Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore Quase-e

Quase-e

Published by Paroberto, 2023-06-10 14:47:16

Description: Quase-e

Search

Read the Text Version

Quase... de corpo inteiro Passantes Gosto de estar à janela. Minhas tias velhinhas da rua Tiradentes também gostavam. Será por isso que se esqueceram de casar? Entre as folhas da persiana, romances desfilam em relâmpago na rudeza de um olhar, na preferência por uma cor, na sutileza de um gesto contido. O gesto nem precisa ser desenhado, leio-o nos passos do pedestre e no silêncio do passageiro do ônibus que, pregado ao segundo banco, nem se lembra: dois é um número par. ... 202 ...

Vilca Marlene Merizio Ornamento em vermelho e branco Cordões de framboesa embriagaram a vela branca. Que farei com o autor do flagelo? Se não é sangue, também não é caramelo. É só cera, cera e queijo a ferir o violoncelo. ... 203 ...

Quase... de corpo inteiro Os loucos Pobres varões agonizantes sem tentáculos de diamantes para um topázio ou um quartzo qualquer fiar! Talco a rolar pelas encostas não vale nem um níquel nem um cobre Podre latão! (Tão matulão!) Podres donzelas desvairadas postais castiços (ou portais submissos?) de gelados champanhes a gotejar britas do fundo do mar Rico? Dos ricos riem os roucos varões com tentáculos e as donzelas geladas talco postal champanhe sem níquel nem lar ... 204 ...

PARTE VII Outra vez metade É sem dúvida Amor todo este jogo É sem dúvida Amor Mas de repente É sem dúvida Amor e não é nada David Mourão-Ferreira



Vilca Marlene Merizio Amnésia Tento reviver o abraço. Mas fecham-se as portas da memória e só vibram os acordes da música esquecida de ser composta. E a minha alma treme de frio. ... 207 ...

Quase... de corpo inteiro Novo amor Engraçado... Não sei como, nem por quê, de novo o sonho. Foi o olhar? Não. Estava escuro. Foi o abandono no sofá em concha? Não. Era dia. Foi o espanto frente ao desconhecido? Não. O mistério de ser o que já se foi, de trazer do amado os olhos, o enrugamento da testa... Não. As mãos são outras: psíquicas, lisas. Vida a escorrer pela boca, pele de irmão na mordida verde que encolhe a língua Dentes de irmão... E o tremor cessa no ódio ao irmão. ... 208 ...

Vilca Marlene Merizio Em causa, o apagamento das ilhas da linha do coração. Seria o corte no Monte de Marte pela terceira vez vincado? Em pauta, a oferta de uma primeira vez: o café, dedo mindinho levantado, cheirando a futuro. Em suspense, a ternura soçobrando o braço tenso, fingindo que não quer acalento... Calor na pele assanhada. Rumor de beijo desejado. Impressiona-me a coragem de ser promessa quando o lume das velas pesa cinquenta anos! Intriga-me a coragem! Impressiona-me a emoção com que abraça o povo-irmão, pai que lhe ensinou contar à luz da História! Intriga-me tanta coragem entre povos e lendas! ... 209 ...

Quase... de corpo inteiro Raiam-Ihe as lágrimas. E chora e conta e diz sobre Bagdá. A voz é canção. E fica grande o menino perdido que, sabendo tudo, tem olhos de querer aprender e mão de quem sabe dar. A voz cheira a café. O desenho da camisa lembra café. Mas o gosto do sorriso é leite, ternura luzidia que, do compasso da mão, se cristaliza nos olhos. ... 210 ...

Vilca Marlene Merizio Caminhando Sossega, coração. Chegaremos lá. Não importam os sulcos, as linhas do tempo, as encruzilhadas. A velhice não vem de fora, gera-a a alma em sobressalto. ... 211 ...

Quase... de corpo inteiro Rodízio Mastigo entre os dentes acolchoados pelas lembranças o sabor fermentado dos sonhos (A carne molhada ressente-se do nada O orvalho recende a diamantes ao sol mas a película nega a realidade da posse) ... 212 ...



Quase... de corpo inteiro Segredo A mulher, xaile ramado, passou pela minha janela. Cabeça erguida. Não lhe impressionou a primavera: camélias serôdias, azáleas em cálice, troncos a despertar. Cabeça fixa. Olhos no horizonte. O guarda-chuva, cabo para trás. A mulher, lenço florido, não se comoveu com os filhotes da gata, nem com o chilrear dos passarinhos. Seguiu sem olhar a encosta, sem ver os namorados. Nada a lhe causar estranheza. ... 214 ...

Vilca Marlene Merizio Se conhecesse a minha alma, surpreender-se-ia a mulher que passou pela minha janela: xaile ramado, vestido preto, guarda-chuva enrolado, – ponto de interrogação –, negro, fechado, de costas deitado, quase decapitado por aquela mão? Se soubesse dos desejos do guarda-chuva (de erguer-se ponta ao léu, saia de flores ao vento e ao sol; de sorver, ponta ao alto, a cor do capim molhado; de ser, gazela no cio, da exclamação o ponto de honra, o ponto de encontro, o ponto final!); se soubesse disso tudo, surpreender-se-ia a mulher do guarda-chuva – coitado, fechado, amarfanhado, carregado – com tantos desejos embotados na sua mão? ... 215 ...

Quase... de corpo inteiro Mágoa E se eu começasse a escrever sem endereço nem nexo, livre de adereços e de supérfluos? Talvez então pudesse dizer tudo o que quero e o que não quero. Tudo o que penso e o que não penso. Tudo o que detesto. Tudo o que não presta. Tudo o que rejeito. Tudo o que sinto no peito talhado, gorado, mal calafetado, sem um pingo de humor. Só chuva, só luva, só limo, musgo, vinco, visco. Cisco. ... 216 ...

Vilca Marlene Merizio Luto... mais uma vez Que cor é esta? Esta cor que me consome não é deste mundo, não é desta música, não é deste soluçar molhado de vento, não é desta estranha umidade nos ossos, não é da alcatifa encardida pelo pisotear dos sonhos, nem do amargor dos passos de leão que se aproximam. Esta cor que me queima lenta e voraz é da bandeira em luto, hasteada em todos os poros pela qual respira a minha alma. ... 217 ...

Quase... de corpo inteiro Volta em desespero Inverno. Pontas de mil pregos rasgam o meu equilíbrio, e a minha alma, no vazio do estômago, aperta-se diminuta, alheia à poesia, sentimento comparado às árvores esgalhadas, torturadas pelo vento. Como posso contar se este clarão magoa a coragem? Só à noite, posso ser eu mesma. Acordada, engulo os soluços, cerro os dentes, a cara, os poros a respiração, O coração Arde, o estômago espreme em náuseas o aniquilamento. Os nervos torcem-se, enovelam-se e escondem a ponta do perdão. ... 218 ...

Vilca Marlene Merizio Saldo O corpo, olhos de fome, e a mão que não chega. Não a mão que cega, que mente, que mata. A mão esperança, língua efervescente, não consegue ser facho. Sem ritmo, sem afeto, murcha no bolso. ... 219 ...

Quase... de corpo inteiro Retorno sem glória Voltei. Os móveis estão no mesmo lugar. Os livros jazem mofados. Fraqueza vencida, posso escrever o mundo: tua sombra não contém mais o hálito de gigante, e a tua mão, não importa se de padre, de coveiro ou de maestro, dorme na esquina da minha resignação. ... 220 ...

Vilca Marlene Merizio Desencontro Qual térmita alada, procurei no chão fofo e macio a concha para novo castelo. Voei em brilho, embriagada pela cor da liberdade. Perdi asas, ganhei amplidão Voei. Amei, Fui feliz. No entanto, meu parceiro, – asas desprendidas –, não quis juntar-se a mim. E o Tambatajá, promessa de Batismo e Páscoa, sozinho em solo azedo, hibernou. ... 221 ...

Quase... de corpo inteiro A morte, mais uma vez Entre os plátanos dourados te vi, ó luz, estender-me a mão. Exultei. Bendisse o mundo. Renasci. (Ou tudo em mim foi nascimento?) Impiedoso, o tempo; triste, o desengano. Um movimento – nem murmúrio, nem canção – revelou-me as sequelas do outono: O ouro... eram os fungos a matar os troncos; a luz, os faróis do táxi ocupado. E a alegria que era tão minha – pensei que apenas saísse em férias – perdeu-se pelo caminho... Acho que nunca mais voltará. ... 222 ...

Vilca Marlene Merizio Por que fazer do amor segredo? Por que fazer do amor segredo se ele é mais do que certo? É amplexo, é fofura da alma, é brisa, é leveza, é sol; é ver a pontinha do dedo tremendo nas entrelinhas do livro aberto, é ver o rosto tão perto, assustado. É negar que eu presto, é dizer num fôlego só: eu amo uma figura de papel, e repetir, repetir, e não dizer nada, só olhar... Por que não acreditar? Por que não fazer acreditar? Mais uma vez é Natal Por que mais uma vez é depois? O tempo, só resta o tempo. Amanhã será o nosso tempo? Tenho que descobrir por que o Natal é tão triste. ... 223 ...

Quase... de corpo inteiro É triste o Natal É tão triste o Natal. É tão triste o Natal. Tantos lábios próximos, quando teu beijo está ausente! Tantos olhos próximos, quando teu olhar ilumina outras órbitas. Tantas mãos próximas, quando teu corpo aquece outra memória. Tantos lábios, tantos olhos, tantas mãos... e eu vazia de tudo, menos de ti, de tuas mãos, de teus lábios, de teus olhos... É tão triste o Natal! Frio... frio... E é mais triste ainda porque não tenho a certeza de estar viva. Falta-me o rumo. Sou ilha perdida... perdida. ... 224 ...

Vilca Marlene Merizio De tudo só a saudade I Saudade dos passos soando irmãos no basalto ardente Saudade da boca saciando a sede no verde cristalino Saudade do hálito poeta na espessura da pele Saudade da mão quente na dobra da fala Saudade das pernas abraço de vida Saudade das nossas cabeças juntas ao som da mesma balada Saudade das nossas almas gêmeas no dissecar do mesmo tecido Saudade do nosso canto perdido no mesmo vento Saudade das noites de lua do estalido das criptomérias dos serões bordados à viola das janelas de bruma esconde-escondendo a Lagoa das Sete Cidades Saudade de ti canção vinho porto Saudade enfim... do que não pôde ser ... 225 ...

Quase... de corpo inteiro II Na penumbra das acácias o que era fogo se perdeu... O priôlo raio rente ao chão suicidou-se na volta do caminho Não se lhe ouve mais a voz não se lhe alcança mais o vão O seu perfume é luto Saudade... lágrimas no meu pensamento III Parado feminino o mar Alma e corpo fenecem na noite de alumínio Mesmo que as conteiras dancem os plátanos envelhecem debruados de azul. ... 226 ...

Vilca Marlene Merizio IV Orvalha meus olhos o orvalho dos teus Os cravos cheiram a mar O mar é julho... O verão é noite E eu te procuro Quero-te e não estás Chamo-te Já não reconheces o meu cantar Volto às águas: espelho ou leite? No vértice das tuas incertezas no vórtice da minha angústia te vás consumindo... sumindo sozinho... de costas... devagar ... 227 ...

Quase... de corpo inteiro Futuro Como ficar, seguindo adiante... se me afaga a sombra da figueira, se me embriaga o cheiro do jasmim? Como ir... Só lembrança... Se no Brasil eu tenho, mas nos Açores eu sou? ... 228 ...

Sumário Prefácio da primeira edição – 1996 ............................................... 9 Reconhecimento em posfácio ....................................................... 13 Apreciação do conteúdo poético de Quase... de corpo inteiro, .....15 Preâmbulo à segunda edição, 2023, pela autora ......................... 25 Quase... de corpo inteiro PARTE I – Inquietude ...........................................................29 Inquietude................................................................................................ 31 Aurora ..................................................................................................... 32 Jogo .......................................................................................................... 33 Resumo .................................................................................................... 35 Rompimento ........................................................................................... 36 Retrato I ................................................................................................... 37 Entre atos................................................................................................. 38 Mais dias, menos dias ............................................................................ 39 Insegurança ............................................................................................. 40 Lua nova .................................................................................................. 41 Circo ........................................................................................................ 42 Primavera em bola de sabão ................................................................. 43 Novo passo .............................................................................................. 44 Manjar ..................................................................................................... 46 Recomeço ................................................................................................ 47 Plenitude ................................................................................................. 48 Gritos ....................................................................................................... 50

PARTE II – Claridade ...........................................................51 Esperança ................................................................................................ 53 Encanto ................................................................................................... 54 Cotidiano ................................................................................................ 56 Transparência ......................................................................................... 57 Quando? .................................................................................................. 58 Desafogo .................................................................................................. 59 Aragem nova .......................................................................................... 60 Desconhecimento .................................................................................. 61 Felicidade ................................................................................................ 62 Namoro ................................................................................................... 63 Romance ................................................................................................. 64 Mito ......................................................................................................... 65 Princípio .................................................................................................. 66 Despertar ................................................................................................. 68 Repouso ................................................................................................... 69 Modo ....................................................................................................... 70 Sonho ....................................................................................................... 71 Respiração ............................................................................................... 72 Eco ........................................................................................................... 73 Febre ........................................................................................................ 74 Sonho: sonhos? ....................................................................................... 75 Bússola ou astro-rei? .............................................................................. 76 Novo despertar ....................................................................................... 77 Aceitação à pirandello ........................................................................... 78 Atração .................................................................................................... 79 Já posso pensar em flores ...................................................................... 80 Contentamento ...................................................................................... 81 Querer ..................................................................................................... 82 Ainda ....................................................................................................... 83 Entrega .................................................................................................... 84

Ocasião .................................................................................................... 85 Desengano .............................................................................................. 86 Muro ........................................................................................................ 87 Distância ................................................................................................. 88 Prisão ....................................................................................................... 89 Bem dentro ............................................................................................. 90 Hipótese .................................................................................................. 91 Unidade ................................................................................................... 92 Fim de ano .............................................................................................. 93 Cântico .................................................................................................... 94 Fala ........................................................................................................... 95 Súplica ..................................................................................................... 96 Homenagem ........................................................................................... 97 Geração antiga ........................................................................................ 98 Festa ......................................................................................................... 99 Insônia ................................................................................................... 100 Assimilação ........................................................................................... 101 Divindade .............................................................................................. 102 Impotência ........................................................................................... 103 PARTE III – Asfixia ............................................................. 105 Ilusão ..................................................................................................... 107 Amargura .............................................................................................. 108 Poema mutilado pronto para consumo ............................................ 109 Parto ....................................................................................................... 110 Dor ......................................................................................................... 111 Interregno ............................................................................................. 112 Decepção ............................................................................................... 113 Enigma .................................................................................................. 114 Premonição ........................................................................................... 116 Até parece .............................................................................................. 117

Agnus-dei .............................................................................................. 118 Despedida ............................................................................................. 119 Omissão ................................................................................................. 120 Era uma vez .... ..................................................................................... 121 Manhã .................................................................................................... 122 Parede .................................................................................................... 123 Pranto .................................................................................................... 124 E assim há de ser .................................................................................. 125 Desespero ou esconjuro ...................................................................... 127 PARTE IV – Outro, o santuário.......................................... 129 Constatação .......................................................................................... 131 Saudade ................................................................................................. 132 À procura de mim................................................................................. 134 Triste acalanto ...................................................................................... 136 Ternura .................................................................................................. 137 Brincadeira ............................................................................................ 138 Minha menina ...................................................................................... 139 Universo feminino ............................................................................... 140 Fado em universo masculino ............................................................. 141 Homem .................................................................................................. 142 A menina da mamã ............................................................................. 145 Lembranças para as minhas irmãs .................................................... 151 Desejo em azul e branco...................................................................... 161 PARTE V – Redenção......................................................... 163 Corpo quase inteiro.............................................................................. 165 Ainda a indecisão.................................................................................. 166 Vazio....................................................................................................... 167 Em vão tento encontrar........................................................................ 168 Esperança em primavera...................................................................... 169 Ciranda de arco-íris.............................................................................. 170

Tua mão direita..................................................................................... 172 Coração.................................................................................................. 173 Melodia azul.......................................................................................... 174 Irei em coche carmesim....................................................................... 175 PARTE VI – Rosto sem medo............................................ 177 Retrato II................................................................................................179 Lápis lilás................................................................................................ 180 Balada..................................................................................................... 181 Forças...................................................................................................... 182 Manhã de chuva em ponta delgada.................................................... 184 Outono em São Miguel........................................................................ 185 Lagoa do congro, em julho.................................................................. 186 Só............................................................................................................. 188 Amigo..................................................................................................... 190 Poema..................................................................................................... 192 Apatia..................................................................................................... 196 Trabalho................................................................................................. 197 Opacidade.............................................................................................. 198 Passantes................................................................................................ 200 Ornamento em vermelho e branco.................................................... 201 Os loucos................................................................................................ 202 PARTE VII – Outra vez metade......................................... 203 Amnésia................................................................................................. 205 Novo amor............................................................................................. 206 Caminhando.......................................................................................... 209 Rodízio................................................................................................... 210 Segredo................................................................................................... 212 Mágoa..................................................................................................... 214 Luto... mais uma vez............................................................................. 215 Volta em desespero............................................................................... 216

Saldo....................................................................................................... 217 Retorno sem glória............................................................................... 218 Desencontro.......................................................................................... 219 A morte, mais uma vez......................................................................... 220 Por que fazer do amor segredo?.......................................................... 221 É triste o Natal....................................................................................... 222 De tudo só a saudade............................................................................ 223 Futuro..................................................................................................... 226

Sobre a autora Vilca Marlene Merizio nasceu em Brusque/SC, em 1944. Brasileira, orgulha-se de sua ascendência portuguesa, pelo lado materno, ao mesmo tempo que valoriza os seus antepassados alemães e italianos, pelo lado do seu pai. Formada em Letras e Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), doutorou-se em Literatura Portuguesa Contemporânea na Universidade dos Açores, Ponta Delgada, ilha de São Miguel, Portugal, onde residiu por 5 anos, como primeira professora de SC convidada para o doutoramento nos Açores, ao abrigo do Convênio de Cooperação e Intercâmbio das duas universidades, assinado em 1984, em Florianópolis. Há 36 anos mantém-se em ligação direta com os Açores, muito especialmente com a Direção Regional das Comunidades, com as sociedades acadêmica, cultural e artística e com os muitos amigos que hoje considera braço de sua família. Em 2021, ficou em segundo lugar na escolha de representante de Santa Catarina para o Conselho da Diáspora Açoriana, promovido pelo Governo dos Açores. Idealizadora, fundadora e Curadora da Biblioteca Açoriana Machado Pires/IHGSC, Florianópolis e co-fundadora da Biblioteca Açoriana Machado Pires II/ Casa Açoriana de Vila Nova/ Imbituba. É sócia emérita do Instituto Histórico de Santa Catarina e membro da Associação Internacional dos Colóquios da Lusofonia/ Portugal, do Instituto de Genealogia de Santa Catarina (INGESC) e das Academias de São José de Letras e da Literária de Imbituba. É Conselheira da Casa Açoriana de Vila Nova, da Associação Educacio- nal para o Desenvolvimento do Ensino Superior e Profissional do Sul (AEDESP-Sul) e Conselheira Pedagógica do Instituto de Educação

Profissional de Imbituba (INEPi). Desde 2020 está como Presidente da Academia Desterrense de Literatura de Florianópolis. Obras: 1) 2023 – Quase... de Corpo Inteiro. 2. ed.: Florianópolis: Arte e Livros, 240 p. 2) 2021 – Há flores e frutos no colo das ilhas: literatura como aporte de aproximação aos Açores. Florianópolis: Arte & Livros. Gráfica Copiart, Tubarão, SC, 192 p. 3) 2021 – Há flores e frutos no colo das ilhas: literatura como aporte de aproximação aos Açores. Florianópolis: Arte & Livros. 192 p. 4) 2018 – Entre o Agora e o Amanhã. A história da União que tem feito diferença na Educação Pública Catarinense/ UNDIME-SC – União dos Dirigentes Municipais de Educação de Santa Catarina; pesquisa, organização e texto: Vilca Marlene Merizio; revisto e ampliado por: Bruna Carvalho Madeira – 1. ed. Tubarão: Copiart, 172 p. 5) 2013 – Dá ROSAS, ROSAS, a quem sonha rosas. Sobre alguns poetas, escritores e artistas brasileiros e portugueses. Estudos Literários. Vol. II. Blumenau: Nova Letra. 403 p. 6) 2012 – Memorial Undime-SC no seu Jubileu de Prata. Pesquisa, organização e texto. Florianópolis: UNDIME-SC/Sagrada Família, 192 p. 7) 2011 – Janelas da Alma, livro de afetos e desejos. 25 anos de poesia. Florianópolis: Papa-Livro, 230 p. 8) 2004 – A História de Um Amor Feliz (Estudo Literário). Florianópolis: Ed. da Autora. 375 p. 9) 2004 – Açores... De memória (Contos). Florianópolis: Ed. da Autora, 2004. 122 p. (Esgotado). 10) 1996 – Quase... de Corpo Inteiro (Poesia). Poemas escritos nos Açores. Florianópolis: Ed. da Autora, 190 p. (Esgotado). 11) 1992 – Mater ou femina: as personagens femininas de David Mourão-Ferreira, Universidade dos Açores, Açores, Portugal, 490 p. [Tese de Doutorado]

12) 1979 – Experiência de Ensino-Aprendizagem, Premiado no Concurso Nacional de Ensino de Redação, Ministério da Educação e Cultura, Brasília. 1979 (1ª ed.); 1980. 2. ed., 180 p. (Esgotado). 13) 1978 – Leitura Metafórica de O Guarda-Roupa Alemão, de Lausimar Laus. Universidade de Santa Catarina. [Dissertação de Mestrado em Literatura Brasileira. E-book: leitura livre em www.vilcaedicoes.com.br 1) 2023 – Quase... de Corpo Inteiro. 2. ed.: Florianópolis: Arte e Livros 240 p. 2) 2021 – Há flores e frutos no colo das ilhas: literatura como aporte de aproximação aos Açores. Florianópolis: Arte & Livros. Gráfica e Editora Copiart, Tubarão, SC, 192 p. 3) 2021 – Minha formação, meu trabalho : Vida!  Florianópolis: Arte & Livros. 4) 2020 – A poética do silêncio: um corpo antropomorfo de escrita. Livro Introdutório ao Box Literário ... do mais profundo de (todos) nós. Florianópolis: Arte & Livros. 102 p. 5) 2020 – Box Literário ... do mais profundo de (todos) nós. Organização, Introdução e Notas dos oito livros de poesia de Joaquim Alice, em coautoria com o poeta açoriano [6] ... do mais profundo de mim; [7] … do mais profundo de nós (os dois). [8] ... do mais profundo de (minha) emoção. [9] ... do mais profundo do (meu) coração. [10] ... do mais profundo de (minha) intenção. [11] ... do mais profundo de (minha) consciência. [12] ... do mais profundo da (nossa) essência. [13] ... o TODO em TODOS nós, no estado perfeito do UM.

https://vilcaedicoes.com.br Este livro foi diagramado com as fontes Minion Pro e Avenir Next. Publicado impresso e on-line pela Editora Arte & Livros em junho de 2023.



Os poemas de Vilca Marlene Merizio se fazem de beleza e frescor que vêm do silêncio em que se captam os rumores do corpo. E, à procura de amorosas almas, emergem. Alcides Buss [...] uma feição verdadeiramente moderna, essencialmente na linguagem com que expressa uma gama tão variada de sentimentos, emoções e estados de alma que fogem à vulgaridade, procurando despojá-los dos narizes de cera da convenção literária e em busca duma espontaneidade conseguida. J. de Almeida Pavão A preferência pelo verso-curto e pelo poema-resumo dá força para que Quase... de corpo inteiro proclame um texto maduro no qual o sabor de fruto pronto a se transformar em Vinho – que é mais do que o vinho diz – é a medida exata da intenção de um Ser-poeta e da tensão de um Viver-poema. Celestino Sachet O texto de Vilca [...] impõe-se como verdadeira poesia, daquela que merece tal nome, pois nos leva a considerar as singularidades da existência humana a partir de uma visão totalizante e onde se ausenta a busca de respostas. A Autora estreia de forma digna e com um agudo senso poético, o que nos faz aguardar novos e irrecusáveis frutos desta conquista. Luiz Antônio de Assis Brasil Perante um corpo, perante este Quase... de corpo inteiro, só o meu sentir-me aí, com muita pena de não ter sido eu que9o7d86es5c8o8b7r1is9s1e9, 0porque ele é tão vivo e tão vivido, tão verdadeiro e tão inteiro, como se tivesse estado muito tempo à espera de alguém que o fizesse erguer-se para não parar. Uma obra perfeita é a que parece que não poderia ter sido criada de outro modo. Quase... de corpo inteiro, por exemplo. Daniel de Sá 9 786588 719206


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook