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Eventos focados na área cosmética eram realizados com regularidade nas regionais e em universidades A aceleração do consumo nesse período permitiu nossas dutos cosméticos, inclusive com a constituição de uma co- empresas (todas) vender o que produziam mesmo cerceadas, missão assessora para sua regulamentação. muitas vezes, pelo regime de cotas de importação implanta- do pela política econômica do governo. Os insumos, prin- Nesse ano, do lado político, vinte anos após a ultima elei- cipalmente os de embalagem, foram escasseando, gerando ção direta para presidente, iríamos vivenciar a disputa entre perdas de vendas e acelerando a inflação. Foi um ano econo- Luiz Inácio da Silva (Lula) e Fernando Collor de Melo, que micamente enganoso mais uma vez. resultou na vitória de Collor. Em setembro, o SNVS (Serviço Nacional de Vigilância A ABC mantinha com regularidade nosso principal veículo Sanitária) publicou a inovadora Portaria nº 15 que, dentre de comunicação a revista Aerosol & Cosméticos, coordenada outras disposições, classificava os produtos de HPPC (Hi- pelo dr. Rubens Brambilla desde o afastamento, a pedido, do giene Pessoal, Perfumaria e Cosmética) em duas categorias, dr. Henrique Valfrè tendo, entretanto, enormes dificuldades quanto ao nível de risco para os consumidores, assim como para a captação de anunciantes, dado o momento econômico estabelecia a inclusão da composição qualitativa do produto vivido. Realizávamos com regularidade em nossas regionais e na rotulagem, em língua portuguesa. Iniciávamos, a partir em universidades pelo Brasil eventos com foco na área cos- dessa publicação, uma nova era na regulamentação dos pro- mética, sempre com o apoio de nossos patrocinadores, sem os quais nada teria sido possível. Estávamos ainda na área da 52
História da ABC comunicação via fax. Seguíamos a expressão frequentemente Ao final de setembro realizamos a primeira edição da dita pelo saudoso presidente da Ceil Bozzano e colaborador “Cosmética”, exposição de produtos para estética realizada emérito da ABC, dr. Gilberto Lacê Brandão: “o êxito vem na no recinto do Palácio das Convenções do Anhembi, em São frente do trabalho só no dicionário”. Paulo em parceria com o Sipatesp, organizada pela Alcântara Machado Nordeste. Vale o registro: essa feira, inicialmente, Em outubro por ocasião do 9º Congresso Latino-Ameri- deveria denominar-se “Estética”, sendo, posteriormente al- cano e Ibérico de Químicos Cosméticos, realizado em San- terada por nossa sugestão, através do esclarecimento de que tiago, Chile, sob o tema Sol e Pele, 64 congressistas bra- o nome “Cosmética” conferia maior amplitude ao evento, sileiros participaram da Conferência Regional da IFSCC. prontamente aceita. Embora com alta participação de congressistas, a apresen- tação de trabalhos pelo Brasil foi bastante tímida, fato que Nosso tradicional jantar ABA/ABC, impecavelmente or- provocou nosso brio, de modo a realizarmos uma campanha ganizado e realizado no Clube Paineiras do Morumbi, ino- de estímulo, a ser iniciada na virada do ano, visando o Con- vou com a apresentação de desfiles de coleções de maquia- gresso Brasileiro e a participação brasileira no Colamiqc da gem para as estações primavera-verão, produzidas por nossas Venezuela em 1991. empresas associadas. 53 Encontre as soluções° Conheça os Tel. + 55 (61) 3323-5711 www.assevisa.com.br resultados ° Descubra a essência PUBLIC ASSEVISA ASSESSORIA TÉCNICA EM VIGILÂNCIA SANITÁRIA LTDA Assessoria especializada na regularização de produtos cosméticos na ANVISA: esta é a essência da ASSEVISA. Sediada em Brasília, a ASSEVISA realiza serviços de regularização de produtos cosméticos, protocolos em órgãos federais, suporte técnico em legislação sanitária e legalização de documentos no Itamaraty e embaixadas. A experiência de sua equipe neste setor, especificamente dentro da ANVISA, é um diferencial da ASSEVISA. Sucesso garantido por quem conhece a ANVISA como ninguém!
Abertura comercial em 1990 permitiu a entrada de produtos de baixa qualidade, mas arejou o setor de cosméticos Abertura comercial requerimentos a constar da rotulagem dos produtos. Nossa indústria ansiava por uma real paridade com os produtos A abertura comercial em 1990 arejou o setor, embora te- importados através de uma redução tarifária em matérias- nha sido realizada sem as devidas precauções, como a permis- -primas e equipamentos de origem extra zona. são de entrada de produtos de baixa qualidade, não disponi- bilização de recursos e ou programas de incentivo à pesquisa O trabalho das regionais tornava-se mais intenso no nú- para o incremento tecnológico de nossos produtos frente aos mero de palestras realizadas, dadas as solicitações de empre- importados de linhas internacionais consagradas, não desbu- sas produtoras e universidades, que buscavam conhecimento rocratização do processo de registro de produtos e autoriza- e ou aprimoramento. ção de funcionamento de empresas, entre outras, de modo a manterem-se competitivos e atuais. Época de dança das ca- Sendo nosso segmento industrial constituído por mais de deiras no mercado, quando profissionais experientes e atua- 90% de empresas de micro e pequeno porte e sendo a região lizados tiveram boas oportunidades de evolução profissional. Sudeste a de maior concentração de indústrias produtoras, for- necedores de matérias-primas e equipamentos, como também A ABC crescia em número de associados físicos em bus- da área de insumos de embalagem e tendo em vista a possibili- ca de aprimoramento e capacitação, assim como em novos dade de ampliar nossos horizontes através da realização de um sócios jurídicos motivados pelo desempenho evolutivo da evento maior, consultamos nossos associados, patrocinadores associação e perspectivas de mercado. e parceiros, recebendo deles o endosso, para fixar em São Pau- lo nosso evento maior que mais adiante, por seu crescimento, Nossos consumidores buscavam inteirar-se da publicação se transformaria em Congresso. Eventos internacionais bem do Código de Defesa do Consumidor que entraria em vigor como cursos e seminários manteriam a atual ciranda pelas re- no próximo ano, assim como o setor produtivo buscava um gionais e outros locais de interesse por seus atrativos. entendimento melhor junto ao setor oficial para uma ade- quação factível no curto prazo de modo a atender aos novos 54
História da ABC No âmbito da Vigilância Sanitária, o Projeto Inovar do e controle, entre outros. Esse projeto buscava alcançar seus SNVS (Serviço Nacional de Vigilância Sanitária) era cabível objetivos através de subprojetos denominados: 1) zerar; 2) ao setor que, em resumo, propunha a redução da interferên- normatizar; 3) garantir; 4) embasar. Ciente, o setor privado cia governamental sobre as empresas produtoras sujeitas ao (ABC, Sipatesp e Sipaterj) encaminhou considerações e su- regime da Vigilância Sanitária. O projeto propunha a elabo- gestões a respeito que, posteriormente, em reunião conjunta ração e a adequação de regulamentos, redirecionando suas com SNVS/Deten/Diprod, órgãos de proteção do consumi- ações de modo a privilegiar atividades técnicas propriamente dor de vários Estados, chegaram a um meio termo quanto ditas, além de racionalizar esforços em busca do aprimora- às ações a serem tomadas, parando por aí tal iniciativa, ha- mento da qualidade dos produtos dando prioridade à ação vendo sido definida a adoção do prazo de validade (mês e preventiva da inspeção reduzindo a ação coercitiva, descen- ano) e a inscrição, em língua portuguesa, dos ingredientes tralizando as ações e elaborando programas de fiscalização de composição. 55 www.freedomcosmeticos.com.br Rua Verava, 61 - Santo Amaro São Paulo - SP - Brasil CEP 04730-010 Fone: 55 11 5524.2434 Fax: 55 11 5523.3969
VII Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos realizado em São Paulo Realização de eventos Ao longo do tempo, nossos eventos maiores foram adqui- rindo uma abordagem mais ampla, além da apresentação e Na área de eventos nossa gestão marcou forte presença. premiação de trabalhos científicos, por entendermos que te- A realização do 7º Encontro Nacional de Químicos Cosmé- mos e devemos procurar otimizar a presença do congressista ticos em paralelo ao 4º Seminário de Cosmética Aplicada, de modo que possa conhecer a quantas anda a periferia de realizada em São Paulo, permitiu a apresentação conjunta sua atividade principal e os impactos que possam influenciar de 48 trabalhos, seis painéis, três mesas-redondas com te- seu trabalho de forma direta ou indireta. Dada a predomi- mas relevantes e atuais e uma palestra magistral abordando nância quantitativa absoluta de micro e pequenas empresas o momento econômico vivido pelo País e seus impactos em em nosso setor e por sabermos o quanto é difícil para seus nossas atividades para uma plateia de mil participantes entre profissionais ou o próprio empresário participarem, seja por congressistas e convidados. Aos organizadores Alaor Pereira indisponibilidade de tempo ou custos envolvidos, é que nos Lino, Henrique Valfrè, Maria Rita Pereira L. Resende que, permitimos abordar temáticas paralelas afins. com muita energia e talento para a coisa superaram todas as metas estabelecidas para o evento, nossa gratidão. É impossível imaginar que um pesquisador hoje possa prescindir de estar atualizado na área regulatória da ativi- Recordo-me que nessa época, sem precisar quem, foi ques- dade de sua empresa, assim como de temas como embala- tionado do porque realizar uma palestra magistral de caráter gem, dados de mercado e suas tendências, armazenamento e econômico em um congresso científico. Respondi que a eco- transporte, importações entre outras. nomia é também uma ciência que impacta de forma direta no planejamento do desenvolvimento científico e tecnológico, Neste período igualmente enviamos “telegrama” de faci- assim como não existe um pesquisador e/ou centro de pesqui- litações pela passagem dos 50 anos de atividade do Sipatesp, sa que não dependa de verbas ou subsídios para realização de nosso principal parceiro e aliado. seus trabalhos. Acho que me dei bem neste questionamento. 56
Selecionar o melhor para sua empresa é uma questão de química. A Linus é referência em Recrutamento & Seleção especializado nas indústrias Química, Cosmética e Farmacêutica, em posições técnicas, de especialistas e de liderança, sendo reconhecida pelo conhecimento, competitividade, qualidade e atendimento. Linus, a química perfeita entre empresas e profissionais. RECRUTAMENTO E SELEÇÃO / HUNTING/ EXECUTIVE SEARCH Av. Paulista, 509 | cj 704 | São Paulo | SP | 01311-000 | 11 3285 6690 | www.linus.com.br
É impossível imaginar que um pesquisador hoje possa prescindir da atualização na área regulatória Presidentes de Associações das indústrias de países latino-americanos. Ao centro, Artur Gradim. Um outro destaque em nossa gestão que não poderíamos foi estabelecer a estratégia a ser adotada para modernização deixar passar foi por ocasião de nossa participação do III Con- de regulamentos, visando ao futuro mercado comum do gresso Brasileiro de Produtos Farmacêuticos, Cosméticos e Mercosul, fundamentados no mercado internacional, tendo Afins e 8º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos, promovido como referência a Europa e os Estados Unidos. pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, no qual nos coube a honra de formatar e coordenar o curso O 10º Colamiqc, realizado em Caracas, na Venezuela, de Cosmetologia e tendo como eu e outros palestrantes com teve uma delegação de 60 participantes brasileiros, tendo o notório saber de formação na área da química, quebrando um País apresentado nove trabalhos científicos. velado tabu, tratando-se ainda de um conselho profissional da classe farmacêutica. A ABC, desde sua fundação, reconhece Encerramos nossa gestão com a participação na Cosméti- ambos profissionais, tendo praticamente em todas as gestões ca 91, realizada no Shopping Morumbi, onde se deu o Sim- nos cargos de presidente e vice um profissional em cada área. pósio Nacional de Beleza Estética, organizado pela fisiotera- peuta Maria Rita Pereira L. Resende, com apresentação de Realizamos nesse período, em Buenos Aires, na Argenti- doze palestras com foco na estética, saúde e bem-estar. na, a convite do Sipatesp, a primeira reunião conjunta entre as entidades patronais do setor privado do Brasil e da Argen- Finalizando, uma vez mais cumprimento a todos que nos tina, seguida de sua recíproca em São Paulo, cujo objetivo permitiram contribuir para o desenvolvimento da cosmeto- logia no Brasil, fundamentados na missão e princípios que norteiam nossa entidade desde nossa fundação. 58
História da ABC Diretoria ABC biênio 1989-1991 Presidente: Artur João Gradim Vice-presidente: Henrique Valfrè Secretário geral: Ariovaldo Minhoto Primeiro secretário: Sérgio Antônio Fernandes Segundo secretário: Antônio Célio S. Rodrigues Primeiro tesoureiro: Remo Gustavo de Simone Segundo tesoureiro: Miguel De Bellis Conselho consultivo: Miguel Paschoal Vicente Malato, Rubens Paulo Becker, Rubens Brambilla, Aristides de Carvalho Conselho fiscal: Miguel Gellert Krigsner, Alaor Pereira Lino, Silvana Nardini Bock, Gustavo Hoff Quirino, Carlos Ará Amiralian, Fátima Andrade Nogueira, Anísio Pinotti, Duílio A. Valdanini Filho, José Luiz Rubini Representantes regionais: Fátima Nogueira (MG), Carlos Cruz (PR), Roberto Papov (PR), Susete Ruppenthal de Borba (RJ), Alberto Viola Stein (RJ), Daniel Barreto (RJ), Olenka Pinto Ramos, José Paulo Santos de Oliveira (RS) 59 All trademarks owned by The Lubrizol Corporation. © 2012 The Lubrizol Corporation. gorgeous hair Ingredientes condicionantes e para styling que entregam sensorial, funcionalidade e tratamento profissional aos fios radiant skin Emolientes e modificadores sensoriais que nutrem, reparam e protegem sua pele com elegância refreshing cleansing Modificadores reológicos especiais, ten- soativos e agentes condicionantes para sistemas de limpeza brilhantes, suaves e eficientes www.lubrizol.com/personalcare [email protected] +55 11 40970250 A Lubrizol Advanced Materials tem orgulho de fazer parte dessa história de sucesso!
Objetivos definidos, rapidez nas ações Artur João Gradim (1991 - 1993) Em abril de 1992, a ABC se engajava no Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade IArtur Gradim em 1991 Em abril de 1992 a ABC se engajava no Programa Brasi- niciamos essa nova etapa com objetivos definidos, leiro de Qualidade e Produtividade participando diretamen- prontidão nas ações planejadas com o propósito de te no subcomitê setorial composto por entidades ligadas às incentivar, divulgar e incrementar os vários enfoques áreas de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, limpeza, do conteúdo técnico científico abrangente ao escopo fragrâncias e os setores oficiais representados pelo Inmetro, da ABC. Ainda em tempos de novas perspectivas, mas Secretaria da Ciência e Tecnologia da Presidência da Repú- com poucas chances de sucesso, a ABC foi convidada a blica, Detens/SNVS e o DIC (Departamento de Indústria participar da Comissão Especial do Programa Federal de e Comércio) do Ministério da Economia, Fazenda e Plane- Desburocratização coordenado pelo ministro Helio Bel- jamento, visando ao estimulo à formação de uma estrutura trão objetivando reduzir a interferência estatal na vida de tecnológica com centros de pesquisa e laboratórios. pessoas e empresas. Até 1991 o programa revogou 111 mil dos 127 mil decretos editados pelo Poder Executivo desde a O cenário nacional conturbado política e economica- Proclamação da Republica. Acolhemos o convite, prepara- mente tinha uma visão de futuro sob o aspecto ambiental mos propostas não havendo, entretanto, a possibilidade de em tempos de ECO 92. Nosso setor já não utilizava pro- ações pró ativas abrangentes na área, motivada pelo agrava- pelentes (CFC) danosos à camada de ozônio, proibidos por mento da crise do governo. regulamentação específica do Ministro da Saúde em 1988. 60
João Carlos Basílio, da Abihpec História da ABC Em parceria com a Abihpec, já sob o foco do novo go- verno e atendendo à solicitação formulada pela diretoria do Deten (Departamento Técnico Normativo) do SNVS, apre- sentamos a proposta do setor para revisão do registro de pro- dutos de HPPC. Em resumo posicionamos: • Tornar o processo ágil de modo a atender às necessidades do setor produtivo sem prescindir dos instrumentos legais vigentes para proteção da saúde e defesa do consumidor • Harmonizar o tratamento dado aos produtos nacionais com os preceitos de legislações internacionais com os parâmetros existentes e requeridos pela abertura co- mercial no âmbito do Mercosul como de outros parcei- ros comerciais • Fixar condições para permitir o efetivo controle e atuação por parte dos órgãos de fiscalização sanitária. 61 w w w. k o b o p r o d u c t s . c o m Especialista em pós e dispersões Ingredientes Naturais Tratamentos de Superfície éster de jojoba pigmentos pigmentos tratados autodispersíveis Microesferas Dispersões soft focus de acordo com Ecocert melhora no sensorial High Solids® High Speed™ Pigmentos Perolados KobKoTpZe®arl™ Delivery Systems Tecnologias para softspheres Proteção Solar glycospheres Tecnologia Composite Formadores de Filme Desenvolvimento Koboguard® Personalizado resina de hidrocarboneto pigmentos tratados dispersões Produção Global EUA, França e Japão Kobo Products Inc. Kobo Products SAS 3474 South Clinton Ave 135 Rue Buissonniere South Plainfield, NJ Quartier Bouysset USA 31670 Labege France
Gradim e Edson Aleixo, no centro, discutindo com os dirigentes da Argentina sobre o Mercosul A meu ver esse foi o primeiro grande passo para o início, Por conta da insatisfação popular quanto às ações desen- de fato da regulamentação para produtos de HPPC, a qual, volvidas principalmente pela equipe econômica do governo em termos práticos, revogava todas as listas arcaicas elabora- Collor, em 29 de setembro se iniciou o processo de “impea- das em sua maioria nos anos 1970, bem como a revogação chment” do presidente pela Câmara dos Deputados, data de da Portaria 15/89 diante da inexistência de sua regulamen- abertura de nosso evento. A ABC, acostumada a desenvolver tação, entre outras providências. O conjunto de propostas seu trabalho em meio às instabilidades políticas e econômicas apresentava a solicitação de uma comissão assessora de ca- correntes no País, preparava-se para realizar o maior evento ráter permanente para que as adequações acompanhassem do setor, a Cosmética 92, programado para o período de 30 a evolução científica e tecnológica, incluindo os aspectos de setembro a 3 de outubro, em parceria com o Sipatesp e relativos à segurança, entre outros de interesse da Vigilância Alcântara Machado Eventos, paralelamente ao 8º Encontro Sanitária aplicáveis aos ingredientes e produtos. Os desdo- Brasileiro de Químicos Cosméticos, sob a coordenação de bramentos dessa proposta refletem nas resoluções posteriores Rubens Brambilla, e o 5º Encontro de Cosmética Aplicada, seu conteúdo básico, cuja redação final é a regulamentação coordenado por Henrique Valfrè. O evento teve sua realização atualmente praticada no Mercosul. Consideramos até hoje no Pavilhão de Exposições do Parque Anhembi, em São Pau- como de vanguarda a proposta apresentada, um grande mar- lo. No encerramento, houve a palestra magistral proferida por co regulatório, um verdadeiro agente de mudança. Joelmir Beting, que discorreu sobre a conjuntura nacional. 62
História da ABC A possibilidade Até minutos antes do início da cerimônia de abertura, essa palestra de “impeachment” esteve ameaçada de ocorrer diante do fato de o presidente Collor estar sob do presidente Collor o pedido de “impeachment” pela Câmara dos Deputados. Por medida de segurança alugamos o equipamento de filmagem e gravamos a palestra do quase impediu saudoso Joelmir que, por sorte não precisou ser utilizada. Coincidente- a palestra mente ao final do evento, em 2 de outubro, Collor finalmente foi afastado do poder, assumindo Itamar Franco, que iniciaria um novo ciclo no País. de Joelmir Beting no encerramento Foram apresentados nos dois eventos 56 trabalhos (entre científicos, técnicos e ou de interesse geral) para um público de mais de mil partici- do 8º EBQC pantes. A Cosmética 92 teve 140 expositores, recebendo um público de 47000 visitantes. Sucesso garantido para a edição seguinte. Nossas atividades regulares de fomento à cosmetologia, a exemplo de palestras, mantiveram no período seu ritmo médio, assim como a publi- cação da entidade, embora carente de anunciantes, manteve sua regulari- dade graças ao esforço do grupo de trabalho. 63
Jantar da ABC em 1993 Fortalecimento ao encontro do propósito dos participantes desse mercado comum quanto à internalização de normas, regulamentos e A Associação Brasileira de Cosmetologia comemorou, procedimentos adotados. em 10 de abril de 1983, seu 20º aniversário. A ABC vem se fortalecendo a cada gestão desde sua fundação formando Nesse período, considerando sua importância para o setor uma solidez de base graças à dedicação, ao companheirismo de HPPC, tivemos a honra em participar como membro da entre seus gestores e fidelidade diante de seu estatuto, princí- comissão julgadora do Prêmio Brasileiro de Embalagem or- pios em prol do fomento da cosmetologia no País. Membro ganizado pela Revista Embanews, publicação da nova edito- da International Federation Societies of Cosmetic Chemists ra, na época, presidida por seu saudoso fundador sr. Roberto desde 1976 manteve seus compromissos em dia junto à en- Hiraishi que, tradicionalmente, premia com reconhecimento tidade sendo merecedora do prêmio Lester Conrad em 1987 de mercado, os melhores trabalhos de design, marketing e pela apresentação do melhor projeto educacional com foco tecnologia aplicada à embalagem voltada para o mercado fa- científico para seus jovens associados. bricante de produtos finais. Estética, sedução, impacto, ino- vação, personalidade gráfica, coerência, engenhosidade bem No âmbito do Mercosul o SGT-3, grupo de produtos como os benefícios ao consumidor e à comunidade são os pré-medidos, adotou para normatização desta categoria a critérios, entre outros, que tivemos a satisfação de julgar num Norme International OIML-87, da Organização Interna- grupo de especialistas em cada uma das áreas de sua produção cional de Metrologia Legal, que substituiu, para os países até o produto final. Participamos como apoiadores com pa- membros, as normativas anteriores inclusive parte da que lestrantes com a representatividade de nossa entidade. em 1981 foi elaborada no Brasil através do grupo de trabalho formado pela ABC/Abihpec e Sipaterj. A nova norma vem 64
História da ABC Feira de Cosmética do Nordeste A ABC esteve presente na Feira de Cosmética do Nordeste promovida pelo Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêu- ticas de Destilação e Refino de Petróleo do Ceará, presidida por nosso companheiro e amigo João Fernandes Fontenelle. O evento realizado incluindo a exposição alcançou o sucesso esperado na capital do verão brasileiro. Igualmente na condição de apoiadores, tivemos a satisfação de participar do “Primeiro Congresso Científico Internacional de Es- tética” realizado na cidade do Rio de Janeiro, no Hotel Intercon- tinental, organizado pela edição brasileira da revista Les Nouvelles Esthétiques, então, de propriedade de nosso companheiro e ami- go dr. Hugo Turovelzky que brilhantemente conduziu o evento junto a esteticistas, palestrantes e convidados de forma elegante e organizada. Nossa representação assumiu lugar na mesa na sole- nidade de abertura do evento pelo qual nos sentimos honrados. 65 Imagine. Collaborate. Succeed. Consumidores imaginam a aparência de uma pele perfeita, cabelos maravilhosos e sorrisos deslumbrantes. Ashland Care Specialties convida a Indústria de Cuidados Pessoais a realizar os desejos dos consumidores. Pergunte-nos como podemos conjuntamente trabalhar com nosso conhecimento nos consumidores, em formulações e novas soluções em ingredientes, para melhor servir os fabricantes que necessitam soluções precisas para os consumidores em virtualmente cada um dos diferentes mercados do mundo. Imagine, collaborate, succeed com a Ashland. Ashland Care Specialties IMAGINE. COLLABORATE. SUCCEED. São Paulo, Brazil Tel: +55 11 3649 0455 ® Registered trademark, Ashland or its subsidiaries, registered in various countries With good chemistry great things happen.™ ™ Trademark, Ashland or its subsidiaries, registered in various countries © 2013, Ashland AD-12284
Compromisso os destinos da entidade, ao lado dos companheiros de gestão, para os quais esta diretoria desejou votos de pleno sucesso na Ao concluirmos nossa gestão fomos contemplados pelo oportunidade. Tinha a certeza de que teríamos tudo de novo Serviço Nacional de Vigilância Sanitária, através do Deten ou melhor. Na certeza de que o número de acertos tinha supe- (Departamento Técnico Normatizado) e pela Diprod (Di- rado o de erros involuntários e com a dedicação, profissionalis- visão de Produtos) com carta compromisso com providên- mo e companheirismo comprovados os quais foram os pilares cias de modo a agilizar a análise de processos, cuja demanda maiores de nossa gestão. Assim como, em mesma intensidade, reprimida alcançava os níveis do absurdo; reforçar a equipe foram os nossos parceiros, ressaltando o Sipatesp representado técnica e implementar grupo consultor para análise da pro- por seu presidente com quem fomos unha e carne na totali- posta de revisão dos regulamentos técnicos vigentes na épo- dade de nossas interfaces e em muitas vezes tive a honra em ca inclusive quanto à operacionalidade em sua tramitação. representá-los. Aos nossos colaboradores na gestão, funcioná- Ressaltava a tendência em adotar o enfoque de risco como rios que estiveram conosco nessa jornada, nossa gratidão. Aos base do trabalho que objetivava maior eficiência e eficácia no nossos associados e patrocinadores nosso muito obrigado pela Sistema de Vigilância Sanitária. confiança depositada. Hoje temos quase 2 mil associados físi- cos e quase duas centenas de empresas. Parabéns a todos. Tomou posse em 12 de agosto, para o biênio 1993-1995, na condição de presidente eleita da ABC, a engenheira Lin- da Cristina de Oliveira (Kristia), primeira mulher a conduzir Diretoria da gestão 1991-1193 Diretoria ABC biênio 1991-1993 Presidente: Artur João Gradim Vice-presidente: Rubens Brambilla Secretário geral: Sérgio Antonio Fernandes Primeiro secretário: Ariovaldo Minhoto Segundo secretário: Valéria Franco Primeiro tesoureiro: Miguel De Bellis Segundo tesoureiro: Carlos Alberto Trevisan Conselho consultivo: Miguel Paschoal Vicente Malato, Gustavo Hoff Quirino, José Luiz Rubini, Sebastião Donizetti Gonçalves, Silvana Nardini Bock, Germínio Nazario, Maria Aparecida Veloso Teixeira, Maria Rita Pereira L. de Resende, Henri- que Valfrè Conselho fiscal: Carlos Ará Amilarian, Duílio A. Valdanini Filho, Maria Alice Marques, Tereza As- sunção Souza Lourenço, Sandra Cristina Poli Schi- midt, Tânia Cristina de Sá Dias, Elisabete de Fátima Manso, Maria Dulce Assis Porto 66
História da ABC A primeira mulher na presidência Linda Cristina de Oliveira (1993 - 1995) A “fórmula” está na capacidade de se doar a uma entidade e não aceitar e ou impor limitações a outrem Linda Cristina de Oliveira mulher da ABC. Profissionalmente, estava atuando na Bera- ca Ingredientes, fornecedora de matérias-primas cosméticas. Como primeira presidente mulher da ABC, me sen- ti honrada e também com um grande desafio pela Fatos importantes no Brasil nesse período foram a cas- frente, o de dar continuidade ao que estava sendo sação do ex-presidente Collor, a realização de um plebiscito muito bom. Ao mesmo tempo, tinha como tarefa em 1993, o Cruzeiro Real como nova moeda brasileira, em principal de minha gestão promover a Cosmetologia brasi- circulação de 1º de agosto de 1993 a 30 de julho de 1994. leira com ética, inovação e responsabilidade. Acredito que O presidente era Itamar Franco; havia dúvidas quanto ao minha missão teve êxito, porém, sinto que aquele evento de- destino do País. veria ser mais seguido e se tornado um exemplo natural para que as mulheres tivessem uma maior representação dentro No cenário mundial merece destaque a primeira clona- do setor. Contudo, penso que a “fórmula” não está no fato gem de embriões, nos Estados Unidos, a maior integração de ser mulher, ela está na capacidade de se doar a uma enti- latino-americana e um novo ambiente entre esses países nas dade e não aceitar e ou impor limitações a outrem. relações econômicas com o advento do Mercosul. Desde 1989, atuei na ABC, em cargos diversos de dire- No campo da Cosmetologia, em 1993, havia necessida- toria, profissionalmente, era proprietária da EBPM, forne- de de conhecimento, informação e definição de conceitos. cedora de óleos vegetais, essenciais e fragrâncias. Em 1993, Estavam em alta os ingredientes naturais para cosméticos, minha chapa foi vencedora e fui eleita a primeira presidente anticaspa e aqueles de origem marinha. 67
Ações da ABC em 1993 IX Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos e VI Seminário • Feira Cosmética 93 (reuniu 120 expositores, 70 mil vi- de Cosmetologia Aplicada, eventos promovidos pela ABC. sitantes, 25 do Exterior) e nosso objetivo, que era criar um ponto de encontro para o mercado cosmético, foi al- Linda Cristina de Oliveira fala ao centro cançado e o evento, desde então, se tornou marcante no calendário do setor. A ABC em 1994 • Participação da entrega do Prêmio Atualidade Cosmética. Nesse ano, ABC e outras entidades firmaram o protocolo • Comemoração de 15 anos da revista Aerosol & Cosméti- de intenções junto à Secretaria de Vigilância Sanitária (SVS), visando acordo para estabelecimento de mecanismos para cos, publicação da ABA e ABC. agilizar a concessão de registro de produtos, desenvolvimento • Cursos diversos de Cosmetologia na sede ABC. de programas e projetos e incentivo à educação contínua dos • Em 1994, no Brasil, foram fatos importantes a eleição do técnicos do setor Em 1994, ainda, a ABC promoveu o IX En- contro Brasileiro de Químicos Cosméticos, evento realizado ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o otimismo em São Paulo, e o VI Seminário de Cosmetologia Aplicada. com o Plano Real. Os indicadores econômicos aponta- vam crescimento de atividades em vários setores, inclusi- Marcaram o Brasil em 1995 a desvalorização do real, ve grande expansão do mercado brasileiro de cosméticos. recessão em alguns setores da economia devido aos ajustes Destaques, no momento histórico, foram a conquista, do Plano Real, desemprego e queda de consumo, com raras pelo Brasil, do tetracampeonato na Copa do Mundo, e o exceções, como o setor de cosméticos, que continuava em início da internet no Brasil. expansão. O momento histórico mundial registrou o desen- • Em 1994 a Cosmetologia começou a demonstrar sua volvimento da globalização, a ovelha Dolly, primeiro mamí- importância na melhora da qualidade de vida. Foi o iní- fero a ser clonado, e o terremoto no Japão. cio da discussão do conceito de “cosmecêuticos”. Houve lançamentos de produtos com proteção antimicrobiana e Na área da Cosmetologia, destacaram-se os lançamentos para proteção da pele. Investimentos em pesquisas e pro- de produtos dermocosméticos e fotoprotetores, além do iní- dutividade. Ingredientes que estavam em alta: ceramidas, cio de uma maior preocupação em criar produtos antien- hidratantes e antimicrobianos. velhecimento. Óleos vegetais, extratos mistos de vegetais, frutas e flores eram os ingredientes em alta. Estande da ABC na Cosmética-93 68
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Realizações da ABC em 1995 VII Seminário de Cosmetologia Aplicada Elaboração para próxima gestão do XII Congresso La- tino-Americano e Ibérico de Químicos Cosméticos (Cola- miqc), evento realizado em São Paulo. Concomitantemente ao evento, a ABC promoveu o I Congresso Latino-Ameri- cano e Ibérico de Beleza e Estética e o VII Seminário de Cosmetologia Aplicada. O ano registrou, também, o início do desenvolvimento de parcerias com instituições como Senac e Faculdades Oswaldo Cruz - Lab Service, convênio criado aos associados para realização de testes e ensaios em produtos cosméticos. Linda Cristina de Oliveira fala na XII COLAMIQC Diretoria ABC biênio 1993-1995 Presidente: Linda Cristina de Oliveira Vice-presidente: Hamilton dos Santos Secretário geral: Ariovaldo Minhoto Primeiro secretário: Nelson Bassoli Segundo secretário: Tereza Assunção Souza Lourenço Primeiro tesoureiro: Marcelo Meira Amaral Bogaciovas Segundo tesoureiro: Sérgio Antônio Fernandes Conselho consultivo: Artur João Gradim, Rubens Brambilla, Miguel Paschoal Vicente Malato, Henri- que Valfrè, Gustavo Hoff Quirino, Silvana Nardini Bock, Maria Alice Marques, Germínio Nazario Conselho fiscal: Duílio A. Valdanini Filho, Carlos Ará Amiralian, Tânia Cristina de Sá Dias, Valéria Franco, Sandra Cristina Poli Schimidt, Marcelo Golino, Maria Inês Bloise, Carlos Alberto Trevisan 70
Dois biênios de muitas realizações Artur João Gradim (1995 - 1999) Artur João Gradim desenvolvimento de condições viáveis à disponibilidade para execução de serviços com foco na qualidade não existentes in- Em 7 de agosto de 1995 assumimos a gestão para o ternamente nas empresas de micro, pequeno e médio porte. biênio 1995-1997 em cerimônia realizada no au- ditório da Fiesp. Dentre nossas metas, uma era dar Entre outros temas de interesse, foram essas algumas das continuidade aos trabalhos em andamento, tendo em principais prioridades a serem desenvolvidas no aspecto téc- vista que participamos ativamente na gestão anterior. De ou- nico: dar continuidade ao histórico de bom relacionamento tro lado, diante do cenário da época e perspectivas, tínhamos com os órgãos oficiais, disponibilizando todo suporte téc- igualmente como propostas ações pontuais que viessem a con- nico necessário igualmente com nossos parceiros; ampliar tribuir para o aprimoramento do estado da arte na maioria a exposição da associação frente aos nossos associados, pa- de nossas empresas, visando ao aumento da competitividade trocinadores e parceiros, visando seu crescimento; manter em um mercado direto, até há pouco protegido em excesso. e, quando possível, incrementar as ações que fazem parte do Entre as ações, destacamos: capacitação técnica, mudança no objetivo maior de desenvolvimento da cosmetologia no Bra- âmbito regulatório quanto ao registro de produto, atualiza- sil; respeitar na integra o estabelecido no estatuto da ABC. ção da regulamentação técnica e metrológica, adequação das empresas quanto às boas práticas industriais e seus controles, Relato, a seguir, as principais ações e resultados obtidos. 72
Nesse período foram aprovadas no Mercosul sete Resoluções GMC e internalizadas cinco no Brasil, entre elas o Manual de Boas Práticas de Fabricação Em relação aos aspectos no âmbito elaborar um conteúdo único que atendesse de forma plena a regulatório (SNVS e Inmetro) expectativa brasileira sobre o assunto. Considero esse biênio como um dos mais produtivos na Nesse período foram aprovadas no Mercosul sete Reso- história da ABC na área técnica regulatória, dada a impor- luções GMC e internalizadas cinco no Brasil, entre elas o tância para a indústria brasileira de produtos de HPPC numa Manual de Boas Práticas de Fabricação (Portaria SVS Nº época na qual se iniciava, na prática, a integração regional 348/97). Esse grupo de trabalho igualmente teve partici- no Cone Sul prevista nos tratados de Assunção e Ouro Pre- pação no desenvolvimento de três portarias administrativas to. Os trabalhos que seriam desenvolvidos impactavam em específicas para o setor relativas a procedimentos para regis- mudanças estruturais a serem incorporadas no ordenamento tro de produtos. A publicação da Portaria 71, de 29 de maio jurídico nacional dos países membros. A ABC, através de seu de 1996 que, entre outras disposições, foi o marco inicial representativo grupo técnico, com delegação de seu parceiro para a agilização dos registros de produtos cosméticos que, Sipatesp, desenvolveu um trabalho junto ao setor oficial. Foi na época, superavam 20 mil processos pendentes de apro- um trabalho inovador não vivido até então pelo setor, uma vação. Com sua adoção em período excepcional restaram vez que os esforços alcançados no âmbito interno somen- pendentes 900 para 1997 que, em sessenta dias foram atu- te viriam a ser implementados na regulamentação nacional alizados. Essa ação teve a fundamental intervenção do dr. após serem aprovados igualmente pelos sócios desse mercado Marcelo Azalin (diretor do Deten/SVS) e de Josineire M. comum através de uma resolução única. Assim sendo, além Sallum (Diprod/MS) para o sucesso alcançado. Formáva- do trabalho desenvolvido entre os setores privado e oficial mos, em conjunto ao setor oficial, um grupo excepcional brasileiro, coordenado pela Dra. Josineire M. Sallum, tínha- constituído por mais de 50 colaboradores entre as várias mos, como membros da delegação brasileira sob a coordena- comissões constituídas. ção do setor oficial, de negociar tecnicamente junto às de- mais representações. Às vezes, até a exaustão, na tentativa de 74
PARABÉNS PELOS Por trás de cada produto desenvolvido 40 ANOS DA ABC! pela Avon, estão mais de 300 cientistas em um dos maiores centros de pesquisa e desenvolvimento de cosméticos do mundo, em Suffern, Estados Unidos. Gente que se dedica a buscar e criar o que há de mais avançado no mundo da ciência para oferecer, às mulheres, cosméticos que realçam sua beleza e, ao mesmo tempo, tratam sua pele. É a ciência trabalhando pela beleza e a autoestima da mulher. www.avon.com.br
Aos coordenadores desse seleto grupo, em especial, João Nesse período, igualmente, foi criada pela SVS a Comis- Hansen (Avon), Carlos Alberto Trevisan (Boticário), Rubens são Técnica de Assessoramento em Cosméticos na qual a Brambilla (R. Brambilla Consultoria), Maria José G. Ayres ABC passou a ter sua representatividade. (Gessy), Gustavo Carturan (Pierre Alexandre) e nosso sau- doso Luiz Brandão, meu respeitoso reconhecimento e agra- Nesse ano essa comissão assessora emitiu três pareceres, decimento pelo trabalho realizado. bem como o representante da ABC encaminhou para ava- liação do grupo a primeira proposta para discussão dos pa- Não foi por mera coincidência que Rubens Brambilla râmetros microbiológicos para os produtos de HPPC, que e Carlos Alberto Trevisan ocuparam a presidência da ABC seriam publicados em 1997 com implementação para o ano em gestões que se seguiram às nossas e, agora, para o biênio seguinte, já sob resolução aprovada no Mercosul. 2013-2015, este lugar é ocupado por João Hansen. O biênio 1995-1997 Neste caminho, nossa gratidão ao sr. João Carlos Basí- foi um dos mais produtivos lio da Silva, presidente do Sipatesp, órgão representativo do na área técnica regulatória; setor industrial, que, apoiado por sua diretoria, delegou à ABC nessa gestão plena autonomia na condução dos traba- iniciávamos a integração lhos técnicos desenvolvidos pelo grupo. regional no Cone Sul Igual registro fazemos aos dirigentes das empresas que disponibilizaram seus profissionais e recursos para o desen- volvimento e acompanhamento desse trabalho que extrapo- lava os limites do interesse individual para o coletivo. I Encontro ABC - Abihpec - Sitapesp 76
Só assim para o ferrugem aparecer nas nossas latas. Nossas embalagens metálicas foram as primeiras do Brasil a ter fundo e domo revestido com PET, processo para a eliminação da ferrugem. Além disso somos a empresa que possui o maior portifólio de latas para aerossol em aço da américa latina e com produção 100% testada. Todo esse pioneirismo e qualidade rendeu a Cerviflan o Prêmio Can of the year gold na categoria General Line(2008). A Cerviflan tem a solução ideal para o seu produto. Tel.: 55 11 3787.7666 • Ideal para produtos cosméticos • Aerossóis de Ø 45mm a Ø 65mm com até 300 mm de altura • Pressão de até 18bar • Menor espessura de solda • Qualidade de impressão em litografia. www.cerviflan.com.br
Luiz Brandão autografa Índex ABC 1ª Edição Em relação às nossas publicações Somado a esse conjunto, a publicação traz um glossário ABC-INCI e INCI-ABC de modo a facilitar o trabalho dos Nessa gestão tivemos o lançamento do Índex ABC 1ª importadores junto à SVS/MS bem como para exportadores Edição, 1996, do autor Luiz Brandão em solenidade rea- tendo em vista que a Comunidade Europeia e os Estados lizada na sede da entidade. Mais que um condensado de Unidos já praticavam esta nomenclatura na rotulagem de fornecedores de matéria-prima para a indústria cosmética, seus produtos. destinado às áreas técnicas e de suprimento, o Índex ABC, pelo conteúdo apresentado, passou a ser a primeira e única A publicação, sem anunciantes, foi financiada pela ABC, publicação em língua portuguesa com aceitação pelo órgão conforme acordo firmado com o autor, passando a Associa- da Vigilância Sanitária do País, para uso pela área regulatória ção ser a única a comercializar esse material em sua primeira das empresas como material de referência dos ingredientes edição. Através desse singular trabalho o Brasil passou a ter utilizados na composição de um produto a ser registrado. seu handbook de ingredientes de uso cosmético, sendo a se- gunda publicação mundial no gênero. Indispensável fonte Com mais de 1600 produtos com seus nomes comerciais de consulta para micro, pequenas e médias empresas, que so- e sinônimos e outras referências reconhecidas, foi concebida mente dispunham para consulta a publicação internacional, uma proposta de Nomenclatura Brasileira para Ingredientes através da biblioteca da ABC ou por acesso de universidades Cosméticos baseada na orientação da Organização Mundial públicas com foco na cosmetologia. de Saúde e na nomenclatura internacional (INCI) divulgada pela Cosmetic, Toiletry and Fragrance Association (CTFA). 78
História da ABC A publicação regular da ABA e ABC que, por 18 anos, Feiras e Exposições circulou ininterruptamente, passou por uma reformulação editorial e sua edição de janeiro-fevereiro de 1997, de núme- Com a parceria da Abihpec-Sipatesp foram realizadas as ro 104, passou a denominar-se “Cosméticos Online” com edições da Cosmética 95 e 96, organizadas pela Alcântara conteúdo exclusivo do setor de HPPC. Machado Feiras e Eventos, que compreendia a área de pro- dutos finais do setor e fornecedores para essa indústria. Considerando os novos tempos, otimização de custo, ra- cionalização dos trabalhos necessários e com uma afinidade A partir de 1997, dado o reposicionamento na direção de de longa data, a partir de 1998, a publicação “Cosmetics & sua vocação e objetivos, a ABC firmou parceria com a Miller Toiletries”, da editora Tecnopress, passou a ser o veículo de Freeman para realizar, a partir daí, seu evento sob a marca comunicação técnica oficial da ABC junto a seus associados, “FCE Latin America”, voltada para o segmento de matérias- parceiros, universidades, fornecedores, fabricantes de produ- -primas, equipamentos e serviços, focos diretos da ABC. O tos finais e de matérias-primas. evento foi repetido no ano seguinte sob a mesma denomi- nação. Em 1999, objetivando uma identidade própria, o Lex ABC, condensado de leis e regulamentos, ferramenta nome da feira para a área cosmética passou a denominar- de consulta de fácil atualização, dado a forma de fichário, -se HBA South América, versão latino-americana da HBA permitindo fácil manuseio e atualização. Global Expo, maior evento de fornecedores para a indústria de HPPC nos Estados Unidos, suportando nosso Congresso Livro ABC 25 Anos - A Trajetória da Associação Brasilei- com afinidade total, ambos organizados pela Miller Freeman ra de Cosmetologia relatou, nessa publicação comemorativa com pleno sucesso, superando as expectativas. do período, as ações realizadas, enfoques, parceiros e interfa- ces desde sua fundação. Guia ABC de Microbiologia, publicação de orientação às práticas requeridas para o controle microbiológico e me- todologias. Aos membros do conselho editorial, em especial ao dr. Henrique Valfrè, nessa gestão, sucedido pelo dr. Rubens Brambilla, nossos sucessos e agradecimentos pelo empenho e dedicação incomparável. ABC presente na FCE Latin America em 1997 79
Gradim no Congresso Nacional de Cosmetologia em 1997 Congressos e Seminários organizados pela ABC Parcerias desenvolvidas A exemplo de edições anteriores, os eventos realizados Lab Service - A ABC firmou convênio com a Faculdade Oswaldo Cruz para implementação de um laboratório de nesse período, nossa atividade de maior complexidade microbiologia voltado à prestação de serviços à indústria de HPPC de modo a atender as micro, pequenas e médias em- quanto ao aspecto organizacional, tiveram êxito além do es- presas que não dispunham desse serviço em suas instalações, atendendo, ao mesmo tempo, a demanda interna de estágio perado, extrapolando as expectativas da entidade e de seus para os alunos da Faculdade de Farmácia da instituição. A ABC forneceu o suporte técnico para o laboratório que, em participantes. Foram eles: 1997, operava em plena atividade para as indústrias do se- 1995 tor, o que igualmente foi uma das metas dessa gestão. Nosso agradecimento ao gestor da Faculdade Oswaldo Cruz, dr. XII Congresso Latino-Americano Carlos Eduardo Quirino Simões. e Ibérico de Químicos Cosméticos Fundação Vanzolini - Esta instituição está ligada ao De- Local: São Paulo – SP – de 27 a 31 de agosto partamento de Engenharia de Produção da Escola Politécni- I Congresso Latino-Americano de Beleza e Estética ca da Universidade São Paulo. A parceria firmada refere-se ao Projeto de Especialização em Gestão da Qualidade. Em VII Seminário de Cosmética Aplicada 1999 foi realizado o curso GMP/APPCC na indústria de I Ciclo de Palestras sobre Qualidade e Produtividade cosméticos atendendo igualmente um dos objetivos abraça- dos por esta gestão. 1996 Congresso Nacional de Cosmetologia 10º Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos Tema: Cosmetologia: Uma Ciência com Arte e Criatividade Local: São Paulo – SP – Expo Center Norte- de 5 a 7 de agosto 1997 Congresso Nacional de Cosmetologia 11º Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos Tema: Segurança e Eficácia Local: São Paulo – SP – Expo Center Norte – de 14 a 16 de julho 1998 Congresso Nacional de Cosmetologia 12º Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos Tema: A Indústria Cosmética sob o Impacto da Globalização Local: São Paulo – SP – Expo Center Norte – de 30 de junho a 2 de julho 1999 Congresso Nacional de Cosmetologia 13º Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos Tema: A nova realidade frente à inovação responsável Local: São Paulo – SP – Expo Center Norte – de 6 a 8 de julho 80
História da ABC Ações junto a órgãos oficiais afins Cursos e palestras Inmetro: Seminário de Metrologia Legal, Palestras e A exemplo dos anos anteriores, a realização de cursos e pa- Workshops no âmbito da metrologia aplicada aos produtos lestras manteve a frequência média de uma a cada dois meses, pré-medidos. graças ao emprenho do grupo e responsáveis pelas regionais. Procon: Elaboração em conjunto com a Abihpec do Guia Patrimônio de Compras de Bronzeadores e Protetores Solares com am- pla distribuição com o objetivo de alertar o consumidor so- Em nossa gestão, a ABC adquiriu a parte do imóvel per- bre os perigos do sol sem proteção. tencente à ABA (Associação Brasileira de Aerosol), assim como fechou a aquisição de imóvel anexo permitindo a am- IPEM: Realização de Workshops e apoio à exposição Na pliação de suas atividades com a criação de laboratório para Medida Certa aulas práticas, cursos sobre equipamentos, técnicas de desen- volvimento de produto, entre outras finalidades. Os eventos realizados tiveram êxito além do esperado, extrapolando as expectativas da entidade Posse da diretoria eleita em 1997 Diretoria ABC Diretoria ABC biênio 1995-1997 biênio 1997-1999 Presidente: Artur João Gradim Presidente: Artur João Gradim Vice-presidente: Alessio de Toledo Rodrigues Vice-presidente: João Alberto Hansen Secretário geral: Nelson Bassoli Secretário geral: Alessio de Toledo Rodrigues Primeiro secretário: João Alberto Hansen Primeiro secretário: Luiz Antônio Brandão Segundo secretário: Marcelo Meira Amaral Bogaciovas Segundo secretário: Karla Mantovani de Mello Primeiro tesoureiro: Carlos Alberto Trevisan Primeiro tesoureiro: Nelson Bassoli Segundo tesoureiro: Silvana Nardini Bock Segundo tesoureiro: Hamilton dos Santos Conselho consultivo: Henrique Valfrè, José Armando Ca- Conselho consultivo: Carlos Alberto Trevisan, Henrique margo Amarante, Miguel Paschoal Vicente Malato, Linda Valfrè, Linda Cristina de Oliveira, Miguel De Bellis, Miguel Cristina de Oliveira, Marilene Martins Zampieri, Hamilton Paschoal Vicente Malato, Roberta Baldini Sajoma, Rubens dos Santos, Carlos Cruz, Sérgio Leite Brambilla, Tânia Cristina de Sá Dias Conselho fiscal: Miguel de Bellis, Karla Mantovani de Conselho fiscal: Carlos Cruz, Elisabete de Fátima Manso, Mello, Hanns Juergen Linnemann, Antônio Carlos Pauli- Elzbrieta Xénia Krygler Catani, Luciano Fagliari, Marcelo no, Maria José G. Ayres, Sérgio H. do Nascimento, Agenor Golino, Maria Aparecida Veloso Teixeira, Marilene Martins Giuliette Júnior Zampieri, José Armando Camargo Amarante 81
Uma época fértil para a Cosmetologia Rubens Brambilla (1999 - 2001) Rubens Brambilla a ABC, sempre com o cunho eminentemente técnico. Acre- dito que a criação da ABC foi uma das coisas mais importan- Eu tenho me dedicado à ABC desde a sua funda- tes que aconteceram no Brasil para reforçar o conhecimento ção. Havia uma grande necessidade, no Brasil, que e os estudos em favor da cosmetologia como ciência. os nossos profissionais adquirissem conhecimento, maior experiência, já que os cursos na área de cosme- Em 1975, eu trabalhava nas Indústrias Químicas Lessin, tologia eram praticamente inexistentes. Em alguns poucos, a que tinha uma divisão farmacêutica, uma de cosméticos e disciplina de cosmetologia era dada nos cursos de Farmácia, outra, muito importante, de adoçantes e edulcorantes. Meu muito empiricamente. Então, um grupo de profissionais da primeiro cargo na ABC foi como segundo secretário, na ges- área (químicos, farmacêuticos) teve a ideia de se reunir e criar tão 1977-1979, de Henrique Valfrè. Na primeira gestão de Aristides de Carvalho, 1981-1983, integrei o conselho con- sultivo. O mesmo cargo ocupei na gestão de Miguel Mala- to, 1983-1985, na segunda gestão de Aristides de Carvalho, 1987-1989 e na segunda gestão de Artur Gradim, 1989- 1991. Na terceira gestão de Artur Gradim, 1991-1993, fui vice-presidente. Voltei a integrar o conselho consultivo nas gestões de Linda Cristina de Oliveira, 1993-1995, e na quinta gestão de Artur Gradim, 1997-1999. Fui presidente da ABC no biênio 1999-2001, suceden- do Artur Gradim. Uma das minhas metas foi a de acertar acordos e entendimentos com nossas entidades coirmãs, muito importantes para as nossas realizações. Foi um perío- do de muitas ações regulatórias e, portanto, de grande peso, influência e bons resultados para todo o setor industrial e comercial. É importante lembrar que foi nessa época que houve a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nos moldes do que já acontecia em outros países, notadamente, o FDA norte-americano. A criação da Anvisa, pela Lei 9782, de 26 de janeiro de 1999, foi, sem dúvida, um marco regulatório no Brasil. A partir daí, o setor brasi- leiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos teve uma grande evolução, industrial e comercial, chegando ao estágio em que estamos hoje de destaque no cenário internacional. 82
História da ABC Resoluções importantes sificou e atualizou as listas de uso restritivo e uso público, conservantes, corantes, filtros UV. Entre as decisões da Anvisa publicadas durante a minha gestão, destaco a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Tivemos participação importante, também, na edição da 335 de 22 de julho de 1999, que causou uma grande revo- RDC 38 da Anvisa, de 21 de março de 2001, que aprovou lução no setor. Ela definiu os sistemas de controle sanitário os produtos cosméticos de uso infantil. Montamos um gru- de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes e po de trabalho que atuou em conjunto com os técnicos da criou a notificação de produtos de categoria 1. A partir Agência, que classificou quais cosméticos seriam permitidos dessa RDC, a empresa precisava, apenas, informar a Agên- para crianças com mais de seis anos. Já a Resolução 481, de cia do lançamento do produto no mercado. Os produtos 23 de setembro de 1999, também foi importante porque de- eram liberados, no máximo, em trinta dias. Isso deu uma finiu os parâmetros de controle microbiológico para produ- grande agilidade às empresas no lançamento de suas linhas tos cosméticos. Durante a minha gestão houve um período de produtos. Essa resolução foi submetida, posteriormente, muito fértil de decisões da Anvisa. Foi uma época muito rica ao Mercosul. A ABC fazia parte do grupo ad hoc de Saú- para a cosmetologia brasileira. de e Cosméticos. Depois, ela foi internacionalizada e isso causou uma verdadeira euforia no setor. Outra resolução Cuidamos muito, também, dos cursos e eventos da ABC, importante da Anvisa foi a 79, de 28 de agosto de 2000, que ganhavam muita força, já se falava em pós-graduação na que substituiu a Portaria 71, de 29 de maio de 1996. Entre área. Realizamos muitos cursos fora de São Paulo, como em outras normas, essa nova resolução atualizou listas de subs- Curitiba, na USP de Ribeirão Preto, na Unaerp, também de tâncias de uso em produtos cosméticos, como também, Ribeirão Preto. A criação do polo cosmético de Diadema normas de registros de produtos, e reforçou a definição e nos levou a iniciar um movimento para que a cidade tivesse classificação dos produtos de higiene pessoal, cosméticos e uma Faculdade de Tecnologia (Fatec), ligada ao Centro Pau- perfumes em seus graus de risco 1e 2. Além disso, reclas- la Souza. Anos depois, essa Fatec se tornou realidade. Diretoria do biênio 1999-2001 Diretoria ABC biênio 1999-2001 Presidente: Rubens Brambilla Vice-presidente: Luciano Fagliari Secretário geral: Luiz Antônio Brandão Primeiro secretário: Sonia Yuri Yokoto Segundo secretário: Maria Valéria R. V. de Paola Primeiro tesoureiro: Hamilton dos Santos Segundo tesoureiro: Angel Celestino Lizarraga Conselho consultivo: Artur João Gradim, João Alberto Hansen, Nelson Bassoli, Henrique Valfrè, Miguel Paschoal Vicente Malato, Carlos Cruz, Elzbrieta Xénia Krygler Catani, Marilene Martins Zampieri Conselho fiscal: Eduardo Luppi, Amilton C. Pinterich, Rena- to Muchiuti, Luiz Antonio Barbosa Mendonça, Carlos Alberto Trevisan, Maria Rita Pereira Lemos de Resende, Frank Hollander, Antonio Celso da Silva 83
Ações pioneiras em prol da ABC Carlos Alberto Trevisan (2001 - 2005) Carlos Alberto Trevisan para fazer parte de uma Comissão de Trabalhos que, por aca- so, começava naquela noite. Foi assim que eu entrei para a Em 1977, época em que eu trabalhava na Max Factor, ABC. Já entrei trabalhando numa comissão. me inscrevi na ABC pelo correio. Fique sabendo da entidade através da revista Aerosol & Cosméticos. Dessa comissão saíram vários trabalhos. Participavam Dois ou três meses depois, recebi um boleto de co- dela o dr. Valfrè, dra. Josefina Mendes, do Adolfo Lutz, dr. brança com a data vencida. Fui até a ABC, num escritório Darci Machado Silva, da Avon, dr. Miguel Malato e dr. Ger- que ficava na rua Tabapuã, para saber se podia fazer o pa- mínio Nazário, do Adolfo Lutz. Essa comissão cuidava de gamento do boleto. Coincidentemente, o dr. Valfrè, que eu iniciar estudos para introduzir algum tipo de segurança nos não conhecia pessoalmente e que estava na sede da ABC, cosméticos. Trabalhamos muito com o Adolfo Lutz. Depois, me perguntou o que eu fazia, onde trabalhava e se eu tinha essa comissão acabou sendo levada para a Fiocruz, no Rio de disponibilidade de tempo para fazer alguns trabalhos para a Janeiro, já com a participação do pessoal da Fundação. Esse ABC. Eu disse que sim e ele, imediatamente, me convidou grupo criou um manual, nunca publicado, de uma meto- dologia de controle de qualidade de produtos cosméticos. Fiquei nessa comissão por dois anos. Naquela época, eu fazia parte do Sipatesp como representante da Max Factor; eu era diretor industrial da empresa, que fazia parte da diretoria do Sindicato. Eu era encarregado da parte técnica do Sipatesp. Quando havia reuniões em Brasília, eu ia como represen- tante da ABC, do Sipatesp e da Max Factor. A ABC sempre participou dessas reuniões. Essa participação me deu, na ABC, um conhecimento muito grande da sua estrutura. Tanto que eu participei de várias diretorias. Fui tesoureiro em várias gestões: do Miguel Malato (1983-1985), como primeiro tesoureiro; do Artur Gradim (1985-1987), também como primeiro tesoureiro; novamente, nas gestões do Gradim (1991-1993), como segundo tesoureiro, e primeiro tesoureiro em 1995-1997. Na gestão do Gradim de 1997-1999 fiz parte do conselho consultivo. Participei de muitas comissões representando a ABC. Participei de toda a elaboração da legislação de cosmé- ticos dessa época, de todos os grupos de trabalho do Merco- sul. Participava também de cursos, palestras, tanto na ABC como em universidades. 84
História da ABC Assumi a presidência da ABC para o biênio 2001-2003, Aumentamos de 1000 para 1200 convites para o jantar, sucedendo o dr. Rubens Brambilla. Ele poderia se candidatar colocando essas 200 pessoas no mezanino do Clube Monte à reeleição, mas, por razões pessoais, não pode ser candida- Líbano. O objetivo da ABC com o jantar não era ter lucro. tar. Então, foi indicado que eu assumisse. Toda a receita era revertida, isso deve ser ressaltado. Desde os primeiros jantares, não se visava lucro, de maneira alguma; Uma das grandes surpresas ao assumir a gestão foi encon- toda a receita era reinvestida no próprio jantar, em prêmios trar um passivo trabalhista, que já havia percorrido todas as etc e, naquele ano, excepcionalmente, tivemos que fazer isso instâncias judiciais e culminou com a ABC sendo condena- para poder pagar a última parcela. da a pagar uma indenização que, naquela época, equivaleria a R$ 350 mil. Obviamente, ela não seria coberta nem pela Entrei para a ABC venda de todas as propriedades da Associação. Em função trabalhando numa comissão, disso, fui nomeado fiel depositário e responderia com meus parcos bens pessoais se alguma coisa acontecesse com aque- ao lado de representantes les bens ou se não cumpríssemos o acordado, de treze pres- do Adolfo Lutz tações mensais de mais de R$ 30 mil o que, para nós, pesava bastante. Demoramos um ano e um mês pagando essa dívi- e de diversas empresas da, com muito sacrifício, mas, graças a Deus, a Associação continuou. O último pagamento foi feito no mês de janeiro de 2002, com a renda do jantar. Congresso Brasileiro de Cosmetologia 2003 85
Laboratório Laboratório ABC Depois desse pequeno baque, iniciamos o projeto de Laboratório ABC construção dos laboratórios, já que tínhamos um imóvel sem Das minhas gestões também podemos ressaltar que a uso. A ABC poderia, além de usar nos seus cursos, utilizar realização de cursos foi muito intensificada. Nós lançamos aquele espaço para, em parceria com alguns associados, obter um curso livre chamado Atualização em Cosmetologia, que algum tipo de receita para as suas finalidades. qualquer pessoa podia frequentar, não havia nenhum pré- -requisito. Houve duas edições desse curso, a primeira con- Fizemos toda a obra, com recursos próprios, da reforma, tou com cerca de 50 participantes. Eles eram realizados na construímos os laboratórios, que são muito bons; muita sede da ABC, reformada na minha gestão. O auditório foi empresa, muita escola não tem laboratório que nós temos. reformulado, com instalação de ar condicionado. Também Por que? Porque nós fizemos os laboratórios pensando num melhoramos o espaço da biblioteca, fizemos uma sala de reu- grupo de trabalho com, no máximo, dois ou três alunos por nião. Reformamos o prédio antigo e o novo. posto de trabalho, todos participando do processo. Não um aluno fazer e os outros olharem, coisa que acontece na maio- ria das escolas. Os laboratórios foram muito elogiados na sua inauguração, pelas condições que têm. Eles nos permitiram alicerçar nossos cursos, pois eram os únicos que tinham aulas práticas, um número de horas bastante grande em relação aos outros cursos existentes. Durante a nossa gestão, a construção dos laboratórios foi uma iniciativa que deu bastante resultado para a Associação e eu me orgulho muito. Os laboratórios foram construídos durante minha segunda gestão, 2003-2005. Reformamos a casa e fizemos os laboratórios de tal forma que eles pudessem ser ampliados no futuro com uma sala adicional para um futuro laboratório de controle microbiológico. Outro fato relevante que destaco na nossa gestão, foi con- seguir trazer um presidente da IFSCC para o nosso Con- gresso Brasileiro de Químicos Cosméticos (2003). Fomos representar a ABC no Congresso da IFSCC, em 2002, na Escócia e estreitamos relacionamento com a presidente An- gela Janousek, mostramos qual era, efetivamente, a impor- tância do Brasil. Aí, o Brasil passou, realmente a ser notado. Essa vinda dela fez com que se estreitassem as relações que, depois, foram continuadas pelo dr. Jadir Nunes. Mas foi na nossa gestão, que um presidente da IFSCC visitou o Bra- sil pela primeira vez. Considero esse fato muito importante porque se, em 2013 tivemos Conferência da IFSCC, foi lá que tudo começou. 86
História da ABC Esses cursos livres ajudaram a criar massa crítica para de- Cursos livres da ABC pois nós realizarmos os nossos cursos de pós-graduação. Tan- to que quando lançamos os cursos de pós, tínhamos três tur- A parceria entre a ABC mas simultâneas, cada uma com quase 40 alunos. Uma turma e o Conselho Regional com aulas às segundas e quartas; outra, às terças e quintas; e, a de Química – IV teve início em terceiras, aos sábados e domingos. Foi sucesso absoluto. 1985 e perdura até hoje Esse primeiro curso foi realizado com a Faculdade Mon- mos questão de apresentar a Associação, de ter contato com tessori. Por não ser uma instituição de ensino, a ABC não presidentes latino-americanos de entidades congêneres e, tem prerrogativas para certificar cursos, por essa razão tive- com eles, algumas coisas começaram a ser feitas. A ideia de mos que nos associar a alguém. Nossa preocupação inicial tornar a Federação Latino-americana de Sociedades de Ciên- era que a ABC tivesse todo o controle do curso, autonomia cias Cosméticas (Felascc) como uma entidade jurídica e não na parte técnica e não ter nenhum trabalho com a parte ad- informal, começou na nossa gestão. ministrativa e burocrática. Conseguimos isso com a Montes- sori, que era uma faculdade pequena. Funcionou muito bem Outro fato marcante foi como a ABC e o Conselho Re- por uns seis ou sete anos, até que a faculdade foi vendida. A gional de Química – IV (CRQ-4) estabeleceram parceria. ABC chegou a ter 40% de sua recita com esses cursos em A parceria começou no ano de 1985 quando o Colamiqc parceria com a Faculdade Montessori. aconteceu no Rio de Janeiro. O dr. Miguel Romeu Cuoculo, então secretário executivo do CRQ-4, que estava presente Representatividade representando o Conselho no evento, me arguiu sobre qual a minha formação e ao saber que eu era engenheiro químico, Quando assumimos a Associação nós tínhamos um con- me pergunto se eu não estaria disposto a concorrer a uma ceito, que era despersonalizar a ABC. Por que? A Associação vaga no Conselho Consultivo do Conselho. Ocorrida a elei- era conhecida como a Associação de “alguém” e não como ção, fui eleito e o setor de cosméticos passou a ter relevância uma entidade independente de pessoas. Isso nós consegui- para a categoria dos Profissionais da Química. A parceria mos, fizemos todo o esforço para que nós não fôssemos con- perdura até hoje, nos cursos e eventos de ambas as entidades. siderados a Associação. Nós éramos alguém que, tempora- riamente, estava numa presidência. Não era a Associação do Trevisan. Isso levou a que nós começássemos a ter represen- tatividade maior e atuar em várias frentes, junto à Anvisa, ao Instituto de Pesos e Medidas, Fiocruz, universidades, porque nós não tínhamos mais uma personalização. A ABC foi re- conhecida como um órgão de consultoria da Anvisa. Isso foi muito importante. Quer dizer, a Anvisa reconhecia a ABC, isso dá uma ideia da importância que a ABC tinha. Também como representante da ABC, fizemos parte da Comissão de Assessoria da Gerência de Cosméticos, nomeados pelo mi- nistro da Saúde, Adib Jatene, por dez anos. Em todos os eventos de que participamos, sempre fize- 87
Diretoria ABC Diretoria ABC biênio 2001-2003 biênio 2003-2005 Presidente: Carlos Alberto Trevisan Presidente: Carlos Alberto Trevisan Vice-presidente: Luiz Gustavo Martins Matheus Vice-presidente: Rubens Brambilla Secretário geral: Hamilton dos Santos Secretário geral: Hamilton dos Santos Primeiro secretário: Jadir Nunes Primeiro secretário: Jadir Nunes Segundo secretário: Antonio Celso da Silva Segundo secretário: Emiro Khury Primeiro tesoureiro: Angel Celestino Lizárraga Primeiro tesoureiro: Angel Celestino Lizárraga Segundo tesoureiro: Alberto Keidi Kurebayashi Segundo tesoureiro: Alberto Keidi Kurebayashi Conselho consultivo: Henrique Valfrè, Karla Mantovani de Conselho consultivo: Luiz Gustavo Martins Matheus, Mello, João Alberto Hansen, Johannes Juergen Linemann, Henrique Valfrè, João Alberto Hansen, Nelson Bassoli, Nelson Bassoli, Carlos Cruz, Sonia Yuri Yokoto, Luiz Anto- Sonia Yuri Yokoto, Luciano Fagliari, Karla Mantovani de nio Brandão, Rubens Brambilla, Luciano Fagliari Mello, Carlos Cruz, Johannes Juergen Linemann Conselho fiscal: Miguel Pascoal Vicente Malato, Marilene Conselho fiscal: Miguel Paschoal Vicente Malato, Renato Martins Zampieri, Renato Muchiuti, Amilton Celso Pinte- Muchiuti, Mara Augusto, Sérgio Antonio Fernandes, Mari- rich, Mara Augusto, Maria Rita Pereira Lemos de Resende, lene Martins Zampieri, Carlos Alberto Pacheco dos Santos, Sérgio Antonio Fernandes, Linda Cristina de Oliveira Antonio Celso da Silva, Maria Rita Pereira Lemos de Resende Congresso Brasileiro de Cosmetologia em 2003 88
História da ABC O Brasil no cenário da ciência cosmética mundial Jadir Nunes (2005 - 2009) Ninguém em sã consciência se dedica voluntariamente a alguma causa sem paixão, é totalmente inviável e improdutivo Meu primeiro contato com a ABC foi quando par- Jadir Nunes ticipei do “7º Encontro Brasileiro de Químicos Cosméticos” em São Paulo, no Centro de Con- com um grande e exigentíssimo professor que tinha sido o venções Rebouças de 27 a 30 de novembro de primeiro presidente da ABC, o professor Bruno Carlos de 1990. Nessa época, estava migrando da área de Controle de Almeida, e outro professor de Cosmetologia emblemático e Qualidade para Pesquisa e Desenvolvimento na empresa John- revolucionário, professor David Akerman, que depois aca- son & Johnson em São José dos Campos e necessitava adquirir bou sendo meu orientador no Mestrado. O professor Bruno conhecimentos e me capacitar como formulador de produtos acabou se transformando em meu padrinho, fazendo parte cosméticos e nada melhor do que participar dos eventos da da banca examinadora do Mestrado. ABC. Na própria empresa havia vários colegas que atuavam na ABC inclusive um gestor de P&D que acabou sendo um Confesso que a primeira razão de minha aproximação foi pu- de seus presidentes, o prezado Aristides de Carvalho, que me ramente profissional, da busca de conhecimentos, mas, depois, fizeram sentir vontade de me aproximar mais desta entidade. convivendo com as pessoas que se dedicavam a esta entidade pude perceber que ali havia muito mais do que apenas “conhe- Nessa época, ainda acadêmico da Faculdade de Farmácia cimento”, havia uma coisa fundamental para a vida de qualquer na USP São Paulo, tive a sorte e o privilégio de conviver um e que eu poderia tentar simplificar em uma só palavra: Pai- xão! Ninguém em sã consciência se dedica voluntariamente a alguma causa sem paixão, é totalmente inviável e improdutivo. 89
No inicio da década de 1990 comecei a participar dos grupos de Brasil mantém trabalho da ABC na área de Higiene Bucal sob a coordenação do quarto lugar caro amigo Rubens Brambilla e pude conhecer colegas até hoje ines- no Ranking quecíveis como Gerson Pinto, Milton Balotin, professora Elza Lara da IFSCC e professor Heitor Panzeri ambos da USP Ribeirão Preto, que acaba- desde 2010 ram sendo meus orientadores no meu doutorado anos mais à frente. Em 1995, de 27 a 31 de agosto, participei do meu primeiro Colamiqc (Congresso Latino-Americano e Ibérico de Químicos Cosméticos) no Palácio das Convenções do Anhembi em São Pau- lo, e de 14 a 16 de julho de 1997, do 11º Congresso Nacional de Cosmetologia, eventos esses organizados na gestão do incansável presidente Artur Gradim com a ajuda de diretores chaves como Ru- bens Brambilla e João Hansen. Faço questão de citar alguns nomes para exemplificar quem me influenciou e serviu de referência para que depois, durante a década de 2000, eu pudesse trilhar este caminho relacionando uma vida profissional e pessoal, unindo capacitação técnica e paixão pela causa de fomentar o desenvolvimento da ciência cosmética brasileira. O Brasil na IFSCC pela grandiosidade de nosso País, do setor cosmético e dos profissionais técnicos que eu conhecia e sabia que, com as Durante o período de 1997 a 2000, por conta de várias universidades, seria totalmente viável termos muita mais re- mudanças na minha vida profissional incluindo o trabalho presentatividade nesses eventos. na cidade do Rio de Janeiro, acabei me afastando um pouco das atividades na ABC. Depois, principalmente após 2002 Em 2004 em Orlando (EUA), a presença brasileira já foi comecei a participar ativamente da diretoria junto com o en- bem mais expressiva com 13 pôsteres e 1 pódium. Em 2006, tão presidente e prezado amigo Carlos Alberto Trevisan que Osaka (Japão) tivemos 7 pôsteres e em 2008, Barcelona (Es- sempre me orientou e me conduziu ao maior projeto que ve- panha) subimos para 26 pôsteres Nosso recorde até hoje fi- nho até hoje desenvolvendo pela ABC, a representatividade cou com 2010, Buenos Aires (Argentina) onde tivemos 3 do País nos assuntos da IFSCC (International Federation of pódiuns e 63 pôsteres. Nesse momento passamos a ocupar o Societies of Cosmetic Chemists). quarto lugar no Ranking da IFSCC, que estamos mantendo até este ano de 2013, quando sediamos, pela primeira vez na Lembro que quando fui ao meu primeiro congresso da história, uma Conferência da IFSCC, na cidade do Rio de IFSCC, em 1998, em Cannes, na França fiquei muito triste Janeiro, realizada de 30 de outubro a 1º de novembro. pela baixa participação de trabalhos brasileiros apresentados e confesso que isso ficou na minha cabeça como uma coisa Recebemos a informação da aprovação do Brasil como a ser revisitada. sede da Conferência 2013 durante a reunião de conselho da IFSCC realizada em Amsterdã em setembro de 2007, quan- Em 2002 no Congresso da IFSCC em Edimburgo, na do assumia a presidência da entidade o holandês dr. Johann Escócia, quando participei pela primeira vez de uma reu- Wiechers. Quanto a Johann Wiechers, gostaria de deixar nião do Conselho da IFSCC representando o Brasil, já tí- aqui registrado meu grande apreço e gratidão por tudo que nhamos três pôsteres sendo apresentados, mas, obviamente o sentimento ainda era de que precisaríamos ter bem mais 90
História da ABC ele representou nesse trabalho de incentivar os técnicos bra- muitas dicas valiosas. Johann era um educador nato, uma sileiros e a ABC neste processo todo. Mesmo não estando mescla de cientista e humanista, com uma visão e um sonho mais entre nós, trata-se de um grande amigo, uma pessoa de colocar a IFSCC focada no desenvolvimento dos países com quem eu tive o grande privilégio de conviver por vários menores, de fazer com que os grandes países ajudassem os pe- anos e aprender muito. Fica difícil encontrar palavras para quenos a se desenvolver também, num estilo muito peculiar, descrever o quanto nós da ABC sentimos a perda dele. Creio marcante e contundente do tipo “Robin Wood”, mesmo. A que nós devemos nos espelhar no que ele nos passava em morte dele reflete bem isso. Estava na Ásia, em Kuala Lumpur, suas falas e principalmente em seus atos. fazendo palestras em associações da região e se preparava para ir à Tailândia para participar da Conferência da IFSCC 2011, Com certeza, Johann Wiechers foi um dos mais apaixo- mas, infelizmente, ele não conseguiu chegar lá. Mas morreu nados membros do Presidium da IFSCC e o presidente da fazendo o que mais amava, capacitando pessoas, desenvolven- IFSCC que mais viajou durante seu ano de mandato a países do gente. Este foi e sempre será Johann Wiechers, um imortal emergentes para fomentar o desenvolvimento da ciência cos- da Ciência Cosmética Mundial, um grande amigo da ABC. mética. Inclusive com uma passagem histórica pelo Brasil em maio de 2008, quando participou do nosso Congresso Brasi- Coincidentemente ou não, aqui no Brasil, no final da Con- leiro e visitou as instalações e laboratórios da ABC e nos deu ferência IFSCC 2013, entregamos, pela primeira vez, o Prêmio o prazer de dedicar algumas horas numa reunião preparatória Johann Wiechers para o melhor trabalho em pódium. Fato este para nossa Conferência realizada em outubro de 2013, com que nos emociona, nos dá muita alegria e que irá imortalizar a 91
sua imagem junto com a de todos os cosmetólogos brasileiros. Jadir Nunes no jantar da ABC em 2007 Concluindo quanto à IFSCC, a partir de 2009, comecei 2 - Acordo de Cooperação entre a ABC e a Anvisa/Ge- a participar da diretoria da IFSCC, denominada Presidium, rência Geral de Cosméticos visando a um programa de cur- onde, desde então, temos voz cativa e podemos participar sos de atualização e especialização em cosmetologia para os ativamente das decisões e pelo estatuto, durante a Conferên- servidores daquela entidade cia 2013, tive a honra e o privilégio de ser o primeiro brasi- leiro a ser presidente da IFSCC no período de 2013 a 2014. 3 - Criação de Simpósios Temáticos no formato intensivo Aproveito para compartilhar aqui com todos profissionais de uma semana com participação de especialistas do mundo técnicos/cosmetólogos brasileiros, esta honra e privilégio. todo em assuntos chaves para o setor como “Proteção Solar”, Sintam-se todos homenageados por esta presidência conse- “Avaliação de Segurança e Aspectos Toxicológicos e Regula- guida pelo esforço e dedicação de todos nós. tórios” e “Avaliação de Eficácia de Produtos Cosméticos” Resumidamente e cronologicamente, em pouco mais de 4 - A partir de março de 2008, após o Simpósio de Se- uma década conseguimos colocar o Brasil definitivamente gurança e Toxicologia, a ABC tornou-se uma referencia no no contexto da ciência cosmética mundial e esperamos que tema e vem até hoje colaborando na realização de eventos este processo perdure por muitos e muitos anos à frente e e workshops sobre como fomentar o desenvolvimento de que as futuras gerações de cosmetólogos brasileiros sempre métodos alternativos a animais no Brasil e apoiou institu- abracem esta causa. cionalmente iniciativas importantes como, por exemplo, da criação do Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alter- Capacitar para crescer nativos (Bracvam) Continuando minha caminhada pela ABC, em 2005 as- 5 - Fora da esfera técnica, nossa gestão inovou criando sumi a presidência e o tema da nossa gestão foi “Capaci- um audacioso “Programa ABC de Qualidade de Vida”, que tando para Crescer” e nossa missão, resumidamente, foi de fomentava em nossos associados a prática de exercícios fí- fomentar um crescimento na capacitação de nossos associa- dos para que isso pudesse refletir num crescimento não só pessoal e profissional desse membro, mas que, consequente- mente, pudesse alavancar o crescimento do setor cosmético nacional nas próprias organizações, empresas, universidades e com isso elevar o nível de qualidade de nossos produtos e insumos e também dar mais visibilidade à ciência cosmética desenvolvida no Brasil para o restante do mundo. Fatos relevantes poderiam ser elencados em várias frentes como, por exemplo: 1 - Ampliação e criação de novos cursos de especialização, aperfeiçoamento, pós-graduação e até o primeiro MBA em Marketing e Cosméticos, em parcerias com a USP Ribeirão Preto, Equilibra em Curitiba e Famec (Faculdades Montes- sori) em São Paulo. Outro exemplo foi o Curso de Cosme- totoxicologia com autorização pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia) 92
História da ABC sicos e esportes, programa de nutrição, check ups anuais, 7 - E na área internacional, creio que foi uma das princi- programas culturais e de descontos em estabelecimentos pais marcas deixada pela nossa gestão a colocação do Brasil conveniados, como restaurantes, academias, óticas etc. Por em destaque no cenário da ciência cosmética latino-ameri- exemplo, formou-se o “Grupo de Corrida e Caminhada da cana e global através de uma forte atuação na Felascc e na ABC” e tivemos vários “Torneios de Futebol Society” mui- IFSCC. Quanto à Felascc, a ABC teve uma atuação fortís- to disputados. Organizamos também vários “Happy Hours sima na sua constituição e eu tive o privilégio de participar Temáticos” para confraternizações durante o ano como, da cerimônia de criação da entidade, realizada em Buenos por exemplo, “Dia do Farmacêutico”, “Dia do Químico” e Aires em novembro de 2008. Durante todo o período de “Dia Internacional da Mulher”. Paralelamente mantivemos minha gestão de 2005 a 2009 tentamos conciliar as prio- o “Jantar ABC” de final de ano com a mesma tradição e ridades e necessidades regionais da Felascc com a dinâmica grandeza das gestões anteriores. Nestes projetos gostaria de dos eventos e das normas da IFSCC. Confesso que foi e fazer uma agradecimento especial a duas pessoas e grandes ainda é um desafio muito grande para o Brasil se alinhar a amigos que se dedicaram muito, Angel Lizárraga e Antonio estas duas forças “regional/América Latina versus global”, Carlos Hernandez mas temos uma grande importância nas duas frentes e te- mos que nos manter assim. O valor agregado ao nosso as- 6 - Em abril de 2008 fizemos uma cerimônia de comemo- sociado é justamente o de receber em tempo real todas as ração dos 35 anos fundação da ABC para a qual convidamos tendências regionais e globais da área científica cosmética e, todos os ex-presidentes para uma homenagem e um mereci- estrategicamente, se uma empresa associada tiver um foco do reconhecimento aos esforços por eles dedicados à entida- maior regional poderá se beneficiar e outra que estiver com de durante todos esses anos. Paralelamente, implementamos o olhar mais global também. No final das contas a ABC também o “Premio Reconhecimento ABC” para as melhores precisa estar atuante nestas duas frentes em prol de seu as- empresas do setor em várias categorias visando a enriquecer sociado, seja ele físico ou jurídico. as comemorações dos aniversários da ABC nos meses de abril Trevisan e Jadir Nunes no Happy Hour “Dia Internacional da Mulher” Em pouco mais de uma década conseguimos colocar o Brasil definitivamente no contexto da ciência cosmética mundial 93
Após 2009, saindo da linha de frente da diretoria, mas esse desenvolvimento realizando periodicamente workshops, contando com total apoio do então presidente e grande amigo seminários e encontros sobre o tema pelo País. Estamos par- Alberto Keidi Kurebayashi, comecei a me dedicar a uma ou- ticipando também do nascedouro da Sociedade Brasileira de tra paixão, os assuntos relacionados com métodos alternativos Métodos Alternativos a Experimentação Animal (SBMAlt). à experimentação animal. Desde que participei do grupo de trabalho para elaboração do 1º Guia de Segurança de Pro- Agora em 2013 voltei à diretoria da ABC como vice-pre- dutos da Anvisa, entre 2001 e 2003, o tema relacionado ao sidente administrativo para colaborar com o grande amigo e desenvolvimento do País no sentido de métodos alternativos atual presidente João Hansen e os demais diretores e conse- sempre me atraiu. Compartilhando do mesmo sentimento lheiros nos inúmeros desafios que temos pela frente. Sendo com grandes amigos como o professor Dermeval de Carvalho, assim, chego a estes quarenta anos de ABC com muita ale- Chantra Eskes, Simone Fanan, Alexandre Ferreira, Octavio gria, extrema honra e imenso prazer de ter participado desta Presgrave, Vanessa Sá-Rocha, Ekatarina Rivera, Sandra Coe- história e ciente de que temos muito mais ainda por fazer e cke, professora Maria José Giannini, entre outros, iniciamos que não podemos nos acomodar. a saga tendo como ponto de partida um pôster que foi apre- sentado em agosto de 2009, em Roma, no VII World Con- Espero que as novas gerações de cosmetólogos brasileiros gress on Alternative & Animal Use in the Life Sciences. Neste continuem a trabalhar com muita paixão por estes ideais da pôster havia a proposta de criação do Bracvam, fato que se ABC e que ela possa chegar a celebrar mais 40, 80, 120 anos transformou em realidade em 2011. Continuamos a fomentar e que nós que estamos aqui agora deixemos nossas sementes saudáveis e fortes para serem semeadas pelos nossos futuros associados e apaixonados pela cosmetologia. Espero que as novas gerações de cosmetólogos brasileiros continuem a trabalhar com muita paixão pelos ideais da ABC 94
História da ABC Simpósio Avaliação de Eficácia de Produtos Cosméticos em 2009 Diretoria ABC Diretoria ABC biênio 2005-2007 biênio 2007-2009 Presidente: Jadir Nunes Presidente: Jadir Nunes Vice-presidente: Angel Celestino Lizárraga Vice-presidente administrativo: Nelson Bassoli Secretário geral: Alberto Keidi Kurebayashi Vice-presidente financeiro: Emiro Khury Primeiro secretário: Emiro Khury Vice-presidente técnico: Alberto Keidi Kurebayashi Segundo secretário: Antal Almásy Diretor administrativo: Angel Celestino Lizárraga Primeiro tesoureiro: Hamilton dos Santos Diretor financeiro: Adelino K. Nakano Segundo tesoureiro: Carlos Alberto Trevisan Diretor técnico: Carlos Alberto Trevisan Conselho consultivo: Henrique Valfrè, João Alberto Han- Conselho Consultivo: Antal Almásy, Antonio Celso da Sil- sen, Nelson Bassoli, Antonio Celso da Silva, Luciano Fa- va, Carlos Cruz, João Alberto Hansen, Miguel Paschoal Vi- gliari, Miguel Paschoal Vicente Malato, Carlos Cruz,Sérgio cente Malato, Rubens Brambilla Antonio Fernandes,Rubens Brambilla Benfeitores: Luciano Fagliari, Sérgio Antonio Fernandes Conselho fiscal: Mara Augusto, Marilene Martins Zam- Conselho fiscal: Aldo Carrato Junior, Antonio Carlos pier, Maria Rita Pereira Lemos de Resende, Antonio Car- Hernandez, Hamilton dos Santos, Maria Rita Pereira Le- los Hernandez, Sebastião Donizetti Gonçalves, Idalina mos de Resende, Marilene Martins Zampieri, Sebastião Maria Nunes Salgados Santos, Aldo Carrato Junior, Jean Donizetti Gonçalves Luc Gesztesi Benfeitores: Marcelo de Souza Pinto, Roberto Monteiro 95
A ABC fica em nós Alberto Keidi Kurebayashi (2009 - 2013) Alberto Keidi Kurebayashi Assim, em 1985 iniciei meus estudos no curso de Far- mácia-Bioquímica na USP e além das maravilhosas aulas de Decidir-se por uma profissão aos 18 anos, no momen- anatomia e fisiologia, já havia me interessado pela disciplina to do vestibular, é uma árdua tarefa, pois nesta fase de Farmacotécnica e Cosmetologia. Tive o imenso prazer de estamos tomados por dúvidas e cheios de energia assistir às aulas do professor David Akerman, uma referência para enfrentar o curso que vier. Não raro são os casos em cosmetologia; ele contava, de forma magnífica, a história de universitários que desistem de seus cursos nos primeiro anos dos cosméticos desde a época egípcia citando a verde mala- por não encontrarem afinidade com sua futura profissão, ativi- quita como adorno dos olhos. Ao longo da graduação, as dade que os acompanhará por toda a vida, assim, escolher bem palestras e cursos que eram ministrados durante a semana da é fundamental para se obter o sucesso e satisfação na profissão farmácia forneciam-me informações que corroboraram com escolhida. Quando optei pelo curso de Farmácia-Bioquímica a minha decisão em atuar nesta área. já tinha ideia das inúmeras áreas de atuação do profissional far- macêutico; tive a certeza de que gostaria desta área ao conhecer Ao terminar o curso em 1990 tive o privilégio de atuar o funcionamento de uma farmácia de manipulação. Criar pro- em uma farmácia de manipulação como gerente de Derma- dutos a partir de várias matérias-primas era algo mágico. tologia, exercendo e praticando tudo o que me foi ensinado durante o curso de Farmácia-Bioquímica. Após três anos fui convidado a conhecer a Natura, em Itapecerica da Ser- ra, e meu coração bateu mais forte pela oportunidade de criar novos produtos em uma empresa nacional e de qua- lidade indiscutível. Pensando que atuaria somente por al- guns anos na Natura, minha permanência nela foi de quase dez anos, pois era e é uma empresa criadora, apaixonante, com novos desafios a cada dia e ainda com o privilégio de participar de reuniões mensais com a presença do Luiz Seabra, Anízio Pinotti e o time do P&D que era composto por apenas doze pesquisadores. Durante minha atuação na Natura participava dos even- tos que a ABC organizava, como os Congressos de Cosme- tologia; sempre fomos incentivados pelo então presidente da ABC e diretor técnico da Natura, Artur Gradim. Em 1996 tive a oportunidade de participar de um primeiro grupo de discussão na ABC sobre rumores do potencial carcinogênico do lauril sulfato de sódio, cujo trabalho do grupo de profissionais reunidos embasou um parecer da Anvisa sobre o tema, sendo um dos primeiros pareceres expedido pela Catec. 96
História da ABC “Estava” presidente e capazes de estar à frente desta querida entidade. Durante cada gestão que antecedeu a de 2009-2011, pudemos ver Em 2000, a ABC estava sob a presidência de Rubens todo o empenho e dedicação das diretorias em fazer da ABC Brambilla. Nessa ocasião, a organização do Congresso Bra- uma entidade forte no quesito técnico. Assim, mantivemos sileiro de Cosmetologia, presidido por João Hansen e coor- esta bandeira içada e somente demos continuidade aos exce- denado por Luiz Gustavo Martins Matheus, convidou-me a lentes trabalhos e conquistas de gestões anteriores. colaborar na organização dos temas, palestras e estrutura, foi minha primeira participação no evento que tanto admirava. Um dos muitos projetos que a nova diretoria havia decido Na gestão seguinte, biênio 2001-2003, cujo presidente seria executar seria a expansão cada vez mais marcante da ABC no Carlos Alberto Trevisan, tive a honra de compor a diretoria território nacional e seu reconhecimento como entidade forte como segundo tesoureiro. Desde então, participei das dire- e de referência no tema técnico relativo aos cosméticos. Esse torias que se seguiram, sob a presidência de Carlos Alberto projeto e outros inúmeros exigiriam uma dedicação mais pro- Trevisan (2003-2005), Jadir Nunes (2005-2007 e 2007- longada da diretoria. Cientes de que o trabalho na diretoria 2009). Em 2009 tive a honra de assumir a presidência desta seria voluntário e que muitas vezes teríamos que nos dividir especial e reconhecida entidade do setor cosmético. Cargo entre nossas empresas e a entidade, a diretoria decidiu criar o que veio acompanhado de muita responsabilidade em man- cargo de diretor executivo, exercido nas duas gestões pelo quí- ter o DNA da ABC, capacitação do setor, parceria e ética. mico Angel Lizárraga. Tal cargo tinha como função coordenar os inúmeros projetos da ABC, reportando diretamente à dire- Durante as gestões de 2009-2011 e 2011-2013 desen- toria, sendo uma presença diária nas atividades e sede da ABC. volvemos muitos projetos que reforçaram o nome da ABC no cenário mundial. A primeira gestão tinha como diretores Tive o prazer de ver em nossa gestão inúmeras conquistas Jadir Nunes, Vânia Leite, Luiz Gustavo Martins Matheus, e realizações, sendo a primeira delas durante o nosso 23º Adelino Nakano, Emiro Khury e Antônio Celso da Silva. Congresso Brasileiro de Cosmetologia (2009) com o lança- Sempre comentei que naquela gestão eu “estava” presiden- mento do Índex ABC - 3ª Edição, obra de Luiz Brandão. te, pois todos os membros eram igualmente comprometidos Luiz Brandão autografa Índex ABC - 3ª Edição 97
Congresso Brasileiro de Cosmetologia em 2010 Um dos grandes responsáveis pelo crescimento sustentá- sos no TRI, além da possibilidade de intercâmbio. Dando vel do mercado cosmético brasileiro, assim como o seu re- continuidade à internacionalização da ABC, organizamos conhecimento pela parte técnica, foi o tripé forte de parce- em abril de 2010 o Simpósio Internacional em Inovação, ria estabelecido pela Anvisa, Abihpec e ABC. Assim, as três Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Cosméticos, entre entidades promoveram a palestra Seminário de Atualização os dias 5 e 9, no Hotel Bourbon Ibirapuera, contando com para Regularização de Produtos Cosméticos, no dia 27 de 130 profissionais especializados, dentre eles, nove inscritos agosto de 2009, no Hotel Sofitel. Sempre com o foco de de outros países, incluindo Malásia. conscientizar e capacitar os nossos profissionais do setor. Em maio ocorreu nosso 24º Congresso Brasileiro de Cos- Conhecer e respeitar a história de uma entidade é essen- metologia, realizado paralelamente à FCE Cosmetique, cuja cial para que aprendamos com os acertos e erros, além do parceria com a Nürnberg Messe Brasil fortaleceu-se ainda que, manter viva na lembrança o trabalho e dedicação dos mais para juntos promovermos e organizarmos o Colamiqc inúmeros profissionais que se dedicaram em prol da ABC e e a IFSCC em 2013. do setor cosmético é fundamental. Seguindo este pensamen- to e já pensando nos quarenta anos da ABC, em setembro Uma grande entidade que muito fez pela história da cos- de 2009 foi instituído o projeto \"Memória ABC\", coordena- mética e da farmácia foi o grupo Racine. Em julho de 2010, do pelo historiador Daniel Mafra, responsável também pelo durante a 20ª Expo Farmácia promovida pela Racine, orga- Centro de Pesquisa da entidade. nizamos o 1º Ciclo Científico de Cosmetologia ABC, no Expo Center Norte. Durante a Beauty Fair, em setembro, Em outubro de 2009 iniciamos a parceria com o TRI a ABC esteve presente em uma importante discussão para Princenton, dos Estados Unidos, o mais reconhecido ins- alertar o setor profissional, principalmente os cabeleireiros, tituto em estudo de cabelos, proporcionando assim que es- dos perigos do uso indevido do formol. Postura que a ABC tudantes e profissionais do Brasil possam participar de cur- tem adotado em harmonia com as diretrizes da Anvisa. 98
História da ABC Em fevereiro de 2011 tivemos a grande alegria de ver mais Em 2 de agosto de 2011, a ABC foi oficialmente convi- um projeto realizado. Vimos acontecer a 1ª Edição do Curso dada pelo governo de Dilma Rousseff a participar do lança- de Verão 2011, organizado pela ABC em parceria com a Uni- mento em Brasília do Plano Brasil Maior. Como o segmento versidade Lusófona de Portugal e a Sociedade Portuguesa de cosmético tem se tornado cada vez mais importante para o Ciências Cosméticas. Seguindo com a organização de eventos crescimento econômico do País, pela primeira vez o merca- internacionais, de 4 a 8 de abril, realizamos o Simpósio Inter- do cosmético foi inserido num programa único de política nacional de Fotoproteção, contando com treze palestrantes industrial, tecnológica e de comércio exterior. O Plano Bra- internacionais, o que colocou definitivamente estes simpó- sil Maior, do governo da presidente Dilma Rousseff, uniu o sios na lista mundial de eventos cosméticos de alta qualidade. nosso setor às grandes indústrias como a automobilística e a construção civil para atingir as metas do plano por meio de Particularmente tive a grande alegria e o privilégio de diretrizes como a ampliação e criação de novas competências participar, em junho de 2011, de um encontro de ex-presi- tecnológicas e de negócios. Desde então, a ABC tem parti- dentes da ABC, ao qual estiveram presentes Miguel Malato, cipado das reuniões do Conselho de Competitividade Seto- Artur João Gradim, Linda de Oliveira, Jadir Nunes e Ru- rial de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos do Plano bens Brambilla. Reconhecer e agradecer toda a dedicação à Brasil Maior, acontecidas ao longo dos anos de 2012 e 2013, entidade foi o objetivo deste encontro. discutindo a agenda setorial e plano de trabalho para o setor de HPPC, pois a razão de ser da entidade é agregar conhe- Em junho de 2011 a ABC abriu mais uma Regional no cimento como grande diferencial do século 21 para inovar, Nordeste (Salvador) e em agosto, a Regional em Porto Ale- competir e crescer. gre. Em julho de 2011 a ABC coordenou em parceria com a entidade Latfar, do Peru, o 2º Encontro Latfar, coordenando A Gerência Geral de Cosméticos da Anvisa promoveu no palestras e visitas em empresas cosméticas no Brasil, receben- dia 19 de agosto, o 1º Seminário de Cosméticos de 2011. do cerca de 20 profissionais do Peru. Posse da diretoria em 2009 99
Participaram do evento cerca de 180 pessoas contemplando Curso de verão representantes da GGCOS, das demais áreas da Agência e profissionais do setor regulado. A abertura do evento con- fantis. A ABC colaborou com a atualização desta normativa. tou com a participação de Jaime César de Moura Oliveira, Em outubro de 2012, a ABC participou do 27º Congresso diretor supervisor da área, e Josineire Melo Costa Sallum, da IFSCC, em Johanesburgo, África do Sul, representada gerente geral de cosméticos. No período da manhã, eu, pelo conselheiro Jadir Nunes, como membro do Presidium como presidente da ABC, e João Carlos Basilio, presidente (diretoria) da IFSCC fortalecendo e divulgando o grande da Abihpec, proferimos palestra sobre o Panorama Nacional evento da IFSCC que ocorreria em 2013 no Brasil. e Internacional do Setor de Cosméticos. ABC e ABAS participaram de reunião na Anvisa, no dia Em setembro de 2011, a ABC coordenou, em parceria 6 de dezembro, em Brasília, com o tema “Vigilância Sani- com a Universidade Lusófona, o I Simpósio de Cosmetolo- tária e participação social em ouvidoria: diagnóstico e pers- gia Capilar em Lisboa, Portugal. Nesse mesmo mês a ABC pectiva”. Em março de 2013 aconteceu a primeira reunião abriu a Regional em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O do grupo de revisão da terceira edição do Guia ABC de Mi- jantar de confraternização da ABC de 2011 foi muito espe- crobiologia, lançada em 2008. A primeira edição do Guia cial, nele apresentamos um projeto coordenado com muito ocorreu em 1998. A organização e realização de grupos de carinho e muita responsabilidade pela diretoria, o de atuali- estudos está no DNA da ABC e o objetivo é termos sempre zação do logo ABC e apresentação do novo site da entidade. muitos grupos e temas sendo discutidos com o setor para uma harmonização e atualização das informações entre pro- Em fevereiro de 2012, entre os dias 6 e 10, realizamos no fissionais do setor cosmético. Brasil a 2ª Edição do Curso de Verão 2012, organizada pela ABC em parceria com a Universidade Lusófona de Portugal e a Sociedade Portuguesa de Ciências Cosméticas. Intercâmbio de informações Atendendo a um dos principais objetivos da Federação Latino-Americana de Sociedades de Ciências Cosméticas (Felascc) que é o de promover o intercâmbio de informa- ções entre as entidades da região, a ABC realizou o primeiro evento do Comitê Educacional da Felascc: nos dias 5 e 6 de maio participou do projeto “Docente Itinerante”, no Au- ditório da Câmara das Indústrias de Guayaquil, no Equa- dor. Durante o mesmo mês a ABC participou em Cuba do evento de oficialização da fundação da Sociedade Cubana de Ciências Cosméticas (SCCC). Durante o 26º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, de 29 a 31 de maio, a ABC oficializou acordo de cooperação com a Anfarmag, visando à promoção de ações conjuntas em benefício da cosmetologia e da farmácia magistral. Em 30 de agosto de 2012 a Anvisa liberou uma consulta pública (CP nº 50/2012) que propõe a atualização dos re- quisitos técnicos para a concessão de registro de produtos in- 100
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