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INVESTIMENTOS NO BRASIL
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL MULTINACIONAIS ENXERGAM OPORTUNIDADES NO PAÍS NNos últimos três anos, o município de Itupeva forme dados do IBGE de 2009, Itupeva representa (São Paulo) recebeu investimentos estrangei- uma ótima área para a instalação dessas empresas, ros oriundos da chegada de empresas que atuam no já que a região apresenta acesso rápido aos demais segmento de aerossóis. Basta dizer que todas elas pólos consumidores e industriais, facilitando a lo- estão de olho em novas oportunidades de negócios gística de distribuição de produtos. Na avaliação de no país e querem conquistar seu espaço no merca- Hugo Chaluleu, presidente da ABAS, a chegada dos do nacional. novos players compõe um cenário mais dinâmico Com aproximadamente 42 mil habitantes, con- para a indústria de aerossóis. n 54
ANUÁRIOABAS PREFEITO DE ITUPEVA VALORIZA INDÚSTRIA DO AEROSSOL Ricardo Bocalon, prefeito de Itupeva, acredita a impossibilidade do início de suas atividades, em que alguns fatores contribuíram consideravelmente virtude da complexidade das obras de construção para a instalação das novas empresas na região. “A civil ou da dificuldade encontrada na obtenção de cidade saiu de uma condição rural, porém manteve autorização dos órgãos governamentais para o seu a logística, dada a proximidade com os grandes cen- funcionamento. tros. O município é rota para atividades industriais, logísticas e de turismo por meio dos empreendi- Na opinião de Bocalon, é sempre bem-vinda a mentos complexo Serra Azul, Wet'nd Wild e Out Let chegada de uma empresa para o município. “As em- Premium”, afirma. presas trazem consigo novas tecnologias, metodo- logias e formas de gestão que ampliam o olhar das Segundo Bocalon e seu vice-prefeito, Osmar Tozi, pessoas, promovendo o desenvolvimento de todos”. as ações para o sucesso do mandato estão em pleno No caso das estrangeiras recém chegadas, o prefeito vapor. Ambos estão atuando conforme os 13 com- revela que sempre acompanhou o setor de aerossóis promissos, composto por ações para promover a evo- e reconhece seu valor agregado, principalmente ago- lução dos seus munícipes e da cidade, envolvendo ra com o aumento do poder aquisitivo da população. desde obras nas áreas da saúde, educação, criação de uma Escola Técnica (ETEC), uma Unidade de Pronto Para Bocalon, a construção da ETEC em Itupe- Atendimento (UPA), bem como espaços de lazer e po- va, com previsão de funcionamento para 2017, as líticas de valorização a idosos e participação popular. empresas terão uma atenção ainda mais especial para Itupeva nas escolhas para novas instalações. Itupeva possui o Programa de Desenvolvimento “Soma-se a isso a mão de obra qualificada, proximi- Econômico e Social - PRODES, que é destinado para dade com stakeholders e logística favorável, já que unidades geradoras de ICMS. Dessa forma, é neces- a cidade é cortada por três rodovias: Rodovia dos sário iniciar suas atividades econômicas no prazo Bandeirantes, Rodovia Dom Gabriel P. Bueno Couto máximo de 18 meses, contados da data de aprova- e Rodovia Miguel Melhado Campos. Vale ressaltar ção dos respectivos projetos de construção, salvo os que Itupeva está próximo do Aeroporto de Viraco- casos em que, comprovadamente, fique constatada pos, que é referência no transporte de cargas”. n De acordo com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), o número de empregos formais em Itupeva é de 22.288 e na indústria 9.520 RICARDO BOCALON, PREFEITO DE ITUPEVA 55
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL FRANCESA SE INSTALA EM ITUPEVA A MULTINACIONAL FAREVA ADQUIRIU TERRENO NA CIDADE PAULISTA E PRETENDE SE TORNAR LÍDER DO SEGMENTO NO PAÍS. DEPOIS DAS SEDES EM FRANÇA, ESTADOS UNIDOS, ALEMANHA, ITÁLIA, SUÍÇA, POLÔNIA, MÉXICO, UCRÂNIA, RÚSSIA E REINO UNIDO, CHEGOU A VEZ DO BRASIL CCriada em 1990, no coração da região de Ardè- Thibaut destaca que o principal foco da Fareva che, na França, a Fareva conta com 8.500 em- sempre foi criação, inovação e tecnologia de ponta. pregados, está presente atualmente em 12 países, “Explorando nossos pontos fortes, queremos aten- em mais de 35 locais diferentes e segue com inves- der a demanda do mercado brasileiro e cada vez mais timentos em várias regiões do globo. Thibaut Frais- aumentar a capacidade de produção para clientes de se, LATAM Sales director da Fareva do Brasil, afirma franquias, marcas próprias e de venda direta, com que as negociações e o planejamento da Fareva para um amplo leque de produtos em household (higiene desembarcar no Brasil não são recentes. “Na verda- e limpeza), cosméticos e farmacêuticos”, explica. de, já estamos trabalhando nessa instalação há pelo menos cinco anos. Apostamos no desafio de atuar Com intuito de atingir a capacidade produtiva má- no Brasil e acreditamos no crescimento do setor”. xima de 400 milhões de unidades ao ano em Itupeva, foram investidos em torno de 40 milhões de euros 56
FOTO: FÁBIO FIGUEIREDO ANUÁRIOABAS THIBAUT E BERNARD FRAISSE, DA FAREVA durante a instalação e continuidade da expansão. Segundo Bernard Fraisse, presidente da Fareva Syngenta Lawn & Garden. do Brasil, o investimento na fábrica de Itupeva Nós investimos seguirá em três fases, que estarão concluídas ain- em qualidade de vida. da em 2014. “Em 2017, com nossas três fábricas brasileiras, a nossa projeção é chegar aos 500 mi- A divisão Lawn & Garden da Syngenta oferece lhões de unidades produzidas”, revela. soluções confiáveis e de maior qualidade, proporcionando às pessoas um contato melhor Com um turnover de 1,3 bilhão de euros em e mais saudável com o ambiente. 2013, Bernard Fraisse explica que a estratégia da Mais do que controlar pragas, criar soluções Fareva para a unidade de Itupeva é sustentável para reflorestamento e garantir aos seus e segue uma evolução paulatina. Na América La- consumidores melhores experiências tina, a empresa também inaugurou, em maio de com as plantas, desejamos inspirar vidas. 2014, uma fábrica localizada em Vallejo, próxima à Cidade do México, dedicada apenas à produção e o envase de embalagens para produtos cosmé- ticos (líquidos, emulsões e cremes em tubos, garrafas, pote e roll-on) e produtos househoud. n 57 Cuidado e proteção de plantas Controle de pragas urbanas Soluções para reflorestamento www.syngenta.com.br
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL EXPERTISE FRANCESA, MATÉRIAS-PRIMAS BRASILEIRAS No Brasil, Bernard acredita que será muito im- matérias-primas do país e até tropicalizar algumas portante alcançar uma posição de líder no seg- fórmulas já existentes”, conta. mento. Para isso, criou-se uma infraestrutura for- te, com cerca de 1.500 colaboradores e a abertura Para Thibaut, o diferencial da Fareva é que 50% de um laboratório de pesquisa e desenvolvimento, das vendas são de fórmulas próprias, criadas a par- cuja coordenação é de responsabilidade da sede na tir de estudos inovadores e com rigoroso contro- França. Para o futuro, o executivo revela que uma le de processos. Na França, temos uma equipe que das apostas da Fareva será maquiagem. “Nossos pla- está constantemente estudando novas matérias- nos incluem o ingresso, em curto prazo, nesse seg- -primas, preocupada com a qualidade em todas as mento e também temos interesse em trabalhar com fases de produção e que respeita os mais altos re- quisitos técnicos. n Fábrica Produtos Capacidade Itupeva Aerossóis e perfumaria 400.000.000 unidades / ano Louveira Cosméticos líquidos (líquidos, emulsões e cremes em tubos, garrafas, potes e roll-on) 250.000.000 unidades / ano Chromavis do Brasil 60.000.000 unidades / ano Maquilagem 58
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL MAIS DE 60 ANOS DE EXPERTISE AGORA NO PAÍSHENRIQUE VALFRÉ, FARMACÊUTICO-BIOQUÍMICO E EX-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE COSMETOLPOLGANIAO, CDOENNTEOGUÓACLIGOUS MDASTUPABSESXAPGREENVSÊ D11E LSIUNAHTARSANJOETTÓORTIALAAOTÉAN20U1Á7RIO ABAS 2014 AATUBEX do Brasil é mais uma empresa que acre- Não é à toa que a TUBEX está investindo forte- dita no potencial do mercado brasileiro e se mente no Brasil. Marçal revela que a meta é ofere- instalou, em 2012, em Itupeva, no estado de São cer tubos de alumínio para aerossol com qualidade, Paulo. Sergio Marçal, gerente comercial da TUBEX, tecnologia e serviços diferenciados com foco nos conta que a empresa tem embalagens em seu DNA mercados de cosméticos e farmacêutico. Para o exe- e está há mais de 60 anos em atividade. “A TUBEX cutivo, o mercado na América Latina, notadamente pertence a um grupo empresarial sólido, com mais no Brasil, é muito promissor. “Acreditamos que há de sete mil empregados e faturamento anual de 1,2 muito a crescer, especialmente se compararmos o bilhões de euros”, diz o executivo. nosso consumo ao de outros países”, afirma. 60
SERGIO MARÇAL, DA TUBEX ANUÁRIOABAS A atuação da TUBEX, segundo Marçal, pretende dar mais uma al- ternativa de qualidade ao mercado de aerossóis, possibilitando o cresci- mento do segmento como um todo. “O consumidor entende o diferencial que o produto aerossol representa e seus ganhos de qualidade e conve- niência para o uso. Posso citar como exemplo o desodorante seco. O con- sumidor começou a pagar por isso à medida que a renda média também aumentou. Sendo assim, mais con- sumidores passaram a ter acesso ao produto e usam o aerossol no lugar do desodorante squeeze ou roll-on”. n 61 A missão da ABIFRA, consiste em ser uma facilitadora dos www.duasrodas.com negócios de seus associados no Brasil. Adota e divulga o Có- Tel. 0800 7079 5000 digo de Conduta e as Boas Práticas de Fabricação da IFRA www.symrise.com – International Fragrance Association. Visa assim promover Tel. 11 5694 6000 a fabricação de fragrâncias de excelente qualidade e uso se- guro para o consumidor, além de sustentabilidade garanti- da em relação ao meio ambiente. Quando necessitar de fragrâncias, não esqueça: as empresas associadas à ABIFRA assumem o compromisso de fornecer produtos de qualidade e segurança para o uso pretendido. www.abifra.org.br
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL GRANDES PASSOS A nova planta da TUBEX conta com instalações emissão de CO2 e melhor controle de camada. “For- com 9.000 m² de área fabril e 800 m² de escritório necemos para o mercado de desodorantes, cosméti- para suportar o crescimento e a chegada de novas cos, bloqueadores solares, entre outros, as embala- linhas e equipamentos. Para crescer unindo efici- gens nos diâmetros de 35, 40, 45, 50 e 53 mm, com ência e sustentabilidade, o plano de expansão em diversos tipos de ombros e shapes”, explica o gerente. andamento deve continuar até 2017. “Contamos com quatro linhas atuais. A quinta linha será ins- Além disso, Marçal explica que há a possibilida- talada em setembro de 2014 e a sexta em dezem- de de relevo em tubos de alumínio. “Essa tecnologia bro do mesmo ano. No Brasil, temos capacidade de já está disponível na Alemanha e poderemos trazer 120 milhões de tubos/ano e chegaremos aos 200 para o Brasil se houver demanda”, explica. A planta milhões até o final de 2014. Com as seis linhas em de Itupeva também possui sala de prova de cores, operação, o plano de negócios da TUBEX do Brasil em ambiente separado da produção, com equipa- prevê 11 linhas no total até 2017”, informa Marçal. mentos dedicados a oferecer este serviço para os clientes de maneira ágil e eficiente. Todos esses grandes passos da TUBEX estão sen- do pensados estrategicamente e envolvem investi- No modelo utilizado pela TUBEX há a garantia mentos em equipamentos, tecnologia, segurança e de que as equipes serão bem treinadas e usarão o treinamento. No âmbito da tecnologia, a TUBEX é intercâmbio de experiências, com a tecnologia que a primeira empresa a oferecer o verniz interno em a empresa já utiliza na Alemanha. “Nosso objetivo pó, cujos benefícios são: não usa solventes, menor também é focar na formação de um time forte para atendimento aos clientes”, conta Marçal. n 62
ANUÁRIOABAS INOVAÇÃO A nova planta da TUBEX conta com instalações com 9.000 m² de área fabril e 800 m² de escritório A empresa alemã, que conta com operações na Rússia, Áustria, Polô- nia, Eslováquia e China, já foi reconhecida em diversas premiações, en- tre elas o “World Aluminium Aerosol Can Award”, que ocorreu durante o congresso da AEROBAL (Associação Internacional dos Fabricantes de Embalagens de Alumínio para Aerossóis). O tubo vencedor da TUBEX, intitulado “Autumn”, utiliza a última tecnologia em impressão digital e foi concebido em parceria com o fornecedor de equipamentos Hinterkopf. Marçal atribui esse reconhecimento da TUBEX ao investimento cons- tante em novas tecnologias e à melhoria contínua dos processos, ações que fazem parte da história e da premissa da empresa de oferecer as me- lhores soluções para cada cliente e para o mercado. n 63
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL FOTO: FÁBIO FIGUEIREDO GIGANTE NO SEGMENTO DE TUBOS DE ALUMÍNIO CHEGA AO BRASIL INSTALADA EM ITUPEVA, EMPRESA NORTE-AMERICANA PROMETE AQUECER A ECONOMIA DA REGIÃO E ALAVANCAR SEUS NEGÓCIOS NA AMÉRICA LATINA CConsiderada uma potência na fabricação de latas Para os próximos dois anos, os planos estão a de alumínio, a Exal Corporation chegou ao Bra- todo vapor. Partiti afirma que a empresa conseguiu sil com o objetivo de expandir seus investimentos no fechar contratos com grandes clientes, tanto mul- mercado latino-americano. Devidamente instalada no tinacionais quanto locais. “Iniciaremos com uma município de Itupeva, a nova unidade fabril da Exal se linha de produção cujo startup ocorrerá no mês de prepara para aproveitar as boas oportunidades. julho de 2014”, avisa. De acordo com Silvio Partiti, diretor da Exal Hol- ding Brasil, a expectativa é que o braço brasileiro Para completar a infraestrutura da unidade em contribua para o desenvolvimento do mercado de Itupeva, estão previstas as chegadas da segunda e aerossóis utilizando as mais recentes tecnologias e da terceira linha nos meses de janeiro e julho de equipamentos para a fabricação de embalagens de 2015, respectivamente. Já a quarta deve ser insta- excelente qualidade. “Estamos instalando no país lada em 2016. “Com isso, a primeira fase de nosso um parque fabril de última geração e capaz de ga- projeto estará concluída. Estão previstas mais qua- rantir o suprimento para o mercado local”, explicou. tro linhas, que devem ser instaladas de acordo com o crescimento do mercado”, conta Partiti. n 64
ANUÁRIOABAS INOVAÇÃO SUSTENTABILIDADE Sobre inovações em embalagens, Partiti revela que a O cuidado com o meio ambiente produção de latas de alumínio a partir do alumínio em está entre os principais valores da Exal bobinas (usando a tecnologia Coil to Can – C2C) e não a e, no Brasil, Partiti garante que não partir do disco já é uma realidade nos Estados Unidos, será diferente. “Nossa nova fábrica de tanto para garrafas de bebidas quanto para aerossóis. discos utilizará alumínio líquido como matéria-prima e fornos com queima- A C2C consiste em umas das inovações criadas pela dores regenerativos, propiciando re- Exal com resultados e sucesso comprovados. Com essa dução de 35% no consumo de energia. tecnologia, a fabricação dos tubos de alumínio é mais ve- Será possível também utilizar alumínio loz, pode utilizar desenhos diferenciados e produz tubos reciclado no processo produtivo”. mais leves. “Sem dúvida, essa tecnologia será incorpora- da a nova fábrica do Brasil nos próximos anos, trazendo Para isso, a Exal terá a ajuda de ligas substanciais ganhos de velocidade e produtividade”, es- especiais que conferem mais resistên- clarece o diretor. cia ao alumínio. “Obteremos latas com as mesmas características técnicas, po- Outro ponto destacado pelo executivo da Exal é a im- rém com a utilização de menos mate- pressão digital, com o uso de tintas e vernizes fluorescen- rial”, esclarece Partiti. tes e desenvolvimento de shapes especiais com engrav- ing/embossing. Segundo Partiti, essas impressões estarão disponíveis na unidade brasileira. n FOTO: FÁBIO FIGUEIREDO SILVIO PARTITI NA NOVA UNIDADE DA EXAL EM ITUPEVA 65
3 INVESTIMENTOS NO BRASIL EXPANSÃO NA AMÉRICA LATINA Desde 1997, a Exal Group tem olhos para a Amé- Puerto Madryn, onde está sediada a Exal, estamos rica Latina e os planos de expansão na região con- iniciando a produção de discos de alumínio (slugs), tinuarão. Nos próximos passos da empresa, o foco matéria-prima para a produção das latas”. estará neste crescimento. “A América Latina é a re- gião que tem recebido mais investimentos por parte O diretor enfatiza que, na Argentina, a Exal está da Exal. No ano passado, recebemos uma linha nova ampliando a capacidade de produção de envase de de latas na Argentina muito parecida com as linhas aerossóis na planta de Garín e incluindo investimen- que serão instaladas no Brasil. Além disso, promo- tos em novas linhas para envase de líquidos. “Além vemos um upgrade em outra linha”, informa Silvio. disso, há os investimentos no Brasil já comentados anteriormente, o que totaliza mais de US$ 120 mi- Os investimentos não são à toa. Partiti explica que lhões investidos na região em três anos”, explica. todos os passos da multinacional estão atendendo a uma necessidade dos seus clientes. Com uma fábrica Segundo o executivo, esta unidade, que iniciará de alta tecnologia sediada na Argentina, a Exal conta a produção no mês de julho, será a fábrica de discos com capacidade para cinco linhas de produção. Cada mais moderna, eficiente e ambientalmente correta linha é capaz de produzir milhões de unidades. “Em do mundo, garantindo a base para a produção de latas de qualidade tanto no Brasil quanto na Argentina. n 66
ANUÁRIOABAS Engenharia Reversa de Aerossóis www.dinamicambiental.com.br 67
CENÁRIO INTERNACIONAL
4 CENÁRIO INTERNACIONAL IMAGENS: AURENA LABORATORIES | WWW.BAGONVALVE.COM PROCESSO DE ENCHIMENTO DO BAG-ON-VALE TENDÊNCIAS NOS ESTADOS UNIDOS OS AEROSSÓIS EM EMBALAGENS DO TIPO BAG-ON-VALVE TÊM AGRADADO AOS NORTE-AMERICANOS EEm ritmo de crescimento paulatino, a indústria para estar em conformidade com as leis regulamen- de aerossol nos Estados Unidos revela números tadoras, cada vez em maior quantidade), aos valores mais tímidos. Em entrevista ao Anuário Brasileiro muito maiores dos alimentos e aos custos relativos de Aerossóis, o Dr. Johnsen Montfort, autor do li- ao Affordable Health Care (Convênio médico popu- vro Handbook of Aerosol Technology e membro da lar, comumente chamado de “Obama Care”). CSPA (Consumer Specialty Products Association), afirma que os Estados Unidos encheram e enviaram “Além disso, muitas famílias já estão percebendo 3.767.567.496 de unidades em 2013, o que repre- que precisam economizar dinheiro por 20 ou 25 anos senta uma queda de 1,2% em comparação com 2012. de aposentadoria. Este é um valor considerável e o De acordo com o especialista, há diversas razões dinheiro depositado nos bancos e ações não pode ser que explicam o número. Os motivos vão desde os usado para comprar bens discricionários como aeros- preços mais elevados dos produtos (devido ao custo sóis, muitas roupas novas, turismo, refeições em res- taurantes e assim por diante”, explica Montfort. 70
ANUÁRIOABAS As novas características de embalagem chama- Quando o saco está inflado, ele comprime o ni- ram a atenção dos consumidores norte-america- trogênio propulsor, aumentando a pressão a cerca nos e têm boa aceitação na avaliação de Montfort. de 5 ou 6 kg/cm2. Após checar a pressão e verificar a “Talvez os maiores novos produtos aerossóis nos montagem, a unidade está completa. “Nosso Comitê EUA são os do tipo BOV (Bag-On-valve). Entendo de Levantamento de Produtos informou que, segun- que o Retycol International (Baronquilla, Colôm- do registros, houve enchimentos de 290 milhões de bia) está enchendo agora algumas BOVs, mas tal- unidades em 2013”, informa o especialista. vez isso não ocorra em nenhum A percepção de Montfort é de outro lugar na América Latina que a indústria acredita que este neste momento”, analisa o espe- valor é um pouco alto demais e cialista. As embalagens Bag-On- podem ter sido incluídas nesse nú- -valve têm uma aparência mais mero algumas das latas feitas com sofisticada, sem recobrimento pistão, como queijo pronto para interno e com uma bolsa plásti- OLHO festas e alguns loções espumantes ca que evita o contato do produ- pós barbear. “Um recurso interes- to tanto com o propelente quan- sante das BOVs é que o produto to com a lata. não contém nenhum propulsor e Para criar uma embalagem o dispensador pode ser manuseado BOV, Montfort explica que é ne- em qualquer posição. Os aerossóis cessário usar uma válvula com de bronzeadores e depilatórios po- um saco de plástico laminado dem se beneficiar destas caracte- enrolado, anexado. O conjunto rísticas”, ressalta. de válvula e saco é lançado em uma lata de aerossol Segundo Johnsen, não há grandes novidades em vazia, onde um aparelho operado a gás, do tipo Un- termos de produtos aerossóis. Mas ele destaca que, der-the-Cap (UTV) insere cerca de 2 kg/cm2 de gás recentemente, tem se dado ênfase às tinturas para nitrogênio e, em seguida, hermeticamente, sela a cabelo em spray (escuros e castanhos), aos testadores válvula na lata. “A lata passa, então, a um material (para determinar se os detectores de fumaça e CO2 de enchimento, onde o saco é inflado com o pro- estão em boas condições de funcionamento), aos duto. O produto pode ser um líquido simples ou sprays nasais estéreis à base de soro fisiológico e aos pode conter cerca de 2% de um gás \"soprado\" em géis de detergente de dose medida, para máquinas baixa pressão, permitindo-o jorrar a uma espuma, de lavar. “No entanto, nenhum deles causou grande como a de barbear”, esclarece. impacto no mercado”, arremata. n 100º ANIVERSÁRIO DA CSPA Este ano, a CSPA comemorará seu 100º aniversário, sendo considerada a maior associação de ae- rossóis. Motfort revela que somente a Divisão de Produtos de Aerossóis constitui aproximadamente 57% dos membros. “Há cinco outras associações de aerossóis nos Estados Unidos: uma nacional e quatro regionais”, explica. Para Montfort, a CSPA é, de longe, a maior entidade envolvida com o segmento de aerossóis nos Es- tados Unidos. “Os associados vão comemorar o centenário da entidade no próximo mês de dezembro de 2014, quando se encontrarão em Fort Lauderdale, na Flórida. A Divisão de Produtos de Aerossóis tem feito parte da associação desde 1949, apenas dois anos após as latas de aerossol mais leves terem sido inventadas no país”, conta. Fontes: http://www.cspa.org | Dr. Johnsen Montfort 71
4 CENÁRIO INTERNACIONAL CENÁRIO NA EUROPA É ESTÁVEL HENRIAQUEUERVOAPLAFRTÉE,MFASREMDAECSÊTUACTIACDOO-BNIOAQINUDÍMÚISCTORIEAEDXE-PAREERSOIDSESNÓTISE PDOARASSESDOICAIRADÇÃIVOERBSRAASSILEIRA DE COSMETOELMOPGRIEAS,ACSODNOTOSUEGAMLGEUNMTOASE PAOSRSSAEGUESNISNDVESSTUIMA ETNRATOJESTEÓMRITAEACONOANLOUGÁIRAIO ABAS 2014 PPara Alain D'Haese, da FEA (Federação Europeia é importante devido à maturidade do mercado de de Aerossóis), que representa 18 países e inclui aerossóis”, explica. mais de 500 empresas que operam na indústria de aerossol, entre as pequenas e médias empresas e as A perspectiva do executivo da FEA sobre o futuro multinacionais, a produção de aerossol na União da indústria do aerossol se dá de acordo com região. Europeia é relativamente estável, apesar do fato de Isso ocorre porque o tipo de mercado, o crescimen- a UE ainda não estar fora da crise econômica. to e a maturidade são bastante diferentes entre as De acordo com D'Haese, a sustentabilidade é um regiões e países. “No entanto, há também a tendên- fator chave para o crescimento da indústria dos ae- cia para se desenvolver novos produtos em uma rossóis. “No entanto, para alcançar os consumidores região com a finalidade de vendê-lo em outra. As com eficácia e êxito, a escolha sustentável deve ser fronteiras não mais são barreiras. A grande maioria a melhor e mais simples. Na Europa, a diferenciação das empresas não depende só de produtos em ae- rossol”, explica D'Haese. 72
ANUÁRIOABAS Na análise de D'Haese, “a tecnologia aerossol Alain D’haese (FEA), participa de evento em Madri precisa evoluir constantemente para melhor forma e para suprir as necessidades dos consumidores, em indústria. Diante disso, a FEA assumiu a responsa- uma competição contínua com outros formatos de bilidade e a liderança para atualizar continuamente embalagem”. o manual que disponibiliza orientações e práticas claras para se alcançar este objetivo. Entre as novidades da FEA, está a atualização de seu Código de Conduta na Utilização do HFC em Em geral, a legislação existente nos Estados- aerossóis. Trata-se dos Hidrofluorcarbonetos ou -Membros da UE e nos países candidatos cobre o hidrofluorocarbonetos (HFC), criados como alter- manuseio seguro de produtos e propelentes infla- nativa aos clorofluorcarbonetos (CFC). Adotada em máveis em instalações de fabricação. A nova Dire- 2002, a FEA complementou a legislação existente, triz Seveso III será validada a partir do dia 1 de ju- enfatizando que os HFC só devem ser usados na in- nho de 2015. O objetivo da diretriz é complementar dústria de aerossol em aplicações onde não existam a legislação e fornecer orientações úteis para a in- alternativas seguras, econômicas, práticas ou am- dústria. “A nossa ambição é promover e apoiar uma bientalmente aceitáveis. implantação global desta diretriz para alcançar um alto nível de normas de segurança. Este excelente A contribuição ao Potencial de Aquecimento Glo- guia será útil na implementação de processos e prá- bal (GWP) por parte dos aerossóis, em geral, foi vo- ticas industriais seguras”, esclarece D'Haese. n luntária e é anualmente relatada à DG environment, e, em seguida, à DG Climate Action, para os anos de 2001 a 2011. O regulamento dos Gases F-II exige uma nova notificação obrigatória das empresas. Por isso, a FEA, decidiu parar com a sua pesquisa volun- tária e relatórios. Além disso, a entidade também lançou, em outu- bro de 2013, suas diretrizes sobre requisitos básicos de segurança para a fabricação de aerossóis. Desen- volvida por especialistas dedicados à indústria, tra- ta-se da terceira edição do material. A fabricação do aerossol envolve, geralmente, o uso de ingredientes inflamáveis e propelentes. O manuseio e processa- mento dos materiais são requisitos básicos para a 73
4 CENÁRIO INTERNACIONAL REINO UNIDO Em maio de 2014, a BAMA (Associação Britânica mostrado um incremento consistente e, por ser dos Fabricantes de Aerossóis) divulgou que os nú- uma categoria nova, teve os dados relatados pela meros de 2012 da indústria de aerossóis do Reino entidade britânica a partir de 2007, quando a divi- Unido subiram pelo terceiro ano consecutivo. Os são de bronzeadores e bronzeamento produziu 0,9 números mais recentes divulgados pela entidade milhões unidades cheias no Reino Unido. A facili- britânica mostram um aumento de 5% ao ano (de dade de uso e a confiabilidade do formato aerossol 1.394.400 mil unidades preenchidas em 2011 para para esta parcela de produtos são consideradas as 1.464,7 milhões de unidades em 2012). principais razões do crescimento. No quesito produtos de higiene pessoal, que con- Os produtos de cabelo (mousses e sprays) mostra- templa antitranspirantes, desodorizantes e sprays ram o modesto crescimento de 1,1% ao ano, elevan- para o corpo, houve o forte crescimento de 9,5% do o número atingido em 2012 (de 89,8 para 90,8 mi- (de 647,6 para 708,9 milhões de unidades). Tam- lhões de unidades). A evolução, embora mais lenta, bém houve um aumento considerável na categoria segue a tendência desde a década de 2000, depois do de produtos pessoais, que evoluiu 73,7% no período declínio constante no final dos anos 90. É provável (de 10 a 17,4 milhões de unidades, considerando que o maior progresso em xampus secos tenha com- perfumes e colônias). A BAMA acredita que o pro- pensado a falta de aumento nas áreas tradicionais, gresso ocorre, em parte, devido ao desenvolvimento de sprays e mousses. A grande categoria de cuidados dos mercados de exportação. pessoais (sabões, espuma de barbear e cremes) ex- perimentou a ligeira diminuição de 1,7% (de 199,6 Outro segmento que continua em ascensão cons- para 196,2 milhões unidades). A desaceleração pode tante é o setor solar e de bronzeadores, que subiu ser atribuída, em parte, às mudanças da moda, com o 17,9% (de 1,7 para 2 milhões de unidades). Mesmo declínio do hábito de se barbear frequentemente. permanecendo relativamente pequena, a área tem 74
ANUÁRIOABAS No segmento de produtos para uso doméstico, as MADE IN BRITAIN grandes áreas de crescimento, em termos percen- tuais, foram limpadores de forno, amidos e limpe- Em seu site, a BAMA afirma que “em um za pesada de chão. A venda de limpeza para fornos momento em que o ‘Made in Britain’ é tão im- subiu 149,8% (de 0,4 para 0,9 milhões de unida- portante para o crescimento do Reino Unido, o des), o que colocou o setor nos mesmos níveis de setor de aerossóis pode estar satisfeito com os 2008/2009. O amido aerossol evoluiu 16,3% (de 4,7 bons resultados gerais”. De acordo com a asso- para 5,5 milhões de unidades), mostrando, talvez, ciação, o setor de aerossol tem visto um cres- um platô do declínio geral observado ao longo de cimento global de 11,5% entre 2006 e 2011. vários anos: há dez anos, esse setor foi responsável Isso contrasta dramaticamente com figuras por 10,3 milhões de unidades. Os limpadores de gerais de fabricação, que viram uma queda de superfícies apresentaram forte aumento (53,3%). cerca de 10% nesse período. A lacuna nas ex- portações pode ser ajudada por esta indústria, O setor de produtos para o lar teve uma redu- já que as exportações de produtos de aerossóis ção global de pouco menos de 2% ao ano. A queda envasados no Reino Unido representam uma ocorreu, em grande parte, devido a um declínio em proporção significativa do todo. purificadores de ar e inseticidas. Os purificadores de ar caíram 5,7%, embora ainda continuem sendo Comentando sobre o quadro geral, o Dr. um importante segmento do mercado de aerossol. John Morris, presidente-executivo da BAMA, disse: “Durante um momento difícil para as As cifras de 2012 alimentam os números des- empresas britânicas, é gratificante ver, mais sa categoria mostrando 172 milhões de unidades uma vez, um forte crescimento para o setor envasadas no ano passado (para 1824 milhões em de aerossol. A nossa capacidade de resistência 2011). Esse número não reflete as vendas aos con- como uma indústria é uma prova da populari- sumidores domésticos, mas pode ser, em parte, dade deste formato do produto. Assistimos a devido à mudança de padrões de compra em toda um crescimento de 9% em 2011 e de 5% 2012, a Europa, onde as atividades promocionais em o que é muito agradável para todos aqueles que eletrônica, o plugue dos dispositivos de entrada e trabalham no setor. Parabenizo os membros do também as velas podem contribuir para o declínio BAMA em seu sucesso”. em formatos aerossol, em particular. Outra área de Fontes: www.bama.co.uk/ evolução negativa para a venda da limpeza no Rei- Aerosol Europe 14-05-13 BAMA NEWS no Unido em 2012 foi a categoria de inseticidas, com queda de 3,7% ao ano. Ceras e polidores tam- bém apresentaram uma pequena baixa de 4,5%. Os produtos de uso veterinário e para animal de estimação em aerossol mostram um crescimento de 7,1% (de 2,6 para 2,8 milhões de unidades). Todos os outros produtos médicos subiram 8%, enquanto os aerossóis industriais progrediram de forma significativa em quase 50% (de 13,5 para 20,2 milhões de unidades). Já as tintas e vernizes em aerossol também fo- ram flutuantes, com um aumento de 7,5% (de 14 para pouco mais de 15 milhões de unidades), provavelmente impulsionados pelo forte cresci- mento no mercado de DIY (Faça você mesmo). A categoria de “miscelâneos”, que inclui alimentos e novidades, quase triplicou, crescendo 174,9% (quase 33,8 milhões de unidades contra apenas 12,3 milhões em 2011). n 75
AÇO E ALUMÍNIO
5 AÇO E ALUMÍNIO O FUNDAMENTAL É APRESENTAR PRODUTOS DE QUALIDADE AO CONSUMIDOR OS AEROSSÓIS PODEM UTILIZAR EMBALAGENS METÁLICAS DE AÇO OU ALUMÍNIO. OS DOIS MATERIAIS, COMBINADOS COM O SISTEMA DE VÁLVULAS DA LATA, PODEM DISPENSAR O PRODUTO. EMBORA HAJA DEFENSORES PARA CADA MATERIAL, TODOS CONCORDAM QUE A META É OFERECER O MELHOR AO CONSUMIDOR NNas três principais categorias de cuidados pesso- Nos pontos de vendas, supermercados, farmácias ais em que os aerossóis estão presentes (deso- e lojas, os produtos no formato aerossol estão to- dorantes, hair care e espuma de barbear), o mercado dos juntos, independentemente do tipo de emba- mundial utiliza aço e alumínio. No Brasil, a maioria lagens. No âmbito de mercado, a utilização da folha dos fabricantes utiliza o alumínio. As justificativas, de flandres (material utilizado na confecção de em- de acordo com Vicente Lozargo Filho, diretor-pre- balagens de aço) e do alumínio segue sem grandes sidente da Cerviflan, estão baseadas em custo e na mudanças. O aço continua apresentando custo-be- ideia de que o consumidor perceberia mais valor se nefício maior, tornando-se muito competitivo em utilizado este material, que supostamente permite preço, e o alumínio sendo considerado por muitos melhor acabamento e evitaria o enferrujamento, o melhor material para acondicionar produtos cos- que estaria presente no aço. méticos por suas características técnicas. 78
ANUÁRIOABAS Ao analisar o uso de aço e alumínio, Silvio Partiti, RECICLAGEM DO AÇO gerente geral da Exal no Brasil, considera saudável a competitividade existente entre os dois materiais. O aço figura entre os materiais mais re- “Respeitamos todas as embalagens, mas trabalha- cicláveis e reciclados do mundo. A lata de mos exaustivamente para que o alumínio seja a es- aço de hoje pode virar o carro de amanhã, colha do consumidor final. Para tanto, desenvolve- depois a geladeira, depois uma nova lata e mos embalagens com design diferenciado e custos assim por diante. O setor estimula a coleta competitivos em relação às matérias-primas dispo- e recicla o aço contido nos produtos no fi- níveis no mercado, inclusive o aço”. nal de sua vida útil, empregando-o na fabri- cação de novos produtos siderúrgicos sem Sobre esse tema, Antonio Carlos Teixeira, CEO da qualquer perda das características mecâni- Brasilata, explica que, com a nova Política Nacional cas do material. de Resíduos Sólidos, os dois tipos embalagens me- tálicas (aço e alumínio) se posicionam de maneira A produção de aço a partir de sucata re- mais favorável do que as embalagens produzidas duz o consumo de matérias-primas não re- com outros materiais. “Com relação ao aço, destaca- nováveis e economiza energia. Na área de mos a criação da Associação Prolata, que, em função embalagens, por exemplo, o Brasil atingiu, do acordo proposto ao governo, irá coordenar a reci- em 2007, o índice de 49% de reciclagem das clagem de latas de aço pós-uso”, explica. latas de aço. Países da Europa, como Alema- nha, Holanda e Áustria, chegam a reciclar Ciente das opções apresentadas dentro da ca- 80% de suas latas de aço pós-consumo. A deia do aerossol, Lozargo Filho resolveu apurar o importância do retorno ao ciclo de uma ma- conhecimento do consumidor final sobre o tipo de téria-prima é vital para o desenvolvimento material usado nesses produtos. “Percebemos que sustentável do planeta. essas informações ainda não são muito claras. O im- portante é mostrar ao mercado que o uso dos dois materiais apresenta benefícios e que a cadeia pro- dutiva deve respeitar as diferenciações e oferecer o melhor ao consumidor”. n VICENTE LOZARGO FILHO, DIRETOR-PRESIDENTE DA CERVIFLAN ANTONIO CARLOS TEIXEIRA, CEO DA BRASILATA 79
5 AÇO E ALUMÍNIO CERVIFLAN REÚNE PROFISSIONAIS DA INDÚSTRIA PARA APRESENTAR DADOS DA PESQUISA ENCOMENDADA AO IBOPE INTELIGÊNCIA MUDANDO OS CONCEITOS Para mostrar aos seus clientes mais informações permitiria melhor acabamento e evitaria o enferru- sobre o uso do aço e do alumínio, a Cerviflan, que jamento, que estaria presente no aço. atua no segmento de embalagens para aerossol em aço, encomendou uma pesquisa ao Ibope Inteligên- Nesse contexto, a pesquisa realizada pelo Ibope cia sobre essas embalagens. Segundo Lozargo Filho, Inteligência mostra que há grande desconhecimen- o resultado foi surpreendente. “Resolvemos per- to do público sobre o material da embalagem do de- guntar para quem decide: o consumidor”, afirma. sodorante (item analisado) e que fatores como mar- ca, duração e fragrância são mais importantes para a As informações completas foram divulgadas ao escolha do produto. mercado no início do ano, durante evento no Clu- be Transatlântico, em São Paulo. A pesquisa reve- Realizada entre os dias 9 e 20 de setembro de lou, por exemplo, que nove em dez consumidores 2013, a pesquisa foi conduzida em domicílios com de desodorante em aerossol não têm preferência aplicação de questionário estruturado. A amostra é quanto à embalagem e que dois terços desconhe- representativa da população de São Paulo, capital: cem o material de que ela é feita. No Brasil, porém, 150 homens e 150 mulheres, entre 18 e 50 anos, a maior parte dos fabricantes mantém resistência das classes A, B e C. Todos são usuários de desodo- ao aço, inclusive aqueles que no exterior fazem uso rante em aerossol e fazem a compra, em média, 1,4 dele. Eles argumentam, conforme material divul- vezes ao mês. Segundo Mariana Abelha, gerente de gado pela Cerviflan, que o consumidor perceberia atendimento e planejamento do IBOPE Inteligência, mais valor no tubo de alumínio, que supostamente 60% dos entrevistados tem ensino médio completo e grande parte é dona de casa. 80
ANUÁRIOABAS O estudo revelou que os principais atributos para zados na fabricação dos tubos, a maior parte, 70%, a escolha do desodorante em aerossol são: “durar continua afirmando não ter preferência”, relata. mais tempo” (67%), “não manchar a roupa” (62%) e “ter a fragrância que eu gosto” (51%). Entre as Lozargo Filho acredita que os resultados abrem marcas, nomes como Rexona, Nívea, Axé, Natura e um mar de possibilidades de negócios para a indús- Avon aparecem nas respostas. tria do aço. “Sempre enfatizamos as vantagens que a embalagem metálica de aço oferece. Em primeiro lu- A embalagem tem pouca importância para a es- gar, a segurança: a embalagem de aço é, de fato, um colha do produto, conforme resultado da pesqui- verdadeiro cofre. A litografia é outro trunfo. Aliado sa encomendada pela Cerviflan. Apenas 23% dos à quadricromia, técnica de impressão em quatro co- respondentes assinalaram a opção “ter embalagem res que utiliza o sistema CMYK para reproduzir uma que eu gosto” como fator relevante para a compra grande gama de cores a partir de cores básicas (cia- do item de cuidado pessoal. Quanto ao material da no, magenta, amarelo e preto), é possível reproduzir embalagem, a pesquisa Ibope mostra que há baixo imagens, cores e tudo mais que os criadores deseja- conhecimento do público consumidor. Dos partici- rem. Aliás, essa revolução iniciou-se com a Cervi- pantes, 64% alegam não saber de qual material é flan, primeira fabricante de embalagens a utilizar a feita a embalagem de seu desodorante. E do total, cromia em suas peças”, conta. 87%, declara não ter preferência nesse sentido. Além disso, o leadtime (processo que envolve Mariana contou aos presentes no evento da toda a cadeia de produção, do planejamento da em- Cerviflan sobre a reação dos entrevistados quando balagem ao envase) do aço é muito menor quan- foram apresentadas informações sobre as caracte- do comparado ao do alumínio: 45 dias contra seis rísticas das duas embalagens. “Ao mostrar os tubos meses. “E agora, com os dados da pesquisa Ibope, de alumínio e aço, 60% notam diferença entre as ganhamos outros argumentos bem fortes”, sustenta peças. Mas quando informados dos materiais utili- Lozargo Filho. 81
5 AÇO E ALUMÍNIO A maioria dos entrevistados que mudaram de CONSUMIDOR opinião sobre a preferência por determinada em- balagem ao tomar conhecimento que os tubos A pesquisa realizada pelo IBOPE procurou testados eram feitos de materiais distintos citou responder as seguintes questões: “mais fácil de reciclar” como motivo. Outros dois • O consumidor é consciente dos diferentes fatores de preferência que surgiram somente após a revelação de que as peças em análise eram feitas materiais com que são feitos os sprays que de materiais diferentes foram “ser menos prejudi- ele compra e consome? cial ao meio ambiente” e “ser reciclável”. “O aço é • No contato com as embalagens, ele percebe um material extremamente amigável ao meio am- alguma diferença, seja no aspecto visual, na biente, pois, quando descartado, volta ao estado textura, no acabamento, etc.? natural. O aço pode ser reciclado infinitas vezes e • Mesmo se o consumidor não pudesse ex- sem perda de qualidade”, reforça Lozargo Filho. pressar alguma diferença, existiria nele maior percepção de valor nos sprays de alu- Os principais fatores para a decisão de preferên- mínio que nos de aço? cia entre as embalagens, independentemente da • Existem reações diferentes diante de emba- marca, são: “mais bonita”, “mais leve” e “parece ser lagens que, sendo iguais em forma e tama- mais fácil de reciclar”. Para mais de 90% da amos- nho, sejam construídas com diferentes ma- tra, o fato de a solda da embalagem de aço estar teriais: alumínio ou aço? aparente não influenciou a preferência. A mesma proporção não desistiria de comprar desodorante em aerossol por causa disso. n Consumidores deram preferência para material mais fácil de reciclar 82
ANUÁRIOABAS SEM FERRUGEM O acabamento diferente no fundo da embalagem também não é um fator que afeta a preferência ou a compra do desodorante em aerossol. Hugo Chaluleu lembra que, antigamente, era comum ver uma emba- lagem de spray para barbear, por exemplo, enferrujan- do na pia do banheiro. “Atualmente, isso não acontece graças aos investimentos em tecnologia”, explica. Em 1982, a Cerviflan lançou a eletrossolda, reti- rando o chumbo, estanho ou qualquer outro elemen- to químico do processo produtivo. Para o mercado de cosméticos, a empresa produz o tubo de 45 mm de diâmetro, com aplicação de uma película de PET no fundo, o que evita o processo de enferrujamento. n Aço pode ser reciclado infinitas vezes e sem perda de qualidade Entre as descobertas da pesquisa IBOPE encomendada pela Cerviflan, destacam-se também outras informações: • Dos entrevistados, 93% nunca teve problema com embalagem de aerossol; • Quando algum problema acontece, está ligado à válvula; • Dos respondentes, 86% já descartou sua emba- lagem em lixo comum; • Apenas 15% diz que descarta a embalagem em lixo reciclável; • Mais da metade da amostra (59%) considera a marca do desodorante importante; • Os homens são mais fiéis à marca; • 68% dos homens usam sempre a marca. Já as mulheres variam mais. Fonte: Cerviflan 83
5 AÇO E ALUMÍNIO UNIVERSIDADE DA LATA Para a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), as características do alumínio per- Entre as ações da Cerviflan, a Universidade da mitem que ele tenha uma diversa gama de Lata já reúne diversas edições de treinamento, com aplicações. Por isso, o metal é um dos mais foco em novas tecnologias aplicadas em embalagens utilizados no mundo todo e mostra excelen- e conhecimento técnico para distinguir, controlar e te performance e propriedades superiores na especificar embalagens que sejam adequadas às ne- maioria das aplicações. Produtos que o uti- cessidades de cada produto. lizam também ganham competitividade em função dos inúmeros atributos que este metal Com o tema “Por dentro do aerossol”, o programa possui, entre eles: leveza, elevada condução realizou, em novembro de 2013, evento que contou de energia, impermeabilidade e opacidade, com a participação de palestrantes de entidades li- alta relação resistência/peso, beleza, durabili- gadas ao tema. Estiveram presentes a ABAS, a As- dade, maleabilidade e soldabilidade, resistên- sociação Brasileira de Cosmetologia (ABC), a Asso- cia à corrosão, resistência e dureza, possibili- ciação Brasileira da Embalagem de Aço (Abeaço) e dade de muitos acabamentos e o fato de ser a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Também infinitamente reciclável. participaram empresas conceituadas como Baston, Fadeva, Liquigás e Valspar. 4.000 anos Indeterminado Ciclo do Consumo 57-72 104 - 114 Retorno ao Ciclo 20-25 Extração Decomposição e tempo de retorno ao ciclo Conteúdo de Energia (M/Kg) 200 a 450 anos* 235 - 335 10 anos 98% 0,40 - 0,60 49% 0,68 - 1 1,10 - 4,00 Reciclagem 1,30 - 5,70 Indíce de reciclagem BR 2010 Preço 47% Referência de diferencial por kilo 19% Reciclagem com perda de propriedades 84
ANUÁRIOABAS PRODUÇÃO FÍSICA DE MATERIAIS METÁLICOS Em fevereiro de 2014, a Asso- Produção Físca ciação Brasileira de Embalagem e a Fundação Getúlio Vargas apre- % EM RELAÇÃO A IGUAL PERÍODO DO ANO ANTERIOR sentaram o Estudo Macroeconô- mico da Embalagem, que levan- Peso 2012 2013 tou informações precisas sobre essa indústria. Na pesquisa, a Total 100,0 -1,56 1,41 análise por setor mostrou duas classes de materiais acompa- Madeira 1,82 -10,20 -17,06 nhadas mensalmente pelo IBGE com aumento de produção em Papel, Papelão e Cartão 33,16 -0,96 -1,03 2013: vidro, com incremento de 9,31%, e metais, com crescimen- Plástico 29,74 0,44 -2,03 to de 7,57%. Vidro 8,71 -5,76 9,31 Metal 26,58 -2,60 7,57 PESO: VALOR MÉDIO DA PRODUÇÃO 98-00. | FONTE: IBGE | ELABORAÇÃO:FGV Vidro Alumínio Em sua forma mais pura, o vidro é um óxido metálico super Sua leveza, condutividade elétrica, resistência à corrosão e bai- esfriado transparente, de elevada dureza, essencialmente inerte xo ponto de fusão lhe conferem uma multiplicidade de aplica- e biológicamente inativo, que pode ser fabricado com superfícies ções, especialmente nas soluções de engenharia aeronáutica. muito lisas e impermeáveis. Estas propriedades desejáveis con- Entretando, mesmo com o baixo custo para a sua reciclagem, duzem a um grande número de aplicações. No entanto, o vidro o que aumenta sua vida útil e a estabilidade do seu valor, a geralmente é frágil, quebra-se com facilidade. O vidro comum se elevada quantidade de energia necessária para sua obtenção obtém por fusão em torno de 1.250 °C. reduzem sobremaneira o seu campo de aplicação, além das Aço implicações ecológicas negativas no rejeito dos subprodutos O aço é atualmente a mais importante liga metálica, sendo em- do processo de reciclagem, ou mesmo de produção do alumí- pregue de forma intensiva em numerosas aplicações. Atualmen- nio primário. te emprega-se o aço devido a sua nítida superioridade frente às Plástico demais ligas considerando-se: Os plásticos são materiais orgânicos poliméricos sintéticos. - Numerosas jazidas de minerais de ferro suficientemente ricas, Dotado de grande mabeabilidade (que apresentam a proprieda- puras e fáceis de explorar, além da possibilidade de reciclas. de de adaptar-se em distintas formas), facilmente transformável - Apresentam uma interessante combinação de propriedades mediante o emprego de calor e pressão, e que serve de matéria- mecânicas que podem ser modificadas dentro de uma ampla -prima para a fabricação dos mais variados objetos. faixa variando-se os componentes da liga e as suas quantidades, A matéria-prima dos plásticos geralemten é o petróleo. [1] Este é mediante a palicação de tratamentos. o formato por uma complexa mistura de compostos. Pelo fato de - A sua plasticidade permite obter peças de formas geométricas estes compostos possuírem diferentes temperaturas de ebulição, complexas com relativa facilidade. é possível separá-los através de um processo conhecido como - A experiência acumulada na sua utilização permite realizar destilação ou craqueamento. previsões de seu comportamento, reduzindo custos de projetos e prazos de colocação no mercado. Fontes: Secretaria do Meio Ambiente do EStado de São Paulo, Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambientalo (Cetesb). Insituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Revista Mundo EStranho. * Em ambientes ricos em bactérias e fungos, como aterros sanitários 85
VÁLVULAS E TAMPAS
6 VÁLVULAS E TAMPAS HUGO CHALULEU DISCURSANDO EM HOMENAGEM A AERCAMP NOS BASTIDORES ENVASAR AEROSSÓIS É UMA DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES DESSA INDÚSTRIA E A ABAS ESTÁ ATENTA AO POTENCIAL DESSA REDE FORTE DE EMPRESAS AAAercamp teve ousadia para empreender desde o Julio Almásy, gerente de suprimentos da Aercamp e início ao transformar seus obstáculos em negó- diretor de marketing da ABAS. cios. Com mais de 46 anos de existência e no mes- mo endereço, a empresa conta com novas máquinas Confiante no futuro do aerossol, a Aercamp ofe- e plataformas prontas para envasar uma variedade rece know how em envase de cosméticos e aeros- de produtos. Por ser terceirista, a Aercamp não de- sol. Attila Julio Almásy contou ao Anuário ABAS pende somente de um cliente. “Por conta disso, é 2014 que a mais recente novidade em aerossol da preciso variar e pensar que todos os produtos en- Aercamp foi no ano de 1999, com a importação de vasados da empresa são importantes”, revela Attila equipamento para envase do sistema Bag on valve e Gel de barba. 88
ANUÁRIOABAS De acordo com Attila Almásy, nestes 15 anos a empresa vem RECONHECIMENTO crescendo de maneira lenta por causa do alto custo da válvula. “Mesmo assim, o mercado tradicional de aerossol cresce ano “Nos últimos anos, fomos con- após ano inovando, acompanhando as tendências e despertan- templados com o Prêmio “Feras do o interesse de novos clientes no sistema aerossol, motivo das Embalagens” nas edições de que nos orgulha muito por estar desenvolvendo esse mercado 2012, 2013 e 2014”, afirma Atti- desde 1968”, contou. la. Responsável pela premiação, a Editora Cusman realiza anual- Hoje, a capacidade produtiva da Aercamp é de seis milhões mente pesquisas de mercado que de unidades por mês/turno até o fim do ano de 2014. Mas há envolvem informações sobre sa- novidades chegando nesse sentido. A empresa dobrará sua ca- tisfação. Neste quesito, foi cons- pacidade para o ano de 2015. “Isso ocorrerá nos segmentos de tatado que, quando se pensa em higiene pessoal, dermocosméticos, domissanitários, e, futura- aerossol, se pensa em Aercamp. mente, no segmento farmacêutico”, explica Attila Julio Almásy. Como terceirista, a Aercamp é indiretamente responsável ou envolvida em grandes sucessos de venda no mercado de aerossol. Attila Julio Almásy garante que a qualidade Aercamp em aeros- sóis é reflexo do comprometimento, seriedade e amor de todos os colaboradores. “Amamos o que fazemos e queremos sempre o melhor para nossos clientes. Como bons terceiristas que somos, vivemos nos bastidores da fama ao longo desses 46 anos, apren- demos que ter clientes satisfeitos é o maior prêmio que um mer- cado pode nos dar e, graças a Deus, vivemos esse momento”. n ANTAL ALMÁSY, ATTILA JULIO ALMÁSY, CSILLA ALMÁSY E IDA ALMÁSY 89
6 VÁLVULAS E TAMPAS O DONO DA PRESSÃO A VÁLVULA É RESPONSÁVEL PELO DESEMPENHO DO AEROSSOL E, PORTANTO, ESSENCIAL PARA O SUCESSO DOS PRODUTOS DO SEGMENTO. PARA OS FABRICANTES, O DESAFIO ESTÁ EM ESCOLHER A VÁLVULA MAIS ADEQUADA PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES DOS SEUS PRODUTOS. ENQUANTO QUE PARA EMPRESAS DA ÁREA DE VÁLVULAS, A META É DESENVOLVER AS MELHORES SOLUÇÕES DDe origem argentina, a Fadeva é uma das empre- sendo esquecidas e nota-se crescimento no consu- sas fornecedoras de soluções para o sistema de mo de diversos produtos, como o de segurança pes- aerossol, como válvulas para aerossol, atuadores, soal, liderados pelo spray de pimenta, e artigos para tampas atuadoras e acessórios para válvulas desti- festas”. nadas aos produtos cosméticos, de higiene pessoal, household e pinturas industriais. Roberson de Al- Esse vigor do mercado atual representa, para as meida Serra, um dos diretores técnicos da ABAS e empresas fabricantes de válvulas, na avaliação do diretor da Válvulas Fadeva no Brasil, acredita que o diretor técnico da ABAS, uma maior preocupação cenário das válvulas vive um novo cenário. “O setor em desenvolver melhores soluções à medida que está em expansão, levado pelo aumento do uso dos novos produtos em aerossóis se destacam nas pra- desodorantes aerossóis, principalmente pelas clas- teleiras. “Além de performance, as empresas devem ses C. As versões em spray (ou squeeze) estão quase estar atentas as normas de segurança e especifica- ções técnicas da ABNT”, pondera. 90
ANUÁRIOABAS VÁLVULAS FADEVA Fundada em 1981, a Fadeva chegou ao Brasil so- Entre as criações mais recentes está a válvula mente em 1995. “Na primeira fase importávamos a Tial, que exigiu um grande trabalho de desenvolvi- válvula pronta. Inauguramos uma planta em Cas- mento e criação. A válvula Tial abre as portas, se- cavel, no Paraná, e posteriormente transferimos gundo a empresa, para uma variedade de produtos para Barueri, no Estado de São Paulo, onde estamos em aerossóis que necessitam alta descarga e dire- até hoje”. Segundo Serra, hoje o Brasil já conta com cionalidade para serem efetivos, tais como extinto- montagem da válvula e tem planos de ampliar a es- res, inseticidas de ação fulminante, produtos para trutura. “Nossa meta é crescer aproximadamente defesa pessoal e águas gaseificadas. “Já exporta- 15% em 2014. Aliado a isso, estamos trabalhando mos essa válvula Tial para os Estados Unidos, onde para conquistar p ISO 9001, certificação de qualida- ela é bastante usada em produtos contra vespas, de utilizada atualmente por milhares de organiza- pois sua alta pressão pode chegar até 6 metros”. ções no mundo”. No Brasil, Serra cita como exemplo, a válvula Fadeva utilizada em um dos produtos da Lindoya Verão, que chegou ao mercado em agosto de 2012 e fez muito sucesso. O executivo se refere a Lin- doya Verão Thermal, desenvolvida pela tradicional empresa do mercado de água. Extraída a partir das fontes da empresa situadas na Serra da Mantiquei- ra, a água termal é uma água subterrânea que foi enriquecida, por anos, pelos minerais das rochas e que retorna à superfície enriquecida de sais mi- nerais e com excelente qualidade físico-química. Também idealizada para uso cosmético e der- matológico, a Lindoya Verão Thermal é 100% pura, tem a concentração de minerais como cál- cio e magnésio. Essas substâncias são as respon- sáveis pelos benefícios estéticos e terapêuticos que o produto oferece, como limpar, hidratar, tonificar, acalmar, refrescar e revitalizar a pele. A embalagem foi desenvolvida em PET, pos- sibilitando a reciclagem e a manutenção das qualidades naturais do produto. A válvula tem a pressão ideal para formar uma névoa fina que fornece a molhabilidade exata para a pele ser hidratada sem encharcar o consumidor. Água Termal Lindoya Verão Thermal 91
6 VÁLVULAS E TAMPAS FOTO: FÁBIO FIGUEIREDO UNIVERSO DAS TAMPAS A ELABORAÇÃO DO AEROSSOL ENVOLVE UMA SÉRIE DE ETAPAS ATÉ A SUA CHEGADA ÀS PRATELEIRAS DE PONTOS DE VENDAS OU DISTRIBUIDORAS. ENTRE OS ITENS QUE COMPÕEM O PRODUTO, A TAMPA TAMBÉM EXIGE PESQUISA, DESIGN E SINERGIA PARA ESTAR EM CONFORMIDADE COM OS PROJETOS E LINHAS DE ENVASE NNo mercado de tampas plásticas e sistemas de Garcia quer conquistar o mesmo êxito das tam- fechamento há mais de 30 anos, a Aerplas pas produzidas para o setor alimentício, como a Revpack tem desenvolvido tampas para marcas for- tampa do Cappuccino 3 Corações, premiada na 11ª tes do segmento de aerossóis. “Somos um case de edição do Prêmio ABRE, da Associação Brasileira de sucesso. Conseguimos dobrar nosso faturamento Embalagem, também no segmento de aerossóis. com o mesmo número de funcionários e estamos investindo no tripé automatização, inovação e va- Dante Afonso, diretor da Aerplas Revpack e um lorização do capital humano e suas competências dos diretores financeiros da ABAS, atribui a boa fase para continuar crescendo”, diz Rogerio Romo Gar- da empresa ao constante aprimoramento. “Estamos cia, diretor comercial da empresa. nos especializando cada vez mais na fabricação de tampas plásticas para aerossóis, tampas para pro- 92
ANUÁRIOABAS TAMPAS NA LINHA DE PRODUÇÃO DE INDÚSTRIA DE ENVASE dutos alimentícios (maionese, molhos, pimentas e principalmente na classe C. Outro fator importante cafés) e tampas para produtos de higiene pessoal e é perceber a qualidade atual das embalagens e pro- limpeza”, explica. dutos em aerossol, que se aliam à rapidez, flexibili- dade e praticidade no seu uso”, declara. No mercado de aerossóis há mais de 40 anos, Dante trabalhou em renomadas companhias como Quando o assunto é meio ambiente, entre outras Rhodia, Fabrimar e Sintaryc do Brasil até chegar ações, a empresa destina para reciclagem 99% dos à Aerplas. Para o executivo, não é novidade que o resíduos gerados no processo produtivo. Além disso, mercado brasileiro de aerossóis cresce e vem se des- também é realizada a coleta seletiva nas dependên- tacando nos últimos 20 anos. “O poder aquisitivo cias da empresa, o que garante que todos os descartes aumentou, elevando o nível de vida dos brasileiros, sejam feitos de maneira responsável e sustentável. n FOTOS: FÁBIO FIGUEIREDO ROGERIO ROMO GARCIA, DIRETOR COMERCIAL DA AERPLAS REVPACK DANTE AFONSO, DIRETOR DA AERPLAS REVPACK 93
GÁS
7 GÁS FORÇA INVISÍVEL DO GÁS SEGUNDO ESPECIALISTAS, O MERCADO BRASILEIRO TEM TUDO PARA CONTINUAR ALCANÇANDO ÊXITO NO SEGMENTO DE AEROSSÓIS. O PAÍS PRODUZ PROPELENTE DE QUALIDADE, TECNOLOGIA E TEM DEMANDA PARA CONSUMO OO a stro da indústria dos aerossóis é invisível. Junto com a válvula e a lata, é o gás que resulta Trata-se do gás propelente composto por no diferencial que tanto agrada aos consumidores. butano e propano, responsável pela dispersão do Não é à toa que um levantamento recente, coor- produto em aerossol, que responde por mais da denado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento metade do custo total de um desodorante, por Econômico e Social (BNDES) e realizado por um exemplo. A mistura entre os elementos químicos consórcio da Bain & Company com a Gas Energy, propano e butano se dá em concentrações varia- destaca três oportunidades para o desenvolvimento das para produtos como cosméticos, tintas, medi- da indústria de beleza e entre elas aparece a produ- camentos e outros. ção nacional de desodorante em aerossol. 96
ANUÁRIOABAS O consumo brasileiro de produtos em aerossol vem crescendo com taxas anuais próximas de 20% Duas grandes empresas produtoras de gás prope- mercado é considerado maduro. “Os dados, associa- lente para aerossóis, que têm representatividade na dos à comodidade e benefícios intrínsecos às emba- indústria brasileira, vislumbram um potencial para lá lagens em aerossol, levam o mercado a acreditar na de positivo no setor. O consumo brasileiro de produtos continuidade das elevadas taxas de crescimento nos em aerossol vem crescendo com taxas anuais próximas próximos anos, puxando toda a cadeia de insumos, de 20%, fortemente impulsionado pelo maior poder assim como o Purogas”, explica. de compra e pela sofisticação dos hábitos de consumo. Com isso, atingiu aproximadamente 1 bilhão de uni- A opinião de Hermano Corinti Jordão, gerente dades em 2013. Avaliando este cenário, Roberto Jorge comercial da Ultragaz, é semelhante. Ele também de Souza Leão Rodrigues, diretor de GLP Granel da Li- acredita que, em razão do crescimento no consumo quigás, destaca que a marca representa o consumo de de aerossóis nos últimos anos, esse aumento será cerca de 5 unidades por habitante por ano. mantido. Também está convencido de que o investi- mento de grandes multinacionais na produção local Na opinião de Rodrigues, apesar de expressivo, dos aerossóis continuará. “Entendemos que o cres- o número ainda é tímido se comparado ao consu- cimento do mercado para os próximos anos é inexo- mo de 12 a 14 unidades per capita em países onde o rável”, pondera. n ROBERTO JORGE DE SOUZA LEÃO RODRIGUES, DIRETOR DE GLP GRANEL DA LIQUIGÁS HERMANO CORINTI JORDÃO, GERENTE COMERCIAL DA ULTRAGAZ 97
7 GÁS PRODUTOS NO MERCADO Para o diretor de GLP Granel da Liquigás, o Pu- A Liquigás prevê novos investimentos em solu- rogas, gás propelente isento de odor e que supera ções para o segmento de aerossóis, mas ainda não os mais rígidos padrões de qualidade nacionais e revela dados mais precisos. “A busca frequente por internacionais, obteve um ótimo desempenho no soluções inovadoras motiva a Liquigás há 61 anos. mercado brasileiro nos últimos dois anos. “Desde A companhia está sempre atenta às necessidades do o lançamento do Purogas, há três anos, a Liquigás mercado e nossa equipe de atendimento, incluindo passou a fornecer o produto a todos os seus clientes técnicos especializados, está preparada para aten- que utilizavam o propano/butano como gás prope- der as mais variadas demandas de nossos clientes”, lente. Além disso, conquistou novos e importantes disse o executivo da GLP Granel da Liquigás. clientes do mercado, ampliando seu market share neste segmento”, conta Rodrigues. “Com o Purogas, a Liquigás preenche uma impor- tante lacuna que havia nos suprimentos de insumos Durante esses anos, Rodrigues afirma que a GLP para a produção de aerossóis no Brasil, inserindo o Granel da Liquigás continua realizando pesquisas e país no radar de players mundiais que desejam ex- investimentos de forma a manter e otimizar a qua- pandir seus negócios, tendo em vista o crescimento lidade do produto e serviços agregados. O objetivo potencial do mercado nacional”, explica Rodrigues. da empresa é estar pronta para atender aos mais “Empresas do mundo inteiro voltam seus olhos para rigorosos padrões de qualidade nacional e interna- cá com intenções de abrirem novas fábricas, seguin- cional, considerando os critérios e necessidades es- do a tendência de algumas companhias que já trou- pecíficos de cada cliente. xeram suas produções para o Brasil”, conclui. n 98
7 GÁS APOSTANDO ALTO NO AEROSSOL Empresa pioneira no segmento de distribui- NENHUM RESÍDUO ção de GLP no Brasil, a Ultragaz efetua investi- mentos que aprimoram a qualidade dos serviços As embalagens de aerossol, assim como ou- prestados aos seus clientes. Especificamente no tros produtos – pilhas, lâmpadas fluorescentes, segmento de aerossóis, Hermano Corinti Jordão, tintas e restos de produtos de limpeza –, pos- gerente comercial da empresa, destaca os apor- suem resíduos de produtos químicos que po- tes no sistema de desodorização dos gases, com dem trazer riscos para a saúde do ser humano e maior capacidade de tratamento e armazena- contaminar o meio ambiente. No caso particu- mento de gases propelentes no Brasil. lar do aerossol, devido ao conteúdo sob pressão e ao resíduo de gás inflamável, é totalmente de- O executivo cita, por exemplo, os investimen- saconselhável furar ou abrir a embalagem. tos realizados no laboratório de análise dos gases e de P&D da Ultragaz, cuja função foi investir em Apesar de grande parte ser produzida em aço novos equipamentos voltados a diversas análises ou alumínio, materiais completamente reciclá- de composição dos gases. Além disso, há a cé- veis, estas embalagens não devem ser descarta- lula de desenvolvimento de produtos aerossóis, das em depósitos de lixos recicláveis, tampouco que é capaz de realizar diversos estudos, desde em depósitos de lixo comuns. A reciclagem deve a formulação de produto final até testes de latas ser feita por cooperativas e empresas especiali- e válvulas, análises de estabilidade, performance zadas, sendo que o caminho das embalagens até de aplicação, entre outras ações. elas é uma das determinações da Política Na- cional de Resíduos Sólidos, que determina que A Liquigás também está atenta ao futuro. Ro- a população que consome as embalagens de ae- drigues afirma que os investimentos da empre- rossol e as empresas fabricantes são responsá- sa no setor de aerossóis continuarão a ser rea- veis pela logística reversa das embalagens. lizados de forma a manter e superar os padrões de qualidade já obtidos, além de se antecipar ao crescimento do mercado consumidor, garantin- do o fornecimento de gás propelente. n 100
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