saber como o carro está, pois é uma pista que que é. a mistificação de interlagos atrai também e S Marcel Visconde todos conhecem muito bem.” agrega muito ao nosso evento. sinto isso quando compete em São Paulo a Porsche gt3 cup tem feito preliminares de alguns pilotos mostram interesse por correr em categorias importantes. abriu neste ano sua tempo- rada ao lado do Wtcc, o campeonato mundial de interlagos: se, por acaso, apenas houver vagas carros de turismo, em curitiba, e estará novamente com a f-1 em novembro. ainda serão feitas corri- para outra corrida, alguns dirão preferir esperar e das da Porsche em interlagos em junho, agosto e dezembro. são ao todo oito rodadas duplas. ter a chance de correr em interlagos.” no que diz respeito ao gP Brasil de f-1, a “É importante existir esse templo que fez com Porsche gt3 cup monta boxes e uma arqui- bancada especial nas proximidades da Junção, que muitos profissionais se envolvessem com um espaço inédito para esse tipo de atividade. “criamos uma situação de pit stop, entrada de automobilismo aqui no Brasil”, continuou dener. carro, saída de carro, boa visibilidade, boa for- ma de se chegar até lá. É muito bom saber que “da região de interlagos é que saíram os maiores isso aqui é dentro do autódromo do coração”, explicou dener, que às vezes corre de motoci- profissionais. ele cativa muito e incentiva. Uma ci- cleta por diversão. dade do tamanho da nossa comportaria mais um interlagos é motivo de interesse dos partici- pantes da categoria. “há às vezes pilotos de fora interlagos. mais cedo ou mais tarde isso deveria do Brasil que fazem contato conosco para correr em interlagos por ser o autódromo da f-1 e ser o acontecer e só somaria.” há, na verdade, duas categorias dentro da Porsche gt3 cup: a dos modelos 996, a light, e a dos 997, a principal. segundo dener, se fossem somadas as quilo- metragens de todos os carros de sua equipe desde 1995 em interlagos, seria a maior marca já regis- trada por uma escuderia, considerando-se todos os carros da Porsche gt3 cup e os das provas de longa duração das quais participa. W Paludo no lugar mais alto do pódio 151
CATEgORIAs 152
P ara os pilotos da f-3 sul-americana, interlagos não é um autódromo qualquer. É a realização de um sonho. Um dos primeiros passos para recém-saídos do kart, é a segunda categoria de fórmula mais rápida do circuito paulistano, só perdendo para a f-1, o sonho final de todo jovem que acelera por ali. a primeira temporada da f-3 sul-americana aconteceu em 1987 e, desde en- tão, fez campeões pilotos como christian fittipaldi (1990), ricardo Zonta (1995), Bruno Junqueira (1997), Vitor meira (2000) e nelsinho Piquet (2002). nos primeiros anos, a argentina tinha grande força na competição continen- tal. o “hermano” gabriel furlan, por exemplo, levou os títulos de 1989, 1994, 1996 e 1998. “havia uma indiscutível vantagem das equipes argentinas, que vinham da extinta f-2 e por isso possuíam um conhecimento técnico e experiência muito maiores”, afirmou dárcio dos santos, chefe da equipe Prop car. o ano de 1993 representou o auge da rivalidade entre brasileiros e argentinos. fernando croceri, argentino, mas piloto de uma equipe brasileira, de au- gusto cesário, tornou-se campeão após uma grande polêmica: teve a vida facilitada na última volta da corrida final por compatriotas que abriram pas- sagem para ele. com essa atitude, hélio castro neves, do time de amir nasr, ficou sem o título. como resultado disso, houve um racha entre bra- sileiros — que disputaram apenas o campeonato nacional — e argentinos em 1994. a reunificação só aconteceu em 1995. F-3 sul-ameriCana W Largada de etapa da F-3 em 2008 151353
CATEgORIAs a partir de 1999, não houve mais campeões de fora do a ausência de interlagos, que voltou ao calendário em 2003. Brasil, até porque a categoria, apesar do nome, se tornou a atual direção da f-3 sul-americana não considera a basicamente brasileira. hipótese de não correr em são Paulo. “Uma temporada no meio da década de 2000 passou por uma grave da f-3 sem interlagos é igual copa do mundo no Brasil crise, quando tornaram-se comuns grids de menos de sem o maracanã”, declarou o promotor dilson motta. “in- 14 carros. mesmo assim, sobreviveu e, com o fim da terlagos é o principal autódromo nacional.” f-renault brasileira, tornou-se por alguns anos a única al- ternativa para pilotos vindos do kart. motta, entretanto, pede melhorias em interlagos du- rante o ano letivo. de acordo com ele, o autódromo em hoje, a f-3 light e a nova f-future preenchem essa época de f-1 é o ideal e deveria ser assim sempre. lacuna. “É uma pena as outras categorias não poderem usu- a f-3 sul-americana, porém, nem sempre contou fruir de uma estrutura como aquela da época de f-1. É com interlagos. simples: é só fazer de forma definitiva o que é feito para a f-1”, comentou. ele pede, por exemplo, um centro mé- na época de nelsinho Piquet, por exemplo, não hou- dico bem equipado e sempre em funcionamento pleno. ve provas em são Paulo. “foi tudo questão do promotor, porque não havia dinheiro para se pagar o autódromo”, a f-3 sul-americana fez preliminar da f-1 em 2009 disse dárcio. “as federações cobram taxas exorbitantes e repetirá a dose em 2010, o que, segundo augusto para se realizar corridas em seus estados. a taxa da fe- cesário, chefe de equipe, motiva ainda mais os jo- deração paulista é a mais cara de todo o Brasil.” vens talentos. “com a f-1, eles buscam os milésimos possíveis porque sabem que, se progredirem, apare- segundo o dirigente, o campeonato saiu perdendo com T Cordeiro, campeão de 2009, em Interlagos 154
cerão internacionalmente.” “falta a interlagos um pouco de curvas de alta”, de- mesmo em treinos particulares, os pilotos valorizam in- fende merlo. “acho que é a única coisa que falta para ser mais seletivo, para ajudar o piloto de f-3 a aprender. terlagos. “existe uma aura no autódromo que passa des- Porque, em curva de alta, é onde há mais diferença entre percebida muitas vezes, mas é uma coisa muito importan- um que está começando e um mais experiente. o expe- te para os pilotos e eles dão muito valor a isso”, continuou riente vai conseguir mais vantagem nas curvas de alta.” cesário, segundo o qual o circuito paulistano “é tudo de “eu discordo, porque temos o laranjinha, que, com um bom para um piloto se desenvolver” por ser um dos mais f-3, é uma curva feita em quarta marcha, que a mesma completos do mundo. que é utilizada nas curvas de alta lá de Brasília. e temos o mergulho, que também é uma curva bem de alta”, ar- motta, como promotor, nota que, além disso, a im- gumentou nunes. “talvez sintamos isso em categorias portância de são Paulo ajuda a maximizar essa grandeza maiores, como f-1, mas, com certeza, são curvas bem de interlagos. “É muito importante para um piloto correr de alta.” em uma pista por onde passaram seus ídolos. e a cida- de de são Paulo é a principal do País, economicamente o traçado antigo é distante para eles. o que não falando”, declarou. os impede de ter opinião formada. merlo já ouviu falar da pista original. “Poderiam tê-la mantido como opção, dárcio dos santos não se contenta só com interlagos, não precisavam tê-la destruído.” nunes soube como porém. “É uma vergonha um estado como são Paulo só era a primeira curva: “todo mundo fala que é a única ter um autódromo. outra vergonha é a indy precisar correr curva que não poderiam ter tirado de lá. fora isso, mui- na rua, no sambódromo. deveria se construir um novo ta gente elogia a pista do jeito que era e não reclama autódromo”, afirmou. ele deu como exemplo rio grande do jeito que é hoje”. do sul e Paraná, que não têm apenas um circuito. merlo, campeão de 2008, tem um bom conhecimento desde 2009 a f-3 sul-americana usa os chassis dalla- do circuito paulistano, pois fez 25 corridas de f-são Pau- ra f-309, os mesmos que equipam a f-3 na europa. equi- lo, da qual foi bicampeão, antes da f-3 sul-americana. pado com motor Berta-ford, com quatro cilindros, 255 nessa época, calcula ter percorrido 16 mil quilômetros em hP de potência, um f-3 da divisão sul-americana é capaz interlagos. “entro mais tranquilo, até, em interlagos, por- de atingir 270 km/h. que me sinto em casa de tanto que já andei lá. conheço cada curva, cada área de escape, até onde pode forçar os antigos chassis dallara f301 foram repassados sem risco de bater. faz bastante diferença saber onde para a categoria light, que divide o grid com os novos pode forçar, onde não pode.” carros, mas tem pontuação separada. o atual campeão da f-3 sul-americana é leonardo ainda com os carros antigos, em 2008, nelson merlo e cordeiro, que está na gP3 em 2010. Pedro henrique nunes disputaram o título da f-3, e o pri- meiro levou a melhor. eles têm opiniões diferentes sobre um aspecto de interlagos. 155
CATEgORIAs 156
E xiste uma escola ao lado do autódromo de interlagos. além de ser o local onde se aprende boa parte do que será usado na vida automobilística, é um espaço para sonhos, uma vez que dá boa visibilidade para quase todo o circuito principal. trata-se do kartó- dromo de interlagos, que carrega o nome oficial “ayrton senna”, homenagem justa a um de seus melhores alunos. Por sua pista de 1.150 metros, uma das primeiras dedicadas à modalidade, inaugurada em 1970, passaram praticamente todos os pilotos de ponta brasi- leiros desde então. atualmente recebe o campeonato Paulista, algumas corridas de motoci- clismo, treinos particulares e amadores. mas já foi muito maior do que isso. sergio Jimenez, 25 anos, multicampeão de kart, dono de, por exemplo, seis títulos brasileiros, observa no kartódromo de interlagos muitas qualida- des. “a pista é bastante técnica”, disse. “mistura curvas de baixa velocida- de com algumas de média. também há curvas em que você mantém o kart virando por muito tempo e, com isso, você tem de achar um traçado um pouco diferente.” segundo ele, as duas curvas em formato de “s” no miolo podem parecer semelhantes no desenho, mas são contornadas de manei- ra diferente. kart W Início de corrida no kartódromo de Interlagos 157
CATEgORIAs S Vista aérea do kartódromo de Interlagos, adjacente à Reta Oposta primeiro campeão da f-renault Brasil: “não está tão forte no kartismo hoje, infelizmente. há cinco ou seis o traçado é tão bom que Jimenez leva ao kartódromo anos era o mais forte do Brasil, até mais do que o cam- ayrton senna os pilotos para os quais dá treinamento. peonato Brasileiro”. “como pista, em minha opinião e na de preparadores, principalmente, interlagos é onde qualquer piloto apren- mas o momento do kartismo brasileiro, na avaliação de mais a andar. Por ser muito técnico, você precisa re- de Jimenez, é de crescimento. “o kart no Brasil estava almente guiar. claro, você necessita de motor e chassi muito forte até 2004. em 2005 ainda respirou um pouco. bons, mas o piloto é muito exigido.” depois disso, houve uma queda grande, e neste ano está voltando bem, está bem aquecido. o kart está voltando falando de senna, o tricampeão de f-1 levou a melhor ao que deveria ser pelo nosso tamanho de país”, avaliou. em sua primeira prova oficial no kartismo, justamente em interlagos, em 1973, e lá obteve outros feitos. ele cos- do kartódromo de interlagos, que fica acima da reta tumava treinar bastante na chuva. não por coincidência, oposta, é possível observar o que acontece dentro do corridas no molhado se tornariam uma de suas especia- autódromo. É algo que encanta jovens pilotos. lidades. antonio Pizzonia, hoje na stock car, já foi um des- o kartódromo, no entanto, perdeu parte de sua impor- ses garotos que sonhavam em correr na pista princi- tância nos últimos anos, com a criação de sofisticados pal. “eu ficava na mureta, no intervalo entre um treino circuitos na grande são Paulo, como o da granja Viana e outro, olhando para o autódromo. Às vezes, quan- e o da aldeia da serra. Para Jimenez, um dos motivos do havia treino de f-chevrolet ou f-3, eu ficava ven- disso é a falta de infraestrutura de interlagos. “infelizmen- do as atividades e achava o máximo tudo aquilo. eu te, foram saindo corridas dali. granja e aldeia têm uma pensava: ‘será que um dia estarei eu pilotando esses excelente infraestrutura para acomodar pais, pilotos e fa- carros?’. graças a deus cheguei ao topo, à f-1, e mílias”, afirmou. seria necessário, segundo o piloto, haver andar de f-1 aqui foi realmente um sonho”, comen- melhores banheiros, boxes e lanchonete. tou o amazonense. o campeonato Paulista atual também não anima o desde 2009 é possível que qualquer mero mortal corra de kart em interlagos, pois uma empresa passou a co- locar karts de aluguel à disposição de amadores, como acontece na granja Viana, na aldeia da serra e em pistas voltadas para esse tipo de público. durante a realização do gP Brasil de f-1, o kartódromo de interlagos passa a ter outra função: a de um movimen- tado heliponto, onde pousam os helicópteros de pilotos, dirigentes e torcedores mais abastados. 158
meCâniCa naCional u ma categoria, ainda que defasada, deixou o S Prova de Mecânica Nacional em Interlagos automobilismo brasileiro um pouco mais pró- ximo ao europeu até a metade dos anos 1960. tratava- sempre por perto nessas corridas. edmundo “dinho” Bo- se da mecânica nacional, cujos carros geralmente eram notti morreu nos treinos de 1963 e celso lara Barberis híbridos. era comum encontrar antigos monopostos da perdeu a vida na corrida. o piloto rio negro já havia fale- europa com motorização V8 norte-americana, o que faci- cido em 1962. litava e barateava a importação de peças, já que elas não precisavam ser originais. Um exemplo claro disso era a o risco, principalmente no anel externo de interla- maserati-corvette de camillo christófaro. gos, era enorme, já que os carros haviam sido projeta- alguns carros eram uma salada de frutas: a suspen- dos para usar motores menores e menos potentes e ti- são era de um modelo, a caixa de câmbio de outro, nham propulsores de mais de 300 cavalos. além disso, o chassi possuía emendas. apesar disso foi, antes de havia excessivo desgaste de componentes e pneus e o uma série de acidentes fatais, uma bem-sucedida divi- autódromo paulistano apresentava precárias condições são de monopostos. de segurança. era considerada a “f-1 brasileira” e abria espaço inclu- sive para chassis feitos no Brasil. assim, em 1964, os 500 Quilômetros foram realizados no mas os carros, em geral, eram bastante velhos e al- circuito completo, mas para carros dos grupos i e iii. logo guns ainda eram da época de ouro das corridas na gávea, depois disso, houve a disputa das 250 milhas de interlagos, da década de 1930. embora também houvesse modelos agora sim com os principais pilotos. a corrida teve mais uma relativamente novos como maseratis 250 f, o envelheci- morte, a de américo cioffi com uma maserati-studebaker, mento da frota era acelerado. que foi em direção ao precipício após a terceira curva. houve, em 1962, a incorporação da divisão f-Júnior no grid. as corridas da mecânica nacional chegaram tam- esse outro acidente fatal acelerou o processo de de- bém a englobar bipostos. clínio da categoria, que acabou em 1966, já com nome os 500 Quilômetros de interlagos, criados pelo auto- de mecânica continental, denominação dada depois do móvel clube Paulista em 1957, eram a principal e mais torneio triangular sul-americano de 1959 e 1960. longa prova da mecânica nacional e eram realizados na maior parte das vezes no anel externo. o perigo estava 159
CATEgORIAs raCing Festival S Massa, com jovens pilotos que disputarão a F-Future em 2010 T rês novas categorias agitarão os circuitos brasilei- nar o ano e dependendo da agenda, gostaria de participar ros em 2010 e passarão por interlagos em 21 e do trofeo línea”, contou, na ocasião. 22 de agosto: o trofeo linea, de turismo, com veículos da “como padrinho, darei minha opinião para melhorar em fiat, a fórmula future, para pilotos recém-saídos do kart tudo o que for possível no racing festival. houve outras ou ainda em início de carreira, e a 600 super sport, de categorias de base de monopostos no passado, eu inclusi- motocicletas cB 600f hornet, da honda, com adaptações ve participei, mas elas foram desaparecendo. com o apa- necessárias para corridas, como o uso de carenagens. recimento do racing festival e o apoio dos patrocinadores, o padrinho do projeto é felipe massa. durante o lan- será um novo incentivo para o automobilismo nacional, que çamento do racing festival, em setembro de 2009, o pi- certamente voltará a crescer, completou massa. loto da ferrari deixou aberta a possibilidade de disputar a fórmula future fiat preencherá o vazio deixado pelo alguma etapa do trofeo linea. fim da fórmula renault brasileira, ao fim de 2006. os essa competição será bem importante. a fórmula chassis levarão a assinatura da signatech, enquanto os future fiat chega para os jovens pilotos em um formato motores serão da fPt technologies, do grupo fiat, de 16 completo, para que todos ganhem experiência profissio- válvulas e 150 cavalos de potência. nal. Já o trofeo linea será extremamente competitivo, de- o campeão da categoria terá uma vaga no novo cidido em décimos de segundo. até eu, depois de termi- programa de jovens pilotos da ferrari. o ferrari driver 160
S Carro do Trofeo Linea durante demonstração em Interlagos academy, lançado em 2009, conta atualmente com o aprender, crescer a cada dia e sonhar com um grande francês Jules Bianchi e os italianos mirko Bortolotti, da- futuro. eu me sinto orgulhoso por estar ajudando e contri- niel Zampieri e raffaele marciello. buindo para que o Brasil possa, quem sabe, vir a ter mais um campeão.” além da vaga no ferrari driver academy, o a sugestão para que a equipe abrigasse uma vaga campeão ganhará a temporada paga na f-abarth na itália para o vencedor da fórmula future fiat partiu de mas- em 2011, enquanto o segundo, terceiro e quarto coloca- sa. “conversei com o chefe stefano domenicali e ele dos testarão o fórmula 3 da equipe francesa signature, gostou da ideia, lembrando que o Brasil tem grande uma das principais forças da série europeia. tradição na formação de pilotos”, comentou o ferrarista. o trofeo linea também tem movimentado o automo- massa não descarta a hipótese de correr ao lado do bilismo nacional. piloto brasileiro revelado pela f-future no futuro. “Por que não? ainda sou novo, tenho 28 anos, e o schu- cada uma das 11 equipes alinhará obrigatoriamente macher está correndo novamente aos 41”, observou. dois carros na competição. segundo titônio massa, pai “ainda pretendo correr por muito tempo. de felipe e um dos executivos da rm racing events, or- ganizadora do evento, a relação custo-benefício do paco- “o ferrari driver academy representa uma oportunida- te técnico e promocional da categoria de turismo justifica de rara de chegar à f-1”, justificou massa. será como o interesse despertado pela nova série. entrar numa faculdade importante, na qual o aluno pode 161
CATEgORIAs “os carros são comprados diretamente da fiat em S Carro do estreante Trofeo Linea condições mais do que vantajosas. Podem ser adquiridos com pagamento de 30% de entrada e o restante em 24 S O Trofeo Linea é a mais nova categoria de Turismo do Brasil meses com taxas de juros acessíveis”, afirmou. os linea T Monoposto da nova F-Future terão motores turbo 1,4 litro, 16 válvulas. Para o presidente da fiat para a américa latina, cle- dorvino Belini, o esporte a motor é uma tradição da mon- tadora. a fiat tem uma longa história nos campeonatos de automobilismo. temos dna esportivo, controlamos equipes como ferrari, maserati e alfa romeo e temos ainda uma longa tradição com a família massa, pois eles participavam de campeonatos promovidos pela fiat. Par- ticipar do racing festival traz grande visibilidade para a marca, além de podermos testar e desenvolver novas tec- nologias na pista, declarou o executivo. a estimativa de custos por piloto na temporada na fór- mula future fiat é de r$ 280 mil. o pacote inclui tecnolo- gia de ponta, preparação dos carros e suporte além das pistas, como dicas de preparação física e treinamento para atender a imprensa, disse carlinhos romagnolli, da rm racing events. 162
REsPONsAbILIDADE sOCIAL shOWs E EVENTOs ngana-se quem pensa que Interlagos vive somente de ve- locidade, ronco de motores e pneus queimando no asfalto. Além das provas de Stock Car, kart, campeonatos de rachas, competições regionais de automobilismo e da badalada F-1, entre outras categorias, o autódromo paulistano se abre também para outros eventos. Administrado há cinco anos pela São Paulo Turismo S/A (SPTuris), ór- gão oficial de turismo da cidade, o Autódromo José Carlos Pace é um dos maiores espaços públicos de São Paulo, com mais de 1 milhão de metros quadrados. Para conseguir manter Interlagos, a gestora aluga o local para 166
T Show do Kiss no autódromo, em 1999 167
REsPONsAbILIDADE sOCIAL shows e eventos, que ajudam a fechar as contas no azul. S Festival de música eletrônica, em 2002 Espetáculos como o protagonizado pela banda inglesa Iron Maiden, que tocou em Interlagos em 2009, ou como o Skol Beats, show de música eletrônica ocorrido em 2002, geram boa receita ao autódromo. Em ambos os eventos, cerca de 50 mil pessoas circularam pela região. Para se ter uma ideia, o show do Iron Maiden rendeu R$ 160 mil aos cofres do autódromo, enquanto um fim de semana do Campeonato Paulista de Automobilismo gera R$ 9.500. Cifras que vêm auxiliando a SPTuris na tarefa de tornar Interlagos uma praça esportiva rentável. Antes de a SPTuris assumir o autódromo, a Secretaria de Esportes de São Paulo tinha um prejuízo anual de aproxima- damente R$ 5 milhões com o circuito – sem contar a F-1. Com a gestora no comando, as coisas mudaram. T Multidão, em Interlagos, para missa do padre Marcelo Rossi, em 2000 168
S Encontro de fuscas e kombis em Interlagos, em 1995 Interlagos com a encenação da Paixão de Cristo e missas do Padre Marcelo Rossi, que em 2008, por exemplo, levou 1 O balanço de 2009 aponta que Interlagos teve um su- milhão de pessoas ao autódromo paulistano. perávit de R$ 700 mil. “Esses shows e eventos geram receita para nós. E as- “A ideia é transformar Interlagos em um espaço multiu- sim celebramos o equipamento público que tem história so, sem atrapalhar o automobilismo. Seria criminoso de- em um cenário do automobilismo. Interlagos hoje passa pendermos de somente quatro grandes eventos por ano por um processo de requalificação. A pista tem qualidade (duas etapas da Stock Car, a Fórmula Truck e a F-1), quan- e agora partimos para outras propostas dentro do plano do a utilização para outros fins é saudável. O ideal seria diretor. Estamos aumentando os banheiros de alvenaria, fazer como os norte-americanos, que usam os shows para vamos colocar 20 mil espaços a mais nas arquibanca- turbinar as competições que não tenham grande público”, das nos próximos dois anos. E temos um projeto com a diz Caio de Carvalho, presidente da SPTuris. Usiminas de construir 20 mil lugares com arquibancadas fixas. Sonhamos em construir um museu do automóvel O Carnaval também se faz presente em Interlagos. É no antigo, pois o acervo de carros antigos é impressionante. autódromo paulistano que acontece todos os anos o desfile Queremos melhorar a função de Interlagos como parque do 2º grupo das escolas de samba de São Paulo. Além da público”, completa Caio de Carvalho. festa mais popular do País, Interlagos ainda recebe há seis anos a maratona Ayrton Senna Racing Day, corrida que reuniu 5.900 atletas em 2009. A religião também tem espaço em 169
REsPONsAbILIDADE sOCIAL EsCOLA DE mECâNICA 170
A s fotos que repousam no porta-retratos com mol- dura de madeira não registram imagens de um mo- mento especial ou rostos dos familiares, mas sim três vitórias para Elibama de Castro Oliveira. Os crachás de três ex-alunos mostram que o trabalho da Escola Básica de Mecânica de Interlagos, coordenado por ele, dá resultado. Iniciado há 18 anos, o curso, instalado em um pequeno prédio térreo encravado no autódromo paulistano, tem como objetivo dar aos jovens da região de Interlagos uma primeira oportunidade de se qualificarem em mecânica e ingressarem no mercado de trabalho. A Escola Básica de Mecânica Interlagos (EBMI) faz parte de um programa social mantido pela Prefeitura de São Paulo e São Paulo Turismo S/A (SPTuris), em convênio com o Serviço Na- cional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Volkswagen. Duas vezes por ano, o autódromo de Interlagos registra enormes filas, W Aula do último estágio do curso de mecânica T Alunos em frente à escola em Interlagos 171
REsPONsAbILIDADE sOCIAL que nada têm a ver com alguma prova nas pistas. São tos jovens, é a grande chance de começar numa nova meninos e meninas que se aglomeram nos portões, es- carreira”, diz Chico Rosa, administrador do autódromo e perando conseguir a inscrição no curso. idealizador deste projeto. Para ser candidato, o jovem precisa ter concluído a O currículo do curso segue a cartilha do Senai, que 8ª série do ensino básico e prestar uma prova no Senai. ainda cede alguns materiais. A Volkswagen doa os carros Cerca de 180 jovens se formam por ano. Mais de 2.800 que os alunos usam nas aulas práticas. E a SPTuris finan- já empunharam as ferramentas ou manejaram morsas em cia uniformes, lanches e livros aos garotos. 18 anos de história do projeto. “Aqui nós não mostramos a porta de saída da escola, “A escola começou no governo da prefeita da Luiza quando o aluno se forma, mas sim a de entrada para o Erundina (1989-1993) e nunca mais parou. Quando abri- emprego”, disse o coordenador da escola. mos as inscrições, os meninos passam a noite em filas aqui. Eles têm quatro horas de aulas por dia, de segunda A organização e a higiene do local, com pouco mais a sexta, e passam por três estágios: suspensão, direção de 200 metros quadrados, impressiona. Nada de graxa e freios”, conta Elibama. ou ferramentas espalhadas. “Eles cuidam de tudo direi- tinho”, comenta Elibama, orgulhoso dos seus meninos. “Já houve casos em que tivemos que chamar a polícia para ajudar a organizar a fila. É muita gente. Para mui- No atual grupo que aprende a lidar com a mecânica de automóveis, duas meninas se destacam. Kemelly Kotsu- T Uma das primeiras turmas do curso 172
to, 17, e Mariana Aparecida Borges da Silva, 16, circulam pelo local sem se importarem com o preconceito ou com o trabalho pesado que é exigido. “Olhava para os carros e sentia vontade de aprender. Pretendo trabalhar como mecânica e, depois, fazer um curso de aperfeiçoamento”, afirma Mariana, que está na primeira etapa do curso. Na fase final e perto de pegar o diploma, Kemelly tira de letra a aparente fragilidade na hora de lidar com uma morsa. Com habilidade, ela afirma que usa o “jeitinho” para soltar porcas. “Não é difícil. É mais jeito do que força. Quando entrei no curso, falavam que ia ser ‘Maria macho’, mas eu nem ligava. Fazer um curso de mecânica não significa que vou me tornar um menino”, declara a jovem, que logo poderá ter um crachá também emoldurado na sala de Elibama. S A aluna Mariana Aparecida, 16, durante aula 173
REsPONsAbILIDADE sOCIAL IDOsOs Em INTERLAgOs 174
S Momento de oração do Núcleo de Convivência de Idosos rocas de beijos e abraços. Perguntas sobre o dia, a família e, principalmente, os netos. Um falatório que parece não ter fim. Mas que se cessa ao som de um apito. E assim começa o chamado para as reuniões do núcleo de convivência de idosos, que acontece uma vez por semana, em um salão do prédio administrativo do autódromo de Interlagos. Formado há oito anos como parte dos projetos sociais da Pre- feitura de São Paulo no autódromo, o Núcleo de Convivência de Idosos tem como objetivo ajudar as pessoas da melhor idade a de- senvolverem suas capacidades e habilidades, além de orientá-los sobre seus direitos. Seja em atividades como tricô e crochê, ou em reuniões sobre a importância do Estatuto do Idoso. Alheias aos barulhos de motores na pista, as senhoras sentam formando um grande círculo. Há, então, um momento de reflexão e fé. De mãos dadas, elas são conduzidas por Araci Aparecida Alexandre a rezarem um “Pai Nosso” e uma “Ave Maria”. Pedem por familiares doentes, vizinhos necessitados e pessoas queridas. Passado o instante religioso, começa o debate sobre os planos da próxima viagem. O grupo de 40 senhoras discute detalhes da ida a Aparecida do Norte, a aproximadamente 170 quilômetros de São Paulo. Horário de partida dos ônibus, divisão dos viajantes, distribuição de lanches e até a possibilidade de paradas para ir ao banheiro são analisadas. “Soube do que acontecia em Interlagos, fora as corridas, em 175
REsPONsAbILIDADE sOCIAL um anúncio no supermercado. Comecei pela ginástica, S Festa junina há 27 anos, mas há dois anos não posso mais fazer por ordens médicas. Aí resolvi participar dos encontros e dos pam as capas dos jornais. Em uma manhã de terça-feira passeios”, disse Lylian Yylama Pires. de calor intenso no verão paulistano, ela discutiu sobre a importância da hidratação, por exemplo. Aos 82 anos, dona Lylian orgulha-se de nunca ter as- sistido a uma corrida em Interlagos. A dona de casa, que Além dos papos e das viagens, as idosas ensinam mora sozinha, vai ao autódromo para passar às colegas umas às outras em atividades como tricô, crochê e bor- alguns de seus dotes. Artesanatos e bijuterias são as dados. Os bingos também são frequentes, além das fes- suas especialidades: deu aulas por dez anos. tinhas dos aniversariantes do mês. “Sinto-me estimulada aqui. A Araci é uma mulher para “Aqui a gente se conhece melhor e pode ajudar outras frente e nos deixa sempre atualizadas com as coisas. E pessoas. É bom para sentirmos que podemos ser úteis”, eu não me sinto sozinha aqui. Sempre estou conversando comentou Martha da Silva Andrade, 63, que atua como e me desenvolvendo, apesar de já ser velhinha”. A senho- juíza de luta livre e já fez parte do grupo “As Caveiras” da ra não é velhinha. Está apenas envelhecendo. Aqui não modalidade. tem nenhum velhinho”, interrompe Araci, coordenadora do grupo há oito anos, para ser aplaudida pelas senhoras. Outro ponto abordado sempre nos encontros é o Es- tatuto do Idoso, aprovado pelo presidente Luiz Inácio Lula Nas reuniões que conduz, Araci procura dar dicas de da Silva em 2003, e que tem por objetivo assegurar saú- como os idosos podem orientar outras pessoas que ne- de, bem-estar e lazer aos cidadãos brasileiros com 60 cessitam de ajuda. Além de auxiliar na troca de experiên- anos ou mais. As senhoras são aconselhadas a levar o cias, a assistente social ainda discute temas que estam- livrinho na bolsa. T Atividade de artesanato “Aqui não tem pessoas velhas, mas sim sábias e inte- ligentes que gostam de viver”, finaliza Araci. 176
REsPONsAbILIDADE sOCIAL RACIOCINANDO S Daniel Maso com adolescentes em Interlagos Em VELOCIDADE cursos. Vivia do boca a boca dos professores conheci- Poderia ter sido apenas mais um sonho com um ami- dos, que levavam seus alunos a uma acanhada sala no go que deixou saudades. Mas acordar no meio da noite prédio administrativo do autódromo de Interlagos para pensando em Marquinhos, morto em um racha em 1997, aprenderem um pouco sobre segurança no trânsito. De- foi encarado por Daniel Maso como uma missão. No de- pois, surgiu a ideia de ultrapassar as aulas teóricas. vaneio, o ex-vizinho aparecia rodeado de meninos. Na mensagem, Marquinhos pedia que o ex-piloto de kart e Além das explicações sobre os perigos da velocidade, outras tantas categorias do automobilismo fizesse algo os alunos constroem seus carrinhos de rolimã e partici- pelos jovens. pam de uma corrida na antiga junção, em uma descida de 600 metros. É o Trinco – Troféu Interlagos de Carrinhos “Coincidiu com um encontro meu com o professor de Rolimã –, prova em que os alunos têm seu primeiro (Rubens) Carpinelli (presidente da Federação de Auto- contato com a velocidade. mobilismo de São Paulo), em 2003. Ele perguntou se não queria fazer algo diferente, um projeto, e acabei “Essa adrenalina que é provocada no aluno é legal por- pensando em ensinar aos jovens um pouco sobre velo- que cria uma responsabilidade de equipe e de controle da cidade”, diz Maso. velocidade para eles não se machucarem”, salienta Maso. E de um sonho com uma vítima da velocidade nasceu o A parte teórica, que inclui um passeio pela pista de In- programa “Raciocinando em Velocidade”, e a ideia de não terlagos e pelos boxes, dura quatro horas. Passada essa ter novos Marquinhos usando carros como “máquinas”. “Eu etapa, os alunos voltam para os bancos de suas escolas, sentia que deveria fazer alguma coisa”, conta Maso. onde começam a desenvolver os carrinhos de rolimã com os professores de física e matemática. Dois meses depois, O projeto começou de forma tímida e sem muitos re- 178
retornam ao autódromo para as disputas, que acontecem bIbLIOgRAFIA geralmente aos sábados e duram quase o dia todo. EGGERS, Moraes - Interlagos, Um Sonho de Velocidade Em sete anos, o “Raciocinando em Velocidade” já 1ª edição - São Paulo: Volkswagen, 2007 informou e conscientizou cerca de 14 mil crianças e adolescentes. As escolas que desejam participar do FRANÇA, Elisabete - Guarapiranga - Recuperação Urbana e programa podem inscrever todos seus alunos com Ambiental no Município de São Paulo mais de 9 anos. No caso de instituições particulares, 1ª edição - São Paulo: M. Carrilho Arquitetos, 2000. é cobrada a taxa de R$ 20 por estudante – escolas públicas são isentas. MARTINS, Lemyr - A saga dos Fittipaldi 1ª edição - São Paulo: Panda Books, 2004 Nesse tempo em que coordena o “Raciocinando em Velocidade”, Daniel Maso sente que sua missão está sen- AUTOMOBILISMO BRASILEIRO do cumprida cada vez mais da melhor maneira. O homem brazilyellowpages.com/automobilismo2.html que era antes um piloto “marrento” e que tinha uma em- presa bem estruturada virou outro depois de um tombo BANDEIRA QUADRICULADA nos negócios. Passou a se preocupar com os jovens. www.bandeiraquadriculada.com.br “Quando eu era piloto, era o ‘bambambam’ e achava FORIX que podia tudo. Depois que perdi o que tinha, sou outro www.forix.com cara. E me sinto feliz por ter a oportunidade de orientar esses jovens que vêm aqui.” GRAND PRIX www.grandprix.com GRANDE PRÊMIO www.grandepremio.com.br NOBRES DO GRID www.nobresdogrid.com.br NOSTALGIA FORUM www.forums.autosport.com ÓBVIO www.obvio.ind.br RESULTADOS DE CORRIDAS DE AUTOMÓVEL NO BRASIL brazilexporters.com/blog/index.php?blog=7 REVISTA BRASILEIROS www.revistabrasileiros.com.br CRÉDITOS DE FOTOS Acervo Interlagos: páginas 12, 14, 15, 16, 18, 20 topo, 20 embaixo, 22 topo, 22 embaixo, 24, 25,26, 28, 30, 32, 34, 35, 36, 38, 40, 46, 50, 51, 54, 55, 57, 63, 67 esquerda, 88, 93, 158, 164 e 165, 166, 167, 169 embaixo, 170, 172, 174, 176 Julyana Travaglia: 56, 168 e 169, 171, 173, Fernanda Freixosa/Divulgação: 42, 141 alto, 141 meio A.R. Donini/Divulgação: 44, 142, 145, 147 Ferrari: 58, 96, 108, 111, 115 esquerda, 115 direita Divulgação: 67 direita, 75, 76, 91, 94, 95, 102, 117, 137 topo, 137 em- baixo, 146, 152, 154, Williams: 68, 71, 73, 113 esquerda, 114 Redexweb: 77 Acervo pessoal: 60, 62, 64, 66, 79, 81, 82, 92, 100, 129, 131, 144 Renault: 99, 110, 113 direita BMW: 101 Mercedes-Benz: 106 Toyota: 107 Red Bull: 112 Orlei Silva/Divulgação: 120, 121, 122, 123, 126 Fábio Oliveira/Divulgação: 124 Duda Bairros/Divulgação: 132, 160 Luca Bassani/Divulgação: 138, 140, 141 embaixo, 156 Jorge Sá/Divulgação: 148, 150, 151 alto, 151 embaixo Luiz Pires/Divulgação: 161 alto, 161 embaixo 179
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