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POESIAS BIA SCAFF

Published by beascaff, 2018-01-18 05:43:37

Description: POESIAS BIA SCAFF

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LADRÃO DE MADRUGADAS Ladrão desta minha madrugada Tua presença me cutucou Vorazmente Teu pensamento adolescente Bailou com o meu O tango preencheu o ambiente Triunfantemente Cavaleiro do tempo Dominou a ampulheta, para Sob piruetas e arrochos Possuir-me, afável Ser!Gatuno das minhas madrugadas. Sabe como terminou? saciadamemte Adormeci... Que me roube outras madrugadas Gurizinho Que pare o tempo Para ele dar tempo Para termos tempo De curtimos o Nosso tempo BiaScaff

FLORADA SOLITÁRIARepousa a carne trêmula pendurada pelos fartos ossos à sombra da única mangueira do cerrado Coça os carcanhá dos pés decompostos por densos calos a terra árida e esbranquiçada Chapéu, de palha esgarçada, bana o rosto vincado or veios passadiços de água salgada Apoiada no báculo da enxada a mão esquerda denúncia em alto relevo artéria, perebas e manchas do sol Boca entreaberta, olhos fundos e empapuçados fitam a fria Florada solitária ... a florada Não vingou Fruto maduro não cheirou Barriga vazia gritou E olhos vagos Fitam o dia nublado BiaScaff

Sinto a brisa nas narinas ME PERDI DE MIM Rasgando o meu cérebro Como se fossem facas frias de sangue único Carne trêmula e amoladas A cada respirar línguas que pagam A sensação de que perdi Saliva nas penugens Boneca de fosco olhar O tempo O espaço Riscos na testa Perdi o amor da criança Boca desfeita que já está adulta Perdi eu pelo caminho Vestidos esgarçados Me perdi de mim Calcinha sem renda Dói respirarQuero o aconchego do nada Manchada Quero a espuma da gelada Marcada Desfeita Opaca Sem alma Viva na angústia Quero me embebedar da solidão vermelha. do meu não eu Quero a solidão BiaScaff dos meus desejos A escuridão dos meus anseios Quero morrer sem mim Estremecer dos meus pensamentos Mórbidos Sombrios Confusos Do que podia ter sido Quero a vida negra na carne branca Quero desfalecer sob secas e enferrujadas aventuras Inocência perdida pelas mãos enrugadas

Um bando de pensamentos soltos, será Deixo aqui, ou melhor faço tracejado, aqui, outra poesia. pontilhado... Como daquelas tarefinhas doEsta ainda não tinha escrito... primeiro ano: ligue os pontos É tua. Depois nós pintaremos? Escrevo-a sem carbono. Se permitir, socializarei. Que figura surgirá? Mas é tua: Você emerge do fundo com afã de vida ������ Adoro quando liga Mas o que Você não sabe É que Você é vida! Sinto elevada Doce e meiga criatura Paz que envolve Desenhada com aquarela Arrodeia, cobre com luz Num pergaminho Transmites proteção: de pele de cordeiro Espiritual? Que necessita ser Moral? Social? Cuidada, Tratada Intelectual? Carnal... Acariciada New life.Talvez um pouquinho de cada: ������ todas. Bia Scaff Inexplicável. Será que outras vidas, vivenciamos? aos poucos delineado,

Desejo uma chuva azulsoando tons e semitons de harmonia com cheiro de paz esabor da adolescência Bia Scaff

Gurizinho Jovem teu palavreado: 'Top'! Eu Onde refugias do teu congelante Aí Em dia? Ti Entre espanhóis tintos? Te acariciando por entre a Cadê vc meu Gurizinho? penumbra dos cotovelos enrijecidos Alado ser Sorri Ou você é meu Apolo? Disfarça Mas teu lastro de você está afoito Hefesto? de ti. Causador das minhas erupções De mim. De nós. Detectas um novo arrepio na alma. vulcânicas? Doce ser conectado a mim. Neste orbe virtual: Me sintas. Fecha teus olhos. És Tome mas um gole do teu vinho. Agora Desço pela tua garganta rasgando O meu um gosto de fêmea. DIONÍSIO? Eloquente silêncio Onde estás? Silêncio ............cio Desça do Olimpo! Sentes Me regue em vinhos e arranhões. Silêncio Não se embriague, você diz Silencia Salvo se nua, e com os lábios em Sentes mim. Cio Digo: Verves em mim loucura e Sentes desejo. Sentes cio Minha língua percorre teu corpo Cio enquanto brindas sem mim. Sentes Te sinto, meu. Doçura escandalosa de BiaScaff encapsulados prazeres.Tremes tua coxa na tolha branca da mesa. Delatas tua curiosidade de nós. Vibras minhas emoções. Sentes

Me sentiste mulherNos teus lábiosMe tocasse desejoNos teus dedosSaciada desfaleçoÚmidaOlência de prazerCio de esperançaCansaçoCanto da adolescênciaRaiar da auroraDespertoCotidiano enclausuranteGingado radianteDe uma feliz idade BiaScaff

GURIZINHO 41Teu olhar, mesmo de meio perfil, escarnece do meu espírito, e auguras de negro o futuro. A sonoridade do teu silêncio repercute um sentimento, cá no meu peito, desconhecido, uma dor surda que grita. Revela teu corpo, espelho de mágoa e solidão, Opacos movimentos sem afeto. Amor intenso de mão única Alquimia da dor que escancara, em letras que choram e ri, Fogo da paixão sem brasa. Inspirador de poesias das quais degusto com chantili Regadas com água salgada Corpo e alma Perfume e pele músculos e rugas Tudo e nada de mim. Coração moreno, boca carnuda Tatuas beijos sem formato e apáticos. Tripudia desta alma que sente O mórbido desprezo Trasvestido de doçura diet. BiaScaff

Talvez.... É respostaDos que não sentem BiaScaff

Me deu uma tristeza Tão grande Que nem os dedosTenho vontade de mexer Importa para mim O outro lado, aqui, sente Me machucaste .. Vai passar ... Sou brava Sou forte Sou filha Do Norte No norte Nasci Guerreira TUPY BiaScaff

Não quero passos que não tenham volta Não quero constranger meus princípios Não quero ceder as vaidades pares e frias Quero me olhar sem morrer para mim Quero me dar minhas firmes mãos a mim Quero me abraçar e sentir a minha paz Não quero obscurecer a magia do primeiro olhar Não quero vomitar a nó na boca do estômago Não quero desnudar a adolescência dos sentidos sabe .. Quero , sem reservas QueroMeus movimentos involuntários, sem algemas Querosentir a seiva da juventude das nossas almas BiaScaff

GURIZINHO 52 Alma de redeque aconchega embala Brisa do som Textura do alvorecer Energia eólica Cata-vento BiaScaff

Se Luz Me vi, assim, Puro besta Tipo anta batizada Aguardando certo Telefonema anunciado Me deu uma raiva de mim. De mim! Neguei três vezes O teu nome Esbofeteei o vento Sapateei na sombra do solGritei nos ouvidos da parede Quebrei a crista do galo Dei nó no rabo da gato Não! Não! e Não! De novo Não! Disse eu para eu mesma Vai te catar. Vai te catar. Vai te catar. BiaScaff

Gurizinho, GURIZINHO 50 Por favor: Me conte Hoje virtuais humanos É a Tristeza algo. Já que Algo diferente Diferente mente a única certeza Nem que mente é a morte Me conte Me conte vida chuvas com sol Me conte Risada Me conte sobre o canto Do mutum um fato Hilário Sobre uma pedra Me conte Nem que invente Me conte de um quadro um causo Do teu retratoDo qual você riste sem dente Com força Do colo quente Me conte luz Me conte Colorida de um poema Brilhante Por favor Me conte qualquer coisa não me conte Que me tire daqui Amargura Assim sairei Marcha nupcial Sem sair e não fúnebre A tendência No teu espaço natural de nós Rirei de ti Seres humanos Rirei para mim Gurizinho Por favor Me conte: você. BiaScaff

O teu encantoEstá no silêncioDas tuas ações. BiaScaff

GURIZINHO 51 Sabe... Ontem a noite Enquanto o suor lentamente descia pelas costas até empoçar o cóccis, meu olhar se perdeu no contorno da lua e meu pensamento em ti: Por que ele? Resposta em três DSurge num letreiro de néon Flutuando no arComo se fosse um terceiro Respondendo para mim: Ele é a sua fantasia da adolescência. BiaScaff

Jorravam pelo brilho dos olhos lembranças e histórias que saltitavam entre talheres e drinksespalhando o frescor da adolescência e o cheiro do ar de maio. BiaScaff

Cadê vc Para eu ninar Estou com saudades De te afagar Apertar duro, um abraço de alicate Cadê vc Quero ouvir tua gargalhada Até perder o ar Cadê vc Vc cresceu Quero te carregar Brincar de aviãozinho Te ouvir gargalhar Cadê vc Vc cresceu Cadê vc meu bb Vc cresceu Virou homem Te carrego agora na alma Te afago pelo olhar Damos gargalhadas do tempoTe amo na inercia do meu pensamento BiaScaff

CERA E VIDA A passos pares compassados Pelas galerias da Imaginação Dos artistas Observamos a Imensurável Olência do som Indecifrável Música da visãoInigualável prazer de tato e sabor. BiaScaff

Sobre a solidão Em colchões E cetins Me descamo BiaScaff

Pelo caminho até o asfalto me consola,Enquanto o meio fio me manda a merda, E a sarjeta arreganha os braços, e cinicamente, por entre os vastos dentes brancos, balbucia: te aguardo! BiaScaff

Te sintoCompletamente Teu BiaScaff

GURIZINHO DOS PAMAPAS Gurizinho dos pampas Mas de gestos mineiros Sorrateiro, compassado Movimentos planejados De cantiolho assunta o movimento dos afoitos pelo saber Lê lábios dos inquietos Assanha os duplos sentidos Inverte o jogo dos trocadilhos conquista as virgens insanas Deixa lastro de memória Cavouca os sentidos Retira o chão de muitos Mas os ensina a bater asas Gurizinho dos pampas Que sem bombacha Risca uma catira Marcando com os pés ensinamentos e com as mãos Gesticula o engajamento Conduz a turma a uma interrogação perturbadora Com resultado expressivo De dor, paixão e fé. BiaScaff

JUCUCA Teu universo de pluralidades No meu reflexo, só eu imagino Não me permites, mas eu invado Não te permites, mas eu domo És, neste individual orbe Soberana dos meus debuxos Verve dos meus exóticos intuitos Amestradora dos meus desvarios Doce imortal ser de ritmo e prazer O reverso do que eu temo O anverso do que desejo Transcende-se sob esta mortalidadeDesfaça-se, em mim, tua ousada energia Alada criatura azul celeste Conduza-me a insólitas aventuras Arrebataremos pólens furtacor Espargiremos o cheiro de som Propalaremos salacidade. BiaScaff

Sigo numa ascendência positiva Quero um sabor caliente Não tente tirar de mim O gosto pelo diferente BiaScaff

SEM SIBILO Sedas, fitas, isopor Cores e purpurinas pretas Velas, lanternas, lamparinas Chão batido, tábua, acrílico Obrigatório brilhar Neste palco imaginário Roteiro apagado Falas perdidas Ar não expelido Lágrimas criadas Sorrisos forçados Olhar arregalado Lábios de muxoxo Atriz da minha autobiografia? Ação! Vai recomeçar o espetáculo. Posso reinventar as cenas perdidas? Posso recriar falas esquecidas?Posso dar gargalhadas espontâneas? Posso debulhar em lágrimas? Posso resignificar-me? Posso? Devo! Tenho dever ser feliz Posso respirar Sem sibilar Respirar Simplesmente Respirar. BiaScaff

Quero tomar um porre contigo Falar merda Rir muito E ao finalCoexistirmos BiaScaff

E mansamente MANSO Se despem Do olhar Dos conceitos Preconceitos E se movimentam Sincronia Posições Posturas E se movimentam HarmoniaE se escamoteam Sem vício E se alimentam Sem vinco Dos seus Sem farpa Delírios Sem farsa Com raça E se movimentam E se vestem e vibram Com o manto ondas azuis Do por do sol E exalam E se coroam aurora boreal Com o brilhoDa Estrela D'Alva E levitam desejos saciados E se fundem Peles E se abraçam Pelos Com o silêncio Poros Pintas Que respiram Tintas BiaScaff E se paralisam Com o tempo

Minha insensatez anacrônicaSoa como uma gota de café frio na espuma do leite quente BiaScaff

FACE OCULTA E DESEJO Chama de amor, sem nunca ter visto. Diz juras e juras Doa os sentidos Quem és tu cavaleiro lobo do sol nascente Que tomas por tua? Vives pelos espaços das palavras Fuça e revira as vírgulas Troca o ponto final por reticências Versos comprados assina (quando não assassina) Vigia todas as curtidas Inquire quem são Torna amigo do inimigo abstrato Faz caso com qualquer retrato Política, autoesporte, agronegócio e moda domina com maestria (comenta que a entrevista de emprego foi concorrida)Quem és tu doces palavras de raça desconhecida e credo ignorado Quem és tu fotos de paisagem sem viço Atormentas e coisificas este espírito e o torna refém destes bites És o novo panteão nórdico da virtualidade viril? Quem és tu Gurizinho Que provoca sorrisos inesperados Ruborizas esta face Espículas desejo Domas e mortificas os movimentos Crias expectativas de contos de fadas Faz da ilusão delírios em rimas Faz da confusão, desejos em proza Faz da esperança, vontades em versos Faz na nuvem: vida, intriga e amor Que és tu ó Gurizinho! BiaScaff

Teu silêncio me coisificaFico igual xícara sem asa Empoeirada no canto do armário BiaScaff

ANJO PANTANEIRO Salve, salve ! Protetor das crias e criaturas. Meu pantaneiro das águas Desce e sobe o Cuiabazão doces Ondulando as águas Viva o seu dia! Numa vigília incessante. Amigo das lontras do dorso doirado És filho desta natureza És parte dela, e a ela retornas Dominador das ariranhas Espectador das pintadas. Como um todo. desenhas com aquarela Salve luz pantaneira! O nascer e o por do sol Energia positiva que nos que tanto nos inspiram? Guarda e nos guia.Com fino pincel e tinta a óleo delineia, uma a uma, Silêncio. .. vejo um anjo Anjo Pantaneiroas flores das vitórias régias? Das águas doces do Cuiabá. Hoje, todo de pura energiaDefensor da fauna e da flora Bia Scaff

Desde já peço desculpas pelo uso indevido da imagem. Mas o risco de ser algemada, torturada, 'coiseada', valeu a pena. Relaxada, passo batom, centralizo o pingente, e, com passos firmes desfilo radiantepelos corredores da vida com um gingado de quem está 'rigorosamente em dias', causando olharesde 'contiolho' das azedas e tragadas profundas dos esperançosos. BiaScaff

Por meses acordei neste campo de batalha e o primeiro pensamento era em ti. Desejarbom dia flor (miosotis) do dia e saber que a noite estaria em teu colo ou pensamentos me dava coragem para enfrentar a mim mesma. Mudei os moveis do lugar, esfreguei o chão, poli a prata, na ânsia de ao final ser a continuidade, mas foi apenas o começo de uma incerteza. Este vazio é como a sombra da noite projetada pelo casario abandonado no calçadão da rua-do-meio, medonho. Sem chorumelas e nem queixumes, aprumo, necessário atravessar até o próximo candeeiro. Guardar o que passou do lado de traz, de vez em quando poder lembrar, e deixar espaço na frente para a luz do candeeiro preencher este s er que carece de você. BiaScaff

Já preparaste a garfada perfeita. Aquela última combinação de sabores.Escolhe o melhor pedaço de cada parte. Reserva os para o final. Depois graciosamente acondiciona no garfo irlandês como se estivesse montando o castelo dos sonhos Mas abruptamente Em câmara lenta vem em sua direção aquele desdentado de três pontas e que machuca a língua e sem nenhum pudor desmonta a explosão dos sabores combinados. Praga. Roubou a minha banana frita! Biascaff

O passado É repletoDe presentes

Me leva? Estou nas pontas dos pés Braços esticados e as mãos quase tocando nas franjas do teu tapete. Vai, deixa eu subir. Me leva nessa magia. Flutuar pelas galerias parando de arte em arte Deitados de bruços Nas mandalas burdô e bege Apoiando o queixo nas mãos, pés cruzados a lá Lolita e fixando nossos olhares naquele pedaçode matéria prima transformadapela genialidade de um artista Me leva, vai. Quero ver o surpreendente Quero ouvir o burburinho das telas Quero a olência Insana dos profanos Quero sentir o olhar dos criadores Quero você BiaScaff

Meus escritos Delírios Versos, poemas ou rimasTalvez até discurso político Elaborados sem rascunho Socializado por segundos Mas, depois teus maiores públicos São as gavetas. BiaScaff

As pernas AS PERNAS Há as pernas finas Paralelas Grossas Sobrepostas Ásperas Entrelaçadas Rajadas Mas pernas DiagonaisUnidas pelos pés Pernas De filhos Desunidas De pais com filhos Separadas De filhos com filhos De sogra Cruzadas De amigo Peludas De vizinho Lisas De amantes Brancas Mas pernas Negras Que amam Que respeitam Translúcidas Que curtem Pernas Que brindam Pernas que se Que caminham Molham Que vagam Que nadam Roçam Vibram Que embalam Gemem Se embalam Uivam Pernas que tremem Que conduzem Exaustão de desejo Que dançam Não reprimido Caminham Pernas de amantes Correm Amigos. Freiam Mas pernas. Saltam Saltitam BiaScaff As pernas Há as pernas

Escrevo para me ouvir Calo-me para te sentirTuas escritas soam à perfume Sob um campo de lavandas Apenas no pulsar do cursor Num silêncio sacro Embalados pelos sentidos Alma e cor BiaScaff

GURIZINHO Gurizinho Posso te pedir um favor? Deixa eu usar tua iris como meu portal? Quero ver o que vês Instantaneamente Caminharei assim contigo E tempo Há o tempo Só um delay Um tic Um tac O espaço Há o espaço Não Não há Não há mais léguas Nem desculpas Nem ruídos Como se fosse gêmeos O que vê Gurizinho, Nós sentimos O aroma?Descreva em cores por favor O som, grave, ouviremos depois Ou diga qual E ouviremos juntos Gurizinho, Dê um clic E aberto estará Nosso universo BiaScaff

Você só temUma dimensão: A chata. BiaScaff

SAURIR A saudade, sem pedir licença, invade.Grito para dentro: covarde. Chega chegando. Há gá! Quê qué esse? Se acha íntima, né? Vai abrindo o armário, fuçando e remexendo retirando lá do canto no fundo bem do fundo fragmentos de dias felizes. Xiscriânça Dona Saudade. Pode até chegar, mas chega mansinho, pra gente não se assustar Lidar Se acostumar Tratar Se tratar Conversar Se acalentar lagrimejar Se afagar Aprumar Se Levantar Fitar Se fitar E por fim Sorrir Saurrir. Bia Scaff

TolaAs vezes acho que amar é coisa para tolos. Caminho até o espelho.Fixo o olhar no meu olhar. E grito sem som: Tola! BiaScaff

VÓRTICE Na casinha do meio Paredes opacas Me vejo Côncavas não me entendo Mas um passo, Convexas Não sou eu mais Alma Não tenho Calma Não encontroTropeço no meu stress Outra parede Uma porta torta Abro Range Um lugar lúdico pantomímico Mãos enrrugadas Surgem Acariciam Entrelaçam Ameaçam.. Espalmam Entre dados e botões Família e palavrões Tempo Forno Bolo solado Vida marcada Desconfigurada Sorriso Não esboço Cansaço Estou só A vida é assim Mimetizo-me: Cimento e telha. BiaScaff

Me abandonaste NovamenteNo cume do silêncio Ó homem Cruel Infame Doce fel Ó Ser Que me escalda Ó Príncipe Dos meus Desvaneios És assim? Triste fim Desta Pessoa Que amarga neste átrio Sem teus Pingos nos ís BiaScaff

Hê há! Espia xiscriânças Lá no chopao A única planta Que vingô Com as regaçao Da Madona, do Belém, do Ivens... Tem o nome de jibóia. Mas quá Ou é planta ou é cobra. Uma cobra original uma planta bohemia No final duas certezas: Tonta e cheia(para os de fino trato: satisfeita) De forma que só nos resta jiboiar. BiaScaff

AS – BI – Á Viajo nas respostas Elas molduram um acervo Uma vida Um canto de sabiá. O rio lava o quadro leva parte da vida Sombras todas partidas de nossa lembrança sofrida. A outra parte Quase sem forças A cada passada resta Rastro sem esperança. A cada mergulho Ausência de luz No nariz o cheiro d'água Nos olhos resto de mágoa. Da vida que nos afoga A chuva que não molha Da roça que não alimenta As mãos que espalmam. De todos os caminho Poeira, sol e espinhosMargens de escaldante areia Fez o pássaro seu ninho. Nos restos de trapo Com o som do mato No cenário divino Respondem ao seu destino. BiaScaff

Não quero desligar Tenho uma sensação De que não vou mais Te enxergar Uma sensação de Despedida De que amanhã Bem cedinho Farás para outras Rimas e versos E do meu nome Nem a inicial Lembrarás Esse peso que sinto na cabeça Traduz sempre algo Chifre on line...Existe? Desses sentimentos De alguém Com alguém Para alguém Que nunca vimos? Deu deprê... Assim, do nada Uma fudida insegurança Não gosto dessa sensaçãoE nem da minha resposta a essa sensação Costumo vazar Quando fico insegura Vago na insegurança Fruto da minha criação De vez em quando Fico pior que gelatina Dói BiaScaff

Meu negao Da testa brilhosa Do nariz largo Da boca farta Da voz afinada Do sorriso branco Da alma doce Carregar no colo É pouco O que sinto tem forma de asa de pomba branca Num corpo de ébano Bata o vento da liberdade Me leva daqui Igualdade bicolor Quero ver o pote de ouro E dar bom dia para o gnomo Doce pele de riscar Marco meu nome Você sorri Aliás dá gargalhada Dos meus tropeços Mas não me deixa cair Negro retinto Branca translúcida E daí Tudo tem dois olhos Tem sentido Tem fé Mas sofrem castigo Machuca nãoO branco escudo para o negroO negro escudo para o branco BiaScaff


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