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Painel Abramed 2020 - O DNA do Diagnóstico

Published by administrativo, 2020-11-21 05:04:57

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Tabela 12 Gasto total em saúde no Brasil por setor institucional, segundo os produtos consumidos (valores correntes milhões R$) (2010-2017) Fonte: Conta-satélite de saúde: Brasil: 2010-2017. Adaptação Abramed. 101 Nota: Valores deflacionados pela média do número índice do IPCA para o período de 12 meses de cada ano. Ano base 2020. Consumo final, por setor institucional, 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 segundo os produtos (milhões R$) (A+B+C) Total 276.930 289.749 314.667 336.537 367.793 371.419 363.202 371.741 Medicamentos para uso humano 103.906 103.707 108.301 110.814 116.730 111.911 111.159 111.265 Famílias (A) Preparações farmacêuticas 199 204 214 224 227 210 219 222 Aparelhos e instrumentos para uso 529 581 652 689 752 794 754 819 médico e odontológico 8.546 8.642 8.936 9.940 10.908 11.214 10.541 10.969 Outros materiais para uso médico, odontológico e óptico, inclusive prótese Saúde privada 163.750 176.615 196.564 214.870 239.176 247.290 240.528 248.466 Governo (B) Total 233.872 239.591 245.808 265.604 284.157 279.963 276.424 272.814 Medicamentos para uso humano 11.788 11.455 10.909 11.876 12.426 13.166 11.325 9.079 Saúde pública 176.792 184.196 188.688 209.052 224.873 222.913 219.051 216.815 Mercado de Saúde Suplementar no Brasil Saúde privada 45.291 43.940 46.211 44.675 46.857 43.885 46.048 46.921 Instituições sem Total 7.200 7.146 6.873 8.411 9.463 9.173 9.112 9.556 fins de lucro Saúde privada 7.200 7.146 6.873 8.411 9.463 9.173 9.112 9.556 a serviço das famílias (C) O crescimento dos gastos totais em saram de R$ 1.408,66 para R$ 1.319,23 saúde como proporção do PIB observado (-6,3%), e os gastos das famílias caíram de entre 2014 e 2017 se deve, essencialmente, R$ 1.870,26 para 1.843,79 (-1,4%). Trata-se à redução do PIB, considerando os gas- do período marcado pela maior crise eco- tos reais per capita em saúde, deflaciona- nômica da história do país, com reflexos dos21 para o ano de 2014. Nesse período, diretos na capacidade de o governo finan- os gastos reais per capita no Governo pas- ciar os serviços de saúde à população. 21. Deflacionado pela média do número índice do IPCA para o período de 12 meses.

102 Tabela 13 Despesas per capita com saúde No que diz respeito à participação segundo setores institucionais dos gastos em saúde entre o setor pú- (R$ valores ajustados 2017) blico e o privado, apesar da existência constitucional de um sistema público Fonte: Conta-satélite de saúde: Brasil: 2010-2017. Elaboração Abramed. de saúde com acesso para toda po- Nota: Valores deflacionados pela média do número índice do IPCA para o período de pulação, o país apresenta uma pro- 12 meses de cada ano. Ano base 2019. porção do gasto privado em saúde superior ao gasto público. Mesmo Período Governo Famílias Total apresentando gastos em saúde na mesma proporção do PIB de paí- 2010 1.200,08 1.457,87 2.657,94 ses desenvolvidos, conforme obser- vado anteriormente, a participação do 2011 1.218,64 1.510,15 2.728,78 gasto público é muito inferior quando comparada com países como Reino 2012 1.239,42 1.621,43 2.860,84 Unido (77,1%) e Espanha (70,5%), se- gundo dados da Organização para 2013 1.328,00 1.724,71 3.052,71 a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Nesse sentido, a 2014 1.408,66 1.870,26 3.278,92 proporção do gasto público no Brasil tem diminuído a cada ano, mantendo 2015 1.375,94 1.870,44 3.246,38 trajetória de queda de 2010 até 2017. 2016 1.347,35 1.814,78 3.162,13 2017 1.319,23 1.843,79 3.163,02 Gráfico 12 Brasil – Participação do governo e famílias nas despesas com consumo final de bens e serviços de saúde (2000-2018) Painel Abramed | 2020 Proporção Famílias e Governo (%)Fonte: WHO – World Health Organization: 2000-2009. IGBE – Conta-satélite de saúde: Brasil: 2010-2017. Elaboração Abramed. Estimativa Nota: 2018 estimativa Abramed. 57,6 60 42,4 58 56 54 52 50 48 46 44 42 40 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Famílias e instituições sem fins de lucro a serviço das famílias Governo

Nos países selecionados da 103 OCDE, observa-se que a partici- Participação do pação do governo nos gastos com governo com saúde é, em média, de 73,8%. Nos gastos em saúde países europeus, os governos sub- é maior nos países sidiam entre 60% e 70% desses desenvolvidos. gastos. Tal fato demonstra que pa- íses desenvolvidos e de renda per capita elevada apresentam partici- pação expressiva do gasto público em relação ao total dos gastos em saúde. Por sua vez, países em desenvolvimento como Brasil e África do Sul, apresentam partici- pação menor do gasto público de 43,0% e 42,9%, respectivamente. Gráfico 13 Participação do governo (%) no gasto final de bens e serviços de saúde (2018 ou ano mais recente) Fonte: Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE. Elaboração Abramed. Participação do Governo no gasto com saúde (%) Mercado de Saúde Suplementar no Brasil 84,5 84,5 84,1 83,4 77,1 73,8 70,5 69,7 69,3 66,5 63,7 60,3 57,1 51,5 43,0 42,9 Estados Unidos Alemanha Japão França Reino Unido Média OCDE Espanha Canadá Austrália Portugal Suíça Grécia Rússia México Brasil África do Sul

104 A participação do setor população e minimizar a ne- público no financiamento cessidade do financiamento dos gastos em saúde tem por meio de outras fontes. contribuído para o ritmo de A evolução dos gastos em crescimento deles, acima saúde na comparação com da variação do PIB per ca- o desempenho econômico pita e do PIB, principalmente pode ser avaliada pela com- em alguns países de média e paração das taxas de cresci- alta renda. No entanto, esses mento nos gastos em saúde gastos estão se tornando per capita com o cresci- um desafio relevante para a mento do PIB per capita. Há sustentabilidade econômica, um avanço muito mais ace- mesmo nesses lugares. Tal lerado do gasto em saúde fato decorre da alocação per capita ante a variação eficiente para atender às do PIB per capita conforme necessidades de saúde da se vê seguir: Gráfico 14 Gasto e PIB em saúde per capita (PPP22 US$) e PIB – Variação acumulada países selecionados (2000-2017) Fontes: WHO – World Health Organization. World Bank | World Development Indicators database. Elaboração Abramed. 124,7% Estados Unidos 19,4% 40,0% Painel Abramed | 2020 Reino Unido 20,6% 99,2% 135,8% 176,2% Variação acumulada entre 2000 e 2017 Espanha 37,3% 103,8% 139,1% 180,0% Japão França 13,6% 96,0% 140,0% Canadá 33,5% Brasil 14,9% 15,8% 80,0% 100,0% 120,0% 160,0% 12,2% 25,2% 30,0% 57,7% 25,2% 53,4% 0,0% 20,0% 40,0% 60,0% Gasto com saúde per capita PIB per capita PIB 22. (PPP) Paridade do poder de compra em US$.

105 Os gastos em saúde aumen- Gráfico 15 Evolução dos gastos de saúde taram consideravelmente entre a como proporção do PIB (1970-2018) década de 1970 e o período mais recente. A manutenção do ritmo Fonte: OECD Health Statistics 2019. Elaboração Abramed. 16,9 Estados Unidos de crescimento dos gastos em saúde é um desafio importante, 18,0 especialmente na participação do governo no financiamento dos 16,0 serviços de saúde. Esse aumento Gasto com saúde – Proporção do PIB (%) pode influenciar indiretamente 14,0 as condições de saúde da popu- Mercado de Saúde Suplementar no Brasil lação, aumentando a disponibili- 12,0 11,2 Alemanha dade de recursos financeiros das 11,2 França famílias e empresas para aloca- ção nos determinantes da saúde, 10,0 10,9 Japão como educação e alimentação. 10,7 Canadá Nesse sentido, a relação positiva entre os gastos em saúde e o PIB 8,0 9,1 Brasil sugere que a melhora do nível 9,2 Portugal de desenvolvimento econômico 8,9 Espanha pode contribuir para o financia- mento da saúde nos países mais 6,0 8,1 África do Sul pobres e em desenvolvimento. 4,0 2,0 1970 1980 1990 2000 2010 2018

106 Os gastos em saúde no mundo Unidos apresentam os maiores gastos totalizaram US$ 7,8 trilhões em 2017, em saúde proporcionalmente ao PIB, representando aproximadamente com participação de 16,9% em 2018. 8% a 10% do PIB mundial e cerca de Nos países da União Europeia, os gas- US$ 1.080 per capita. Estimativas tos correspondem em média a 9,9% apontam que os gastos em saúde al- do PIB, com expressiva participação cançarão US$ 10,6 trilhões em 2030 e do setor público no financiamento das US$ 15 trilhões em 205023. Os Estados despesas com saúde. Gráfico 16 Gastos em saúde como proporção do PIB (2018) Fonte: OECD Health Statistics 2019. Elaboração Abramed. Nota: Classificado em ordem decrescente segundo o percentual do gasto público. Estados Unidos 14,3 2,6 16,9 Alemanha 9,5 1,7 11,2 15,0 França 9,3 1,9 11,2 Japão 9,2 1,7 10,9 Suíça 7,8 4,4 12,2 Reino Unido 7,5 2,2 9,8 Canadá 7,5 3,3 10,7 Itália 6,5 2,3 8,8 Média OCDE 6,5 2,3 8,8 Austrália 6,4 2,8 9,3 Espanha 6,2 2,6 8,9 Portugal 6,0 3,1 9,1 Chile 5,2 3,7 8,9 Israel 4,8 2,7 7,5 Painel Abramed | 2020 Brasil 4,0 5,2 9,2 África do Sul 3,5 4,6 8,1 Rússia 3,0 2,3 5,3 México 2,8 2,6 5,5 Índia 0,9 2,7 3,6 0,0 5,0 10,0 20,0 Público Famílias e empresas 23. Past, present, and future of global health financing: a review of development assistance, government, out-of-pocket, and other private spending on health for 195 countries, 1995–2050

O gasto em saúde per capita no lente ao SUS. No Reino Unido o NHS 107 Brasil passou de US$ 751,0 em 2000 (sigla em inglês do Sistema Nacional de para US$ 1.472,2 em 2017, com varia- Saúde) apresentou crescimento acumu- ção acumulada de 96,0% no período. lado de 176,2%, enquanto outros países É a menor variação entre os países se- desenvolvidos, como Japão (139,1%) e lecionados de 2000 a 2017, segundo Espanha (135,8%), tiveram crescimen- dados da OMS. No outro extremo, en- tos menores, mas ainda expressivos contra-se o sistema de saúde equiva- quando comparados com o Brasil. Gráfico 17 Gasto em saúde per capita (PPP US$) – Variação acumulada países selecionados (2000-2017) Variação acumulada – Gasto em saúde per capita (PPP US$)Fonte: WHO – World Health Organization. Elaboração Abramed. 176,2 Reino Unido 139,1 Japão 180% 135,8 Espanha 160% 124,7 Estados Unidos 140% 103,8 Canadá 120% 99,2 França 100% 96,0 Brasil 80% 60% Mercado de Saúde Suplementar no Brasil 40% 20% 0% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

108 Em geral, estudos apontam uma notá- Gastos em saúde vel associação positiva entre expectativa per capita podem de vida e o nível de gastos em saúde per influenciar o aumento capita. Os sistemas de saúde com maior na expectativa de vida gasto per capita, especialmente no setor da população. público, contribuem para o aumento da longevidade por meio da oferta de ser- viços médicos acessíveis e com melhor qualidade. Nesses países, observam-se menores taxas de mortalidade conside- rando os principais fatores risco. Natural- mente outros fatores socioeconômicos, como escolaridade, hábitos alimentares e o nível de renda, influenciam a saúde e a capacidade produtiva da população. Gráfico 18 Gasto em saúde per capita (US$ PPP 2017) e expectativa de vida (2016) – Países selecionados Fonte: WHO – World Health Organization. Elaboração Abramed. 10.246 12.000 10.000 Painel Abramed | 2020 8.000 Gasto em saúde per capita (US$ PPP) 6.000 4.564 4.000 2.000 1.098 1.036 85,0 90,0 60,0 1.472 65,0 70,0 75,0 80,0 Expectativa de vida ao nascer (anos)

As despesas assistenciais24 dos Sob a ótica dos exames de diag- 109 planos de assistência médica, tota- nóstico (análises clínicas e exames lizaram R$ 172,8 bilhões no ano de por imagem) a despesa assistencial 2019, com aumento de 8,1% ante o somou R$ 36,0 bilhões e aumentou ano anterior. Esse resultado com- 7,2% em 2019 na comparação com preende os valores divulgados pela 2018, com participação de 20,8% ANS no TabNet, excetuando-se os sobre o total. Considerando o período odontológicos, enquanto as des- entre 2015 e 2019, o ritmo de cres- pesas com exames complementa- cimento das despesas com exames res considera os valores divulgados tem sido de 7,4% ao ano, enquanto no Mapa Assistencial. As despesas as despesas assistenciais do setor assistenciais no segmento odon- cresceram 7,8% ao ano, com des- tológico somaram R$ 1,8 bilhão e taque para variação das despesas representam cerca de 1,0% das des- com internações, de 9,1%, e tera- pesas do setor. pias, 16,3%, em média, ao ano. Gráfico 19 Despesa assistencial e com exames de diagnóstico na Saúde Suplementar (2015-2019) – em bilhões (R$) Fontes: ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019 e TabNet (DIOPS/ANS/MS). Acesso em 18/8/2020. Elaboração Abramed. Total 118,8 135,6 149,1 159,8 172,8 despesa assistencial 28,2 30,1 33,6 36,0 Mercado de Saúde Suplementar no Brasil (exceto 20,8% 20,2% 21,0% 20,8% odontologia) 107,4 119,0 126,2 136,8 25,2 21,2% 93,6 2015 2016 2017 2018 2019 Despesas com exames complementares Despesa assistencial (consultas, terapias, internações, demais) 24. É o gasto total, expresso em reais, com os eventos realizados (por Unidade Federativa) pelos beneficiários com contrato com a operadora fora do pe- ríodo de carência nos itens assistenciais definidos, descontados os valores de glosas. Nota: Total despesa assistencial considera apenas operadoras médico-hospitalares segundo TabNet. Considerando o DIOPS a despesa assistencial foi de R$ 174, 5 bilhões no setor de saúde suplementar.

110 As internações representam a maior parcela das despesas assistenciais no setor de saúde suplementar. Gráfico 20 Distribuição da despesa assistencial na Saúde Suplementar – exceto odontologia (2019) Fonte: ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019. Elaboração Abramed. 14,9% 4,6% Consultas médicas 46,5% 8,5% Outros atendimentos 20,8% ambulatoriais Exames Terapias Painel Abramed | 2020 Internações Demais despesas médico-hospitalares 8,4%

Com relação à proporção das despesas, os itens reduziram o ritmo de crescimento, 111 assim como em períodos anteriores, as in- segundo dados do Instituto de Estudos de ternações representam a maior parcela das Saúde Suplementar (IESS)25. Observa-se despesas assistenciais no setor de saúde suple- que as consultas tiveram variação de 6,9%; mentar, equivalente a 44,8% do total, e somaram exames, 8,6%; internações, 12,5%; e terapias R$ 80,4 bilhões em 2019, com aumento de 17,9% 27,5%, nos últimos doze meses terminados em ante o ano anterior. Em geral, os procedimentos setembro de 2019 comparados aos 12 meses realizados no ambiente hospitalar são mais cus- imediatamente anteriores. No mesmo período, tosos e por esse motivo apresentam uma partici- o IPCA médio para o período foi de 3,8%26 É pação expressiva na composição das despesas importante destacar que o IPCA não deve ser assistenciais na saúde suplementar. comparado com a variação dos custos médi- cos e serve apenas como um parâmetro para No que diz respeito à variação dos cus- demonstrar o ritmo de variação desse con- tos dos itens assistenciais, nota-se que todos junto de itens assistenciais. Gráfico 21 Variação do custo médico-hospitalar por item de despesa assistencial (taxa acumulada em 12 meses – jan.2016/set.2019) Fonte: Variação dos Custos Médico Hospitalares – VCMH/IESS. Elaboração Abramed. Nota: Variação de 12 meses encerrados em setembro de 2019 relativamente aos 12 meses encerrados em setembro de 2018. 35 Variação acumulada (%) em 12 meses 30 Mercado de Saúde Suplementar no Brasil 27,5 25 20 15 12,5 10 8,6 6,9 5 Jan.16 Mar.16 Mai.16 Jul.16 Sep.16 Nov.16 Jan.17 Mar.17 Mai.17 Jul.17 Set.17 Jan.18 Nov.17 Mar.18 Mai.18 Jul.18 Set.18 Nov.18 Jan.19 Mai.19 Mar.19 Jul.19 Set.19 Consultas Exames Internações Terapias 25. A Variação do Custo Médico Hospitalar – VCMH/IESS – considera um conjunto de 870,2 mil beneficiários de planos individuais. O cálculo é feito para um conjunto de planos individuais (antigos e novos) de operadoras de abrangência nacional. 26. Considera a variação do número índice nos últimos 12 meses terminados em setembro de 2019 ante os 12 meses imediatamente anteriores.

112 O futuro do financiamento em saúde – o papel da medicina diagnóstica Painel Abramed | 2020 O bservar o passado e ante- As relações entre os agentes envolvidos – cipar as tendências futuras operadoras e seguradoras de saúde, em- no financiamento da saúde pregadores, prestadores, fornecedores, é um importante exercí- distribuidores, governo e famílias – serão cio para planejar e alocar corretamente alteradas com objetivo de preservar a os recursos necessários a fim de se al- sustentabilidade do sistema de saúde e cançar um padrão mínimo desejável de garantir o acesso à população, especial- assistência à saúde da população. Es- mente a de baixa renda dependente ex- tudos27 buscam acompanhar e projetar clusivamente do setor público. os níveis de gastos com saúde conside- rando as fontes de financiamento pú- Os governos devem desempenhar blica e privada. um papel especial no financiamento das despesas com saúde e, geralmente, são A trajetória dos gastos em saúde de- a maior fonte de recursos para a saúde pende de um conjunto de fatores associa- na maioria dos países desenvolvidos, dos ao desenvolvimento socioeconômico, conforme observado anteriormente. Nos condições macroeconômicas, demográfi- países membros da OCDE, uma aborda- cas, epidemiológicos e da conjuntura po- gem comum nas políticas públicas tem lítica de cada país. A pressão sobre os sido feita por meio combinação de estra- orçamentos do setor público, de famílias tégias que visam reduzir os custos asso- e empresas demandará uma constante ciadas a alterações estruturais de médio transformação na gestão e alocação cor- e longo prazo para melhorar a relação reta dos recursos finitos na área da saúde. custo-benefício dos serviços de saúde. 27. Global Burden of Disease Health Financing Collaborator Network

113 Em diversos países, observam-se alte- a América Latina, com países de renda Mercado de Saúde Suplementar no Brasil rações na forma do financiamento da média-alta e com os países da OCDE, assistência à saúde por meio do envol- conforme demonstrado anteriormente. vimento mais ativo dos pacientes. Nesse caso é exigido que os pacientes finan- A estimativa é que os gastos em saúde ciem uma parcela das despesas assisten- per capita aumentem a cada ano, porém ciais, por meio da coparticipação. com um ritmo de crescimento moderado, e que as disparidades existentes na com- No setor privado, a cobertura do posição dos gastos público e privado de- plano ou seguro de saúde tende a es- verão persistir na próxima década. O timular a demanda por serviços de estudo28 destaca que a priorização da saúde, pois os beneficiários geralmente saúde pelo Estado é um fator primordial não participam ativamente das despe- para alterar a proporção dos gastos to- sas médicas incorridas pela prestação tais e substituir gradualmente a partici- dos serviços assistenciais (seleção ad- pação dos gastos diretos em saúde. Os versa e risco moral). Por isso, no setor efeitos combinados das políticas de fi- privado o número de benefícios dos nanciamento da saúde e do crescimento planos e seguros depende essencial- econômico tendem a elevar a equidade e mente do mercado de trabalho formal. promover uma cobertura de saúde mais As taxas de cobertura são impulsiona- abrangente e com melhores resultados. das por condições do mercado de tra- A literatura médica aponta que ações de balho e pelo conjunto de benefícios detecção precoce são essenciais para as- ofertados pelos empregadores. Em- segurar tratamentos mais simples e cus- pregadores que buscam equilibrar a to-efetivos, bem como e para aumentar necessidade de buscar e reter empre- a probabilidade de cura de um paciente. gados e a necessidade de restringir os Dessa forma, o processo do diagnóstico custos. Assim, a oferta do emprego for- tem implicações relevantes não apenas mal pode não ser suficiente para ga- no ciclo de cuidados com o paciente, mas rantir o acesso ao mercado de planos também nos custos diretos ao sistema de e seguros privados de saúde. Por outro saúde e indiretos decorrentes da incapa- lado, no setor público, o crescimento do cidade do paciente. O valor da medicina Sistema Único de Saúde não foi acom- diagnóstica no tratamento dos pacientes panhado pelo aumento do orçamento é preponderante para a sustentabilidade para saúde, colocando o Brasil como e o financiamento do mercado de saúde, um dos países com menor proporção evitando o desperdício e o aumento dos de gastos públicos na comparação com gastos em saúde. 28. Past, present, and future of global health financing: a review of development assistance, government, out-of-pocket, and other pri- vate spending on health for 195 countries, 1995–2050

O setor de medicina diagnóstica



O setor de medicina diagnóstica

O diagnóstico 117 cumpre o seu protagonismo no ciclo de cuidados do paciente O s serviços de medicina Mercado brasileiro de medicina diagnóstica diagnóstica podem ser definidos por meio de um conjunto de especialida- des médicas, com diferentes áreas de atuação, que incluem patologia clínica, medicina nuclear, genética médica, ra- diologia e diagnóstico por imagem, qualificadas a conduzir a indicação, realização e interpretação de exames necessários à prevenção, diagnóstico, tratamento, prognóstico, definição e acompanhamento dos tratamen- tos de doenças. Trata-se de um setor que inova e evolui constantemente por meio de processos e tecnologias capa- zes de realizar exames de diagnóstico com qualidade e precisão em conver- gência com o cenário epidemiológico do país. Por consequência, o setor in- veste constantemente em pesquisa e desenvolvimento, nas soluções de diagnóstico molecular, na transforma- ção digital, automação de processos, integração dos sistemas de prontuário eletrônico, entre outros, com objetivo de ofertar serviços com elevado nível de qualidade e contribuir para o me- lhor cuidado com a saúde.

118 O setor de medicina diagnós- sárias ao processamento de exames tica movimentou cerca de R$ 45 de maneira mais eficiente, em menor bilhões em 2019 e se destaca no tempo e com menores custos. Nesse mercado de saúde privado brasi- setor, assim como nos diversos seg- leiro, considerando os diversos fato- mentos econômicos cuja utilização res socioeconômicos, demográficos da mão de obra é intensiva, as eco- e epidemiológicos que favorecem o nomias de escala são extremamente crescimento e o desenvolvimento do relevantes para manutenção e sus- setor de saúde. No entanto, a medi- tentabilidade das atividades labora- cina diagnóstica enfrenta constantes toriais e de imagem. Por esse motivo, desafios estruturais e técnicos, impul- observa-se um processo natural de sionado por exigências regulatórias e consolidação, por meio da aquisição fiscais, bem como pela incorporação de pequenas marcas regionais e de de novas tecnologias aptas e neces- empresas com estrutura familiar. Painel Abramed | 2020

Estabelecimentos 119 de Saúde Existiam 24.760 Segundo dados do Cadastro Nacio- Mercado brasileiro de medicina diagnóstica unidades de nal de Estabelecimentos de Saúde do SADT, segundo o Ministério da Saúde (CNES/MS), no final CNES, em junho de junho de 2020 existiam 24.760 uni- de 2020. dades de serviço de apoio à diagnose e terapia (SADT) no Brasil. Esse nú- mero considera as unidades que atuam em hospitais, clínicas e outros estabe- lecimentos de saúde. A tabela a seguir apresenta a quantidade de laborató- rios considerando região, unidade fede- rativa (UF) e natureza jurídica. A maior parte das unidades é privada com fins lucrativos. Com relação à distribuição regional, observam-se 10.457 laborató- rios na região Sudeste (42,2%), especial- mente em São Paulo (4.428), com 17,9% do total da região.

120 Tabela 1 Quantidade de estabelecimentos de saúde – SADT segundo a região e UF (jun.20) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Extraído em 1/9/2020. Elaboração Abramed. Nota: O número total de estabelecimentos segundo a natureza jurídica difere da quantidade apresentada em razão da ausência de registros sobre a natureza de alguns estabelecimentos. Região / UF Total Participação Privado COM Privado SEM Público fins lucrativos fins lucrativos Norte 1.209 4,9% 137 1,2% 1.057 11 19 Rondônia 288 0,3% 265 4 9 0,4% 53 – 20 Acre 62 0,1% 88 1 3 1,7% 17 1 70 Amazonas 109 0,2% 354 5 5 1,0% 46 – 11 Roraima 21 17,9% 234 – 569 1,7% 3.803 37 60 Pará 430 1,5% 362 1 157 1,8% 214 6 37 Amapá 51 1,1% 404 5 35 2,4% 227 – 131 Tocantins 248 2,7% 448 2 53 1,0% 595 8 23 Nordeste 4.429 0,7% 228 1 8 5,1% 154 1 65 Maranhão 423 42,2% 1.171 13 443 14,6% 9.679 255 159 Piauí 377 2,7% 3.362 64 11 7,1% 636 10 81 Ceará 447 17,9% 1.645 28 192 25,6% 4.036 153 197 Rio Grande do Norte 262 9,1% 5.951 144 60 6,0% 2.166 26 35 Paraíba 584 10,5% 1.390 39 102 9,4% 2.395 79 145 Pernambuco 662 1,6% 2.151 27 31 2,5% 363 10 62 Alagoas 253 4,4% 558 7 46 0,9% 1.021 10 6 Sergipe 163 100,0% 209 – 1.491 22.641 474 6,0% Bahia 1.258 91,4% 1,9% Sudeste 10.457 Minas Gerais 3.614 Espírito Santo 657 Rio de Janeiro 1.758 São Paulo 4.428 Painel Abramed | 2020 Sul 6.328 Paraná 2.253 Santa Catarina 1.480 Rio Grande do Sul 2.595 Centro-Oeste 2.337 Mato Grosso do Sul 408 Mato Grosso 628 Goiás 1.086 Distrito Federal 215 Brasil 24.760 Proporção por natureza jurídica

121 O ritmo de expansão do setor Ritmo de crescimento tem sido mais intenso em núme- do setor foi mais ros absolutos no Sudeste, com acelerado no Norte aumento de 3.269 unidades, pas- e no Sul do país. sando de 7.188, em junho de 2010, para 10.457 em junho de 2020. Em termos relativos, nota-se o avanço mais acelerado no Norte (63,4%), no Sul (61,8%) e no Nor- deste (51,9%), no mesmo período. Gráfico 1 Quantidade e variação de estabelecimentos de saúde – Mercado brasileiro de medicina diagnóstica SADT, segundo a região (jun.10/jun.20) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Extraído em 1/9/2020. Elaboração Abramed. Sudeste Sul Nordeste Centro-Oeste Norte ∆ 3.269 2.418 1.513 786 469 nominal 61,8% 51,9% 50,7% 63,4% ∆ % 45,5% 10.457 7.188 6.328 4.429 2.337 Sudeste 3.910 2.916 1.551 Sul Nordeste Centro-Oeste 740 1.209 jun.10 jun.20 Norte

122 Os mapas a seguir demonstram o avanço das unidades de SADT, especial- mente rumo aos municípios do interior país. As áreas mais escuras representam os municípios com a presença de unidades em junho de 2010 e 2020. Nota-se que, nos últimos dez anos, o número de municípios SEM a presença de SADT passou de 3.016 (54,1%) para 2.104 (37,8%). Mapa 1 Municípios com a presença de estabelecimentos de SADT (2010 e 2020) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Extraído em 1/9/2020. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 Junho 2010 Junho 2020 0 3.016 (54,1%) 2.104 (37,8%) > = 1 2.554 (45,9%) 3.466 (62,2%) A distribuição de estabelecimentos de saúde apresenta uma predominân- cia de unidades nos municípios com população acima de 100 mil habitantes. Observa-se que 54,7% das unidades de serviço de apoio de diagnose e tera- pia, 50,3% dos hospitais e 69,4% dos consultórios estão distribuídos nesse con- junto de 326 municípios do país. Entre as regiões, o Sudeste contempla 42,2% do total das unidades de SADT, enquanto o Sul e o Nordeste contam com 25,6% e 17,9%, respectivamente.

Tabela 2 Distribuição de estabelecimentos de SADT, hospitais e consultórios segundo o porte 123 populacional e região (quantidade e distribuição percentual – Brasil – jun.2020) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Extraído em 1/9/2020. Elaboração Abramed. Notas: 1Unidade de serviço de apoio de diagnose e terapia. 2Hospital especializado, geral e dia. 3Consultório. Habitantes SADT1 % % Hospitais % % Consultórios % % acumul. acumul. acumul. Até 5.000 541 2,2 2,2 174 2,6 2,6 555 0,4 0,4 De 5.001 a 10.000 1.074 4,3 6,5 382 5,9 8,5 1.686 1,1 1,5 De 10.001 a 20.000 2.101 8,5 15,0 883 13,1 21,5 4.772 3,2 4,7 De 20.001 a 50.000 4.083 16,5 31,5 1.221 17,5 39,1 17.212 11,5 16,1 De 50.001 a 100.000 3.405 13,8 45,3 742 10,6 49,7 21.627 14,4 30,6 De 100.001 a 500.000 6.989 28,2 73,5 1.525 21,0 70,7 55.051 36,7 67,2 Mais de 500.000 6.567 26,5 100,0 2.021 29,3 100,0 49.143 32,8 100,0 Total Geral 24.760 100,0 – 6.948 100,0 – 150.046 100,0 – Região SADT1 % Hospitais % Consultórios % Centro-Oeste 2.337 9,4 796 11,5 10.578 7,0 Nordeste 4.429 17,9 Norte 1.209 4,9 2.062 29,7 15.455 10,3 Sudeste 10.457 42,2 Sul 6.328 25,6 582 8,4 4.460 3,0 Mercado brasileiro de medicina diagnóstica Brasil 24.760 100,0 2.430 35,0 79.052 52,7 1.078 15,5 40.501 27,0 6.948 100,0 150.046 100,0 A contagem do número de estabelecimen- critas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica tos de saúde no Brasil também pode ser feita (CNPJ) e cadastradas no Instituto Nacional do por meio da Relação Anual de Informações So- Seguro Social (INSS). É possível identificar a ciais (RAIS).29 Trata-se de uma das fontes es- quantidade de estabelecimentos relacionados tatísticas mais confiáveis sobre o mercado de às atividades de serviços de complementação trabalho formal. A RAIS fornece um conjunto diagnóstica e subclasses: laboratórios de ana- de variáveis relevantes para compreender a tomia patológica e citológica, laboratórios clí- dinâmica do mercado de medicina diagnós- nicos, serviços de tomografia, entre outros. No tica, além do número de empregos gerados no entanto, o período de apuração da RAIS com- setor através da coleta das informações sobre a preende o ano de 2018, considerando o con- quantidade dos vínculos empregatícios da ad- junto de dados mais recentes disponíveis na ministração pública e privada de empresas ins- base de dados. 29. Instituída pelo Decreto nº 76.900, de 23/12/75. Ministério da economia / secretaria especial de previdência e trabalho.

124 Segundo dos dados da RAIS, nados às atividades de serviços de existiam aproximadamente 12.086 diagnóstico e terapêutica. laboratórios clínicos e 6.564 unida- des de serviços de diagnóstico por Ao analisar a variação acumulada imagem em 2018. O gráfico a seguir nos últimos 10 anos, nota-se um au- ilustra a evolução da quantidade de mento de 212,5% do número de esta- estabelecimentos relacionados às belecimentos de bancos de células e atividades de serviços de comple- tecidos humanos. Já a quantidade de mentação diagnóstica. No total, são estabelecimentos de anatomia patoló- 24.238 estabelecimentos relacio- gica apresentou redução de 4,4%. Gráfico 2 Número de estabelecimentos relacionados às atividades de serviços de complementação diagnóstica30 (2008-2018) Fonte: RAIS Estabelecimento – Ministério do Trabalho. Acesso em 27/7/20. Elaboração Abramed. 14.000 12.086 12.000 10.000 8.000 6.564 6.000 4.000 2.233 2.000 1.350 1.181 462 337 25 Painel Abramed | 2020 0 Laboratórios Serviços de Serviços de Serviços de Serviços Bancos de Atividades não Laboratórios de anatomia diagnóstico tomografia ressonância de diálise, células e tecidos especificadas clínicos patológica e por imagem magnética quimioterapia, citológica radioterapia, humanos hemoterapia, litotripsia 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 30. Considera o CNPJ exclusivo para as atividades relacionadas.

12.086 laboratórios clínicos e 125 6.564 unidades de diagnóstico por imagem segundo a RAIS. Gráfico 3 Evolução do número de estabelecimentos relacionados às atividades de diagnóstico e terapêutica (2008 base 100 – variação acumulada 2008-2018) Fonte: RAIS Estabelecimento – Ministério do Trabalho. Acesso em 27/7/20. Elaboração Abramed. 212,5% Nota: Legenda em ordem decrescente com relação a variação entre 2008 e 2018. 250% 200% 150% 161,2% 100% 87,2% Mercado brasileiro de medicina diagnóstica 83,8% 50% 71,1% 0% 17,8% -4,4% -50% 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Bancos de células e tecidos humanos Serviços de tomografia Serviços de diagnóstico por imagem Serviços de ressonância magnética Serviços de diálise, quimioterapia, radioterapia, hemoterapia, litotripsia Laboratórios de anatomia patológica e citológica Laboratórios clínicos

126 Considerando a variação nas regiões entre 2008 e 2018, o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste uma expansão mais acelerada. Nessas regiões, o número de labora- tórios clínicos aumentou 123,4%, 107,5% e 94,5%, respectivamente, nos últimos dez anos. Nessas regiões os centros de diagnóstico por imagem apresentaram um au- mento ainda maior, com variação de 273,4%, 265,9% e 201,8%, nesta ordem. Tabela 3 Número de estabelecimentos relacionados às atividades de serviços de complementação diagnóstica (2008/2018) Fonte: RAIS Estabelecimento – Ministério do Trabalho. Acesso em 27/7/20. Elaboração Abramed. Nota: ∆(abs) – Variação absoluta Região Laboratórios Diagnóstico Laboratórios de Serviços de Serviços de Clínicos por Imagem Anatomia Patológica Tomografia Ressonância Magnética e Citológica 2008 2018 2008 2018 10 20 10 7 2008 2018 2008 2018 2008 2018 35 110 42 79 132 197 157 163 Norte 325 726 94 351 71 92 59 80 54 62 34 55 23 26 Nordeste 1.342 2.785 328 1.200 315 347 270 462 286 337 Sudeste 2.770 4.808 1.246 3.016 648 557 Sul 1.544 2.610 574 1.179 230 231 Centro-Oeste 595 1.157 271 818 148 123 Total 6.576 12.086 2.513 6.564 1.412 1.350 Região ∆(abs) ∆ (%) ∆(abs) ∆ (%) ∆(abs) ∆ (%) ∆(abs) ∆ (%) ∆(abs) ∆ (%) Norte Nordeste 401 123,4 257 273,4 21 29,6 10 100,0 -3 -30,0 Sudeste Sul 1.443 107,5 872 265,9 32 10,2 75 214,3 37 88,1 Centro-Oeste Total 2.038 73,6 1.770 142,1 -91 -14,0 65 49,2 6 3,8 1.066 69,0 605 105,4 1 0,4 21 35,6 8 14,8 Painel Abramed | 2020 562 94,5 547 201,8 -25 -16,9 21 61,8 3 13,0 5.510 83,8 4.051 161,2 -62 -4,4 192 71,1 51 17,8 Um dado interessante é que a maior parte das empresas que atuam no setor de medicina diagnóstica apresentam estruturas reduzidas com relação ao nú- mero de empregados. Nota-se que, em média, 78,8% das empresas nos seg- mentos analisados têm até nove empregados e, menos de 1% das empresas têm mais de 100 empregados. Esses números demonstram que as empresas familia- res foram um arranjo predominante no setor.

Tabela 4 Estrutura das empresas de medicina diagnóstica segundo o número de empregados (2018) Fonte: RAIS Estabelecimento – Ministério do Trabalho. Acesso em 27/7/20. Elaboração Abramed. 127 Tamanho Laboratórios Diagnóstico Laboratórios de Serviços de Serviços de (empregados) Clínicos por Imagem Anatomia Patológica Tomografia Ressonância Magnéticta e Citológica 30 205 9 0 empregado 731 372 63 107 123 66 65 De 1 a 4 6.414 3.517 635 39 64 13 53 De 5 a 9 2.509 1.336 281 1 19 1 2 De 10 a 19 1.361 776 223 – 1 – 1 De 20 a 49 710 412 115 462 – 337 De 50 a 99 223 102 20 De 100 a 249 112 40 11 De 250 a 499 15 8 2 De 500 a 999 8 1 – 1.000 ou mais 3 – – Total 12.086 6.564 1.350 Com relação ao tipo de inscrição na RAIS, a maior parte dos estabelecimen- Mercado brasileiro de medicina diagnóstica tos relacionados às atividades de serviços de complementação diagnóstica pos- sui inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), enquanto uma parcela reduzida apresenta inscrição no Cadastro Nacional de Obras (CNO) ou Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF), em 2018. Tabela 5 Tipo de inscrição na RAIS das empresas de medicina diagnóstica (2018) Fonte: RAIS Estabelecimento – Ministério do Trabalho. Acesso em 27/7/20. Elaboração Abramed. Tipo de Laboratórios Diagnóstico Laboratórios de Serviços de Serviços de inscrição Clínicos por Imagem Anatomia Patológica Tomografia Ressonância qtde. % qtde. % Magnética qtde. % e Citológica qtde. % qtde. % 322 95,5 12 3,6 CNPJ 12.011 99,4 6.406 97,6 1.303 96,5 456 98,7 3 0,9 337 100,0 CEI 68 0,6 116 1,8 46 3,4 6 1,3 CAEPF 7 0,1 42 0,6 1 0,1 – – Total 12.086 100,0 6.564 100,0 1.350 100,0 462 100,0

Equipamentos de diagnóstico 128 por imagem Estavam em uso no Brasil, 138.135 equipamento de diagnóstico por imagem ao final de 2019, segundo dados do CNES. No mesmo período, havia 47.624 equi- pamentos de métodos gráficos e 43.147 equipamentos ópticos. O setor de medi- cina diagnóstica investe no desenvolvimento de novas tecnologias a cada ano. O avanço de tecnologias dos equipamentos laboratoriais e de imagem permite que os exames de diagnóstico sejam realizados em grande escala, em menor tempo, com melhor qualidade e precisão, preservando o bem-estar dos pacientes. Os dados desta seção foram atualizados até dezembro de 2019 em razão de diver- Gráfico 4 Quantidade de equipamentos de diagnóstico por imagem, métodos gráficos e ópticos em uso no Brasil (2010-2019) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. 160.000 140.000 138.135 Painel Abramed | 2020 120.000 Quantidade de equipamentos 100.000 88.694 80.000 60.000 47.624 40.000 43.147 20.000 30.659 28.500 Diagnóstico por Imagem Métodos ópticos Métodos gráficos 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

129 gências dos resultados encontrados para o mês de junho de 2020. O gráfico a seguir ilustra a evolução da quantidade de equipamentos nos últimos dez anos. No Brasil, há maior disponibilidade de aparelhos de ultrassom, com 41.644 unidades disponíveis em uso ao final de 2019, seguido por 28.539 aparelhos de raio-x e 5.847 mamógrafos. Os aparelhos de imagem para exames mais sofisticados, como tomó- grafo, ressonância magnética, gama-câmara e PET/CT, totalizam em conjunto 8.516 aparelhos em uso no país. Gráfico 5 Número de equipamentos de imagem em uso no Brasil (2010-2019) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. Nota: Raio-X não considera os equipamentos de Raio-X dentário. 84.546 Quantidade de equipamentos 57.943 Mercado brasileiro de medicina diagnóstica 41.644 25.102 28.539 23.942 4.214 5.847 4.989 2.702 780 743 2.803 1.102 82 Total Ultrassom Raio-x Mamógrafo Tomógrafo Ressonância Gama PET/CT computadorizado magnética câmara 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

130 Gráfico 6 Aparelhos e exames de ressonância magnética (2018 ou ano mais recente) Fontes: OECD Health Statistics 2019. ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019. Ministério da Saúde – Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS. Elaboração Abramed. Nota: Aparelhos por milhão de habitantes e exames por mil habitantes. Brasil SUS e Brasis SS (Saúde Suplementar) consideram o mesmo número de aparelhos. Japão 55,2 112,3 Estados Unidos 118,9 37,6 143,4 Alemanha 114,1 Painel Abramed | 2020 Coreia do Sul 34,7 71,4 36,3 74,1 Itália 29,1 Suíça 28,6 64,7 OCDE 23,3 Espanha 16,7 88,0 França Austrália 16,3 Brasil SUS Brasil SS 14,2 44,8 Canadá 14,2 8,6 177,5 12,9 12,9 50,5 10,0 0,0 20, 0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0 140,0 160,0 180,0 200,0 Exames (por mil) Aparelhos (por milhão)

O Brasil ocupa algumas posições abaixo da média dos 131 países-membros da OCDE (16,7) em relação ao número de aparelhos de ressonância magnética por milhão de ha- bitantes, com 12,9 aparelhos para 1 milhão de habitantes. O exame de ressonância é amplamente utilizado para de- tecção de doenças neurológicas, ortopédicas, abdomi- nais, cervicais e cardíacas, e também pode contribuir para o diagnóstico de outras doenças, como esclerose múltipla, câncer, problemas cardíacos e algumas infecções. Situação semelhante ocorre com relação ao número de tomógrafos por milhão de habitante. Enquanto a média para os países membros da OCDE é de 26,8 aparelhos a cada um milhão de habitantes, no Brasil essa proporção é de 23,7. Gráfico 7 Aparelhos e exames de tomografia computadorizada (2018 ou ano mais recente) Fontes: OECD Health Statistics 2019. ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019. Ministério da Saúde – Sistema de Informações Mercado brasileiro de medicina diagnóstica Ambulatoriais do SUS. Elaboração Abramed. Nota: Aparelhos por milhão de habitantes e exames por mil habitantes. Brasil SUS e Brasis SS (Saúde Suplementar) consideram o mesmo número de aparelhos. Japão 64,4 111,5 230,8 Austrália 134,4 204,6 Estados Unidos 42,6 270,5 39,3 109,9 189,7 Suíça 38,2 Coreia do Sul 35,1 148,5 34,7 89,9 Alemanha 26,8 Itália 36,2 144,1 OCDE 23,7 23,7 163,1 Brasil SUS 18,6 114,9 Brasil SS 17,4 Espanha 15,3 159,4 França Canadá 0,0 50, 0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 Exames (por mil) Aparelhos (por milhão)

132 O Brasil não apresenta unifor- ção dos atendimentos, independen- midade na distribuição de equipa- temente da existência ou não de rede mentos de diagnóstico por imagem, assistencial. Nesse caso, ao ofertar o ocorrendo uma disponibilidade maior produto, a operadora deverá garantir em algumas regiões e escassez em o atendimento em outro prestador e, outras. Tal fato dificulta o acesso a caso não haja, deverá garantir o aten- exames essenciais para a detecção dimento em outro município, ou ainda, precoce de doenças e pode ser ob- reembolsar integralmente as despesas servado por meio da distribuição dos do atendimento. A legislação e regu- aparelhos selecionados e indicados lamentação atual impõem um padrão nos mapas a seguir. Enquanto algu- mínimo de cobertura assistencial con- mas regiões concentram parte impor- siderando o ROL de procedimento e tante da oferta, outras se encontram eventos em saúde, certamente dificul- distantes de qualquer centro de pres- tando a ampliação da população co- tação de serviços de imagem. berta por planos privados. A existência de regras mais flexíveis com produtos A Resolução Normativa (RN) nº 259 adequados às especificidades regio- da ANS garante o atendimento do be- nais com preços mais acessíveis po- neficiário de plano privado de saúde deriam contribuir para o crescimento e estabelece os prazos para realiza- desse mercado. Mapa 2 Equipamentos de gama câmara por município (dez.2019) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 Gama câmara Município Total de aparelhos 743 Possui (qtde.) 217 0 Não possui (qtde.) 5.353 >=1 Possui (%) 3,9% Não possui (%) 96,1%

133 Escassez de equipamentos de diagnóstico dificulta o acesso a exames essenciais para detecção precoce de doenças. Mapa 3 Equipamentos de mamografia por município (dez.2019) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed.Município Mercado brasileiro de medicina diagnósticaMamógrafo Total de aparelhos 5.847 Possui (qtde.) 1.234 0 Não possui (qtde.) 4.336 >=1 Possui (%) 22,2% Não possui (%) 77,8%

Mapa 4 Equipamentos de PET/CT por município (dez.2019) 134 Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. PET/CT Total de aparelhos 82 Município Possui (qtde.) 35 0 Não possui (qtde.) 5.535 >=1 Possui (%) 0,6% Não possui (%) 99,4% Mapa 5 Equipamentos de tomografia computadorizada por município (dez.2019) Fontes: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 Tomógrafo computadorizado Total de aparelhos 4.989 Município Possui (qtde.) 850 0 Não possui (qtde.) 4.720 >=1 Possui (%) 15,3% Não possui (%) 84,7%

Mapa 6 Equipamentos de ressonância magnética por município (dez.2019) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. 135 Ressonância Magnética Total de aparelhos 2.702 Município Possui (qtde.) 507 0 Não possui (qtde.) 5.063 >=1 Possui (%) 9,1% Não possui (%) 90,9% Mapa 7 Equipamentos de ultrassom por município (dez.2019) Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Acesso em 30/9/2020. Elaboração Abramed. Mercado brasileiro de medicina diagnóstica Ultrassom Total de aparelhos 41.644 Município Possui (qtde.) 3.731 0 Não possui (qtde.) 1.839 >=1 Possui (%) 67,0% Não possui (%) 33,0%

Mercado de trabalho no setor 136 de medicina diagnóstica Painel Abramed | 2020 O setor de medicina diagnós- tica foi responsável por 264,2 mil postos de trabalho31 em 2019, com aumento de 2,4%, na comparação com o ano anterior. Considerando o conjunto de atividades relaciona- das ao mercado de saúde32, foram mais de 2,3 milhões de empregos, um aumento de 4,0% na mesma base de comparação. Esse contin- gente corresponde a 5,9% do total dos vínculos formais33 de traba- lho no Brasil e, a cada ano, o setor tem aumentado a sua participação no mercado de trabalho formal. Os laboratórios de análises clínicas e anatomia patológica são respon- sáveis por 50,9% dos vínculos do setor, enquanto os serviços de ima- gem correspondem por 23,1%, se- gundo dados do CAGED. Ao analisar o ritmo de variação dos últimos cinco anos, percebe-se que o número de empregados no setor de medicina diagnóstica cres- ceu, em média, 3,4% ao ano34, en- quanto o mercado de saúde cresceu 3,1% e o mercado de trabalho enco- lheu 0,1%. Não obstante ao desen- volvimento de novas tecnologias e métodos de diagnóstico laboratoriais e de imagem, trata-se de um setor in- tensivo na utilização de mão de obra.

Tabela 6 Estoque de empregos no setor de medicina diagnóstica e terapêutica, mercado de saúde e mercado de trabalho (2015-2019) Fonte: CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Elaboração Abramed. 137 Tipo de estabelecimento 2015 2016 2017 2018 2019 12.734 13.290 13.626 Laboratórios de anatomia patológica e citológica 13.441 12.773 107.776 117.540 120.983 Mercado brasileiro de medicina diagnóstica 95.756 103.588 16.228 17.625 18.319 Laboratórios clínicos 15.202 15.270 4.521 4.541 4.779 3.733 4.339 39.301 41.408 42.065 Serviços de diálise e nefrologia 36.420 39.258 5.173 5.958 5.973 3.156 3.666 7.561 8.235 8.267 Serviços de tomografia 5.764 5.961 1.992 2.164 2.210 Serviços de diagnóstico por imagem com uso de 1.739 1.797 radiação ionizante, exceto tomografia 3.303 3.046 3.119 2.663 3.009 5.054 4.827 4.816 Serviços de ressonância magnética 4.557 4.832 1.264 1.153 1.202 1.312 1.194 7.968 6.992 7.267 Serviços de diagnóstico por imagem sem uso de 7.931 7.886 80 85 84 radiação ionizante, exceto ressonância magnética 73 70 180 309 327 196 222 31.267 30.768 31.202 Serviços de diagnóstico por registro gráfico – 39.228 32.324 ECG, EEG e outros exames análogos 244.402 257.941 264.239 231.171 236.189 Serviços de diagnóstico por métodos ópticos – 2.121.573 2.202.459 2.291.487 endoscopia e outros exames análogos Serviços de quimioterapia Serviços de radioterapia Serviços de hemoterapia Serviços de litotripsia Serviços de bancos de células e tecidos humanos Atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica não especificadas anteriormente Total atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica Total Mercado de Saúde1 2.028.038 2.066.002 Total Mercado de Trabalho 39.202.505 37.875.947 37.863.983 38.410.428 39.054.507 31. Dado elaborado a partir do estoque de empregos do setor no ano de 2018 e o somatório das movimentações do ano de 2019. 32. Atividades de atendimento hospitalar, Serviços móveis de atendimento a urgências, Serviços de remoção de pacientes, exceto os serviços móveis de atendimento a urgências, Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos, Atividades de serviços de complementa- ção diagnóstica e terapêutica, Atividades de profissionais da área de saúde, exceto médicos e odontólogos, Atividades de apoio à gestão de saúde, Atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente, Atividades de assistência a idosos, deficientes físicos, imunodeprimidos e convalescentes prestadas em residências coletivas e particulares, Atividades de fornecimento de infraestrutura de apoio e assistência a paciente no domicílio, Atividades de assistência psicossocial e à saúde a portadores de distúrbios psíquicos, deficiência mental e dependência química. 33. Emprego formal – considera a contratação por meio da CLT. 34. CAGR – 2015/2019.

138 No que diz respeito à distribuição do número de empregados segundo a região geográfica, 53,3% do total estão distribuídos no Sudeste, se- guidos por 18,4% no Nordeste, 13,9% no Sul, 9,7% no Centro-Oeste e 4,7% no Norte. Tabela 7 Empregos no setor de medicina diagnóstica e terapêutica, segundo a região (2019) Fonte: CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Elaboração Abramed. Tipo de estabelecimento Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 6.708 1.909 1.178 Painel Abramed | 2020 Laboratórios de anatomia patológica e citológica 1.003 2.828 60.869 18.129 11.698 6.418 23.869 8.790 2.412 2.009 Laboratórios clínicos 1.030 4.078 2.061 914 567 208 1.029 22.386 6.282 5.086 Serviços de diálise e nefrologia 1.558 6.753 2.950 1.127 385 180 1.331 3.809 1.208 988 Serviços de tomografia 303 1.959 844 287 292 Serviços de diagnóstico por imagem com uso de 239 548 radiação ionizante, exceto tomografia 1.628 367 452 172 500 2.744 596 403 Serviços de ressonância magnética 250 823 505 357 133 35 172 5.090 526 491 Serviços de diagnóstico por imagem sem uso de 86 1.074 48 20 – radiação ionizante, exceto ressonância magnética 12 4 301 19 2 – 5 22.113 2.605 1.867 Serviços de diagnóstico por registro gráfico – 847 3.770 ECG, EEG e outros exames análogos 140.846 36.758 25.551 12.341 48.743 Serviços de diagnóstico por métodos ópticos – 1.235.171 362.033 203.933 endoscopia e outros exames análogos Serviços de quimioterapia Serviços de radioterapia Serviços de hemoterapia Serviços de litotripsia Serviços de bancos de células e tecidos humanos Atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica não especificadas anteriormente Total atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica Total Mercado de Saúde1 88.904 401.446

139 Tabela 8 Empregos no setor de medicina diagnóstica e terapêutica, segundo faixa etária (2019) Fonte: CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Elaboração Abramed. Tipo de estabelecimento Até 17 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 ou mais Laboratórios de anatomia patológica e citológica 76 2.640 2.437 4.376 2.701 1.322 74 Laboratórios clínicos 861 23.771 22.755 40.971 22.216 9.881 528 Serviços de diálise e nefrologia 71 2.057 2.499 7.050 4.568 1.991 83 Serviços de tomografia 48 846 821 1.794 933 332 5 Serviços de diagnóstico por imagem com uso de 355 8.108 7.795 14.818 7.629 3.164 196 radiação ionizante, exceto tomografia Serviços de ressonância magnética 49 1.205 1.174 2.096 1.040 380 29 Serviços de diagnóstico por imagem sem uso de 62 1.546 1.472 2.751 1.616 773 47 Mercado brasileiro de medicina diagnóstica radiação ionizante, exceto ressonância magnética Serviços de diagnóstico por registro gráfico – 13 426 426 753 385 198 9 ECG, EEG e outros exames análogos Serviços de diagnóstico por métodos ópticos – 13 441 507 1.152 698 298 10 endoscopia e outros exames análogos Serviços de quimioterapia 23 495 811 2.030 1.028 408 21 Serviços de radioterapia 11 127 225 478 245 108 8 Serviços de hemoterapia 17 706 927 2.483 1.668 1.322 144 Serviços de litotripsia – 9 11 21 25 18 – Serviços de bancos de células e tecidos humanos 7 30 66 121 71 29 3 Atividades de serviços de complementação diagnóstica 298 5.732 5.168 10.912 6.027 2.889 176 e terapêutica não especificadas anteriormente Total atividades de serviços de 1.904 48.139 47.094 91.806 50.850 23.113 1.333 complementação diagnóstica e terapêutica Total Mercado de Saúde1 15.343 233.034 372.200 820.887 539.889 309.185 13.422

Gráfico 8 Proporção de empregos no setor de medicina diagnóstica e terapêutica, mercado de saúde e mercado de trabalho segundo a faixa etária (2019) 140 Fonte: CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Elaboração Abramed. 34,7% 35,6% 30,4% 18,2% 17,8% 23,4% 22,4% 19,2% 15,0% 16,2% 16,0% 13,9% 13,4% 10,1% 8,7% 0,7% 0,7% 1,0% 0,5% 0,6% 1,3% até 17 18 a 24 25 a 29 30 a 39 40 a 49 50 a 64 65 + Atividades de serviços de complementação diagnóstica e terapêutica Mercado de Saúde Mercado de Trabalho Painel Abramed | 2020 Proporção de A análise do contingente de ocupa- empregos no setor dos segundo a faixa etária demonstra que, segundo a idade nas atividades de serviços de diagnóstico, é maior na faixa 34,7% dos empregados têm entre 30 a 39 etária de anos e 19,2% entre 40 a 49 anos. A pro- 30 a 39 anos. porção no setor de diagnóstico está em sintonia com a proporção observada no mercado de saúde e de trabalho em geral. Porém, ao contrário dos outros setores, ob- serva-se uma proporção de 18,2% de em- pregados com idade entre 18 a 24 anos. Isso é devido à alta empregabilidade do setor, especialmente nas atividades laboratoriais e de imagem, nas quais destaca-se a partici- pação de pessoas com formação técnica.

Incorporação 141 de novos exames de diagnóstico A incorporação de novos O processo de atualização do Rol Mercado brasileiro de medicina diagnóstica procedimentos no mer- conta com a participação do Comitê cado de saúde suple- Permanente de Regulação da Aten- mentar é regulamentada ção à Saúde (COSAÚDE), de caráter pela Resolução Normativa nº 439/2018 consultivo. É o fórum pelo qual se es- por meio de ciclos de atualização que tabelece o diálogo permanente com ocorrem a cada dois anos. A defini- os agentes da saúde suplementar e ção de diretrizes para sua utilização e a com a sociedade sobre as questões classificação de procedimentos de alta da regulação da atenção à saúde complexidade são definidos pela ANS. na saúde suplementar. Ao final, a As propostas de solicitação de inclu- ANS realiza uma análise técnica das são, exclusão ou alteração de uma tec- propostas elegíveis, isto é, as que nologia devem atender a uma série de cumpriram todos os requisitos de in- requisitos obrigatórios de informação: formação dispostos no art. 9 da RN apresentação de um Parecer Técnico 439/2018. Em seguida, as propos- Científico (PTC) ou Revisão Sistemá- tas são submetidas à Consulta Pú- tica, com a descrição das evidências blica, subsidiando as decisões sobre científicas relativas à eficácia, efetivi- as atualizações do Rol. Os procedi- dade, acurácia e segurança da tecno- mentos incorporados pela ANS por logia em saúde proposta, bem como meio do Rol são aqueles que apre- estudo de Avaliação Econômica em sentam ganhos coletivos e melhores Saúde (AES) e Análise de Impacto resultados clínicos para os pacien- Orçamentário (AIO). As propostas tes. A inclusão de novas tecnologias também devem considerar como refe- é precedida de um processo de ava- rência edições atualizadas de diretrizes liação criterioso, em conformidade metodológicas do Ministério da Saúde com as políticas nacionais de saúde, elaboradas para cada um dos temas e e contempla evidências científicas, disponíveis na biblioteca virtual da Co- necessidade social, disponibilidade missão Nacional de Incorporação de de recursos e a prevalência de doen- Tecnologias no SUS (CONITEC). ças na população.

. 142 Para avaliar as estimativas de im- meiro ano de vigência do novo Rol, o pacto orçamentário desenvolvidas ano de 2018, em termos quantitativos acerca do conjunto de dez exames in- e de despesas assistenciais, frente às corporados com a publicação do Rol estimativas (expectativas) aponta- 2018 na Saúde Suplementar, a Abra- das por meio de estudos prelimina- med usou uma metodologia de aná- res antes da vigência da cobertura lise que consiste na observação dos obrigatória estabelecida pela Agên- resultados (realidade) após o pri- cia ANS. Painel Abramed | 2020 Novas Diagnóstico tecnologias desempenham No início de 2018, entrou em vigor um papel o Rol de Procedimentos e Eventos em essencial na Saúde, que estabeleceu a cobertura qualidade, mínima obrigatória dos planos e segu- rapidez e ros de assistência médica adicionando, precisão do entre outros procedimentos, dez novos diagnóstico. exames complementares relaciona- dos à medicina diagnóstica. As novas tecnologias desempenham um papel essencial na qualidade, rapidez e preci- são do diagnóstico, possibilitando tam- bém a definição e o monitoramento de tratamentos, elevando as chances de controle e cura de doenças. Outro fator importante é que as novas tecnologias, por meio de exa- mes preditivos e não invasivos, pre- zam cada vez mais pelo bem-estar dos pacientes, por meio de promo- ção da saúde e prevenção de doen- ças. No entanto, a incorporação de novos procedimentos em saúde é muitas vezes apontada como um dos principais fatores que impulsionam o crescimento das despesas assisten- ciais no mundo, segundo diversos au- tores e estudos35. 35. BALFOUR et al., 2004; BECKER, 2004; CAREY, 2003; HOF, 2003; VASSALO, 1997. Is Technological Change In Medicine WorthIt?

É imprescindível analisar o tra- forma, a AIO se constitui em uma fer- 143 de-off36 entre as contribuições para ramenta fundamental para os gesto- qualidade da assistência à saúde da res do orçamento da saúde pública Mercado brasileiro de medicina diagnóstica população e o impacto orçamentário e suplementar, auxiliando a previ- e financeiro dos governos e empre- são orçamentária em um intervalo de sas. Dessa forma, é necessário avaliar tempo definido. Entretanto, sua utili- com precisão a variação das despe- zação não é recomendada para ge- sas médicas decorrentes do processo neralizar resultados, ou seja, a análise de incorporação de novas tecnolo- de impacto orçamentário deve ser gias, especialmente no que diz res- elaborada para circunstâncias espe- peito às estimativas de impacto cificas38. Na análise elaborada pela orçamentário realizadas acerca do Abramed, as premissas para o desen- conjunto de exames incorporados na volvimento da análise da estimativa saúde suplementar. de impacto orçamentário conside- raram: dados sobre a quantidade de Antes de apresentar a análise exames incorporados no Rol 2018, sobre as estimativas e resultados ob- cedidos pela ANS; dados do estudo servados, é interessante conceituar da CNI; e dados das empresas asso- a base do estudo apresentado pela ciadas à Abramed. Confederação Nacional da Indústria (CNI): Análise de impacto orçamen- Na análise elaborada pela Abra- tário (AIO)37. A AIO pode ser definida med, as premissas para o desenvol- como a avaliação das consequên- vimento da estimativa de impacto cias financeiras advindas da adoção orçamentário consideraram: dados de uma nova tecnologia ou procedi- sobre a quantidade de exames incor- mento (intervenção) em saúde, con- porados no Rol 2018, cedidos pela siderando um determinado cenário ANS; dados do estudo da CNI; e dados de saúde com recursos finitos. Dessa das empresas associadas à Abramed. Quantidade de exames estimados versus realizados Segundo o estudo da CNI, seriam estimados e realizados, nota-se que as realizados 77.441 novos exames no pri- estimativas apontadas pela CNI e divul- meiro ano de vigência do Rol, em 2018. gadas à época da definição do referido Todavia, no referido período se ob- Rol se concretizaram em 48,6%, con- servou a realização de 37.665 exames siderando o volume contabilizado pela segundo dados das associadas à Abra- Abramed, e em apenas 7,9% do vo- med e 6.116 exames segundo dados da lume de exames projetados para ano ANS, conforme tabela a seguir. No que de 2018, com base na quantidade de diz respeito à quantidade de exames exames realizados apurados pela ANS. 36. Trade-off ou tradeoff se caracteriza por uma ação econômica que visa à resolução de um problema, mas acarreta outro, obrigando uma escolha. 37. Análise de impacto orçamentário das tecnologias incorporadas pelo rol de 2018 da ANS – Confederação Nacional da Indús- tria – CNI. 38. Alvarez (2012, cap. 10).

144 Tabela 9 Quantidade e proporção de exames de laboratoriais e de imagem selecionados – estimados segundo CNI e realizados segundo Abramed e ANS (2018) Fontes: CNI, Abramed e ANS. Elaboração Abramed. Projetado – Observado Variação (%) Análise de impacto Observado vs. Exames orçamentário Projetado Angiotomografia arterial de membro inferior Cadeias leves livres Kappa/Lambda Quantidade (%) Antígenos de Aspergillus Galactomannan Ressonância magnética (RM) fluxo liquórico CNI Abramed ANS Abramed ANS Elastografia Hepática Ultrassônica Detecção/tipagem Herpes Vírus 1 e 2 no líquor 20.038 1.970 1.716 9,8 8,6 ALK – Pesquisa de mutação Aquaporina 4 (Aqp4) 19.362 15.113 n.d. 78,1 n.d. Angio-RM arterial de membro inferior Toxoplasmose – Pesquisa em Líquido 13.984 10.058 n.d. 71,9 n.d. Amniótico por PCR Total 5.815 1.247 474 21,4 8,2 Total de exames na Saúde Suplementar Participação 5.135 1.929 3.680 37,6 71,7 4.481 1.718 n.d. 38,3 n.d. 4.363 209 18 4,8 0,4 1.640 3.220 n.d. 196,3 n.d. 1.625 240 174 14,8 10,7 998 1.961 54 196,5 5,4 77.441 37.665 6.116 48,6 7,9 861.460.048 0,009% 0,004% 0,001% Painel Abramed | 2020 É importante ressaltar que ao Rol da ANS gerará incre- a quantidade de exames esti- mento marginal tanto em ter- mada pelo estudo da CNI re- mos quantitativos quanto em presentou apenas 0,009% do relação à despesa assisten- total realizado na saúde su- cial. O cuidado nas afirmações plementar em 2018. Com base para não gerar movimen- nos dados da ANS, esse vo- tos que impactam a redução lume correspondeu a 0,001% por si só de exames e proce- do total, sendo, nas empre- dimentos de diagnóstico re- sas associadas à Abramed, de quer fundamentação voltada 0,004%. Dessa forma, pode- ao desfecho da saúde do pa- -se estimar que a incorpora- ciente, caso contrário pode ção desse conjunto de exames causar danos irreversíveis.

Despesas assistenciais tadas pela CNI correspondem a apenas 145 0,024% do volume de despesa realizado O estudo da CNI estimou uma des- em 2018 com base no montante obser- pesa assistencial de R$ 50,9 milhões para vado pela ANS, e 0,060% considerando o ano de 2018 com base no conjunto de o montante observado pelas associadas dez exames incorporados ao Rol. No en- à Abramed. As premissas acerca do valor tanto, observou-se apenas o total de apurado consideram a quantidade de exa- R$ 7,9 milhões com base nos dados da mes realizados multiplicado pelo valor dos ANS e R$ 20,0 milhões considerando os exames de acordo com o estudo da CNI. dados da Abramed. Nesse caso, as esti- mativas com a despesa assistencial apon- Tabela 10 Despesas estimadas com exames segundo o estudo CNI e valores observados Abramed e ANS com base nas premissas do estudo CNI (2018) Fontes: CNI, Abramed e ANS. Elaboração Abramed. Exames Projetado – Observado Variação (%) Análise de impacto R$ Observado vs. orçamentário Projetado CNI Abramed ANS Abramed ANS Angiotomografia arterial de membro inferior 11.518.265 1.132.395 986.391 9,8 8,6 Cadeias leves livres Kappa/Lambda 14.400.929 11.240.898 n.d. 78,1 n.d. Antígenos de Aspergillus Galactomannan 691.215 497.167 n.d. 71,9 n.d. Ressonância magnética (RM) fluxo liquórico 2.087.801 447.723 170.185 21,4 8,2 Mercado brasileiro de medicina diagnóstica Elastografia Hepática Ultrassônica 8.684.384 3.429.762 6.543.040 39,5 75,3 Detecção/tipagem Herpes Vírus 1 e 2 no líquor 2.209.799 847.300 n.d. 38,3 n.d. ALK – Pesquisa de mutação 8.725.529 418.000 36.000 4,8 0,4 Aquaporina 4 (Aqp4) 506.340 994.207 n.d. 196,4 n.d. Angio-RM arterial de membro inferior 1.674.357 247.334 179.317 14,8 10,7 Toxoplasmose – Pesquisa em Líquido 387.855 838.131 23.080 216,1 6,0 Amniótico por PCR Total 50.886.474 20.092.919 7.938.013 39,5 15,6 Total de despesa na Saúde Suplementar 160.072.341.642 Participação 0,032% 0,013% 0,005% Total despesa assistencial com exames na saúde 33.565.948.039 Participação 0,152% 0,060% 0,024%

146 O avanço tecnológico aplicado à saúde contribui para o aumento da expectativa de vida. Painel Abramed | 2020 É imprescindível que a incor- corporação no ciclo de cuidados da poração de novas tecnologias em saúde. Apesar dos diversos avanços saúde, entre outras, seja precedida positivos nesse sentido, coexistem de análise de impacto orçamentário o uso excessivo, a subutilização e o e, nesse sentido, o estudo da CNI uso indevido dos recursos de saúde. é uma iniciativa apropriada, ali- Algumas análises sistemáticas tam- nhada com os requisitos de informa- bém demonstram a utilização além ção estabelecidos no processo de do necessário na realização de exa- atualização periódica do Rol de Pro- mes de diagnóstico em diversos pa- cedimentos e Eventos em Saúde, no íses. No entanto, é imprescindível âmbito da ANS a partir da divulga- ressaltar que a realização de exa- ção da RN nº 439/2018. mes preventivos e o monitoramento de sintomas que apresentam re- Entretanto, deve ser vista como sultados normais nunca devem ser um complemento à análise de cus- considerados desperdício. Atual- to-efetividade, entre outras, e não mente, não há disponibilidade de in- como alternativa ou análise conclu- formações clínicas do paciente que siva em substituição às demais ava- permitam ao médico uma associa- liações econômicas em saúde. Por ção precisa entre o(s) resultado(s) se tratar de uma estimativa do im- de exames e o histórico de patolo- pacto da adoção de uma nova tec- gias monitoradas. nologia ou procedimento, pode haver ocasiões nas quais a aná- Esse avanço está transformando lise de impacto orçamentário indi- os cuidados com a saúde e a forma que que a incorporação não seja como os médicos se relacionam eficiente, considerando especifica- com os pacientes. Muitas vezes, mente as implicações financeiras. uma nova tecnologia trará benefí- cios em larga escala, com eficiên- É incontestável que o avanço cia para o diagnóstico, tratamento tecnológico aplicado à saúde con- e desfecho clínico dos pacientes e, tribui para o aumento da expecta- principalmente, em convergência tiva de vida, e os benefícios gerados com a sustentabilidade do mercado por esse avanço justificam sua in- de saúde.

Produção 147 assistencial do setor de medicina diagnóstica Saúde Suplementar Mercado brasileiro de medicina diagnóstica Em 2019, os beneficiários de planos e seguros privados de saúde realizaram mais de 1,6 bilhão de procedimentos assistenciais, entre consultas médicas, exa- mes complementares, terapias, internações e procedimentos odontológicos. Na comparação com o ano anterior, o aumento foi de 2,4% e representa a menor taxa de variação anual desde 2014. Considerando o tipo de evento, o número de inter- nações foi o que mais cresceu, 6,5% ante o ano anterior.

148 Tabela 11 Quantidade procedimentos realizados na Saúde Suplementar (milhões – 2015-2019) Fonte: ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019. Elaboração Abramed. Procedimentos 2015 2016 2017 2018 2019 ∆ (%) 2019/2018 Total 1.377,7 1.465,6 1.515,5 1.577,7 1.616,4 2,4 Consultas médicas 266,7 273,0 270,3 274,4 277,5 1,2 Outros atendimentos ambulatoriais 136,6 141,2 157,0 164,2 158,8 -3,3 Exames complementares 747,0 796,8 816,9 861,5 916,5 6,4 Terapias 48,4 70,0 77,2 93,4 72,1 -22,9 Internações 7,9 7,8 8,0 8,1 8,6 6,5 Procedimentos odontológicos 171,2 176,9 186,1 176,2 182,8 3,8 Painel Abramed | 2020 Foram realizados cerca de 916,5 milhões, com au- 916,5 milhões mento de 6,4% em comparação com 2018. Consi- de exames de derando o conjunto de exames no qual o envio de diagnóstico informação é especificado no SIP (Sistema de Infor- realizados em mações de Produtos – ANS) pelas operadoras, desta- 2019 na saúde ca-se a realização de 31,7 milhões de radiografias; 8,3 suplementar. milhões de ressonâncias magnéticas e 7,7 milhões de tomografias computadorizadas, com redução de 0,5% e aumento de 5,5% e 3,7%, respectivamente, ante o ano anterior. O aumento do número de exames na saúde suplementar se deve, essencialmente, à realização dos exames de baixo custo. Em 2018, os exames de raio-X apresentaram valor médio de R$ 24,61 por exame e a hemoglobina glicada, de R$ 12,82 a R$ 20,20 por exame, segundo dados do D-TISS39 da ANS. 39. O D-TISS é um painel disponibilizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para consulta de dados recebidos através do Padrão TISS (Padrão de Troca de Informações da Saúde Suplementar). É possível visualizar a quantidade e o valor médio de honorários praticados em procedi- mentos ambulatoriais (médicos, laboratórios, clínicas) e em procedimentos realizados em ambiente hospitalar nos estabelecimentos que prestam ser- viço às operadoras de planos de saúde.

Tabela 12 Quantidade de exames complementares realizados na Saúde Suplementar 149 (milhões – 2015-2019) Fonte: ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019. Elaboração Abramed. Exames complementares 2015 2016 2017 2018 2019 ∆ (%) 2019/2018 Exames complementares 747,0 796,8 816,9 861,5 916,5 6,4 Radiografia 34,8 34,4 33,1 31,8 31,7 -0,5 Ressonância magnética 6,5 7,1 7,4 7,9 8,3 5,5 Tomografia computadorizada 6,6 7,1 7,2 7,4 7,7 3,7 Ultrassonografia diagnóstica de abdome total 6,1 6,4 6,5 6,9 7,4 7,1 Ultrassonografia diagnóstica de abdome inferior 8,2 7,7 7,0 6,7 7,0 5,2 Citopatologia cérvico-vaginal oncótica em mulheres de 25 a 59 anos 6,8 6,6 6,3 6,1 6,3 3,0 Ecodopplercardiograma transtorácico 5,0 5,1 5,2 5,2 5,7 9,9 Mamografia convencional e digital 5,1 5,1 5,0 5,0 5,1 1,8 Mamografia em mulheres de 50 a 69 anos 2,3 2,3 2,3 2,3 2,4 2,9 Teste ergométrico 3,5 3,5 3,4 3,4 3,6 6,6 Endoscopia digestiva alta 3,3 3,1 3,2 3,3 3,4 1,1 Densitometria óssea – qualquer segmento 2,2 2,2 2,2 2,2 2,3 3,5 Holter de 24 h 1,1 1,2 1,2 1,3 1,5 11,2 Mercado brasileiro de medicina diagnóstica Colonoscopia 1,1 1,1 1,2 1,2 1,3 10,9 Ultrassonografia diagnóstica de abdome superior 1,0 1,0 1,0 0,9 1,0 2,9 Ultrassonografia obstétrica morfológica 1,1 1,0 1,0 1,0 1,0 -0,9 Cintilografia miocárdica 0,6 0,6 0,5 0,5 0,5 5,7 Broncoscopia com ou sem biópsia 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 3,2 Cintilografia renal dinâmica 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,1 Hemoglobina glicada 10,0 11,0 12,0 13,5 15,7 16,6 Pesquisa de sangue oculto nas fezes em pessoas de 50 a 69 anos 1,0 1,0 1,1 1,1 1,2 10,0

150 Em 2019, foram realizados 19,5 exames por beneficiário, em média, na saúde suplementar. O número de exames por bene- crescimento de internações por bene- ficiários foi de 19,5 em 2019, com ficiário (+0,18), com aumento de 6,7% aumento de 6,5% ante 2018. Esse na mesma base de comparação. aumento acompanhou o ritmo de Gráfico 9 Quantidade média de exames complementares realizados por beneficiário na Saúde Suplementar (2015-2019) Fonte: ANS – Mapa Assistencial da Saúde Suplementar 2019 e TabNet. Extraído em 18/8/2020. Elaboração Abramed. Nota: Considera o número médio de beneficiários de planos de assistência médica em cada ano. Considera o número de exames realizados em regime ambulatorial excluindo-se os realizados em regime de internação. 25 20 19,5 15 Painel Abramed | 2020 10 5,9 3,4 5 1,5 0 Outros atendimentos Exames complementares Terapias 0,2 Consultas médicas ambulatoriais 2019 Internações 2015 2016 2017 2018


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