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Mulheres-em-guerra

Published by Paroberto, 2022-08-08 15:25:46

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 Francisco Brito  151 noivo. Ela tentava não se distrair com a profusão de pensamentos e a adrenalina que percorria toda a sua espinha dorsal. Quando ela segurou a mão de Júlio sentiu um alívio e as batidas do seu coração foi voltando aos poucos ao ritmo normal. A sua vontade era dizer: ufa! Mas não o fez. Preferiu beijar o Júlio César que parecia estar muito feliz em recebê-la para o enlace matrimonial. Clarissa fez questão de se casar com Júlio na igreja de Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV, a igreja mais bonita do Rio de Janeiro. Ela teve um casamento de princesa, a igreja lotada com as mulheres mais bem-sucedidas da sociedade carioca que se intitulavam feministas.



CAPÍTULO 19 EPÍLOGO A Casa de Massagem, dezembro de 2014 Estela Maris, 26 anos, decidiu ir naquela tarde a uma casa de massagem no Plano Piloto, em Brasília. Ela precisava se renovar. Mas, esquecer os tapas e pontapés que ela havia levado do namorado, ela não ia esquecer jamais. Naquela surra que o namorado deu nela, por pouco ela não perdeu a vista de um olho. Passasse o tempo que passasse, ela não ia esquecer a as agressões praticadas pelo namorado. Tinha em mente que a vingança é um prato que se come frio pelas beiradas. Quem bate logo esquece, mas quem apanha jamais esquecerá. E ela fazia questão de lembrar todos os dias aquelas agressões para não se arrepender do que pretendia fazer. Estela tinha em mente que a vida é uma gangorra, uma hora a gente está em baixo e noutra hora está em cima. Ia chegar a vez de ela ficar por cima. Ela tinha ficado em baixo quando o namorado batia nela. Mas o que era dele estava guardado, era

154  Mulheres em guerra – revolução das Mulheres  só questão de tempo. Ela aprendeu a esperar a hora certa para não se adiantar em suas atitudes porque nada acontece antes ou depois da hora. Dentro dela morava dois anjos: um era romântico e sensível, o outro era um demônio vingador que pedia que ela matasse o Sérgio Conrado com requinte de crueldade, porque ele não teve dó dela quando bateu nela o tanto que quis. Mas o seu lado romântico fazia-a abrir um sorriso e se contorcer quando revivia as lembranças das noites de amor com o Sérgio Conrado, apesar de seu outro lado querer se vingar das agressões que quase a levou à morte. Ela guarda o semblante de prazer dele quando a cobria de socos e pontapés. Mesmo as marcas tendo sumido de seu rosto, as feridas continuavam em sua alma. Então como perdoar alguém que fez o que ele fez, esmurrando a sua face a ponto de deixar parte de seu rosto todo roxo. Ora, se Cristo era a favor de oferecer a outra face a quem o esbofeteasse na face direita, ela só teve as duas faces esbofeteadas porque não pôde se defender. Mas ela não era uma vítima passiva, o que era do ex-namorado estava sendo guardado para o momento certo. Ela estava mais para “dente por dente, olho por olho”, como fizeram muitos judeus da época para justificar ressentimentos pessoais motivados por vinganças, mesmo sem a aprovação das Escrituras Sagradas que condenavam o revide e o mal com o mal. Mas ela não era de deixar aquela surra que levara nas mãos de Deus, não acreditava que Ele iria agir com o rigor necessário de justiça perfeita contra o ex- namorado. Seria simples demais esperar que Deus fizesse justiça por ela, mesmo que fosse no tempo Dele. Ela jamais se daria por vingada se alguma coisa acontecesse a ele e morresse. Ela queria sentir o gosto da vingança realizada por suas mãos para sentir

 Francisco Brito  155 o prazer que ele havia sentido quando lhe deu aquela surra de deixá-la moída. Todos os dias ela planejara a vingança nos mínimos detalhes. Ela queria que o “Dia V” (V de vingança) fosse em grande estilo. Enquanto o “Dia V” não chegava, ela queria aproveitar o melhor da vida. É bem verdade que desde que ela tinha terminado com o namorado, ela não tinha saído para a balada e se mantinha casta. Estela Maris tinha tido uma semana muito tumultuada na empresa, onde ela trabalhava como contadora, além de uma semana de provas na Universidade de Brasília (UnB) que havia lhe deixado estressada. Esperava que a massagem relaxante fosse um santo remédio para melhorar a sua circulação sanguínea, aumentar o seu fluxo de nutrientes, remover as substâncias tóxicas das células da nicotina do cigarro que ela tinha fumado naquela semana. Ela esperava que a massagem aliviasse a tensão dos seus nervos, facilitasse a sua atividade muscular, acalmava o seu corpo e a sua mente. Estela gostava de ir fazer massagem naquela casa de massagem devido ser adotada técnica aplicada de massagem com óleo aromatizado. Ela gostava do jeito que a massagista fazia. Os seus movimentos eram suaves firmes por todo o seu corpo, deixando-a relaxada e com a sensação de conforto e alívio do estresse. Aquela sensação da superfície palmar das mãos da massagista a deixou relaxada. Os efeitos terapêuticos da massagem proporcionaram- lhe um relaxamento como um efeito sedativo, aliviando a dor muscular que ela padecera durante toda a semana, além de renovar seus ânimos e agitar o seu libido. Quando a massagem terminou, ela foi ao cabelereiro fazer um corte nas pontas dos cabelo e clareou mais os cabelos e fez um maravilhoso penteado.

156  Mulheres em guerra – revolução das Mulheres  Enquanto era tratado os seus cabelos, ela recebia o tratamento de duas manicures – que fizeram pés e mãos dela. Ela estava decidida sair naquela noite para dançar (e se rolasse uma paquera ela não iria se fazer arrogada e iria ter a sua transa memorável). Afinal, ela tinha terminado com o namorado há mais de um mês. A conversa que ela tinha tido com a amiga de trabalho, na hora do almoço sobre relacionamento e sexo tinha a deixado excitada. Ela havia chegado à conclusão que uma mulher precisa estar plenamente satisfeita sexualmente para trabalhar melhor. Como ela estava sem namorado ela queria sair naquela noite para encontrar um “ficante” para um sexo casual. Ela sabia que era só sair com a amiga naquela noite e tomar o primeiro drink que a noite iria se transformar numa festa. Ia chover homem na horta dela. Ela tinha todo direito de sair à caça naquela noite. Ela não tinha mais que ter dor na consciência de estar traindo o namorado, ela já tinha terminado o namoro com o Sergio Conrado a mais de um mês. Ela estava livre e desimpedida. Estava pronta para as cantadas dos homens que já ouvira dezenas de vezes. Ela já sabia de cor os papos dos homens ao se aproximarem das mulheres. Eles já chegavam com o texto decorado, como se todos eles tivessem comprado o mesmo livro no mesmo sexshop. Estela saboreava a sua liberdade, aquela paz, a satisfação de poder sair naquela noite desacompanhada e paquerar a seu bel-prazer, beijar na boca e no final da noite ir dormir com sujeito que ganhasse o seu sorriso. Na verdade ela se sentia linda e com a autoestima em alta. E não sentia nenhuma culpa por aquela alegria de estar novamente solteira, livre e desimpedida, pronta para dar para o primeiro que ela gostasse. Estela tinha se tornado uma mulher mais acessível e amável, como a muito tempo ela não estivera. Havia um novo

 Francisco Brito  157 brilho no seu olhar e o seu corpo exalava sexo. Pudera! Ela havia malhado todos os dias e emagrecido três quilos, desde que havia terminado com Sérgio Conrado. Com três quilos a menos, ela estava simplesmente linda, pronta para uma noite de amor memorável. Passava um pouco das 16h00 quando Estela chegou em casa. Ligou a secretária eletrônica para ouvir os recados. Ao ouvir as chamadas telefônicas, uma chamou a sua atenção que a fez mudar de ideia. Em seguida telefonou para a amiga e desmarcou a saída daquela noite. Alegou indisposição e disse que ia ficar em casa. Alegou que não estava com saco para ouvir as mesmas cantadas decoradas de homens idiotas. Depois que se despediu da amiga, ela retornou a ligação de Sergio Conrado. Ele disse que estava em Brasília e queria vê- la. Ele se desculpou e disse que gostaria de reatar o namoro com ela, prometendo nunca mais ter uma atitude machista com ela. Conversaram por mais de uma hora ao telefone. Ela se mostrou feliz e contou que todo aquele tempo tinha se guardado para ele. Ela o perdoaria, mas ele teria que prometer a ela que jamais encostaria a mão nela. E ele prometeu e fez as juras mais sinceras de sua vida. E ela o fez acreditar que ele era o homem da vida dela e que estava louca para senti-lo dentro dela. Mas queria uma noite memorável e pediu para ele ir a um sexshop e comprar os produtos que eles costumavam usar. Ele concordou em comprar os produtos que ela quisesse. E ela começou a enumerar para ele anotar. Estela Maris sugeriu que aquela noite fosse a “Noite do Sexo” para eles, alegando que ela queria sexo bom. E sexo bom é sexo com muita intimidade. Ela disse que lingeries ela tinha para aquele noite. Mas ela queria brinquedinhos para inovar na cama com ele, e foi

158  Mulheres em guerra – revolução das Mulheres  enumerando: um vibrador clintoniano para ficar em contato com o clitóris durante penetração e o sexo oral; um anel vibrador para excitar o pênis, segurar a ereção e estimulação do clitóris para ela ficar por cima; Adstringente (tubo de gel) para ele espalhar sobre as entranhas genital para dilatar as paredes da vagina e deixá-la mais apertadinha para ele; gel anestésico para facilitar a penetração anal que ele tanto gostava; gel retardante para ele prolongar a penetração e evitar que o sexo acabe de ela gozar; um pílula de Viagra para ele aumentar o tempo de ereção e Viagra feminino para tornar a sua vagina mais volumosa, mais úmida e aumentar o seu libido naquela noite; e ataduras eróticas (cordas, fitas ou algemas) para uma noite de sexo BDSM (Bondage Dominação Sadomasoquista), como eles costumavam fazer. Ela queria tê-lo submisso – ter as pernas e braços dele presos nas extremidades da cama durante o sexo para ela ter o controle das posições, disse ela. Como eles já fizeram aquilo noutras vezes, ele concordou. Estela Maris esperou pacientemente ele vir buscá-la para aquele a noite de sexo. O Sergio comprou tudo que ela havia pedido no sexshop. Passava um pouco das vinte e dois horas quando o interfone tocou e ela desceu toda perfumada e exuberante ao encontro de Sergio Conrado. Ao entrar no carro, ela o abraçou carinhosamente. Os dois ficaram se beijando e se acariciando. Antes de ele engatar a marcha do carro para sair, ele pediu que ele tomasse o Viagra e ela tomou o Viagra feminino que ele tinha comprado para haver tempo de começar a fazer efeito no trajeto para o motel. O motel de luxo Ao chegar no motel, o Sergio escolheu a suíte presidencial para comemorarem o recomeço de namoro com sexo bom e

 Francisco Brito  159 muita intimidade. Ao chegar no motel, o Sérgio começou com a prática de bondage, colocando a Estela na cadeira com as mãos amarradas para trás e as pernas separadas e os pés amarrados ao pé da cadeira, tornando-a submissa, com a genitália totalmente exposta ao seu bel-prazer. E ele praticou sexo oral nela e tudo que a sua imaginação fértil foi capaz. Em seguida ele a desamarrou e os dois foram para cama para dar continuidade aquele sexo prazeroso, que ela chamava de sexo bom com intimidade. Aí chegou a vez de ela amarrar Sérgio. Ela teve o cuidado de usar cordas longas para ter o controle completo, colocando a corda por trás das costas e mobilizou os braços e as pernas dele, além de colocar mordaça para implementar o sexo selvagem. Sergio ficou sem poder interagir com aquele sexo bondage. Apenas podia sentir as sensações que ela proporcionaria a ele. Depois de fazer sexo oral em seu pênis ereto pelo Viagra, ela sentou por cima, com o devido cuidado de se encaixar no pênis, movimentando-se para alcançar orgasmo múltiplos. Depois que ela gozou o tanto que quis, ela pegou a bolsa que estava no criado-mudo e pegou a faca com a ponta fina bem amolada e mostrou para o namorado. E perguntou se ela podia fazer pequenos cortes nele para ele sentir a sensação da prática do Sadomasoquista, como eles faziam quando queriam apimentar o sexo. E ele permitiu, balançando a cabeça, já que ele não podia falar por estar com mordaça para impedir seus gemidos de prazer. E ela foi cortando suavemente o peito dele, enquanto ela acelerava o frisson pélvica para encontrar o clímax do prazer sexual com a penetração profunda no seu canal vaginal.

160  Mulheres em guerra – revolução das Mulheres  O assassinato no ato sexual Quando começou gozar, ela acelerou mais os movimentos pélvicos para fazer o Sérgio gozar junto com ela, fazendo-o gozar abundantemente. Quando ele começou a gemer com o seu mais intenso gozo prazeroso, ela passou a golpeá-lo em várias partes do peito e do pescoço até ele não resistir aos ferimentos e morrer enquanto gozava o seu último gozo em vida. Quando ele acabou de morrer, Estela saiu de cima do Sérgio. Desamarrou-o e enrolou os lençóis no cadáver e o tirou da cama, levando-o para dentro da banheira hidromassagem. Tirou os lençóis que enrolava o corpo dele, deixando-o descoberto. Tirou a camisinha do pênis dele e colocou dentro de um saquinho de plástico para levar com ela. Pegou a faca e retirou a pele do rosto e fez o escalpo do couro cabeludo de Sérgio e colocou dentro de outro saco plástico para levar com ela. Deixou o corpo dentro da banheira, com o sangue descendo pelo ralo da banheira. Lavou os lençóis e depois jogou-os na lixeira. Tomou banho e se perfumou. Pôs as luvas e telefonou para a camareira e pediu lençóis e toalhas limpas. Quando a camareira trouxe os lençóis e as toalhas, ela impediu que a camareira entrasse na suíte, alegando que ela mesma trocaria os lençóis da cama. Teve o cuidado de lavar os copos que eles tinham bebido champagne Moët Chandon, antes das preliminares, tendo o cuidado de limpar as digitais e em seguida jogou-o no chão que ficou quebrado em milhares de pedaços. Juntou os cacos e pôs no saco plástico junto com a camisinha para tirar toda e qualquer evidência de suas digitais. Juntou os dois sacos plásticos e guardou para jogar fora quando saísse do motel.

 Francisco Brito  161 Arrumou a cama e deitou-se para ver um filme. Amarrotou os lençóis da cama. Em seguida se vestiu e colocou o casado com capuz e cobriu o rosto para ser visto. Pegou o celular, guardou a carteira com todos os documentos, retirou o dinheiro do Sérgio para pagar a conta, pegou as chaves do carro, entrou no carro, enfiou a chave na ignição e saiu da garage da suíte. Na portaria, ela pagou a conta e foi embora sem que ninguém visse o seu rosto. Ao chegar no Plano Piloto, dirigiu-se para a Super Quadra Sul 309, a famosa quadra residencial dos deputados e estacionou o carro. Acionou o alarme do carro e se dirigiu para a Avenida W3, onde pegou um ônibus até à rodoviária e de lá pegou outro ônibus e foi para casa, em Sobradinho. Pela manhã, a camareira encontrou o cadáver de Sérgio Conrado dentro da banheira de hidromassagem. Foi chamado o rabecão e levado o corpo para o IML. As Rádios e as Televisões locais fizeram um grande alvoroço com o assassinato de um homem sem identificação. Como o rosto de Sérgio tinha sido desfigurado com o escalpo de seu couro cabeludo, não foi possível ser mostrado na televisão o seu rosto. A polícia ainda procura a mulher que matou a facada o “ficante” em ato sexual no motel de luxo em Brasília. Um ano depois, o crime continua sem solução. Não há suspeitos nem sequer uma pista de quem tenha feito aquela barbaridade. A polícia acredita que o crime tenha sido planejado para ter sido com aquele requinte de crueldade. O fato é que tem aumentado o número de assassinatos de homens por mulheres – por vingança, patrimonial ou passional – com tanto requinte de crueldade que os criminalistas já batizaram esses tipos de assassinatos como “crimes de ódio”.

162  Mulheres em guerra – revolução das Mulheres  Infelizmente há tanta violência contra as mulheres nas cidades brasileiras que a polícia não dá conta de prender todos os criminosos. Todo dia são cometidos crimes violentos contra a mulher – estupros, violência doméstica com crimes diabólicos cometidos por maridos ou ex-maridos, namorados ou ex- namorados. Todavia, os crimes cometidos por mulheres contra seus maridos ou namorados vem crescendo ano a ano. Talvez, porque as mulheres estão chegando à conclusão está pouco adiantando dar queixa das agressões sofridas. Em vez de as autoridades buscar uma solução urgente e dar resposta às necessidades da mulher, o caso fica sendo jogado de mesa em mesa, e o caso de violência doméstica é trivializado. E em vez de ser dado proteção e afastar o marido agressor com medida protetiva, quando o indivíduo é liberado, o ódio é tanto que ele não se contenta em perder o corpo e os prazeres que ele tinha com a mulher, então para ela não ser de mais ninguém, ele a mata. Prefere ser preso que perder a mulher para outro homem – tipo, se não é mais minha, não será de mais ninguém. A violência doméstica acontece no ambiente dos diversos lares. e nas diversas classes sociais. Os casos de assassinatos de mulheres nas diversas cidades brasileiras atingem todas as classes sociais brasileiras – celebridades, brancas, negras, pardas, ricos e pobres. O homem machista dado a bate em mulher está em toda parte e em todas as classes sociais. São executivos, empresários, professores, policiais, militares, médicos, engenheiros. São inúmeras os casos de mulheres casadas com esses homens que aparenta estar acima de qualquer suspeita são esmurradas, surradas, estranguladas, jogadas na parede, derrubadas no chão, chutadas, agredidas a socos e pontapés e assassinadas. E quando são indagados sobre

 Francisco Brito  163 tal comportamento, eles alegam com cinismo com uma indagação dizendo: Qual o casal que não briga e está sujeito a um descontrole e exagera um pouco no auge de uma discussão? É pesaroso estar escrevendo sobre violência doméstica em pleno início de 2016. É muito triste saber que uma mulher está sendo agredida ou assassinada por seu marido ou namorado, enquanto eu fecho o epílogo deste livro. Menos mulheres tem o planeta com tantos assassinatos de mulheres no mundo. O terror e covardia acontecidos nos lares das cidades brasileiras contra a mulher tem sido pior que os ataques, tiros e explosões que acontecem por terroristas ao redor do mundo. No Brasil são assassinadas 13 mulheres por dia. Então, ao multiplicarm esse número por 365 dias no ano, são cerca de 4.800 mulheres assassinadas por ano. Numa década são mortas cerca de 50 mil mulheres por seus inimigos invisíveis: os seus maridos ou companheiros. Solidariedade é o único conforto capaz de aliviar a dor das mulheres vítimas da violência praticadas por seus maridos ou namorados... É preciso uma verdadeira força-tarefa da polícia e das forças armadas para combater a violência doméstica, no sentido de combater as maortes de mulheres. Quem salvará as mulheres brasileiras do seu inimigo invisível? Há necessidade de as autoridades brasileiras – juízes, promotores e polícia civili se engajarem de maneira intensa e organizada, tipo força-tarefa, no combate à violência doméstica e violência sexual? Ou seja haver uma força-tarefa com um exército de mulheres treinadas militarmente para combater os agressores, estupradores, assassinos de mulheres nas áreas determinadas pelos estudos que definiu sendo os mapas onde ocorrem o maior número de mortes de mulheres,

164  Mulheres em guerra – revolução das Mulheres  Só é possível entender o significado de violência doméstica quem tem uma filha, uma irmã, uma amiga que é vítima de agressão pelo marido ou companheiro dela. A primeira medida a tomar é se conectar com as delegacias da mulher e todos os meios de comunicação – internet e redes sociais para arregimentar ajuda e comunicar a polícia sobre a agressão de que uma mulher é vítima no inteiror do lar doce lar. Toda mulher deverá ser solidária com aquela mulher que está sendo vítima de violência doméstica, e denunciar, chamar a polícia, chamar a vizinha e encontyrar uma maneira de confrontar o agressor de mulher. Prender o agressor é a única maneira de confrontá-lo e ajudar as mulheres a não serem assassinadas.



Este livro foi editorado com as fontes Minion Pro e Chaparral Pro. Publicado on-line.



Francisco Brito é formado em Administração, mestre em Políticas Públicas; e Design Gráfico. Dedica o seu tempo à sua carreira literária, como escritor. Seus livros de maior repercussão foram Democratização e Gestão Ambiental, Corredores Ecológicos, uma estratégia integradora na gestão de ecossistemas e o livro de autoajuda Eles pedem em casamento, elas pedem o divórcio. Agora busca firmar a carreira literária com livros de ficção – romances e infanto-juvenil. Celebridades, artistas e mulheres bem-sucedidas na vida profissional saem do conforto de seus gabinetes e aderem às campanhas feministas, não somente nas redes sociais, mas, também, nas ruas para apoiar os va- lores feministas. Não justifica um país como o Brasil ocupar o 5o lugar no ranking mundial de assassiantos de mulheres. Treze mulheres são assassinadas por dia. O modo como as mulheres são agredidas, espacancadas e assassinadas reflete a crueldade da violência doméstica – estrangulamentos, objetos cortantes e com armas de fogo. Muitas dessas mortes acontecem no interior do lar doce lar pelo marido, ex-marido, namorado ou ex-namora do – crimes de ódio. Mulheres querem amar e ser amadas. E elas querem igualdade com os homens no mercado de trabalho, no salário e na vida social. Querem ter homens no mercado de trabalho, no salário e na vida social. Querem ter para interromper gravidez indesejada Chega de omissão do Estado e das autoridades judiciárias e policiais. Toda mulher requer proteção contra a violência doméstica. Chegou a hora de as mulheres se unirem, e juntas, declararem guerra aos homens machistas. Mulheres querem se casar, ter filhos e construírem suas próprias famílias com um homem que as respeitem e as amem.


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