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Telaris 7 ano ciências

Published by Artur Mineboy, 2023-01-03 01:51:09

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Fernando Gewandsznajder Helena Pacca CIÊNCIAS 7



O nome Tel‡ris se Fernando Gewandsznajder inspira na forma latina telarium, que significa (Pronuncia-se Guevantznaider.) “tecelão”, para evocar Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) o entrelaçamento dos saberes na construção Mestre em Educação pelo Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) do conhecimento. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Licenciado em Biologia pelo Instituto de Biologia da UFRJ Ex-professor de Biologia e Ciências do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro (Autarquia Federal – MEC) Helena Pacca Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Experiência com edição de livros didáticos de Ciências e Biologia MANUAL DO PROFESSOR CIENCIAS

Direção Presidência: Mario Ghio Júnior Direção de Conteúdo e Operações: Wilson Troque Direção editorial: Luiz Tonolli e Lidiane Vivaldini Olo Gestão de projeto editorial: Mirian Senra Gestão de área: Isabel Rebelo Roque Coordenação: Fabíola Bovo Mendonça Edição: Marcia M. Laguna de Carvalho, Mayra Sato, Natalia A. S. Mattos (editores), Eric Kataoka e Kamille Ewen de Araújo (assist.) Planejamento e controle de produção: Patrícia Eiras e Adjane Queiroz Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Carlos Eduardo Sigrist, Cesar G. Sacramento, Lilian M. Kumai, Luís M. Boa Nova e Paula T. de Jesus Arte: Daniela Amaral (ger.), André Gomes Vitale, e Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Filipe Dias, Karen Midori Fukunaga e Renato Neves (edição de arte) Diagramação: WYM Design Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Flavia Zambon (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer, Luciana Cardoso Sousa e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Adilson Casarotti (proj. gráfico e capa), Erik Taketa (pós-produção), Gustavo Vanini e Tatiane Porusselli (assist. arte) Foto de capa: Justinreznick/E+/Getty Images Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A. Avenida das Nações Unidas, 7221, 3o andar, Setor A Pinheiros – São Paulo – SP – CEP 05425-902 Tel.: 4003-3061 www.atica.com.br / [email protected] Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Gewandsznajder, Fernando Teláris ciências 7º ano / Fernando Gewandsznajder, Helena Pacca. - 3. ed. - São Paulo : Ática, 2019. Suplementado pelo manual do professor. Bibliografia. ISBN: 978-85-08-19324-0 (aluno) ISBN: 978-85-08-19325-7 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental). I. Pacca, Helena. II. Título. 2019-0108 CDD: 372.35 Julia do Nascimento - Bibliotecária - CRB - 8/010142 2019 Código da obra CL 742186 CAE 648349 (AL) / 648350 (PR) 3a edição 1a impressão De acordo com a BNCC. Impressão e acabamento Uma publicação II

Apresenta•‹o Caro professor, Esta coleção de Ciências é resultado de um trabalho longo e permanente de atualização e aprimoramento. Por essa razão, a coleção recebeu ampla reformulação, atendendo aos novos parâmetros definidos pelo Ministério da Educação. O desenvolvimento da coleção foi pautado prin- cipalmente na adequação dos conteúdos à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), garantindo o trabalho com as competências gerais da BNCC, assim como o desenvolvimento das competências específicas de Ciências da Natureza e as habilidades relacionadas. Este Manual do Professor foi elaborado para auxiliá-lo na concretização dos objetivos que a coleção propõe para o ensino de Ciências. Ele é dividido em orientações gerais, sugestões de leitura para o trabalho com o volume e reprodução do Livro do Estudante com orientações didá- ticas específicas. As orientações gerais visam ao esclarecimento e caracterização da proposta pedagógica da coleção, bem como sua adequação aos parâmetros estabelecidos pela BNCC. As sugestões de leitura para o trabalho com o volume estão divididas por unidade, de acordo com os temas trabalhados. A reprodução do Livro do Estudante em formato menor traz, página a página, orien- tações específicas acompanhadas das habilidades e competências que serão trabalhadas em cada unidade; orientações didáticas com subsídios para o trabalho com os conteúdos de cada capítulo; textos e atividades complementares; respostas das atividades e questões; e indicações de material extra para consulta e para uso em sala de aula. Esta coleção, enfim, será um recurso relevante para o trabalho em sala de aula. Mas temos consciência de que não há ninguém melhor do que você para conduzir os estudantes nessa jornada que é a formação escolar. Os autores III

SUMçRIO Orientações gerais ...................................................................................................................................................................... V 1. Pressupostos teóricos e metodológicos ............................................................................................................................................................... V 2. O ensino de Ciências: importância e objetivos .................................................................................................................................................... V 3. A coleção Teláris Ciências ...........................................................................................................................................................................................VII Os objetivos gerais da coleção: o trabalho com as competências e as habilidades da BNCC ............................................................VII Competências gerais da Educação Básica ...............................................................................................................................................................VII Competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental.................................................................................................. IX 4. Material Digital do Professor .................................................................................................................................................................................... X 5. Uma palavra a mais com o professor .................................................................................................................................................................... XI O livro didático e outros recursos........................................................................................................................................................................... XII Estratégias de utilização do livro didático ..............................................................................................................................................................XIII Recursos do Manual do Professor ......................................................................................................................................................................... XIV A organização dos volumes ......................................................................................................................................................................................XV As competências e habilidades da BNCC na coleção..............................................................................................................................................XIX Seções do Livro do Estudante.................................................................................................................................................................................. XXV A avaliação ............................................................................................................................................................................................................XXVII 6. Sugestões de leitura para o professor............................................................................................................................................................. XXIX Revistas brasileiras que tratam do ensino de Ciências............................................................................................................................... XXIX Interdisciplinaridade ............................................................................................................................................................................................... XXIX Processo ensino-aprendizagem em geral........................................................................................................................................................ XXX Aprendizagem significativa ................................................................................................................................................................................... XXX Ensino de Ciências ................................................................................................................................................................................................... XXXI Metodologia, História e Filosofia da ciência ................................................................................................................................................... XXXI 7. Sugestões de leitura para o trabalho no 7o ano ...........................................................................................................................................XXXII Unidade 1 – Terra: Os movimentos da crosta e a atmosfera...................................................................................................................XXXII Unidade 2 – Ecossistemas, impactos ambientais e condições de saúde ............................................................................................XXXII Unidade 3 – Máquinas, calor e novas tecnologias.......................................................................................................................................XXXII Reprodução do Livro do Estudante com orientações específicas .............................. 1 IV MANUAL DO PROFESSOR

Orientações gerais 1 Pressupostos teóricos e metodológicos A rapidez das inovações científicas e tecnológicas, sua in- [...] é imprescindível que eles sejam progressivamente estimu- fluência cada vez maior na vida humana e a divulgação de in- lados e apoiados no planejamento e na realização cooperativa formações científicas tanto nas mídias tradicionais como nas de atividades investigativas, bem como no compartilhamento digitais têm despertado nos meios acadêmicos e científicos um dos resultados dessas investigações. Isso não significa realizar intenso debate sobre o ensino de Ciências. atividades seguindo, necessariamente, um conjunto de etapas pré-definidas, tampouco se restringir à mera manipulação Diante dessa realidade, pode-se admitir que os professores de objetos ou realização de experimentos em laboratório. Ao são também estudantes, e, portanto, devem estar permanen- contrário, pressupõe organizar as situações de aprendizagem temente em formação, ampliando seu contato com as novas partindo de questões que sejam desafiadoras e, reconhecendo descobertas da ciência, bem como novas maneiras de ensinar a diversidade cultural, estimulem o interesse e a curiosidade seus estudantes. científica dos alunos e possibilitem definir problemas, levan- tar, analisar e representar resultados; comunicar conclusões Segundo os PNC/Ciências Naturais1: e propor intervenções. [...] [...] Os estudantes desenvolvem em suas vivências fora Dessa forma, devem ser priorizadas propostas pedagógicas da escola uma série de explicações acerca dos fenômenos que avancem na direção de um trabalho pautado em exemplos naturais e dos produtos tecnológicos, que podem ter uma do cotidiano do estudante. Essas propostas devem, ainda, fazer lógica diferente da lógica das Ciências Naturais, embora, às paralelos entre o dia a dia em sociedade e os assuntos apresen- vezes a ela se assemelhe. De alguma forma, essas explicações tados no livro didático. satisfazem suas curiosidades e fornecem respostas às suas indagações. São elas o ponto de partida para o trabalho de A finalidade de tais práticas é fazer com que os objetivos de construção de conhecimentos, um pressuposto da aprendi- aprendizagem que se pretende desenvolver estejam relacionados zagem significativa. [...] com os objetos de conhecimento e suas respectivas habilidades, descritas na BNCC. Além de aproximar o tema de estudo à realidade Corroborando essa ideia de um ensino de Ciências que incen- do estudante, essa prática desperta o interesse e a curiosidade tive o professor a apresentar ao estudante conceitos científi- dos estudantes, favorecendo o pensar individual e coletivo em cos significativos, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC)2 busca de soluções de problemas do cotidiano. propõe que: 2 O ensino de Ciências: importância e objetivos Uma expressão presente em diferentes documentos relacio- vida em sociedade e em todo o planeta. Além disso, a aquisição nados ao ensino de Ciências é o chamado letramento científico, de conhecimento científico permite que os membros de uma ou alfabetização científica. Como podemos mensurar se deter- sociedade democrática estejam bem informados para participar minado processo de ensino-aprendizagem favorece o letramento de forma esclarecida das decisões que interferem em toda a co- científico nos estudantes? Conforme o documento da BNCC, o letividade. Por isso, o letramento científico no ensino de Ciências letramento científico pode ser entendido como um conjunto de vem ganhando importância cada vez maior na atualidade. ações que visam desenvolver no estudante a capacidade de compreender e interpretar o mundo em suas esferas natural, O ensino de Ciências constitui um meio importante de prepa- social e tecnológica. Para além disso, essas ações devem dar rar o estudante para os desafios de uma sociedade preocupada aos estudantes ferramentas para que eles possam transformar em integrar, cada vez mais, as descobertas científicas ao bem- o mundo, com base nos aportes teóricos e processuais caracte- -estar coletivo. Por isso, sejam quais forem as aspirações e os rísticos das ciências. interesses dos estudantes, ou mesmo as atividades futuras que venham a realizar, eles devem ter a oportunidade de adquirir um O estudo de temas como a destruição dos ecossistemas, conhecimento básico das Ciências da Natureza que permita não a perda da biodiversidade, os danos causados pelo fumo, pelo só a compreensão e o acompanhamento das rápidas transfor- álcool e a desnutrição possibilita aos cidadãos refletir sobre mações tecnológicas, mas também a participação esclarecida e fatos e suas consequências tanto em sua vida pessoal como na responsável nas decisões que dizem respeito a toda a sociedade. 1 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental / Ciências Naturais. Brasília, DF, 1998. p. 119. 2 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 320. MANUAL DO PROFESSOR V

Duas competências gerais da BNCC3 propostas para as três objetiva e utilizando investigações sistemáticas e investigações etapas da Educação Básica têm forte relação com o ensino de próprias da ciência. O estudante deve perceber que a ciência é Ciências, uma vez que possibilitam ao estudante: uma forma de explicar os fenômenos baseada em observações e testes de hipóteses, construção de teorias e modelos e outras 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem características desenvolvidas ao longo de todo o processo de própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a ensino-aprendizagem. análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investi- gar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver Os avanços científicos propiciados pelos recentes desen- problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com volvimentos tecnológicos permitem um conhecimento cada base nos conhecimentos das diferentes áreas. vez maior em áreas como a saúde, por exemplo, seja na me- lhoria dos instrumentos oftalmológicos, seja no uso da radia- 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações con- ção eletromagnética para diagnóstico e tratamento médico. fiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos Esses exemplos, entre outros, demostram como ciência e de vista e decisões comuns que respeitem e promovam tecnologia podem viabilizar melhorias da qualidade de vida das os direitos humanos, a consciência socioambiental e o pessoas. O desenvolvimento científico permitiu, entre outras consumo responsável em âmbito local, regional e global, conquistas, a erradicação de doenças como a varíola; o trata- com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mento e a cura de uma série de moléstias; o uso de anestesia mesmo, dos outros e do planeta. para realizar cirurgias que salvam vidas; o desenvolvimen- to de computadores que realizam operações matemáticas É importante que o ensino de Ciências desperte no estudante e lógicas complexas, possibilitando uma série de melhorias o espírito crítico. Essa postura deve estimulá-lo a questionar afir- na recepção, manipulação e transmissão de informações; o mações, propagandas ou notícias divulgadas na mídia tradicional aumento da produção de alimentos pelas modernas técnicas ou em redes sociais. Por meio do pensamento crítico, espera-se agrícolas; a síntese de novos materiais nas mais diversas que o estudante consiga, aos poucos, diferenciar o que é uma áreas da indústria. No entanto, não podemos nos esquecer de informação com base em evidências científicas do que é boato que uma boa parte do desenvolvimento científico estimulou a ou propaganda enganosa. formação de uma sociedade muito voltada para o consumo e isso tem produzido consequências indesejáveis ao meio am- Por essa razão, é estimulada ao longo de toda a coleção a biente, como a poluição ambiental e o desequilíbrio ecológico, busca de informações precisas e bem embasadas em fontes que desencadeiam uma série de fenômenos danosos, muitos confiáveis. É dessa forma que o processo de ensino-aprendiza- deles ainda desconhecidos. gem contribui para o combate às informações incorretas, aos preconceitos e posições autoritárias e favorece a construção Nesse contexto, torna-se clara, novamente, a importância de uma sociedade verdadeiramente democrática, na qual os da educação científica para diagnosticar e refletir sobre os problemas sejam debatidos entre seus membros em busca de problemas que surgem na sociedade. Apenas como exemplo, uma solução que beneficie todos os envolvidos, levando em podemos mencionar a educação dos cidadãos em relação aos conta setores menos favorecidos da sociedade. seus hábitos, como a valorização dos serviços de saneamento básico, o descarte adequado de materiais poluentes, a separação Com base nesse preceito, convém destacar que a crítica de resíduos para reciclagem e o desenvolvimento de uma forma a uma ideia científica tem como objeto de interesse única e consciente de consumo. exclusivamente a ideia, e nunca a pessoa que a formulou. O respeito ao indivíduo é fundamental, não apenas por questões Verifica-se, assim, que a ciência e a tecnologia, com todos morais e éticas, mas porque a cooperação é essencial para a os seus recursos, embora possam beneficiar a humanidade, sobrevivência da espécie humana e para o desenvolvimento podem também trazer-lhe danos irreparáveis, muitas vezes do conhecimento, que se constrói coletivamente. Além disso, relacionados a interesses econômicos, políticos e sociais des- todos nós, cientistas ou não, somos passíveis de erros, e é de- vinculados de um objetivo comum. É preciso, então, garantir les que extraímos novas ideias e práticas. Assim, ao estudar que o conhecimento científico e tecnológico seja empregado Ciências no âmbito escolar, o estudante deve ser estimulado a em benefício de todos e criar condições para que os tomado- expressar seus conhecimentos prévios, embasados em suas res de decisões atuem de forma esclarecida e consciente, experiências pessoais. Mesmo que esses conhecimentos sejam debatendo os problemas globais e suas soluções pensando diferentes daqueles construídos e divulgados pela ciência, os no melhor para a sociedade e o meio ambiente. Portanto, cabe estudantes e demais pessoas não devem passar por situações ao ensino formal de Ciências manter compromisso com a for- embaraçosas ou ser ridicularizadas. As pessoas devem sempre mação integral dos estudantes, ressaltando que o mesmo ser tratadas com respeito e isso deve ser estimulado dentro e desenvolvimento científico e tecnológico que resulta em novos fora da sala de aula. Diante das mais diferentes ideias, deve-se ressaltar aos estu- dantes que as ciências buscam explicar os fenômenos de forma 3 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 9. VI MANUAL DO PROFESSOR

ou melhores produtos e serviços também é responsável em de qualidade, que favoreça o letramento científico e que sirva de promover transformações e desequilíbrios, tanto na natureza base para a compreensão dos fundamentos da ciência. quanto na sociedade. Para que as Ciências atendam às necessidades do ser hu- Em uma sociedade democrática, cabe a cada cidadão fisca- mano e do meio ambiente, é preciso que os cientistas, assim lizar a atuação de seus representantes constitucionais e das como os demais cidadãos, não sejam apenas profissionais entidades governamentais e não governamentais, contribuindo, competentes, mas sim que tenham responsabilidade social, entre outros aspectos, para que o uso da ciência traga sempre com princípios éticos que valorizem e respeitem todos os benefícios e minimize impactos ambientais e sociais. Isso sig- seres humanos e seres vivos e preservem o ambiente em nifica que é fundamental garantir a todos o acesso à educação que vivemos. 3 A coleção Tel‡ris Ciências A coleção foi desenvolvida tendo por base uma criteriosa e de fácil compreensão que estimule o estudante a construir o atualizada seleção de conteúdos de Ciências da Natureza vol- conhecimento e a desenvolver as competências e as habilidades tados para o desenvolvimento das competências e habilidades nessa área de estudo. Ao longo dos capítulos desta coleção, os propostas pela BNCC. Com o objetivo de desenvolver as compe- estudantes entram em contato com diferentes objetos de conhe- tências gerais propostas pela BNCC, a coleção procura, sempre cimento e, por meio de leitura de textos, de imagens e da reali- que possível, estabelecer uma integração com outras áreas do zação de atividades teóricas e práticas, estabelecem conexões conhecimento, como: História, Geografia, Arte e Matemática. interdisciplinares, favorecendo o desenvolvimento de diferentes A seleção de conteúdos atende as propostas educacionais da competências e habilidades específicas de Ciências da Natureza Base Nacional Comum Curricular (BNCC), bem como as metas para o Ensino Fundamental. Conforme descrito anteriormente, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) e cada livro desta coleção é dividido em unidades, cujos temas demais documentos que norteiam as diretrizes da educação guardam relação com as unidades temáticas descritas na BNCC. no Brasil. Competências gerais da Educação Básica A coleção é composta de 4 volumes, sendo cada um deles dividido em unidades que reúnem capítulos com temas relacio- Não obstante, a coleção também se preocupa com o desen- nados. Os textos, imagens, seções e atividades presentes nos volvimento das competências gerais propostas na BNCC5, vi- capítulos possibilitam trabalhar os objetos de conhecimento, sando uma diversificação de atividades, conteúdos e diferentes as competências e as habilidades da BNCC. Essa abordagem experiências para fomentar ações cidadãs. De maneira mais deverá contribuir para cumprir o objetivo, previsto na BNCC4 de: detalhada, temos: [...] possibilitar que esses alunos tenham um novo olhar sobre 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente cons- o mundo que os cerca, como também façam escolhas e interven- truídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para ções conscientes e pautadas nos princípios da sustentabilidade entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e e do bem comum. Para tanto, é imprescindível que eles sejam colaborar para a construção de uma sociedade justa, de- progressivamente estimulados e apoiados no planejamento e na mocrática e inclusiva. realização cooperativa de atividades investigativas, bem como no compartilhamento dos resultados dessas investigações. [...] A obra busca uma constante revisão histórica sobre a for- mação dos conhecimentos ilustrados no componente curricular Também com base nos princípios propostos pela BNCC, a Ciências, mencionando as tecnologias disponíveis à época das coleção se propõe a apresentar diversos tipos de situações de descobertas e destacando o papel dos cientistas ao trabalhar aprendizagem para desafiar os estudantes a resolver problemas conhecimentos construídos por outras pessoas ao longo da his- e a desenvolver sua curiosidade científica. Ao mesmo tempo, tória, ou seja, abordando a ciência como construção coletiva. as diferentes formas de apresentação do conteúdo ao longo Além de textos e seções, algumas atividades ajudam os estu- da coleção estimulam os estudantes a reconhecer e valorizar a dantes a perceber a ciência como forma de entender e explicar a diversidade cultural. realidade. Estimula-se ainda, sobretudo nas atividades, o espírito investigativo e o anseio por uma sociedade justa e inclusiva. Os objetivos gerais da coleção: o trabalho com as competências e as habilidades da BNCC 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a Esta coleção de Ciências foi elaborada para atender estu- análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investi- dantes do 6o ao 9o anos e tem por objetivo promover o processo gar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver de ensino-aprendizagem por meio de uma linguagem didática problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 4 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 319-320. 5 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 9-10. VIIMANUAL DO PROFESSOR

Para que esta competência seja desenvolvida, a coleção truído por essas pessoas. Essas práticas possibilitam valorizar busca uma análise integradora dos conhecimentos apresen- a diversidade de saberes e vivências, como por exemplo na in- tados. Nos experimentos sugeridos e também nos textos dos terpretação de papéis sociais, proporcionando uma consciência capítulos e nas atividades, os estudantes são convidados a criar crítica e autonomia na tomada de decisões. hipóteses e pensar em experimentos que possam responder às questões pertinentes às ciências, sobretudo na resolução 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações con- de problemas. fiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e cultu- direitos humanos, a consciência socioambiental e o con- rais, das locais às mundiais, e também participar de práticas sumo responsável em âmbito local, regional e global, com diversificadas da produção artístico-cultural. posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Ao longo da coleção, é estimulada a visita a museus e expo- sições, bem como a valorização de manifestações culturais e A coleção apresenta, em vários momentos, propostas de locais para além do que está diretamente relacionado a conteú- análise de resultados de experimentos e trabalhos de pesquisa dos de ciências da Natureza. É mostrado também que a ciência rotineiros, com o objetivo de propiciar aos estudantes argumen- faz parte das ações humanas e, portanto, se insere na produção tos para que estes defendam ideias e pontos de vista de modo cultural da sociedade. fundamentado e embasado. A obra fomenta a valorização dos direitos humanos e a consciência socioambiental e ética no cui- 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, dado de si e do planeta, ao abordar práticas cidadãs no consumo como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, de água e recursos naturais. bem como conhecimentos das linguagens artística, matemá- tica e científica, para se expressar e partilhar informações, 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emo- experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos cional, compreendendo-se na diversidade humana e reco- e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. nhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. Especialmente nos trabalhos em equipe a coleção estimula a exposição de cartazes, debates em rodas de conversa, compar- Especialmente no trabalho com a unidade temática “Vida e tilhamento de ideias em diferentes formatos e criação de textos evolução” a coleção estimula, em todos os volumes, o cuidado e relatórios. Ademais, algumas atividades visam a dinâmicas pessoal do estudante com a própria saúde, incentivando muitas ou atividades em grupo como forma de representar processos vezes que esse cuidado seja estendido para a comunidade, de naturais. Sendo assim, há uma ampla preocupação com o desen- forma geral, por meio do trabalho com aspectos da saúde cole- volvimento das linguagens associado à alfabetização científica tiva. O estudo do meio ambiente está vinculado à compreensão dos estudantes. de saúde e é abordado de maneira gradual em complexidade por toda a obra. Desta maneira, pretende-se, ao longo da coleção, 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informa- trabalhar com aspectos ligados à saúde de forma coletiva e in- ção e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e dividual, propiciando autonomia para lidar com a diversidade ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para humana e reconhecendo a liberdade das pessoas, como sujeitos se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir de direitos, evitando preconceitos e estigmatizações. conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito Com relação a esta competência, uma preocupação contínua ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valo- durante a elaboração da coleção foi a indicação de atividades para rização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, a comunidade escolar, bem como o estímulo ao compartilhamento seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem dos resultados das pesquisas propostas. Desta forma, conteúdos, preconceitos de qualquer natureza. meios e processos desenvolvidos em âmbito escolar podem ser divulgados para a comunidade, tornando significativos os objetos Ao longo da coleção são sugeridas inúmeras atividades em de ensino-aprendizagem. Portanto, a disseminação de tecnolo- grupo, trabalhos coletivos, atividades em duplas que visam, entre gias e conceitos desenvolvidos na escola podem ser úteis para a outros aspectos, facilitar o diálogo, empatia e a resolução coletiva solução de problemas na vida pessoal e coletiva no meio escolar. de conflitos. O estímulo à cooperação faz parte do fazer ciência, já que é muito difícil, por exemplo, testar hipóteses sem a colaboração 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e de outras pessoas. A valorização de identidades, grupos sociais, apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possi- culturas e potencialidades é desenvolvida ao longo das diferentes bilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho seções do Livro do Estudante, ao tratar de particularidades de po- e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao vos tradicionais e valorizando os saberes advindos desses povos. seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabi- lidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando Principalmente no que se refere aos temas associados ao decisões com base em princípios éticos, democráticos, meio ambiente, houve uma preocupação em enfatizar a impor- inclusivos, sustentáveis e solidários. tância cultural de povos tradicionais e do conhecimento cons- VIII MANUAL DO PROFESSOR

A autonomia, a responsabilidade e a flexibilidade das ações tipos de leitura, espera-se que os estudantes possam compreen- pessoais são trabalhadas com os estudantes, sobretudo, nas der e explicar fenômenos naturais, sabendo que os saberes não atividades que envolvem pesquisas, debates e interpretação de estão contidos exclusivamente no livro didático, estimulando diferentes dados. Para evitar estigmas em relação às diferentes a busca por respostas e soluções de maneira fundamentada formas como os estudantes se desenvolvem e lidam com seus acerca das Ciências da Natureza. problemas, a coleção pretende trabalhar gradualmente em termos de dificuldades dos conceitos, estimulando a inventividade e a 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e participação dos estudantes em todo o processo de aprendizagem. culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alter- nativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo Competências específicas de Ciências da Natureza aqueles relativos ao mundo do trabalho. para o Ensino Fundamental No que se refere às questões ambientais, principalmente, a Assim como o desenvolvimento das competências gerais, a coleção estimula um debate amplo acerca dos recursos naturais, coleção também leva em consideração as competências espe- recursos tecnológicos e alternativas de produção. Este tipo de cíficas da BNCC6 no tocante às Ciências da Natureza. A obra visa debate propicia uma avaliação das aplicações e implicações desenvolver as competências da seguinte maneira: políticas e socioambientais da ciência. O estudo das fontes de energia, por exemplo, propicia um debate das alternativas da 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimen- matriz energética no campo da ética e da eficiência de conversão to humano, e o conhecimento científico como provisório, energética, levando-se em conta os impactos ambientais. cultural e histórico. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e A abordagem de objetos e instrumentos desenvolvidos atra- informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos vés do processo científico fornecem elementos que evidenciam de vista que promovam a consciência socioambiental e o as Ciências da Natureza como um empreendimento humano, respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a cultural e historicamente produzido. Assim, a coleção não dis- diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem precon- socia a ciência da tecnologia, procurando abordar ao longo da ceitos de qualquer natureza. história as diferentes formas de se observar o mundo natural e meios para investigar hipóteses. A pauta do meio ambiente e o desenvolvimento da consciên- cia socioambiental está presente em diferentes momentos ao 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicati- longo de toda a coleção, estimulando nesse campo os valores vas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, éticos necessários para lidar com os desafios enfrentados pela práticas e procedimentos da investigação científica, de modo sociedade. Assim, são estimuladas pesquisas para a construção a sentir segurança no debate de questões científicas, tecno- de argumentos com base em dados e evidências que tratam do lógicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar diagnóstico e solução de problemas ambientais e de saúde, por aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade exemplo. Não obstante, a coleção fomenta uma educação cidadã justa, democrática e inclusiva. para que haja o respeito a si e ao outro, evitando a criação de estigmas e preconceitos. Evidencia-se, ao longo de toda a coleção, uma preocupação com os conceitos adotados, partindo-se de uma exposição ou 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de criação coletiva dos conceitos para então observar a investiga- informação e comunicação para se comunicar, acessar e ção específica dos fenômenos naturais e as teorias que melhor disseminar informações, produzir conhecimentos e resol- explicam esses fenômenos na atualidade. Ao abordar práticas e ver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, procedimentos associados ao cotidiano dos estudantes, espe- significativa, reflexiva e ética. ra-se que estes possam dominar conceitos e práticas da inves- tigação científica, propiciando uma fundamentação da defesa Ao longo da coleção foram estimulados o uso de tecnologias de suas posições. e simulações virtuais sobre alguns temas elaborados na obra. Como o Brasil não dispõe ainda de recursos audiovisuais para 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos todas as escolas de maneira igual e irrestrita, foram sugeridas e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico alternativas de utilização de tecnologias digitais de informação e (incluindo o digital), como também as relações que se estabele- comunicação para a disseminação de conteúdo científico. Ainda cem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, assim, a obra visa trabalhar a questão dialógica entre ciência e buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com tecnologia, destacando suas interdependências e o papel do base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. avanço tecnológico para a melhoria de vida das pessoas. Durante a elaboração da obra, foram pensadas formas de não 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, fazer com que os estudantes se prendessem exclusivamente ao compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se res- livro, procurando incentivar a leitura de outras fontes seguras peitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos para investigar conceitos e fenômenos. Com a diversificação dos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 6 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 322. MANUAL DO PROFESSOR IX

Aspectos ligados à saúde individual e coletiva são tratados • compreender que a ciência não é um conjunto de conheci- na obra, sobretudo nas unidades correlacionadas à unidade te- mentos definitivamente estabelecidos, mas que é uma cons- mática da BNCC “Vida e evolução”. A obra destaca a importância trução coletiva que se modifica ao longo do tempo, buscando de campanhas do Ministério da Saúde para conscientização da sempre a correção e o aprimoramento; população acerca da importância das vacinas, do uso de preser- vativos e da preservação do meio ambiente. Portanto, a coleção • compreender os conceitos científicos básicos, relacionando não se atém apenas aos aspectos individuais da saúde, mas o que aprende na escola com o cotidiano, sua saúde, o am- também aos aspectos coletivos. biente, a sociedade e as tecnologias. Ou seja, o ensino deve ser contextualizado, fazendo com que a aprendizagem tenha 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, respon- significado e seja relevante para o estudante; sabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões • desenvolver o pensamento lógico e o espírito crítico para frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a identificar e resolver problemas, formulando perguntas e respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios hipóteses, aplicando os conceitos científicos a situações éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. variadas, testando, debatendo e redigindo explicações para os fenômenos naturais, comunicando suas conclusões aos Em relação a esta competência, a obra visa o ensino-aprendi- colegas para que elas sejam debatidas com todos; zagem de forma variada, evitando a mera reprodução de objetos de ensino, estimulando a participação em trabalhos coletivos e a • relacionar o conhecimento científico com o desenvolvimento colaboração e cooperação entre os estudantes na realização de da tecnologia e as mudanças na sociedade, entendendo que experimentos e testes de hipóteses. Para este fim, a obra utiliza esse conhecimento é uma parte da cultura e está ligado aos como base os princípios: éticos, democráticos, sustentáveis e so- fatores políticos, sociais e econômicos de cada época e que lidários. Portanto, em todos os volumes da coleção, no conjunto do suas aplicações podem servir a interesses diversos; texto, atividades e outras seções, houve uma preocupação no de- senvolvimento das competências prescritas pela BNCC, elevando • identificar as relações e a interdependência entre todos os se- a obra a um patamar integrador, ideal para o estudo das Ciências. res vivos — incluindo a espécie humana — e os demais elemen- tos do ambiente, avaliando como o equilíbrio dessas relações Já é consenso que ensinar Ciências não é apenas descre- é importante para a continuidade da vida em nosso planeta; ver fatos ou definir conceitos; por isso, sempre que possível buscou-se relacionar os conteúdos das unidades temáticas da • aplicar os conhecimentos construídos de forma responsável BNCC com situações do cotidiano do estudante, por meio de si- e contribuir para a melhoria das condições ambientais, da tuações contextualizadas. Dessa forma, esta coleção pretende saúde e das condições gerais de vida de toda a sociedade; possibilitar ao estudante: conhecer melhor o próprio corpo e valorizar os hábitos e as atitudes que contribuam para a saúde individual e coletiva. 4 Material Digital do Professor sentados três planos. O objetivo desse material é explicitar as O Material Digital do Professor, disponível na plataforma Plurall, habilidades e os objetos de conhecimento a serem trabalhados complementa o material impresso, fornecendo subsídios para que em cada bimestre ou trimestre. Os planos de desenvolvimento o professor possa organizar e enriquecer seu trabalho, contribuin- também sugerem práticas de sala de aula que propiciam o desen- do para sua contínua atualização. volvimento das competências gerais da BNCC e das competências específicas relacionadas às Ciências da Natureza. Nesse material são apresentadas sugestões a respeito do planejamento e desenvolvimento das aulas. Cada Plano de Desenvolvimento é acompanhado por um Pro- jeto Integrador, que tem como objetivo apresentar propostas de O Material Digital do Professor é composto de: projetos interdisciplinares, integrando objetos de conhecimento e • orientações gerais para o ano letivo; habilidades de pelo menos dois componentes curriculares, favore- • orientações para a gestão da sala de aula; cendo assim o desenvolvimento das competências gerais da BNCC. • Planos de Desenvolvimento; • Sequências Didáticas; Pensando no monitoramento das aprendizagens dos estudan- • Proposta de Acompanhamento da Aprendizagem; tes, é fornecida uma Proposta de Acompanhamento da Aprendi- • material audiovisual; zagem, trimestral ou bimestral, composta de avaliação, gabarito • proposta de Projetos Integradores para o trabalho com os e ficha de acompanhamento das aprendizagens do estudante. diferentes componentes curriculares. Para complementação do Material Digital do Professor há suges- Os Planos de Desenvolvimento presentes no Material Digital do tões de Sequências Didáticas e de Audiovisuais. Nas orientações Professor foram elaborados respeitando os sistemas bimestral e específicas deste Manual do Professor, serão indicados, por meio de trimestral de ensino adotados pelas escolas. No caso do sistema um ícone de Material Digital (apresentado no Conheça seu livro, na bimestral de ensino, há quatro Planos de Desenvolvimento, um reprodução das páginas iniciais do Livro do Estudante), as Sequên- para cada bimestre, enquanto no sistema trimestral são apre- cias Didáticas e os Audiovisuais associados aos temas estudados. X MANUAL DO PROFESSOR

5 Uma palavra a mais com o professor Sabe-se hoje que o estudante constrói ativamente seu conhe- cionando experiências apropriadas com base no conhecimento cimento com base em um saber prévio que ele traz para a escola. prévio do estudante e mostrando a importância do conhecimento Por isso esse conhecimento é fundamental para a aprendizagem científico para a explicação de um conjunto de fenômenos ligados de novos conceitos. Como sintetizou David Ausubel (1918-2008), às experiências apresentadas. Dessa forma, o professor vai es- psicólogo ligado à área de aprendizagem, “o fator isolado mais timular o estudante a construir novos significados e conceitos. importante capaz de influenciar a aprendizagem é aquilo que o sujeito já sabe”7. Na década de 1960, Ausubel já se opunha Nessa concepção de aprendizagem, o professor não tem ape- à aprendizagem mecânica ou repetitiva, em que o estudante nas a tarefa de apresentar informações ao estudante — mesmo apenas decora conceitos para a prova e logo os esquece. Para porque a simples apresentação de informações não garante que Ausubel a aprendizagem é significativa quando um novo conteú- estas sejam apreendidas pelo estudante. Ele deve encorajar o do tem uma conexão com o conhecimento prévio do estudante, debate estimulando o estudante a apresentar seus pontos de passando assim a ter um significado para ele. vista e a avaliar sua concepção sobre o fenômeno abordado. Cabe ao professor procurar integrar concepções diferentes, mas Os trabalhos de Jean Piaget (1896-1980), psicólogo da área conciliáveis, e apresentar aos estudantes problemas que con- de aprendizagem, mostraram que o conhecimento é construído frontem as concepções trazidas por eles. com base na interação pessoal com o mundo. E, em certos casos, é necessário que ocorram mudanças profundas nas estruturas Conforme orienta o texto da BNCC10: mentais para que certos conteúdos sejam apreendidos8. […] é imprescindível que eles [os estudantes] sejam progressi- Finalmente, o russo Lev Vygotsky (1896-1934) demonstrou vamente estimulados e apoiados no planejamento e na realização que a aprendizagem é fortemente influenciada pela interação cooperativa de atividades investigativas, bem como no compar- entre o estudante e os outros membros da comunidade9. tilhamento dos resultados dessas investigações. Isso não significa realizar atividades seguindo, necessariamente, um conjunto de Em síntese, esses e outros trabalhos mostram que a apren- etapas predefinidas, tampouco se restringir à mera manipulação dizagem depende de conhecimentos prévios trazidos pelo estu- de objetos ou realização de experimentos em laboratório. […] dante ao ambiente em que se dá o ensino, e que esses conheci- mentos organizam e dão significado às novas informações. Em Para que a aprendizagem aconteça, o professor deve também outras palavras, as ideias e as crenças que o estudante traz para estabelecer uma conexão entre o conceito científico (abstrato) a escola terão uma forte influência na interpretação daquilo que e as experiências do cotidiano vividas pelo estudante (concreto) lhe é ensinado, isto é, na construção de significados. para apoiar o ensino de novos conceitos com base em conceitos previamente assimilados11. Em alguns casos, os conceitos prévios do estudante sobre determinado fenômeno são bastante diferentes dos conceitos Deve ainda estimular a aplicação dos novos conceitos a si- científicos, e isso pode dificultar a aprendizagem. Nesse caso, tuações variadas. Pode, por exemplo, apresentar essas novas o professor pode facilitar o processo de aprendizagem, sele- situações e promover debates livres entre os estudantes para que eles exponham suas ideias e tenham suas dúvidas esclarecidas12. 7 AUSUBEL, D. P. Educational Psychology: a Cognitive View. New York: Holt, Rinehart; Winston, 1968. p. VI. Além do livro mencionado nesta referência, as ideias de Ausubel encontram-se também em: NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. 8 As ideias de Piaget podem ser encontradas em: BECKER, F. O caminho da aprendizagem em Jean Piaget e Paulo Freire: da ação à operação. Petrópolis: Vozes, 2010. CASTORINA, J. A.; FERREIRO, E.; LERNER, D.; OLIVEIRA, M. K. Piaget e Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1995. FREITAG, B. (Org.). Piaget: 100 anos. São Paulo: Cortez, 1997. GARCIA, R. Psicogênese e história das ciências. Lisboa: D. Quixote, 1987. GOULART, I. B. Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor. 25. ed. Petrópolis: Vozes, 2009. LEITE, L. B. Piaget e a escola de Genebra. São Paulo: Cortez, 1987. PIAGET, J. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar/MEC, 1975. ______. A epistemologia genética. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Os pensadores). ______. A equilibração das estruturas cognitivas. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. 9 As ideias de Vygotsky encontram-se em: BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 1998. CASTORINA, J. A.; FERREIRO, E.; LERNER, D.; OLIVEIRA, M. K. op. cit. DANIELS, H. (Org.). Vygotsky em foco: pressupostos e desdobramentos. 2. ed. Campinas: Papirus, 1995. MOLL, L. C. Vygotsky e a educação: implicações pedagógicas da Psicologia sócio-histórica. Porto Alegre: Artmed, 1996. OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997. VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. ______. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 10 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 320. 11 Essa ideia está presente em Ausubel e pode ser encontrada em vários trabalhos do autor, op. cit. 12 HASHWEH, M. Z. Toward an Explanation of Conceptual Change. European Journal of Science Education, 1986, 8 (3). p. 229-249. MANUAL DO PROFESSOR XI

Essas afirmações corroboram com o texto da BNCC13, que leitura desses textos, o professor promova a mediação de debate considera que entre os estudantes e a reflexão sobre o assunto. Essa estratégia é fundamental para ampliar os conhecimentos dos estudantes e [...] Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natureza, por possibilitar conexões com outras áreas do conhecimento e com o meio de um olhar articulado de diversos campos do saber, mundo do trabalho. Especialmente durante as atividades de leitura, precisa assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso o uso do dicionário deve ser incentivado. E o professor pode também à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo circular entre os grupos para ajudar os estudantes nesse trabalho. da história, bem como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedimentos da investigação científica. […] Recomenda-se que o livro didático seja combinado com es- tratégias que ajudem o estudante a construir o significado dos De modo geral, essas são as concepções básicas da cha- conceitos científicos. Dependendo dos recursos de cada escola, mada abordagem construtivista, que compreende um conjun- o professor pode valer-se de mídias impressas, como jornais, to de ideias que tem influenciado bastante a teoria e a prática revistas, livros, e de mídias digitais, por exemplo, pen drives, pedagógica atual. A literatura sobre o tema é muito ampla, por aplicativos, programas eletrônicos educativos ou acessar sites isso fornecemos adiante, na seção Sugestões de leitura para o relacionados ao tema ciência e tecnologia, além de promover professor, uma pequena seleção de livros e artigos que tratam a realização de atividades experimentais e de observação em dessa proposta. laboratório e de outras atividades que envolvam a participação ativa do estudante, como estudo do meio. O que se espera é que o professor analise criticamente a ideia da transmissão passiva de conhecimentos e perceba a Não menos importante é a própria exposição de temas em necessidade de propor questões que funcionem como desafios, sala de aula, que pode lançar desafios e incentivar o estudante estimulem o estudante a aplicar o conhecimento a situações a refletir sobre suas concepções e, com isso, desencadear per- novas e promovam a contextualização dos conteúdos. guntas relacionadas com os temas em estudo. Uma maneira de promover essa exposição dos temas é solicitar aos estudan- Em seu trabalho, o professor se vale dos saberes do com- tes que leiam uma reportagem de jornal ou revista ou um livro ponente curricular que ministra, dos saberes pedagógicos de paradidático, que assistam a um filme ou pesquisem um tema sua formação profissional e dos saberes de sua experiência, específico na internet, e, depois, em grupo, debatam o que com- adquiridos no trabalho cotidiano, durante o processo de ensi- preenderam do assunto e anotem suas dúvidas e comentários. no-aprendizagem. Entre os saberes esperados na formação do Por fim, em grupo, os estudantes podem preparar uma apre- professor de Ciências, portanto, estão não apenas os conteúdos sentação e compartilhar as informações obtidas e as dúvidas de seu componente curricular (conceitos, procedimentos e ati- levantadas com os colegas por meio de um seminário. Como tudes), mas também as principais estratégias metodológicas complemento a essa atividade de exposição, o professor pode para a facilitação da aprendizagem. sugerir aos estudantes que, em grupo, debatam entre si e expo- nham o que compreenderam sobre o tema, aproveitando para O professor deve compreender e trabalhar as interações en- apresentar também suas questões e dúvidas. Recomenda-se tre ciência e sociedade, assumindo uma postura ética com o que, antes de indicar qualquer material ou fonte de pesquisa aos compromisso de fortalecer, no estudante, a ideia de cidadania. seus estudantes, o professor certifique-se que ele é adequado à Deve também estar sempre disposto a aprender algo novo; sele- faixa etária e/ou ao nível cognitivo dos estudantes. cionar e adequar os conteúdos à especificidade do processo de ensino-aprendizagem; conhecer as novas tecnologias utilizadas Programações educativas, como a da TV Escola (canal de em educação; levar em conta o saber de seus estudantes e pre- televisão do Ministério da Educação), também podem ajudar pará-los para a apreensão do conhecimento científico. o professor em seu trabalho. Para saber mais sobre a TV Esco- la (onde assistir, programação, etc.), pode-se acessar o site: O livro didático e outros recursos <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content& view=article&id=12336&Itemid=823> (acesso em: 1o fev. Como já foi dito anteriormente, o livro didático não é o úni- 2019). Uma lista de vídeos na área de Ciências da Natureza co recurso disponível para o professor, mas, sim, um entre os está disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/ diferentes meios de aprendizagem no processo de construção pdf/ciencias.pdf> (acesso em: 1o fev. 2019). do conhecimento, o qual ocorre por meio da interação entre es- tudantes e professores. O livro didático é um dos recursos que Antes de apresentar para os estudantes materiais que ex- pode facilitar a aprendizagem do estudante, aumentando, por trapolam o que foi recomendado pela coleção, é recomendável exemplo, a compreensão do estudante acerca de um conceito. que verifique a adequação do conteúdo à faixa etária e ao nível Para isso, é fundamental que o professor se familiarize com a cognitivo dos estudantes, e anote os temas e as possíveis ques- estrutura da obra, de modo a orientar os estudantes a explorá-la tões que podem ser debatidas e relacionadas com o conteúdo de maneira a ampliar seus conhecimentos. do componente curricular e do livro didático. Procure também, sempre que possível e relevante, pesquisar informações comple- Por exemplo, as seções Conexões: Ciência e História ou Conexões: Ciência e ambiente apresentam textos sobre temas relevantes re- lacionados aos conceitos em estudo. Recomenda-se que, após a 13 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 319. XII MANUAL DO PROFESSOR

mentares sobre o tópico em livros ou na internet e compartilhe Pode também estimular o estudante a elaborar perguntas a partir essas informações com os estudantes. das ideias básicas do texto. Entre as questões indicadas nas atividades, pode selecionar aquelas que forem relevantes para A internet é uma ferramenta valiosa para a pesquisa, tanto do a especificidade das condições de ensino-aprendizagem. professor quanto do estudante. Porém, é preciso verificar, com antecedência, se o computador, tablet ou smartphone possuem Estratégias de utilização do livro didático condições de acesso e se há programas de proteção e controle de acesso a sites com conteúdos inadequados para os estudantes. Algumas pesquisas indicam que, usado isoladamente, o livro Certifique-se se os estudantes já dominam os procedimentos bá- didático não tem o poder de modificar concepções que diferem sicos de uso do equipamento e, se for o caso, passe as instruções muito das concepções científicas14. No entanto, tais pesquisas básicas e alerte-os sobre os cuidados ao manusear a máquina, mostram que o livro didático pode ajudar nesse processo se for considerando que é um bem comum da escola. Deve-se considerar utilizado com estratégias que promovam a mudança dos con- a possibilidade de dispersão dos estudantes diante do grande volu- ceitos prévios ou se for combinado com formas de leitura que me de sites e informações disponíveis. Para evitar isso, e também auxiliem o estudante a construir conceitos com base no texto15. para direcioná-los a conteúdos mais confiáveis, oriente-os a dar Desse modo, recomenda-se que, antes de iniciar o uso desta preferência a sites com maior credibilidade e confiabilidade, como coleção, o professor estabeleça um plano de desenvolvimento os .edu, .gov e .org. Em outros tipos de sites, como os de grandes que considere os assuntos abordados no capítulo, bem como veículos de notícias, ou em plataformas de vídeos, convém habi- as atividades desenvolvedoras de habilidades e de verificação litar nos navegadores, sempre que possível, uma ferramenta de da aprendizagem que devem ser utilizadas ao longo das expli- bloqueio de propagandas e/ou de conteúdo adulto. cações e leituras. Ao solicitar um tema de pesquisa, o professor deve dar informa- A partir desse plano de desenvolvimento, ao iniciar a aula, o ções claras sobre os objetivos e de que forma ela será apresenta- professor pode apresentar o tema trabalhado nas unidades por da. Sugere-se que oriente os procedimentos de busca na internet, meio do trabalho com as perguntas mobilizadores que abrem por exemplo, usando palavras-chave ou questões específicas e cada unidade. Depois de trabalhar essas perguntas de maneira sempre que possível acompanhe a busca dos estudantes, aju- coletiva ou individualizada, o trabalho com os capítulos pode dando-os a identificar o material relevante para compor a base se iniciar por meio das propostas no boxe Para começar. Como da pesquisa. Os estudantes poderão apresentar o resultado da alternativa, cada professor pode avaliar as necessidades de sua pesquisa em forma de relatório, redigindo, com as próprias pala- turma, trabalhando a partir de uma notícia de jornal ou revista, vras, os conteúdos consultados. Oriente-os a anotar o nome dos um filme, textos de outros livros, experimentos de laboratório — sites consultados e citar as instituições responsáveis por esses o que for possível e pertinente ao tema que será exposto naquela sites como fonte bibliográfica. Eles também deverão apresentar aula. A intenção é despertar o interesse do estudante sobre o as fontes de onde foram obtidas imagens, dando o devido crédito. assunto e avaliar seu conhecimento prévio. Deve-se deixar claro que o livro, assim como qualquer outro É importante conhecer as opiniões dos estudantes sobre texto didático que seja utilizado, é uma fonte de consulta, e não as questões propostas. Quando a concepção dos estudantes de memorização. O fato de os livros apresentarem termos espe- for muito diferente da concepção científica, cabe ao professor cíficos de cada área não significa que se deva exigir dos estu- levá-los a perceber que, embora o conhecimento prévio tenha dantes a memorização de todos esses termos científicos. Muito papel importante em certos contextos práticos, as concepções mais importante é trabalhar os conceitos fundamentais que se científicas são valiosas em outros contextos e contribuem para a encontram no livro e enfatizar as ideias básicas, de caráter mais explicação de novos fenômenos16. Para isso, o professor poderá geral, que devem ter primazia sobre os conteúdos específicos. apresentar indícios ou evidências, geralmente experimentais, O professor pode apontar as ideias e os conceitos que conside- que não podem ser explicadas adequadamente pela concepção rar relevantes, pedir ao estudante que faça um resumo orien- do estudante, e mostrar-lhe que a concepção científica, além tado do texto utilizando esses conceitos, ou seja, que crie um de elucidar esses dados, aplica-se a fatos novos e estabelece texto que preserve o significado das ideias básicas estudadas. novas relações entre fenômenos17. 14 GUZZETTI, B.; SNYDER, T.; GLASS, G.; GAMAS, W. Promoting Conceptual Change in Science: a Comparative Meta-analysis of Instructional Interventions from Reading Education and Science Education. Reading Research Quaterly, 28(2), 1993. p. 117-155. 15 Essas estratégias encontram-se em: DOLE, J.; DUFFY, G.; ROEHLER, L.; PEARSON, P. Moving from the Old to the New: Research on Reading Comprehension Instruction. Review of Educational Research, 61(2), 1991. p. 239-264. 16 As diferenças entre o conhecimento cotidiano e o conhecimento científico estão explicadas em: BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998. 17 A estratégia de apresentar fenômenos que não podem ser explicados adequadamente pela concepção do estudante faz parte da chamada teoria da aprendizagem por mudança conceitual e é discutida em: CHINN C. A.; BREWER, W. F. The Role of Anomalous Data in Knowledge Acquisition: a Theoretical Frame Work and Implications for Science Instruction. Review of Educational Research, 63, 1993. p. 1-49. HEWSON, P. W.; HEWSON, M. G. The Status of Students’ Conceptions. In: DUIT, R. F.; NIEDDERER, H., eds. Research in Physics Learning: Theoretical Issues and Empirical Studies. Kiel: Institute for Science Education at the University of Kiel, 1992. p. 59-73. POSNER, G.; STRIKE, K.; HEWSON, P.; GERZOG, W. Accommodation of a Scientific Conception: to Ward a Theory of Conceptual Change. Science Education, 66, 1982. p. 211-227. MANUAL DO PROFESSOR XIII

Alguns autores acreditam que os conceitos prévios dos es- • se ajudar o estudante a desenvolver uma atitude responsá- tudantes não devem necessariamente ser abandonados ou vel, de modo que ele possa contribuir para a melhoria das substituídos pelos conceitos científicos. Explicações científicas condições gerais de vida (condições sociais, ambientais e e cotidianas poderiam coexistir no estudante e ser utilizadas em de saúde) de toda a sociedade. contextos diferentes. Nesse caso, cabe ao professor identificar os conceitos prévios e ajudar o estudante a compreender o co- Na abordagem dos principais temas de cada capítulo, serão nhecimento científico, possibilitando que o estudante escolha a indicados textos, questões e atividades que contribuam para concepção apropriada para cada caso. Desse modo, o estudante que esses objetivos sejam atingidos. Recomenda-se que, sem- pode utilizar cada concepção no contexto adequado. pre que possível, o professor reserve momentos de retomadas dos conteúdos relevantes e, antes de iniciar a aula, certifi- Não se pode esquecer de que a aprendizagem não depende que-se de que não restam dúvidas referentes aos conteúdos apenas de fatores cognitivos, mas também de diversos com- abordados nas aulas anteriores. ponentes afetivos e socioculturais que precisam ser levados em conta ao explanar sobre os temas dos capítulos. Por isso é Recursos do Manual do Professor importante estimular atividades em grupo e debates entre os próprios estudantes, e entre eles e você, professor. É preciso Para auxiliar o trabalho do professor com o livro didático, o também estimular os estudantes a expressar suas concepções Manual do Professor desta coleção apresenta orientações espe- em um clima de respeito a suas ideias — mesmo quando elas cíficas, página a página, que acompanham o Livro do Estudante não coincidem com as concepções científicas. para auxiliar o trabalho em sala de aula. Esta coleção apresenta inúmeras atividades que despertam a As Orientações didáticas trazem maneiras de conduzir curiosidade do estudante e o estimulam a aplicar os conceitos cien- alguns assuntos, sugestões de analogias, perguntas de veri- tíficos a novas situações, tanto individuais como coletivas. Entre- ficação de conhecimentos prévios dos estudantes e pontos tanto, deve-se considerar que o desenvolvimento das habilidades importantes que podem ser levantados no trabalho com de- não ocorre exclusivamente por meio das atividades propostas no terminados assuntos ou imagens. Além disso, as orientações Livro do Estudante. Elas também são contempladas por propostas evidenciam os momentos que permitem o trabalho direto com didáticas realizadas em ambientes externos à sala de aula ou em as habilidades da BNCC e com as competências gerais e espe- laboratório, entrevistas, teatro, músicas, etc. Dessa forma, se achar cíficas de Ciências da Natureza. oportuno, considere diversificar as estratégias e as atividades. As sugestões de outras fontes de informação estão presen- Embora esta coleção apresente um conteúdo amplo, completo tes nas seções Mundo virtual (referências digitais), Minha bi- e atualizado, o professor tem total autonomia para aprofundar ou blioteca (referências de livros), Na tela (referências de filmes) e reduzir conteúdos ou mesmo para deixar de trabalhar informações Texto complementar (citação de trechos adicionais que permitem e conferir maior ou menor importância a determinado capítulo ou o aprofundamento de alguns temas). tópico de capítulo, adaptando o conhecimento apresentado no livro ao currículo e à proposta pedagógica da escola. Além disso, Ao longo dos capítulos trazemos sugestões de Atividades cabe ao professor definir como o conteúdo será ensinado e avaliar complementares para facilitar a compreensão de alguns concei- a relevância de tais conteúdos para a vida dos estudantes e para tos, sistematizar o conhecimento ou ainda verificar a aprendiza- a continuidade de sua trajetória escolar. As informações sobre os gem. Essas atividades são adicionais às atividades propostas no conhecimentos mais específicos que o professor considerar pouco final de cada capítulo, cujas Respostas e orientações didáticas relevantes, como detalhes anatômicos ou fisiológicos, podem ser encontram-se no Manual junto a essas páginas. sugeridas ao estudante como tópico complementar de estudo e pesquisa. Assim, o professor escolhe os recursos complementares Também incorporamos recados de Atenção em atividades, e implementa a proposta didático-pedagógica de acordo com sua para destacar situações de perigo, e ao longo dos capítulos, para turma e com os objetivos traçados para o ano letivo. destacar aspectos importantes sobre o conteúdo. É importante salientar que o livro didático pode facilitar a Ao longo do volume, são apresentados boxes com as com- aprendizagem: petências socioemocionais. Estas competências estão ligadas ao autoconhecimento e à forma como nos relacionamos com • se apresentar questões que motivem o estudante e o es- outras pessoas e com o mundo ao nosso redor. No âmbito desta timulem a formular hipóteses e a aplicar o que aprendeu a coleção, foram trabalhadas cinco dimensões (Autoconhecimen- situações novas; to, Autorregulação, Percepção social, Relacionamento e Tomada de decisão responsável), cuja descrição completa encontra-se • se fizer, com cuidado, comparações que facilitem a aprendi- no Material Digital do Professor. O trabalho com as competências zagem de conceitos científicos; socioemocionais ocorre em diversos momentos da coleção, com destaque para as competências gerais da BNCC 8 (tomada • se relacionar explicações científicas a fenômenos do cotidiano de decisão responsável), 9 (percepção social e relacionamen- do estudante e a temas da saúde, do ambiente e da tecnologia; to) e 10 (autoconhecimento e autorregulação) e de maneira aprofundada em alguns momentos, indicados pelo ícone cor- • se estimular o estudante a pesquisar — individualmente e respondente. Sugerimos que amplie este trabalho sempre que em grupo — as informações pertinentes em diversas fontes; julgar pertinente. XIV MANUAL DO PROFESSOR

A organização dos volumes Cada volume está dividido em unidades, que se subdividem em capítulos. Em cada capítulo, os assuntos são agrupados em subtí- tulos. No início da unidade, as questões propostas abordam de forma abrangente alguns dos assuntos que serão desenvolvidos nos capítulos dessa unidade, com base nas vivências do estudante, como forma de aproximá-lo do conteúdo que será abordado. Se achar oportuno, leia com os estudantes essas questões e faça a mediação desse debate identificando os conhecimentos prévios do estudante sobre cada um dos assuntos. Espera-se que a partir dessa interação entre os estudantes ocorra o processo conhecido como aprendizagem significativa, no qual novas informações interagem com as ideias preestabelecidas do estudante, gerando um conflito cognitivo que resulta em organizar, alterar e adaptar o que sabem, levando em conta as novas informações adquiridas. Veja, a seguir, como as unidades estão distribuídas ao longo dos quatro volumes da coleção. 6o ano A unidade 1 do 6o ano, “O planeta Terra”, corresponde à unidade temática “Terra e Universo” da BNCC. Da mesma maneira, o capítulo 1 visa proporcionar ao estudante uma compreensão da estrutura, camadas do planeta Terra, recursos minerais e formação de fósseis. O capítulo 2 trata do solo, preparação para cultivo, nutrientes, conservação do solo. No capítulo 3, são estudadas a hidrosfera, as mudanças de estado físico e o ciclo da água, no capítulo 4, a atmosfera e a biosfera, introduzindo conceitos ecológicos e da biodiver- sidade. No capítulo 5, são introduzidos a forma e os movimentos do planeta Terra. A unidade 2 do 6o ano, “Vida: interação com o ambiente”, corresponde à unidade temática “Vida e evolução” da BNCC. No capítulo 6, há maior destaque para as características das células, seus elementos e a teoria celular. No capítulo 7, são destacados os níveis de organização dos seres vivos e o estudo de alguns sistemas. No capítulo 8, é destacado o sistema nervoso, neurônios e impulso nervoso, anatomia do sistema nervoso, cuidados com o sistema nervoso, estudo de substâncias psicoativas. No capítulo 9, há destaque para a interação entre o organismo e ambiente, sistema sensorial, visão, problemas da visão e lentes corretivas, audição e equilíbrio, olfato, gustação e tato. No capítulo 10, é estudada a função de controle exercida pelo sistema nervoso central e são fornecidos exemplos de integração entre diversos sistemas do corpo que possibilitam a locomoção. Na unidade 3 do 6o ano, “A matéria e suas transformações”, existe uma correlação com a unidade temática “Matéria e energia” da BNCC. No capítulo 11, são tratadas as substâncias e misturas, identificação de substâncias puras, tipos de misturas, separação de componentes de misturas e transformações químicas. No capítulo 12, o enfoque é o tratamento de água e esgoto como técnicas de separação de misturas; e o capítulo 13 destaca os materiais sintéticos – plásticos, medicamentos e agrotóxicos – e resíduos sólidos, com ênfase no meio ambiente e no impacto sobre a saúde, a alimentação e a vida humana. No quadro a seguir são apresentados as unidades e os capítulos que compõem o 6o ano, bem como a unidade temática e o objeto do conhecimento da BNCC a que se referem. Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento 1 – A estrutura do planeta e a litosfera • Forma, estrutura e movimentos da Terra UNIDADE 1 2 – Litosfera: o solo • Forma, estrutura e movimentos da Terra O planeta Terra Terra e Universo 3 – Hidrosfera: água no planeta Terra • Forma, estrutura e movimentos da Terra • Forma, estrutura e movimentos da Terra 4 – A atmosfera e a biosfera 5 – Terra: uma esfera em movimento no espaço • Forma, estrutura e movimentos da Terra 6 – A célula • Célula como unidade da vida 7 – Os níveis de organização dos seres vivos • Célula como unidade da vida UNIDADE 2 Vida e evolução 8 – O sistema nervoso • Interação entre os sistemas locomotor e nervoso Vida: interação 9 – Interação do organismo com o ambiente • Lentes corretivas com o ambiente 10 – Interação entre os sistemas muscular, • Interação entre os sistemas locomotor e nervoso ósseo e nervoso MANUAL DO PROFESSOR XV

Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento UNIDADE 3 Matéria e energia 11 – Substâncias e misturas • Misturas homogêneas e heterogêneas 12 – Tratamento de água e esgoto • Separação de materiais A matéria e suas • Transformações químicas transformações • Misturas homogêneas e heterogêneas • Separação de materiais • Transformações químicas 13 – Materiais sintéticos e os resíduos sólidos • Materiais sintéticos 7o ano A unidade 1 do 7o ano, “Terra: Os movimentos da crosta e a atmosfera”, corresponde à unidade temática “Terra e Universo” da BNCC. Nesse sentido, a unidade procura expor, em seu capítulo 1, a formação de vulcões, o estudo das placas tectônicas e seus movimen- tos, formação dos continentes da Terra, formação das cadeias de montanhas, estudo de fenômenos naturais como os terremotos e tsunamis; já no capítulo 2, são estudados a composição e alterações da atmosfera, composição do ar, ciclo de gases da atmosfera e o processo de combustão, a camada de ozônio, seu papel e as consequências de sua destruição, o efeito estufa e o aquecimento global, o processo de poluição do ar pelas atividades humanas, e formas de prevenção contra a poluição. Na unidade 2 do 7o ano, “Ecossistemas, impactos ambientais e condições de saúde”, há correspondência com a unidade temática “Vida e evolução” da BNCC. Nessa unidade, mais especificamente no capítulo 3, são tratados os tipos de ecossistema, classificação dos seres vivos e biodiversidade, o efeito do clima nos ecossistemas, processos de extinção em massa, estudo dos ecossistemas brasileiros. No capítulo 4, são investigados a vida aquática, ecossistemas aquáticos e ameaças a esses ambientes. No capítulo 5, constam as condi- ções de saúde, indicadores sociais, alimentação saudável e dados demográficos de uma dada população. No capítulo 6, têm destaque as doenças transmissíveis, sistema de defesa do corpo, vacinas, doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e verminoses. A unidade 3 do 7o ano, “Máquinas, calor e novas tecnologias”, corresponde, em grande medida, à unidade temática “Matéria e ener- gia”. No capítulo 7, são trabalhadas as máquinas simples, alavancas, roldanas, força e trabalho e a história das máquinas simples. No capítulo 8, abordam-se transformações de energia, calor e temperatura, mudanças de estado físico da matéria, dilatação dos corpos, transmissão de calor, aplicações e funcionamento de objetos, como: garrafas térmicas, coletores de energia solar e geladeiras. No capítulo 9, são estudados combustíveis e máquinas térmicas, com ênfase no equilíbrio do planeta, tipos de combustíveis, máquinas a vapor, aspectos históricos da revolução industrial e de novas máquinas térmicas. No capítulo 10, o destaque é para as tecnologias relacionadas à saúde e à qualidade de vida das populações, debatendo avanços tecnológicos na produção de alimentos, na Medicina, na preservação do meio ambiente, na obtenção de informações e na comunicação entre as pessoas. Dessa forma, o capítulo 10 fecha o volume 7, retomando o trabalho com a unidade temática da BNCC “Vida e evolução”, com um caráter integrador entre as unidades. No quadro a seguir são apresentados as unidades e os capítulos que compõem o 7o ano, bem como a unidade temática e o objeto do conhecimento da BNCC a que se referem. Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento UNIDADE 1 1 – As placas tectônicas • Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) • Placas tectônicas e deriva continental Terra: Os movimentos Terra e Universo • Composição do ar da crosta e a 2 – A composição da atmosfera e suas alterações • Efeito estufa atmosfera • Camada de ozônio UNIDADE 2 3 – Ecossistemas terrestres • Diversidade de ecossistemas • Fenômenos naturais e impactos ambientais Ecossistemas, Vida e evolução 4 – O ambiente aquático e a região costeira • Diversidade de ecossistemas impactos 5 – Condições de saúde • Fenômenos naturais e impactos ambientais ambientais 6 – Doenças transmissíveis e condições • Programas e indicadores de saúde pública de saúde • Programas e indicadores de saúde pública XVI MANUAL DO PROFESSOR

Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento 7 – Máquinas simples • Máquinas simples UNIDADE 3 8 – O calor e suas aplicações • Formas de propagação de calor Máquinas, Matéria e energia / 9 – Combustíveis e máquinas térmicas • Equilíbrio termodinâmico e vida na Terra calor e novas Vida e evolução • História dos combustíveis e das máquinas térmicas tecnologias • História dos combustíveis e das máquinas térmicas 10 – Tecnologias e novos materiais (Matéria e energia) • Fenômenos naturais e impactos ambientais (Vida e evolução) • Programas e indicadores de saúde pública (Vida e evolução) 8o ano A unidade 1 do 8o ano, “Reprodução”, tem correspondência com a unidade temática “Vida e evolução” da BNCC. No capítulo 1, é dado destaque para tipos de reprodução, desenvolvimento do embrião e reprodução de animais e plantas. No capítulo 2, são investigadas a reprodução humana e as transformações do corpo durante a puberdade, estudo dos órgãos genitais masculino e feminino, ciclo reprodutivo, gravidez, cuidados parentais. Na sequência desse tema, o capítulo 3 aborda a sexualidade e mé- todos contraceptivos; enquanto o capítulo 4 trata das infecções sexualmente transmissíveis, métodos de prevenção, sintomas e tratamentos. Na unidade 2 do 8o ano, “A Terra e o clima”, há correspondência com a unidade temática “Terra e Universo” da BNCC, sendo destacados no capítulo 5 a Terra e o clima: movimentos relativos entre Sol, Terra e Lua, estações do ano e eclipses. Em segui- da, no capítulo 6 são abordados tempo e clima, previsão do tempo, movimento das massas de ar, umidade, ventos e correntes oceânicas. Na unidade 3 do 8o ano, “Eletricidade e fontes de energia”, há correspondência, em grande parte, com a unidade temática “Matéria e energia” da BNCC. No capítulo 7 são estudados eletricidade e fontes de energia, cargas elétricas, condutores e isolantes elétricos, correntes, circuitos elétricos, cuidados nas instalações elétricas. Já o capítulo 8 trata das relações de consumo da eletricidade, cálculo do consumo de energia, ações cidadãs para economizar energia, magnetismo e eletromagnetismo. O capítulo 9, último deste volume, trata das fontes de energia e impactos socioambientais (inclusive no clima), distribuição de energia, recursos energéticos renováveis e não renováveis, geração de energia elétrica, tipos de energia, impactos ambientais. Essa última unidade aproveita o desenvolvi- mento dos conceitos de matéria e energia para concluir o trabalho com a unidade temática “Terra e Universo” da BNCC, integrando os conhecimentos de matéria, energia e clima. No quadro a seguir são apresentados as unidades e os capítulos que compõem o 8o ano, bem como a unidade temática e o objeto do conhecimento da BNCC a que se referem. Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento 1 – Tipos de reprodução • Mecanismos reprodutivos UNIDADE 1 2 – Reprodução humana e transformações na • Sexualidade Reprodução puberdade Vida e evolução 3 – Sexualidade e métodos contraceptivos • Sexualidade 4 – Infecções sexualmente transmissíveis • Sexualidade UNIDADE 2 Terra e Universo 5 – Movimentos da Terra e da Lua • Sistema Sol, Terra e Lua A Terra e o clima 6 – O tempo e o clima • Clima MANUAL DO PROFESSOR XVII

Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento UNIDADE 3 7 – Eletricidade • Transformação de energia • Cálculo de consumo de energia elétrica Eletricidade Matéria e energia / 8 – Eletricidade e consumo • Circuitos elétricos e fontes Terra e Universo • Uso consciente de energia elétrica de energia 9 – Fontes de energia e impactos • Uso consciente de energia elétrica socioambientais • Fontes e tipos de energia (Matéria e energia) • Uso consciente de energia elétrica (Matéria e energia) • Transformação de energia (Matéria e energia) • Clima (Terra e Universo) 9o ano A unidade 1 do 9o ano, “Genética, evolução e biodiversidade”, tem correspondência com a unidade temática “Vida e evolução” da BNCC. Nos capítulos 1 e 2, são estudados a transmissão das características hereditárias, trabalhos de Mendel, genes e características fenotípicas. Em seguida, o capítulo 3 trata das teorias evolucionistas e os trabalhos de Charles Darwin. No capítulo 4 são estudados aspectos mais recentes sobre a teoria da evolução, debatendo a variabilidade genética, seleção natural, geração de espécies, evo- lução humana e origem da vida sob a óptica dos conhecimentos atuais. No capítulo 5, o enfoque é biodiversidade e sustentabilidade, unidades de conservação e importância da biodiversidade. A unidade 2 do 9o ano, “Transformações da matéria e radiações”, tem correspondência com a unidade temática “Matéria e energia” da BNCC. No capítulo 6, são estudados átomos, elementos químicos, tabela periódica, metais e não metais. No capítulo 7, há enfoque nas ligações químicas e mudança de estado da matéria, tipos de ligações químicas, substâncias simples e compostas e estados físi- cos da matéria. No capítulo 8, são analisados transformações químicas, modos de representação, leis das reações químicas, tipos de reações, ácidos, bases, sais e óxidos. O capítulo 9 trata das radiações e suas aplicações, características das ondas, ondas sonoras, radiações eletromagnéticas, laser, transmissão e recepção de imagens e sons. Já o capítulo 10 trata de luz e cores, reflexão, refração e separação das cores. A unidade 3 do 9o ano, “Galáxias, estrelas e o Sistema Solar”, tem correspondência com a unidade temática “Terra e Universo” da BNCC. Da mesma forma, em seu capítulo 11 a unidade trata das galáxias e estrelas, constelações, origem do Universo, exploração do espaço. No capítulo 12, há o estudo do Sistema Solar, movimentos dos planetas, estrutura do Sistema Solar, composição dos planetas, corpos menores do Sistema Solar e a investigação sobre a possibilidade da vida fora do planeta Terra. No quadro a seguir são apresentados as unidades e os capítulos que compõem o 9o ano, bem como a unidade temática e o objeto do conhecimento da BNCC a que se referem. Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento 1 – Transmissão das características hereditárias • Hereditariedade UNIDADE 1 2 – A genética depois de Mendel • Hereditariedade Genética, Vida e evolução 3 – As primeiras ideias evolucionistas • Ideias evolucionistas evolução e biodiversidade • Ideias evolucionistas 4 – Evolução: da origem da vida às espécies atuais • Preservação da biodiversidade 5 – Biodiversidade e sustentabilidade • Preservação da biodiversidade 6 – Átomos e elementos químicos • Estrutura da matéria UNIDADE 2 7 – Ligações químicas e mudanças de estado • Estrutura da matéria Transformações Matéria e energia 8 – Transformações químicas • Aspectos quantitativos das transformações químicas da matéria e 9 – Radiações e suas aplicações • Radiações e suas aplicações na saúde radiações 10 – Luz e cores • Radiações e suas aplicações na saúde XVIII MANUAL DO PROFESSOR

Unidade Unidade temática Capítulos Objetos do conhecimento UNIDADE 3 11 – Galáxias e estrelas • Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Terra e Universo Universo Galáxias, estrelas e o 12 – O Sistema Solar • Astronomia e cultura Sistema Solar • Evolução estelar • Ordem de grandeza astronômica • Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Universo • Astronomia e cultura • Evolução estelar • Ordem de grandeza astronômica As competências e habilidades da BNCC na coleção É importante destacar que, embora haja pequenas variações entre a ordem de aparição de temas da BNCC e a estrutura da coleção, não há qualquer perda de conteúdos vislumbrados nas habilidades da base. Ao contrário, a coleção procura trabalhar com a explicação de conceitos prévios necessários, interligando os temas com maior fluidez e, sempre que possível, integrando as diferentes unidades temáticas. No 6o ano, por exemplo, vamos além do estudo das camadas da Terra, debatendo recursos naturais renováveis e não reno- váveis e outros conceitos, como as propriedades do ar, que serão fundamentais para que o estudante compreenda as habilidades que serão trabalhadas nos próximos anos do Ensino Fundamental. A seguir, comentamos as situações, devidamente justificadas, em que trabalhamos algumas habilidades em unidades distintas das unidades temáticas da BNCC. No 7o ano, a habilidade EF07CI11 está presente na unidade “Máquinas, calor e novas tecnologias”. Isso foi feito porque entendeu- -se necessário trabalhar as tecnologias de forma integrada com o estudo das máquinas, mas sem deixar de levar em conta o uso de tecnologias no estudo do meio ambiente. No 8o ano, a habilidade EF08CI16 é trabalhada na unidade “Eletricidade e fontes de energia”. Como a habilidade trata de equilíbrio ambiental e efeitos nas condições climáticas, mediante ações humanas, optamos por abordar a habilidade em conjunto com ações cidadãs que economizem a energia e o consumo de mercadorias. Nosso objetivo, mais uma vez, é incorporar as diferentes unidades temáticas, além de investigar os temas de modo amplo, com interdisciplinaridade, para despertar o espírito crítico e investigativo nos estudantes. Todos os capítulos trabalham as habilidades propostas pela BNCC, além de outros conteúdos que servirão de base para os trabalhos realizados posteriormente e para aprofundar certos conteúdos. Nos quadros a seguir estão descritos os capítulos que compõem cada unidade e as habilidades da BNCC trabalhadas em cada um deles. 6º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 1 – A estrutura do planeta e a litosfera (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. (EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. 2 – Litosfera: o solo (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. UNIDADE 1 3 – Hidrosfera: água no planeta Terra (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. O planeta Terra 4 – A atmosfera e a biosfera (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características. 5 – Terra: uma esfera em movimento no espaço (EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra. (EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. XIXMANUAL DO PROFESSOR

6º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 6 – A célula (EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos. 7 – Os níveis de organização dos seres vivos (EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. 8 – O sistema nervoso (EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. UNIDADE 2 (EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por Vida: interação substâncias psicoativas. com o ambiente (EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e 9 – Interação do organismo com o ambiente sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. (EF06CI08) Explicar a importância da visão (captação e interpretação das imagens) na interação do organismo com o meio e, com base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão. 10 – Interação entre os sistemas muscular, (EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e ósseo e nervoso sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. (EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso. 11 – Substâncias e misturas (EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.). UNIDADE 3 (EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de A matéria 12 – Tratamento de água e esgoto misturas de materiais que originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura e suas de ingredientes para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.). transformações (EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de processos de separação de ma- teriais (como a produção de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros). (EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de processos de separação de ma- teriais (como a produção de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros). 13 – Materiais sintéticos e os resíduos sólidos (EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando impactos socioambientais. 7º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 1 – As placas tectônicas (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das UNIDADE 1 placas tectônicas. Terra: Os (EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na teoria movimentos da deriva dos continentes. da crosta e a atmosfera 2 – A composição da atmosfera e suas (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, alterações e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição. (EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro. (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identi- ficando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação. XX MANUAL DO PROFESSOR

7º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 3 – Ecossistemas terrestres (EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas. (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mu- danças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc. UNIDADE 2 4 – O ambiente aquático e a região costeira (EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., Ecossistemas, correlacionando essas características à flora e fauna específicas. impactos ambientais (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mu- e condições danças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam de saúde suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc. 5 – Condições de saúde (EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde. 6 – Doenças transmissíveis (EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde. (EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças. 7 – Máquinas simples (EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo da história, das máquinas simples e propor soluções e invenções para a realização de tarefas mecânicas cotidianas. 8 – O calor e suas aplicações (EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e sensação térmica nas diferentes situações de equilíbrio termodinâmico cotidianas. UNIDADE 3 (EF07CI03) Utilizar o conhecimento das formas de propagação do calor para justificar Máquinas, 9 – Combustíveis e máquinas térmicas a utilização de determinados materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, calor e novas explicar o princípio de funcionamento de alguns equipamentos (garrafa térmica, tecnologias coletor solar etc.) e/ou construir soluções tecnológicas a partir desse conhecimento. (EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para a manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de máquinas térmicas e em outras situações cotidianas. (EF07CI05) Discutir o uso de diferentes tipos de combustível e máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar avanços, questões econômicas e problemas socioam- bientais causados pela produção e uso desses materiais e máquinas. 10 – Tecnologias e novos materiais (EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e tecnologias (como automação e informatização). (EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida. XXIMANUAL DO PROFESSOR

8º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 1 – Tipos de reprodução (EF08CI07) Comparar diferentes processos reprodutivos em plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e evolutivos. 2 – Reprodução humana e transformações (EF08CI08) Analisar e explicar as transformações que ocorrem na puberdade con- na puberdade siderando a atuação dos hormônios sexuais e do sistema nervoso. UNIDADE 1 (EF08CI09) Comparar o modo de ação e a eficácia dos diversos métodos contracep- Reprodução tivos e justificar a necessidade de compartilhar a responsabilidade na escolha e na utilização do método mais adequado à prevenção da gravidez precoce e indesejada 3 – Sexualidade e métodos contraceptivos e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). (EF08CI11) Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). 4 – Infecções sexualmente transmissíveis (EF08CI10) Identificar os principais sintomas, modos de transmissão e tratamento de algumas DST (com ênfase na AIDS), e discutir estratégias e métodos de prevenção. UNIDADE 2 5 – Movimentos da Terra e da Lua (EF08CI12) Justificar, por meio da construção de modelos e da observação da 6 – O tempo e o clima Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua e dos eclipses, com base nas posições A Terra e o relativas entre Sol, Terra e Lua. clima (EF08CI13) Representar os movimentos de rotação e translação da Terra e analisar o papel da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à sua órbita na ocorrência das estações do ano, com a utilização de modelos tridimensionais. (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos padrões de circulação atmosférica e oceânica e ao aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos da Terra. (EF08CI15) Identificar as principais variáveis envolvidas na previsão do tempo e simular situações nas quais elas possam ser medidas. 7 – Eletricidade (EF08CI02) Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e lâmpada ou outros dispositivos e compará-los a circuitos elétricos residenciais. 8 – Eletricidade e consumo (EF08CI03) Classificar equipamentos elétricos residenciais (chuveiro, ferro, lâm- padas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo com o tipo de transformação de energia UNIDADE 3 (da energia elétrica para a térmica, luminosa, sonora e mecânica, por exemplo). Eletricidade (EF08CI04) Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir dos dados de potência e fontes de (descritos no próprio equipamento) e tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada equipamento no consumo doméstico mensal. energia (EF08CI05) Propor ações coletivas para otimizar o uso de energia elétrica em sua escola e/ou comunidade, com base na seleção de equipamentos segundo critérios de sustentabilidade (consumo de energia e eficiência energética) e hábitos de consumo responsável. 9 – Fontes de energia e impactos socioam- (EF08CI01) Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis) bientais e tipos de energia utilizados em residências, comunidades ou cidades. (EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de geração de energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas semelhanças e diferenças, seus impactos so- cioambientais, e como essa energia chega e é usada em sua cidade, comunidade, casa ou escola. (EF08C0I16) Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana. XXII MANUAL DO PROFESSOR

9º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 1 – Transmissão das características (EF09CI08) Associar os gametas à transmissão das características hereditárias, hereditárias estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes. (EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários, segregação, gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas en- volvendo a transmissão de características hereditárias em diferentes organismos. 2 – A genética depois de Mendel (EF09CI08) Associar os gametas à transmissão das características hereditárias, estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes. (EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários, segregação, gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas en- volvendo a transmissão de características hereditárias em diferentes organismos. UNIDADE 1 (EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em textos científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas Genética, 3 – As primeiras ideias evolucionistas ideias e sua importância para explicar a diversidade biológica. evolução e biodiversidade (EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo. 4 – Evolução: da origem da vida às espécies (EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da atuais seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo. 5 – Biodiversidade e sustentabilidade (EF09CI12) Justificar a importância das unidades de conservação para a preserva- ção da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e atividades a eles relacionados. (EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas. 6 – Átomos e elementos químicos (EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria (constituição do átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica. 7 – Ligações químicas e mudanças de estado (EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas transformações com base no modelo de constituição submicroscópica. (EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria (constituição do átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica. UNIDADE 2 8 – Transformações químicas (EF09CI02) Comparar quantidades de reagentes e produtos envolvidos em transfor- mações químicas, estabelecendo a proporção entre as suas massas. Transformações da matéria e (EF09CI05) Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão e re- radiações cepção de imagem e som que revolucionaram os sistemas de comunicação humana. 9 – Radiações e suas aplicações (EF09CI06) Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências, fontes e aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu uso em controle remoto, telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, fotocélulas etc. (EF09CI07) Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no trata- mento de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etc.). 10 – Luz e cores (EF09CI04) Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas as cores de luz podem ser formadas pela composição das três cores primárias da luz e que a cor de um objeto está relacionada também à cor da luz que o ilumina. MANUAL DO PROFESSOR XXIII

9º- ano Unidade Capítulos Habilidades trabalhadas 11 – Galáxias e estrelas (EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas UNIDADE 3 rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização Galáxias, do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma estrelas e o galáxia dentre bilhões). Sistema Solar (EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da 12 – O Sistema Solar Terra, do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial e temporal etc.). (EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no conhecimento das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso planeta. (EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões). (EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares. Ao longo das unidades, também são trabalhadas as Competências Gerais da Educação Básica18 e as Competências Específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental19 elencadas na BNCC. As principais competências trabalhadas estão descritas nas Orientações específicas no início de cada unidade no Manual do Professor. COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protago- nismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações pró- prias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 18 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 9- 10. 19 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 322. XXIV MANUAL DO PROFESSOR

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posiciona- mento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tec- nológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a cons- ciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Seções do Livro do Estudante Cada volume é iniciado pela seção Introdução, que resgata conteúdos trabalhados anteriormente no estudo de Ciências e prepara o estudante para compreender o que será estudado em cada volume. Essa seção também é desenvolvida com o objetivo de aproxi- mar os estudantes de áreas da ciência, possibilitando que eles reconheçam e valorizem o papel do conhecimento científico em seu cotidiano e nos demais contextos sociais. No volume 6 ocorre a retomada de alguns conceitos vistos nos anos iniciais do Ensino Fundamental, além de uma breve apresen- tação do que será trabalhado no ano. Nesse primeiro volume da coleção, optamos por incluir na Introdução uma apresentação sobre as formas como a coleção aborda especificidades da ciência, como ilustrações e modelos. Nos anos seguintes, a introdução resgata conceitos vistos nos volumes anteriores, dando ainda um panorama geral da importância do que será visto naquele volume. XXVMANUAL DO PROFESSOR

No início do capítulo, no boxe Para começar, há perguntas que A atividade Investigue, que se encontra em vários capítulos, avaliam o conhecimento prévio do estudante sobre as ideias fun- pode exigir que o estudante realize pesquisas simples (com o damentais que serão trabalhadas, além de despertar o interesse auxílio de livros, revistas, aplicativos, tablets, smartphones, dele pelo conteúdo da unidade e do capítulo. Pode-se pedir ao internet) sobre assuntos correlatos ao tema do capítulo, in- estudante que tente responder às questões no início do estudo terprete gráficos ou tabelas, busque relações entre determi- — mas sem cobrar, nesse momento, as respostas corretas. No nada descoberta científica e o período da história em que ela fim do capítulo, a questão poderá ser retomada para avaliar a ocorreu, etc. Em algumas dessas atividades, sugere-se que o aprendizagem. estudante peça ajuda a professores de outros componentes curriculares. Na lateral das páginas há textos complementares cuja fun- ção é apresentar a definição do conceito, a etimologia de um O Trabalho em equipe da seção Atividades pede uma pesquisa nome ou alguma informação extra sobre o tema debatido no em grupo para facilitar a aprendizagem, promovendo a interação texto principal. entre indivíduos com conhecimentos e habilidades diferentes, além de estimular a socialização, a participação, o respeito e a Ao longo do capítulo há seções com textos que complemen- cooperação entre os estudantes. Quando a pesquisa for realizada tam um tema abordado ou levantam alguma questão que des- em sala de aula, o professor poderá circular entre os grupos para perta a curiosidade do estudante. Os textos podem tratar de orientá-los e esclarecer dúvidas. conceitos, atitudes ou procedimentos relacionados com temas da atualidade, do cotidiano do estudante. Vários desses tex- Algumas atividades do Trabalho em equipe têm caráter inter- tos aparecem em seções, como Conexões: Ciência e ambiente, disciplinar. Além disso, propiciam a interação das diversas áreas Conexões: Ciência e tecnologia, Conexões: Ciência no dia a dia, do conhecimento e da cultura; promovem o desenvolvimento Conexões: Ciência e sociedade, Conexões: Ciência e saúde, Cone- global do estudante, no sentido cognitivo, ético e estético; permi- xões: Ciência e História, Saiba mais ou em pequenas notas nas tem relacionar os conceitos aprendidos com os temas atuais do margens da página. cotidiano; incentivam as relações interpessoais, a socialização, o trabalho em equipe e a capacidade de cooperar, de se comunicar No fim do capítulo há uma seção de atividades. O primeiro e de pesquisar. bloco — Aplique seus conhecimentos — permite familiarizar o estudante com as ideias e os termos básicos do capítulo. Algumas vezes, nas atividades Investigue e Trabalho em Essas atividades podem ser feitas depois de apresentar e equipe, os estudantes deverão organizar uma apresentação debater o tema com os estudantes. Pode-se optar por utilizar dos trabalhos para a classe e uma exposição para a comu- essas questões durante a aula como motivação do interes- nidade escolar (estudantes, professores e funcionários da se do estudante ou, como suplemento das questões de Para escola e pais ou responsáveis). Além disso, em alguns casos começar, usar para avaliar o conhecimento prévio dele sobre o estudante deve pesquisar se na região em que mora existe determinado assunto. alguma universidade, museu, centro de ciências ou instituição que trate do tema trabalhado e se é possível visitar esse local. Várias questões dessa seção requerem do estudante a apli- Caso isso não possa ser feito, o professor deve recomendar cação do conhecimento obtido em novas situações, nas quais que pesquise na internet sites de universidades, museus e ele deve resolver problemas, interpretar tabelas, deduzir conse- outras instituições que mantenham uma exposição virtual quências do que aprendeu, estabelecer novas relações ou fazer sobre o tema. generalizações a partir dos conceitos. Para isso, muitas vezes, o estudante terá de fazer uma leitura atenta do texto. Outras Na maioria dos capítulos são incluídas atividades De olho no vezes, terá de relacionar os conceitos aprendidos no capítulo texto ou as variações De olho na notícia, De olho nos quadrinhos, com o conhecimento elaborado em outros capítulos ou mesmo De olho na música, De olho na imagem, nas quais é apresentado em anos anteriores. O professor deverá escolher o momento um texto extraído de jornal, livro, revista, ou letra de canção, ou adequado para realizar essa atividade. Ele pode optar por utilizar imagem que se relacione com o tema do capítulo e questões de essas questões durante a aula como motivação do interesse interpretação, comparação, aplicação de conhecimentos apren- do estudante ou para avaliar o conhecimento prévio dele sobre didos no capítulo, entre outras sugestões. determinado assunto, ou, ainda, após o debate dos temas do capítulo. Algumas questões podem ser usadas também para criar Finalmente, nas atividades do Aprendendo com a prática situações-problema, antes ou durante o debate em sala. Nessa são propostas práticas em laboratório ou situações que si- atividade, é importante estimular o estudante a formular hipóte- mulam observações ou experimentos científicos. Nessa ati- ses, mesmo que ele não chegue sozinho a uma elaboração final. vidade, como em todo o processo de ensino-aprendizagem, o Ele não precisa acertar de imediato a resposta. O importante é professor deve buscar o envolvimento do estudante. Para isso, que se sinta estimulado a pesquisar, debater com os colegas poderá usar, entre outras estratégias, as perguntas incluídas e usar a criatividade e o pensamento lógico. O professor pode no fim de cada experimento sugerido. Nessas questões pede- decidir também que as questões de maior grau de dificuldade -se ao estudante que interprete o que aconteceu, encontre sejam objeto de pesquisa fora da sala de aula, mediante consulta explicações ou aplique as conclusões a novas situações. Se a outras fontes de informação. julgar mais eficaz, o professor pode, por exemplo, solicitar ao estudante que faça uma previsão sobre o experimento que XXVI MANUAL DO PROFESSOR

será realizado. A previsão do estudante deverá ser debatida. A seção Oficina de soluções apresenta situações e problemas Pode-se ainda pedir ao estudante que tente explicar o resul- cotidianos, propondo aos estudantes que desenvolvam estra- tado do experimento primeiro à luz da própria concepção e, tégias de enfrentamento. Assim, estimulam-se o uso, o desen- depois, à luz da concepção científica, seguindo-se um debate volvimento e a aplicação de diferentes tecnologias, incluindo as sobre qual das abordagens é a mais adequada para explicar o digitais. Essa seção está presente em todos os volumes, ao final fenômeno em questão20. das Atividades de um capítulo de cada unidade, trabalhando te- mas vinculados ao conteúdo, às competências ou às habilidades Além disso, conforme orienta a BNCC21 em relação ao proces- de Ciências da Natureza da BNCC. so investigativo, ele: A avaliação [...] deve ser entendido como elemento central na formação dos estudantes, em um sentido mais amplo, e cujo desenvol- No processo educacional, a avaliação deve ser compreendi- vimento deve ser atrelado a situações didáticas planejadas ao da como mais um recurso para auxiliar o professor no processo longo de toda a educação básica, de modo a possibilitar aos ensino-aprendizagem; por esse motivo ela deve ser planejada de estudantes revisitar de forma reflexiva seus conhecimentos e forma a respeitar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, sua compreensão acerca do mundo em que vivem. […] estar de acordo com a prática pedagógica adotada pelo professor em suas aulas e atender a proposta curricular da escola. Conforme É importante lembrar que a atividade em grupo na montagem consta no art. 32 da Resolução CNE/CEB n. 722, a avaliação deve: do experimento e na análise dos resultados propicia a partici- pação ativa dos estudantes e a troca fecunda de informações. I – assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica, com vistas a: As atividades do Aprendendo com a prática em laboratório devem ser realizadas obedecendo a normas de segurança. Caso a) identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagem sejam feitos experimentos com fogo, as instruções devem ser e detectar problemas de ensino; claras e os procedimentos devem ser supervisionados e execu- tados com o auxílio do professor. Cabe ao professor acompanhar b) subsidiar decisões sobre a utilização de estratégias e com atenção o trabalho dos estudantes e vistoriar previamente abordagens de acordo com as necessidades dos alunos, os equipamentos de segurança da escola. Os experimentos com criar condições de intervir de modo imediato e a mais produtos químicos também devem ser feitos sob a supervisão longo prazo para sanar dificuldades e redirecionar o do professor, em local apropriado e com proteção adequada, trabalho docente; evitando-se o uso de substâncias tóxicas ou corrosivas. Os ex- perimentos com eletricidade devem utilizar apenas pilhas e ba- c) manter a família informada sobre o desempenho dos alunos; terias com corrente contínua e com, no máximo, 9 V de tensão. Não devem ser feitos experimentos com sangue humano, e as d) reconhecer o direito do aluno e da família de discutir os observações de tecidos humanos só podem ser realizadas com resultados de avaliação, inclusive em instâncias superiores material previamente fixado. Convém lembrar também que: à escola, revendo procedimentos sempre que as reivindi- • todos os frascos de reagentes devem estar identificados; cações forem procedentes. • deve-se lavar a aparelhagem antes e depois do uso e guar- II – utilizar vários instrumentos e procedimentos, tais como dá-la em local adequado; a observação, o registro descritivo e reflexivo, os trabalhos • o manuseio e a estocagem de objetos de vidro e termômetros individuais e coletivos, os portfólios, exercícios, provas, ques- tionários, dentre outros, tendo em conta a sua adequação à faixa devem receber cuidado especial; etária e às características de desenvolvimento do educando; • deve-se recomendar aos estudantes que não misturem subs- III – fazer prevalecer os aspectos qualitativos da aprendizagem tâncias desconhecidas nem realizem experimentos sem con- do aluno sobre os quantitativos, bem como os resultados ao sultar o professor; longo do período sobre os de eventuais provas finais, tal com • é essencial manter um estojo de primeiros socorros na escola determina a alínea “a” do inciso V do art. 24 da Lei n. 9.394/96; e contar com pessoas preparadas para utilizá-lo em caso de emergência. IV – assegurar tempos e espaços diversos para que os alunos com menor rendimento tenham condições de ser devidamente Ao final das atividades, os estudantes serão convidados a fazer atendidos ao longo do ano letivo; uma Autoavaliação de três aspectos importantes no trabalho com cada capítulo. As questões podem ser conceituais, procedimentais V – prover, obrigatoriamente, períodos de recuperação, de e atitudinais; e buscam a reflexão do estudante sobre o seu próprio preferência paralelos ao período letivo, como determina a Lei aprendizado, seja em relação ao conteúdo, seja em relação ao n. 9.394/96; desenvolvimento das competências. VI – assegurar tempos e espaços de reposição dos conteúdos curriculares, ao longo do ano letivo, aos alunos com frequência insuficiente, evitando, sempre que possível, a retenção por faltas; VII – possibilitar a aceleração de estudos para os alunos com defasagem idade-série. 20 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental/Ciências Naturais. Brasília, DF, 1998. p. 28. 21 BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. p. 32. 22 BRASIL. Ministério da Educação – Resolução CNE/CEB n. 7, 2010. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf>. Acesso em: 1o fev. 2019. MANUAL DO PROFESSOR XXVII

Dessa forma, o processo avaliativo deve ir além da simples as ideias alheias, além de responder às dúvidas que possam surgir atribuição de notas ou conceitos de atividades planejadas como durante a apresentação. As atividades apresentadas no fim de cada provas ou questionários: ele deve adotar outras estratégias ava- capítulo podem ser utilizadas como avaliação oral ou escrita, indi- liativas que permitam ao professor mensurar o progresso do vidual ou em grupo, possibilitando desenvolver as habilidades e as desempenho em situações do cotidiano escolar. Além disso, a competências descritas na BNCC. É importante que o professor não avaliação não deve ser realizada somente no fim do curso ou se preocupe apenas em diagnosticar o que o estudante aprendeu depois de completada uma unidade do componente curricular. sobre teorias, fatos e conceitos, mas, sobretudo, que verifique se Ela pode ser usada também como um pré-teste, no início do curso o estudante é capaz de aplicar o que aprendeu à resolução de pro- ou de algum tópico, para descobrir o que os estudantes sabem blemas variados; se está apto a transpor o conhecimento adquirido ou o que eles ignoram e qual a concepção prévia que têm sobre o para novas situações; se ele adquiriu habilidades e competências tema a ser tratado. Dessa forma, o professor poderá fazer a ava- para analisar situações complexas e propor soluções apropriadas, liação regularmente, ao longo dos tópicos desenvolvidos, com o além de saber criticar hipóteses e teorias infundadas no discurso objetivo de orientar-se em relação ao que vai fazer em seguida. científico. Além disso, no decorrer dos capítulos da referida unidade, são sugeridas atividades de leitura que podem complementar o O professor deve avaliar não apenas a aprendizagem concei- aprendizado dos conteúdos relevantes. O professor pode também tual, mas também a aprendizagem de procedimentos e atitudes. fazer uso dessas sugestões de leitura e utilizá-las como estratégia Para isso, as avaliações procedimentais e atitudinais podem ser complementar de aprendizagem. realizadas durante as atividades em grupo, atividades práticas, como dramatizações, pesquisas, leituras, etc. ou experimentos e A Autoavaliação, ao final das atividades, é uma ferramenta observações de laboratório. Na prática de laboratório, pode obser- importante de acompanhamento e conduz a reflexão do estu- var como o estudante manipula os equipamentos, se está atento dante sobre alguns conceitos trabalhados no capítulo, além de às regras de segurança23,24, como interage com os seus colegas de atitudes e comportamentos durante os estudos. Além disso, a grupo, se segue o passo a passo dos experimentos e como organi- Autoavaliação tem o potencial de fornecer informações impor- za a bancada, após o término do experimento, e assim por diante. tantes sobre o que pode ser feito nos capítulos seguintes para melhorar a aprendizagem e o engajamento dos estudantes. Se Nas atividades em grupo, outra possibilidade de avaliação é julgar importante, incorpore outras questões às três que foram atribuir notas ou conceitos individuais e para o grupo. Assim, em propostas, de acordo com as necessidades da turma. uma atividade de seminário, na qual os estudantes tenham de rea- lizar uma pesquisa e posteriormente uma apresentação, pode-se Dessa forma, as atividades finais do capítulo e a proposta de observar se o grupo utilizou os recursos disponíveis para a pes- Autoavaliação não esgotam as opções de que o professor pode quisa e como cada estudante coopera com os colegas, ajudando dispor para mensurar o aprendizado dos estudantes; assim, na seleção das informações relevantes para o tema, e se todos os deve-se considerar outras possibilidades, como a confecção de membros do grupo estão aptos a responder às questões sobre o quadros-murais com notícias e imagens de jornais e revistas, as tema. Pode-se aproveitar esse momento e avaliar também se os feiras de Ciências, as excursões e visitas a museus, bibliotecas, expositores são capazes de expor suas ideias e de defender seus postos de saúde e centros de pesquisa, dentre outras opções a pontos de vista com argumentos ao mesmo tempo que respeitam que o professor poderá recorrer25. 23 Para sugestões de condução de atividades práticas, consulte: ANGOTTI, J. A.; DELIZOICOV, D.; PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2009. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2008. CAMPOS, M. C. da C.; NIGRO, R. G. Didática de Ciências: o ensino-aprendizagem como investigação. São Paulo: FTD, 1999. CARVALHO, A. M. P. de (Org.) et al. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. FOREMAN, J.; WARD, H.; HEWLETT, C.; RODEN, J. Ensino de Ciências. Porto Alegre: Artmed, 2010. GROSSO, A. B. Eureka: práticas de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2003. KRASILCHICK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2004. NARDI, R.; BASTOS, F.; DINIZ, R. E. Pesquisas em ensino de Ciências: contribuições para a formação de professores. São Paulo: Escrituras, 2004. POZO, J. I. (Org.). A solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender. Porto Alegre: Artmed, 1998. 24 As normas de segurança para atividades experimentais estão em: BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: tercei- ro e quarto ciclos do Ensino Fundamental/Ciências Naturais. Brasília, DF, 1998. p. 124-125. 25 Sobre avaliação, consulte: ALMEIDA, F. J. de (Org.). Avaliação em debate no Brasil e na França. São Paulo: Cortez/Educ, 2005. BALZAN, N. C.; SOBRINHO, J. D. Avaliação institucional: teoria e experiências. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000. ESTEBAN, M. T. (Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 5. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. FREITAS, L. C. de (Org.). Questões de avaliação educacional. Campinas: Komedi, 2003. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. FRANCO, C. (Org.). Avaliação, ciclos e promoção na educação. Porto Alegre: Artmed, 2001. LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005. MORETTO, V. P. Prova: um momento privilegiado de estudo − não um acerto de contas. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. PERRENOUD, P. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. SANT’ANA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? Critérios e instrumentos. 9. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1995. SILVA, J. F.; HOFFMANN, J.; ESTEBAN, M. T. (Org.). Práticas avaliativas e aprendizagens significativas em diferentes áreas do currículo. 6. ed. Porto Alegre: Mediação, 2008. SOUSA, C. P. de (Org.). Avaliação do rendimento escolar. 11. ed. Campinas: Papirus, 2003. XXVIII MANUAL DO PROFESSOR

6 Sugestões de leitura para o professor A eficácia do processo de ensino-aprendizagem depende, entre outros fatores, de um conhecimento adequado, da parte do pro- fessor, sobre os temas presentes no material didático desta coleção e que serão trabalhados com os estudantes, além de estratégias pedagógicas utilizadas em sala de aula. Por isso, são apresentados a seguir livros, artigos e documentos que podem ajudá-lo a apri- morar seus conhecimentos, tanto na área pedagógica quanto nos temas de Ciências que aparecem neste volume. Deve-se enfatizar, no entanto, que é recomendado adequar os conhecimentos adquiridos nessas leituras ao nível cognitivo do estudante e ao processo específico de ensino-aprendizagem desenvolvido durante o ano letivo. É importante que o professor conheça os principais documentos públicos nacionais que orientam o ensino de Ciências para o Ensino Fundamental e que estão disponíveis em: <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/base-nacional-comum- curricular-bncc>. Acesso em: 1o fev. 2019. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/ 1990). Diário Oficial da União. Brasília, DF, 1990. _________. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, Lei n. 9.394/1996). Brasília, DF: MEC, 1996. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Diretrizes Curriculares Na- cionais Gerais da Educação Básica. Brasília, DF, 2013. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental (DPE)/Coordenação Geral do Ensino Fundamental (Coef). Ensino Fundamental de Nove Anos: orientações gerais. Brasília, DF, 2004. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental/Apresentação dos temas transversais. Brasília, DF, 1998. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental/Ciências Naturais. Brasília, DF, 1998. _________. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental/Introdução aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF, 1998. _________. Parecer CNE/CP n. 3/2004 e Resolução CNE/CP n. 01/2004. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília, DF, 2004. _________. Política Nacional de Educação Ambiental (Lei n. 9.795/1999). Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1999. Revistas brasileiras que tratam do ensino de Ciências Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, com o objetivo de divulgar no meio acadêmico pesquisas (práticas ou teóricas) que tenham por objeto o processo ensino-aprendizagem: Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect >. Acesso em: 1o fev. 2019. Experiências em Ensino de Ciências. Disponível em: <http://if.ufmt.br/eenci>. Acesso em: 1o fev. 2019. Areté: Revista Amazônica de Ensino de Ciências. Disponível em: <http://periodicos.uea.edu.br/index.php/arete>. Acesso em: 1o fev.2019. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências. Disponível em: <www.periodicosdeminas.ufmg.br/periodicos/ensaio-pesquisa-em-edu cacao-em-ciencias>. Acesso em: 1o fev. 2019. Química Nova na Escola. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br>. Acesso em: 1o fev. 2019. Interdisciplinaridade CARLOS, J. G. Interdisciplinaridade no ensino médio: desafios e potencialidades. 2007. 171 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) – Universidade de Brasília, Brasília, 2007. FAZENDA, I. (Org.). Práticas interdisciplinares na escola. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1993. JANTSCH, A.P.; BIANCHETTI, L. (Org.). Interdisciplinaridade. Para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: Vozes, 1995. LUCK, H. Pedagogia interdisciplinar: fundamentos teórico-metodológicos. 11. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. MANUAL DO PROFESSOR XXIX

Processo ensino-aprendizagem em geral BAQUERO, R. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artmed, 1998. BUSQUETS, M. D. et al. Temas transversais em educação: bases para uma formação integral. 4. ed. São Paulo: Ática, 1998. CASTORINA, J. A. et al. Piaget e Vygotsky: novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1995. CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de pesquisa. Teoria e Educação, n. 2, p. 177-229, 1990. COLL, C. Contribuições da Psicologia para a Educação: teoria genética e aprendizagem escolar. In: LEITE, Luci B. Piaget e a Escola de Genebra. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995. _________ et al. O construtivismo na sala de aula. São Paulo: Ática, 1997. _________ et al. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 1998. DANIELS, H. (Org.). Vygotsky em foco; pressupostos e desdobramentos. 2. ed. Campinas: Papirus, 1995. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 11. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. FREITAG, B. (Ed.). Piaget: 100 anos. São Paulo: Cortez, 1997. GEELAN, D. R. Epistemological anarchy and the many forms of constructivism. Science & Education, v. 6, n. 1-2, p. 15-28, 1997. GIL-PÉREZ, D. Contribución de la historia y de la filosofía de las ciencias al desarrollo de un modelo de enseñanza/aprendizaje como investigación. Enseñanza de las Ciencias, v. 11, n. 2, p. 197-212, 1993. HAYDT, R. C. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 6. ed. São Paulo: Ática, 1997. JANTSCH, A. P.; BIANCHETTI, L. (Org.). Interdisciplinaridade. 7. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2004. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008. LEITE, L. B. Piaget e a Escola de Genebra. 3. ed. São Paulo: Cortez, 1995. MATTHEWS, M. R. (Ed.). Constructivism in science education: a philosophical examination. Dordrecht: Kluwer, 1998. MOLL, L. C. Vygotsky e a Educação; implicações pedagógicas da Psicologia sócio-histórica. Porto Alegre: Artmed, 1996. OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky; aprendizado e desenvolvimento, um processo histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1997. PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens – Entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999. _________. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. PIAGET, Jean. O diálogo com a criança e o desenvolvimento do raciocínio. São Paulo: Scipione, 1997. PIMENTA, S. G. Formação de professores: identidade e saberes da docência. In: __________(Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente. São Paulo: Cortez, 1999. SAVIANI, D. Os saberes implicados na formação do educador. In: BICUDO, Maria Aparecida; SILVA JUNIOR, Celestino Alves (Orgs.). For- mação do educador: dever do Estado, tarefa da universidade. São Paulo: Unesp, 1996. TARDIF, M. Saberes profissionais dos professores e conhecimentos universitários – Elementos para uma epistemologia da prática profissional dos professores e suas consequências em relação à formação para o magistério. Revista Brasileira de Educação, ANPED, São Paulo, n. 13, jan./abr. 2000. _________; LESSARD, C.; LAHAYE, L. Os professores face ao saber – Esboço de uma problemática do saber docente. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 4, 1991. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. 8. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2000. _________. Pensamento e linguagem. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. Aprendizagem significativa AUSUBEL, D. P. Educational Psychology: a cognitive view. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1968. _________. The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 2000. _________; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. MOREIRA, Marco Antonio. Aprendizagem significativa. 2. ed. Brasília: Ed. da UnB, 2001. XXX MANUAL DO PROFESSOR

_________; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. NOVAK, J. D. A theory of Education. Ithaca: Cornell University Press, 1977. _________; GOWIN, D. B. Learning how to learn. New York: Cambridge University Press, 1984. Ensino de Ciências AXT, R.; MOREIRA, M. A. (Ed.). Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998. CARVALHO, A. M. P.; GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências; tendências e inovações. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2003. KRASILCHIK, M. Prática de ensino de Biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2008. MARANDINO, M.; SELLES, S. E.; FERREIRA, M. S.; AMORIM, A. C. (Org.). Ensino de Biologia: conhecimentos e valores em disputa. Niterói: Eduff, 2005. MATTHEWS, M. R. Science teaching: the role of History and Philosophy of science. New York: Routledge, 1994. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa; a teoria de David Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982. NARDI, R. (Org.). Questões atuais no ensino de ciências. São Paulo: Escrituras, 2001. SCHNETZLER, R. P. Construção do conhecimento e ensino de Ciências. Em Aberto, Brasília, ano 11, n. 55, p.17-22, jul./set. 1992. Dispo- nível em: <www.rbep.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/viewFile/813/731>. Acesso em: 1o fev. 2019. WEISSMAN, H. (Org.). Didática das ciências naturais; contribuições e reflexões. Porto Alegre: Artmed, 1988. Metodologia, História e Filosofia da ciência ALVES, R. Filosofia da ciência. São Paulo: Ars Poetica, 1996. ALVES-MAZZOTTI, A. J.; GEWANDSZNAJDER, F. O método nas ciências naturais e sociais; pesquisa quantitativa e qualitativa. 2. ed. São Paulo: Pioneira, 1999. ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. 14. ed. São Paulo: Educ, 2003. BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 1998. CHALMERS, A. A fabricação da ciência. São Paulo: Unesp, 1994. DUTRA, L. H. de A. Introdução à teoria da ciência. 2. ed. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2003. HENIG, R. M. O monge no jardim; o gênio esquecido e redescoberto de Gregor Mendel, o pai da Genética. Rio de Janeiro: Rocco, 2001. JACOB, F. A lógica da vida: uma história da hereditariedade. Rio de Janeiro: Graal, 1983. KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar; São Paulo: Edusp, 1980. KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 8. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003. LAUDAN, L. Science and relativism: some key controversies in the Philosophy of science. Chicago: The University of Chicago Press, 1990. MAYOR, D.; FORTI, A. Ciência e poder. Campinas: Papirus; Brasília: Unesco, 1998. MAYR, E. O desenvolvimento do pensamento biológico: diversidade, evolução e herança. Brasília: Ed. da UnB, 1998. MOREIRA, M. A.; OSTERMANN, F. Sobre o ensino do método científico. Cadernos Catarinenses de Ensino de Física. v. 10, n. 2, p. 108-117, ago. 1993. OLIVA, A. Filosofia da ciência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. RONAN, C. A. História ilustrada da ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Cambridge University-Jorge Zahar, 2002. 4 v. SAGAN, C. O mundo assombrado pelos demônios: a ciência como uma vela no escuro. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. SCHEID, N. M. J.; FERRARI, N.; DELIZOICOV, D. A construção coletiva do conhecimento científico sobre a estrutura do DNA. Ciência & Educação, v. 11, n. 2, p. 223-33, 2005. VIEIRA, S.; HOSSNE, W. S. Metodologia científica para a área de saúde. Rio de Janeiro: Campus, 2001. MANUAL DO PROFESSOR XXXI

7 Sugestões de leitura para o trabalho no 7o ano Unidade 1 – Terra: Os movimentos CIMERMAN, B.; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fun- da crosta e a atmosfera damentos gerais. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. DASHEFSKY, H. S. Dicionário de ciência ambiental: um guia de ANGELO, C. O aquecimento global. São Paulo: Publifolha, 2008. A a Z. 3. ed. São Paulo: Gaia, 2001. (Folha explica). IBGE (Org.). Biodiversidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. BAIRD, C.; CANN, M. C. Química ambiental. 4. ed. Porto Alegre: _________. Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente. Bookman, 2011. 2. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2004. Disponível em: <www.ibge. gov.br/home/presidencia/noticias/vocabulario.pdf>. Acesso em: BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental: o desafio do 22 jan. 2019. desenvolvimento sustentável. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall, MILLER JR., G. T.; SPOOLMAN, S. E. Ciência ambiental. São Paulo: 2005. Cengage Learning, 2015. _________. Ecologia e sustentabilidade. São Paulo: Cengage Learning, HILL, M. K. Understanding Environmental Pollution. 3. ed. Cambridge: 2013. Cambridge University Press, 2010. NEVES, D. P. (Ed.). Parasitologia humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. MILLER JR., G. T.; SPOOLMAN, S. E. Ciência ambiental. São Paulo: RICKLEFS, R. E. A economia da natureza. 6. ed. Rio de Janeiro: Cengage Learning, 2015. Guanabara Koogan, 2010. __________. Ecologia e sustentabilidade. São Paulo: Cengage Learning, THE EARTH WORKS GROUP. 50 coisas simples que você pode fazer 2013. para salvar a Terra. Rio de Janeiro: J. Olympio, 2002. TORTORA, G. J.; FUNKE, B. R.; CASE, C. L. Microbiologia. 8. ed. Porto NOGUEIRA, L. A. H.; CAPAZ, R. S. (Org.). Ciências ambientais para Alegre: Artmed, 2005. engenharia. São Paulo: Elsevier, 2015. TOWNSEND, C. R.; BEGON, M.; HARPER, J. L. Fundamentos em Ecologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010. PEARCE, F. O aquecimento global. São Paulo: Publifolha, 2002. WALDMAN, M.; SCHNEIDER, D. Guia ecológico doméstico. São Paulo: (Mais Ciência). Contexto, 2000. PRESS, F. et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Unidade 3 – Máquinas, calor e novas tecnologias Bookman, 2006. ARAGÃO, F. J. L. Organismos transgênicos: explicando e discutindo REICHARDT, K.; TIMM, L. C. Solo, planta e atmosfera: conceitos, a tecnologia. Barueri: Manole, 2003. processos e aplicações. São Paulo: Manole, 2003. BRANCO, S. M. Energia e meio ambiente. 2. ed. reform. São Paulo: Moderna, 2008. (Polêmica). TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Nacional, HEWITT, P. G. Física conceitual. 9. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. 2002. LEITE, M. Meio ambiente e sociedade. São Paulo: Ática, 2005. TOLENTINO, M.; ROCHA FILHO, R. C.; SILVA, R. R. A atmosfera ter- (De olho na Ciência). restre. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. (Polêmica). MALAJOVICH, M. A. Biotecnologia. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2004. TRIGUEIRO, A. Cidades e soluções: como construir uma sociedade MÁXIMO, A.; ALVARENGA, B. Curso de Física. 6. ed. São Paulo: Scipione, sustentável. Rio de Janeiro: Leya, 2017. 2007. 3 v. MENEZES, L. C. et. al. Quanta física. 2. ed. São Paulo: Pearson WALKER, G.; KING, D. O tema quente: como combater o aqueci- Education do Brasil, 2013. 3 v. mento global e manter as luzes acesas. Rio de Janeiro: Objetiva, TREFIL, J.; HAZEN, R. M. Física viva. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 3 v. 2008. Unidade 2 – Ecossistemas, impactos ambientais e condições de saúde BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2005. BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias (guia de bolso). 8. ed. BRASÍLIA, DF, 2010. Disponível em: <http:// bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_ parasitaria_guia_bolso.pdf>. Acesso em: 22 fev. 2019. CARVALHO, J. C. de M. (Org.). Atlas da fauna brasileira. 7. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2002. XXXII MANUAL DO PROFESSOR

Fernando Gewandsznajder (Pronuncia-se Guevantznaider.) Doutor em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Mestre em Educação pelo Instituto de Estudos Avançados em Educação da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ) Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) Licenciado em Biologia pelo Instituto de Biologia da UFRJ Ex-professor de Biologia e Ciências do Colégio Pedro II, Rio de Janeiro (Autarquia Federal – MEC) Helena Pacca Bacharela e licenciada em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) Experiência com edição de livros didáticos de Ciências e Biologia O nome Tel‡ris se inspira na forma latina telarium, que significa “tecelão”, para evocar o entrelaçamento dos saberes na construção do conhecimento. 7 CIENCIAS MANUAL DO PROFESSOR 1

Direção Presidência: Mario Ghio Júnior Direção de Conteúdo e Operações: Wilson Troque Direção editorial: Luiz Tonolli e Lidiane Vivaldini Olo Gestão de projeto editorial: Mirian Senra Gestão de área: Isabel Rebelo Roque Coordenação: Fabíola Bovo Mendonça Edição: Carolina Taqueda, Marcia M. Laguna de Carvalho, Mayra Sato, Natalia A. S. Mattos (editores), Eric Kataoka e Kamille Ewen de Araújo (assist.) Planejamento e controle de produção: Patrícia Eiras e Adjane Queiroz Revisão: Hélia de Jesus Gonsaga (ger.), Kátia Scaff Marques (coord.), Letícia Pieroni (coord.), Rosângela Muricy (coord.), Ana Paula C. Malfa, Arali Gomes, Brenda T. M. Morais, Carlos Eduardo Sigrist, Cesar G. Sacramento, Daniela Lima, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Lilian M. Kumai, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana, Marília Lima, Patricia Cordeiro, Vanessa P. Santos; Amanda T. Silva e Bárbara de M. Genereze (estagiárias) Arte: Daniela Amaral (ger.), André Gomes Vitale, e Erika Tiemi Yamauchi (coord.), Filipe Dias, Karen Midori Fukunaga e Renato Neves (edição de arte) Diagramação: Estudo Gráfico Design, Renato Akira dos Santos e Nathalia Laia Iconografia e tratamento de imagem: Sílvio Kligin (ger.), Roberto Silva (coord.), Enio Lopes, Cristina Akisino e Douglas Cometti (pesquisa iconográfica), Cesar Wolf e Fernanda Crevin (tratamento) Licenciamento de conteúdos de terceiros: Thiago Fontana (coord.), Flavia Zambon (licenciamento de textos), Erika Ramires, Luciana Pedrosa Bierbauer, Luciana Cardoso Sousa e Claudia Rodrigues (analistas adm.) Ilustrações: Adilson Secco, Cláudio Chiyo, Felix Reiners, Hector Gómez, Hiroe Sasaki, Ilustranet, Ingeborg Asbach, Julio Dian, KLN Artes Gráficas, Luis Moura, Luiz Iria, Marcus Penna, Mauro Nakata e Michel Ramalho Cartografia: Eric Fuzii (coord.), Robson Rosendo da Rocha (edit. arte) Design: Gláucia Correa Koller (ger.), Adilson Casarotti (proj. grá co e capa), Erik Taketa (pós-produção), Gustavo Vanini e Tatiane Porusselli (assist. arte) Foto de capa: Justinreznick/E+/Getty Images Todos os direitos reservados por Editora Ática S.A. Avenida das Nações Unidas, 7221, 3o andar, Setor A Pinheiros – São Paulo – SP – CEP 05425-902 Tel.: 4003-3061 www.atica.com.br / [email protected] Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Gewandsznajder, Fernando Teláris ciências 7º ano / Fernando Gewandsznajder, Helena Pacca. - 3. ed. - São Paulo : Ática, 2019. Suplementado pelo manual do professor. Bibliografia. ISBN: 978-85-08-19324-0 (aluno) ISBN: 978-85-08-19325-7 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental). I. Pacca, Helena. II. Título. 2019-0108 CDD: 372.35 Julia do Nascimento - Bibliotecária - CRB - 8/010142 2019 Código da obra CL 742186 CAE 648349 (AL) / 648350 (PR) 3a edição 1a impressão De acordo com a BNCC. Impressão e acabamento Uma publicação 2 2 MANUAL DO PROFESSOR

Apresenta•‹o Caro(a) estudante, Temos muito a descobrir nesta nova etapa dos seus estudos em Ciências. Para isso, vamos precisar de uma boa dose de imaginação e de vontade de resolver problemas e compartilhar soluções. Na primeira unidade, vamos investigar características muito interes- santes da Terra. Por meio do estudo de vulcões, terremotos e tsunamis, vamos descobrir como a superfície do planeta vem se transformando ao longo de sua história e entender como a composição da atmosfera sofre alterações em consequência das atividades humanas. A análise desses elementos nos dará base para compreender os desequilíbrios na atmos- fera e também para propor soluções coletivas e individuais que poderão reverter esse quadro e beneficiar toda a sociedade. No estudo da segunda unidade, você vai descobrir como os orga- nismos se relacionam com o ambiente em que vivem, verificando as consequências das transformações provocadas pelo ser humano na natureza. Vai ver também nessa unidade que alguns grupos de orga- nismos, como bactérias e fungos, podem causar doenças nos seres humanos. Investigando como essas doenças se espalham, vamos conhecer as soluções que já existem, como os medicamentos e as vacinas, além de pensar em formas para tornar essas soluções mais acessíveis a todos, por meio da interpretação das condições de saúde das comunidades. Na terceira unidade, vamos aprender sobre diversos tipos de máqui- nas e como elas vêm transformando a sociedade e o meio ambiente. Você vai ver que, ao longo da História, o ser humano ficou mais dependente das tecnologias e dos combustíveis, necessários para que elas funcionem. Vamos então discutir as consequências dessa dependência e analisar o que é feito e também o que você pode fazer para reduzir os impactos causados por nossas ações. Vamos lá? Os autores 3 MANUAL DO PROFESSOR 3

CONHEÇA SEU LIVRO Este livro é dividido em três unidades, subdivididas em cap’tulos. Abertura da unidade Apresenta uma imagem e um breve texto de introdução dos temas abordados. Além disso, traz questões que relacionam os conteúdos abordados a competências que você vai desenvolver ao longo do estudo da unidade. Fotos593/Shutterstock UNIDADE Terra: Os movimentos 1 da crosta e a atmosfera Fenômenos naturais observados na Terra, como vulcões, terremotos e tsunamis, estão relacionados à estrutura do planeta. Nesta unidade, vamos entender como ocorrem alguns desses eventos e estudar como as atividades humanas vêm modificando as condições necessárias para a manutenção da vida na Terra. CAPÍTULO A composição da 14 Em abril de 2018, tremores na Bolívia atmosfera e suas foram sentidos em algumas cidades 2 alterações brasileiras. Como o estudo desses fenômenos pode evitar mortes e Wolfgang Kaehler/LightRocket/Getty Images destruição nas cidades? Pense nas formas como os fenômenos naturais Asfalto danificado após terremoto de influenciam no seu cotidiano. 7,8 pontos de magnitude em 24 A maior parte dos cientistas interpreta as alterações climáticas Portoviejo, Equador, 2016. O desastre Para come•ar observadas nos últimos anos como deixou mais de 600 mortos. resultado do aumento do efeito estufa. De que forma você pode 1. De que é formado alterar seus hábitos para reduzir a 14 o ar? emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa? 2. Qual é a importância do efeito estufa 15 para a manutenção da temperatura da superfície da Terra? 2.1 Urso–polar (Ursus maritimus; 1,8 m a 2,4 m) caminha no gelo no arquipélago de Svalbard, Noruega, 2015. Essa 3. Que fenômenos Abertura dos capítulos espécie e muitas outras estão ameaçadas por atividades humanas que alteram a composição da atmosfera. naturais e atividades humanas podem Todos os capítulos se iniciam com uma alterar a composição imagem e um texto introdutório que vão do ar? Que prepará-lo para as descobertas que você problemas isso pode fará no decorrer do seu estudo. causar e o que devemos fazer a respeito? O ar é um dos componentes de extrema importância para a sobrevivência na 4. O que causa a Saiba mais Terra: nele estão o gás carbônico, necessário na fotossíntese, e o gás oxigênio, ne- destruição da cessário para a respiração de muitos seres vivos. A atmosfera – camada de ar que camada de ozônio e Gráficos envolve a Terra – mantém a temperatura da superfície do planeta adequada à vida, como os seres vivos além de filtrar os raios solares. No entanto, como veremos a seguir, diversas ativi- são afetados por Os gráficos são muito comuns em livros, jornais e trabalhos científicos. Eles nos ajudam a dades humanas têm alterado os componentes do ar, abalando o equilíbrio de todo esse processo? visualizar e compreender melhor várias informações. No mundo do trabalho, diversos pro- o planeta. Veja a figura 2.1. Como podemos fissionais leem e compõem gráficos para entender os mais variados tipos de situação, como preservar a camada na economia ou no meio ambiente. de ozônio? Você viu na página anterior um gráfico de setores. Conheça agora outros dois tipos de 34 UNIDADE 1 • Terra: Os movimentos da crosta e a atmosfera gráfico: o de colunas e o de linhas. Você verá ao longo do estudo de Ciências e de No gráfico de colunas, há duas linhas – uma horizontal e outra vertical – chamadas eixos. Matemática que os O eixo horizontal é separado em categorias. No eixo vertical é indicada uma quantidade. gráficos são muito Cada coluna, portanto, indica a quantidade referente a cada categoria. Veja a figura 2.4. importantes para analisar e comparar diversos tipos de dados. Para começar Volume de gases no ar atmosférico seco Apresenta perguntas sobre os conceitos Banco de imagens/Arquivo da editora 90 21 2.4 Gráfico de colunas fundamentais do capítulo. Tente responder % do volume 80 78 Oxigênio representando a proporção de às questões no início do estudo e volte a 70 gases no ar atmosférico seco. elas ao final do capítulo. Será que as suas 60 1 As colunas devem sempre ter a ideias vão se transformar? 50 Outros mesma largura e a distância 40 entre elas deve ser igual. 30 20 Fonte: elaborado com base em GRIMM, A. 10 M. A atmosfera. Departamento de Física – UFPR. Disponível em: <http://fisica.ufpr. 0 br/grimm/aposmeteo/cap1/cap1-2.html>. Nitrogênio Acesso em: 1o fev. 2019. Conex›es: Ci•ncia e sociedade O gráfico acima é outra representação das mesmas porcentagens que apareceram na Partes por milhão: figura 2.3. refere-se a quantas Pesca sustentável e as comunidades tradicionais partes de um No gráfico de linhas, os pontos referentes aos dados são conectados por linhas, ressal- determinado O extrativismo é a atividade que consiste em retirar do meio ambiente recursos para fins comerciais ou industriais. tando as mudanças de um determinado processo ou fenômeno. No exemplo da figura 2.5, componente existem Esses recursos podem ser de: origem mineral, como a prata, o cobre e o ouro; origem vegetal, como o látex; ou origem podemos perceber o aumento da concentração de gás carbônico na atmosfera medido em em 1 milhão de partes animal, como os peixes provenientes da pesca. O extrativismo sustentável busca uma maneira de retirar os recursos partes por milhão (ppm) nas últimas décadas. da mistura. do meio ambiente de forma consciente, com a preocupação de que esses recursos não se esgotem. Concentração de gás carbônico na atmosfera A pesca sustentável, por sua vez, é uma das mais importantes atividades extrativistas praticadas pelos povos e no Observatório de Mauna Loa (EUA) comunidades tradicionais da Amazônia, da costa do Brasil e de outras regiões. Os peixes capturados servem, so- bretudo, de fonte de alimento dessas comunidades. Por isso, a preservação do habitat e das espécies é fundamental Banco de imagens/Arquivo da editora 400 2.5 Gráfico de linhas representando a não somente para o equilíbrio do ecossistema como também para a sobrevivência das pessoas. Veja a figura 4.8. Partes por milhão (ppm) mudança na concentração de gás 380 carbônico no ar com o passar dos Conexões Gerson Gerloff/Pulsar Imagens anos. Cada ponto do gráfico 360 corresponde à média anual. Os dados foram coletados no observatório de 340 Mauna Loa, no Havaí, EUA. 320 Fonte: elaborado com base em Trends in 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 atmospheric carbon dioxide. NOAA Earth Ano System Research Laboratory. <https://www. esrl.noaa.gov/gmd/ccgg/trends/full.html>. Acesso em: 1o fev. 2019. 36 UNIDADE 1 • Terra: Os movimentos da crosta e a atmosfera Não deixe de ler as seções que aparecem ao longo 4.8 Cacique guarani pescando com arco dos capítulos. Elas contêm informações atualizadas e flecha na aldeia Saiba mais Kouenjú-M’bya em que contextualizam o tema abordado no capítulo São Miguel das Missões Traz conteúdo complementar, (RS), 2016. aprofundando os conteúdos e demonstram a importância, as aplicações e as estudados no capítulo. As comunidades pesqueiras no Brasil são formadas por aproximadamente 800 mil trabalhadores que têm na interações da ciência com outras áreas do pesca artesanal sua principal, ou única, forma de sustento. Muitos desses pescadores fazem parte de uma cultura conhecida como caiçara. A palavra “caiçara” é de origem tupi-guarani: caa significa “galhos” ou “paus” e içara significa conhecimento. As seções relacionam ciência a: “armadilha”. O termo denomina as comunidades de pescadores tradicionais dos estados de São Paulo, Paraná e sul do estado do Rio de Janeiro. • ambiente; • História; • saúde; Em decorrência do vasto conhecimento de pesca que possuem, muitos caiçaras abandonaram a atividade de sub- • dia a dia; • tecnologia; • sociedade. sistência e passaram a trabalhar em grandes barcos de pesca comercial. A proibição da pesca em alguns períodos do ano é chamada defeso. Essa medida foi necessária porque, nas últimas décadas, a intensificação da atividade pesqueira e o uso inadequado de rios e lagos de várzea tiveram como conse- quência o esgotamento de algumas espécies de animais. Assim, o risco de extinção tornou necessário criar acordos de pesca, que, para serem efetivos, dependem da participação e do empenho da comunidade. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o defeso é uma medida que visa proteger os organismos aquáticos durante as fases mais críticas de seu ciclo de vida, que são: • época de reprodução; • período em que o crescimento é maior. Além de impedir a pesca quando os peixes estão mais vulneráveis, o defeso favorece a sustentabilidade dos estoques pesqueiros. Contudo, são necessárias outras medidas para proteger os ambientes aquáticos e terrestres. A preservação das culturas indígenas e caiçaras também é uma das maneiras de cuidar do habitat e tornar sustentáveis a pesca e outras formas de extrativismo. Considerando ainda o trabalhador que vive exclusivamente da pesca, o governo garante um benefício chamado seguro-defeso para que esses pescadores não sejam prejudicados durante os períodos nos quais a pesca deve estar suspensa. 102 UNIDADE 2 • Ecossistemas, impactos ambientais e condições de saúde 4 4 MANUAL DO PROFESSOR

2 A vida aquática Eufótica: vem do grego Glossário O Manual do Professor apre- eu, “bem”, e phôs, “luz”. senta informações organizadas Um dos aspectos importantes para a vida aquática é a disponibilidade e intensi- Afótica: vem do grego a, Os termos sublinhados em azul remetem ao glossário na lateral da página. em Orientações didáticas, Ati- dade da luz no ambiente, uma vez que ela é necessária para a fotossíntese e tem “sem”, e phôs, “luz”. Ele apresenta o significado e a origem de muitas palavras e auxilia na leitura vidade complementar e Texto impacto direto na diversidade de organismos. e na interpretação dos textos. Você também pode consultar o significado de complementar, além de ícones Os seres heterotróficos da algumas palavras no final do volume, na seção Recordando alguns termos. distintos para cada tipo de in- No ambiente aquático, a intensidade de luz diminui com a profundidade: quanto zona afótica dependem da formação e material adicional. mais fundo, menor a quantidade de energia luminosa disponível, uma vez que parte matéria orgânica vinda Informações complementares Os boxes com os ícones Na te- dela é refletida na camada superficial da água, parte é absorvida pelos organismos da zona eufótica. la, Minha biblioteca e Mundo fotossintetizantes das áreas mais superficiais e outra parte é absorvida pela própria Diversas palavras ou expressões destacadas em azul estão ligadas por um fio a virtual aparecem no Manual do água. um pequeno texto na lateral da página. Esse texto fornece informações Professor, assim como no Livro complementares sobre determinados assuntos e indica relações e retomadas de do Estudante, com o intuito de A zona eufótica ou fótica é uma região bem iluminada, que vai da superfície da conceitos já estudados ou que serão vistos nos próximos capítulos ou volumes. sugerir filmes e documentários, água até cerca de 200 m de profundidade. Nessa região há muitos organismos fotos- livros ou recursos digitais, res- sintetizantes, como algas, que são produtores na cadeia alimentar. Consequentemen- pectivamente, voltados para te, essa também é uma zona rica em consumidores, como invertebrados e peixes. aprofundar seu conhecimento. Caso julgue pertinente e ade- Abaixo da zona fótica está a zona afótica, cuja intensidade de luz é insuficiente quado, compartilhe as fontes para a realização da fotossíntese e por isso ela não é habitada por algas nem por outros ou informações com os estu- seres fotossintetizantes. Veja a figura 4.9. dantes. O boxe com o ícone Aten- ção, por sua vez, indica os Luiz Iria/Arquivo da editora superfície pontos de cuidado, tanto com a integridade física dos estu- zona fótica cerca de 200 m dantes quanto com a condução zona afótica de alguns temas. correntes de 4.9 Representação das zonas fótica e ressurgência afótica e exemplos da distribuição vertical Além desses ícones, exis- de alguns organismos de um ecossistema tem outros dois que aparecem marinho. As correntes de ressurgência exclusivamente no Manual do levam a água do fundo do mar para a Professor: superfície, como veremos adiante. (Elementos representados em tamanhos Material Digital não proporcionais entre si. Cores fantasia.) do Professor Fonte: elaborado com base em Indicações de que há uma HICKMAN, C. P. et al. Integrate Sequência Didática ou um recur- so audiovisual disponível no Ma- Principles of Zoology, 14. ed. terial Digital do Professor. Boston: McGraw-Hill, 2008. p. 816. Competência socioemocional O ambiente aquático e a região costeira • CAPÍTULO 4 103 Sugestões de trabalho com ATIVIDADES De olho no texto uma das competências socioe- mocionais disponíveis no Mate- Aplique seus conhecimentos Leia os textos a seguir que discutem sobre algumas consequências do desenvolvimento tecnológico. Converse com os rial Digital do Professor. 1 Os exames pré-natais – feitos durante a gravidez – são fundamentais para garantir a saúde da mãe e do futuro colegas sobre esses temas e responda às questões. bebê. Um dos exames é feito com aparelhos de ultrassom. Como essa e outras tecnologias ajudam as pessoas? Texto 1 Ferramenta usa inteligência artificial para detectar fake news 10.22 Médica realizando exame com aparelho de ultrassom em mulher grávida. 2 Cite alguns aspectos positivos e alguns riscos da internet. Que cuidados você deve ter ao usar essa tecnologia?Corbis/Getty Images Pesquisadores da USP e da Universidade Federal Danilo Verpa/Folhapress 3 Redija um texto comentando os aspectos positivos e negativos da criação de novas tecnologias. Você deve avaliar de São Carlos (UFSCar) desenvolveram aplicativo para detectar fake news – informações que circulam mudanças culturais, econômicas e do dia a dia. principalmente pela internet,cuja veracidade do con- 4 Analise a figura 10.23 e explique por que o desenvolvimento tecnológico pode ter efeitos muito negativos sobre a teúdo precisa ser checada. A ferramenta, que ainda está em fase de testes, pode ser acessada em versão produção de lixo. piloto gratuitamente via web [...]. 10.23 Lixo eletrônico descartado nas margens de via em São João de Meriti (RJ), 2014. “A gente sabe que,quando uma pessoa está men- 10.24 As fake news estão nos mais diversos conteúdos da internet, mas são Atividades 5 O desenvolvimento de novos materiais, por exemplo o grafeno, representou um passo importante para diversas áreas, tindo, inconscientemente, isso afeta a produção do compartilhadas principalmente pelas redes sociais e por aplicativos de texto. Mudam as palavras que ela usa e as estruturas mensagem instantânea nos celulares. Ao final de cada capítulo você vai encontrar questões para incluindo a indústria e a medicina. Cite algumas aplicações desses materiais e comente sobre seus benefícios à sociedade. do texto. Além disso, a pessoa costuma ser mais as- organizar e formalizar os conceitos mais importantes, 6 Além do lixo eletrônico, diversos outros problemas ambientais estão relacionados às atividades humanas e ao de- sertiva e emotiva. Então,uma das formas de detectar trabalhos em equipe, propostas de pesquisa, textos para textos enganosos é medir essas características”,ex- leitura e discussão e atividades práticas ligadas a senvolvimento de tecnologias. plica o professor Thiago Pardo, do Instituto de Ciên- experimentos científicos. Por fim, serão propostas algumas a) Comente sobre alguns desses problemas explicando quais atividades e tecnologias estão relacionadas a esses cias Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, questões para autoavaliação. em São Carlos [...] coordenador do projeto que resul- impactos. tou na criação da plataforma [...]. b) Apesar de muitos problemas ambientais estarem relacionados ao desenvolvimento tecnológico, a tecnologia Luciana Whitaker/Pulsar Imagens “A ideia é que a ferramenta seja um apoio para o usuário. Ainda estamos no início desse projeto e, no estado atual, o também apresenta um papel importante para o combate a esses problemas. Explique como o desenvolvimento sistema identifica, com 90% de precisão, notícias que são totalmente verdadeiras ou totalmente falsas”, pondera o pro- tecnológico pode contribuir para a redução dos impactos ambientais. fessor.“No entanto, as pessoas que propagam fake news costumam embasar suas mentiras em fatos verdadeiros. Nossa c) Além do desenvolvimento de novas tecnologias, que outras ações são necessárias para a redução dos problemas plataforma ainda não tem a capacidade de separar as informações com esse nível de refinamento, mas estamos traba- ambientais? lhando para isso”, completa Thiago Pardo. 254 ATIVIDADES [...] Com aproximadamente um ano e meio de vida, o projeto já produziu resultados relevantes e os avanços que poderão ser alcançados no futuro são ainda mais promissores. Mas o professor Thiago ressalta que, por mais que a tecnologia nos ajude na difícil tarefa de identificar as fake news, continuará sendo fundamental a obtenção de informações por meio de fontes confiáveis [...]. FERRAMENTA usa inteligência artificial para detectar fake news. Jornal da USP. Disponível em: <https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias- exatas-e-da-terra/ferramenta-para-detectar-fake-news-e-desenvolvida-pela-usp-e-pela-ufscar/>. Acesso em: 18 fev. 2019. a) Consulte em dicionários o significado das palavras que você não conhece e redija uma definição para essas palavras. b) A divulgação de fake news pode ser entendida como uma consequência negativa dos avanços tecnológicos no compartilhamento de informações. No texto, porém, a tecnologia também é mencionada como uma forma para combater esse problema. Explique como a tecnologia pode colaborar na identificação de fake news. c) No final do texto, o pesquisador menciona que, mesmo com o desenvolvimento de novas tecnologias que auxi- liem no combate às fake news, a atenção para a fonte das informações é indispensável. Como você pode verificar a veracidade e a fonte das informações encontradas na internet? d) Apesar dos impactos negativos das fake news à sociedade, os avanços tecnológicos no compartilhamento e na divulgação de informações também proporcionaram diversos benefícios. Comente sobre alguns desses impactos positivos. ATIVIDADES 255 OFICINA DE SOLUÇÕES A fêmea adulta do Outras formas de combater o A. aegypti Consulte 1 ovos A. aegypti deposita Além do combate aos criadouros contendo água parada, outros ovos em locais com métodos podem ser aplicados para controlar a proliferação dos Conheça mais informações sobre Perigo na água parada água parada. Luis Robayo/Amosquitos em diferentes fases. Conheça alguns exemplos a seguir. o Aedes aegypti : • Dengue, Chikungunya e Zika O Aedes aegypti é um mosquito encontrado em centros 2 larva Assim que as larvas FP A nebulização de inseticida pode ser feita apenas por http://combateaedes.saude.gov.br/ urbanos. Pode transmitir doenças como a dengue, a chikun- eclodem, elas vivem e agentes do governo, pois se usa um produto tóxico. pt/tira-duvidas gunya e a zika. Atualmente, a melhor maneira de prevenir es- se alimentam na água, É uma forma comum de controlar a população do • Combate ao mosquito Aedes aegypti sas doenças é justamente por meio do combate aos criadou- nutrindo-se de mosquito em locais com muitos casos das doenças. http://www.ans.gov.br/prevencao-e- ros de mosquitos, controlando sua população. substâncias orgânicas. No entanto, além dos problemas ambientais, o uso combate/combate-ao-mosquito- contínuo de um mesmo inseticida pode deixar de ser aedes-aegypti Ciclo de vida 3 pupa A larva sofre Luis Robayo/AF efetivo após certo tempo, como você verá no 9o ano. • Armadilha letal para mosquitos O ciclo de vida do A. aegypti pode ser dividido em quatro fases: metamorfose. http://www.faperj.br/downloads/ ovo, larva, pupa e mosquito adulto. Os ovos (cerca de 0,4 mm) 4 mosquito adulto P mosquiterica.pdf são depositados pela fêmea adulta (cerca de 5 mm de asas aparelho Acessos em: 6 fev. 2019. comprimento) em locais de água parada; as larvas (1 mm a 6 mm sugador O controle de larvas do mosquito pode ser feito de comprimento, conforme o estágio larval) eclodem dos ovos e por peixes que se alimentam delas, como é o vivem no meio aquático até se transformarem em pupas e, caso do barrigudinho (Poecilia reticulata ; cerca depois, em adultos. Os indivíduos adultos vivem cerca de 30 dias. de 6 cm de comprimento). Essa forma de combate é conhecida como controle biológico. Oficina de soluções Elementos representados Após cerca de três dias, surge o mosquito agemFernando Favoretto/Criar Im Mauro Nakata/Arquivo da editora em tamanhos não adulto. Apenas as fêmeas infectadas Armadilhas para capturar e matar o A. aegypti Nesta seção você será convidado a proporcionais entre si. pelos vírus transmitem as doenças. podem ser feitas com materiais reaproveitados, propor soluções para situações e Cores fantasia. Enquanto suga o sangue, o A. aegypti como garrafas PET. Esse método é efetivo apenas se realizado coletivamente. Além disso, problemas do cotidiano por meio do costuma levantar o último par de pernas. a armadilha pode atrair mais mosquitos, por desenvolvimento, da aplicação e da isso, a recomendação de algumas instituições Número de casos prováveis de dengue, As doenças de pesquisa é evitar usá-la. análise de diferentes recursos chikungunya e zika no Brasil As três doenças transmitidas pelo A. aegypti são perigosas para a tecnológicos. saúde humana, em especial se não forem tratadas rapidamente e de Em casos de determinadas doenças, como a dengue, a chikungunya e a Casos prováveis maneira adequada. Em mulheres grávidas, a infecção pelo vírus da zika, é obrigatória a notificação aos órgãos governamentais de saúde. zika aumenta o risco de a criança nascer com microcefalia, condição Isso é importante para traçar estratégias de controle de epidemias e em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. para conhecer as áreas afetadas, direcionando medidas de saúde. Dengue Chikungunya Zika Por essas razões, é importante ficar atento à saúde do próprio corpo e consultar o médico caso apresente sintomas. 2011 507 798 — — Propondo uma solução Além disso, podemos adotar medidas simples de combate à 2012 286 011 — — proliferação do mosquito, como a produção de armadilhas com Com os colegas, escolha um dos projetos uma forma de divulgar (sites, blogues, Na prática garrafas PET. a seguir para desenvolver. vídeos, áudios, cartazes, campanha, 2013 1 452 489 — — • Planejar e construir um novo rádio da escola, etc.) métodos 1. Como foi feita a divisão de individuais e coletivos de prevenir tarefas no grupo? 2014 591 080 2 761 — equipamento de captura: estabeleçam o contato com o A. aegypti. Se possível, estratégias para interferir em algum estabeleçam um canal de comunicação 2.O equipamento construído funcionou 2015 1 638 058 36 254 — momento do ciclo de vida do com o sistema de saúde do seu conforme esperado? A. aegypti. Entre outros aspectos, município para divulgar informações 2016 1 483 623 276 821 215 795 Ilustrações: Mauro Nakata/Arquivo da editora levem em conta quais serão os sobre casos das doenças, bem 3.A divulgação teve o impacto materiais necessários, as etapas de como as regiões afetadas (também esperado? As pessoas se 2017 209 702 179 657 16 040 construção e como será utilizado é possível fornecer dados de conscientizaram sobre o papel da (armadilha, uso manual, etc.). casos existentes na escola e população no combate às doenças? set./2018 203 157 74 932 7 208 • Divulgação de informações sobre em regiões próximas). dengue, chikungunya e zika: escolham 4.Quais foram as dificuldades Fonte: elaborado com base em MINISTÉRIO DA SAÚDE. encontradas na execução do projeto? Boletins epidemiológicos. Disponível em: 5.O que vocês aprenderam com essa <http://portalms.saude.gov.br/boletins-epidemiologicos>. experiência? Acesso em: 6 fev. 2019. 174 OFICINA DE SOLUÇÕES OFICINA DE SOLUÇÕES 175 Na tela Mundo virtual Sugestões de vídeos, filmes e documentários Dicas de sites interessantes para saber mais sobre o relacionados aos assuntos trabalhados no capítulo. assunto tratado no capítulo. Minha biblioteca Atenção Indicações de livros que abordam os temas estudados Recomendações e cuidados em momentos no capítulo. específicos do trabalho com o conteúdo do capítulo. 5 MANUAL DO PROFESSOR 5

Fotos593/Shutterstock SUMçRIO 3 Os terremotos e os tsunamis ���������������������������������22 Estudo de terremotos�����������������������������������������������26 Introdução ������������������������������������������������������������� 10 4 Os vulcões���������������������������������������������������������������������27 Unidade 1 Os vulcões ativos do planeta����������������������������������29 Terra: Os movimentos da crosta e a Atividades����������������������������������������������������������������������������30 atmosfera��������������������������������������������������������������� 14 CAPÍTULO 2: A composição da atmosfera e CAPÍTULO 1: As placas tectônicas��������������������16 suas alterações �������������������������������������������������������������34 1 Os continentes em movimento ����������������������������17 1 A composição do ar ���������������������������������������������������35 Deriva continental e tectônica de placas������������18 Gás oxigênio e combustão���������������������������������������37 2 A formação das cadeias de montanhas ������������21 O ciclo do oxigênio ������������������������������������������������������39 O ciclo do carbono�������������������������������������������������������41 O ciclo do nitrogênio �������������������������������������������������42 2 A destruição da camada de ozônio����������������������43 Recuperação da camada de ozônio����������������������44 3 O efeito estufa e o aquecimento global ������������45 O efeito estufa �������������������������������������������������������������46 O aquecimento global �����������������������������������������������47 4 Poluição do ar ��������������������������������������������������������������51 Fontes de poluição antrópica ���������������������������������52 O que devemos fazer�������������������������������������������������52 Atividades����������������������������������������������������������������������������53 Oficina de soluções����������������������������������������������������������58 André Dib/Pulsar Imagens 6 6 MANUAL DO PROFESSOR

Unidade 2 CAPÍTULO 4: O ambiente aquático e a região costeira�������������������������������������������������������98 Ecossistemas, impactos ambientais 1 A zona costeira������������������������������������������������������������99 e condições de saúde����������������������������������� 60 Manguezal������������������������������������������������������������������ 100 Costão rochoso��������������������������������������������������������� 101 Restinga e dunas ����������������������������������������������������� 101 2 A vida aquática ��������������������������������������������������������� 103 Plâncton, nécton e bentos������������������������������������ 104 Vida no mar���������������������������������������������������������������� 105 Vida na água doce���������������������������������������������������� 108 3 Ameaças aos ambientes aquáticos e costeiros������������������������������������������������������������������ 110 Atividades������������������������������������������������������������������������� 112 Rita Barreto/Fotoarena Ingo Arndt/Minden Pictures/LatinstockCAPÍTULO 3: Ecossistemas terrestres�����������62CAPÍTULO 5: Condições de saúde ������������������ 116 1 Os grupos de seres vivos ����������������������������������������63 1 Indicadores sociais e econômicos �������������������� 117 Espécies �������������������������������������������������������������������������64 Mortalidade infantil������������������������������������������������� 118 Reino Monera���������������������������������������������������������������65 Expectativa de vida ������������������������������������������������� 118 Reino Protista���������������������������������������������������������������65 Escolaridade �������������������������������������������������������������� 119 Reino Fungi �������������������������������������������������������������������65 Analfabetismo����������������������������������������������������������� 119 Reino Plantae���������������������������������������������������������������66 Saneamento básico ������������������������������������������������ 120 Reino Animalia ������������������������������������������������������������68 Índice de desenvolvimento humano (IDH) ����� 121 2 O clima e os biomas���������������������������������������������������76 Discriminação������������������������������������������������������������ 122 3 Floresta Amazônica���������������������������������������������������78 2 Alimentação saudável������������������������������������������� 124 4 Mata Atlântica �������������������������������������������������������������81 Os nutrientes������������������������������������������������������������� 124 Ameaças às Florestas Tropicais ����������������������������83 Segurança alimentar ���������������������������������������������� 131 5 Pampas e Cerrado������������������������������������������������������84 Desnutrição���������������������������������������������������������������� 131 6 Caatinga �������������������������������������������������������������������������86 Obesidade������������������������������������������������������������������� 132 7 Pantanal�������������������������������������������������������������������������88 Atividades������������������������������������������������������������������������� 136 8 Mata das Araucárias e Mata dos Cocais �����������90 Atividades����������������������������������������������������������������������������94 7 MANUAL DO PROFESSOR 7

CAPÍTULO 6: Doenças transmissíveis��������� 143 Ascaridíase ����������������������������������������������������������������� 164 1 Nossas defesas�������������������������������������������������������� 144 Ancilostomose ���������������������������������������������������������� 164 Enterobíase���������������������������������������������������������������� 165 As vacinas������������������������������������������������������������������� 145 Larva migrans cutânea ������������������������������������������ 165 Outros medicamentos������������������������������������������� 147 Filariose ����������������������������������������������������������������������� 166 2 Doenças causadas por vírus ������������������������������� 148 6 Doenças causadas por fungos �������������������������� 166 Gripe e resfriado������������������������������������������������������� 148 Atividades������������������������������������������������������������������������� 167 Poliomielite ���������������������������������������������������������������� 150 Oficina de soluções������������������������������������������������������� 174 Sarampo, rubéola, catapora e caxumba���������� 150 Dengue ������������������������������������������������������������������������ 151 Unidade 3 Febre amarela, chikungunya, zika���������������������� 152 Raiva (ou hidrofobia)����������������������������������������������� 153 Máquinas, calor e 3 Doenças causadas por bactérias ���������������������� 154 novas tecnologias �������������������������������������������� 176 Leptospirose�������������������������������������������������������������� 154 Cólera ��������������������������������������������������������������������������� 154 ESB Professional/Shutterstock The Bridgeman Art Library/Fotoarena Tuberculose, pneumonia e tétano ��������������������� 156 CAPÍTULO 7: Máquinas simples���������������������� 178 Febre maculosa �������������������������������������������������������� 156 1 Força e trabalho������������������������������������������������������� 179 Hanseníase ���������������������������������������������������������������� 157 2 Alavancas, roldanas e outras 4 Doenças causadas por protozoários ��������������� 158 máquinas simples��������������������������������������������������� 180 Doença de Chagas��������������������������������������������������� 158 Alavancas�������������������������������������������������������������������� 180 Leishmaniose ������������������������������������������������������������ 159 Roldanas ��������������������������������������������������������������������� 183 Toxoplasmose ����������������������������������������������������������� 160 Roda com eixo ���������������������������������������������������������� 185 Amebíase�������������������������������������������������������������������� 161 Plano inclinado ��������������������������������������������������������� 186 Malária������������������������������������������������������������������������� 161 Cunha ��������������������������������������������������������������������������� 187 Parafuso���������������������������������������������������������������������� 187 5 Verminoses (helmintíases) ��������������������������������� 162 3 A história das máquinas simples���������������������� 188 Teníase e cisticercose��������������������������������������������� 162 Atividades������������������������������������������������������������������������� 191 Esquistossomose ���������������������������������������������������� 163 Oficina de soluções������������������������������������������������������� 194 8 8 MANUAL DO PROFESSOR

Nature Bird Photography/Shutterstock CAPÍTULO 8: O calor e suas aplicações ������ 196 2 Combustíveis ������������������������������������������������������������ 225 1 Transformações de energia��������������������������������� 197 Combustíveis fósseis���������������������������������������������� 225 2 Calor e temperatura ����������������������������������������������� 199 3 Máquinas a vapor���������������������������������������������������� 229 Trocas de calor ���������������������������������������������������������� 200 A história das máquinas térmicas ��������������������� 231 Sensação térmica ���������������������������������������������������� 201 Novas máquinas térmicas������������������������������������ 234 Medição da temperatura �������������������������������������� 203 3 Calor e mudança de estado físico ��������������������� 204 Atividades������������������������������������������������������������������������� 235 Calorias, calor específico e calor latente���������� 205 4 O calor e a dilatação dos corpos������������������������ 207 CAPÍTULO 10: Tecnologias e A dilatação dos gases��������������������������������������������� 208 novos materiais ��������������������������������������������������������� 239 5 O gelo e a vida em regiões geladas������������������ 209 1 Tecnologia e produção de alimentos��������������� 240 6 Transmissão de calor��������������������������������������������� 210 Condução �������������������������������������������������������������������� 210 Alimentação saudável�������������������������������������������� 241 Convecção������������������������������������������������������������������� 210 2 Tecnologia e Medicina ������������������������������������������� 243 Irradiação �������������������������������������������������������������������� 211 3 Tecnologia e ambiente���������������������������������������������246 Isolantes térmicos��������������������������������������������������� 212 4 Tecnologias de informação e comunicação �� 248 7 Garrafa térmica, coletor solar e geladeira����� 214 Garrafa térmica��������������������������������������������������������� 214 Do ábaco à internet������������������������������������������������� 248 Coletor solar��������������������������������������������������������������� 215 O lixo eletrônico �������������������������������������������������������� 250 Geladeira ��������������������������������������������������������������������� 216 O mundo do trabalho ��������������������������������������������� 250 Atividades������������������������������������������������������������������������� 217 Os riscos da internet����������������������������������������������� 252 Qualidade de vida e lazer �������������������������������������� 253 CAPÍTULO 9: Combustíveis e Atividades������������������������������������������������������������������������� 254 máquinas térmicas�������������������������������������������������� 220 1 O equilíbrio do planeta������������������������������������������ 221 Recordando alguns termos�������������������������������� 258 Leitura complementar������������������������������������������� 260 A atmosfera, os oceanos e o clima�������������������� 221 Sugestões de filmes ����������������������������������������������� 261 O fluxo de energia nos seres vivos �������������������� 223 Sugestões de sites de Ciências ������������������������ 262 Sugestões de espaços para visita ����������������� 263 Bibliografia ������������������������������������������������������������������� 264 9 MANUAL DO PROFESSOR 9

INTRODUÇÃO A ci•ncia no cotidiano Flamingo Images/Shutterstock Você tem o hábito de ler notícias na internet? Será que você já percebeu que muitas dessas notícias estão O hábito de ler e pesquisar é muito importante para entender o relacionadas a temas estudados nas aulas de Ciências? mundo e contribuir com a sociedade. Notícias sobre cotidiano, saúde, ambiente, tecno- logia e até esportes podem ser compreendidas com alguns conceitos que você estuda em Ciências. Vamos ver um exemplo. No dia 22 de dezembro de 2018, ondas gigantes atingiram as ilhas de Sumatra e Java, na Indonésia, ma- tando centenas de pessoas. Ao analisar o ocorrido, cientistas concluíram que o que provocou o evento foi a erupção do vulcão Anak Krakatoa, que causou um enorme deslizamento de terra sobre o mar, formando as ondas. Banco de imagens/Arquivo da editora Localização do vulcão Anak Krakatoa FILIPINAS OCEANO PACÍFICO TAILÂNDIA 120° L 0° BRUNEI A PAPUA- -NOVA I GUINÉ Equador MALÁSIA S CINGAPURA É O N TIMOR-LESTE Sumatra IND OCEANO Anak Krakatoa Java ÍNDICO N OL Susi Air/Reuters/Fotoarena Vulcão 0 S 410 820 km Observe no mapa-múndi a localização do Brasil e a da Indonésia. Na foto, vista aérea da Banten, uma província da ilha de Java, Indonésia, que foi atingida por um tsunami em dezembro de 2018. 10 INTRODUÇÃO 10 MANUAL DO PROFESSOR Ð INTRODU‚ÌO

Esse país asiático já sofreu com fenômenos semelhantes muitas vezes ao longo Veremos no capítulo 1 quais de sua história. Por qual motivo essas ondas gigantes acontecem com tanta frequência são as causas mais na Indonésia, mas não ocorrem no Brasil? Como essas ondas tão grandes se formam? comuns para a formação de ondas gigantes, também Vamos estudar neste ano as causas de catástrofes naturais como essa e enten- conhecidas como tsunamis. deremos ainda de que maneira elas alteram o ambiente, trazendo consequências para os seres vivos e para a sociedade. Para isso, vamos precisar retomar alguns conceitos Vimos no 6o ano que o sobre as camadas que formam a Terra. Desse modo, você perceberá que será mais planeta é formado por fácil não só compreender notícias com essa temática, mas também posicionar-se núcleo, manto e crosta. criticamente a respeito delas. Veremos agora de que modo o que acontece Impactos socioambientais nessas camadas interfere nas características da Neste ano, vamos estudar outra camada da Terra com mais detalhes: a atmos- Terra. fera. Vamos ver que ela é formada por uma mistura de gases que você já conhece, como o gás oxigênio e o gás carbônico. Veremos ainda que algumas ações humanas podem alterar essa composição, o que nos mostra que é muito importante entender as características naturais do planeta para que seja possível identificar como elas são modificadas. iStockphoto/Getty Images Vista da superfície da Terra Roberta Blonkowski/Shutterstockevidenciando a camada mais Você já deve ter visto notícias sobre o externa do planeta: a aquecimento global, o efeito estufa e a ca- atmosfera. mada de ozônio, certo? Neste ano, vamos compreender e relacionar esses fenôme- INTRODUÇÃO 11 nos, identificando de que maneira eles são influenciados pelas ações humanas que causam a liberação de poluentes no ar, como as indústrias e os veículos. Fábrica de papel em Telêmaco Borba (PR), em 2018, liberando compostos no ar. Grande parte dos poluentes liberados não é visível, mas causa alterações no ambiente. INTRODUÇÃO – MANUAL DO PROFESSOR 11

Muitos dos ambientes terrestres e aquáticos estão ameaçados Ernesto Reghran/Pulsar Imagens direta ou indiretamente por ações humanas, como a produção de ma- teriais ou objetos em indústrias. Essa produção é feita em enormes quantidades, retirando recursos naturais do ambiente e liberando po- luentes no ar, na água e no solo. Se você já viu fotografias de localidades no Brasil diferentes de onde você mora, deve ter notado que vivemos em um país que apresenta muitos tipos diferentes de ambientes. Ao estudar os ambientes e seus organismos associados, vamos entender como os grupos de seres vivos interagem, criando paisagens únicas, como a Caatinga. Veremos também quais são as principais ações humanas que ameaçam esses ambientes. Os minerais são exemplos de recursos extraídos da natureza, Vista aérea de tanques cheios de rejeitos que como vimos no 6o ano. Outro exemplo são os combustíveis, sobram da produção de álcool e açúcar a que estudaremos neste ano. partir da cana. Florestópolis (PR), 2015. Andre Dib/Pulsar Imagens Vegetação encontrada na Caatinga, na região de Canudos (BA), em 2018. Em cada ambiente podemos encontrar espécies de animais e plantas com características próprias do local. Neste ano, veremos que, além de alterar o ambiente por meio das indústrias, o modo como as pessoas ocupam o espaço e constroem suas moradias causa impac- tos significativos no ambiente, afetando os demais organismos e o próprio ser hu- mano. Dessa forma, é fundamental conhecer também as mudanças que ocorrem na sociedade. 12 INTRODUÇÃO 12 MANUAL DO PROFESSOR Ð INTRODU‚ÌO

Esse conhecimento será importante João Prudente/Pulsar Imagens para entendermos os problemas ambien- tais e também para sabermos como é Edifícios próximos a córrego com esgoto a céu aberto em São Lourenço (MG), 2016. possível resolver problemas sociais, como a falta de água e de alimentos de qualida- de para toda a população, a produção e o descarte inadequado de lixo e esgoto e a disseminação de doenças. Ao investigarmos como as pessoas vivem, podemos diagnosticar e tratar pro- blemas que afetam sua qualidade de vida. Uma das formas de fazer essa investiga- ção é por meio de indicadores de saúde, que conheceremos na unidade 2. Máquinas e soluções Para entender como as atividades humanas alteram o ambiente, e também para que possamos pensar em soluções para os problemas que decorrem dessas alterações, será necessário compreender alguns conceitos da Física. Com base nesses conceitos, vamos estudar também as máquinas e como esses equipamentos utilizam diferentes formas de energia, como o calor, para produzir movimento de maneira que nenhum ser humano ou animal conseguiria produzir. Peter Newark Western Americana/Coleção particular/ AB LanaElcova/Shutterstock Bridgeman Images/Fotoarena A força de animais, como os cavalos, já foi muito usada como meio de transporte: em A, vemos uma carruagem sendo movida por cavalos na Califórnia (EUA), 1880. Ao longo da história os animais foram substituídos por máquinas, como os automóveis que vemos em B. Você consegue imaginar quais foram as consequências da substituição do traba- lho de seres humanos e de animais pelo de máquinas? A invenção e a evolução das máquinas trouxeram diversos benefícios a muitas pessoas, como o acesso a roupas e outros objetos, além de transporte e comunicação mais eficientes. Este ano, veremos que o uso das máquinas causou diversos tipos de impacto não só no ambiente, mas também na sociedade. Então, você está preparado para propor e compartilhar soluções? INTRODUÇÃO 13 INTRODUÇÃO – MANUAL DO PROFESSOR 13

UNIDADE 1 Fotos593/Shutterstock Competências da BNCC Asfalto danificado após terremoto de 7,8 pontos de magnitude em Gerais Portoviejo, Equador, 2016. O desastre • CG 2, 3, 7, 8, 9 e 10 deixou mais de 600 mortos. Específicas de Ciências 14 da Natureza • CECN 1, 2, 4, 5 e 7 Para ler a descrição das compe- tências gerais e específicas de Ciências da Natureza da BNCC, consulte as Orientações Gerais do Manual do Professor. Capítulos que compõem esta unidade Capítulo 1 – As placas tec- tônicas Capítulo 2 – A composição da atmosfera e suas alterações Objetivos da unidade Nesta unidade, serão estuda- das algumas transformações que ocorreram e que ainda ocor- rem nos continentes por influên- cia do movimento das placas tectônicas, para compreender fenômenos como os terremotos e justificar a rara ocorrência de- les do Brasil. Já o estudo da atmosfera, incluindo sua composição e os fenômenos que a alteram, per- mitirá compreender desde a ocorrência de vida na Terra até as consequências das ativida- des humanas que colocam em risco os ecossistemas. Principais conceitos da unidade Continentes, placas tectôni- cas, teoria da deriva continental, Pangeia, formação das cadeias de montanhas, terremotos, tsu- namis, vulcões, composição do ar, combustão, ciclo do oxigênio, ciclo do carbono, ciclo do nitro- gênio, camada de ozônio, efeito estufa, aquecimento global, con- trole do aquecimento global, po- luição atmosférica. 14 MANUAL DO PROFESSOR – UNIDADE 1

UNIDADE Terra: Os Orientações didáticas movimentos 1 da crosta e a Peça aos estudantes que ob- atmosfera servem a imagem de abertura de unidade e pensem no que po- Fenômenos naturais observados de ter causado a destruição da na Terra, como vulcões, terremotos estrada. Em seguida, peça a eles e tsunamis, estão relacionados que leiam a legenda e tentem à estrutura do planeta. Nesta unidade, explicar o que causa um terre- vamos entender como ocorrem alguns moto. Após a leitura, é interes- desses eventos e estudar como as sante explicar rapidamente aos atividades humanas vêm modificando estudantes que os cientistas as condições necessárias para a usam fórmulas matemáticas e manutenção da vida na Terra. a descrição dos efeitos desse fenômeno para determinar a Respostas das questões de sensibilização nas Orientações magnitude dos terremotos (es- didáticas. se assunto será abordado no ca- pítulo 1). 14 Em abril de 2018, tremores na Bolívia foram sentidos em algumas cidades Debata com os estudantes brasileiras. Como o estudo desses as consequências de um ter- fenômenos pode evitar mortes e remoto (dependerá da mag- destruição nas cidades? Pense nas nitude) e pergunte a eles se formas como os fenômenos naturais existem locais com maior ou influenciam no seu cotidiano. menor frequência de ocorrên- cia do fenômeno. 24 A maior parte dos cientistas interpreta as alterações climáticas Pergunte ainda se eles co- observadas nos últimos anos como nhecem outros fenômenos que resultado do aumento do efeito podem acontecer na crosta estufa. De que forma você pode terrestre. Essa proposta tem alterar seus hábitos para reduzir a por objetivo levantar os conhe- emissão de gases responsáveis cimentos prévios dos estudan- pelo efeito estufa? tes e estimulá-los a relacionar o que já conhecem aos temas que serão abordados nesta unidade. Debata coletivamente as questões levantadas nesta pá- gina, aproveitando para verifi- car se os estudantes conseguem identificar o impacto de fenô- menos naturais em seu dia a dia. Aproveite ainda para de- senvolver as competências gerais da BNCC relacionadas ao exercício da curiosidade inte- lectual (CG 2) e da empatia (CG 9) e a competência espe- cífica da BNCC referente ao po- sicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta (CECN 7). 15 Questões de sensibilização 1 Ao estudar os fenômenos geológicos, como vulcões e terre- 2 Resposta pessoal. Com base no conhecimento prévio, es- motos, e alterações climáticas que provocam enchentes e pera-se que o estudante reflita sobre o impacto de suas secas, torna-se possível prever muitas dessas ocorrências, atividades no ambiente. A produção de objetos e o transpor- para tomar medidas de precaução, individuais e coletivas, te, por exemplo, liberam gás carbônico na atmosfera. O es- que podem salvar vidas. Espera-se que os estudantes refli- tudante deve considerar, entre outras mudanças de hábito, tam sobre como esses e outros fenômenos naturais influen- a diminuição do consumo desnecessário, a opção por trans- ciam o cotidiano, já que podem destruir cidades e desalojar, porte público, a redução do desperdício de energia e a reu- ferir e até matar pessoas. tilização de objetos. UNIDADE 1 – MANUAL DO PROFESSOR 15

CAPÍTULO 1 CAPÍTULO Dr Morley Read/Photolibrary RM/Getty Images Objetivos do capítulo As placas Neste capítulo, o foco do 1 tectônicas estudo será a dinâmica dos movimentos entre as placas 1.1 O vulcão Reventador está situado na cordilheira dos Andes, no Equador. Erupção registrada em 2015. Para começar tectônicas e os fenômenos Respostas do boxe Para começar nas Orientações didáticas. relacionados a isso, como as 1. O que são erupções transformações ocorridas nos Estudamos no 6o ano que o planeta Terra tem a forma aproximada de uma esfe- vulcânicas, continentes ao longo da his- ra e que é formado por camadas. Você se lembra de quais são essas camadas? terremotos e tória da Terra. Essa abordagem tsunamis? permitirá aos estudantes jus- Veja a figura 1.1, que mostra um vulcão em erupção no Equador. A pasta tificar o formato das costas alaranjada que vemos na imagem é formada por rochas muito quentes e derre- 2. Por que os brasileira e africana, a forma- tidas. Ela é chamada lava e vem de dentro da Terra, de uma camada conhecida terremotos são tão ção de cadeias de montanhas como manto. raros no Brasil? e a rara ocorrência de vulca- nismo e de abalos sísmicos 16 UNIDADE 1 • Terra: Os movimentos da crosta e a atmosfera 3. Será que a no Brasil. distribuição dos continentes sempre Habilidades da BNCC foi como é hoje? abordadas 4. Você já notou que a EF07CI15 Interpretar fenôme- costa do Brasil nos naturais (como vulcões, ter- parece se encaixar remotos e tsunamis) e justificar na costa oeste da a rara ocorrência desses fenô- África? menos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas. Respostas do boxe Para começar EF07CI16 Justificar o formato 1 A saída de material magmático pela abertura de um vulcão Brasil localiza-se no meio de uma placa tectônica – a placa das costas brasileira e africana com base na teoria da deriva é denominada erupção vulcânica. Terremotos são abalos Sul-Americana –, longe das regiões de encontro de placas, dos continentes. Orientações didáticas A abertura do capítulo e as perguntas do boxe Para come- çar preparam o estudante para a aprendizagem dos conceitos que serão trabalhados. Essas questões podem ser retomadas ao final do estudo do capítulo. Se achar necessário, realize um trabalho em conjunto com o professor de História, selecio- nando alguns filmes ou leituras sobre terremotos e erupção de vulcões que tenham marcado a história. Questione os estudantes so- bre o que são placas tectônicas e qual a relação delas com a ima- gem de abertura. Se julgar inte- ressante, retome o capítulo inicial do 6o ano para que os estudantes relembrem as camadas da Terra e os tipos de rocha. Reforce a pre- sença do manto sob a crosta. Para ampliar o trabalho com o conteúdo, consulte a Sequência Didática dispo- nível no Material Digital do Professor. repentinos na litosfera que se propagam por vibrações. está pouco sujeito à ocorrência desses fenômenos. Quando esses movimentos ocorrem sob os oceanos, pro- 3 Não, pois os continentes se movem acompanhando a cons- vocam ondas gigantescas, os tsunamis. tante movimentação das placas tectônicas. 2 Há maior possibilidade de ocorrência de terremotos nas re- 4 Resposta pessoal. Evidências indicam que a América do Sul e giões próximas às bordas das placas tectônicas. Como o a África tenham sido um único continente há milhões de anos. 16 MANUAL DO PROFESSOR Ð UNIDADE 1


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