir. Os números estão acumulados e para tê-los para cada mês ou dia é necessário transformá- los em valores simples. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 100 55,85 33,27 23,07 17,5 14,04 11,7 10,02 8,76 7,77 2 100 77,82 55,85 42,08 33,27 27,31 23,07 19,92 17,5 3 100 86,96 69,43 55,85 45,98 38,72 33,27 29,07 4 100 91,48 77,82 65,63 55,85 48,16 42,08 5 100 94,02 83,26 72,66 63,49 55,85 6 100 95,57 86,96 77,82 69,43 7 100 96,6 89,57 81,69 8 100 97,3 91,48 9 100 97,81 10 100 Quadro 03 – Exemplos de Percentuais de Avanço Físico de uma Curva “S” Com a Curva “S” definida para a construção da Preparação do Terreno, caso a Curva \"S\" fosse 40x30, seria: 58 As tabelas de índices de programação de serviços encontram-se numa Planilha de Apoio, com título “CurvaS”. 34
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Meses % de Avanço Físico 1 14,04 2 19,23 3 22,58 4 21,97 5 16,20 6 5,98 Quadro 04 – Exemplos de Percentuais de Avanço Físico de uma Curva “S” Então, se o valor global da obra das Instalações Provisórias fosse R$ 1.125.000,00 o primeiro pagamento seria R$ 157.950,00 (R$ 1.125.000,00 x 0,1404) e assim por diante. ➢ A EnsinandoaFazerCerto será remunerada para gerenciar todo o processo de desenvolvimento dos Projetos de Engenharia e Construção será de: • Para a Etapa de Engenharia do 8° ao 4° mês antes do início da Estrutura Física ter iniciado a sua Construção e Montagem é de R$ 5V.XZV,W0; • Para a Etapa de Construção do 4° ao 1° mês antes do início da Estrutura Física ter iniciado a sua Construção e Montagem é o mesmo valor da Engenharia acrescido de YX%; • Os valores serão pagos seguindo o mesmo ritmo dos trabalhos já definidos. 2.3 Definir os Custos Operacionais para cada Atividade Os Custos Operacionais Diretos serão encontrados em função de: Custos Operacionais Diretos = Custos das Matérias-Primas + Custos da Mão-de-Obra59 + Custos dos Equipamentos e das Ferramentas. A resultante será, para cada Atividade, o Custo Operacional Direto. Para se calcular os Custos Operacionais Diretos para a Estrutura Física, iremos iniciar com o cálculo dos valores dos Preços das Matérias-Primas que estão apresentadas no Anexo 3. O valor do Preço será em Real (R$), mas para efetuar os cálculos faz-se necessário encontrar o valor em função da seguinte fórmula a seguir. O valor do Custo Operacional será calculado em função do Elemento Estrutural e do seu respectivo consumo para a Construção do Elemento Estrutural e da Montagem dos Módulos da Estrutura Física. Os Grupos 59 Usar como taxa para as Leis Sociais o valor de 124,46%, incidindo sobre os valores da Mão-de-Obra. Para maiores detalhes ler TCPO 2000, páginas I-21 – I-24. 35
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 deverão estimar os consumos para cada item da Estrutura Analítica do Projeto para fins de compor o Custo Operacional Direto de todo o Projeto da Estrutura Física. Preço das Peças = fatorA x Índice Monetário x Pr eço Onde: • O Fator A para Matéria-Prima Original60 da Estrutura Física será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 5 Idades + NS 58 1 + 3,5 FatorA61 = 10 • O Fator A para as demais Matérias-Primas será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 5 Idades + NS 1 48 + 4,5 FatorA62 = 10 • O Índice Monetário será encontrado por uma composição entre os valores das cotações das moedas (Real, Dolar e Euro) e será 60 Entende-se que Matéria-Prima Original como: Depron, Seringa, Cano de Aquário, Palito de Picolé, Palito de Fósforo, Canudo Plástico, Placa Depron entre outros. 61 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 4,5 (quatro e cinquenta). Este resultado será acrescido do número 38. E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 62 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 4,5 (quatro e cinquenta). Este resultado será acrescido do número 48. E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 36
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: Índice de Preço63 = Re al(R$) xNS + Dolar (U $) xNS + Euro(E$) xNS 1,5 2 2,5 10 • O Preço64 das Matérias-Primas será encontrado em função do preço de venda de alguma loja especializada. Os Grupos deverão fazer essa cotação. Para o cálculo dos Preços dos Recursos Humanos (Mão-de-Obra), faz-se necessário calcular o Índice de Preço para os Recursos Humanos. O valor dos Preços dos Recursos Humanos será em Real (R$) e calculado a partir da fórmula a seguir. O valor do Custo Operacional será calculado em função da Quantidade e do tempo em que os Recursos Humanos estarão disponíveis para executar as atividades de Construção dos Elementos Estruturais e da Montagem dos Módulos da Estrutura Física. Os Grupos deverão estimar os consumos para cada item da Estrutura Analítica do Projeto para fins de compor o Custo Operacional Direto de todo o Projeto da Estrutura Física. Por isso, é muito importante que o Cronograma Físico seja consultado a fim de se estabelecer claramente os Prazos para cada item da Estrutura Analítica do Projeto. Preço dos Índices de Preço de RH = Quantidade x Índice de Pr eço RH x Tempo Onde: • A quantidade de Membros dos Grupos envolvidos com a Atividade a ser estimada; 63 Para se calcular este valor deve-se ter como referência o valor do Real (R$) será 10,0 (dez reais). Para calcular os valores do Dolar (U$) e do Euro (€$) faz-se necessário encontrar a cotação do dia. Os grupos devem buscar o valor da cotação em referência a R$ 1,0, o dia da cotação e a fonte onde a cotação foi encontrada. O resultado dos valores das cotações do Real (R$), do Dolar (U$) e do Euro (€$) deve ser multiplicado por um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado dessa multiplicação será dividido por 1,5 (hum e cinquenta) para o Real (R$), será dividido por 2 (dois) para o Dolar (U$) e será dividido por 2,5 (dois e cinquenta) para o Euro (€$). E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 64 Os Grupos deverão pesquisar na Internet preço em Lojas Especializadas. Os Grupos deverão informar o período da pesquisa e a fonte da mesma 37
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 • O Tempo é a quantidade de Horas será encontrado em função do cálculo das durações a serem encontradas para as Atividades de Construção da Estrutura Física; • O Índice de Preço de RH será encontrado por uma composição entre os valores das cotações das moedas (Real, Dolar e Euro) e será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: Índice de Preço65 de RH = Re al ( R$) xNS + Dolar(U $)xNS + Euro( E $) xNS 1 1,2 1,5 10 Para o cálculo dos Preços das despesas com os Equipamentos alocados as Atividades do Projeto. Este corresponde aos gastos com as despesas com os materiais de consumo para os Equipamentos funcionarem, despesas com as equipes envolvidas com a operação dos Equipamentos e as despesas com as manutenções preventivas e preditivas realizadas com os Equipamentos. O valor do preço será em Real (R$), mas para efetuar os cálculos faz-se necessário encontrar o valor em função da fórmula a seguir. O valor do Custo Operacional será calculado em função da Quantidade e do tempo em que os Equipamentos estarão disponíveis para auxiliar a execução das atividades de Construção dos Elementos Estruturais e da Montagem dos Módulos da Estrutura Física. Os Grupos deverão estimar os consumos para cada item da Estrutura Analítica do Projeto para fins de compor o Custo Operacional Direto de todo o Projeto da Estrutura Física. Por isso, é muito importante que o Cronograma Físico seja consultado a fim de se estabelecer claramente os Prazos para cada item da Estrutura Analítica do Projeto. 65 Para se calcular este valor deve-se ter como referência o valor do Real (R$) será 5,0 (cinco reais). Para calcular os valores do Dolar (U$) e do Euro (€$) faz-se necessário encontrar a cotação do dia. Os grupos devem o valor da cotação em referência a R$ 1,0, o dia da cotação e a fonte onde a cotação foi encontrada. O resultado dos valores das cotações do Real (R$), do Dolar (U$) e do Euro (€$) deve ser multiplicado por um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado dessa multiplicação será dividido por 1 (hum) para o Real (R$), será dividido por 1,2 (hum e vinte) para o Dolar (U$) e será dividido por 1,5 (hum e cinquenta) para o Euro (€$). E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 38
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Custos dos Equipamentos = fatorB ( ) ( )3x + x IPMatérias−Pr imas x40 IPRH x60 x Tempo Onde: 60 • O Tempo é a quantidade de Horas será encontrado em função do cálculo das durações a serem encontradas para as Atividades de Construção da Estrutura Física; • O Fator B para os Equipamentos alocados as Atividades do Projeto será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 5 Idades + NS 68 1 + 3,5 FatorB66 = 10 Os Grupos deverão estar atentos ao fato de ter que dimensionar a quantidade unitária para cada tipo de Equipamento em função dos usos simultâneos dos ditos equipamentos. Para o cálculo dos Preços das Ferramentas alocadas as Atividades do Projeto, o valor do preço será em Real (R$), mas para efetuar os cálculos faz-se necessário encontrar o valor em função da seguinte fórmula: Preço das Ferramentas = ( ) ( ) ( )x fatorC 0,7 x IPMatérias−Pr imas x25 + IPRH x30 + IPEquipamentos x45 80 Onde: • O Fator C para as Ferramentas alocadas as Atividades do Projeto será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 66 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 3,5 (três e cinquenta). Este resultado será acrescido do número 68. E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 39
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 5 Idades + NS 38 1 4,5 + FatorC67 = 10 Os Custos Fixos associados à montagem da Estrutura Física são encontrados: Custo Fixo = Custo Operacional Direto x (1 − ) , onde α é encontrado pela equação do BDI proposto por Limmer68, que será definido a seguir. O Custo Fixo será apropriado para cada Atividade do Projeto. Os Custos Indiretos associados à montagem da Estrutura Física serão encontrados: Custo Indireto = Custo Operacional Direto x (1 − M d ) − (1 − ), onde Md e α são encontrados pela equação do BDI proposto por Limmer69, que será definido a seguir. O Custo Indireto será apropriado para cada Atividade do Projeto. Os Custos de Contingências serão encontrados: Custo de Contingências = fatorD x Custo Operacional Direto Onde: • O Fator D será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 67 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 4,5 (quatro e cinquenta). Este resultado será acrescido do número 38. E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 68 LIMMER. 2000. Págs 86 a-114. 69 LIMMER. 2000. Págs 86 a-114. 40
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 5 Idades + NS 68 1 + 2,7 + 2,57 100 FatorD70 = 100 O Custo Total Operacional será o resultado do: Custo Total = Custo Operacional Direto + Custo Fixo + Custo Indireto + Custo de Contingências. 2.4 Definir os Investimentos Iniciais do Projeto 2.4.1 - Instalação Provisória As Instalações Provisórias são o Canteiro de Obras ou Arranjos Físicos e sua dinâmica durante a execução do Projeto de Construção da Estrutura Física. De acordo com Saurin e Formoso71 a dinâmica de um Canteiro de Obra significa “(...) O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento do layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistema de movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve a definição do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem (...)”. Seguindo nesta conceituação Saurin e Formoso72 concluem: “(...) planejamento logístico estabelece as condições de infra-estrutura para o desenvolvimento do processo produtivo, estabelecendo, por exemplo, as condições de armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações provisórias, o mobiliário dos escritórios ou as 70 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 2,7 (dois e setenta). Este resultado será acrescido do número 68. Este resultado deverá ser somando ao valor 2,57. E todo esse valor deverá ser dividido por 100. 71 SAURIN, Tarcísio Abreu & FORMOSO, Carlos Torres. Planejamento de canteiros de obra e gestão de processos. Porto Alegre : ANTAC, 2006. — (Recomendações Técnicas HABITARE, v. 3). Pág. 17. 72 SAURIN & FORMOSO. 2006. Pág. 17. 41
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 instalações de segurança de uma serra circular. De acordo com a definição adotada, considera-se que o planejamento de assuntos de segurança no trabalho não relacionados às proteções físicas, tais como o treinamento da mão-de-obra ou as análises de riscos, não fazem parte da Atividade planejamento de canteiro. (...)” Os tipos de Canteiro Obra73 são os indicados na figura 19: Figura 19 – Tipos de Canteiros de Obra Um Canteiro de Obra deve conter os seguintes Elementos de acordo Alves74 com “(...) Cada parte que compõe um canteiro é denominada “elemento” do canteiro. Alguns podem não ser obrigatórios, dependendo do tipo de obra, outros podem ser acrescentados em situações particulares. Existe uma classificação para estes elementos de acordo com sua finalidade, são elas: 73 SAURIN & FORMOSO. 2006. Pág. 19. 74 ALVES, André Luis Lins. Organização do Canteiro de Obras: um estudo aplicativo na Construção do Centro de Convenções de João Pessoa – PB. Trabalho de Conclusão de Curso. João Pessoa: Curso de Graduação em Engenharia Civil. 2012. Pág. 16 42
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 • Áreas operacionais que são locais ligados diretamente com a produção, como um pátio de armação ou uma central de formas; • Áreas de apoio à produção, que podem ser o almoxarifado ou qualquer ambiente destinado a armazenar materiais; • Sistemas de Transportes, que são equipamentos para a locomoção de materiais e mão de obra pelo canteiro; • Área de apoio técnico/administrativo pode ser o escritório do engenheiro ou técnico, é um local para se fazer estudos sobre as Atividades do canteiro e gerenciamento de uma forma geral. (...)” Tendo esses conceitos como parâmetro e associado às ações que deverão ser realizadas na etapa do Arranjo Físico é possível que os Grupos possam Estimar os Custos do Projeto de Construção da Estrutura Física. O Custo das Instalações Provisórias será encontrado em função da Estimação a seguir e deverá ser um valor em Real (R$) Estimado de forma global. Custo das Instalações Provisórias = fatorE x Custo Total Operacional Onde: • O Fator E será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 5 Idades + NS 1 58 + 2,5 10 FatorE75 = 100 75 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 2,5 (dois e cinquenta). Este resultado será acrescido do número 58. O resultado será divido por 10. E total será dividido por 100. 43
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 • O Custo Total Operacional será encontrado a partir da soma de todos os Custos Operacionais do Projeto de Construção da Estrutura Física. 2.4.2 OS EQUIPAMENTOS Para a Construção e a Montagem da Estrutura Física a EnsinandoaFazerCerto estabeleceu uma estratégia de adquirir, via compra ou leasing, Equipamentos novos. O Preço de cada Equipamento será encontrado em função da fórmula a seguir: Preços dos Equipamentos = ç • O Fator B para os Equipamentos alocados as Atividades do Projeto será encontrado em função de algumas variáveis a serem assim definidas: 5 Idades + NS 1 68 + 3,5 FatorB76 = 10 • O Número Sorteado77 (NS) será definido para cada tipo de Equipamento; • O Preço78 dos Equipamentos será encontrado em função do preço de venda de alguma loja especializada. Os Grupos deverão fazer essa cotação. Para se descobrir quais os equipamentos que serão comprados ou realizados um Leasing os Grupos receberão um Número Sorteado79 (NS) 76 Este valor significa o somatório das idades dos componentes dos Grupos, ou seja, cada componente deverá somar a sua idade com as idades dos outros componentes. O resultado do somatório das idades deve ser acrescido de um número sorteado (NS) entre 50 a 99. O resultado desse último somatório será divido por 3,5 (três e cinquenta). Este resultado será acrescido do número 68. E todo esse valor deverá ser dividido por 10. 77 O Número Sorteado (NS) será um número aleatório que variará entre 50 a 99. Cada tipo de Equipamento receberá um NS único. 78 Os Grupos deverão pesquisar na Internet preço em Lojas Especializadas. Os Grupos deverão informar o período da pesquisa e a fonte da mesma 79 O Número Sorteado (NS) será um número aleatório que variará entre 00 a 99. Cada tipo de Equipamento receberá um NS único. 44
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 que definirá se o Equipamento será comprado ou um Leasing será realizado. Para essa definição será adotado a seguinte regra: • Os Equipamentos comprados serão aqueles que obtiverem valores pares para o Número Sorteado; • Os Equipamentos adquiridos por meio de um Leasing serão aqueles que obtiverem valores ímpares para o Número Sorteado. Os Equipamentos serão adquiridos 1 mês antes do Projeto iniciar. A entrega ocorreu no final da preparação do Terreno para receber a Construção e a Montagem da Estrutura Física e sua instalação ocorreu durante as fases iniciais do Projeto da Estrutura Física. O período de pagamento do valor financiado será de XW meses. Para os Equipamentos que serão comprados o percentual de financiamento será igual a XV%. O valor do percentual a ser financiado será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor do percentual que ajudará a compor o percentual de financiamento, deve-se usar: • O valor do percentual a ser financiado será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 25%. A taxa de juros do financiamento será igual a 1Z,Y% a.a. O valor da taxa de juros do financiamento será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor da taxa de juros do financiamento que ajudará a compor os juros do financiamento, deve-se usar: • O valor da taxa de juros do financiamento será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 17,5%a.a. O tipo de financiamento80 será igual à YW. O tipo de financiamento será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o tipo de financiamento para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. 80 Para maiores detalhes consultar: SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: aplicações à análise de investimentos. São Paulo: Prentice Hall, 2002. Página 207-227. 45
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Tipo Valores do Número Aleatório PRICE 00 a 33 SAC 34 a 66 SACRE 67 a 99 Quadro 04 – Tipos de Planos de Financiamento Então, para saber qual o tipo de financiamento que ajudará a compor o tipo de financiamento, deve-se usar: • O valor do percentual a ser financiado será função do valor alfanumérico 25745; sendo o seu valor de 54, então o tipo de financiamento será o SAC. Estão fora do valor que será financiado os valores relativos à preparação para deixar os equipamentos operacionais. A depreciação dos Equipamentos81 foi feita seguindo a filosofia da depreciação linear e de acordo com as seguintes regras: • Foi considerado para os Equipamentos um valor residual de 2X% do valor de compra e uma vida contábil de X meses após o término do Projeto. Este valor foi escolhido em função de ser um valor histórico que a EnsinandoaFazerCerto vem utilizando para equipamentos dessa natureza. As despesas diversas correspondentes à instalação dos equipamentos e demais ações foram82: • A instalação dos Equipamentos, materiais, mão-de-obra etc. ficou em: W,VZ% do valor do Equipamento. • As despesas operacionais iniciais ficaram em 0,0X% do valor dos Equipamentos. • As despesas com treinamento ficaram em 0,0V5% do valor dos Equipamentos. • As despesas de preparação dos Equipamentos ficaram em: 0,WV% do valor do Equipamento; 81 Para maiores detalhes ver: LAPPONI, Juan Carlos. Projeto de Investimento: construção e avaliação do fluxo de caixa. São Paulo: Lapponi Treinamento e Editora, 2000. Páginas 287-320. 82 Para maiores detalhes ver: LAPPONI, Juan Carlos. Projeto de Investimento: construção e avaliação do fluxo de caixa. São Paulo: Lapponi Treinamento e Editora, 2000. Páginas 287-320. 46
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Para aquisição dos Equipamentos por uma Operação Leasing83 as parcelas de pagamento do referido Leasing serão iguais ao mesmo número de meses na obra. A margem do Leasing cobrado pela instituição de fomento será igual a 1V,X% a.a. O valor da margem do Leasing será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor da margem do Leasing que ajudará a compor o valor a ser financiado por esta operação, deve-se usar: • O valor da margem do Leasing será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 15,2% a.a. A taxa de juros do Leasing será igual a 1Z,Y% a.a. O valor da taxa de juros do Leasing será encontrado escolhendo-se um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV), que definirá o valor do percentual para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor da taxa de juros do Leasing que ajudará a compor o valor a ser financiado por esta operação, deve-se usar: • O valor da taxa de juros do Leasing será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 17,5% a.a. O valor da taxa nominal de juros do Leasing é calculado a partir da ( )seguinte expressão: Tn = 1 + Tj x(1 + I ) −1 84. Os valores característicos são: • O valor de Tn é o valor nominal da taxa de juros do Leasing; • O valor do TJ é encontrado no tópico anterior; • O valor da inflação média do período (I)85. 83 Para maiores detalhes, consultar OLIVEIRA, José Alberto Nascimento. Engenharia Econômica: uma abordagem às decisões de investimento. Rio de Janeiro: Makron Books do Brasil, 1982. 172p. Ver os detalhes do capítulo 7 nas páginas 114-128. 84 Para maiores detalhes, consultar: SAMANEZ, Carlos Patrício. Matemática Financeira: aplicações à análise de investimentos. São Paulo: Prentice Hall, 2002. Página 323. 85 Colocar o índice do IPCA - Índice de Preço ao Consumidor Amplo. Apurado pelo IBGE, verifica as variações dos custos com os gastos das pessoas que ganham de um a 47
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 As despesas com a operação e a manutenção dos Equipamentos estão alocadas nos Custos Operacionais. 2.3 - Calcular o Preço de Venda do Projeto: Calcular o Preço de Venda dos serviços ligados às Atividades. Para o cálculo do BDI (Bonificação e Despesas Indiretas) deve-se utilizar a fórmula a seguir86: = 1 + Tio + Tie x (1 + Tio ) + Tim = T fin + Tret + Tcfs + Tpis ( ( ) )M d = Pv x 1 − Timp + TLLD , este valor é o próprio BDI. Cd = (1 − ) x 1 − Timp Onde: 1. Tio= Percentual dos Custos indiretos do Projeto. O valor será de 2,10%; 2. Tie= Percentual dos Custos indiretos da empresa. O valor será de 1Z,XV%; 3. Tim= Percentual dos imprevistos do Projeto. O valor será de 2,50%; 4. Tfin= Percentual dos Custos com os financiamentos. O valor será de 1Y,WV%; 5. Tret= Percentual dos Custos com as retenções. O valor será de 1,74%; 6. Tcfs= Percentual dos Custos com a contribuição social. O valor será de 1,50%; 7. Tpis= Percentual dos Custos o plano de integração social. O valor será de 1,14%; 8. Timp= Percentual dos Custos com a contribuição social e imposto de renda sobre o lucro líquido. O valor será de 1,94%; quarenta salários mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, município de Goiânia e Distrito Federal. O IPCA/IBGE mede a variação dos custos dos gastos, conforme acima descrito, no período do primeiro ao último dia de cada mês de referência. No período do dia onze ao dia vinte do mês seguinte o IBGE divulga as variações. 86 Para maiores detalhes sobre como proceder para fazer reajustes em contratos em função de índices, consultar o livro: LIMMER. 2000. Págs 86 a-114. 48
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 9. TLLD= Percentual sobre o lucro líquido em função dos Custos diretos. O valor será informado pelo Grupo. Para os percentuais Tie, Tfin e TLLD, seus valores específicos serão encontrados escolhendo-se inicialmente, para cada percentual, um valor alfanumérico com 5 dígitos (XYZWV) que definirão os valores dos percentuais para cada Grupo. A escolha será orientada pela utilização do quadro dos números aleatórios. Então, para saber qual o valor dos percentuais que ajudarão a compor o BDI, deve-se usar: • Para Tie o percentual será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 17,25%; • Para Tfin o percentual será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 15,45%; • Para TLLD o valor será função 1W%. O percentual será função do valor alfanumérico 25745, sendo o seu valor de 14% O cálculo das receitas será encontrado em função do BDI, aplicado em cima dos Custos Totais Operacionais. = 2.4 - Montagem do Cronograma Físico-Financeiro do Projeto Para construir o Cronograma Físico-Financeiro do Projeto de Construção da Estrutura Física faz-se necessário cumprir alguns passos para transformar as informações do Cronograma Físico que são oriundas das Redes de Precedência em um Cronograma Físico-Financeiro. 1º Passo: Encontrar o Peso Relativo para as Atividades da Estrutura Analítica do Projeto - EAP. Para se definir o Peso Relativo para as Atividades da Estrutura Analítica do Projeto - EAP existem várias alternativas. Mas, adotaremos a sua importância em termos de Custo Total, ou seja, para cada Atividade será encontrado o Peso Relativo em função da importância relativa do seu Custo específico no Custo Total do Projeto. Tendo o quadro 20 como parâmetro, iremos detalhar as fórmulas para se encontrar os Pesos Relativos. 49
©Elaborado por José Rodrigues de Farias Filho, D.Sc. 11/10/2020 Código da EAP Elementos da EAP 01 Produto 01 01 Fase do Ciclo de Vida do Produto 01 01 01 Etapas das Fases do Ciclo de Vida 01 01 01 01 Sub-Etapas das Etapas das Fases 01 01 01 01 01 Elementos Estruturais do Produto 01 01 01 01 01 01 Atividades 01 01 01 01 01 01 01 Entregáveis Quadro 05: Exemplo de uma Estrutura Analítica de Projeto - EAP a) Para as Fases do Ciclo de Vida do Produto a fórmula é a seguinte: Peso Relativo das Fases: ( ($) ) 100 ($) Para este caso, deve ser verdade a seguinte afirmação: ∑ Fases do Ciclo de Vida do Produto = 1 b) Para as Etapas das Fases do Ciclo de Vida do Produto a fórmula é a seguinte: Peso Relativo das Etapas: ( ($) ) 100 ($) Para este caso, deve ser verdade a seguinte afirmação: ∑ Etapas da Fase do Ciclo de Vida do Produto 1 = c) Para as Sub-Etapas das Etapas das Fases do Ciclo de Vida do Produto a fórmula é a seguinte: Peso Relativo das Sub-Etapas: ( − ($) ($)) 100 − Para este caso, deve ser verdade a seguinte afirmação: 50
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