Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore Anhembi - 40 Anos

Anhembi - 40 Anos

Published by fabio, 2019-10-17 16:11:04

Description: Anhembi - 40 Anos

Search

Read the Text Version

ANH+++ EMBI HÁ 40 ANOS DO TAMANHO DO SEU EVENTO. +++ de transplante utilizando células-tronco. “Eu posso me tornar a primeira candidata brasileira porque sou a única hoje cujo gene afetado já está iden- tificado. E, para você participar de uma pesquisa, o primeiro requisito é saber qual é o gene”, Erséa comenta com esperança. foi a formatura de uma turma do curso de comunicação. Alguns rapazes Enquanto a cirurgia não vem trouxeram sacos de rãs e sapos. E soltaram os anfíbios no palco, em plena formatura. Imagine colocar sapos num palco quente, iluminado, com ba- Como a perda de visão foi lenta e gradual, Erséa acredita ter administra- rulho, com música e riso. Agitação total do público. A brincadeira foi con- do com tranquilidade o processo. Mas ressalta que fácil não foi, principal- tornada, mas Erséa lembra que os gaiatos, em seguida, foram identificados mente pela dificuldade da maioria das pessoas em lidar com o deficiente pela direção da faculdade e tiveram dificuldade para obter o diploma. De- visual. “Teve uma época de agonia, sim. Mas, por exemplo: eu nunca entrei pois de vários anos empenhada na condução de cerimoniais e orientação em depressão. Eu reagi bem.” Um dia, saiu uma notícia no jornal sobre ins- dos formandos, Erséa abandonou de vez a ideia de atuar como psicóloga e crição para obtenção de cão-guia. Segundo Erséa, o diretor Milton Longo- encarou mais um desafio. bardi sugeriu-lhe que se inscrevesse. “Ele leu a matéria para mim. Nisso, a Lu (Luciana) Jabur estava perto e me ajudou a fazer a inscrição na entidade Desta vez, algo que mudaria definitivamente sua vida. O nome da mu- pela Internet. Eu estava pensando nisso, mas não havia comentado com dança: Doença de Stargardt. Desde os tempos de escola, Erséa já enfrenta- ninguém.” Da inscrição na ONG até obter o direito de contar com o cão- va dificuldades para o reconhecimento de pessoas e ver objetos à distância. -guia foi mais um longo processo de aprendizagem. Erséa precisava primei- Mas, somente depois de formada na faculdade e trabalhando por muito ro melhorar sua mobilidade: obter segurança para andar sozinha na rua, tempo no Anhembi, ela receberia o diagnóstico preciso. E, em 2001, Erséa acompanhada apenas por uma bengala. E, depois de ser reprovada duas ve- tomou conhecimento de que era portadora da doença hereditária dege- zes, ela se superou na terceira oportunidade e conquistou o direito de viajar nerativa. A doença de Stargardt é a forma mais comum de degeneração aos Estados Unidos para um encontro com o cão-guia que hoje representa macular juvenil, que leva à perda progressiva das células fotorreceptoras seus olhos e se tornou seu companheiro inseparável: o labrador Toby. da mácula, gerando a redução da visão central, com a preservação da visão periférica. Em razão da doença, Erséa engajou-se nos trabalhos de duas Com mais uma adaptação na carreira, no ano em que o Anhembi com- ONGs: o Grupo Retina São Paulo, ligado à pesquisa e associado ao Reti- pletou 40 anos, Erséa superou a marca de 36 anos de trabalho. E nem na Internacional, e o Iris Instituto de Responsabilidade e Inclusão Social. pensa em se aposentar. Atualmente envolvida com a locação de áreas no Assim, se mantém a par de informações de interesse de pessoas com defi- Parque, ela e Toby saem de casa todos os dias e seguem até o ponto de ciência visual e de todas as pesquisas em andamento no mundo. Como as ônibus, na zona norte. Tomam ônibus e descem no metrô Jardim São Pau- lo. Lá, embarcam no metrô e seguem até o terminal Tietê, onde pegam a van que os traz ao Anhembi. E essa é sua nova rotina. “Agora está legal. Acho que a gente já formou uma dupla. O segredo do cão-guia é você confiar nele e ele confiar em você”, confessa triunfante. “Toby e eu recebe- mos os clientes normalmente no Anhembi. Nunca houve manifestação de preconceito. Pelo contrário. Com ele, posso dizer: Não enxergo, mas não sou cega”, diz rindo e traçando os próximos planos que incluem aprender braile, continuar cuidando dos pais e seguir aprendendo no contato diário com os clientes que vêm ao Anhembi para realizar os eventos, que também contam um pouco de suas histórias de sucesso e superação. na manutenção”, explica. saneamento básico. Soma-se a isso o esforço no desenvolvimento de um Trabalhar com assiduidade e chegar pontualmente ao Anhembi eram sistema de bombeamento de águas de chuva para melhorar a estrutura de escoamento do Parque. “O retorno na vida vem da capacidade de trabalho desafios diários a serem superados. Manezinho diz que chegava a andar até de cada um. Faço minha parte sem medo e sem burocracia, porque sei o oito quilômetros: três de sua casa (no Itaim Paulista) até o ponto de ônibus que estou fazendo e aceito como resultado apenas o melhor.” e mais cinco quilômetros do Parque Dom Pedro até o emprego, na zona norte, em razão das poucas linhas de ônibus disponíveis à época. Depois Certa feita, aconteceu um vazamento num dos equipamentos do Parque. de anos de trabalho a fio, ele foi recompensado com o cargo de supervisor. Voltando de férias, Manezinho percebeu a gravidade do problema, que já Promoção que não veio por acaso. “Houve épocas em que montávamos se estendia por alguns dias. Na presença de engenheiros e outros profis- sanitários públicos, como suporte aos eventos que eram feitos em diver- sionais que analisavam estratégias de detecção do problema, Manezinho sas regiões. Para fazer o Carnaval na Tiradentes, por exemplo, tínhamos conta que se abaixou, tocou a água, levou as mãos ao rosto, cheirou a subs- de entrar dois meses antes para executar os serviços. E, passada a festa, tância e sentenciou: “Não é água de esgoto nem do lençol freático”. Com saíamos dois meses depois para desmontar tudo. Banheiros e tubulações.” humildade, mas com muita segurança e certeza do que estava falando, orientou sua equipe a fechar o registro de um determinado cavalete. Como Com lágrimas nos olhos e fala embargada, Manezinho se orgulha de ter num passe de mágica, o vazamento cessou. Se fosse necessário definir o participado diretamente da solução de demandas importantes do Anhem- sentimento de Manoel Bezerra de Lima em relação à empresa, o termo bi. Entre elas, o cercamento do Parque, a construção dos reservatórios de mais preciso para isso seria devoção. “Ao lado da minha saúde e da minha água de combate a incêndio e de abastecimento de água potável para os família, digo sem exagero que o Anhembi é tudo na minha vida”, finaliza. eventos, além da ligação de toda a rede de esgoto ao coletor da empresa de 201

COLABORADORES DESDE O COMEÇO NO ANHEMBI HISTÓRIAS NA HORA DO CAFÉ Ele é conhecido no Anhembi como o funcionário “mais antigo”. Sua contratação Ter acesso a salas onde importantes autoridades se reú- pela empresa data de 23 de abril de 1973, um feito digno de registro no livro dos nem para tomada de decisões é algo que aguça a curiosidade recordes. Mas José Maria Nunes, supervisor de manutenção elétrica, é até modesto das pessoas. Se esse local for frequentado, entre outros, por quando trata do assunto. Até porque, se realmente quisesse reivindicar o posto de o chefes de Estado, artistas e atletas, então, a curiosidade pode “mais antigo”, teria de destacar sua atuação por uma empresa que participou das obras ganhar proporções inimagináveis. Não para Cleusa de Melo, de construção do Parque. “Fiz parte da equipe de apoio que trabalhou 15 dias durante que entra e sai desses espaços com a discrição e consciência o primeiro Salão do Automóvel, em 1970”, lembra com modéstia o mineiro de Bom de que está ali a trabalho. Copeira, começou a trabalhar no Sucesso, casado e pai de três filhos (duas moças e um rapaz). Anhembi em 1976. No começo, confundia as salas onde de- veria servir e até caiu durante uma reunião, de tão preocupa- Ainda na construtora, Zé Maria, como é conhecido por todos, fez toda parte de da que estava em realizar bem suas tarefas. “Caí, mas fiquei elétrica e hidráulica do Palácio das Convenções e, quando a empresa entregou a obra, ali deitada segurando a bandeja para não derrubar o café, recebeu convite para trabalhar na manutenção do Anhembi. Pediu o desligamento da até que me ajudaram a levantar”, confessa orgulhosa de sua construtora pela manhã e, no mesmo dia, entregou os documentos ao RH da nova proeza. Mas isso foi nervosismo de principiante. Depois, ela empresa que, ele admite, tinha uma atividade um pouco difícil de entender naquela pegou o jeito da coisa e se transformou em figura admirada e época. Acostumado à lida árdua da roça, Zé Maria se orgulha de não ter ficado um dia respeitada nas salas e corredores por onde passa. sequer fora do Anhembi ou sem trabalhar. Dos operários que atuavam pela constru- tora, somente Zé Maria e o colega Manoel Bezerra de Lima – contratado quatro meses Cleusinha, como é carinhosamente tratada, lembra que depois – permanecem no Anhembi. esteve presente quando da passagem pelo Anhembi de im- portantes personalidades. Em 1990, por exemplo, foi ela O longevo supervisor de manutenção elétrica coleciona com carinho momentos quem serviu café ao líder cubano Fidel Castro, quando de marcantes no decorrer das últimas quatro décadas. Lembra shows memoráveis pro- sua visita ao Anhembi. Cleusinha entrou na sala e serviu os duzidos por Manoel Poladian e os programas gravados no Grande Auditório do Palá- presentes ao encontro, como de costume. Somente quando cio pelo apresentador Silvio Santos. “Quando pegou fogo nas estruturas da emissora, saiu, foi informada por um dos seguranças da comitiva de convivemos um bom tempo aqui com o Silvio Santos. Nosso contato era direto com que havia uma pessoa encarregada de experimentar tudo o ele e com a sua produção.” Segundo Zé Maria, como o trabalho de elétrica impacta que o presidente cubano comesse ou bebesse. “Felizmente, diretamente todo evento, era comum o contato com astros da música, como Chitãozi- deu tudo certo e ele tomou seu café sem problemas”, recorda. nho e Xororó, Fafá de Belém e o rei Roberto Carlos. “Sinto-me privilegiado por traba- lhar numa empresa que me deu condições de fazer cursos e reciclagem profissional e, Entre empresários, atletas, estadistas e artistas, uma ver- ao mesmo tempo, me proporcionou o contato com artistas que jamais encontraria se dadeira constelação já passou pelo Anhembi, no decorrer estivesse trabalhando noutro local”, reconhece. dos 40 anos, e o cafezinho sempre esteve presente entre um deslocamento e outro pela estrutura do Parque. Cleusinha Zé Maria não acredita existir “segredo” para permanecer tanto tempo numa empre- elenca alguns deles, ao longo desses 35 anos de trabalho: o sa. Para ele, é uma questão de comprometimento, dedicação e disponibilidade. Com empresário Silvio Santos, o locutor Lombardi, Moacir Fran- tanto tempo de casa, conta ele, passamos a conhecer cada pedaço do Anhembi. As- co, Emerson Fittipaldi, além de diversos cantores estrangei- sim, em caso de pane, fica mais fácil localizar o ponto a ser reparado e mais rápido o ros. “Atendi o Roberto Carlos quando ele veio fazer o ensaio restabelecimento dos serviços. “Há pouco tempo, estourou uma chave no Pavilhão às de um show. Sou fã dele, mas cheguei e o servi com profissio- duas horas da manhã. Ligaram para minha casa e, depois da jornada na madrugada, nalismo. Acho que ele gostou, porque brincou comigo e deu conseguimos restabelecer a energia no início da manhã. Às 10h, já estava tudo funcio- um apertão carinhoso na minha bochecha.” nando para a reabertura da feira.” Das lembranças de anos de trabalho e encontros com per- Engana-se, todavia, quem pensa que Zé Maria reivindica privilégios pelo tempo de sonalidades, Cleusinha guarda até hoje com muito carinho o casa. Muito pelo contrário. Fala com orgulho de já ter dobrado a jornada de trabalho em autógrafo que ganhou da cantora Elis Regina. “Estávamos na determinadas épocas e que se mantém à disposição para servir sempre que preciso. Ele copa, que ficava atrás do palco no Grande Auditório, prepa- agradece a compreensão da família, já que em diversas ocasiões as filhas passavam dias rando café e ouvindo rádio. De repente, a Elis Regina, que vi- sem encontrar o pai, que chegava tarde e, no dia seguinte, saía bem cedo. “Não esperava nha passando, ouviu a música dela tocando no rádio e entrou chegar aonde cheguei e não penso em parar. Sempre chego aqui, de manhã, como se fos- na sala. Ela se sentou conosco e tomou café. Daí, aproveita- se meu primeiro dia de trabalho. Esse é meu compromisso com a empresa, que me deu mos para pedir o autógrafo dela”, recorda Cleusa toda faceira. condições de construir e manter minha família e conquistar tudo que conquistamos.” 202

ANH+++ EMBI HÁ 40 ANOS DO TAMANHO DO SEU EVENTO. +++ PLUGADO NO ANHEMBI UM SÍNDICO NO PALÁCIO Assim como tantos outros migrantes nordestinos, esse cearense tam- Prancheta e caneta na mão, e lá se vai ele esquadrinhar cada centíme- bém veio para São Paulo a fim de conquistar sua independência e vencer tro dos 36 mil m2 do Palácio das Convenções. Uma busca rigorosa para na vida. Aos vinte anos, deixou para trás 14 irmãos e as terras do pai – prevenir situações como lâmpadas queimadas, equipamentos danifi- onde trabalhava na roça – para vir se aventurar na terra da garoa. Hoje, cados ou que possam estar operando irregularmente. Uma verdadeira para muita gente, Antônio Almeida Martins Lopes parece não ter cami- obsessão por manter salas e auditórios funcionando como um relógio nhado muito. Mas, para ele, a sensação é de ter atingido o inimaginável. suíço. Essa é a rotina do supervisor Manoel Francisco de Souza – o Seu Afinal de contas, no ano em que o Anhembi completou 40 anos, ele atingia Manoel. Natural de Itaetê, esse baiano de 61 anos, casado e pai de cinco a marca de 32 anos de atuação ininterrupta no primeiro e único emprego filhos, tinha o sonho de um dia chegar a diretor de empresa, mas acabou registrado em sua carteira de trabalho. Mas, antes dessa conquista, Almei- se tornando na prática uma espécie de síndico de palácio. Do Palácio. da teve uma longa jornada. Começando pela saída da cidade natal. Depois de três dias no interior de um ônibus, ele desembarcava em 30 de março Vinte e cinco anos depois de sua entrada no Anhembi, considera-se de 1978 em São Paulo. um homem realizado e diz ter muito orgulho do que faz e da empresa onde trabalha. “Eu cuido do Palácio das Convenções melhor do que Quatro dias depois já estava trabalhando no Anhembi – mais precisa- cuido da minha casa”, confessa Seu Manoel. Prova disso é que ele con- mente na construção onde hoje funciona o Hotel Holiday Inn. No começo, versa sobre o trabalho e suas tarefas com a solenidade de quem presta era ajudante. Recolhia pregos e arames das lajes da obra, dormia no alo- um depoimento: escolhendo criteriosamente cada palavra. Quando jamento e chorava à noite de saudades da família, na distante Aracoiaba, volta para casa e está vestido com a camisa com o logotipo da SPTuris, para quem escrevia com frequência narrando sua epopeia na grande cida- ele não admite a possibilidade de entrar num bar. “Nesse momento, de gelada pela garoa. Depois de alguns anos, fez cursos técnicos e conse- represento algo maior que eu. Portar-me assim é o mínimo que posso guiu mudar de área. Começou a trabalhar como auxiliar de manutenção fazer para retribuir a importância que a empresa tem na minha vida.” elétrica. Daí, com a prática, foi aprendendo mais e evoluindo, passando a meio-oficial eletricista e oficial. “De tudo, só me arrependo de uma coisa: Seu Manoel atribui à educação que recebeu da família o fato de per- deveria ter dedicado parte do meu tempo para estudar mais. Quem sabe, manecer um quarto de século na empresa. Segundo ele, foram os pais hoje, poderia ter crescido um pouco mais na empresa”, confessa. e um tio fazendeiro que o ensinaram a lidar com as diversas situações com muita responsabilidade, temperança e, sobretudo, humildade. Me- Apesar desse senão, Almeida garante se sentir realizado. Diz que, ao tódico, o síndico do Palácio diz que, às vezes, as pessoas se equivocam contrário de muitos conhecidos, suas escolhas o ajudaram a conquistar ao pensar que o cuidado só vale para as coisas de alto valor. “Uma ca- seus maiores tesouros: a família e a casa própria. Casado com uma baia- deira que você retira de uma sala, é preciso prestar contas. Daqui a seis na da cidade de Jânio Quadros, ele tem duas filhas: uma estudando auto- meses ou um ano, você pode ser questionado sobre o paradeiro do ob- mação e outra, Jornalismo. Antônio Almeida é grato ao amigo Evaristo jeto. Se você a tirou de uma sala, tem de dar conta de para onde ela foi.” (Francisco Evaristo da Silva), também funcionário do Anhembi. “Numa de suas visitas a Aracoiaba, contei a ele naquela época meu desejo de dei- Comedido, Seu Manoel explica que o segredo para permanecer mo- xar o trabalho na roça e de ser dono do próprio nariz. O Evaristo me disse tivado na empresa depois de tanto tempo está em, além de gostar do que trabalhava numa empresa que estava crescendo e contratando. Devo a trabalho, manter a disposição para servir. “Serviço é serviço. E, nisso, ele minha vinda para São Paulo e o sucesso na carreira.” sou detalhista. Quando sou solicitado, procuro atender a pessoa no momento ou, pelo menos, levar o assunto a quem possa decidir.” Por Com sua simplicidade, Almeida diz ensinar às filhas aquilo que apren- ter atuado também na área de segurança, Seu Manoel diz que manter deu nas mais de três décadas de Anhembi: cumprir as obrigações no local o equilíbrio tem implicações diretas no trabalho do dia a dia. “Ao dia- de trabalho e respeitar a todos. Ele diz que não dá para chamar trabalho logar e mediar eventuais conflitos, buscamos soluções e evitamos que sério e responsável de puxa-saquismo. “Para mim, é um orgulho trabalhar um simples desentendimento se transforme num problema de maior todo esse tempo numa única empresa e manter amizade com pessoas das proporção no nosso ambiente de trabalho. Isso faz toda a diferença na diversas áreas. Mas eu não misturo as coisas, não espero regalias. Mesmo qualidade do serviço que prestamos”, conclui. depois de tanto tempo, estou aqui para mostrar sempre minha disponi- bilidade. Não importa se é dia ou noite; se é sábado, domingo ou feriado. 203 Estou aqui para servir a empresa”, conclui.

COLABORADORES MARATONISTA DE OBRAS em tempo hábil para permitir a abertura e continuidade da festa. Sabemos que o Carnaval acontece naquela determinada data e, por isso, não existe a Quando o visitante participa de um dos diversos eventos realizados no possibilidade de dizer que o trabalho não ficou pronto”, exemplifica. Anhembi, o que ele dificilmente nota é a presença do grupo de colabo- radores que deixou tudo pronto para o sucesso daquele encontro. Mas, Evaristo admite se sentir realizado ao ver eventos simultâneos no Pa- certamente, eles passaram por ali e deixaram a marca de seu trabalho. O vilhão, Polo e Palácio. “Fico feliz quando noto o sucesso de uma feira a aracoiabense Francisco Evaristo da Silva faz parte desse grupo. Pedreiro, partir da lotação do estacionamento. É sinal de que todo nosso esforço está entrou no Anhembi em setembro de 1977 e hoje, na condição de super- contribuindo de alguma forma para o sucesso daqueles eventos.” Quan- visor de manutenção civil, integra o seleto time dos colaboradores “mais do está em casa, e assiste às transmissões do Sambódromo, acompanha antigos” em atividade. Assim como muitos outros colegas, entrou na em- tudo com atenção e com um olhar diferenciado, de quem esquadrinha presa por indicação de amigos que trabalhavam aqui. Chegou para atuar a avenida para checar cada detalhe da engrenagem da festa, que tem de na construção do prédio onde funciona atualmente o hotel e, no decorrer funcionar como um relógio. “Numa ocasião, o carro de uma das escolas de mais de três décadas, foi se envolvendo em todas as obras de infraes- de samba bateu no portão. Tínhamos trabalhado o dia e a noite. Em razão trutura do Parque. do incidente, ficamos até as 11h30 do dia seguinte para fazer o conserto. Não podíamos deixar o portão quebrado para a sequência do Carnaval.” Mais conhecido como Evaristo, esse cearense participou da equipe do Anhembi que montava palcos e estrutura de shows organizados pela Pre- O trabalho da equipe de manutenção civil praticamente não para no feitura de São Paulo nas diversas regiões da cidade. E, claro, tem envolvi- Anhembi. Afinal, são feiras de negócios, congressos, shows, competições mento direto nas obras e suporte em reparos necessários para a realização esportivas, uma maratona de eventos que atraem ao Parque cerca de 11 do Carnaval. Evaristo lembra que é possível cadenciar os reparos dos equi- milhões de pessoas por ano. “Terminado o Carnaval, retomamos a corrida pamentos em geral. Mas, no caso do Carnaval, não tem jeito, o esforço e contra o tempo, com a remoção da estrutura da festa e preparo de tudo dedicação vão ao limite. “O trabalho tem de ser cronometrado e executado para receber a Fórmula Indy”, lembra Almeida. Ele admite que o trabalho exige agilidade e dinamismo, mas não vislumbra a possibilidade de dimi- nuir o ritmo nem mesmo de parar para ficar em casa. Acostumado à lida na roça desde os nove anos, conta com orgulho que nessas mais de três décadas de trabalho só teve um dia de falta. Assim mesmo, porque passou a noite socorrendo um familiar que sofrera um acidente de carro. No dia seguinte, ao explicar ao chefe que iria se atrasar por causa do ocorrido, foi orientado a ficar em casa e descansar. Por essa e muitas outras passagens, Francisco Evaristo diz que a relação de respeito com o Anhembi é recípro- ca. “Quando a gente faz o bem, só pode receber o bem como retorno. É por isso que entrei e permaneço aqui por tanto tempo.” CHANGING WITH ANHEMBI on one occasion: learning how to operate sound to eventually assume When she saw the receptionist job offer in a newspaper ad, all she wan- more than one function. And there she went, handling lapel microphones ted was a job to be able to afford her college tuition fees. Working near and equalizer buttons. Erséa remarks she has even operated the sounding home was also a major aspect and had her abdicate another opportunity at system for a tango concert, on the table of the Great Auditorium. “It was the other end of the city. At the end of the day, the initial idea was that the One Night in Buenos Aires, masterfully produced by Manuel Poladian. job should only serve as a stopgap. When she graduated, she thought, she That was around 1976 and I was part of the staff of operators at the con- would leave the job back and look for a new profession. And who would cert. The house was crowded.” Even acting with professionalism when di- have thought that everything she had been planning just happened? Actu- rectly dealing with the production of high-end concerts such as Charles ally, not everything. But the job as a receptionist would reserve surprises Aznavour, Dionne Warwick, and Roberto Carlos, for example, the former that influenced her more than her professional life. rookie also enjoyed her right to be a fan. And Erséa was the fan who gai- ned a signed poster from The Jackson 5 on a presentation by the brothers “There were four vacancies. I did an interview at the HR department and in 1974. Erséa recalls the first concert she attended at Anhembi as if it was then I was approved and hired”, recalls Erséa Maria Alves – whose name is just today: Alice Cooper, a huge presentation at the Pavilion, followed by the result of the initials of her parents’ names, Ery Alves and Ms. Odyssea. an intimate gathering at the Palace of Conventions. She was bursting with On February 18, 1974, Erséa began working on the Anhembi Convention happiness. After all, she worked in an area that was desired by most youths Center. At the age of 19, this was her first job. During the day, she worked her age and, gradually, she earned the status of a multi-professional. as a receptionist; at the evening, she a psychology student. Erséa, however, remained in office for only five months and was then relocated to the admi- Major changes to come nistrative area, where she started operating in event support and logistics. In 1978, a little after the company’s corporate changes, new directions “We even made sign with stickers. And it did not matter if it was me, the were taken. This time, they were related to the involvement with the or- manager, or the secretary. The important thing was to meet customer ne- ganization of graduation ceremonies. There was an employee at Anhembi eds. “And, for that, the provision for continuous renewal and openness in who prepared the undergraduates. “One day, my boss came to me and learning was essential. The aspiring psychologist recalls the proposal made by a senior officer 204

Alguns cortes você não encontra em qualquer churrascaria simpatia qualidade excelência tradição segurança variedade conforto localização requinte melhor sabor atendimento sofisticação Na Churrascaria Anhembi você encrontra todos esses e muito mais 32 anos de tradição e excelência para sua plena satisfação A Churrascaria Anhembi parabeniza o Parque Anhembi por seus 40 anos! O melhor carrét de cordeiro uruguaio de São Paulo Sala reservada com data show e Internet WI-FI Tel. 11 2089 6210 205 Estacionamento gratuito com manobrista www.churrascariaanhembi.com.br Espaço para eventos empresariais Avenida Olavo Fontoura, 327 Van para região Pq. Anhembi (Campo de Marte) - Santana

EMPLOYEES said, ‘Erséa, you will be coordinating the next ceremony’”, she recalls. There Jabur was near me and helped me apply at the entity on the Internet. I had was no point in arguing that she would not be able to do that because of been thinking about that but I had not talked to anybody.” The trajectory her shyness. On the day of this ceremony, the person who until then was from the application at the NGO to gaining the right to rely on the guide in charge of the coordination of activities with the students pretended to be dog was another long learning process. Erséa needed first to improve her absent. Although she was fraught mobility: having security to walk the streets alone, accompanied by a cane only. And, after failing twice, she excelled in the third opportunity and won with fear and trembling, Erséa picked up the folder, microphone, and the right to travel to the United States for a meeting with the guide dog that walked up the stage. And she did it. She did so well that she spent years pre- now represents her eyes and has become her inseparable companion: the paring students who came to Anhembi for graduation. By the way, Anhem- Labrador Toby. bi and Erséa won an award by a magazine for the expertise developed in the coordination and implementation of graduation ceremonies. There was, With another career adjustment in the year Anhembi celebrated its 40th after all, a time when 70 ceremonies were held in a single month – Morning, anniversary, Erséa reached the mark of 36 years of work. And she does not afternoon, and evening. even consider retiring. Currently involved with the leasing of areas in the Park, Toby and her leave home every day and go to the bus stop in the Norn When there was a graduation in sight, the college boards promptly gui- End. They take the bus and the underground on the Jardim São Paulo line. ded the ceremony commissions: go to Anhembi and ask for advice from There, they take the underground again toward Terminal Tietê, where they Erséa. And there were many graduation ceremonies, stories and tributes. take the van that brings them to Anhembi. And this is her new routine. “It is “Although I was working at the ceremonies, I cried every time. I was tou- okay now. I think we have formed a duo. The secret of the guide dog is that ched by the way the stories about parents and overcoming were told”, she you trust him and that he trusts you”, she triumphantly says. “Toby and I explains. She proudly points out she participated in the coordination of the welcome the guests at Anhembi as usual. There was never any manifestation ceremonies of Roberto Carlos’ children. In one of them, the dean of the of prejudice. On the contrary, with him, I can say, “I cannot see, but I am not college asked Erséa to ask Roberto Carlos if he would like to join the table to blind”, she says, laughing and plotting her next plans, which include learning represent the parents, so that he would not be there in the audience. But he Braille, keep taking care of her parents and keep learning in the daily contact preferred to stay with families in the auditorium. “It was thrilling. Imagine: with customers who come to Anhembi to carry out the events, which also Me, side by side with Roberto Carlos! Talking to him was amazing”, boasts tell a bit about their stories of success and overcoming. Erséa. She adds, with humor: “In the Mass, there was a line for communion and another of people asking for Roberto Carlos’ autographs.” THE MAN WHO DEALS WITH WATER AT ANHEMBI Few people know Anhembi’s structure like him, especially the part that, But not everything is rosy when it comes to youths with hormones running albeit not shown, is crucial for the operation of the Park and well-being of high. Erséa laughs today, but she remembers how disconcerting the cere- its visitors: the water and sewage network. He is Manoel Bezerra de Lima, mony of a communication course class was. A few young men brought sacks hydraulics supervisor, who joined Anhembi in August 1973 and now hol- of frogs and toads. They let the amphibians loose on the stage in the middle ds the title of the second “oldest” active employee. But to be faithful to the of the ceremonies. Imagine putting frogs on a warm, bright, noisy stage, to path of this worker from Bonito, Pernambuco, we should remark that his the sound of music and laughter. The audience was ecstatic. The prank was story crossed paths with Anhembi a little earlier, when he worked for the circumvented, but Erséa remembers that gatecrashers then were identified by construction company that laid the foundation of the Palace of Conventions. the college’s board and there was trouble in giving the diplomas. After several years involved in the conduct of ceremonies and guidance of undergradua- Manezinho, as he is known among his co-workers, the type of professio- tes, Erséa finally gave up on the idea of working as a psychologist and faced nal that is rarely found today. Even with little education – his used to say another challenge. that children were supposed to work – he built his web of knowledge based on technical courses and, above all, on the practical experience obtained in This time, it was something that would definitely change her life. The construction sites, where he spent much of his life. In the little spare time he name of the change: Stargardt Disease. Since his school days, Erséa stru- had, he attended classes at Mobral (Brazilian Literacy Movement). ggled to recognize people and to see objects from a distance. But only af- ter graduating from college and working for a long time at Anhembi, she Before coming to Anhembi, he worked as a bricklayer, electrician, car- received an accurate diagnosis. And in 2001, Erséa learned that she was a penter assistant, and welder. But he wanted more. That was when the en- carrier of this hereditary degenerative disease. Stargardt disease is the most gineer who monitored his work on the foundation of the Palace invited common form of juvenile macular degeneration, which leads to progressive him to perform maintenance works at Anhembi. And, by doing a little of loss of photoreceptor cells in the macula, leading to reduced central vision, everything, always with great care, he became acquainted with the inner with preservation of peripheral vision. Because of the illness, Erséa engaged structure of Park as though it was the place where he lived. “I even spent on the work of two NGOs: Grupo Retina São Paulo, involved in the rese- several days here without returning home. This happened both at the cons- arch and associated Retina International, and Iris Instituto de Responsibi- truction site of the foundation and later, when I already worked in mainte- lidade e Inclusão Social. She now keeps track of information of interest to nance”, he explains. people with visual impairments and all ongoing research in the world, such as transplant using stem cells. “I may become the first Brazilian candidate Working with the assiduity and punctually arriving at Anhembi were because I am currently the only one whose affected gene has already been daily challenges to be overcome. Manezinho says that he used to walk up already identified. And to participate in research, the first requirement is to to eight kilometers: three kilometers from his home (in Itaim Paulista) to know which gene has been affected”, says Erséa, with hope. the bus stop and another five from Parque Dom Pedro to his job, in the While the surgery does not come North End, due to the few bus routes available at the time. After years of hard work, Manezinho was rewarded with the position of supervisor. Such As the vision loss was slow and gradual, Erséa believed she had managed a promotion did not come by chance. “There were times when we built the process with ease. But she emphasizes that it was not easy, especially public toilets to support the events that were held in several regions. For the because of most people’s difficulty in dealing with the visually impaired. Carnival in Tiradentes, for example, we had to start two months earlier to “There was a time of agony, yes. But I never went into depression, for exam- perform the services. And, after the festivities, we left two months later to ple. I responded well. “One day there was an article in the newspaper about dismantle everything – toilets and pipes.” applying for a guide dog. According to Erséa, the director Milton Longo- bardi suggested she should apply. “He read the article for me. Lu (Luciana) With tears in his eyes and struggling to speak, Manezinho is proud to have directly participated in meeting Anhembi’s major demands. These 206

ANH+++ EMBI HÁ 40 ANOS DO TAMANHO DO SEU EVENTO. +++ included the fencing of the Park, the construction of water reservoirs for reopening of the trade show.” fire prevention and water supply for the events, and the linking of the en- Zé Maria, however, does not claim any privilege for his seniority. Quite tire sewage system to the sanitation company’s collector. We should also mention the effort to develop a system for pumping rainwater to improve the contrary, he proudly mentions he has even doubled his working shift at the flow structure of the Park. “The reward in life comes from each one’s certain times and remains available to serve when needed. He appreciates working capacity. I do my part without fear and without bureaucracy, be- the understanding of his family since, on several occasions, the daughters cause I know what I am doing and I accept only the best as a result”, he says. spent days without seeing their father, who would arrive late and leave early the next day. “I never expected to get where I am and I do not think about There was a leak once in the equipment of the Park. Returning from vaca- stopping. I always come here in the morning like it is my first day at work. tion, Manezinho realized the seriousness of the problem, which had already This is my commitment to the company, which has allowed me to build and been present for a few days. In the presence of engineers and other pro- maintain my family and to achieve everything we have achieved.” fessionals who analyzed strategies for detecting the problem, Manezinho says that he crouched down, touched the water, raised his hands to his face, STORIES AT THE COFFEE BREAK sniffed the substance, and said: “This is neither sewage nor groundwater.” Having access to rooms where important authorities meet to make deci- With humility, but with confidence and certainty of what he was saying, he sions is something that stimulates people’s curiosity. If this particular place guided his team to shut off the water valve of a particular bracket. The leak is attended, among others, by heads of state, artists, and athletes, curiosity stopped, as if by magic. If it were necessary to define Manoel Bezerra de then can reach unimaginable proportions. That is not the case with Cleu- Lima’s feeling regarding the company, the more precise term would be de- sa de Melo, who walks in and out of these spaces with the discretion and votion. “Besides my health and my family, I can say, without exaggeration, awareness that she is there to work. A maid, she began working at Anhembi that Anhembi is everything in my life”, he concludes. in 1976. At first, she mixed up rooms where she should serve and even fell down during a meeting due to her concern about doing her job well. “I fell, SINCE THE BEGINNING AT ANHEMBI but I remained lying there, holding the tray not to pour the coffee, until He is officially known in Anhembi as its “oldest” employee. His hiring by they helped me stand up”, she confesses, proud of her achievement. But that the Company on April 23, 1973 is an accomplishment worthy of mention in was just beginner’s nervousness. She then got the hang of it and became a the record books. But José Maria Nunes, electrical maintenance supervisor, respected and admired figure in the rooms and corridors through which is modest even when it comes to this matter. That is because, if he really in- she passes. tended to claim the rank of the “oldest”, he would have to point out his work for a company that participated in the construction of the Park. “I was part Cleusinha, as she is affectionately referred to, remarks that she was pre- of the support staff who worked for 15 days during the first Motor Show, sent in the appearance of important personalities at Anhembi. In 1990, for in 1970”, the Mineiro from Bom Sucesso, a married father of three children example, she served coffee to the Cuban leader Fidel Castro, during his visit (two girls and one boy), modestly recalls. to Anhembi. Cleusinha entered the room and served the attendants at the meeting, as usual. Only when she left, she was informed by one of the secu- Still in construction, Zé Maria, as he is known by everyone, he was in rity guards of the entourage, who was in charge of proving everything the charge of the electrical and plumbing installations of the Palace of Conven- Cuban President would eat or drink. “Fortunately, everything worked out tions and, when the company delivered the work, he was invited to work in and he drank his coffee without any problem”, she recalls. maintenance at Anhembi. He quit the construction company in the mor- ning and on the same day he submitted his documents to the HR depart- Among entrepreneurs, athletes, statespersons and artists, a true cons- ment of the new company, which, he admits, conducted activities that were tellation has been at Anhembi in the course of 40 years and the coffee has a little difficult to understand at that time. Accustomed to toiling in the been ever present between movements in the structure of the Park. Cleu- fields, Zé Maria is proud not to have been one single day off Anhembi or sinha lists some of them over these 35 years of work: the entrepreneur Sil- without work. Of the workers who worked for the construction company, vio Santos, the speaker Lombardi, Moacir Franco, Emerson Fitipaldi, and only Zé Maria and fellow Manoel Bezerra de Lima – hired four months a number of foreign singers. “I have served Roberto Carlos when he came later – remain at Anhembi. to a rehearsal for a concert. I am a fan of his, but I still served him with professionalism. I think he liked it because he joked and gave me a gentle The long-lived electrical maintenance supervisor fondly recollects im- squeeze on the cheek.” portant moments over the past four decades. He remembers memorable concerts produced by Manuel Poladian and the shows recorded in the Great Of the memories of years of work and meetings with personalities, Cleu- Hall of the Palace by presenter Silvio Santos. “When the station’s structures sinha still fondly keeps the autograph given to her by the singer Elis Regina. caught fire, we stayed here for a long time with Silvio Santos. We had direct “We were in the pantry, which was located behind the stage at the Grand contact with him and his production staff. “According to Zé Maria, since Auditorium, preparing coffee and listening to the radio. Suddenly, Elis Re- the electrical work directly impacts all events, contact with music stars such gina, who was passing by, heard her music on the radio and entered the as Chitãozinho & Xororó, Fafá de Belém and Roberto Carlos was common. room. She sat and drank coffee with us. We then took advantage to ask for “I feel privileged to work for a company that allowed me to attend courses her autograph”, Cleusa proudly recalls. and professional retraining and that allowed me to have contact with artists whom I would never meet if I happened to be working elsewhere”, he ack- CONNECTED TO ANHEMBI nowledges. As many other migrants from the Northeast, this Cearense also came to São Paulo aiming to achieve his independence and succeed in life. At the Zé Maria does not believe that there is a “secret” for staying in a company age of twenty, he left 14 brothers and his father’s land – where he worked for so long. According to him, it is a matter of commitment, dedication, on the farm – to venture into the land of the mist. Today, for many people, and availability. With such a long time in the company, he says, we come Antônio Almeida Martins Lopes does not appear to have walked a long way. to know every part of Anhembi. Therefore, in case of failure, it is easier to But, for him, there is a feeling of achieving the unimaginable. After all, the locate the spot to be repaired and the restoration of services is faster. “Not year that Anhembi celebrated its 40th anniversary, he reached the milestone long ago, a switch burst in the Pavilion at two o’clock in the morning. They of 32 years of uninterrupted activity in the first and only job recorded in his called me at home and, after working in the early hours of the morning, we work card. But, before this achievement, Almeida had a long journey, which were able to restore power the next day. At 10, everything was working for the 207

EMPLOYEES started as he left his hometown. After three days inside a bus, on March 30, been taken to.” 1978, he arrived in São Paulo. Restrained, Mr. Manuel explains that his secret to staying motivated in Four days later, he was working at Anhembi – more precisely in the buil- the company after such a long time, besides enjoying the work, lies in main- ding where Hotel Holiday Inn currently operates. At the beginning, he was taining a willingness to serve. “Service is service. And, in that, I am a person an assistant. He collected nails and wires from the slabs of the work, slept of details. When I am requested, I seek to serve the person at the time, or at in the housing units and cried at night, missing his family, from the distant least to refer the matter to the person that may make any decisions needed. Aracoiaba, to whom he often wrote, narrating his adventure in the big cold “Having also worked in the area of security, Mr. Manuel says that keeping city in the mist. After a few years, he attended technical courses and moved balance has direct implications in the daily work. “By negotiating and me- to a new area. He began working as an electrical maintenance assistant. diating any disputes, we seek solutions and prevent a simple misunders- With practice, he learned more and evolved, later becoming an assistant tanding from becoming a problem of major proportions in our workplace. electrician officer and an officer. “The only thing I truly regret is: I should That makes all the difference in the quality of the service we provide”, he have dedicated more time to study. Who knows, today, I might have grown concludes. a little more in the company”, he says. A MARATHONER OF WORKS Despite that, Almeida remarks that he feels fulfilled. He says that, unlike When visitors participate in a number of events held at Anhembi, they many of his acquaintances, his choices helped him achieve his greatest tre- hardly notice the presence of the group of employees who have prepared asures: his family and his house. Married to a woman from Jânio Quadros, everything for the success of that meeting. But they were certainly there and Bahia, he has two daughters. One of them is studying automation and other, left the mark of their work. Francisco Evaristo da Silva, from Aracoiaba, is journalism. Antônio Almeida is thankful to his friend Evaristo (Francisco part of that group. A bricklayer, he joined Anhembi in September 1977 and, Evaristo da Silva), also an employee from Anhembi. “In one of his visits to today, as a civil maintenance supervisor, he is part of the select team of “ol- Aracoiaba, I told him that my wish was to leave the work on the farm and der” employees in activity. Like many other coworkers, he joined the com- to be the master of my own fate. Evaristo told me he worked for a company pany at the suggestion of friends who worked here. He worked in the cons- that was growing and hiring new employees. I owe him my coming to São truction of the building where the hotel is currently located and, over more Paulo and my career success.” than three decades, he was involved in all infrastructure works of the Park. With its simplicity, Almeida points out that he teaches his daughter what Better known as Evaristo, this worker from Ceará was part of the Anhem- he has learned in more than three decades at Anhembi: meeting your obli- bi team that assembled the stages and structure of concerts organized by the gations in the workplace and respecting everyone. He says that serious, res- City of São Paulo in different regions of the city. And, of course, he has been ponsible work cannot be synonymous with flattery. “It is an honor for me directly involved in the work and support in necessary repairs for the Car- to have worked for such a long time in a single company and to have kept nival. Evaristo points out that it is possible to cadence repairs of equipment friendships with people from different areas. But I do not mix things up, in general. But, in the case of Carnival, the effort and dedication must reach I do not expect any privileges. Even after so long, I am here to show my unprecedented levels. “The work has to be timed and executed in a timely availability – whether it is day or night, whether it is Saturday, Sunday or a manner to allow for the opening and continuity of the festivities. We know holiday. I am here to serve the company”, he concludes. that Carnival takes place in that particular date and, thus, there is no possi- bility to say that the work is not ready in time”, he explains. A MANAGER AT THE PALACE Clipboard and pen in hand, he scrutinizes every inch of the 36,000 square Evaristo admits to feeling a sense of accomplishment in seeing simulta- meters of the Palace of Conventions. It is a rigorous search to prevent situ- neous events held in the Pavilion, the Cultural and Sports Center, and the ations such as burned out bulbs, damaged equipment or devices operating Palace. “I feel great when I see the success of a trade show by seeing a full erratically – a true obsession for keeping rooms and auditoriums running parking lot. That means that our efforts somehow contribute to the success like a Swiss watch. This is the routine of supervisor Manoel Francisco de of these events. “When you are home watching the broadcasts from the Souza – Mr. Manoel. Born in Itaetê, the 61-year-old from Bahia, married, Sambadrome, you watch everything carefully, with a different look, scan- with 5 children, had a dream of one day reaching the board of the company, ning the avenue to check every detail of the festivities’ engineering, which but in practice turned out to be a kind of manager of the Palace. should run like clockwork. On one occasion, the float of one of the samba schools hit the gate. We had been working day and night. Because of the Twenty-five years after his entry at Anhembi, he considers himself a ful- incident, we worked until 11:30 the next day to make the repairs. We could filled man and says he is very proud of what he has done for company where not leave the broken gate for the sequence of the Carnival.” he works. “I take care of the Palace of Conventions better than I take care of my house”, confesses Mr. Manuel. He shows that in the way he talks about The work of the civil maintenance team hardly stops at Anhembi. There the work and his tasks with the solemnity of those giving a testimony, by are, after all, trade shows, conferences, concerts, and sporting events – a choosing each word carefully. When he returns home and is wearing the marathon of events gathering approximately 11 million people per year at shirt with the SPTuris logo, he does not even consider the possibility of the parks. “After the Carnival, we return to the race against time, with the entering a bar. “Right now, I represent something bigger than me. Behaving removal of the structure of the party and preparations for IndyCar”, says like that is the least that I can do to repay the importance that the company Almeida. He admits that the work requires speed and dynamism, yet he has in my life.” considers the opportunity of slowing down or even stopping to stay home. Accustomed to cattle work since the age of 9, he proudly states that he has Mr. Manuel assigns the fact that he has spent a quarter of a century in had only one day of absence in three decades of work. Even so, it was only the company to the upbringing he received from his family. According to because he spent the night rescuing a family member who had suffered a him, his parents and a farmer uncle were the ones who taught him to han- car accident. The next day, when explaining to his boss that he would be dle a number of situations with plenty of responsibility, temperance and, late because of the incident, was told to stay home and rest. For this and for above all, humility. Methodical, the manager of the Palace says that people many other events, Francisco Evaristo says that the relationship of respect sometimes make the mistake of thinking that care only applies to things of with Anhembi is reciprocal. “When we do good we can only receive good high value. “Even a chair that is taken from the room has to be taken into in return. That is why I joined and have stayed here for such a long time.” account. In six months or a year, you may be asked about the whereabouts of the object. If you took it from a room, you have to know where it has 208

ANH+++ EMBI HÁ 40 ANOS DO TAMANHO DO SEU EVENTO. +++ CAMBIANDO JUNTO CON EL ANHEMBI se hizo cargo del pedido. Y salió muy bien, tanto que pasó años ensayan- do con la muchachada que venía al Anhembi para la colación de grado. A Cuando vio la vacante de recepcionista en un anuncio del periódico, propósito, Anhembi y Erséa ganaron hasta el premio de una revista por todo lo que ella quería era eso, solo un empleo para poder pagar la men- la pericia desarrollada en la coordinación y realización de graduaciones. sualidad de la facultad. Trabajar cerca de casa también sumó un pun- Finalmente, hubo época en que llegaron a realizarse 70 ceremonias en un to y fue tan preponderante que hasta incluso rechazó otra oportunidad solo mes. Mañana, tarde y noche. que encontrara en el otro extremo de la ciudad. De cualquier manera, la idea inicial era que el trabajo debería servir solo de puente. Cuando con- Cuando había una graduación a la vista, la dirección de las facultades cluyese el curso, pensó, dejaría el empleo y volvería a mirar para la nueva ya orientaba a las comisiones de graduación: Van al Anhembi y pidan profesión. ¿Y no es que todo aquello que ella había planeado terminó consejos a Erséa. Y fueron tantas graduaciones, tantas historias y home- ocurriendo? Quiero decir, no todo, para decir la verdad. Pero el empleo najes. «Aunque estuviese allí en la ceremonia trabajando, yo lloraba siem- de recepcionista terminaría por reservarle sorpresas que influenciaron pre. Yo me emocionaba con la forma cómo las historias sobre los padres mucho más que su vida profesional. y las superaciones eran narradas», explica. Ella cuenta con orgullo haber participado de la coordinación de las graduaciones de los hijos del Rey «Eran cuatro vacantes. Hice la entrevista en RR.HH., fui aprobada y Roberto Carlos. En una de ellas, el director de la facultad pidió a Erséa contratada», recuerda Erséa Maria Alves, cuyo nombre es el resultado de que preguntase a Roberto Carlos si a él le gustaría armar la mesa para la unión de las iniciales de los nombres de los padres: Ery Alves y doña representar a los padres, a fin de que él no quedas ahí en el medio del pú- Odyssea. El 18 de febrero de 1974, Erséa comenzaba a trabajar en el en- blico. Pero él prefirió permanecer entre las familias en el auditorio. «Fue tonces Centro de Convenciones Anhembi. A los 19 años, era su primer toda una emoción. Imagine: ¡yo al lado de Roberto Carlos! Conversando empleo. Durante el día, recepcionista; a la noche, estudiante de psicolo- con el Rey. ¡Fue lo máximo!», se enorgullece Erséa. Y agrega con mucho gía. Erséa, sin embargo, solo quedaría en el cargo cinco meses y en luego humor: «En la misa, había una fila para comunión y otra para pedir au- fue recolocada en el sector administrativo, donde pasó a actuar en apoyo tógrafo a Roberto Carlos». y logística de eventos. «Hacíamos hasta placas indicativas con adhesivos. Y eso no importaba si era yo, el administrador o la secretaria. Lo impor- Pero no todas son flores cuando se habla de una muchachada con las tante era atender la necesidad del cliente». Y, para eso, era imperiosa la hormonas a flor de piel. Hoy, Erséa se ríe, pero recuerda lo desconcertante disposición para contínua la renovación y apertura al aprendizaje. que fue la graduación de un grupo del curso de comunicación. Algunos muchachos trajeron bolsas de ranas y sapos. Y soltaran a los anfibios en el La aspirante a psicóloga recuerda la propuesta hecha en una opor- escenario, en plena ceremonia. Imagine colocar sapos en un escenario ca- tunidad por uno de los superiores: aprender a operar sonido para, en liente, iluminado, con ruidos, con música y risas. Agitación total del públi- una eventualidad, asumir una función más. Y allá fue ella a luchar con co. La broma fue manejada, pero Erséa recuerda que los pícaros, ensegui- micrófonos de solapa y botones de ecualización. Según Erséa, hasta da, fueron identificados por la dirección de la facultad y tuvieron dificultad sonorización para espectáculos de tango operó, allá desde la mesa del para obtener el diploma. Después de varios años dedicada a la conducción Gran Auditorio. «Era el espectáculo Una Noche en Buenos Aires, pro- de ceremoniales y orientación de los graduados, Erséa abandonó de defi- ducido con maestría por Manoel Poladian. Esto debe haber sido allá por nitivamente la idea de actuar como psicóloga y encaró un nuevo desafío. los pasados años 1976. Y yo formé parte de la escala de operadores del espectáculo. Casa llena». Incluso actuando con profesionalismo al traba- Esta vez, algo que cambiaría definitivamente su vida. El nombre del jar directamente con la producción de megashows como los de Charles cambio: Enfermedad de Stargardt. Desde los tiempos de la escuela, Er- Aznavour, Dionne Warwick y Roberto Carlos, por ejemplo, a la recién séa ya enfrentaba dificultades para el reconocimiento de personas y ver llegada también se le permitía el derecho a ser fans. Y fue la Erséa fans la objetos a distancia. Pero, recién después de recibida en la facultad y tra- que consiguió el poster autografiado de The Jackson Five, cuando fue la bajando por mucho tiempo en el Anhembi, ella recibiría el diagnóstico presentación de los hermanos en 1974. Erséa lo recuerda como si fuese preciso. Y, en 2001, Erséa se enteró que era portadora de la enfermedad hoy el primer espectáculo que presenció en el Anhembi: Alice Cooper, hereditaria degenerativa. L a enfermedad de Stargardt es la forma más gran presentación en el Pabellón y, después, una reunión íntima en el común de degeneración macular juvenil, que lleva a la pérdida progresiva Palacio de las Convenciones. Ella no cabía en sí de felicidad. Finalmente, de las células fotorreceptoras de la mácula, generando la reducción de la trabajaba en un área deseada por la mayoría de los jóvenes de su edad y, visión central, con la preservación de la visión periférica. A causa de la de a poco, conquistaba la condición de multi profesional. enfermedad, Erséa empezó a participar de los trabajos de dos ONGs: el Grupo Retina São Paulo, relacionado a la investigación y asociado al Reti- Los principales cambios estaban por venir na Internacional, y el Iris Instituto de Responsabilidad e Inclusión Social. Así, se mantiene a la par de informaciones de interés de personas con En 1978, algún tiempo después de las modificaciones societarias de deficiencia visual y de todas las investigaciones en marcha en el mundo. la empresa, nuevos rumbos. Esta vez, involucrada en la organización de Como las de trasplante utilizando células madre. «Yo puedo convertirme fiestas de graduación. Había un empleado del Anhembi que ensayaba con en la primera candidata brasileña porque soy la única hoy cuyo gen afec- los graduados. «Un día, mi superior vino hacia mí y me dijo: Erséa, usted tado ya está identificado. Y, para que usted participe de una investigación, va a coordinar la próxima graduación», recuerda. No sirvió de nada tratar el primer requisito es saber cuál es el gen», Erséa comenta con esperanza. de explicarle que no podría hacerlo a causa de mi timidez. En el día de la graduación, la persona hasta entonces responsable por la coordinación Mientras no llega la cirugía de las acciones con los graduados fingió haber faltado. Aunque con un miedo tremendo, Erséa agarró la carpeta, el micrófono y fue al frente. Y Como la pérdida de la visión fue lenta y gradual, Erséa cree haber administrado con tranquilidad el proceso. Pero resalta que fácil no fue, 209

EMPLEADOS principalmente por la dificultad de la mayoría de las personas en trabajar el terreno donde vive. «Llegué a pasar varios días aquí, sin volver a casa. con el deficiente visual. «Tuve una época de agonía, sí. Pero, por ejemplo: Eso ocurrió tanto en el cantero de obras de los cimientos como después, yo nunca caí en la depresión. Yo reaccioné bien». Un día, salió una noticia cuando ya trabajaba en mantenimiento» explica. en el periódico sobre una inscripción para la obtención de un perro guía. Según Erséa, el director Milton Longobardi le sugirió que se inscribiese. Trabajar con asiduidad y llegar puntualmente al Anhembi eran desa- «Él me leyó la nota. En eso, Lu (Luciana) Jabur estaba cerca y me ayudó fíos diarios a ser superados. Manezinho dice que llegaba a caminar hasta a hacer la inscripción en la entidad por Internet. Yo estaba pensando en ocho kilómetros: tres de su casa (en el Itaim Paulista) hasta la parada del eso, pero no lo había comentado con nadie». De la inscripción en la ONG ómnibus y otros cinco kilómetros del Parque Don Pedro hasta el empleo, hasta obtener el derecho de contar con el perro guía fue un largo proceso en la Zona Norte, a causa de las pocas líneas de ómnibus disponibles es de aprendizaje. Erséa precisaba primero mejorar su movilidad: obtener esa época. Después de años de trabajo y cumplimiento, Manezinho fue seguridad para andar sola en la calle, acompañada solo por un bastón. recompensado con el cargo de supervisor. Promoción que no vino por Y, después de ser reprobada dos veces, ella se superó en la tercera opor- casualidad. «Hubo momentos en que montábamos baños públicos, como tunidad y conquistó el derecho de viajar a los Estados Unidos para un asistencia a los eventos que eran realizados en diversas partes. Para hacer encuentro con el perro guía que hoy representa sus ojos y se convirtió en el Carnaval en Tiradentes, por ejemplo, teníamos de entrar dos meses su compañero inseparable: el labrador Toby. antes para ejecutar los servicios. Y, pasada la fiesta, salíamos dos meses después para desmontar todo. Baños y tuberías». Con una adaptación más en la carrera, en el año en que el Anhem- bi cumple 40 años, Erséa superó la marca de 36 años de trabajo. Y ni Con lágrimas en los ojos y un nudo en la voz, Manezinho se enorgulle- piensa en jubilarse. Actualmente involucrada con el alquiler de áreas en ce de haber participado directamente de la solución de demandas impor- el Parque, ella y Toby salen de casa todos los días y siguen hasta la pa- tantes del Anhembi. Entre ellas, el cercamiento del Parque, la construcci- rada de ómnibus, en la zona Norte. Toman el ómnibus y descienden en ón de los reservorios de agua de combate a incendio y de abastecimiento el metro Jardim São Paulo. Ahí, embarcan en el metro y siguen hasta la de agua potable para los eventos, además del a conexión de toda la red terminal Tietê, donde toman la van que los trae al Anhembi. Y esa es su de desagües a la colectora de la empresa de saneamiento básico. Súmese nueva rutina. «Ahora está bien. Creo que nosotros ya formamos un dúo. a eso todo el esfuerzo en el desarrollo de un sistema de bombeo de aguas El secreto del perro guía es que usted confíe en él y él confíe en usted», de lluvia para mejorar la estructura de flujo del Parque. «El retorno en confiesa triunfante. «Toby y yo recibimos a los clientes normalmente en el la vida viene de la capacidad de trabajo de cada uno. Hago mi parte sin Anhembi. Nunca hubo manifestación de preconceptos. Por el contrario. miedo y sin burocracia, porque se lo que estoy haciendo y acepto como Con él, puedo decir: No veo, pero no soy ciega», dice riendo y trazando resultado solo lo mejor», evalúa. los próximos planes que incluyen aprender braille, continuar cuidando de los padres y seguir aprendiendo en el contacto diario con los clientes Una vez, ocurrió un derrame en uno de los equipamientos del Parque. que vienen al Anhembi para realizar los eventos, que también cuentan un Volviendo de vacaciones, Manezinho vio la gravedad del problema, que poco de sus historias de éxito y superación. ya se dilataba por algunos días. Ante la presencia de ingenieros y otros profesionales que analizaban estrategias de detección del problema, Ma- QUIÉN CUIDA DE LAS AGUAS EN EL ANHEMBI nezinho cuenta que se agachó, tocó el agua, llevó las manos al rostro, olió la sustancia y sentenció: «No es agua servida ni de napas freáticas». Con Pocas personas conocen la estructura del Anhembi como él. Princi- humildad, pero con mucha seguridad y certeza de lo que estaba hablan- palmente la parte que, aunque no aparezca, es de vital importancia para do, aconsejó a su equipo a cerrar una determinada llave de paso. Como el funcionamiento del Parque y bienestar de quienes lo visitan: la red de un pase mágico, el derrame cesó. Si fuese necesario definir el sentimiento agua y desagües. Él es Manoel Bezerra de Lima, supervisor de hidráuli- de Manoel Bezerra de Lima con relación a la empresa, el término más ca, que entró en el Anhembi en agosto de 1973 y hoy tiene el título de preciso para eso sería devoción. «Al lado de mi salud y de mi familia, digo segundo colaborador «más antiguo» en actividad. Pero, para ser fiel a la sin exagerar que el Anhembi es todo en mi vida», finaliza. trayectoria de ese pernambucano nacido en Bonito, es preciso recordar que la historia de él se cruzó con la del Anhembi un poco antes, cuando DESDE EL COMIENZO EN EL ANHEMBI aún trabajaba para la constructora que hizo los cimientos del Palacio de las Convenciones. Él es conocido en el Anhembi como el empleado «más antiguo». Su contratación por la empresa es de fecha 23 de abril de 1973, un hecho Manezinho, como es conocido entre los colegas, es el tipo de profe- digno de registro en el libro de los records. Pero José Maria Nunes, super- sional difícil de encontrar actualmente. Incluso con poca escolaridad, su visor de mantenimiento eléctrico, es hasta modesto cuando se trata del padre decía que los hijos tenían que trabajar, construyó su tela de cono- tema. Hasta porque, si realmente quisiese reivindicar el puesto de el «más cimiento a partir de cursos técnicos y, sobre todo, basado en la vivencia antiguo», tendría que destacar su actuación por una empresa que parti- práctica en canteros de obras, donde pasó buena parte de su vida. En el cipó de las obras de construcción del Parque. «Formé parte del equipo poco tiempo libre que tuvo, frecuentó algunas aulas del Mobral (Movi- de apoyo que trabajó 15 días durante el primer Salón del Automóvil, en miento Brasileño de Alfabetización). 1970», recuerda con modestia el mineiro de Bom Sucesso, casado y padre de tres hijos (dos mozas y un muchacho). Antes de llegar al Anhembi, trabajó como albañil, electricista, ayudante de carpintero y soldador. Pero él quería más. Fue ahí que el ingeniero Todavía en la constructora, Zé Maria, como es conocido por todos, que acompañó su trabajo en los cimientos del Palacio lo invitó a hacer hizo toda la parte de electricidad e hidráulica del Palacio de las Conven- mantenimiento en el Anhembi. Y, por hacer de todo un poco y siempre ciones y, cuando la empresa entregó la obra, recibió la invitación para con esmero, pasó a conocer las entrañas del Parque como quien conoce trabajar en el mantenimiento del Anhembi. Pidió la desvinculación de la constructora por la mañana y, en el mismo día, entregó los documentos 210

ANH+++ EMBI HÁ 40 ANOS DO TAMANHO DO SEU EVENTO. +++ a RR.HH. de la nueva empresa que, él admite, tenía una actividad un poco 1990, por ejemplo, fue ella quien le sirvió café al líder cubano Fidel Castro, difícil de entender en aquella época. Acostumbrado a la lucha ardua del en el momento de su visita al Anhembi. Cleusinha entró en la sala y sirvió campo, Zé Maria se enorgullece de no haberse quedado ni siquiera un a los presentes en el encuentro, como de costumbre. Solo cuando salió, día fuera del Anhembi o sin trabajar. De los operarios que trabajaban en fue informada por alguien de seguridad de la comitiva de que había una la constructora, solamente Zé Maria y el compañero Manoel Bezerra de persona encargada de probar todo lo que el presidente cubano comiese Lima, contratado cuatro meses después, permanecen en el Anhembi. o bebiese. «Felizmente, todo salió bien y él tomó su café sin problemas», recuerda. El longevo supervisor de mantenimiento eléctrico colecciona con ca- riño momentos especiales en el transcurso de las últimas cuatro décadas. Entre empresarios, atletas, estadistas y artistas, una verdadera constela- Recuerda espectáculos memorables producidos por Manoel Poladian y los ción ya pasó por el Anhembi, en el transcurso de los 40 años, y el cafecito programas grabados en el Gran Auditorio del Palacio por el presentador siempre estuvo presente entre un desplazamiento y otro por la estructura Silvio Santos. «Cuando se incendiaron las estructuras de la emisora, convi- del Parque. Cleusinha detalla algunos de ellos, a lo largo de sus 35 años de vimos un buen tiempo aquí con Silvio Santos. Nuestro contacto era directo trabajo: el empresario Silvio Santos, el locutor Lombardi, Moacir Franco, con él y con su producción». Según Zé Maria, como el trabajo de electrici- Emerson Fitipaldi, además de diversos cantantes extranjeros. «Atendí a dad impacta directamente en todo los eventos, era común el contacto con Roberto Carlos cuando él vino a hacer el ensayo de un espectáculo. Soy astros de la música, como Chitãozinho y Xororó, Fafá de Belém y el Rey fanática de él, pero llegué y le serví con profesionalismo. Creo que le gustó, Roberto Carlos. «Me siento un privilegiado por trabajar en una empresa porque bromeó conmigo y me dio un apretón cariñoso en mi mejilla». que me dio condiciones de hacer cursos y reciclaje profesional e, al mismo tiempo, me proporcionó el contacto con artistas que jamás encontraría si De los recuerdos de años de trabajo y encuentros con personalidades, estuviese trabajando en otro lugar», reconoce. Cleusinha guarda hasta hoy con mucho cariño el autógrafo que recibió de la cantante Elis Regina. «Estábamos en el comedor, que quedaba de- Zé Maria no cree que exista un «secreto» para permanecer tanto tiem- trás del escenario en el Gran Auditorio, preparando café y escuchando po en una empresa. Para él, es una cuestión de compromiso, dedicación radio. De repente, Elis Regina, que estaba pasando, oyó la música de y disponibilidad. Con tanto tiempo aquí, cuenta él, pasamos a conocer ella sonando en la radio y entró en la sala. Ella se sentó con nosotros cada pedazo del Anhembi. Así, en caso de problemas, es más fácil locali- y tomó café. Ahí, aprovechamos para pedirle un autógrafo», recuerda zar el punto a ser reparado y más rápido el restablecimiento de los servi- Cleusa toda coqueta. cios. «Hace poco tiempo, se rompió una llave en el Pabellón a las dos de la mañana. Llamaron a mí casa y, después del trabajo toda la madrugada, CONECTADO AL ANHEMBI conseguimos restablecer la energía al comienzo de la mañana. A las 10 hs, ya estaba todo funcionando para la reapertura de la feria». Al igual que tantos otros inmigrantes nordestinos, este cearense tam- bién vino a São Paulo con el objetivo de conquistar su independencia y Está equivocado, quien piensa que Zé Maria reivindica privilegios por vencer en la vida. A los veinte años, dejó atrás 14 hermanos y las tierras los años en la empresa. Muy por el contrario. Habla con orgullo de haber del padre, donde trabajaba en el campo, para venir a aventurarse a la tierra duplicado las horas de trabajo en determinados momentos y que se man- de la llovizna. Hoy, para mucha gente, Antônio Almeida Martins Lopes tiene a disposición para servir siempre que sea necesario. Él agradece la parece no haber caminado mucho. Pero, para él, la sensación es de haber comprensión de la familia, ya que en varias ocasiones las hijas pasaban alcanzado lo inimaginable. Al fin de cuentas, en el año en que el Anhembi días sin ver al padre, que llegaba tarde y, al día siguiente, salía bien tem- cumplió 40 años, él alcanzaba la marca de 32 años de trabajo ininterrum- prano. «No esperaba llegar adonde llegué y no pienso en parar. Siempre pido en el primer y único empleo registrado en su libreta de trabajo. Pero, llego aquí, a la mañana, como si fuese mi primer día de trabajo. Ese es mi antes de esta conquista, Almeida tuvo una larga jornada. Comenzando por compromiso con la empresa, que me dio las posibilidades de construir y la salida de su ciudad natal. Después de tres días arriba de un ómnibus, él mantener mi familia y conquistar todo lo que conquistamos». desembarcó el 30 de marzo de 1978 en São Paulo. HISTORIAS A LA HORA DEL CAFÉ Cuatro días después ya estaba trabajando en el Anhembi, más precisa- mente en la construcción donde funciona hoy el Hotel Holiday Inn. Al Tener acceso a salas donde importantes autoridades se reúnen para la principio, era ayudante. Recogía clavos y alambres de las losas de la obra, toma de decisiones es algo que aumenta la curiosidad de las personas. Si dormía en el alojamiento y lloraba por las noches extrañando a su fami- ese lugar fuera frecuentado, entre otros, por jefes de estado, artistas y atle- lia, en la distante Aracoiaba, a quienes escribía con frecuencia narrando tas, entonces, la curiosidad puede ganar proporciones inimaginables. No su epopeya en la gran ciudad helada por la llovizna. Después de algunos para Cleusa de Melo, que entra y sale de esos espacios con la discreción años, hizo cursos técnicos y consiguió cambiar de área. Comenzó a traba- y conciencia de que está allí por trabajo. Camarera, comenzó a trabajar jar como ayudante en el área de mantenimiento eléctrico. De ahí, con la en el Anhembi en 1976. Al comienzo, confundía las salas donde debería práctica, fue aprendiendo más y evolucionando, pasando a medio oficial servir y hasta se cayó durante una reunión de tan preocupada que estaba electricista y oficial. «De todo, solo me arrepiento de una cosa: debería por realizar bien sus tareas. «Me caí, pero quedé ahí, acostada agarrando haber dedicado parte de mi tiempo para estudiar más. Quién sabe, hoy la bandeja para no tirar el café, hasta que me ayudaron a levantarme», podría haber crecido un poco más en la empresa», confiesa. confiesa orgullosa de su proeza. Pero eso fue nervosismo de principiante. Después, ella agarró la onda del ambiente y se transformó en figura admi- A pesar de esas dudas, Almeida asegura sentirse realizado. Dice que, al rada y respetada en las salas y corredores por donde pasa. contrario de muchos conocidos, sus elecciones lo ayudaron a conquistar sus mayores tesoros: la familia y la casa propia. Casado con una baiana de Cleusinha, como es cariñosamente tratada, recuerda que estuvo presen- la ciudad de Jânio Quadros, él tiene dos hijas: una estudiando automatiza- te al momento del paso por el Anhembi de importantes personalidades. En ción y la otra periodismo. Antônio Almeida es muy agradecido al amigo 211

EMPLEADOS Evaristo (Francisco Evaristo da Silva), también empleado del Anhembi. proporción en nuestro ambiente de trabajo. Eso hace toda la diferencia en «En una de sus visitas a Aracoiaba, le conté a él sobre mi deseo de dejar el la calidad del servicio que prestamos», concluye. trabajo en el campo y de ser el dueño de mi propio destino. Evaristo me dijo que trabajaba en una empresa que estaba creciendo y contratando. Le MARATONISTA DE OBRAS debo a él mi venida a São Paulo y el éxito en la carrera». Cuando el visitante participa de uno de los distintos eventos realizados Con su simplicidad, Almeida dijo que les enseña a sus hijas aquello que en el Anhembi, lo que él difícilmente nota es la presencia del grupo de aprendió en las más de tres décadas de Anhembi: cumplir con las obliga- empleados que dejó todo listo para el éxito de ese encuentro. Pero, cierta- ciones en el lugar de trabajo y respetar a todos. Él dice que no da para lla- mente, ellos pasaron por allí y dejaron la marca de su trabajo. El aracoia- mar trabajo serio y responsable de adulador. «Para mí, es un orgullo haber bense Francisco Evaristo da Silva forma parte de ese grupo. Albañil, entró trabajado todo este tiempo en una única empresa y mantener amistad con en el Anhembi en septiembre de 1977 y hoy, en condición de supervisor personas de las más diversas áreas. Pero yo no mezclo las cosas, no espero de mantenimiento civil, integra el selecto equipo de los empleados «más regalías. Incluso después de tanto tiempo, estoy aquí para mostrar siempre antiguos» en actividad. Así como muchos otros compañeros, entró en la mi disponibilidad. No importa si es de día o de noche; si es sábado, domin- empresa por recomendación de amigos que ya trabajaban aquí. Llegó para go o feriado. Estoy aquí para servir a la empresa», concluye. trabajar en la construcción del edificio donde funciona actualmente el ho- tel y, en el transcurso de más de tres décadas, fue involucrándose en todas UN SÍNDICO EN EL PALACIO las obras de infraestructura del Parque. Carpeta y bolígrafo en mano, y allá se va él a revisar cada centímetro Más conocido como Evaristo, este cearense participó del equipo del de los 36 mil metros cuadrados del Palacio de las Convenciones. Una Anhembi que montaba escenarios y estructuras de espectáculos organiza- búsqueda rigurosa para prevenir situaciones como lámparas quemadas, dos por la Prefectura de São Paulo en las distintas regiones de la ciudad. Y, equipamientos dañados o que puedan estar operando irregularmente. Una claro, tiene participación directa en las obras y asistencia en reparaciones verdadera obsesión por mantener salas y auditorios funcionando como necesarias para la realización del Carnaval. Evaristo recuerda que es posi- un reloj suizo. Esa es la rutina del supervisor Manoel Francisco de Souza ble ir regulando las reparaciones de los equipamientos en general. Pero, en – Seu Manoel. Natural de Itaetê, este baiano de 61 años, casado y padre el caso del Carnaval, no hay forma, el esfuerzo y dedicación van al límite. de 5 hijos, tenía el sueño de llegar un día a director de empresa, pero ter- «El trabajo tiene que ser cronometrado y ejecutado en el tiempo habilitado minó convirtiéndose en la práctica una especie de síndico de palacio. Del para permitir la apertura y continuidad de la fiesta. Sabemos que el Carna- Palacio. val se realiza en esa determinada fecha y, por eso, no existe la posibilidad de decir que el trabajo no está terminado», por ejemplo. Veinticinco años después de su entrada en el Anhembi, se considera un hombre realizado y dice tener mucho orgullo de lo que hace y de la Evaristo admite sentirse realizado al ver eventos simultáneos en el Pa- empresa donde trabaja. «Yo cuido del Palacio de las Convenciones mejor bellón, Polo y Palacio. «Me pongo feliz cuando veo el éxito de una feria de lo que cuido de mi casa», confiesa Seu Manoel. Prueba de eso es que él a partir del lleno completo del estacionamiento. Es señal de que todo conversa sobre el trabajo y sus tareas con la solemnidad de quien brinda nuestro esfuerzo está contribuyendo de alguna forma para el éxito de esos un testimonio: Eligiendo cuidadosamente cada palabra. Cuando está vol- eventos». Cuando está en casa, y ve las transmisiones desde el Sambódro- viendo para se casa y lleva puesta la camisa con el logotipo de SPTuris, él mo, sigue todo con atención y con una observación diferenciada, de quien no admite la posibilidad de entrar en un bar. «En ese momento, represento indaga la avenida para chequear cada detalle del engranaje de la fiesta, que algo mayor que yo mismo. Portarme así es lo mínimo que puedo hacer tiene que funcionar como un reloj. «En una ocasión, un coche de una de para retribuir la importancia que la empresa tiene en mi vida». las Escolas de Samba chocó en el portón. Habíamos trabajado el día y la noche. En razón del incidente, nos quedamos hasta las 11:30 del día si- Seu Manoel atribuye a la educación que recibió de la familia el hecho de guiente para hacer las reparaciones. No podíamos dejar el portó roto para permanecer un cuarto de siglo en la empresa. Según él, fueron los padres la secuencia del Carnaval». y un tío hacendado que le enseñaron a trabajar en las más diversas situ- aciones con mucha responsabilidad, templanza y sobre todo humildad. El trabajo del equipo de mantenimiento civil prácticamente no para en Metódico, el síndico del Palacio dice que, muchas veces, las personas se el Anhembi. Finalmente, son ferias de negocios, congresos, espectáculos, equivocan al pensar que el cuidado solo vale para las cosas de alto valor. competencias deportivas, una maratón de eventos que atraen al parque «Una silla que usted retira de una sala, es necesario rendir cuentas. De cerca de 11 millones de personas por año. «Terminado el Carnaval, reto- aquí a seis meses o un año, usted puede ser cuestionado sobre el paradero mamos la carrera contra el tiempo, para retirar la estructura de la fiesta y del objeto. Si usted la sacó de una sala, tiene de rendir cuenta para dónde la preparación de todo para recibir la Fórmula Indy», recuerda Almeida. ella fue». Él admite que el trabajo exige agilidad y dinamismo, pero no ve la posi- bilidad de disminuir el ritmo ni siquiera para parar y quedarse en casa. Comedido, Seu Manoel explica que el secreto para permanecer moti- Acostumbrado a la lucha en el campo desde los 9 años, cuenta con orgullo vado en la empresa después de tanto tiempo está en, además de gustarme que en estas más de tres décadas de trabajo solo tuve un día de falta. Exac- el trabajo, mantener la disposición para servir. «Servicio es servicio. Y, en tamente así, porque pasó la noche socorriendo a un familiar que sufrió un eso, soy detallista. Cuando me solicitan, trato de atender a la persona en el accidente con el auto. Al día siguiente, al explicarle al jefe que se atrasaría momento o, por lo menos, llevar el tema a quien pueda decidir». Por haber a causa de lo ocurrido, fue aconsejado que me quede en casa y descanse. actuado también en el área de seguridad, Seu Manoel dice que mante- Por ese y muchos otros pasajes, Francisco Evaristo dijo que la relación de ner el equilibrio tiene implicancias directas en el trabajo del día a día. «Al respeto con el Anhembi es recíproca. «Cuando nosotros hacemos bien las dialogar y mediar eventuales conflictos, buscamos soluciones y evitamos cosas solo puede recibir el bien como retorno. Es por eso que entré y per- que un simple desentendimiento se transforme en un problema de mayor manezco aquí por tanto tiempo». 212

ÍNDICE DE ANUNCIANTES Academia Brasileira de Eventos 65 Arquitrama 112 BTS Informa 182 CBM Brasil 124 Churrascaria Anhembi 205 Couromoda Feiras e Negócios 98 Francal 157 Hotma IBDN 70 Inylbra 54 Itaipava Matel - Auto Show 5 Public 3ª Capa Publistand 187 - 189 - 191 SP TURIS 63 - 161 146 170 2ª Capa Fontes Anhembi Parque www.anhembi.com.br Imprensa SP Turis http://imprensa.spturis.com Couromoda www.couromoda.com Equipotel www.equipotel.com.br Feiras & Negócios www.feirasenegocios.com.br e revista impressa (Novembro 2008) Folha de São Paulo www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u13273.shtml (05/05/2001) Francal Feiras www.francal.com.br Grupo Feira & Cia www.feiraecia.com.br IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística www.ibge.gov.br Jornal Brasilturis (http://www.brasilturis.com.br/edicaomateria_materia.neo?Materia=76) Ministério do Turismo www.turismo.gov.br Nescau Megarampa www.nescaumegarampa.com.br Reed Exhibitions Alcantara Machado www.reedalcantara.com.br Revista Eventos www.revistaeventos.com.br e edições impressas: Nº 11, 34, 52 e 60 Salão do Automóvel www.salaodoautomovel.com.br Salão Duas Rodas www.salaoduasrodas.com.br Salão do Turismo www.salao.turismo.gov.br São Paulo Convention Bureau www.visitesaopaulo.com São Paulo Turismo www.spturis.com Ubrafe - União Brasileira dos Promotores de Feiras www.ubrafe.org.br *Outras fontes mencionadas nos próprios textos.

ESTE ANO, QUEM DESFILA PELO C M Y CM MY CY CMY K 40 anos de sucesso com os principais eventos do Brasil. wwwwww.i.ninyylblbrraac.acropmet.ebsr.com.br

TAPETE VERMELHO É O ANHEMBI A Inylbra tem orgulho de fazer parte dessa história. Carpete oficial das feiras e eventos.

wwwwww.a.wan.nahhneehmmebmbi.ibc.cio.ocmmo.mb.br.rbr


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook