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POESIAS BIA SCAFF

Published by beascaff, 2018-01-18 05:43:37

Description: POESIAS BIA SCAFF

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Acorda Amor Vai ralar meu guaranáCom três águas, por favor Copo de cristal E colherinha de prata Vem mexendo no sentido do relógio Para a vida não desandar. Acorda Amor Vem se aninhar A cama está macia Corpo quentinho Vem me amar Bem mansinho Movimentos retilíneos Até eu suspirar Acorda Amor. Amor! Amor? Amor. Não tem Amor Não tem cama quentinha Corpo está surradoO copo de cristal quebrado E no sentido contrario A vida passa, Sem me acordar. BiaScaff.

������ Ela é assim E você é assim Os \"assins\"Devem ser \"desassinidos\" Senão não são \"assins\"E sim, apenas, um assim. BiaScaff ������

Bebedeira.... eita O cu dela é preto Mas ela diz albinoOutra diz que irá fazer clareamento Mas o cu é roxo Sem pelos Sem pregas Mas com cenas De audácias insanas De filha da puta Da vizinha Que desfruta e abusa Dos sentimentos Das que arrotam e peidam Da bunda grande sem sesso Da vida descarneificada Dos níqueis de um real Sem brilho Sem purpurina Mas apertadamente Gozam E suspiram E suspeitam Do cu preto Que vive Que pulsa Que delira Na paixão do espelho Da paquita enrustida. BiaScaff

Duas partes de mim Sem saber nem quem eu sou Duas partes distintas de mim, corpo e mente, simbioticamente hão. Um quer e precisa descansar. Outro quer ficar conversando consigo mesmo. O pensamento não para. Tento o silêncio. Dois segundos Mas a mente volta a conversar consigo. Como se fossem duas almas adolescentes Tagarelice total Sem nexo, as vezes sexo. Duas outras pessoas consigo em mim. Ralho com elas: quietas! Acalmem-se! Então a conversa amainaNao erra nesse sentido, mente. Sem solução resta a ignorância: lorax nela Meus olhos, então, simplesmente se fechando, E o silêncio serena a mente, Que no casulo, escuro, se enclausura de si. BiaScaff

Paixão cravada nos ossos Sinto saudades daquela paixão que chega a doer no dente Cravada nos ossos Quero-a de novo Nem que seja por um dia Me anular no amor intenso De um sentimento exacerbado Do olhar codificante Da noite sem teto Quero sentir eu dentro de ti Afastada de mim mas em mim Quero o meu universo apenas de ti Caminhar pelas tuas respirações Imitar teus movimentos Sorrir teu sorriso Assoprar a tua sombra para vê-la dançar no espelho d'agua O frio da barriga... ah! que delicia. Voltar ao novo sem sair do velho Sentir meus músculos delineados pelos tônus dos teus Perder meu olhar no risco que divide o teu cabelo Embebedar com tuas aulas de filosofia futebolista Acordar e mexer apenas meus cíliosenquanto decoro pigmento por pigmento do teu mapa ‘pelal’ Amar assim talvez apenas um dia Por favor me conceda um bis. BiaScaff

Anjo, voe.Anjo silenciosoIngênuas asasque assustamPenas desalinhadasque voamSorri luz que desvendas encruzilhadasOlhar de vida que afloras o desconhecidoMutação do camaleão que subjaz o vazioRitmo descompassado que cura a solidãoPresença invisível que instiga o movimentoAlado ser que impacta significativas mudançasVoeO mais rápido que puderVoe para longePorque eu não posso voarNão tenho asasNem forçaNem vontadeVoeMe devolva a minha paz conhecidaMe devolva os meus movimentos dominadosMe devolva o meu euVoeanjo silenciosoQue igual ao tornadoMe arremessaste ao inexploradoVoe rápidoAnjo assustadorSe afaste no tempoLibere o espaçoQue lentamenteRetornareiPara mim.BiaScaff

Um dia vou escrever Falar que é meu Gritar Berrar: És m e u Diz um amigo, que a crise esquizofrênica se dá nas fases das nossas Mudanças, Mas, pode chegar e não passar, Respondeu outra amiga. Mas, indago:Se não passar estaríamos sempre na lua cheia? BiaScaff

GURIZINHO Nº 26 Sabe... Me dá uma saudade de ti... Uma vontade de ti... Vote... Coisa louca... Que não tem explicação Que apenas são Que apenas existem Suavemente existem Sem rastro Sem olência Sem rascunho São de essência choque (masculina) Mesclado com a leveza da nuvem Não tento entender (mentira) Apenas Vivo e Enquanto vivo Sem medo Com medo! Me sou tua Sem paginação Com erros de ortografia, talves (z?)...Mas narrada no presente do indicativo Eu vivo Eu amo Eu existo Mesmo sem você Mas contigo Coexisto Em cores Em plumas como um sinal que sempre está no verde Pronta para seguir Ou para dar passagem Para você seguir E me puxar pelas mãos Pelos braços Pela alma E seguirmos Sem eloquência Paralelamente Seguirmos. BiaScaff

������ Atiras-me nas mãos ásperas e grossas de outro macho e viras o rosto para não sentirDiscursas garboso que montas sob mim, rebolas no teu ritmo e te roças nos meus seios. Narras tua virilidade Agarras meu quadril com mãos espalmadas,puxas e ensamblas até te sentires, completamente, dentro de mim. Falas em desejo e conclui que sou a mulher mais bem amada do mundo. Falacioso! Isso é pouco! Quero mais, muito mais. Quero o silêncio dos nossos corpos. Quero mãos entrelaçadas. Quero sentir o farfalhar dos meus cilios com teu suave sopro. Quero sussurros no meu ouvido esquerdo. Quero o ouriçar dos pelos do meu braço direito. Quero sentir nó no estômago quando fitar tua iris. Quero frio na nuca e desejos explodindo no céu da minha boca. Quero muito mais do que dois corpos. Quero um único pulsar dos nossos corações. Quero vestir de rosa e voce de azul e memitizarmos com o por do sol. Quero toda noite paixões arrebatadouras Quero todas manhãs eclodirmos em raios dourados Quero a essência das nossas almas e vidas. Só quero isso! Só isso... Quero ações sem preço embebecidas pelo ar de maio. BiaScaff ������

QUE A TUA FÉ CONFORTE OS TEUS DIAS BiaScaff

Sem adornos, Releia-se,Com as pausas Que se deve. BiaScaff

Acho que perdi as minhas exclamações, será que as encontrareinuma esquina qualquer da vida, ou quando tropeçar numa vírgula? Que as reticências me amparem. BiaScaff

DE NÓSÀs vezes nos tornamos aquiloQue não queremos compreenderE nem entender o que estamos, de nós.Somos para você, que somos nós,Sem entender e nem compreenderO que pode ter em você, de nós.Aceitamos você, que somos nós,Sem entender e nem compreender,O que para nós, logo para você,Deveria ser o oposto daquilo que o é, de nós.Se nós somos você que se transformou em nós,Então somos ele que não és tu,Mas pode ser vós, que não és o outro,Mas pode ser aquele que não aceita ser, de nós.Neste cenário onde nem você é o que é,E nem nós o que você poderia ser de vós,Não se entende, nem compreende, mas aceitaQue tu pode ser aquele, que somos você, de nós.BiaScaff

SEM RASTRO Sobe a poeira Folha seca não resta Enrugado e retorcido Resiste solitário a lixeira Na encruzilhada Marca de Pé Manco Cadencia a fé e a fome Pingos de cera e lágrima Anunciam o desespero Anzol enferrujado, pasto seco Palha esgarçada na testa Disfarça o sol que estala nas costas curvada Sob o buraco do tatu Mãos cavoucam o nada Nada. O nada. Criança não tem ranho Nem barriga cheia Nem força para chorar Adormece com olhos abertos Barriga baixa, vestido curto Lenço na cabeça, pé inchado Esquenta água, desinfeta tesoura Mudança de lua, criança nova chega Marca no chão em círculo Pé Manco marca fundo Numa mão carrega o rebento Com a outra fecha os olhos da amada Acomoda as crianças e as tralhas Olha mais uma vez, suspira fundo Fecha com força a porta azulada Puxando o burro sem raboPé Manco nem deixa rastro na estrada BiaScaff

DIA QUE GUARDA A NOITE Um domingo Uma vida paralela Um estado febril Um gemido Uma esperança renovada Um passo para o novo Aurora de um outro dia Álveo ser incandescente Dúvidas não sanadas O cotidiano que esmaga O tradicional que decapita O novo ser que não brota A segunda que parece terça O domingo que não conclui Segue passos traçados Segue vida conhecida Medo doma o broto O broto que não germina A fêmea que reprime a fêmea Esperança insana de si Desejos de mesmo ladoIsolados pelo perfume do mofoBolor verde da figura que foge Foge de ser o que há de ser Chora a insegurança Solidão da imagem refletidaNas águas verdes da fria mata Reflete adormecida A alma de cantador Cantador de ilusões Ilusões da vida vida que não sustenta Dia que guarda a noite A noite que finge dia. BiaScaff

TE AMO ENTRE VÍRGULAS Não tem um dia que não penso em ti Te amo pelos meus monólogos Te sinto pelas minhas lágrimas Paixão Das minhas tardes Excêntrico desejo Das minhas manhãs Teia de prazeres que me 'eia' nos quatro cantos do meu círculo Albufeira Os meus sentidos sob folhagens secas da minha pele EscamoteiaAs cores da minha ilusão arco íris albino dos meus ideais Vagas Pela minha mente doce imortalidade dos meus desígnios Vida decapitada Rasgada pela Dor Saudade Ficção BiaScaff.

E de repente Atravessa o salão negro Guiado pelo clarão do luar E chega de listrado Com seu chapéu na testa Garboso Cheiroso, pois é seu atributo Sua característica intrínseca Músculos as vistas cabelo em gelGinga de quem está de bem com a vida Simpatia Ele chega Com samba no pé E que venha Sr. Sábado, pois já até passei perfume. BiaScaff

Sinto o cheiro do leite da manga verde Ausente, a maturidade adocicada da carne Da danadeza da faca e do sal Fatias em construção Eclodem sabores da inquietude juvenil Quentes atuam os desejos. Sinto o cheiro do leite da manga verde: Ausente, a maturidade adocicada da carne. Com danadeza, a lâmina liberta, com casca:Fatias em construção, polvilhada pela espuma do mar seco, eclodem sabores da inquietude juvenil. Quentes atuam os desejos. BiaScaff

Coloquei meusapatinhoNa janela,Só que morono terceiro andarCaiuComo era de cristalQuebrouE a ogora?Onde Papai Noelvai colocar meu'pisentinho'?Na portaria, respondeu o duende. BiaScaff

Rumo ao Oeste Sonhos Adormecidos Esperança da chuva da manga Despertam com a do cajuAtravesso os olhos da imaginação Concretizam novas paisagens Vejo outros aromas Quentes realizam os desejos BiaScaff

É isso,Sem sentimentosSeguem seresQue se dizemHumanos.BiaScaff

Estou numa daquelas tardes manhosas de domingo... entre uma soneca e outra um ataque na geladeira.. uma olhadinha no face... outra no zap... e outra sonequinha... Golllllllll... vai Timão .. geladeira... zap... face... sofá... pitzzzzzzzza É Fantástico! BiaScaff

FRAGMENTOS O nada VAZIOS sobrevoando O vento chicoteia o tudo o voo solitário de um todo dos esquecidos de si. vazio. Tento nas rasantes Continuo Me recontar, a planar pelo tempo mas angustiantemente, que parou... não me acho. Sinto ainda as pontas Busco ascendentes, das minhas penas abro assas e, lustrarem a superfície plano longamente (da mata)sob o pantanal espelhado. desgastada pelo tempo... Não vejo a mim; nem minha imagem, Deslizo pelas horas, nem me sinto. longas horas Apenas sombras.. Eu e o vento... não sei se as persigo... Fragmentos a fragmentos ou elas a mim... constitutivos do meu ser talvez me imitem. vão se fechandoSou desconhecida de mim; Um a um... não tenho formas, nem contornos. Até me recolher dentro de mim Memórias Dentro desta imensidão me abandonam; desconhecida de mim. como um quadro em que as cores Por fim vão se esvaindo. meus lábios Sem traço se calam Sem rabisco num corpo Opaco... vazio O nada... De um tudo Cheio De um nada. BiaScaff



Ei, teus desejos são,os que você dominam? BiaScaff

Nem As regrasMas as regram, Por que elas As dominam? BiaScaff

HOMEM NÃO SOU! Não! Não sou homem, porra! Tenho minha subjetividade feminina (As vezes felina)cravada na alma. A objetividade masculina me persegue nas ações adversas que contrapõe ao prumo da criação. Sou de coração, as vezes de copas, mas de espadas só nas lutas diárias. Nos momentos de leveza me satisfaço entre brincos e batom.A virgindade de Maria imutável e velada badala no peito desta mulher, de uniforme e crachá, sobrevivente deste cenário causídico de insanos demônios afrodisíacos banhados em vinhos e arranhões. BiaScaff

MENSAGEM A GARCIA Conversas com outros pensando em mim? Conversas comigo falando com outros? Nem um, nem outro.... Sobre a égide dos estímulos que o faz sonhar Remove a imensa tranca que o guarnece Cultua e exorta o belo Na genuflexão ao prisma literário Postula o vernáculo com estrofes que traduz aspirações e eloquências Crônicas da viva não vivida Das conquistas das gladiadoras Dos vales regados com suor dos heroicos bandeirantes És tu ó Garcia, que golpeará a natureza e arrebatará sem pudor esta que vos escreve? És tu ó Garcia, que decifrará o cadeado que me prende aos pés deste tornado?És tu ó Garcia, que me colocará na palma da tua mão e me retirará desta inercia? Cadê Garcia... pura poeira? Presunção que amofina nos quatro cantos? És tu que trocará minha opaca pele e fará com ela um claviculário? Pendurando micro chaves de fé e esperança? Garcia. Meu Garcia. Não temas. Estou aqui, petrificada, esperando por tua energia milenar. Garcia meu doce Garcia, não temas. Siga. Faça o que tem que ser feito. Sem fechar meus olhos seguirei teus sentidos, ó meu Garcia. BiaScaff

CityUal Um dia Assim, normal Uma solicitação de amizade. Sabe, aceito todas. Quem sou eu para negar uma solicitação? É um absurdo. Sem inseguranças, por favor. Há pessoas, lindas, mascaradas no ato de solicitar. Mas há cínicos. Sexuais pervertidos. Mentiroso. Hipócritas. Políticos. Esses, na segunda frase do diálogo ( lógico que com erro de concordância verbal, verbo nominal, ortográfico. ..) temos opção de bloquear. Mas, aprendi com minha avó de que nunca se dá uma 'tabua' no outro. Para vcs, abaixo dos 30, tábua era o ato de negar o convite do sexo oposto (neste tempo -masculino) para dançar ao som de Ray Conniff (abaixo dos 30?... nos poupe) e assim, se ousado, de rosto colado, uma música de salão. Olhares protetores. Vigília: Pai. Mãe. Tio. Vizinho. Na intranet? Desproteção. Lançados filhos globalizados neste mundo paralelo quase sempre fantasioso onde todos, raras exceções, ou são reis ou amigo dele. Mas. Assim como no deserto há oásis. Na Internet também. No meio do nada. E do nada mesmo pois nem físico há. Deparamos com um ser. Que compartilha das mesmas ideais Que curte poesias. Que fala de Fernado Pessoa como se fosse seu vizinho do lado (que trocam xícaras de açúcar). Assim. Simplesmente assim. Neste universo paralelo de céu zipado. Paradoxalmente, alguns destes seres o contato passa a ser diário. Conversamos até a mão doer, a bateria acabar ou adormecer. Somos confidente. Somos amantes. Somos sinergia. Mas chega um dia que já é o momento da desvirtualidade O dia do encontro, ainda não sei. Nunca se marca, ou remarca. Mas conjugaram o verbo no particípio passado ou no particípio presente, seja longo ou curto o resultado converge num sentido: já tínhamos nos entregado de alma antes de serem entregues os corpos. BiaScaff

VOU TRISTE SEM TI Vou triste Muito triste Magoada contigo Muito magoada Comigo Triste... Magoada Vou Assim pelos passos descompassados Triste Muito triste Magoada Sem ti Sem mim VouPor descompassados passos Sem ti Vou a passos Descompassados Sem mim Vou Assim Triste Magoada Descompassada Vou Sem nós. BiaScaff

GURIZINHO 55Coração verdeNascente de um rioBorbulhas esperançasRebojas choros dos rebentosTranscendem vidas onduladasEscamas douradasCorrem virgens, descalçoLambe as margens da mataReflete nuvens, alvas auroras eEstrelas solitáriasPurifica o corpo dos aflitosAgonias das madrugada em velas e girosDos encantadores do solEspreitam pelo novo amanhecerE sem sentir o cotidiano replicaBiaScaff

Também não entendo a vez de um é a desvez de dois, e nunca será a vez de todos mas se assim o é, então assim o está, de longe sinto o que sente um e o que sente dois,e o que não sentem os cinco. BiaScaff (Para Eduardo Mahon, que leva um filho para passear de cada vez)

Emoções que me fizeram, por alguns minuto, poeta: Hoje acordei assim: O véu branco com alguns rasgados costurados desciam de uma cúpula presa ao teto de barro que através de um aro distribuía sua cobertura e proteção naqueles 2 m2. Passos pelo corredor não escutava mais, acordei tarde. Perdi a magia de colher bocaiuva. De ouvir o agudo som da colherinha de guaraná nas bordas do cristal. De sentir o cheiro de barba feita do ancião. Perdi o encanto: não despertei. Corro atrás do tempo. Cadê? Procuro. Não alcanço. Refaço os passos para sentir os passos. Banhar num rio. Colher balde de manga, e chupar algumas dentro d'água.Olhar as plantas. Pentear cabelo. Depois de 'ventar', pilotar carrinho por entre as prateleiras selecionar produtos que agradam afamília. Padaria. Servir o jantar, porque a mesa já estava arrumada. Sentar na cadeira de palha com uma das pernas penduradas no arco do balanço. Rir do Didi, Muçum e Zacarias. E sob o velho véu acender a luz de cabeceira, pegar no sono lendo um livro. E sonhar. De que no outro dia despertarei antes do meio - dia. BiaScaff

Sentes?O marasmo dos dias? Pesados Densos Sem viço Aff... Nada anda Apenas o parado movimenta rapidamente. E Parados Ficamos no Intenso Movimento BiaScaff

VIDAA vidaé interessanteElaTe dá forçaA todo instanteA genteque as vezesSe nega aVerAcreditarAceitarSentirMas os AnjosEstão vivosDe olhosazuisMorenosNegrosBarbudosCarrancudosBrilhanteCriançasUma florAnjosFalamAbraçamAfagamCarregamA genteNão entendeQue VocêVocê que estáaquiBem aquiDo meu ladoAo meu ladoVocêDe carne eOssoé o meu AnjoVocê é AnjoVocêAnjoVocê.BiaScaff

SIGANão. ..Não abandona um barcoAinda mais se este foi fruto de duas imaginaçõesNãoNão se abandona ao léuImaginação de uma estaçãoNãoNão se abandonado sentimentoEle é frágil. Ele é abstratoCruel ser carnalQue o imaginário mundoSe desfez em lágrimas e salDoce serSiga no concretoMas com certeza deEste imaginário tomará várias vezes a tua menteSigaMas por favorNão apague as últimas linhasElas são minhasSigaSiga com FéPorque a esperança tu espedaçasteBiaScaff

Me deste sorriso na faceMomentos tão doídos.descobri a falsidade aos 50 anos de idadeacoplada a ela a trairagemcomo gostaria de ser virgemvirgem desse sentimentonão quero o gosto da saudadedescartomesmo sujando a ruaminha consciência não ficaria pesadacoitada da sarjetaBiaScaff

Sou uma poeta enrugada BiaScaff

Tua pausa fonética Me cega,Teu silêncio em semifusa Me cala BiaScaff

Procuro um lugar que ainda não encontrei Ele tem cheiro conhecido Tem aroma conhecido Tem sombras e cores conhecidas Tem vozes conhecidas Tenho saudade desse lugar Desconhecido de tato e visão Mas conhecido com sentidos e paixão Sinto tanta saudade desse lugar Que uma agonia crucifica-me BiaScaff

Liberdade vigiada Vigiada por mim Tento libertar Me rasgo de mim Para este outro eu sair Mas, tem medo Se embrulha em si Então me costuro Enquanto observo Este outro eu quieto Imóvel, manso Me tome de mim, grito! Apenas respira esse eu Último ponto, e euDescanso dentro de mimAté a próxima inquietude. BiaScaff

SEPIA Gente querendo pegar na mão de gente Ônibus cheio pensamentos distantes Aniversariante em lágrimas Festeja os confeitos e bolos da vidaDe braços cruzados segura a tua história narrada pela voz dos amigos Doa o tempo Doa aos vizinhos os teus sentimentos Doa-te em arco iriz O brilho das cores e da humanidade É ser humano É ser humano E assim o discurso Narra a vida em soluços Do recomeço da vida Que sem os pilares Os amigos A vida seria se torna sépia BiaScaff

A LUA ME VIU Hoje, a lua me viu E murmurou: Se jogue de costas em mim. Fitei-a. Sacudi a cabeça. Continuei a andarSe jogue em mim! Um pouco mais alto falou desta vez. Fitei-a novamente E a vi olhando para mim, Assim redondamente, e num sorriso de soslaio sem titubear novamente me lancei no espaço Abri os braços Cabeça para trás Peito erguido Flutuei Flutuei de costas Naquele mar negro e lentamente ela Desenhou em si o meu contorno E do macio impacto Um pó cintilante meio prata meio dourado espargiu formando uma áurea esfumaçada levando para longe As gargalhadas infantis de pele sênior E a lua me agarrou, aerada E cedi a sua luxúria Como num colchão de molas Rolei em cambalhotas E a lua rolou Eu e a Lua rolamos, no ar E flutuamos E a lua me soltou, densa E a lua me soltou E a lua me viu, lua E eu me vi na lua E eu vi a lua, tua. E a lua me viu sua. BisScaff

CAMPELO Grata. Estou aí. Tu és meu portal. Cada cantinho há um gesto, Nos movimentos hão pessoas paradas Olhares traduzem sentimentos Nos recortes das fachadas verve um passado de artistas e romances Nas calçadas a literatura desfila em carros alegóricos Nos passos cadenciados de mãos dadas seguem o tempo e o respeito Natureza se recria nos alambrados e as gárgulas piscam e, lentamente, despertam num voo magistral e se tornam ventoSob a maquiagem azul e os adornos perolados escapam a dor e a tristeza de dias felizes que não estão pendurados num retrato na parede de papel floral Os bolsos seguram os braços desesperançadosNa alameda a rica flora lambe os paralelepípedos guia dos idosos que andam de mãos dadas com a solidão Um povo simples, jovens em bando, bradam a esperança No céu azul o luar é prata A ponte regada por água verde atravessa ideais filosóficos É vida É cor É sombra Da tua íris me destes pedacinhos constitutivos dessa pátria desconhecida por mim. BiaScaff

CLONAR OS SENTIDOS Mil perdões Mas, para mim Qualquer explicação por mais sustentável Não retirará De cá do meu peito O mau que me causei O tempo não volta O momento não se reproduz Se clonar o tempo vou viver o ontem amanhã? Se assim o for Estarei sentindo o calor da tua felicidade, que aconteceu ontem, amanhã? Será que estarei aqui amanhã? E se clonar a mim?Amanhã sentirei dupla tristeza de que não vivenciei os momentos ontem. É. O tempo não espera Não retorna Egoísta isso sim que ele é Retira da alma E coloca no espírito O que o corpo pereceu O que a mente não processou O que os olhos não brilhou O que os lábios não parabenizou O que o olfato não inspirou O que o ouvido não felicitou O que o coração não pulsou. É Perdi o tempo.... BiaScaff

NISSO DE MIM, NÃO SOU EU. Morro de saudades de mim Me procuro entre as atitudes encontro com o estranho Cadê o sorriso largo, leve, natural A gargalhada pós uma piada sem graça Como se uma camisa de força blindasse os sentimentos As cores foscas desabotoam o espírito que não reconhece da sua alma Desbotada a pele transmuda, ressecada e árdua, se solta em escamas esverdecidas e engrunhadas Espinhos de bocaiuveira, fino e agudo, chamam à realidade, não me encontro Procuro o meu eu sem senso, dos pensamentos, livres e descompassados Como se a tarde, presa no quintal, tentasse escapar da noiteSem outro destino a não ser conviver entre sacis, currupira e mula sem cabeça até o nascer do sol que surge embruscado E o quintal amanhece vazio, nem pio do sabia-laranja, nem os três passos do pardal trambiqueiro Como a uma página em branco a qual não sei se interpreto como paz em potencial ou falta de sentimento Um mudo e medonho agir que se aprisiona entres sabores e goles gelados O olhar murcho murcha a rosa que sem olência enfeita o canto sinistro da pratileira Um trem com único destino que vaievem no trilho enferrujado sem fumaça e nem apitos Um incesto fraternal Badalos em sinos de vidro que se espatifalham em gotas salgadas E formam gélidos cinzentos lagos Isso não sou eu Isto não estou eu Nisso não me transformei eu Aquilo sem forma estou isto, Nisto que não sou eu. BiaScaff BiaScaff

Profusões Sabe, o conhecer virtual me fascina, a gente sente a essência antes da carne Corremos o risco da desilusão Imaginamos o ser completo Pode se tratar de ctl c- ctl v Mas pode ser real A máscara pode cair Ou pode não existir Esse dúbio sentimento Aguça o paladar Explora a imaginação Taquicardia os sentidos Revira o ser interior É um Sonho de Valsa Que não sabemos se esta com bolorMas cujo gosto sentimos na ponta da língua E quando desembrulhado, lentamente Aguardamos as mais belas revelações Será que estamos com bolor? Será que seremos, nós, uma desilusão? Traduzirmos, nós, o mais completo encaixe entre o esperado e o encontrado? Isto é vida... Que a todo instante nos convida A abrir um bombom Bom da imagem e ação Bom do olfato dourado Bombom do descortinar agridoce Despertar da inspiração Que em rimas e poemas Segue a interrogação eterna Profundas interrogações poéticas Eternamente, eternas. BiaScaff

INQUIETUDE DA SOLIDÃO Gosto do cheiro com impressão digital Da arte em papel crepom traçadas pelo pincel da ousadia Aqui, escrevo, eu e o tempo, e a arte de poder ser vadia Inspiração da solidão que vaga em bandos rojões Algazarra de brilhantes sons preto e branco em lampejos e clarões Travessia do lago sob as brumas do frenesi e sobre pedras do amolar Liberdade da opção diluída na madrugada tardia de mim Sol frio no cerrado chuvosa da noite seca do verão cuiabano Da gargalhada desdentada da vaidade azulada sem caráterDa proza gesticulada do andarilho com a sua bota alta se gabando: eu sou paquita Da família que abandona para viver o que não se quer sentir Opacos sentimentos desnaturados regados com cheddar e hortelã BiaScaff

Não duvidas do que não dominas BiaScaff

Pensei em desistir, Mas você me estendeu a mãoE fez minhas lágrimas secarem E o sal virou meu cajado BiaScaff


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