Important Announcement
PubHTML5 Scheduled Server Maintenance on (GMT) Sunday, June 26th, 2:00 am - 8:00 am.
PubHTML5 site will be inoperative during the times indicated!

Home Explore POESIAS BIA SCAFF

POESIAS BIA SCAFF

Published by beascaff, 2018-01-18 05:43:37

Description: POESIAS BIA SCAFF

Search

Read the Text Version

Poesias BiaScaff

Vem Pra Mata Filho Vem pra mata filho Sua missão é girar Vem pra mata filho Vem pra mata filho Vem ouvir o sabiá Vem ouvir o sabiá Vem pra mata filho Seu caboclo está lá Caboclo Tupinambá é certeiro Ele vem pra trabalhar Planta o pé na clareira Os sábias marcam o ponto Tupinambá a iluminar Pro caboclo se firmar Enverga mas não quebra Seu caboclo endireitará Vem pra mata filho Seu caboclo quer trabalhar Vem pra mata filho Vem pra mata guerreiro Com seu arco e flecha És caboclo Tupinambá Vem trabalhar na gira Seu caboclo é flecheiro Vem pra mata filho Seu caboclo quer trabalhar Nesta clareira de Oxóssi Oxóssi guerreiro Sarava Tupinambá Ele vai te guiarNesta clareira és caçador Vem para mata filhoSeu caboclo vem trabalhar Vem ouvir o sabia Salve caboclo flecheiro Salve caboclo Tupinambá! Bia Scaff

Continua... Hoje, com boca amarga Mas com uma sensação de que contribuímos para mudar o rumo da história Guardei as últimas coisas numa caixa de papelão Deixei, como todo dia, a sala arrumada A gaveta com as canetas perfiladas Uma mensagem Dei a última volta na fechadura Saí a passos lentos Peito estufado Cabeça erguida E o coração em frangalhos E uma pergunta na alma: Missão cumprida...? Mas, se todo dia há uma missão, Logo, missão apenas de hoje cumprida. Me despeço com gratidão Sei que a contribuição foi mínima, Mas saibam que foi com toda garra, luta, esperança. Um toque de inovação Será que levei pouco de aveludamento? Que sensação ambígua. Uma passagem pela qual nos leva ao crescimento. Entre os erros e acertos vivenciei seres humanos que nos ensina e nos transcende. Talvez a isso dê o nome de evolução. Evolução do espírito e da alma. Peço desculpas por esse meu lado humano. Não se negocia. Logo erramos. Logo evoluímos. Mas me deparei muito mais. Com o lado bom do ser humano. O lado de vocês. O outro meu lado. Acertamos. Nesta dualidade entre erros e acertos. Temos a concretude da presença de Deus Que nos faz enxergar e guiar nossas ações, Que por ter fé e amor, Assim seguem pelo rumo da paz. Que venha 2017! BiaScaff

Reencontrar uma amiga é abraçar a felicidade. BiaScaff

Olhar Azul DoPerdido Som Do Teu Finito BiaScaff

Tinha muita gente lá Mas era só eu E um par de olhos Desconhecidos Tinha um estranho lá Mas estava apenas eu E minha insegurança Velhos amigos Tinha um brilho no ar Mas eu nem me via E o estranho ouviu A insegurança Tinha passos aproximando Mas eu já não estava lá E o silêncio ficou mudo E o brilho se apagouRestaram apenas dois estranhos. BiaScaff

Salve! Às vezes fico sem palavras Sem expressão no rostoParece que meus músculos me abandonaram Meus sentidos congelaram por segundos E de repente uma calmaria me abraça E assim ficam: ela e eu Quase que mumificados, puro êxtase E assim a esperança chega E assim a paz involucra E assim me encontro comigo E o sorriso mais lindo, me oferto E assim estou em harmonia A satisfação toma forma de mim E assim estou de um círculo de renovação e perseverança Por hoje, eu e eu mesmo estamos na mesma sinergia Amanha... Áh o amanhã! hão novas histórias e vida. BiaScaff

Lá vivemos nósSenti que voltei no tempoDe repente...Cheiro de infânciaSabor de saudadesLá estávamos nósNum quintal mágicoFazendo quituteContando histórias.Falando de fé e de esperançaLá estávamos nós e o SenhorLá estávamos, nós e a amizadeNo ritmo da batida do coraçãoLá estávamos nós, a amizade, nossa família e o SenhorFazendo parte do tempoLá estávamos nós marcando na história um momento de felicidade.Lá estivemos nós.BiaScaff

Saudável noite Explosão de sabores Energias furta-cor Acalanto da saudadeFortificação de amizades BiaScaff

Cabe a ti retirar o espinho da tua rosa, ou estancar o sangue da vida, com o coração que lambe e o sal que goteja, confie. BiaScaff

Tudo Bem!Às vezes achamos que já aprendemos de tudo, até entendermos que estamos \"aprendendo de umtudo\";Às vezes achamos que sabemos ouvir, até entendermos a nos ouvir;Às vezes achamos que falar do próximo é mais fácil, até entendermos a falar de nós mesmo;Às vezes achamos que estamos excluídos, até entendermos que temos que nos incluir;Às vezes achamos que nossas diretrizes são só nossas, até entendermos que são nossas e flexíveis;As vezes achamos que nossos valores estão ultrapassados, até entendermos que eles são atuais;As vezes achamos que nossas necessidades são urgentes, até entendermos que podem serpostergadas;As vezes achamos que devemos seguir vários caminhos, até entendermos seguir um de cada vez;As vezes achamos que já temos amigos suficientes, até entendermos que novos amigosrejuvenesce;As vezes achamos que está \"tudo bem\", até entendermos que está ‘tudo bem’!E que está 'tudo bem' mesmo, pois passamos a aprender mais, a nos ouvir, a falar de nós mesmo, anos incluir, a respeitar nossos valores, a domar nossas necessidades, a ter foco na nossacaminhada, a aceitar novos amigos e a ter a humildade de estar sempre em construção da nossaPaz interior.E... que está TUDO BEM, né! BiaScaff

FloressenciaCom sotaque piauiense e um sorriso que abraça,Flor conquistou o coração dos cuiabanos e nestes deixará saudades.Abriu as portas para sua vida e as compartilhou conosco.Amigo da nossa família, irmão de Tio Ivens de farra, de coração e de fé.Vivenciamos, juntos, 'de um tudo' nesta Jornada.Florencio compartilhava nos seus post's mensagens de orgulho, de amizade, de sapiência, decuidado, de resignação, de família e de fé.2017, 04 de novembro, uma notícia ensurdecedora abre um vácuo no tempoe fixa o espaço que jamais será preenchido porque Florencio é único.Agradeço a Deus por ter permitido conhecer nosso Flor na sua Essência.Eterna gratidão Florencio Beserra.Aos familiares e amigos muita força e fé.BiaScaff

uero um por do sol úmidoÁgua morna pra banharMata fechadaVerde musgoNeblinaLusco-fuscoQuero teu olhar no meio da mataMe vestir dos teus olhosE girarSaias rodadasE girarSaias azuis-violetaQuero me transformarSeiva de jatobáEscorrer pelas ranhurasLentamentePelo doce e amargo da vida noturnaAté misturar com a terraQuero respirar o alvorecer dos esquecidosO toque dos que desejamA sapiência dos que não tem pressaO sorriso efêmero dos que consolamQuero ser a brisa da esperançaLambendo tua loucura em preto e branco.BiaScaff

Está chovendo Do céu da minha boca Desejo de sentir na língua O cheiro da infância E estalar pelos lábiosO som da sombra da pitombeira. BiaScaff

A solidão e o desconhecidosão as duas faces da mesma coisaO aroma que vem dos quiosquese o sabor do trigo líquidodiluem o medoA euforia pelo seu eu, conduz,a lugares ignotos cheio de luze lugares conhecidos e sombriosOlhares densoscaptam os movimentos.E do meio de vós,sem voz,sem rosto,sem nome,tornas-te invisível.És livre, então, ou não. BisScaff

Bom...Descansar é um tempoPara o corpoE maus tempo para a almaE o espírito.BiaScaff

A magia do minuto está na lembrança. BiaScaff

Comparô, fudeu! BiaScaff

Um dia, Assim, normal. Uma solicitação de amizade. Sabe, aceito todas. Quem sou eu para negar uma solicitação? É um absurdo. Sem inseguranças. Há pessoas, lindas, mascaradas no ato de solicitar. Mas há cínicos. Sexuais pervertidos. Mentiroso. Hipócritas. Esses, na segunda frase (lógico que com erro de concordância verbal, verbo nominal, ortográfico. ..) temos opção de bloquear. Mas, aprendi com minha avó de que nunca se dá uma 'tabua' no outro.Para vocês, abaixo dos 30, tábua era o ato de negar o convite do sexo oposto (neste tempo - masculino) para dançar ao som de Ray Conniff (abaixo dos30?... nos poupe) e assim, se ousado, de rosto colado, uma música de salão.Olhares cuidadoristicos... Pai. Mãe. Tio. Vizinho.... inimigo (?... acho que não percebo) Na intranet? Desproteção. Lançada neste mundo paralelo de ilusões e desilusões. Mas. Assim como no deserto há oásis. Na Internet também hão. No meio do nada. E do nada mesmo pois nem físico há. Deparamos com um ser. Que compartilha mesmas ideias Que úteis poesias.Que fala de Fernando Pessoa como se fosse seu vizinho do lado, que trocam xícaras de açúcar. Assim. Simplesmente assim. Neste universo paralelo Paralelamente puxamos para a terra - ambos- para o que resolvi chamar de desvirtualidade. O dia do encontro, ainda não sei. Mas conjugou o verbo no particípio passado ou no particípio presente, seja longo ou curto o resultado converge num sentido: Eu já tinha entregado a alma antes de entregar o corpo e o espirito. Bia Scaff

O desespero do turistaÉ comer a cidade pelos pésMas no final do dia, arde.Arte.BiaScaff

Na rua do Caracol da Graça, Toda graça se desencaracola,E na sacola retornam emoções. BiaScaff

AmanhãQuero amanhecer em mim Apenas Pele e Alma. BiaScaff

Março Aos 16 dias Do Ano 2017 Achei que acordas aos cinquenta Algo mudaria Eita...Fui escovar meus próprios dentes. BiaScaff

Pelas letras vivas Que saltam da menteMe permito estar outro Ser outro BiaScaff

VENTOSA DA ALMA Como se uma ventosa Sugasse meu espírito, Vazio e total solidão, Sentimentos em colapso Inação do olhar abrasado Desfocados movimentos Lentidão Pelo cinzeiro gastoEscorre as cores dos sorrisos largos Odor da dor do retrato queimado Espalham em opostos picumãs E na mesa de madeira Recostado cotovelos apoiam A apática figura totêmica Como se feita de durepox Cinzenta, seca, áspera Profunda fenda rasga A crosta vermelha Que ainda pulsa: tum tum Bem do fundo Uma gota se forma Um espectro de vida Lateja e purga Por um ponto de cor violeta. BiaScaf

E a gente é assim...Não tem compromisso e nem descompromisso... Nem certeza e nem incerteza... Somos sol e lua... independentes... Mas... Dependentes de fiéis pedacinhos do tempo...Esperançosos pela breve e intensa coexistência... Que venha, Oh Eclipse! BiaScaff

Engoli em seco, Silenciei-me. A notícia chega como Lâmina fria Rasga o peito E pelo chão as lembranças Em meio ao sal e clave de solSe espalham: um vazio invade. Momentos lindos Em tons e sons Presidente... Que o Nosso Presidente Nos proporcionaste. Gratidão Monarca. Reservaste a última estrofe num dueto com Luiz Melodia? Tom aveludado Gestos caracteristicos Olhar de maestro: e as platinelhas o seguiam cadenciadamente. Salve Presidente. Nosso Presidente. Vivas ao Monarca Que na cadência do samba, Partiste.Deixando um rastro de amigos Lembranças e saudades. Salve Monarca Elizeu. BiaScaff ������

quero meu mundo cor de cetim com gosto de algodão doce BiaScaff

Talvez na poesia,Eu, abstratamente, Te concretize. BiaScaff

Eu me coloquei nas mãos de Deus Mas nas minhas também, Eu me possuo em Deus. BiaScaff

Meu lado invisível me persegue Vejo-o na gota da chuva de outono Uma imagem que a persigo É suave É frágil É úmida Cadê você meu eu Te vejo dando cargalhada Dentro da gota de outono Acompanho você meu eu invisivelAté se desfazer no paralelepípedo roseado Vejo o bico do meu calçado Molhado Caminho comigo novamente Calada Áspera Gélida Vejo o bico do meu calçado Nos retalhos da gota de outono Vejo o bico do meu calçado. BiaScaff

Cheguei em casa exaustaMe resta o pijama furadinho BiaScaff

Meus olhos procuraram, Num bom pedaço da noite, Por dois olhos conhecidos. Esperançosos, dormiram.Segunda eles os encontrarão. BiaScaff

Em elaboração.... Na menor gota d'agua me vejo a náufragos. No afeto que emana dos teus gestos, desvio. Da incompreensão do meu vazio Rodopio na minha inércia Tu recrias a partitura dos meus desvarios com uma dose de esperança Do som do salto alto, no escuro da madrugada, funde ao piso de taco a solidão A insistência da tua doçura transcende a distância que imprimo no meu futuro E, cansado, no teu desespero,O pulsar do coração luta pelo retorno dos dias de outono. BiaScaff

De vez em quandonos deparamos com ácidas atitudes de descompaixão de tão vis nos deixam paralisados apenas uma lágrima desce lentamente enquanto os neurônios se fantasiam de Bombril E naquele emaranhado nada se encaixa Apenas o tempo Apenas o tempo poderá reconstruir o caminho mordiscando pela crueldade humana .... BiaScaff

Assim iniciou... Nos encontramos num sábado, e Tu, presenciaste o meu avesso Domingo nos permitimos ser super heróis em 3 D Ontem te vi o melhor companheiro: um lorde. E a gente continua num formato de relacionamento ameno, diferente Você Bb, Tem gosto. Gosto de fruta madura A qual respeito pelo tempo da primeira mordida não tenho presa Respeito o tempo Sem pressa Degustar de vagar Primeiro observa Sente a forma A olênciaDesliza o nariz pela superfície os olhos de fecham novamente com esse perfume inebriante E assim os dedos se entrelaçam E os lábios se tocam suavemente Sem presa Mas com desejo Mas sem presa Cada dia um dia de conquista De prazer Tem o gosto da fruta madura Sem pressa Primeiro observa Sente a forma A olênciaDesliza o nariz pela superfície os olhos de fecham novamente com esse perfume inebriante E assim os dedos se entrelaçam E os lábios se tocam suavemente Sem presa Mas com desejo Mas sem presa Cada dia um dia de conquista De prazer BiaScaff

Estou de paquerinhaUm ser totalmente diferenteDe fala mansaAndar lentoO extremo do meu ser.Vou te apresentar, se vingar.Vamos ver o sol nascer,Tomara que não esteja nublado.BiaScaff

Hoje, o desejo dos desejos insólitos,purga na pele fracaSe diz assim, então ...Se faz assim, pois não ...Mas não se entende,da vadiagem muda e pálida,do que deveria ter cor.Descrição de quem observa,ou de quem foge nas reticências inventadas?A dúvida,se perde no movimento das ocas entrelinhas,Ela se contrapõe e desabrochana aurora carnívora e douradados seus ancestrais.Dura e fria pureza inescrupulosa,aspira por vida morta e se recria em ações sem sombra,de um dia nascido pelas frestas da suja persiana de zinco.Semblante de anteontem,atitudes angustiantes,amassa a testa no travesseiro oleoso e, se desliga,numa textura enferrujada corta-te o teu verde cordão umbilical.E o mundo,como um balão de gás,se dissolve no infinitodo teu limitado horizonte e,assim,jaz uma pedraque não aprendeu a rolar.BiaScaff

Então lave Lave-se Se lave Leve LaveSe leve, lave Me lave Leve Se leve, Me lave Leve. BiaScaff

Nisso de mim, não sou eu. Morro de saudades de mim, me procuro entre as minhas atitudes, e encontro com um estranho. Busco aquele sorriso largo, leve, espontâneo, E encontro com uma gargalhada muda, sem graça.Como se uma camisa de força blindasse os sentimentos, cá estou. As cores foscas abotoam o espírito, que desbota minha alma. A pele transmuda, ressecada, engrunhada, se solta, árdua, em escamas esverdecidas. Parei aqui: reescrevendo este poema Espinhos de bocaiuveira, fino e agudo, chamam à realidade, não me encontro Procuro o meu eu sem senso, dos pensamentos, livres e descompassados Como se a tarde, presa no quintal, tentasse escapar da noiteSem outro destino a não ser conviver entre sacis, currupira e mula sem cabeça até o nascer do sol que surge embruscadoE o quintal amanhece vazio, nem pio do sabia-laranja, nem os três passos do pardal trambiqueiro Como a uma página em branco a qual não sei se interpreto como paz em potencial ou falta de SentimentoUm mudo e medonho agir que se aprisiona entres sabores e goles gelados O olhar murcho, murcha a rosa que sem olência enfeita o canto sinistro da prateleira Um trem com único destino que vaivém no trilho enferrujado sem fumaça e nem apitos Um incesto fraternal Badalos em sinos de vidro que se espatifaram em gotas salgadas E formam gélidos cinzentos lagos Isso não sou eu Isto não estou eu Nisso não me transformei eu Aquilo sem forma estou isto, Nisto que não sou eu. BiaScaff

Nossa conversa, hoje,Uma colcha de retalhos, furados, os quais amenizamos ao sizirmos com flores de chita. BiaScaff

Nos corredores ecoam o silêncio das paredes mudas Os corpos, mortificados em frente das telas frias, desenclausuram-se em pontos e vírgulas, E assim no esconde-esconde dos afetos, germina o individualismo e o incrédulo. BiaScaff

Pelos meus olhos entram a dor e as trevas, se eu permitir. Mas, desde o dia em que você nasceu, Dos teus olhos ecoam a luz que cura a minha alma. BiaScaff

GRÃO A GRÃOTirei uns dias para ficar comigo, alias, conosco (eu e eu mesma)Mas tem horas nos estranhamos, uma dissintonia angustianteA sensação de que precisamos nos drogar para nos encontrarmosA experiência do espírito acostuma embaralhar as faculdades da almaA carne, contudo, apenas vegetaUm constante estado de arrependimentoUm querer escondido e preso nas raízes do poder da parábolaA alma e o espírito bifurcam frágeis, raquíticos e embrionáriosA essência embebecida de vaidadesSe perde na luxúria infinita da outra imagem refletidaUma imagem desconhecia, insólita, descabida, furtacor.E o medo se concretiza nas ações bivalentes e incrédulasNos tornamos então: medo, razão, sensibilidadeEspreitados na ampulheta do tempoE, cada grão de areia, conflui da somatória das experiênciasAté que o próprio tempo, sem ângulo, a inverteE o corpo, que se entendia compacto, transmudaE se dissolve: grão a grão,Grão a grão.Em um espetáculo de incertezas e renúnciasNum vício insano da regeneração. BiaScaff

Tem uma parte de mim que me faz insana em letras, uivos e fadigas. BiaScaff

Então, que eu esteja mais insana sempre. BiaScaff

Saudades de tocar Sumi da música Mas ela não me abandonou Ela insiste na nossa relação Eu a abandono Zango com ela Desdenho Mas ela não leva a sério Ela não guarda rancor Sempre me perdoa E de partituras abertas Me afaga com seus carinhosMe abraça com suas semínimasMe enche de beijos em staccato E assim, em si bemol diz: Vem Vem pro samba Vem Bia do Pandeiro Que você merece ser feliz Vem respirar. BiaScaff

Samba O que é o samba? Mais do que um gênero Mais do que um estilo É um movimento É uma forma de ver o mundo É um jeito de encarar a vida É o doce e o sal É equilíbrioPeço licença para o Pulsidôneo e Rufo o seu couro Harmonia Vida Viva Luz Alm. Amor Som Tom Dom Fé BiaScaff

O que daria para minha alma Se ao coração neguei-lhe paixões Se à emoção despedacei-a com ilusõesSe à alegria cobri com o manto da frigidez O que daria para a minha alma? Apenas o tempo. BiaScaff

CABRIOLAS EMPOEIRADASOra protagonista, ora coadjuvante, ora espectador de tua própria cenaBlasfemas teu enredo impuro e contrasensídico (existe essa palavra?) Vives na corrupção do avesso e desnaturas de ti. Gesticulas teu abstrato sob maquiagens e vestes furta-cor. Tua essência, de berço, jaz na carne e, os minutos na eternidade. Covardia, em sorrisos e lágrimas, embrulhada em papel de seda. Do brado empoeirado, tua pipa se faz cabriolas. BiaScaff.


Like this book? You can publish your book online for free in a few minutes!
Create your own flipbook