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Telaris 7 ano geografia

Published by Artur Mineboy, 2023-01-03 19:48:37

Description: PNLD2020_Telaris_Geografia_7ano_PR

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["Os grupos \u00e9tnicos derivados Jo\u00e3o Prudente\/Pulsar Imagens Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas dos brancos e asi\u00e1ticos Apresenta\u00e7\u00e3o de dan\u00e7a Verifique se os alunos reco- Os brancos que participaram da forma\u00e7\u00e3o t\u00edpica portuguesa no XIX nhecem a influ\u00eancia de diver- \u00e9tnica do Brasil pertencem a v\u00e1rios grupos, Festival de Cultura Paulista sas popula\u00e7\u00f5es europeias em sobretudo os de origem europeia. Durante a Tradicional no munic\u00edpio de diferentes regi\u00f5es do Brasil. \u00c9 \u00e9poca colonial, os portugueses predominaram, Valinhos (SP), em 2015. importante que eles percebam mas n\u00e3o foram os \u00fanicos: que a influ\u00eancia europeia na po- pula\u00e7\u00e3o brasileira ocorreu de for- \u2022 de 1580 a 1640, durante a chamada mas diferentes, em momentos distintos e em lugares variados, Uni\u00e3o Ib\u00e9rica (per\u00edodo em que Portugal e que cada grupo imigrante teve ficou sob o dom\u00ednio da Espanha), vie- um meio e um contexto diferente ram para o Brasil muitos espanh\u00f3is; para a vinda ao Brasil. Alguns vie- ram em condi\u00e7\u00f5es melhores do \u2022 de 1630 a 1654, durante a ocupa\u00e7\u00e3o que outros. Muitos sa\u00edram de si- tua\u00e7\u00f5es de maior vulnerabilidade holandesa no Nordeste, vieram os fla- e, de modo geral, todos esses mengos ou holandeses, que aqui per- grupos vieram para sa\u00edrem de si- maneceram mesmo ap\u00f3s os portugue- tua\u00e7\u00f5es de pobreza, em busca de ses retomarem a \u00e1rea; trabalho e meios materiais para se estabelecer. O conte\u00fado mo- \u2022 nos s\u00e9culos XVI e XVII, aportaram franceses, ingleses e italianos. biliza as habilidades EF07GE02 e EF07GE04. Durante o per\u00edodo de 1500 a 1822, contudo, os portugueses eram maioria. Ap\u00f3s a Independ\u00eancia, ocorreu nova entrada maci\u00e7a de brancos, principalmente no per\u00edodo de Atividade complementar 1850 at\u00e9 1934. Ap\u00f3s 1934, a imigra\u00e7\u00e3o para o Brasil diminuiu sensivelmente, de modo que chegou a ser irrelevante para o incremento populacional do pa\u00eds. Observe os princi- Proponha aos alunos um tra- pais grupos de imigrantes brancos no Brasil. balho de pesquisa sobre algumas das principais popula\u00e7\u00f5es que Portugueses \u2013 No conjunto dos europeus, os portugueses constituem o grupo imigraram para o Brasil (portu- mais numeroso na forma\u00e7\u00e3o \u00e9tnica do Brasil, provenientes de v\u00e1rias prov\u00edncias de gueses, africanos, espanh\u00f3is, s\u00ed- Portugal e tamb\u00e9m das ilhas dos A\u00e7ores e da Madeira. No decorrer da coloniza\u00e7\u00e3o do rio-libaneses, italianos, alem\u00e3es, pa\u00eds, misturaram-se com ind\u00edgenas e negros e espalharam-se por todo o territ\u00f3rio eslavos, japoneses e outros po- nacional. H\u00e1 grandes concentra\u00e7\u00f5es de imigrantes portugueses e seus descendentes vos asi\u00e1ticos). Essa atividade em alguns centros urbanos, como Rio de Janeiro e S\u00e3o Paulo. poder\u00e1 ser realizada em grupos pequenos, de modo a estimular Italianos \u2013 Depois dos portugueses, formam o grupo branco mais numeroso que o desenvolvimento da CGEB9. entrou no Brasil. Dirigiram-se principalmente para S\u00e3o Paulo, Rio Grande do Sul (Bento Gon\u00e7alves, Garibaldi, Caxias do Sul), Santa Catarina (Nova Trento, Nova Veneza), Paran\u00e1, Solicite aos alunos que bus- Par\u00e1 e Rio de Janeiro. quem informa\u00e7\u00f5es sobre o con- texto hist\u00f3rico das migra\u00e7\u00f5es, Espanh\u00f3is \u2013 Representam o terceiro grupo mais numeroso. Fixaram-se sobre- bem como os locais onde os imi- tudo em S\u00e3o Paulo e, em menor propor\u00e7\u00e3o, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no grantes se estabeleceram. Em Rio Grande do Sul. seguida, pe\u00e7a que verifiquem em que condi\u00e7\u00f5es esses imigrantes Outros grupos \u2013 Outros grupos de brancos de origem europeia que se destacam chegaram ao Brasil e que ativi- na composi\u00e7\u00e3o \u00e9tnica da popula\u00e7\u00e3o brasileira s\u00e3o: dades exerceram aqui. Desse modo, os alunos ser\u00e3o estimu- \u2022 Alem\u00e3es \u2013 Radicados principalmente em Santa Catarina (Blumenau, Joinville) lados a desenvolver a CGEB1, a CECHEF5 e a CEGEF5. e no Rio Grande do Sul (S\u00e3o Leopoldo, Novo Hamburgo). Os trabalhos poder\u00e3o ser apre- \u2022 Eslavos (poloneses, russos e ucranianos, principalmente) \u2013 Fixaram-se nota- sentados por meio de recursos digitais, de modo a estimular damente no Paran\u00e1 (Curitiba, Ponta Grossa). o desenvolvimento da CGEB5. \u2022 Holandeses \u2013 Constitu\u00edram um grupo bem menor que os anteriores e se des- tacaram pela atividade agr\u00edcola em alguns munic\u00edpios de S\u00e3o Paulo, do Paran\u00e1 e do Rio Grande do Sul. Popula\u00e7\u00e3o brasileira \u2022 CAP\u00cdTULO 3 67 67MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Quanto \u00e0s etnias de origem asi\u00e1tica, as mais importantes para o Brasil s\u00e3o: Historic Collection\/Alamy\/Fotoarena S\u00edrios e libaneses \u2013 Falam o \u00e1rabe e dedicam-se sobretudo ao com\u00e9rcio; em sua Comente que a col\u00f4nia japo- maioria s\u00e3o crist\u00e3os, embora tenham vindo tamb\u00e9m muitos mu\u00e7ulmanos. Os primeiros nesa no Brasil \u00e9 uma das maio- fluxos migrat\u00f3rios desses povos ocorreram entre o final do s\u00e9culo XIX e o in\u00edcio do XX, res do mundo, com cerca de 1,5 e os primeiros s\u00edrios e libaneses que chegavam ao territ\u00f3rio brasileiro buscavam me- milh\u00e3o de descendentes e uma lhores oportunidades de vida. Muitos desses imigrantes acreditavam que desembar- hist\u00f3ria de imigra\u00e7\u00e3o que com- cariam nos Estados Unidos; no entanto, ao chegarem ao continente americano, de- pletou 110 anos em 2018. sembarcavam no porto de Santos, cidade litor\u00e2nea do estado de S\u00e3o Paulo. Entre 1871 e 1947, entraram no Brasil, oficialmente, 79 509 s\u00edrios e libaneses, que se dirigiram para Texto e a\u00e7\u00e3o S\u00e3o Paulo, Rio de Janeiro e Amaz\u00f4nia. Japoneses \u2013 Classificados nas estat\u00edsticas como \u201camarelos\u201d, foram, em termos Atividade 1: Portugueses se num\u00e9ricos, os imigrantes do Extremo Oriente mais importantes para a popula\u00e7\u00e3o espalharam pelo pa\u00eds; italianos brasileira, embora nas \u00faltimas d\u00e9cadas tenha predominado a imigra\u00e7\u00e3o de coreanos imigraram principalmente para e chineses. Radicaram-se principalmente em S\u00e3o Paulo (na capital e nas cidades de S\u00e3o Paulo, Rio Grande do Sul e Mar\u00edlia, Tup\u00e3 e Assis, e no Vale do Ribeira, onde se dedicaram sobretudo ao cultivo do Santa Catarina; espanh\u00f3is para ch\u00e1), no Paran\u00e1 (Londrina, Maring\u00e1), em Mato Grosso, no Par\u00e1 (regi\u00e3o de Bragan\u00e7a, Minas Gerais, Rio de Janeiro e S\u00e3o inicialmente cultivando pimenta-do-reino) e no Amazonas (pr\u00f3ximo a Manaus, culti- Paulo; alem\u00e3es para Santa Cata- vando inicialmente juta e arroz). rina e Rio Grande do Sul; eslavos para o Paran\u00e1; japoneses para Para saber mais S\u00e3o Paulo, Paran\u00e1, Mato Grosso e Par\u00e1; s\u00edrios e libaneses espa- Imigra\u00e7\u00e3o nos s\u00e9culos XIX e XX lharam-se bastante pelo pa\u00eds; e holandeses fixaram-se em S\u00e3o De maneira geral, o que explica a chegada de imigrantes estrangeiros ao Brasil \u00e9 a quest\u00e3o econ\u00f4mica tanto aqui Paulo, Paran\u00e1 e Rio Grande do Sul. como no local de origem dos imigrantes. As condi\u00e7\u00f5es de vida eram dif\u00edceis em alguns pa\u00edses da Europa, do Oriente M\u00e9dio e da \u00c1sia em fins do s\u00e9culo XIX e in\u00edcio do s\u00e9culo XX. Aqui havia a expans\u00e3o da lavoura cafeeira na regi\u00e3o Sudeste, Essa atividade possibilita que que se tornou a principal atividade econ\u00f4mica os alunos observem claramen- do pa\u00eds e necessitava de mais trabalhadores. te a abrang\u00eancia da ocupa\u00e7\u00e3o Os propriet\u00e1rios das fazendas de caf\u00e9, princi- imigrante no territ\u00f3rio brasilei- palmente no Estado de S\u00e3o Paulo, estavam ro atual. Se julgar interessante, interessados na m\u00e3o de obra do imigrante por- apresente aos alunos imagens que a escravid\u00e3o j\u00e1 estava em vias de acabar de constru\u00e7\u00f5es realizadas em desde 1850 e buscavam-se alternativas ao munic\u00edpios de intensa ocupa- trabalho cativo. Com esse objetivo, houve in- \u00e7\u00e3o imigrante, como S\u00e3o Paulo, tensa propaganda na Europa e no Jap\u00e3o com a Olinda e Curitiba. finalidade de atrair m\u00e3o de obra para a lavoura cafeeira brasileira. Atividade 2: Resposta pes- soal. Verifique se h\u00e1 alunos com Em 18 de junho de 1908, o navio Kasato ascend\u00eancia de algum dos gru- Maru (foto) atracou no porto de Santos (SP), pos citados, ou de um grupo imi- trazendo a primeira leva de imigrantes japoneses grante diferente. Pe\u00e7a a eles que indiquem o grau de parentesco que desembarcou no Brasil. em rela\u00e7\u00e3o aos imigrantes (pais, av\u00f3s, bisav\u00f3s) e procurem saber Texto e a\u00e7\u00e3o o que motivou a fam\u00edlia a vir para o Brasil, quando isso ocorreu e 1 Em que estados brasileiros se fixaram os grupos de imigrantes? como foi essa experi\u00eancia. 2 Na sua fam\u00edlia, h\u00e1 ascend\u00eancia de algum grupo que imigrou para o Brasil? Qual? Voc\u00ea sabe por que seus antepassados vieram para o pa\u00eds? Compartilhe com os colegas. 68 UNIDADE 1 \u00a5 Brasil: territ\u00f3rio e sociedade 68 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","3. b) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno responda que a expectativa dos imigrantes ao deixar sua terra natal era encontrar Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas trabalho no pa\u00eds distante (\u201cAqui sou povo sofrido \/ l\u00e1 eu serei fazendeiro \/ terei gado, terei sol\u201d), um lugar com muito sol, mar, natureza (\u201co mar de l\u00e1 \u00e9 t\u00e3o lindo \/ natureza generosa\u201d), onde \u201cO frio n\u00e3o \u00e9 muito frio \/ nem o calor muito quente\u201d. Enfim, a terra dos sonhos. Se poss\u00edvel, apresente aos alunos uma grava\u00e7\u00e3o da can\u00e7\u00e3o. CONEX\u00cdES COM HIST\u00d3RIA E L\u00cdNGUA PORTUGUESA Atividade 1: Comente com os H\u00e1 muitos poemas e can\u00e7\u00f5es que falam sobre os sonhos de pessoas que deixaram seus pa\u00edses de origem e vieram alunos que as viagens dos imi- para o Brasil em busca de uma vida melhor. Leia a letra de uma can\u00e7\u00e3o: grantes em dire\u00e7\u00e3o ao Brasil po- diam levar mais de um m\u00eas. Eles Sonho imigrante deixavam seus pa\u00edses e embar- cavam em navios, muitas vezes A terra do sonho \u00e9 distante Minha It\u00e1lia,Alemanha Aqui sou povo sofrido O frio n\u00e3o \u00e9 muito frio para nunca mais voltar \u00e0s suas terras de origem. e seu nome \u00e9 Brasil Minha Espanha, Portugal l\u00e1 eu serei fazendeiro nem o calor muito quente Atividade 2: Ao perceber que plantarei a minha vida talvez nunca mais eu veja terei gado, terei sol e falam que quem l\u00e1 vive todos os pa\u00edses da can\u00e7\u00e3o s\u00e3o do mesmo continente, \u00e9 poss\u00edvel debaixo de c\u00e9u anil. minha terra natal. o mar de l\u00e1 \u00e9 t\u00e3o lindo \u00e9 maravilha de gente. trabalhar o contexto hist\u00f3rico no qual essas migra\u00e7\u00f5es ocorreram. natureza generosa Com esse objetivo, proponha uma aula compartilhada com o profes- que faz nascer sem espinho sor de Hist\u00f3ria para contextuali- zar alguns dos acontecimentos o milagre da rosa. do per\u00edodo (fim do s\u00e9culo XIX e in\u00edcio do s\u00e9culo XX). NASCIMENTO, Milton; BRANT, Fernando. Sonho imigrante. Dispon\u00edvel em: <www.letras.mus.br\/milton-nascimento\/1590254\/>. Acesso em: 13 jun. 2018. Atividade 3, item a: Espera-se que os alunos identifiquem que Guilherme Gaensly\/Acervo Iconographia\/Reminisc\u00eancias os imigrantes possu\u00edam uma vi- da dif\u00edcil nos pa\u00edses de origem \u2013 Imigrantes italianos em onde eram \u201cpovo sofrido\u201d. colheita de caf\u00e9 em Araraquara (SP). Foto Atividade 3, item c: Comente de 1902. que muitos imigrantes vieram ao Brasil com a garantia de que 1 No caderno, liste o nome dos pa\u00edses de origem dos imigrantes citados na letra da can\u00e7\u00e3o. receberiam terras para viver e trabalhar. Por isso, alguns acre- 1. It\u00e1lia, Alemanha, Espanha e Portugal. ditavam que aqui poderiam se tornar fazendeiros. 2 Localize esses pa\u00edses no mapa-m\u00fandi. Escreva o nome do continente a que pertence cada pa\u00eds. 2. Todos s\u00e3o pa\u00edses da Europa. 3. a) Segundo o poema, seriam motivos: \u201cAqui sou povo sofrido \/ l\u00e1 eu serei fazendeiro \/ Atividade 3, item d: Comente que muitos imigrantes se adap- 3 Responda: terei gado, terei sol\u201d, \u201cO frio n\u00e3o \u00e9 muito frio \/ nem o calor muito quente \/ e falam que taram bem ao clima e ao solo das quem vive l\u00e1 \/ \u00e9 maravilha de gente\u201d. Os imigrantes julgavam que sua terra natal tinha regi\u00f5es mais frias do Brasil, so- bretudo no sul do pa\u00eds. caracter\u00edsticas sociais e f\u00edsicas que no novo pa\u00eds n\u00e3o seriam encontradas. Atividade 4: Oriente a pesquisa a) Segundo o poema, que motivos levaram os imigrantes a sair de seus pa\u00edses de origem? Como voc\u00ea chegou (em livros e na internet) e agen- de um dia para que os grupos apresentem os resultados e dis- cutam o tema com toda a classe. a essa conclus\u00e3o? b) Na sua opini\u00e3o, qual teria sido a expectativa dos imigrantes em rela\u00e7\u00e3o ao Brasil? c) Qual \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o que voc\u00ea estabelece entre \u201cAqui sou povo sofrido \/ l\u00e1 serei fazendeiro\u201d e o t\u00edtulo da can\u00e7\u00e3o? d) Na sua opini\u00e3o, qual dos elementos da natureza elencados na letra da can\u00e7\u00e3o teria provocado maior impac- to nos imigrantes que se estabeleceram no Brasil? 3. d) Resposta pessoal, mas a can\u00e7\u00e3o busca sugerir que foi o clima, ao dizer: \u201cO frio n\u00e3o \u00e9 muito frio \/ nem o calor muito quente\u201d. 4 Pesquise informa\u00e7\u00f5es sobre as condi\u00e7\u00f5es de vida dos imigrantes europeus quando chegaram ao Brasil. Eles tive- ram dificuldades para se adaptar ao ambiente, ao modo de vida e aos costumes do novo pa\u00eds? Quais e por qu\u00ea? 4. Resposta pessoal. 3. c) Resposta pessoal. Pelo t\u00edtulo e pelos versos, percebe-se que o sonho do imigrante era ter mais qualidade 69 de vida, conseguir um emprego melhor e, quem sabe, ter sua pr\u00f3pria terra, se tornar um fazendeiro. Popula\u00e7\u00e3o brasileira \u2022 CAP\u00cdTULO 3 69MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas ATIVIDADES regi\u00e3o. Nem todos os fazendeiros aceitam sair, mesmo diante de uma proposta de indeniza\u00e7\u00e3o pelos \u00f3rg\u00e3os do + A\u00e7\u00e3o + A\u00e7\u00e3o governo, gerando processos judiciais que atravessam muitos anos at\u00e9 serem conclu\u00eddos. [...] Atividade 1, item a: \u00c9 impor- 1 O territ\u00f3rio quilombola reflete diretamente a rela\u00e7\u00e3o tante, porque impede que elas que determinada comunidade tem com a terra; \u00e9 onde Fonte: FIORAVANTI, Carlos. Com os p\u00e9s fincados na hist\u00f3ria. sejam vendidas e que seus habi- se d\u00e3o as suas pr\u00e1ticas culturais e a manuten\u00e7\u00e3o de Revista Fapesp, ed. 232, jun. 2015. Dispon\u00edvel em: tantes tenham de migrar para as suas tradi\u00e7\u00f5es. As comunidades quilombolas se forma- cidades, como acontecia anterior- ram de v\u00e1rias formas: como consequ\u00eancia das fugas de <http:\/\/revistapesquisa.fapesp.br\/2015\/06\/16\/com-os-pes- mente. Ap\u00f3s a leitura dos textos, escravizados, que ocuparam terras livres e geralmente fincados-na-historia>. Acesso em: 15 abr. 2018. espera-se que os alunos tenham isoladas; por terras herdadas ou doadas; tamb\u00e9m pelo assimilado que, assim como os recebimento de terras como pagamento de servi\u00e7os Agora, fa\u00e7a o que se pede: povos ind\u00edgenas, os membros prestados ao Estado; ou ainda pela compra das terras das comunidades quilombolas ap\u00f3s o per\u00edodo da escravid\u00e3o. a) Por que \u00e9 importante que as terras das comunidades precisam ter as terras que ocu- quilombolas sejam demarcadas e que sua posse fi- pam garantidas para suas pr\u00e1ti- Observe o artigo 68 da Constitui\u00e7\u00e3o Federal do Brasil que para a comunidade? cas culturais e manuten\u00e7\u00e3o de de 1988 e leia o texto. suas tradi\u00e7\u00f5es. Essa atividade b) \u00c9 poss\u00edvel realocar as comunidades quilombolas em mobiliza a habilidade EF07GE03. Art. 68:Aos remanescentes das comunidades dos terras diferentes daquelas em que essas comunida- quilombos que estejam ocupando suas terras \u00e9 reco- des foram formadas? Por qu\u00ea? Atividade 1, item b: Espera- nhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado -se que o aluno perceba que as emitir-lhes os t\u00edtulos respectivos. c) Em 2003, para estabelecer os procedimentos claros comunidades quilombolas t\u00eam para regulariza\u00e7\u00e3o dos territ\u00f3rios quilombolas, foi uma rela\u00e7\u00e3o com a terra e que Fonte: BRASIL. Constitui\u00e7\u00e3o Federal de 1988. promulgado o Decreto n. 4887\/2003. Esse decreto neste espa\u00e7o \u00e9 reproduzido o Dispon\u00edvel em: <www.planalto.gov.br\/ccivil_03\/constituicao\/ tem sido questionado recorrentemente por outros seu modo de vida, resultado de setores da sociedade. Com base nessas informa\u00e7\u00f5es um conjunto de costumes e tradi- constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 9 jul. 2018. e em seus conhecimentos, aponte uma raz\u00e3o para a \u00e7\u00f5es seculares, dessa forma, ao tentativa de anula\u00e7\u00e3o desse decreto. realocar essas comunidades em Com os p\u00e9s fincados na hist\u00f3ria outras terras haveria uma ruptura 2 Leia a not\u00edcia: identit\u00e1ria dessas comunidades. [...] Com base em levantamentos hist\u00f3ricos e carto- Por conta disso, o reconhecimen- gr\u00e1ficos,os territ\u00f3rios quilombolas come\u00e7aram a ser re- Em todo o Brasil,a m\u00e3o de obra de crian\u00e7as e adoles- to da propriedade que ocupam conhecidos a partir de 1997, como primeiro passo para centes ainda \u00e9 explorada de forma indiscriminada. [...] \u00e9 garantido pela Constitui\u00e7\u00e3o. receber o t\u00edtulo de propriedade legal da terra. Em todo o pa\u00eds, cerca de 2 400 comunidades quilombolas j\u00e1 obti- O mapeamento da situa\u00e7\u00e3o do trabalho infantil mos- Atividade 1, item c: Em geral, veram o reconhecimento de terras, mas menos de 100 tra que o n\u00famero de trabalhadores precoces corres- \u00e1reas dos territ\u00f3rios quilombolas receberam o t\u00edtulo de propriedade.Agora a propriedade ponde a 5% da popula\u00e7\u00e3o que tem entre 5 e 17 anos no s\u00e3o ocupadas por pequenos ou da terra pertence \u00e0 associa\u00e7\u00e3o de moradores de cada Brasil. [...] grandes propriet\u00e1rios particula- bairro de quilombolas, para evitar que seja vendida e res, inclusive em \u00e1reas preser- seus donos tenham de migrar para as cidades, como Em 2015,ano da \u00faltima pesquisa do IBGE,quase 80 vadas da Mata Atl\u00e2ntica ou em antes. Segundo a Funda\u00e7\u00e3o Instituto deTerras do Esta- mil crian\u00e7as nessa faixa et\u00e1ria estavam trabalhando e, s\u00edtios arqueol\u00f3gicos. Apesar de do de S\u00e3o Paulo (Itesp), que apoia os agricultores na re- nas pr\u00f3ximas pesquisas, quando elas estiverem mais o governo lhes propor uma inde- gulariza\u00e7\u00e3o das propriedades e na melhoria dos plantios, velhas,podem promover o aumento do n\u00famero de ado- niza\u00e7\u00e3o, alguns se recusam a o bairro quilombola de Ivaporonduva, atualmente com lescentes que trabalham. Cerca de 60% delas vivem na sair. Disso resultam processos 94 fam\u00edlias, \u00e9 o \u00fanico doVale do Ribeira com todo o ter- \u00e1rea rural das regi\u00f5es Norte e Nordeste. [...] judiciais, que levam muito tem- rit\u00f3rio oficialmente registrado em nome da associa\u00e7\u00e3o po para serem conclu\u00eddos. Com de moradores. Em geral os territ\u00f3rios quilombolas in- Fonte: BRITO, Debora. Ag\u2022ncia Brasil, 12 jun. 2017. a implanta\u00e7\u00e3o do decreto, os pro- cluem \u00e1reas ocupadas por pequenos ou grandes pro- Dispon\u00edvel em: <http:\/\/agenciabrasil.ebc.com.br\/ cessos para regulamenta\u00e7\u00e3o dos priet\u00e1rios particulares, em meio a s\u00edtios arqueol\u00f3gicos, territ\u00f3rios quilombolas poderiam cascatas, cavernas e \u00e1reas preservadas de MataAtl\u00e2n- direitos-humanos\/noticia\/2017-06\/brasil-registra-aumento- se tornar mais r\u00e1pidos, o que reti- tica. Um territ\u00f3rio quilombola pr\u00f3ximo a Eldorado,reco- de-casos-de-trabalho-infantil-entre>. Acesso em: 24 maio 2018. raria outros propriet\u00e1rios dessas nhecido h\u00e1 poucos anos, abriga fazendas particulares terras, que por muitas vezes s\u00e3o produtoras de banana, uma das bases da economia da a) Quais s\u00e3o os problemas ou as consequ\u00eancias produtivas. \u00c9 importante que os (para os jovens e para o pa\u00eds) decorrentes do trabalho alunos percebam que as terras infantil? Converse com os colegas. do nosso pa\u00eds s\u00e3o disputadas por diferentes setores desproporcio- b) Qual \u00e9 a sua opini\u00e3o sobre o fato de que crian\u00e7as de nais da sociedade, que v\u00e3o desde 5 a 9 anos estejam trabalhando no Brasil? grandes produtores de g\u00eaneros agr\u00edcolas, passando por grupos c) Fa\u00e7a uma pesquisa, consultando livros, revistas, jor- que praticam a agricultura fa- nais, sites, sobre o Estatuto da Crian\u00e7a e do Adoles- miliar, aos povos do campo e da cente (ECA). Dentre as v\u00e1rias proposi\u00e7\u00f5es, alguma floresta, como as comunidades (ou algumas) chama a sua aten\u00e7\u00e3o? Qual (ou quais) ind\u00edgenas e quilombolas. e por qu\u00ea? Atividade 2, item a: Al\u00e9m da 70 ATIVIDADES perda de seus direitos b\u00e1sicos, como educa\u00e7\u00e3o, lazer e esporte, na crian\u00e7a e no adolescente que trabalham, como na sua capacidade Atividade 2, item c: Resposta pessoal. \u00c9 importante que os itens as crian\u00e7as e adolescentes que de aprendizagem, na autoestima e na forma de se relacionar com as desse documento sejam analisados um a um. Se poss\u00edvel, promova trabalham costumam apresen- pessoas da sua gera\u00e7\u00e3o. essa an\u00e1lise com os alunos, esclarecendo eventuais d\u00favidas e pro- tar s\u00e9rios problemas de sa\u00fade, curando fazer com que entendam as raz\u00f5es pelas quais cada um dos como fadiga excessiva, dist\u00farbios Atividade 2, item b: Resposta pessoal. Se julgar conveniente, pro- itens foi estabelecido. Ao final dessas atividades, os alunos poder\u00e3o do sono, irritabilidade, alergias e ponha um debate com a turma sobre o assunto. \u00c9 importante que os ter sido estimulados de modo significativo a desenvolver a CECHEF2. problemas respirat\u00f3rios. Tamb\u00e9m alunos saibam que nenhuma modalidade de trabalho infantil \u00e9 auto- existem impactos psicol\u00f3gicos rizada no Brasil. 70 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","Lendo a imagem Reprodu\u00e7\u00e3o\/ECT Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 1 Os c\u00e1lculos estat\u00edsticos constatam que o Brasil tende a ter cada vez mais pessoas idosas e menos crian\u00e7as. EmFotografias de: Filipe Frazao\/Shutterstock; Mario Friedlander\/Lendo a imagem 2003, foi institu\u00eddo no pa\u00eds o Estatuto do Idoso, Lei n. 10 741, de 1o de outubro, destinado a proteger as pessoas comPulsar Imagens; Gustavo Frazao\/Shutterstock; idade igual ou superior a 60 anos. Leia os artigos 2o e 3o desse documento. Al\u00e9m disso, observe o selo abaixo queCosta Fernandes\/Shutterstock; Paulo Vilela\/Shutterstock;Atividade 1, item a: O selo foi lan\u00e7ado em 2011 em homenagem ao Dia Mundial da Conscientiza\u00e7\u00e3o da Viol\u00eancia contra a Pessoa Idosa.Filipe Frazao\/Shutterstock; Pedarilhos\/Shutterstock; transmite a mensagem de que Art. 2o: O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes \u00e0 pessoaFilipe Frazao\/Shutterstock; Andre Nery\/Shutterstock; os idosos precisam de prote\u00e7\u00e3o. humana, sem preju\u00edzo da prote\u00e7\u00e3o integral de que trata esta Lei, assegurando-Andre Luiz Moreira\/Shutterstock; G. Evangelista\/ As palavras \u201cagress\u00e3o\u201d e \u201cvio- -lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, paraOp\u00e7\u00e3o Brasil Imagens; Filipe Frazao\/Shutterstock; l\u00eancia\u201d foram desenhadas com preserva\u00e7\u00e3o de sua sa\u00fade f\u00edsica e mental e seu aperfei\u00e7oamento moral, inte-Filipe Frazao\/Shutterstock; Nkt UsrBr\/Shutterstock; a apar\u00eancia de gotas de chuva lectual, espiritual e social, em condi\u00e7\u00f5es de liberdade e dignidade.Filipe Frazao\/Shutterstock; MesquitaFMS\/Shutterstock; e, para se proteger das gotas, o Art. 3o: \u00c9 obriga\u00e7\u00e3o da fam\u00edlia, da comunidade, da sociedade e do Poder P\u00fa-Vergani Fotografia\/Shutterstock; Rodrigo Rodrigues Castro\/ guarda-chuva, que neste caso blico assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetiva\u00e7\u00e3o do direito \u00e0 vida,Shutterstock; Filipe Frazao\/Shutterstock; Luz Rosa\/ representa um instrumento de \u00e0 sa\u00fade, \u00e0 alimenta\u00e7\u00e3o, \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, \u00e0 cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho,Shutterstock; Hyago Teixeira\/Shutterstock; Filipe Frazao\/ prote\u00e7\u00e3o, \u00e9 constitu\u00eddo a partir \u00e0 cidadania, \u00e0 liberdade, \u00e0 dignidade, ao respeito e \u00e0 conviv\u00eancia familiar e co-Shutterstock dos termos \u201ccarinho\u201d, \u201crespeito\u201d, munit\u00e1ria. \u201camor\u201d e \u201cdignidade\u201d. Fonte: BRASIL. Estatuto do Idoso. Dispon\u00edvel em: <www.planalto.gov.br\/ Atividade 1, item b: Atividade ccivil_03\/leis\/2003\/L10.741.htm>.Acesso em: 9 jul. 2018. de entrevista. Caso alguns alu- nos n\u00e3o possuam nenhum fami- a) Qual \u00e9 a mensagem transmitida pelo selo? Quais s\u00edmbolos apresentados na liar nessa faixa et\u00e1ria, oriente-os imagem ajudaram voc\u00ea a chegar a essa conclus\u00e3o? a entrevistar algum conhecido ou vizinho. No entanto, \u00e9 impor- b) Na sua fam\u00edlia h\u00e1 pessoas com mais de 60 anos? Entreviste uma delas. tante que o entrevistado seja do Pergunte: mesmo munic\u00edpio que o aluno. Se houver tempo, promova um \u2022 Voc\u00ea acha que o munic\u00edpio em que moramos fornece instrumentos para debate com os alunos para ana- lisar se eles concordam com os que voc\u00ea tenha qualidade de vida (acesso ao lazer, ao esporte, \u00e0 cultura, argumentos dos entrevistados, ao trabalho, \u00e0 cidadania, etc.)? de modo a estimular o desenvol- vimento da CGEB7, bem como \u2022 O que, na sua opini\u00e3o, falta no bairro em que mora para melhorar sua da CECHEF2. qualidade de vida? Atividade 1, item c: Resposta Elabore um pequeno texto com base nas respostas do seu entrevistado. pessoal. Espera-se que os alunos c) Quais atitudes voc\u00ea pode tomar no dia a dia para promover mais qualidade de vida para os idosos? Voc\u00ea costuma percebam que os atos de respeito aos idosos s\u00e3o atitudes cidad\u00e3s realiz\u00e1-las? que devem ser praticadas no dia 2 Observe a imagem ao lado e converse com a dia, contribuindo para uma so- ciedade com melhor qualidade de os colegas: vida para todos. Essa atividade estimula o desenvolvimento da \u2022 Qual \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o dessa imagem com o conte- CGEB9 e da CGEB10. \u00fado que voc\u00ea viu neste cap\u00edtulo? Algumas atitudes cotidianas que demonstram respeito e cui- ATIVIDADES 71 dado com a popula\u00e7\u00e3o idosa s\u00e3o: fornecer assento nos meios de transporte (mesmo que n\u00e3o se- ja obrigat\u00f3ria essa cess\u00e3o), res- peitar as filas preferenciais de estabelecimentos como super- mercados, ag\u00eancias banc\u00e1rias, entre outras; oferecer auxilio para atravessar a rua ou transportar objetos pesados. Atividade 2: A imagem repre- senta a diversidade do povo brasi- leiro, com destaque para negros, brancos e \u00edndios, considerados os grupos \u00e9tnicos com maior influ\u00eancia na forma\u00e7\u00e3o da po- pula\u00e7\u00e3o do Brasil. A reflex\u00e3o, que sumariza conte\u00fados vistos no cap\u00edtulo, mobiliza a habilidade EF07GE04. 71MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas PROJETO Matem\u00e1tica No decorrer da unidade 1, os Perfil dos estudantes, funcion\u00e1rios e professores da escola Ismar Ingber\/Pulsar Imagens alunos puderam observar um complexo cen\u00e1rio social, mar- Observe abaixo algumas das utilidades de um censo demogr\u00e1fico. cado por desigualdades de na- Os censos produzem informa\u00e7\u00f5es imprescind\u00edveis para a tureza diversa. defini\u00e7\u00e3o de pol\u00edticas p\u00fablicas estaduais e municipais e para a tomada de decis\u00f5es de investimento,sejam eles provenientes \u2022 Concep\u00e7\u00e3o do projeto da iniciativa privada ou de qualquer n\u00edvel de governo. Entre as principais utiliza\u00e7\u00f5es dos resultados censit\u00e1rios est\u00e3o as de: Considerando que a Geografia 1. acompanhar o crescimento, a distribui\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica e a trabalha os fen\u00f4menos nas suas evolu\u00e7\u00e3o de outras caracter\u00edsticas da popula\u00e7\u00e3o ao longo diversas escalas e que o lugar do tempo, fornecendo par\u00e2metros para o c\u00e1lculo atual da de viv\u00eancia dos alunos pode re- Previd\u00eancia Social, entre outras estimativas; produzir uma realidade diferente 2. identificar \u00e1reas de investimentos priorit\u00e1rios em sa\u00fade, do perfil nacional indicado pelo educa\u00e7\u00e3o, habita\u00e7\u00e3o, transporte, energia, programas de as- Recenseadora do IBGE no munic\u00edpio do Rio de Janeiro (RJ), IBGE, a proposta deste projeto \u00e9 sist\u00eancia \u00e0 inf\u00e2ncia e \u00e0 velhice, possibilitando a avalia\u00e7\u00e3o e em 2010. a an\u00e1lise dos dados resultantes revis\u00e3o da aloca\u00e7\u00e3o de recursos do Fundo Nacional de Sa\u00fade (FNS),do Fundo Nacional de Educa\u00e7\u00e3o (FNE) e de outras de uma pesquisa sobre o perfil fontes de recursos p\u00fablicos e privados; populacional dos estudantes. 3. selecionar locais que necessitam de programas de est\u00edmulo ao crescimento econ\u00f4mico e desenvolvimento social; 4. fornecer as refer\u00eancias para as proje\u00e7\u00f5es populacionais com base nas quais o Tribunal de Contas da Uni\u00e3o define as \u2022 Planejamento cotas do Fundo de Participa\u00e7\u00e3o dos Estados e do Fundo de Participa\u00e7\u00e3o dos Munic\u00edpios; 5. fornecer as refer\u00eancias para as proje\u00e7\u00f5es populacionais com base nas quais \u00e9 definida a representa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica do pa\u00eds: Para o desenvolvimento deste o n\u00famero de deputados federais, estaduais e vereadores de cada estado e munic\u00edpio; projeto, ser\u00e1 preciso definir o que 6. fornecer par\u00e2metros para conhecer e analisar o perfil da m\u00e3o de obra em n\u00edvel municipal, informa\u00e7\u00e3o esta de grande ser\u00e1 pesquisado sobre a popu- import\u00e2ncia para organiza\u00e7\u00f5es sindicais, profissionais e de classe, assim como para decis\u00f5es de investimentos do se- la\u00e7\u00e3o de estudantes da escola. tor privado; Assim, a pesquisa acontecer\u00e1 7. fornecer par\u00e2metros para selecionar locais para a instala\u00e7\u00e3o de f\u00e1bricas, shopping centers, escolas, creches, cinemas, em quatro etapas: a primeira \u00e9 a restaurantes, etc.; elabora\u00e7\u00e3o do question\u00e1rio para 8. fundamentar diagn\u00f3sticos e reivindica\u00e7\u00f5es, pelos cidad\u00e3os, de maior aten\u00e7\u00e3o dos governos estadual ou municipal para identificar o perfil dos alunos da problemas locais e espec\u00edficos, como de insufici\u00eancia da rede de \u00e1gua e esgoto, de atendimento m\u00e9dico ou escolar, etc.; escola; a segunda etapa consis- 9. subsidiar as comunidades acad\u00eamica e t\u00e9cnico-cient\u00edficas em seus estudos e projetos. te na entrevista com os alunos Se \u00e9 verdade que apenas as sociedades que conhecem a si mesmas podem planejar e construir os seus futuros, o Brasil j\u00e1 para a descoberta do perfil dos pertence ou caminha rapidamente para esse grupo de pa\u00edses. discentes; a terceira \u00e9 a tabula- \u00e7\u00e3o dos dados; e a quarta, por Fonte: IBGE. A import\u2030ncia do Censo 2000. Dispon\u00edvel em: <ww2.ibge.gov.br\/censo\/importancia.shtm>. Acesso em: 9 jul. 2018. fim, \u00e9 a an\u00e1lise dos dados. Re- comenda-se que esse projeto Vamos entender um pouco mais como isso funciona? seja desenvolvido ao longo de A proposta deste projeto \u00e9 a elabora\u00e7\u00e3o de uma pesquisa sobre o perfil dos estudantes da escola onde voc\u00ea estuda. 4 a 6 aulas. Etapa 1 \u2013 O que fazer \u2022 Formas de avalia\u00e7\u00e3o Em grupos de 3 ou 4 alunos, decidam qual \u00e9 a escala que o censo demogr\u00e1fico da sua escola deve ter, ou seja, Decida com os alunos como qual das s\u00e9ries o seu grupo vai recensear. o projeto ser\u00e1 avaliado, ou seja, quais ser\u00e3o os principais crit\u00e9- Etapa 2 \u2013 Como fazer rios utilizados. \u00c9 importante que todo o processo seja avaliado, e Elaborem o question\u00e1rio com as perguntas a que os alunos que ser\u00e3o entrevistados dever\u00e3o responder. Esse question\u00e1- n\u00e3o apenas o resultado final do rio deve conter perguntas cujas respostas permitam indicar um perfil dos alunos. Para identificar esse perfil, voc\u00ea precisa saber: trabalho. Enfatize que, apesar de o projeto ser feito em grupo, 72 PROJETO a avalia\u00e7\u00e3o ser\u00e1 individual. Deixe claro que a participa\u00e7\u00e3o de cada Etapa 2: Recomenda-se que essa aula seja realizada em um labo- za\u00e7\u00e3o, somat\u00f3ria e transforma\u00e7\u00e3o dos dados absolutos em dados um dos membros do grupo nas rat\u00f3rio de inform\u00e1tica. Antes de levar os alunos para esse espa\u00e7o \u00e9 relativos (percentuais). diferentes etapas do projeto se- importante verificar se os computadores disp\u00f5em de um software r\u00e1 avaliada. que possibilite elaborar e editar texto, al\u00e9m de uma planilha para or- As quest\u00f5es devem indagar os entrevistados de modo que seja pos- ganiza\u00e7\u00e3o e tabula\u00e7\u00e3o de dados. A realiza\u00e7\u00e3o dessa etapa do projeto s\u00edvel catalogar as respostas. Oriente cada grupo a elaborar no m\u00e1ximo Etapa 1: Recomenda-se a di- colabora para o desenvolvimento da CGEB5. 10 perguntas, para que a entrevista n\u00e3o fique muito longa, e observe vis\u00e3o de grupos de acordo com se as quest\u00f5es elaboradas refletem os temas indicados. Recomenda- a quantidade de anos diferentes Caso a escola n\u00e3o disponibilize esse tipo de estrutura, solicite aos -se que essa etapa seja feita em uma aula. que a escola possui. Por exemplo, alunos que elaborem o question\u00e1rio manualmente, e pe\u00e7a a colabo- em uma escola que possui os ci- ra\u00e7\u00e3o do professor de Matem\u00e1tica para auxiliar os alunos na organi- clos do Ensino Fundamental 2 e Ensino M\u00e9dio, a turma pode ser dividida em 7 grupos, ao passo que, se a escola que contar so- mente com Ensino Fundamental 2, a turma pode ser dividida em 4 grupos. Caso sua escola tenha diversas turmas e em distintos per\u00edodos, sugere-se que fa\u00e7a um recorte por per\u00edodo (matutino ou vespertino). Caso a escola tenha poucas turmas, sugere-se que o question\u00e1rio seja aplicado a todos os alunos da escola. \u00c9 importante que essas defini\u00e7\u00f5es sejam con- cretizadas at\u00e9 o final de uma aula. 72 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","\u2022 a idade dos alunos; Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \u2022 o bairro onde moram; Etapa 3: Oriente os alunos a \u2022 o tipo de moradia (apartamento, casa, etc.); realizar as entrevistas com cal- \u2022 o n\u00famero de pessoas que moram com eles; ma, em per\u00edodos ociosos de aula \u2022 se eles t\u00eam acesso \u00e0 internet em casa; (intervalos entre aulas, por exem- \u2022 se usam celular; plo) ou em hor\u00e1rios combinados \u2022 os meios de transporte utilizados para chegar \u00e0 escola; previamente, para n\u00e3o prejudicar \u2022 os esportes preferidos e os esportes praticados; o andamento das demais aulas. \u2022 as atividades art\u00edsticas preferidas (m\u00fasica, dan\u00e7a, sarau, exposi\u00e7\u00f5es, etc.); \u2022 o que mais gostam na escola; Etapa 4: \u00c9 prov\u00e1vel que nes- \u2022 o que gostariam de mudar na escola. ta etapa diversas d\u00favidas dos alunos apare\u00e7am. Assim, \u00e9 im- Etapa 3 \u2013 Aplica\u00e7\u00e3o do question\u00e1rio portante conhecer previamen- te alguns mecanismos que o Imprima o question\u00e1rio de acordo com o n\u00famero de alunos que vai respond\u00ea-lo. O grupo software instalado no computa- tamb\u00e9m pode disponibilizar o question\u00e1rio em uma plataforma digital para que os entrevis- dor disponibiliza. Al\u00e9m disso, a tados acessem o material e respondam a ele. participa\u00e7\u00e3o do professor de Ma- tem\u00e1tica nesse processo pode Caso a entrevista seja presencial, \u00e9 importante que o grupo registre somente o que o ser muito importante, pois podem entrevistado disser. N\u00e3o complemente ou altere nenhuma informa\u00e7\u00e3o fornecida. surgir diversas d\u00favidas sobre os c\u00e1lculos realizados ou sobre Etapa 4 \u2013 Tabula\u00e7\u00e3o e produ\u00e7\u00e3o dos dados a forma de organiza\u00e7\u00e3o dos da- dos no software. Recomenda-se Ap\u00f3s a finaliza\u00e7\u00e3o das entrevistas, compilem as respostas: o grupo pode usar um um que seja utilizada uma aula para software de tabula\u00e7\u00e3o de dados ou organiz\u00e1-las em um quadro. essas a\u00e7\u00f5es. Observem um exemplo: H\u00e1 ainda a possibilidade de analisar os dados manualmen- Nome do aluno Resposta Resposta Resposta Resposta Resposta te (caso a escola n\u00e3o possua \u00e0 pergunta 1 \u00e0 pergunta 2 \u00e0 pergunta 3 \u00e0 pergunta 4 \u00e0 pergunta 5 recursos para realizar esta eta- pa no computador). Nesse caso, Pedro Mora com 3 pessoas Mora em Bairro Limoeiro Tem acesso \u00e0 Meios de transporte recomenda-se que tamb\u00e9m uma da fam\u00edlia. apartamento. internet em casa. para chegar aula seja reservada para a tarefa. \u00e0 escola: Lu\u00edsa Mora com 4 pessoas Mora em casa. Bairro Bela Vista N\u00e3o tem acesso \u00e0 \u00f4nibus e trem. Etapa 5: Esse trabalho pode ser realizado em algum software da fam\u00edlia. internet em casa. Meios de transporte de edi\u00e7\u00e3o de texto ou manual- para chegar mente, dependendo da infraes- trutura da escola. Recomenda-se \u00e0 escola: carro. que essa etapa seja feita em uma aula. Somem a quantidade de alunos por categorias. Etapa 6: \u00c9 muito importante Etapa 5 \u2013 Levantamento do perfil dos alunos que os alunos compreendam que as sugest\u00f5es podem ou n\u00e3o ser Agora que voc\u00eas j\u00e1 t\u00eam todos os dados calculados, \u00e9 poss\u00edvel responder a algumas per- atendidas pela comunidade es- guntas que contribuem para compreender o perfil dos alunos de determinado ano da escola. colar. As proposi\u00e7\u00f5es devem ser Por exemplo: Os alunos saem de muitos bairros diferentes para chegar a essa escola ou feitas para que os alunos parti- moram nas proximidades?; A maior parte dos alunos mora em casa ou apartamento?; Quan- cipem ativamente da din\u00e2mica tas pessoas, em m\u00e9dia, moram com os alunos?; Quais s\u00e3o os esportes e as atividades art\u00eds- escolar, sendo estimulados a ticas preferidas dos alunos?. H\u00e1 diversas outras possibilidades de quest\u00f5es que podem ser desenvolver a CGEB10. formuladas a partir dos dados produzidos. Para aferir os conhecimen- Etapa 6 \u2013 An\u00e1lise final e apresenta\u00e7\u00e3o das pesquisas tos dos alunos a partir do estu- do desta unidade, apresente a Para finalizar o projeto, produzam um texto coletivo que apresente as an\u00e1lises que voc\u00eas proposta de acompanhamento realizaram. A partir dos dados, proponham algumas sugest\u00f5es que possam auxiliar no melhor de aprendizagem dispon\u00edvel no aproveitamento do espa\u00e7o escolar. Por exemplo, caso a pesquisa determine que a maioria material digital. dos alunos gosta de jogar voleibol, pode ser proposto \u00e0 escola que o esporte seja inclu\u00eddo em atividades extraclasses ou na aula de Educa\u00e7\u00e3o F\u00edsica. PROJETO 73 73MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 3","Objetivos da unidade Delfim Martins\/Pulsar ImagensNa imagem vemos duas formas de utiliza\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o geogr\u00e1fico no munic\u00edpio de Gua\u00edra (SP), em 2018. Ao fundo, observa-se o espa\u00e7o geogr\u00e1fico produzido para abrigar a estrutura urbana; em primeiro plano, \u2022 Compreender o dinamismo est\u00e3o produ\u00e7\u00f5es agr\u00edcolas do munic\u00edpio. dos usos do espa\u00e7o brasilei- ro relacionado ao desenvol- 74 vimento econ\u00f4mico. \u2022 Entender o desenvolvimen- to da ind\u00fastria e as matrizes energ\u00e9ticas no Brasil. \u2022 Analisar a urbaniza\u00e7\u00e3o no territ\u00f3rio brasileiro, a forma- \u00e7\u00e3o da rede urbana e suas caracter\u00edsticas. \u2022 Apreender a estrutura e a produ\u00e7\u00e3o do meio rural bra- sileiro. \u2022 Debater sobre os impactos ambientais e sociais decor- rentes da industrializa\u00e7\u00e3o nos meios urbano e rural. \u2022 Conhecer as diferentes ma- nifesta\u00e7\u00f5es culturais do lu- gar de viv\u00eancia. Compet\u00eancias Gerais da Educa\u00e7\u00e3o B\u00e1sica mobilizadas na unidade: \u2022 Compet\u00eancia geral 1 \u2022 Compet\u00eancia geral 2 \u2022 Compet\u00eancia geral 3 \u2022 Compet\u00eancia geral 4 \u2022 Compet\u00eancia geral 5 \u2022 Compet\u00eancia geral 6 \u2022 Compet\u00eancia geral 7 \u2022 Compet\u00eancia geral 10 Espec\u00edficas de Ci\u00eancias Humanas para o Ensino Fundamental mobilizadas na unidade: \u2022 Compet\u00eancia espec\u00edfica 1 \u2022 Compet\u00eancia espec\u00edfica 3 \u2022 Compet\u00eancia espec\u00edfica 4 \u2022 Compet\u00eancia espec\u00edfica 7 Espec\u00edficas de Geografia para o Ensino Fundamental mobilizadas na unidade: \u2022 Compet\u00eancia de Geografia 1 \u2022 Compet\u00eancia de Geografia 2 \u2022 Compet\u00eancia de Geografia 3 \u2022 Compet\u00eancia de Geografia 5 \u2022 Compet\u00eancia de Geografia 7 Em foco florestas e do cerrado, de ribeirinhos e cai\u00e7aras, entre outros grupos sociais do cam- Habilidades trabalhadas nesta unidade po e da cidade, como direitos legais dessas comunidades. EF07GE01 Avaliar, por meio de exemplos extra\u00eddos dos meios de comunica\u00e7\u00e3o, ideias EF07GE05 Analisar fatos e situa\u00e7\u00f5es representativas das altera\u00e7\u00f5es ocorridas en- e estere\u00f3tipos acerca das paisagens e da forma\u00e7\u00e3o territorial do Brasil. tre o per\u00edodo mercantilista e o advento do capitalismo. EF07GE02 Analisar a influ\u00eancia dos fluxos econ\u00f4micos e populacionais na forma- EF07GE06 Discutir em que medida a produ\u00e7\u00e3o, a circula\u00e7\u00e3o e o consumo de mer- \u00e7\u00e3o socioecon\u00f4mica e territorial do Brasil, compreendendo os conflitos e as tens\u00f5es cadorias provocam impactos ambientais, assim como influem na distribui\u00e7\u00e3o de ri- hist\u00f3ricas e contempor\u00e2neas. quezas, em diferentes lugares. EF07GE03 Selecionar argumentos que reconhe\u00e7am as territorialidades dos povos ind\u00edgenas origin\u00e1rios, das comunidades remanescentes de quilombos, de povos das 74 MANUAL DO PROFESSOR - UNIDADE 2","UNIDADE Brasil: Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas utiliza\u00e7\u00e3o 2 do espa\u00e7o Oriente os alunos a observar a imagem de abertura, atentan- Nesta unidade, vamos estudar os diversos do para os elementos presentes, usos do espa\u00e7o geogr\u00e1fico brasileiro, com como as \u00e1reas constru\u00eddas e as destaque para o processo de \u00e1reas verdes. industrializa\u00e7\u00e3o, a urbaniza\u00e7\u00e3o e as atividades agr\u00e1rias do pa\u00eds. O Brasil Atividade 1: Pela observa\u00e7\u00e3o apresenta diversas possibilidades de uso da imagem, espera-se que os do territ\u00f3rio, devido \u00e0 sua extens\u00e3o alunos identifiquem que o es- territorial e \u00e0s diferentes formas de pa\u00e7o urbano \u00e9 usado para habi- ocupa\u00e7\u00e3o e desenvolvimento econ\u00f4mico. ta\u00e7\u00e3o e circula\u00e7\u00e3o das pessoas, e que o espa\u00e7o rural \u00e9 utilizado Observe atentamente a imagem e responda: para planta\u00e7\u00e3o. 1 O espa\u00e7o urbano e o espa\u00e7o rural Atividade 2: Espera-se que representados s\u00e3o usados da mesma os alunos compreendam que maneira? as paisagens, especialmente as antr\u00f3picas, mudam com o tem- 2 Na sua opini\u00e3o, h\u00e1 cem anos, po, de modo que certamente a a paisagem observada era a paisagem observada n\u00e3o era a mesma? Por qu\u00ea? mesma h\u00e1 cem anos. \u00c9 espera- do que j\u00e1 possam supor que as \u00e1reas urbanizadas se expandi- ram muito no \u00faltimo s\u00e9culo. Os alunos podem inclusive supor que n\u00e3o havia casas, nem ruas pavimentadas na paisagem ob- servada, que possivelmente era completamente rural. Aproveite a oportunidade para consultar o plano de desenvol- vimento do bimestre dispon\u00edvel no material digital. 75 EF07GE07 Analisar a influ\u00eancia e o papel das redes de transporte ficas e econ\u00f4micas do Brasil (cartogramas), identificando padr\u00f5es e comunica\u00e7\u00e3o na configura\u00e7\u00e3o do territ\u00f3rio brasileiro. espaciais, regionaliza\u00e7\u00f5es e analogias espaciais. EF07GE08 Estabelecer rela\u00e7\u00f5es entre os processos de industria- EF07GE10 Elaborar e interpretar gr\u00e1ficos de barras, gr\u00e1ficos de liza\u00e7\u00e3o e inova\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica com as transforma\u00e7\u00f5es socioeco- setores e histogramas, com base em dados socioecon\u00f4micos das n\u00f4micas do territ\u00f3rio brasileiro. regi\u00f5es brasileiras. EF07GE09 Interpretar e elaborar mapas tem\u00e1ticos e hist\u00f3ricos, in- clusive utilizando tecnologias digitais, com informa\u00e7\u00f5es demogr\u00e1- 75MANUAL DO PROFESSOR - UNIDADE 2","Habilidades CAP\u00cdTULO Atividade industrial trabalhadas neste no Brasil cap\u00edtulo 4 EF06GE02 EF06GE08 Jo\u00e3o Prudente\/Pulsar Imagens EF06GE05 EF06GE09 Para come\u2022ar EF06GE06 EF06GE10 Trabalhadora em f\u00e1brica t\u00eaxtil no munic\u00edpio de Amparo (SP), em 2015. Observe a foto e converse com os EF06GE07 Neste cap\u00edtulo vamos conhecer o que \u00e9 ind\u00fastria, como ela se desenvolveu e quais colegas e com o s\u00e3o alguns de seus tipos. Vamos estudar ainda o processo de industrializa\u00e7\u00e3o do Brasil, professor: Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas al\u00e9m das principais atividades industriais existentes hoje no pa\u00eds. Analisaremos a dis- tribui\u00e7\u00e3o da atividade industrial pelo territ\u00f3rio para compreender por que a ind\u00fastria \u00e9 1. Voc\u00ea ou sua fam\u00edlia Oriente os alunos a observar o tipo de atividade ou trabalho humano que mais modifica o espa\u00e7o geogr\u00e1fico. utilizam produtos a fotografia apresentada e a ler desse tipo de a legenda. Em seguida, pe\u00e7a a ind\u00fastria? Quais? eles que respondam oralmente \u00e0s quest\u00f5es. Verifique os conhe- 2.H\u00e1 f\u00e1bricas no cimentos que eles j\u00e1 disp\u00f5em so- munic\u00edpio onde voc\u00ea bre o tema a ser abordado neste mora? De onde vem cap\u00edtulo. a mat\u00e9ria-prima delas? Atividade 1: Espera-se que os alunos identifiquem os produtos 1. e 2. Resposta pessoal. fabricados pela ind\u00fastria t\u00eaxtil que ele e sua fam\u00edlia utilizam no dia a dia, como roupas, tapetes, toalhas, len\u00e7\u00f3is, etc. Atividade 2: Caso o munic\u00edpio onde os alunos vivem seja muito grande e possua muitas empre- sas, a quest\u00e3o pode ser reduzida para o bairro onde moram. Es- timule-os a buscar as informa- \u00e7\u00f5es solicitadas nessa quest\u00e3o na internet ou por meio de pes- quisa de campo, caso as ind\u00fas- trias disponibilizem algum tipo de canal de comunica\u00e7\u00e3o com a popula\u00e7\u00e3o local. Se julgar conveniente, co- mente que a atividade indus- trial colabora com o bem-estar da popula\u00e7\u00e3o ao proporcionar empregos, fornecer m\u00e1quinas, alimentos e bens de consumo dur\u00e1veis e n\u00e3o dur\u00e1veis. No en- tanto, ela tamb\u00e9m contribui para alterar o meio ambiente, muitas vezes degradando-o. A partir des- sa reflex\u00e3o, pergunte aos alunos que solu\u00e7\u00e3o eles poderiam propor para que a ind\u00fastria continuas- se a produzir bens sem causar danos ao meio ambiente. Este \u00e9 bom momento para trabalhar de forma introdut\u00f3ria a CECHEF3. 76 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 76 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","1 Do artesanato \u00e0 ind\u00fastria Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas moderna Oriente os alunos a ler o texto e a observar a imagem. \u00c9 impor- A fabrica\u00e7\u00e3o de bens necess\u00e1rios \u00e0 vida humana ocorre desde que a humanidade O produto artesanal se tante que eles compreendam as come\u00e7ou a transformar elementos da natureza para fazer artefatos, como vasos, origina da criatividade de diferen\u00e7as entre o artesanato e arcos e flechas, instrumentos de madeira e de argila, etc. Essa fabrica\u00e7\u00e3o de bens a cada artes\u00e3o; dessa forma, a manufatura. partir de mat\u00e9rias-primas retiradas da natureza conheceu diferentes momentos ao \u00e9 improv\u00e1vel que haja pe\u00e7as longo da Hist\u00f3ria at\u00e9 chegar \u00e0s profundas altera\u00e7\u00f5es realizadas atualmente pela ati- exatamente id\u00eanticas de um Comente com os alunos que, vidade industrial. As principais etapas desse processo foram o artesanato, a manufa- mesmo produto. Na imagem, apesar do desenvolvimento da tura e a ind\u00fastria moderna. de 2016, mulheres produzem manufatura e da ind\u00fastria, mui- artesanato com fibra do sisal tas pessoas ainda vivem do ar- Artesanato no munic\u00edpio de Valente, na tesanato. Pergunte aos alunos Bahia. Elas s\u00e3o conhecidas se conhecem algum produto de Durante muitos mil\u00eanios, o artesanato foi a maneira pela qual as pessoas produ- como \u201ccantadeiras do sisal\u201d: origem artesanal. Eles podem ziram seus primeiros objetos de uso: potes e vasos feitos de argila, machados, facas, enquanto fiam, cantam mencionar produtos feitos de roupas, entre outros. cantigas de trabalho com croch\u00ea e tric\u00f4, doces e bolos ar- estrofes que narram o dia tesanais, sabonetes, objetos de A principal caracter\u00edstica do artesanato \u00e9 a aus\u00eancia da divis\u00e3o social do traba- a dia da produ\u00e7\u00e3o. decora\u00e7\u00e3o, entre outros. lho, ou seja, cada pessoa faz um objeto inteiro, do in\u00edcio at\u00e9 o fim. Assim, desde a ideia inicial da confec\u00e7\u00e3o de um casaco, por exemplo, o artes\u00e3o realiza todas as Sergio Pedreira\/Pulsar Imagens Comente com os alunos que etapas, at\u00e9 obter o produto final: escolhe o modelo e o tecido, faz o molde, corta o alguns of\u00edcios s\u00e3o considerados pano, costura as partes, p\u00f5e o forro, prega os bot\u00f5es. artesanais, como: alfaiate, carpin- teiro, carroceiro, chapeleiro, cor- Os instrumentos de trabalho doeiro, cuteleiro, ferreiro, oleiro, s\u00e3o simples (facas, tesouras, marte- ourives, pedreiro, peleiro, sapa- los, agulhas, linhas de costura, etc.) e teiro, seleiro, serralheiro, tanoei- geralmente pertencem ao pr\u00f3prio ro, tecel\u00e3o e tintureiro. Pergunte trabalhador, o artes\u00e3o. Tradicional- a eles se conhecem pessoas que mente, o principal objetivo da ativi- praticam esses of\u00edcios, quais de- dade artesanal \u00e9 atender \u00e0s neces- les ainda est\u00e3o presentes no dia sidades do artes\u00e3o e de sua fam\u00edlia, a dia e por que s\u00e3o cada vez mais embora muitas vezes troquem ou raros de se encontrar. vendam seus produtos. Explique aos alunos que na Pode-se dizer que o artesanato manufatura, por causa da divis\u00e3o depende basicamente das habilida- do trabalho, a quantidade produ- des do artes\u00e3o, pois se trata de um zida \u00e9 maior e h\u00e1 certa padroni- trabalho manual e individualizado. za\u00e7\u00e3o do produto final. Enquanto Observe a foto ao lado. predominou, entre os s\u00e9culos XVI e XVIII, a produ\u00e7\u00e3o manufatureira Manufatura visava atender principalmente o mercado local. O conte\u00fado desta A manufatura \u00e9 considerada uma etapa intermedi\u00e1ria entre o artesanato e a p\u00e1gina permite tangenciar as ha- ind\u00fastria moderna. Predominou na Europa entre os s\u00e9culos XVI e XVIII, e tem como bilidades EF07GE05 e EF07GE08. principal caracter\u00edstica o uso de m\u00e1quinas simples (teares manuais, por exemplo). Na manufatura, h\u00e1 uma divis\u00e3o social do trabalho: cada trabalhador ou grupo de traba- Se oportuno, com a finalidade lhadores fica respons\u00e1vel por uma tarefa. \u00c9 o conjunto de tarefas de todos os de ilustrar o conte\u00fado sobre arte- trabalhadores que permite a obten\u00e7\u00e3o do produto final. Apesar disso, ainda \u00e9 a sanato, proponha aos alunos que habilidade das pessoas que comanda o processo de trabalho, e n\u00e3o as m\u00e1quinas. assistam ao document\u00e1rio His- t\u00f3rias rendadas, dire\u00e7\u00e3o: Andr\u00e9 Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 77 Seiti e Richner Allan, 2016. Idea- lizado pela designer Fernanda Telaris_Geo7_PNLD2020_074_091_Cap04.indd 77 10\/21\/18 3:31 PM Yamamoto, o document\u00e1rio mos- tra a riqueza do trabalho das ren- Texto complementar deiras do Cariri (PB), bem como a realidade por elas enfrentada, A import\u00e2ncia do artesanato para o turismo Com a venda de suas pe\u00e7as para os turistas, os artes\u00e3os movimen- a import\u00e2ncia da preserva\u00e7\u00e3o O Brasil tem cerca de 10 milh\u00f5es de artes\u00e3os. Gente criativa que tam a economia local, geram emprego e renda n\u00e3o s\u00f3 para a fam\u00edlia dessa tradi\u00e7\u00e3o, a valoriza\u00e7\u00e3o do artista como tamb\u00e9m para toda a sua comunidade. [...] desse trabalho manual e o proje- vive de bordar, costurar e esculpir, e que comercializa seus produtos to que a designer executou com em diferentes espa\u00e7os como feiras, mercados ou centros de artesa- VALADARES, Carolina. A import\u00e2ncia do artesanato as artes\u00e3s. nato. \u00c9 a arte e a cultura de um povo refletida em diversos produ- para o turismo. Portal do Minist\u00e9rio do Turismo, 18 mar. 2016. tos, uma arte passada de gera\u00e7\u00e3o em gera\u00e7\u00e3o. Comemorado neste O texto ao lado apresenta a s\u00e1bado (19), o Dia Mundial do Artes\u00e3o deste ano ter\u00e1 um sabor es- Dispon\u00edvel em: <www.turismo.gov.br\/chamadas\/6032-a- relev\u00e2ncia do trabalho do arte- pecial, ser\u00e1 a primeira celebra\u00e7\u00e3o da data ap\u00f3s a regulamenta\u00e7\u00e3o da import%C3%A2ncia-do-artesanato-para-o-turismo.html>. s\u00e3o para o turismo e a economia profiss\u00e3o, em 22 de outubro de 2015. [...] local, al\u00e9m de mencionar as di- Acesso em: 6 set. 2018. ferentes caracter\u00edsticas dos pro- dutos artesanais pelas regi\u00f5es brasileiras. 77MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Geolink O texto a seguir apresenta Leia o texto a seguir. mais informa\u00e7\u00f5es sobre o Livro de Registro dos Saberes, citado Of\u00edcio das Paneleiras de Goiabeiras no texto desta p\u00e1gina. Caso os alunos tenham interesse por O saber envolvido na fabrica\u00e7\u00e3o artesanal de pa- Marco Antonio S\u00e1\/Pulsar Imagens esse documento, compartilhe nelas de barro foi o primeiro bem cultural registrado com eles as informa\u00e7\u00f5es abaixo. pelo Iphan [Instituto do Patrim\u00f4nio Hist\u00f3rico eArt\u00eds- tico Nacional] como Patrim\u00f4nio Imaterial no Livro de Texto complementar Registro dos Saberes, em 2002. O processo de produ- \u00e7\u00e3o no bairro de Goiabeiras Velha, em Vit\u00f3ria, no Es- O Livro de Registro dos Sa- p\u00edrito Santo, emprega t\u00e9cnicas tradicionais e mat\u00e9- beres, onde est\u00e3o inscritos os rias-primas provenientes do meio natural.A ativida- bens culturais imateriais, foi de, eminentemente feminina, \u00e9 tradicionalmente re- criado pelo Iphan para rece- passada pelas artes\u00e3s paneleiras, \u00e0s suas filhas, ne- ber os registros de bens que tas, sobrinhas e vizinhas, no conv\u00edvio dom\u00e9stico e re\u00fanem conhecimentos e mo- comunit\u00e1rio. dos de fazer enraizados no cotidiano das comunidades. Apesar da urbaniza\u00e7\u00e3o e do adensamento popula- Os Saberes s\u00e3o conhecimen- cional que envolveu o bairro de Goiabeiras, fazer pa- tos tradicionais associados a nelas de barro continua sendo um of\u00edcio familiar, do- atividades desenvolvidas por m\u00e9stico e profundamente enraizado no cotidiano e no atores sociais reconhecidos modo de ser da comunidade de Goiabeiras Velha. \u00c9 o como grandes conhecedores meio de vida de mais de 120 fam\u00edlias nucleares,muitas de t\u00e9cnicas, of\u00edcios e mat\u00e9rias- das quais aparentadas entre si. Envolve um n\u00famero -primas que identifiquem um crescente de executantes, atra\u00eddos pela demanda do grupo social ou uma localida- produto,promovido pela ind\u00fastria tur\u00edstica como ele- de. Geralmente, est\u00e3o associa- mento essencial do \u201cprato t\u00edpico capixaba\u201d. dos \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de objetos e\/ ou presta\u00e7\u00e3o de servi\u00e7os que As panelas continuam sendo modeladas manual- Paneleira de Goiabeiras, no munic\u00edpio de Vit\u00f3ria (ES), em 2015, d\u00e1 podem ter sentidos pr\u00e1ticos mente, com argila sempre da mesma proced\u00eancia e acabamento \u00e0 panela que ser\u00e1 queimada e tingida. ou rituais. Trata-se da apreen- com o aux\u00edlio de ferramentas rudimentares. Depois de s\u00e3o dos saberes e dos modos de fazer relacionados \u00e0 cultu- secas ao sol, s\u00e3o polidas, queimadas a c\u00e9u aberto e impermeabilizadas com tintura de ta- Tanino: subst\u00e2ncia ra, mem\u00f3ria e identidade de nino,quando ainda quentes. Sua simetria,a qualidade de seu acabamento e sua efici\u00eancia qu\u00edmica que pode ser grupos sociais. como artefato devem-se \u00e0s peculiaridades do barro utilizado e ao conhecimento t\u00e9cnico encontrada em algumas e habilidade das paneleiras, praticantes desse saber h\u00e1 v\u00e1rias gera\u00e7\u00f5es. A t\u00e9cnica cer\u00e2- sementes, cascas e IPHAN. Fototeca Registro dos mica utilizada \u00e9 reconhecida por estudos arqueol\u00f3gicos como legado cultural Tupi-gua- caules de frutos verdes. Saberes. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/ rani e Una,com maior n\u00famero de elementos identificados com os desse \u00faltimo. O saber foi apropriado dos \u00edndios por portal.iphan.gov.br\/fototeca\/ detalhes\/11\/fototeca-registro- colonos e descendentes de escravos africanos que vieram a ocupar a margem do manguezal, territ\u00f3rio historica- dos-saberes>. Acesso em: 5 mente identificado como um local onde se produziam panelas de barro. set. 2018. Fonte: INSTITUTO DO PATRIM\u00d4NIO HIST\u00d3RICO E ART\u00cdSTICO NACIONAL (IPHAN). Of\u2019cio das paneleiras de Goiabeiras. Caso considere oportuno, pe\u00e7a Dispon\u00edvel em: <http:\/\/portal.iphan.gov.br\/pagina\/detalhes\/51>. Acesso em: 20 mar. 2018. aos alunos que respondam oral- mente \u00e0s quest\u00f5es com base no Agora, responda \u02c6s quest\u00f5es: texto. Chame a aten\u00e7\u00e3o deles pa- ra o aumento da demanda das 4. Os colonizadores portugueses e os panelas movido pelo turismo. 1 Qual \u00e9 a mat\u00e9ria-prima das panelas produzidas pelas artes\u00e3s? descendentes de africanos escravizados se Atividade complementar A mat\u00e9ria-prima usada \u00e9 a argila (barro). apropriaram da tradi\u00e7\u00e3o ind\u00edgena e passaram Divida a turma em grupos me- nores e proponha um trabalho 2 Quem compra esses produtos? esse conhecimento de gera\u00e7\u00e3o para gera\u00e7\u00e3o, at\u00e9 de investiga\u00e7\u00e3o sobre os ou- tros Patrim\u00f4nios Imateriais que Os produtos s\u00e3o comprados principalmente por turistas. chegar \u00e0s paneleiras de Goiabeiras. constam no Livro de Registro dos Saberes: 3 Voc\u00ea classificaria essa atividade como artesanato, manufatura ou ind\u00fastria? Por qu\u00ea? \u2022 Modo Artesanal de Fazer o Espera-se que os alunos classifiquem como artesanato, pois o trabalho \u00e9 realizado manualmente e de modo individualizado. Queijo de Minas; 4 Como a tradi\u00e7\u00e3o ind\u00edgena chegou at\u00e9 as paneleiras de Goiabeiras? Explique. \u2022 Modo de Fazer Viola de Co- cho; 5 No munic\u00edpio onde voc\u00ea mora, h\u00e1 atividades similares \u00e0 retratada no texto? Converse com os colegas. \u2022 Modo de Fazer Renda Irlan- Resposta pessoal. Se poss\u00edvel, convide um artes\u00e3o para conversar com os alunos na escola. Pe\u00e7a a ele que conte desa; quais s\u00e3o as mat\u00e9rias-primas usadas e como \u00e9 feito o trabalho. \u2022 Of\u00edcio das Baianas de Aca- 78 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o raj\u00e9; \u2022 Sistema Agr\u00edcola Tradicional do Rio Negro. \u2022 Of\u00edcio dos Mestres de Ca- poeira; Oriente os alunos a pesquisar sobre as particularidades dos saberes ou modos de fazer, a come\u00e7ar pela origem, a rela\u00e7\u00e3o com a cultura e \u2022 Of\u00edcio de Sineiro; a comunidade, e a maneira como os saberes e of\u00edcios s\u00e3o mantidos \u2022 Modo de Fazer as Bonecas e preservados, contemplando a CGEB2 e a CECHEF4. Solicite a eles que compartilhem o resultado de suas pesquisas com a turma para Karaj\u00e1 (Ritx\u00f2k\u00f2); que todos conhe\u00e7am os patrim\u00f4nios imateriais pesquisados. Essa \u2022 Produ\u00e7\u00e3o Tradicional e Pr\u00e1ti- atividade permite explorar a CGEB1 e a CGEB6 ao valorizar a diver- sidade dos saberes, a import\u00e2ncia desses of\u00edcios e sua relev\u00e2ncia cas Socioculturais Associa- hist\u00f3rica e cultural. das \u00e0 Caju\u00edna no Piau\u00ed; 78 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Ind\u0153stria moderna Hulton-Deutsch Collection\/Corbis via Getty Images Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas A ind\u00fastria moderna se originou da Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, que ocorreu inicialmen- Oriente os alunos a ler o texto e te no Reino Unido (Inglaterra) em meados do s\u00e9culo XVIII e depois se espalhou prati- a observar a fotografia. Verifique camente por todo o mundo. Diferente do artesanato e da manufatura, a ind\u00fastria se eles compreenderam a origem moderna fez da fabrica\u00e7\u00e3o de bens ou objetos materiais a atividade econ\u00f4mica mais da ind\u00fastria moderna, suas ca- importante da sociedade. O uso maci\u00e7o de m\u00e1quinas cada vez mais complexas \u00e9 sua racter\u00edsticas e produ\u00e7\u00e3o. Garanta principal caracter\u00edstica. que os alunos identifiquem o im- pacto da ind\u00fastria moderna nas Ao se expandir, a atividade industrial modificou n\u00e3o apenas as cidades \u2013 com a mudan\u00e7as do espa\u00e7o geogr\u00e1fico, urbaniza\u00e7\u00e3o que acompanhou a industrializa\u00e7\u00e3o e com as f\u00e1bricas dominando a pai- no meio urbano ou rural, contem- sagem urbana (e poluindo o ar e as \u00e1guas) \u2013, mas tamb\u00e9m o campo, com a mecani- plando as habilidades EF07GE05 za\u00e7\u00e3o das atividades agr\u00edcolas e o desmatamento de \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o nativa para e EF07GE06. acomodar grandes planta\u00e7\u00f5es. Por esse motivo, a ind\u00fastria moderna \u00e9 considerada a atividade humana que mais modificou o espa\u00e7o geogr\u00e1fico. Atividade 1: Comente com os alunos que a ind\u00fastria moderna O emprego de m\u00e1quinas modernas permite que a ind\u00fastria possa produzir em criou m\u00e1quinas, tratores, esca- larga escala e em s\u00e9rie. Em larga escala, porque as f\u00e1bricas produzem enormes quan- vadeiras, novos materiais (como tidades de bens, em n\u00edveis jamais atingidos pelo artesanato ou pela manufatura; em o concreto) e novas t\u00e9cnicas de s\u00e9rie, porque passa a existir mais divis\u00f5es de tarefas; al\u00e9m disso, a m\u00e1quina uniformi- constru\u00e7\u00e3o que modificaram as za a produ\u00e7\u00e3o, isto \u00e9, os produtos industrializados s\u00e3o feitos de acordo com um padr\u00e3o paisagens numa propor\u00e7\u00e3o nun- comum, que os torna iguais. Em rela\u00e7\u00e3o aos artesanais, os bens industrializados t\u00eam a ca vista anteriormente. A ind\u00fas- vantagem da quantidade: a tria tamb\u00e9m expandiu as fontes produ\u00e7\u00e3o \u00e9 gigantesca e em de energia \u2013 especialmente as curto prazo. Assim, na maior f\u00f3sseis (carv\u00e3o e petr\u00f3leo), mais parte das vezes, esses pro- poluidoras \u2013, al\u00e9m de fabricar dutos custam menos que os uma quantidade imensa de pro- artesanais. dutos cujas embalagens est\u00e3o, em boa parte, destinadas ao lixo. Em resumo, podemos afirmar que as caracter\u00edsti- Atividade 2: Mencione que cas b\u00e1sicas da ind\u00fastria mo- entre os aspectos positivos des- derna s\u00e3o: a mecaniza\u00e7\u00e3o taca-se a eleva\u00e7\u00e3o do padr\u00e3o de (uso intenso de m\u00e1quinas) e vida (expectativa de vida, redu- a produ\u00e7\u00e3o em s\u00e9rie ou pro- \u00e7\u00e3o da mortalidade geral e in- du\u00e7\u00e3o massificada. fantil, alimenta\u00e7\u00e3o mais farta em compara\u00e7\u00e3o com o passado, Na imagem, trabalhadoras em antes da mecaniza\u00e7\u00e3o do campo, f\u00e1brica de biscoitos, em etc.). Entre os negativos, a inten- sa polui\u00e7\u00e3o do ar, das \u00e1guas, etc., Liverpool, Inglaterra, em 1926. al\u00e9m do elevado grau de consu- mismo (que gera res\u00edduos) e de Texto e a\u00e7\u2039o 1. A atividade industrial modificou as paisagens, poluiu o ar e as \u00e1guas e ocasionou a utiliza\u00e7\u00e3o, muitas vezes predat\u00f3- urbaniza\u00e7\u00e3o, aumentando a concentra\u00e7\u00e3o de pessoas nas cidades. No campo, a mecaniza\u00e7\u00e3o ria, dos recursos naturais. das atividades agr\u00edcolas aumentou a produ\u00e7\u00e3o; \u00e1reas de vegeta\u00e7\u00e3o nativa foram desmatadas, modificando o espa\u00e7o geogr\u00e1fico. Se poss\u00edvel, promova um de- bate entre os alunos que indi- 1 Explique por que a industrializa\u00e7\u00e3o modificou profundamente o espa\u00e7o geogr\u00e1fico. carem mais aspectos positivos da atividade industrial e aqueles 2 A expans\u00e3o da atividade industrial aumentou enormemente os bens \u00e0 disposi\u00e7\u00e3o das pessoas: que perceberem, nessa atividade, m\u00e1quinas diversas, geladeiras, r\u00e1dios e televisores, telefones, autom\u00f3veis, aparelhos de ar condicio- mais aspectos negativos. Esse nado, etc. No entanto, ela incentiva o consumismo e produz impactos negativos no meio ambiente. debate favorecer\u00e1 a capacidade Em duplas, conversem sobre os aspectos positivos e negativos da atividade industrial. Depois, com- argumentativa dos alunos, mobi- partilhem com a turma o que conversaram. lizando assim a CEGEF7. Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 79 79MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 2 Classifica\u00e7\u00e3o da ind\u00fastria Ap\u00f3s a leitura do texto pelos moderna alunos, certifique-se de que eles compreenderam o que \u00e9 a in- A ind\u00fastria moderna apresenta atualmente uma grande diversifica\u00e7\u00e3o, podendo d\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o, bem ser dividida em tr\u00eas tipos: ind\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o, ind\u00fastria extrativa e ind\u00fastria como as diferen\u00e7as entre as in- de constru\u00e7\u00e3o. d\u00fastrias de bens de produ\u00e7\u00e3o, de bens intermedi\u00e1rios, de bens de Ind\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o Alex Tauber\/Pulsar Imagens consumo dur\u00e1veis e n\u00e3o dur\u00e1- veis, contemplando a habilidade Este tipo de ind\u00fastria existe desde o in\u00edcio da Revolu\u00e7\u00e3o Industrial. Ela recebe esse F\u00e1brica de ar-condicionado EF07GE08. nome porque transforma produtos naturais \u2013 isto \u00e9, as mat\u00e9rias-primas extra\u00eddas da no munic\u00edpio de Manaus natureza ou fornecidas pela agropecu\u00e1ria \u2013 em produtos industrializados. Como (AM), em 2017. Esse tipo de Pergunte se eles identificam exemplos, pode-se citar a transforma\u00e7\u00e3o do couro em cal\u00e7ados, bolsas, cintos e roupas; produto \u00e9 um exemplo de semelhan\u00e7as entre a fotografia da madeira em m\u00f3veis; do a\u00e7o e do ferro em tesouras, facas, m\u00e1quinas, etc.; do petr\u00f3leo bem de consumo produzido desta p\u00e1gina e a da p\u00e1gina 79. em pl\u00e1sticos, fertilizantes, gasolina e \u00f3leo diesel; do algod\u00e3o em tecidos; e da cana-de- pela ind\u00fastria de Verifique se eles percebem que -a\u00e7\u00facar em a\u00e7\u00facar ou \u00e1lcool. transforma\u00e7\u00e3o. em ambas o trabalho \u00e9 executado em linha de produ\u00e7\u00e3o. Comente De acordo com a natureza dos bens que produzem, as ind\u00fastrias de transfor- que apesar dos grandes avan\u00e7os ma\u00e7\u00e3o s\u00e3o classificadas em: tecnol\u00f3gicos e da robotiza\u00e7\u00e3o das ind\u00fastrias, algumas tarefas \u2022 Ind\u00fastrias de bens de produ\u00e7\u00e3o: transformam ainda precisam ser executadas pelas pessoas. mat\u00e9rias-primas que ser\u00e3o utilizadas por ou- tras ind\u00fastrias. \u00c9 o caso das ind\u00fastrias sider\u00far- Atividade complementar gicas, que produzem a\u00e7o. O a\u00e7o \u00e9 indispens\u00e1vel para a fabrica\u00e7\u00e3o de v\u00e1rios produtos industria- Se houver ind\u00fastrias de trans- lizados, como autom\u00f3veis e m\u00e1quinas. Entre forma\u00e7\u00e3o no munic\u00edpio onde est\u00e1 as ind\u00fastrias de bens de produ\u00e7\u00e3o, destacam- localizada a escola, planeje uma -se, por sua import\u00e2ncia, as metal\u00fargicas (pro- visita a essa ind\u00fastria. Informe dutoras de metais), as petroqu\u00edmicas (que a empresa que a visita tem por transformam o petr\u00f3leo em \u00f3leo diesel, gaso- objetivo conhecer o processo lina, pl\u00e1sticos, asfalto, etc.) e as sider\u00fargicas. produtivo e que \u00e9 desej\u00e1vel que Os produtos fabricados por esse tipo de ind\u00fas- os alunos possam observar algu- tria s\u00e3o b\u00e1sicos, indispens\u00e1veis para a exist\u00eancia de in\u00fameras f\u00e1bricas. Por essa mas etapas do processo. Agen- raz\u00e3o, tais ind\u00fastrias s\u00e3o conhecidas tamb\u00e9m como ind\u00fastrias de base. de a visita com anteced\u00eancia e oriente os alunos na elabora\u00e7\u00e3o \u2022 Ind\u00fastrias de bens intermedi\u00e1rios: produzem m\u00e1quinas e equipamentos uti- de perguntas sobre a proced\u00ean- cia da mat\u00e9ria-prima, as etapas lizados por outras f\u00e1bricas. Destacam-se as ind\u00fastrias mec\u00e2nicas (que atuam do processo produtivo, o produ- na produ\u00e7\u00e3o de m\u00e1quinas) e as de equipamentos (respons\u00e1veis pela produ\u00e7\u00e3o to final e suas caracter\u00edsticas, de pe\u00e7as, ferramentas, etc.). a proced\u00eancia das m\u00e1quinas e dos equipamentos utilizados, \u2022 Ind\u00fastrias de bens de consumo: fabricam produtos que ser\u00e3o consumidos os canais de distribui\u00e7\u00e3o dos produtos e sobre os clientes. Es- diretamente pelas pessoas. Podem ser divididas em ind\u00fastrias de bens de sa atividade vai contribuir para consumo n\u00e3o dur\u00e1veis, que fabricam bens que s\u00e3o consumidos rapidamente o desenvolvimento da CEGEF5. (alimentos, roupas, rem\u00e9dios, bebidas, etc.) e de bens de consumo dur\u00e1veis, as Solicite aos alunos que prepa- quais produzem bens que s\u00e3o consumidos em um per\u00edodo relativamente lon- rem material para as anota\u00e7\u00f5es go (m\u00f3veis, eletrodom\u00e9sticos, autom\u00f3veis, microcomputadores, etc.). e para gravar. A ind\u00fastria de transforma\u00e7\u00e3o \u00e9 a mais importante na economia de um pa\u00eds. Foi a Ap\u00f3s a visita, proponha aos partir de seu surgimento e de sua expans\u00e3o que outros tipos de ind\u00fastria, como a alunos que confeccionem um extrativa e a de constru\u00e7\u00e3o, se desenvolveram. painel mostrando o processo produtivo da ind\u00fastria que vi- 80 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o sitaram. Auxilie-os na organiza- \u00e7\u00e3o do conte\u00fado por etapas do processo. O trabalho pode ser executado em grupos menores, de modo que cada grupo se res- ponsabilize por uma etapa da produ\u00e7\u00e3o. Desafie os alunos a pensar em formas visuais de apresentar o painel, utilizando esquemas, fotografias ou dese- nhos. \u00c9 interessante que fa\u00e7am o esbo\u00e7o primeiro. Essa atividade visa trabalhar a CGEB4. 80 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Chico Ferreira\/Pulsar ImagensInd\u00fastria extrativa Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas A ind\u00fastria passou a ser o setor-chave Extra\u00e7\u00e3o de calc\u00e1rio em Oriente os alunos a ler o texto da economia dos pa\u00edses a partir da Revolu- jazida no munic\u00edpio Almirante e a observar as fotografias. \u00c9 im- \u00e7\u00e3o Industrial. V\u00e1rias outras atividades fo- Tamandar\u00e9 (PR), em 2016. O portante que tenham compreen- ram impactadas com a industrializa\u00e7\u00e3o. O calc\u00e1rio \u00e9 bastante utilizado dido o que \u00e9 a ind\u00fastria extrativa extrativismo, por exemplo, em grande par- na produ\u00e7\u00e3o de cal, cimento e a de constru\u00e7\u00e3o. te, transformou-se na ind\u00fastria extrativa. e na fabrica\u00e7\u00e3o de vidro; na Isso ocorreu porque as duas caracter\u00edsticas agricultura, para corrigir a Estimule-os a pensar para qual essenciais da produ\u00e7\u00e3o industrial \u2013 meca- acidez dos solos, bem como ind\u00fastria v\u00e3o os materiais obtidos niza\u00e7\u00e3o e produ\u00e7\u00e3o em s\u00e9rie \u2013 passaram fornecer c\u00e1lcio e magn\u00e9sio pela ind\u00fastria extrativa, mobili- tamb\u00e9m a fazer parte do extrativismo. para a nutri\u00e7\u00e3o das plantas. zando a CEGEF2. O intuito \u00e9 que eles compreendam que as ativi- Esse processo, praticado com instru- dades da ind\u00fastria extrativa fa- mentos rudimentares por homens e mulheres desde antes da inven\u00e7\u00e3o da escrita, zem parte da cadeia de produ\u00e7\u00e3o transformou-se em uma atividade industrial que tem import\u00e2ncia fundamental para de artigos que envolvem outros o crescimento econ\u00f4mico. \u00c9 o caso da minera\u00e7\u00e3o, feita com o emprego de m\u00e1quinas tipos de ind\u00fastria, tanto de trans- modernas que conseguem extrair quantidades enormes de min\u00e9rio das jazidas. S\u00e3o forma\u00e7\u00e3o como de constru\u00e7\u00e3o. exemplos de ind\u00fastria extrativa a extra\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo e as minas de ferro ou bauxita altamente mecanizadas. Destaque a import\u00e2ncia da ind\u00fastria de constru\u00e7\u00e3o para a Ind\u00fastria de constru\u00e7\u00e3o sociedade e o desenvolvimento econ\u00f4mico. Explique que as obras Com a Revolu\u00e7\u00e3o Industrial a atividade de constru\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m se transformou executadas por essas ind\u00fastrias em uma ind\u00fastria. A constru\u00e7\u00e3o de instala\u00e7\u00f5es de grande porte, como portos, rodo- normalmente s\u00e3o extensas e re- vias e pontes, bem como a de edif\u00edcios e, muitas vezes, at\u00e9 mesmo casas, passou a querem muitos trabalhadores, ser feita com m\u00e1quinas. Tamb\u00e9m se tornou comum a utiliza\u00e7\u00e3o de paredes ou pisos pois grande parte dos servi\u00e7os pr\u00e9-fabricados, obtendo-se, assim, uma produ\u00e7\u00e3o r\u00e1pida e em s\u00e9rie. Na ind\u00fastria de deve ser executada manualmen- constru\u00e7\u00e3o, destacam-se: te. Por isso, elas s\u00e3o importantes para a gera\u00e7\u00e3o de empregos. Ao \u2022 ind\u00fastria da constru\u00e7\u00e3o naval: atua na fabrica\u00e7\u00e3o de navios; gerar mais empregos, aumenta \u2022 ind\u00fastria da constru\u00e7\u00e3o civil: atua na produ\u00e7\u00e3o de casas e edif\u00edcios residenciais, a capacidade de consumo das pessoas e, por consequ\u00eancia, comerciais ou de servi\u00e7os; as vendas dos com\u00e9rcios que, por sua vez, demandam maior \u2022 ind\u00fastria da constru\u00e7\u00e3o pesada: respons\u00e1vel pela constru\u00e7\u00e3o de rodovias, ae- produ\u00e7\u00e3o industrial. No entan- to, para que essa ind\u00fastria gere roportos, t\u00faneis, pontes e usinas hidrel\u00e9tricas. tamanha sinergia e que ela se- ja cont\u00ednua, \u00e9 necess\u00e1rio haver Delfim Martins\/Tyba pol\u00edticas governamentais em re- la\u00e7\u00e3o a projetos de constru\u00e7\u00e3o Oper\u00e1rios em canteiro de e incentivos para as empresas obras no munic\u00edpio de Brejo desse ramo, visto que o retorno Santo (CE), em 2015, trabalham do investimento feito pelas em- em constru\u00e7\u00e3o de um presas n\u00e3o \u00e9 imediato. Ressal- reservat\u00f3rio, parte do projeto te, por\u00e9m, que os contratos dos de integra\u00e7\u00e3o do rio S\u00e3o projetos e as determina\u00e7\u00f5es de Francisco com as bacias incentivos precisam ser bem pla- hidrogr\u00e1ficas do Nordeste. nejados e calculados para evitar onera\u00e7\u00f5es futuras. Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 81 Se oportuno, informe os alu- nos que o Brasil \u00e9 um grande exportador de min\u00e9rio de ferro e de ni\u00f3bio. O texto abaixo ofere- ce subs\u00eddios para explicar essa informa\u00e7\u00e3o. Texto complementar [...] o teor de Ferro no min\u00e9rio brasileiro, de acordo com U.S. Geo- ano. Acredita-se que o elemento \u00e9 cr\u00edtico para o desenvolvimento logical Survey e a Confer\u00eancia das Na\u00e7\u00f5es Unidas para o Com\u00e9r- tecnol\u00f3gico mundial pois apresenta leveza e propriedades refrat\u00e1rias, cio e Desenvolvimento (UNCTAD), \u00e9 superior ao chin\u00eas. Por isso, sendo utilizado na produ\u00e7\u00e3o de a\u00e7os com fins especiais e superligas mesmo com produ\u00e7\u00e3o inferior, o potencial sider\u00fargico \u00e9 maior. [...]. utilizadas em componentes de foguetes. As maiores reservas encon- As principais reservas est\u00e3o em Minas Gerais, Par\u00e1, Bahia e Mato tram-se em Minas Gerais, Amazonas e Goi\u00e1s. Grosso do Sul. PORTAL da ind\u00fastria. Ind\u00fastria extrativa. Dispon\u00edvel em: O Brasil det\u00e9m 98% das reservas mundiais de ni\u00f3bio, e \u00e9 respon- <www.portaldaindustria.com.br\/cni\/canais\/brazil-4-business\/ s\u00e1vel por 92% das exporta\u00e7\u00f5es mundiais com 70 mil toneladas ao industria-extrativa\/#tab-4>. Acesso em: 11 set. 2018. 81MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 1. Os produtos fabricados por esse tipo de ind\u00fastria \u2013 como ferro e a\u00e7o, outros metais, pl\u00e1sticos, asfalto, etc. \u2013 s\u00e3o indispens\u00e1veis para a exist\u00eancia de muitas f\u00e1bricas. Por essa raz\u00e3o, tais ind\u00fastrias s\u00e3o tamb\u00e9m conhecidas como ind\u00fastrias de base. Atividade 2: Espera-se que os alunos expliquem que as in- Texto e a\u00e7\u00e3o d\u00fastrias de bens intermedi\u00e1rios produzem m\u00e1quinas e equipa- 1 Explique por que a ind\u00fastria de bens de produ\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m \u00e9 conhecida como ind\u00fastria de base. mentos utilizados por outras f\u00e1bricas. Sem esse tipo de in- 2 Comente a import\u00e2ncia da ind\u00fastria de bens intermedi\u00e1rios. Resposta pessoal. d\u00fastria, o processo de industria- liza\u00e7\u00e3o n\u00e3o avan\u00e7a muito, pois 3 Sobre a ind\u00fastria de bens de consumo, cite o que \u00e9, d\u00ea tr\u00eas exemplos de bens de consumo dur\u00e1veis ser\u00e1 preciso importar os bens e tr\u00eas de bens de consumo n\u00e3o dur\u00e1veis que voc\u00ea utiliza no seu dia a dia. Resposta pessoal. que s\u00e3o indispens\u00e1veis. 4 Cite dois exemplos de recursos obtidos a partir da ind\u00fastria extrativa. Atividade 3: As ind\u00fastrias de bens de consumo fabricam A extra\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo e as jazidas de ferro ou bauxita altamente mecanizadas s\u00e3o dois exemplos de recursos obtidos a produtos que s\u00e3o consumidos diretamente pelas pessoas. Po- 5 Observe o mapa abaixo e depois responda \u00e0s quest\u00f5es: partir da ind\u00fastria extrativa. dem ser divididas em: ind\u00fastrias de bens de consumo n\u00e3o du- 0\u00ba Tr\u00f3pico de C\u00e2ncer r\u00e1veis, que fabricam bens que s\u00e3o consumidos rapidamente; NORUEGA SU\u00c9CIA e ind\u00fastrias de bens de consu- mo dur\u00e1veis, cujos produtos s\u00e3o REINO UNIDO PA\u00cdSES BAIXOS consumidos em um per\u00edodo rela- tivamente longo. Os alunos po- IRLANDA POL\u00d4NIA der\u00e3o citar exemplos de bens de B\u00c9LGICA ALEMANHA consumo dur\u00e1veis e n\u00e3o dur\u00e1veis que utilizam em seu dia a dia, N FRAN\u00c7A \u00c1USTRIA tais como: microcomputador, televis\u00e3o, livros, cama, cadeira, ESPANHA IT\u00c1LIA TURQUIA mesa, celular (bens de consumo dur\u00e1veis); refrigerantes, roupas, 0 1 130 km SU\u00cd\u00c7A comida industrializada, produtos de limpeza, etc. (bens de consu- Mundo: pa\u00edses mais industrializados (2015)* mo n\u00e3o dur\u00e1veis). N C\u00edrculo Polar \u00c1rtico Meridiano de Greenwich0\u00ba OCEANO GLACIAL \u00c1RTICO Atividade 5, item c: Esclare\u00e7a OL Portal de Mapas\/Arquivo da editoraR\u00daSSIA que, at\u00e9 por volta do final do s\u00e9- culo XIX, essa era a opini\u00e3o do- S CANAD\u00c1 IRAQUE CHINA JAP\u00c3O minante, em raz\u00e3o de os atuais Tr\u00f3pico de C\u00e2ncer ESTADOS pa\u00edses desenvolvidos terem sido UNIDOS IR\u00c3 COREIA os primeiros a se industrializar. BUT\u00c3O DO SUL Entretanto, com o novo conceito M\u00c9XICO EGITO de desenvolvimento, que al\u00e9m do \u00cdNDIA aspecto econ\u00f4mico, considera OCEANO NIG\u00c9RIA AR\u00c1BIA EMIRADOS TAIL\u00c2NDIA FILIPINAS relevantes os fatores humano e ATL\u00c2NTICO SAUDITA OCEANO social (incluindo sa\u00fade e educa- \u00e7\u00e3o, e muitas vezes tamb\u00e9m sus- Equador COL\u00d4MBIA BRASIL \u00c1RABES MAL\u00c1SIA PAC\u00cdFICO tentabilidade, democracia, etc.), UNIDOS associado \u00e0 r\u00e1pida industrializa- 0\u00ba \u00e7\u00e3o da \u00cdndia e China, houve uma desvincula\u00e7\u00e3o entre industriali- OCEANO CATAR INDON\u00c9SIA za\u00e7\u00e3o e desenvolvimento. A China PAC\u00cdFICO OCEANO AUSTR\u00c1LIA e a \u00cdndia ainda possuem graves \u00cdNDICO problemas sociais e ambientais, com enormes desigualdades in- Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio ternas (sociais e regionais) e, ainda assim, s\u00e3o pa\u00edses muito ARGENTINA \u00c1FRICA Valor da produ\u00e7\u00e3o industrial em um ano, industrializados. Comente com DO SUL em 2015 (em bilh\u00f5es de d\u00f3lares) os alunos que tamb\u00e9m o Brasil, C\u00edrculo Polar Ant\u00e1rtico assim como os pa\u00edses menciona- 0 2 050 4 100 km OCEANO GLACIAL ANT\u00c1RTICO 1 000 dos, \u00e9 considerado industrializa- do, no entanto n\u00e3o \u00e9 considerado 500 desenvolvido. Procure expor as 200 raz\u00f5es dessa situa\u00e7\u00e3o. 80 Fonte: elaborado com base em dados do WORLD BANK. Industry, value added 2015 (current US$). Dispon\u00edvel em: <http:\/\/data.worldbank.org\/indicator\/NV.IND.TOTL.CD>. Acesso em: 21 mar. 2018. * Foram representados neste mapa somente os pa\u00edses mais industrializados do mundo, ou seja, aqueles com o valor da produ\u00e7\u00e3o industrial durante um ano maior ou igual a 80 bilh\u00f5es de d\u00f3lares. Esses 38 pa\u00edses representados no mapa possuem, juntos, cerca de 90% da produ\u00e7\u00e3o industrial total do globo. Nos casos da Ar\u00e1bia Saudita, Emirados \u00c1rabes e Catar, essa produ\u00e7\u00e3o \u00e9 essencialmente da ind\u00fastria extrativa do petr\u00f3leo. Cabe destacar que praticamente todos os pa\u00edses do mundo possuem alguma atividade industrial, embora boa parte deles ainda tenha como base as atividades prim\u00e1rias (agropecu\u00e1ria ou minera\u00e7\u00e3o, principalmente). Outro fator relevante \u00e9 que a China sozinha produz quase um quarto de toda a produ\u00e7\u00e3o industrial do mundo (23% em 2015), ao passo que h\u00e1 40 anos sua produ\u00e7\u00e3o industrial era bem pequena em termos internacionais. China, Estados Unidos e Jap\u00e3o, somados, t\u00eam atualmente mais da metade do valor da produ\u00e7\u00e3o industrial do mundo. 5. a) Estados Unidos da Am\u00e9rica (Am\u00e9rica); China, \u00cdndia e Jap\u00e3o (\u00c1sia); Alemanha (Europa). 5. b) Brasil, M\u00e9xico e Argentina. Na pesquisa o aluno pode encontrar dados que o far\u00e1 citar o Chile e a Col\u00f4mbia. a) Quais s\u00e3o os cinco pa\u00edses mais industrializados do mundo? Onde eles se localizam? b) Quais s\u00e3o os pa\u00edses mais industrializados da Am\u00e9rica Latina? c) Muitos estudiosos consideram como desenvolvidos os pa\u00edses industrializados. Voc\u00ea concorda com essa interpreta\u00e7\u00e3o? Por qu\u00ea? Troque ideias com os colegas. 5. c) Resposta pessoal. Espera-se que o aluno, caso concorde ou n\u00e3o, apresente um ou mais argumentos que justifiquem a sua opini\u00e3o. Considere que o caso da \u00cdndia, entre outros, coloca 82 UNIDADE 2 \u2022 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o em d\u00favida essa identifica\u00e7\u00e3o entre industrializa\u00e7\u00e3o e desenvolvimento. 82 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","3 Ind\u00fastria e energia Energia renov\u00e1vel: \u00e9 a Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas energia que procede de A ind\u00fastria exige cada vez mais energia. Geralmente, quanto mais industrializado recursos que s\u00e3o Verifique se os alunos com- o pa\u00eds, maior a quantidade de energia que ele utiliza. reabastecidos preenderam o conceito de fontes naturalmente. S\u00e3o de energia e a diferen\u00e7a entre as Energia \u00e9 a capacidade de realizar trabalho: utilizamos energia para levantar um exemplos o vento, as fontes de energia renov\u00e1veis e peso, apertar um parafuso, movimentar um autom\u00f3vel ou acionar uma m\u00e1quina. No chuvas e a radia\u00e7\u00e3o solar. n\u00e3o renov\u00e1veis. Se necess\u00e1rio, entanto, para produzir energia, precisamos das chamadas fontes de energia, que s\u00e3o organize um quadro classificando elementos que permitem aos seres humanos produzir e multiplicar sua capacidade de os tipos de fonte de energia: n\u00e3o trabalho. S\u00e3o exemplos de fontes de energia: a for\u00e7a muscular humana; a for\u00e7a de renov\u00e1veis e renov\u00e1veis. animais de tra\u00e7\u00e3o (como o boi, o cavalo, o burro); a madeira, o carv\u00e3o, o petr\u00f3leo e outros combust\u00edveis, que fornecem calor ao serem queimados; o vento e a \u00e1gua corrente, cuja Esclare\u00e7a que o petr\u00f3leo e o for\u00e7a pode ser usada para movimentar m\u00e1quinas e fornecer energia el\u00e9trica. carv\u00e3o, al\u00e9m de causarem po- lui\u00e7\u00e3o, s\u00e3o recursos finitos, pois At\u00e9 a Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, quando a humanidade praticamente n\u00e3o usava m\u00e1qui- levam milh\u00f5es de anos para se nas, as principais fontes de energia eram a for\u00e7a muscular das pessoas e dos animais formarem e seu uso \u00e9 muito in- dom\u00e9sticos, al\u00e9m da madeira e do carv\u00e3o; o vento e a \u00e1gua eram utilizados para mover tenso. Explique que o uso desses os moinhos. Essas fontes de energia s\u00e3o consideradas tradicionais, pois s\u00e3o usadas h\u00e1 produtos cresceu muito ap\u00f3s a mil\u00eanios. A partir da Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, surgiram modernas fontes de energia: o Revolu\u00e7\u00e3o Industrial. Comen- carv\u00e3o mineral, o petr\u00f3leo, o g\u00e1s natural, a \u00e1gua (agora empregada para gerar eletrici- te que a busca pelas fontes de dade) e o \u00e1tomo (que fornece energia nuclear). energia alternativa ou renov\u00e1- vel adv\u00e9m da preocupa\u00e7\u00e3o em Com a Revolu\u00e7\u00e3o Industrial, o carv\u00e3o passou a ser intensamente explorado. Depois, se diminuir a depend\u00eancia do com o advento da ind\u00fastria automobil\u00edstica, o petr\u00f3leo o suplantou como a principal petr\u00f3leo e do carv\u00e3o e, conse- fonte de energia mundial. quentemente, aliviar a polui\u00e7\u00e3o e o efeito estufa causado pelo Desde as \u00faltimas d\u00e9cadas do s\u00e9culo XX, tem crescido o uso de energias alterna- uso desses recursos n\u00e3o renov\u00e1- tivas, ou renov\u00e1veis, que aos poucos v\u00e3o substituindo o petr\u00f3leo e o carv\u00e3o, duas veis. Este tema permite tangen- fontes muito poluidoras e que n\u00e3o se renovam naturalmente. As energias alternativas, ciar as habilidades EF07GE05\/ al\u00e9m de serem renov\u00e1veis, produzem menores impactos ambientais negativos. S\u00e3o EF07GE08. exemplos de fontes alternativas os ventos \u2013 agora n\u00e3o apenas para mover moinhos, mas para gerar eletricidade \u2013, a energia solar, as mar\u00e9s, a biomassa, entre outras. O Para aprofundar Brasil se destaca na gera\u00e7\u00e3o da energia hidrel\u00e9trica, ou seja, na gera\u00e7\u00e3o de energia pela movimenta\u00e7\u00e3o das \u00e1guas de rios e ultimamente vem expandido os parques que usam Fontes de Energia e Formas a energia e\u00f3lica (dos ventos). As usinas hidrel\u00e9tricas tamb\u00e9m utilizam uma fonte re- de Energia nov\u00e1vel de energia e est\u00e3o presentes em v\u00e1rios pa\u00edses, especialmente China, Brasil, Estados Unidos, Canad\u00e1, R\u00fassia e \u00cdndia. Dispon\u00edvel em: <www.epe. gov.br\/pt\/abcdenergia\/fontes- Andre Dib\/Pulsar Imagens de-energia> e <www.epe.gov. br\/pt\/abcdenergia\/formas- de-energia>. Acessos em: 11 set. 2018. Para auxiliar no encami- nhamento do assunto, sugeri- mos a leitura do conte\u00fado do portal da Empresa de Pesqui- sa Energ\u00e9tica, prestadora de servi\u00e7os para o Minist\u00e9rio de Minas e Energia. Grande parte da energia el\u00e9trica produzida e consumida no Brasil \u00e9 proveniente das hidrel\u00e9tricas. Na foto, de 2016, vista a\u00e9rea da usina hidrel\u00e9trica de Xing\u00f3, constru\u00edda pr\u00f3ximo ao munic\u00edpio de Piranhas (AL). Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 83 83MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Matriz energ\u00e9tica brasileira Oriente a leitura do texto e dos Matriz energ\u00e9tica \u00e9 o conjunto de fontes de energia utilizadas por um pa\u00eds ou gr\u00e1ficos. Espera-se que os alu- regi\u00e3o em todos os seus setores de atividades econ\u00f4micas: ind\u00fastrias, agricultura, nos compreendam o conceito de resid\u00eancias, transportes, etc. \u00c9 o que se chama oficialmente de consumo prim\u00e1rio matriz energ\u00e9tica e sua classifi- de energia, ou seja, a utiliza\u00e7\u00e3o de energia em suas variadas formas: eletricidade, ca\u00e7\u00e3o. Estimule-os a comparar combust\u00edveis, lenha ou carv\u00e3o para aquecimento, etc. Quando uma matriz energ\u00e9- os gr\u00e1ficos, contemplando a ha- tica faz uso principalmente de fontes renov\u00e1veis, ela \u00e9 considerada \u201climpa\u201d. J\u00e1 quan- bilidade EF07GE10, e verifique se do se utilizam fontes de energias n\u00e3o renov\u00e1veis, sobretudo as de origem f\u00f3ssil eles compreendem que, por uti- (carv\u00e3o mineral e petr\u00f3leo), as mais poluidoras, trata-se de uma matriz energ\u00e9tica lizar a hidroeletricidade e o eta- \u201csuja\u201d ou n\u00e3o renov\u00e1vel. Compare a matriz energ\u00e9tica do Brasil com a do mundo em nol, o Brasil possui uma matriz 2016 nos dois gr\u00e1ficos a seguir. energ\u00e9tica mais limpa do que a m\u00e9dia mundial. Brasil: matriz energ\u00e9tica (2016) Mundo: matriz energ\u00e9tica (2016) Comente que o Acordo de Pa- Andr\u00e9 Ara\u00fajo\/Arquivo da editora 1,5% 5,4% 0,7% 6,9% 4,5% 3,2% Andr\u00e9 Ara\u00fajo\/Arquivo da editora ris, em vigor desde 2016, \u00e9 um Energia Outras Outras renov\u00e1veis Hidr\u00e1ulica Energia nuclear Outras renov\u00e1veis tratado mundial que visa dimi- nuclear renov\u00e1veis (biomassa, e\u00f3lica, (biomassa, e\u00f3lica, solar, nuir a emiss\u00e3o de gases causa- solar, das mar\u00e9s, das mar\u00e9s, etc.) dores do efeito estufa a partir de 17,5% etc.) 2020, como forma de contraba- Derivados da lan\u00e7ar os efeitos das mudan\u00e7as cana-de-a\u00e7\u00facar 36,5% 33,2% clim\u00e1ticas no planeta, limitando Petr\u00f3leo e Petr\u00f3leo e o aquecimento global a 2 \u00b0C. Esse 5,5% derivados derivados acordo prev\u00ea que cada pa\u00eds signa- Carv\u00e3o t\u00e1rio deve estabelecer suas me- mineral 24,1% tas, chamadas de Contribui\u00e7\u00f5es G\u00e1s natural Nacionalmente Determinadas (NDC, sigla em ingl\u00eas). O Brasil 8% 12,3% 12,6% 28,1% comprometeu-se em reduzir em Lenha e G\u00e1s natural Hidr\u00e1ulica Carv\u00e3o mineral 37% as emiss\u00f5es desses gases carv\u00e3o vegetal at\u00e9 2025 (tendo como refer\u00ean- cias as emiss\u00f5es de 2005), e Fonte: elaborado com base em EPE. Balan\u00e7o energ\u00e9tico nacional, 2017. Fonte: elaborado com base em BP STATISTICAL Review of World Energy, em at\u00e9 43% at\u00e9 2030. Entre as Dispon\u00edvel em: <https:\/\/ben.epe.gov.br\/downloads\/S%C3%ADntese%20do junho 2017. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/www.bp.com\/en\/global\/corporate\/ estrat\u00e9gias necess\u00e1rias para %20Relat%C3%B3rio%20Final_2017_Web.pdf>. Acesso em: 11 jul. 2018. energy-economics\/statistical-review-of-world-energy.html>. Acesso em: se alcan\u00e7ar este objetivo, des- 30 set. 2018. tacam-se: Como se observa nos gr\u00e1ficos, tanto a matriz energ\u00e9tica Vanderlei Tacchio\/ Divulga\u00e7\u00e3o Eletrosul \u2022 o aumento na participa\u00e7\u00e3o mundial (m\u00e9dia de todos os pa\u00edses do globo) como a brasileira s\u00e3o da bioenergia na matriz ener- consideradas \u201csujas\u201d, pois usam mais fontes de energia n\u00e3o re- g\u00e9tica para aproximadamen- nov\u00e1veis. Entretanto, o Brasil usa menos fontes n\u00e3o renov\u00e1veis te 18%; que a m\u00e9dia do restante do planeta; isso significa que em termos comparativos nossa matriz energ\u00e9tica \u00e9 mais \u201climpa\u201d, gra\u00e7as ao \u2022 o cumprimento do C\u00f3digo uso intensivo da energia hidr\u00e1ulica (que produziu cerca de 68% da Florestal, erradicando o des- eletricidade no Brasil em 2016) e ao etanol, amplamente usado matamento da Amaz\u00f4nia ile- no pa\u00eds como combust\u00edvel nos ve\u00edculos automotivos. gal e restaurando 12 milh\u00f5es de hectares de florestas; Outro importante avan\u00e7o rumo a uma matriz energ\u00e9tica mais renov\u00e1vel tem sido a amplia\u00e7\u00e3o dos parques e\u00f3licos, que produ- \u2022 o aumento da participa\u00e7\u00e3o zem eletricidade a partir da for\u00e7a dos ventos. A energia e\u00f3lica, de energias renov\u00e1veis pa- praticamente inexistente no Brasil at\u00e9 o final do s\u00e9culo passado, ra 45% da matriz energ\u00e9tica j\u00e1 produziu 5,4% da energia el\u00e9trica do pa\u00eds em 2016. at\u00e9 2030, com a expans\u00e3o da participa\u00e7\u00e3o da energia Parque E\u00f3lico Geribatu, no munic\u00edpio de Santa Vit\u00f3ria do Palmar (RS), em 2015. h\u00eddrica para 33%; Esse parque faz parte do Complexo E\u00f3lico Campos Neutrais, o maior do Brasil e da \u2022 a restaura\u00e7\u00e3o de 15 milh\u00f5es Am\u00e9rica Latina, que produz energia el\u00e9trica para mais de 3 milh\u00f5es de pessoas. de hectares de pastagens degradadas e aumento de 84 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 5 milh\u00f5es de hectares em sistemas de integra\u00e7\u00e3o la- Texto complementar voura-pecu\u00e1ria-florestas at\u00e9 2030; Caminhos flex\u00edveis para a matriz energ\u00e9tica A manuten\u00e7\u00e3o da elevada participa\u00e7\u00e3o de fontes renov\u00e1veis em sua matriz \u00e9 um desafio para o Brasil, mas \u00e9 interessante observar que \u2022 a amplia\u00e7\u00e3o de medidas de O Brasil se destaca por possuir j\u00e1 hoje uma matriz energ\u00e9tica com as estrat\u00e9gias naturais de expans\u00e3o da oferta \u2013 como a penetra\u00e7\u00e3o efici\u00eancia energ\u00e9tica e o uso grande participa\u00e7\u00e3o de fontes renov\u00e1veis, realidade verificada em de renov\u00e1veis e a amplia\u00e7\u00e3o da participa\u00e7\u00e3o de combust\u00edveis reno- de tecnologias limpas no se- poucos pa\u00edses no mundo. Isso significa que as emiss\u00f5es de gases v\u00e1veis nos setores industrial e de transportes, por exemplo \u2013 fazem tor industrial; de efeito estufa por unidade de energia consumida no Brasil s\u00e3o sentido econ\u00f4mico para o pa\u00eds. [...] pequenas comparativamente a outros pa\u00edses. Contudo, em rela\u00e7\u00e3o \u2022 a melhoria da infraestrutura aos indicadores socioecon\u00f4micos, o Brasil ter\u00e1 que superar desafios BRASIL; MINIST\u00c9RIO DE MINAS E ENERGIA; EMPRESA DE de transportes rodovi\u00e1rios para atingir padr\u00f5es de consumo compar\u00e1veis aos de pa\u00edses desen- PESQUISA ENERG\u00c9TICA. Plano Decenal de Expans\u00e3o de Energia 2026. e no transporte p\u00fablico em volvidos e isso impactar\u00e1 diretamente na demanda de energia. [...] \u00e1reas urbanas. Bras\u00edlia: MME\/EPE, 2017. p. 252. 84 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","4 A industrializa\u00e7\u00e3o no Brasil Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Denomina-se industrializa\u00e7\u00e3o o processo de implanta\u00e7\u00e3o de ind\u00fastrias em um Oriente os alunos a ler o tex- pa\u00eds ou regi\u00e3o. Geralmente, a partir desse processo, a atividade industrial se trans- to e a observar a fotografia. Ga- forma no setor-chave da economia, ou seja, aquele que acaba impulsionando os ranta que eles compreendam o demais. A industrializa\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m costuma levar \u00e0 urbaniza\u00e7\u00e3o e a certa subordina- conceito de industrializa\u00e7\u00e3o e \u00e7\u00e3o do campo \u00e0 cidade. O meio rural passa a produzir essencialmente para o urbano: os fatores que impulsionaram mat\u00e9rias-primas para a ind\u00fastria, bem como g\u00eaneros aliment\u00edcios para a popula\u00e7\u00e3o tal processo no Brasil. Neste que se concentra nas cidades. A industrializa\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m modifica profundamente o momento, \u00e9 poss\u00edvel contem- espa\u00e7o geogr\u00e1fico, alterando grande parte da natureza original, predominando um plar as habilidades EF07GE02, ambiente humanizado com enormes cidades, asfalto, concreto, edif\u00edcios e resid\u00eancias, al\u00e9m de planta\u00e7\u00f5es no lugar da vegeta\u00e7\u00e3o nativa. No Brasil, um dos pa\u00edses em de- EF07GE05 e EF07GE08. senvolvimento (ou emergente) mais industrializados do mundo, o processo de indus- trializa\u00e7\u00e3o teve in\u00edcio no fim do s\u00e9culo XIX. Comente que a industrializa- \u00e7\u00e3o no pa\u00eds, a partir da d\u00e9cada de Fatores que propiciaram a 1930, ocorreu pelo processo de industrializa\u00e7\u00e3o substitui\u00e7\u00e3o de importa\u00e7\u00f5es. Por meio desse processo, foi poss\u00edvel Entre os fatores que propiciaram a industrializa\u00e7\u00e3o brasileira, podem-se citar: desenvolver o setor industrial e manufatureiro interno, diminuin- \u2022 a acumula\u00e7\u00e3o de capitais proporcionada pela exporta\u00e7\u00e3o de caf\u00e9, que era a Acumula\u00e7\u00e3o de do a depend\u00eancia de produtos e capitais: processo de capitais estrangeiros. Explique principal atividade econ\u00f4mica do pa\u00eds no final do s\u00e9culo XIX e na primeira me- acumula\u00e7\u00e3o de bens ou que foi por meio desse processo tade do XX. O dinheiro obtido com a venda do caf\u00e9 ao exterior permitiu a com- dinheiro, de patrim\u00f4nio, que os pa\u00edses do sudeste asi\u00e1ti- pra de m\u00e1quinas para as ind\u00fastrias que come\u00e7avam a surgir; de riqueza. co tamb\u00e9m se industrializaram. \u2022 a substitui\u00e7\u00e3o gradativa do trabalho escravo pelo assalariado, que ocorreu com Atividade complementar a vinda de imigrantes para trabalhar nas fazendas de caf\u00e9 do estado de S\u00e3o Se oportuno, assista com os alunos ao document\u00e1rio \u201cUm Paulo a partir de 1870, e continuou depois, com a aboli\u00e7\u00e3o da escravatura em Sonho Intenso\u201d (2013), dirigi- do por Jos\u00e9 Mariani. Por meio 1888. Vale lembrar que a m\u00e3o de obra oper\u00e1ria nas f\u00e1bricas modernas \u00e9 um dele, \u00e9 poss\u00edvel compreender o processo de industrializa\u00e7\u00e3o trabalho assalariado; e moderniza\u00e7\u00e3o do Brasil, bem como a inser\u00e7\u00e3o do pa\u00eds no cen\u00e1- \u2022 o crescimento de um mercado con- Alinari\/Getty Images rio econ\u00f4mico mundial, desde a Era Vargas at\u00e9 a primeira d\u00e9cada sumidor interno, consequ\u00eancia da do s\u00e9culo XXI. Participam desse document\u00e1rio economistas co- expans\u00e3o do trabalho assalariado. mo Maria da Concei\u00e7\u00e3o Tavares, Carlos Lessa, Jo\u00e3o Manuel Durante o per\u00edodo da escravid\u00e3o, Cardoso de Melo, Luiz Gonzaga Belluzzo, Ricardo Bielschowsky fazendeiros e comerciantes parti- e Lena Lavinas; os soci\u00f3logos Francisco de Oliveira e Adalberto cipavam efetivamente do mercado Cardoso; e o historiador Jos\u00e9 Murilo de Carvalho, para comen- consumidor, al\u00e9m de uma pequena tar cada momento que comp\u00f4s o processo de constru\u00e7\u00e3o do pa\u00eds, classe m\u00e9dia (funcion\u00e1rios p\u00fabli- trazendo olhares distintos sobre a tem\u00e1tica. cos, m\u00e9dicos, advogados, enge- Aproveite a oportunidade nheiros, etc.), pois os escravizados para trabalhar o material audiovisual que aborda a indus- \u2013 boa parte da popula\u00e7\u00e3o \u2013 n\u00e3o trializa\u00e7\u00e3o brasileira. tinham nenhum rendimento e, por Para aprofundar isso, n\u00e3o podiam adquirir bens. A FURTADO, Celso. Forma\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica do Brasil. 34. ed. partir do emprego da m\u00e3o de obra S\u00e3o Paulo: Companhia das Letras, 2007. assalariada, os trabalhadores pas- Trabalhadores em uma f\u00e1brica de sapatos, no munic\u00edpio de S\u00e3o Paulo (SP), por sam a fazer parte desse mercado volta de 1930. Nessa \u00e9poca, os trabalhadores cumpriam cargas hor\u00e1rias extensas, Na quarta e na quinta par- consumidor, embora dispusessem n\u00e3o tinham os direitos trabalhistas observados atualmente e recebiam sal\u00e1rios tes desse livro, o economista de baixos sal\u00e1rios. geralmente muito baixos. brasileiro analisa a economia cafeeira, a imigra\u00e7\u00e3o europeia, Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 85 a aboli\u00e7\u00e3o da escravid\u00e3o e o in\u00edcio da industrializa\u00e7\u00e3o no Brasil. 85MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Concentra\u00e7\u2039o industrial Oriente os alunos a ler o texto A lavoura cafeeira paulista experimentou, no s\u00e9culo XIX, extraordin\u00e1ria expans\u00e3o. Minha biblioteca e a observar a imagem. Verifique Concentraram-se no Centro-Sul, em particular nos arredores da cidade de S\u00e3o Paulo, se eles compreenderam o pro- cesso de industrializa\u00e7\u00e3o e o que os benef\u00edcios trazidos pela crescente exporta\u00e7\u00e3o de caf\u00e9: desenvolvimento de meios Brasil: do caf\u00e9 \u00e0 causou a concentra\u00e7\u00e3o industrial de transporte (ferrovias e rodovias), servi\u00e7os banc\u00e1rios, instala\u00e7\u00e3o de usinas geradoras ind\u00fastria, de Roberto na regi\u00e3o Sudeste, contemplan- de eletricidade, entre outros. Catelli Jr. S\u00e3o Paulo: do as habilidades EF07GE06 e Brasiliense, 1992. EF07GE07. N\u00e3o podemos esquecer que a cidade de S\u00e3o Paulo se tornou a mais industriali- A obra aborda o zada do pa\u00eds, pois beneficiou-se tamb\u00e9m pela sua posi\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica: como se cons- processo hist\u00f3rico da Destaque que a concentra\u00e7\u00e3o tituiu em um ponto de passagem obrigat\u00f3ria das mercadorias produzidas no interior implanta\u00e7\u00e3o e do industrial \u00e9 refor\u00e7ada pela pre- do estado para o porto de Santos (o mais importante do pa\u00eds desde essa \u00e9poca), S\u00e3o apogeu do caf\u00e9, sua sen\u00e7a de melhores estruturas Paulo expandiu-se com o intenso com\u00e9rcio e o desenvolvimento do setor banc\u00e1rio, contribui\u00e7\u00e3o para a (urbanas e vi\u00e1rias) para abrigar ligados principalmente ao caf\u00e9. industrializa\u00e7\u00e3o as f\u00e1bricas, a presen\u00e7a de m\u00e3o brasileira e a transi\u00e7\u00e3o de obra e de mercado consumi- Por esse motivo, a cidade de S\u00e3o Paulo concentrou de maneira mais expressiva para o trabalho dor para os produtos. O fato de assalariado. a regi\u00e3o Sudeste possuir essas condi\u00e7\u00f5es foi primordial para a o volume de capital obtido pela exporta\u00e7\u00e3o de caf\u00e9. Na cidade, tamb\u00e9m se desenvolveu concentra\u00e7\u00e3o industrial. o mercado consumidor mais importante do pa\u00eds, tanto pelo n\u00famero de compradores Para ilustrar, comente que a Companhia Sider\u00fargica Nacional como pela maior variedade de produtos industrializados oferecidos. e a Usiminas se instalaram, res- pectivamente, em Volta Redonda A industrializa\u00e7\u00e3o brasileira ini- Acervo UH\/Folhapress (RJ) e em Ipatinga (MG) atra\u00eddas pela proximidade em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s ciou-se com a produ\u00e7\u00e3o de bens de fontes de min\u00e9rio de ferro e pela exist\u00eancia de vias de escoamen- consumo n\u00e3o dur\u00e1veis, isto \u00e9, de bens to da sua produ\u00e7\u00e3o para outras ind\u00fastrias e portos. voltados para a satisfa\u00e7\u00e3o das neces- Para aprofundar sidades b\u00e1sicas da popula\u00e7\u00e3o. Como BARROS, Gustavo. O desen- exemplo podemos citar as ind\u00fastrias volvimento do setor sider\u00far- gico brasileiro entre 1900 e de alimentos, tecidos, bebidas e cal- 1940: crescimento e subs- titui\u00e7\u00e3o de importa\u00e7\u00f5es. Es- \u00e7ados, entre outras. Essas ind\u00fastrias tudos Econ\u00f4micos, S\u00e3o Paulo, jan.-mar. 2015, vol. 45, n. 1. n\u00e3o exigem grandes investimentos p. 153-183. para serem instaladas e costumam Dispon\u00edvel em: <http:\/\/ d x . d o i . o r g \/ 10 .159 0 \/ dar lucro em pouco tempo. Por isso, 0101-4161201545153gbs>. Acesso em: 11 set. 2018. tornam-se as primeiras a se instala- Por meio desse artigo, o au- rem em pa\u00edses ainda n\u00e3o industriali- tor mostra o crescimento da produ\u00e7\u00e3o sider\u00fargica no Brasil zados e com car\u00eancia de capitais. no in\u00edcio do s\u00e9culo XX, atrela- do \u00e0s crescentes demandas Apenas por volta dos anos 1930 internas, em decorr\u00eancia do processo de industrializa\u00e7\u00e3o, \u00e9 que se implantaram no Brasil as in- e trata da funda\u00e7\u00e3o da Com- panhia Sider\u00fargica Nacional d\u00fastrias de base, especialmente a si- (CSN), a primeira usina si- der\u00fargica integrada do pa\u00eds, der\u00fargica. Nos anos 1950 veio a ind\u00fas- dentro desse contexto. tria automobil\u00edstica, que at\u00e9 hoje \u00e9 a principal atividade industrial do pa\u00eds pelo volume e principalmente pelo va- F\u00e1brica de autom\u00f3veis em S\u00e3o Bernardo do Campo (SP), em 1958. lor de sua produ\u00e7\u00e3o. Com o tempo, a grande concentra\u00e7\u00e3o de ind\u00fastrias na cidade de S\u00e3o Paulo foi Transnacional: o mesmo que atingindo os munic\u00edpios vizinhos, como Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Bernardo do Campo, S\u00e3o multinacional ou empresa Caetano do Sul e Diadema (o chamado ABCD), e a Baixada Santista (Santos e Cuba- global, ou seja, uma empresa t\u00e3o). Com isso, essa regi\u00e3o tornou-se a regi\u00e3o industrial mais expressiva do Brasil, que atua em v\u00e1rios pa\u00edses. posi\u00e7\u00e3o que mant\u00e9m at\u00e9 hoje. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, Alguns poucos autores a cidade de S\u00e3o Paulo e seus arredores tornaram-se tamb\u00e9m a por\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o pretendem distinguir esses geogr\u00e1fico preferida pelas empresas transnacionais para a instala\u00e7\u00e3o de suas filiais tr\u00eas tipos de empresas, mas a em territ\u00f3rio brasileiro. maioria dos especialistas usa esses termos como sin\u00f4nimos. 86 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 86 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Desconcentra\u00e7\u2039o industrial Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Desde os anos 1970, vem ocorrendo uma relativa desconcentra\u00e7\u00e3o da atividade Ap\u00f3s a leitura do texto, solicite aos alunos que observem o mapa industrial no pa\u00eds: as ind\u00fastrias, embora ainda estejam bastante concentradas em S\u00e3o e conversem sobre o que leram. Verifique se eles compreende- Paulo, aos poucos est\u00e3o se espalhando por outras \u00e1reas e regi\u00f5es, principalmente ram as causas da desconcen- tra\u00e7\u00e3o industrial, a partir da Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Cear\u00e1, Pernambuco, Amazonas (sobretudo Manaus), d\u00e9cada de 1970. Destaque que, apesar disso, a regi\u00e3o Sudeste, Paran\u00e1, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. especialmente o estado de S\u00e3o Paulo, continua com maior con- Atualmente, essas \u00e1reas t\u00eam apresentado crescimento industrial maior do que centra\u00e7\u00e3o de ind\u00fastrias do que outras regi\u00f5es do pa\u00eds. As habi- S\u00e3o Paulo. Um dos motivos para isso \u00e9 conhecido como deseconomia de escala, que lidades EF07GE06, EF07GE07 e EF07GE09 s\u00e3o contempladas ocorre quando uma aglomera\u00e7\u00e3o urbana \u2013 neste caso, S\u00e3o Paulo e seus arredores \u2013 neste momento. torna-se desfavor\u00e1vel \u00e0 implanta\u00e7\u00e3o de novas empresas em raz\u00e3o dos custos eleva- Comente com eles que a cria\u00e7\u00e3o da Zona Franca de Ma- dos de impostos, terrenos demasiadamente caros, congestionamentos frequentes no naus tamb\u00e9m contribuiu para a desconcentra\u00e7\u00e3o industrial. tr\u00e2nsito, problemas de seguran\u00e7a, polui\u00e7\u00e3o, maiores custos com alimenta\u00e7\u00e3o e mora- O projeto, regulamentado pelo Decreto-lei n. 288 de 28 de fe- dia para os trabalhadores, etc. vereiro de 1967, afirma, em seu artigo 1o, que: Na d\u00e9cada de 1960, a cidade de S\u00e3o Paulo dava mostras de certo esgotamento [\u2026] A Zona Franca de Manaus e havia, at\u00e9 os anos 1970, uma procura por novas instala\u00e7\u00f5es industriais nos arredo- \u00e9 uma \u00e1rea de livre com\u00e9rcio de importa\u00e7\u00e3o e exporta\u00e7\u00e3o e de res (ABCD, Baixada Santista, regi\u00e3o de Campinas). A partir dos anos 1980, essa realo- incentivos fiscais especiais, es- tabelecida com a finalidade de ca\u00e7\u00e3o dos investimentos industriais prosseguiu tanto para o interior do estado de S\u00e3o criar no interior da Amaz\u00f4nia um centro industrial, comercial Paulo quanto, principalmente, para outros estados da federa\u00e7\u00e3o. e agropecu\u00e1rio dotado de condi- \u00e7\u00f5es econ\u00f4micas que permitam Tamb\u00e9m contribuiu para a deseconomia de escala na Grande S\u00e3o Paulo a atua\u00e7\u00e3o seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande de diversos sindicatos de trabalhadores na regi\u00e3o, que, nos anos 1970, foram a van- dist\u00e2ncia, a que se encontram, os centros consumidores de seus guarda das reivindica\u00e7\u00f5es salariais e da promo\u00e7\u00e3o de greves. Dessa forma, a m\u00e9dia produtos. salarial na ind\u00fastria era \u2013 e ainda \u00e9 \u2013 bem maior em S\u00e3o Paulo, particularmente na BRASIL. Decreto-lei n. 288, de 28 de fevereiro de 1967. Dispon\u00edvel capital e arredores, do que no restante do pa\u00eds, sobretudo na regi\u00e3o Nordeste e na em: <www.planalto.gov.br\/ ccivil_03\/Decreto-Lei\/Del0288. Amaz\u00f4nia. htm>. Acesso em: 11 set. 2018. Outro fator que explica essa Portal de Mapas\/Arquivo da editora Acrescente que as tarifas al- fandeg\u00e1rias menores, a isen\u00e7\u00e3o desconcentra\u00e7\u00e3o industrial \u00e9 a cha- Brasil: distribui\u00e7\u2039o espacial da ind\u0153stria (2013) de impostos de importa\u00e7\u00e3o e ex- porta\u00e7\u00e3o e outros incentivos fis- mada guerra fiscal, nome dado para 50\u00b0 O cais atra\u00edram diversas ind\u00fastrias nacionais e estrangeiras. uma esp\u00e9cie de competi\u00e7\u00e3o entre RR AP estados e\/ou munic\u00edpios para atrair 0\u00b0 Equador novos investimentos. Eles oferecem CE incentivos variados para atrair em- AM PA RN presas: terrenos baratos ou at\u00e9 doa- MA dos pelo poder p\u00fablico, isen\u00e7\u00e3o de AC PI PB PE alguns impostos durante v\u00e1rios TO AL anos (at\u00e9 mesmo d\u00e9cadas), instala- MT BA SE RO \u00e7\u00f5es el\u00e9tricas e de \u00e1gua, asfalto, DF MG OCEANO telefonia, entre outros. Dessa forma, GO ATL\u00c2NTICO o maior crescimento industrial apre- N\u00famero de empresas MS ES sentado por algumas \u00e1reas ou re- industriais extrativas gi\u00f5es a partir de 1970 contou com ou de transforma\u00e7\u00e3o, PR RJ grande ajuda estatal, tanto do go- por munic\u00edpio SP N Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio verno federal quanto dos governos estaduais e municipais. Observe o menos de 1 000 RS SC OL mapa e perceba o cen\u00e1rio da d\u00e9cada 1 001 a 5 000 S 0 475 950 km 5 001 a 10 000 mais de 10 000 de 2010 quanto \u00e0 distribui\u00e7\u00e3o de Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geogr\u00e1fico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. ind\u00fastrias no pa\u00eds. p. 136. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/atlasescolar.ibge.gov.br\/images\/atlas\/mapas_brasil\/brasil_ distribuicao_industrias.pdf>. Acesso em: 5 abr. 2018. Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 87 Para aprofundar SPOSITO, Eliseu Sav\u00e9rio (Org.). O novo mapa da ind\u00fastria no in\u00edcio do s\u00e9culo XXI. 1. ed. S\u00e3o Paulo: Editora da Unesp Digital, 2015. 670 p. Esse livro re\u00fane o trabalho de diversos pesquisadores sobre a din\u00e2mica industrial do estado de S\u00e3o Paulo no in\u00edcio do s\u00e9culo XXI. Cada cap\u00edtulo aborda um aspecto distinto do tema, como a tecno- logia, a reestrutura\u00e7\u00e3o produtiva, os distintos ramos de atividade, infraestrutura e circula\u00e7\u00e3o, al\u00e9m da hierarquia urbana. 87MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 5 Ind\u00fastria e espa\u00e7o geogr\u00e1fico Por meio da leitura do texto e Com a industrializa\u00e7\u00e3o, as paisagens do pa\u00eds s\u00e3o profundamente alteradas: flo- Dado Galdieri\/Bloomberg via Getty Images da observa\u00e7\u00e3o da fotografia, os restas s\u00e3o derrubadas; cidades crescem em n\u00famero e tamanho; rios s\u00e3o represados alunos dever\u00e3o identificar os para fornecer energia el\u00e9trica, ve\u00edculos automotores multiplicam-se nas ruas e estra- A industrializa\u00e7\u00e3o intensifica efeitos positivos e negativos da das. Tudo isso modifica profundamente a natureza original. a urbaniza\u00e7\u00e3o. Da mesma industrializa\u00e7\u00e3o, bem como sua forma, o modo de vida rela\u00e7\u00e3o com a altera\u00e7\u00e3o da pai- A industrializa\u00e7\u00e3o e a moderniza\u00e7\u00e3o da urbano demanda maior sagem e a urbaniza\u00e7\u00e3o, contem- sociedade produzem consequ\u00eancias positi- produ\u00e7\u00e3o industrial para plando a habilidade EF07GE06. vas e negativas. Algumas consequ\u00eancias atender aos grandes centros positivas s\u00e3o o aumento da expectativa de populacionais. Na foto, vista Atividade 1: Ressalte que vida e a diminui\u00e7\u00e3o da mortalidade (incluindo do bairro Liberdade, no apenas os fazendeiros e os co- a infantil), al\u00e9m do aumento do bem-estar munic\u00edpio de S\u00e3o Paulo (SP), merciantes participavam efetiva- das fam\u00edlias, com mais acesso a produtos em 2014. mente do mercado consumidor, (alimenta\u00e7\u00e3o variada, eletrodom\u00e9sticos, au- al\u00e9m de uma min\u00fascula classe tom\u00f3veis, etc.) e servi\u00e7os. m\u00e9dia (funcion\u00e1rios, m\u00e9dicos, advogados, engenheiros, etc.), Como consequ\u00eancias negativas est\u00e3o a pois os escravizados \u2014 grande destrui\u00e7\u00e3o da natureza original, enormes parte da popula\u00e7\u00e3o \u2014 n\u00e3o ti- desmatamentos, a intensa polui\u00e7\u00e3o do ar e nham rendimentos e, por isso, das \u00e1guas, o ac\u00famulo de lixo nas cidades, os n\u00e3o podiam adquirir os bens in- engarrafamentos de tr\u00e2nsito, entre outras. dustrializados. Devemos lembrar que a industrializa\u00e7\u00e3o \u00e9 acompanhada pela urbaniza\u00e7\u00e3o, por Atividade 2: Aproveite para co- uma maior necessidade de energia e pela expans\u00e3o da utiliza\u00e7\u00e3o dos recursos naturais, mentar que a ind\u00fastria \u00e9 a ativi- como \u00e1gua e min\u00e9rios. Al\u00e9m disso, a industrializa\u00e7\u00e3o e a moderniza\u00e7\u00e3o da sociedade dade humana que mais modifica produzem mudan\u00e7as no campo, com mecaniza\u00e7\u00e3o e expans\u00e3o da agropecu\u00e1ria \u2013 o a natureza e o espa\u00e7o geogr\u00e1fico que intensifica a derrubada de matas \u2013 para atender \u00e0s necessidades alimentares da porque ela necessita de energia popula\u00e7\u00e3o que se concentra nas cidades e tamb\u00e9m para fornecer mat\u00e9rias-primas em grande escala. Al\u00e9m disso, a variadas a diferentes tipos de ind\u00fastria (sider\u00fargicas, de latic\u00ednios, de \u00f3leos e farelos, ind\u00fastria moderna faz uso maci- de m\u00f3veis, da constru\u00e7\u00e3o civil, etc.). Toda essa expans\u00e3o gera impactos ambientais \u00e7o de m\u00e1quinas que modificam negativos no campo e nas cidades. bastante as paisagens, como: tra- tores, gruas, colhedeiras, esca- Al\u00e9m dos desmatamentos suscitados pela expans\u00e3o da agropecu\u00e1ria e pela cons- vadeiras, entre outras, para abrir tru\u00e7\u00e3o de usinas hidrel\u00e9tricas, estradas e cidades, a industrializa\u00e7\u00e3o acarreta a polui\u00e7\u00e3o caminhos nas montanhas, etc. dos rios por detritos descartados nos leitos, por desmatamentos em suas margens e A atividade industrial tamb\u00e9m pelo intenso uso de agrot\u00f3xicos ou defensivos agr\u00edcolas, que podem contaminar os provocou a urbaniza\u00e7\u00e3o da socie- alimentos e as \u00e1guas. No meio urbano, onde passa a se concentrar a maioria da popu- dade e modificou profundamen- la\u00e7\u00e3o, a degrada\u00e7\u00e3o ambiental \u00e9 maior: a polui\u00e7\u00e3o do ar pelas f\u00e1bricas e pelos ve\u00edculos te a paisagem urbana e o meio automotores; a polui\u00e7\u00e3o dos rios e riachos pelos esgotos e detritos industriais; a polui- rural por meio da mecaniza\u00e7\u00e3o \u00e7\u00e3o visual, com a elimina\u00e7\u00e3o de grande parte da vegeta\u00e7\u00e3o, que \u00e9 substitu\u00edda pelo as- das atividades, dos desmata- falto ou concreto. Tudo isso afeta a qualidade de vida da popula\u00e7\u00e3o, que passa a sofrer mentos, da polui\u00e7\u00e3o dos rios e uma maior incid\u00eancia de doen\u00e7as relacionadas a problemas respirat\u00f3rios, por exemplo. do ar, dos mares e oceanos, etc. Em suma, foi a atividade indus- Texto e a\u00e7\u2039o 1. O sistema de escravid\u00e3o impedia uma efetiva industrializa\u00e7\u00e3o do pa\u00eds trial, principalmente, que produ- porque n\u00e3o permitia a forma\u00e7\u00e3o de um mercado consumidor importante, ziu um ambiente artificial, uma j\u00e1 que a popula\u00e7\u00e3o escravizada n\u00e3o tinha sal\u00e1rio e, portanto, n\u00e3o podia segunda natureza ou natureza comprar os produtos fabricados pela ind\u00fastria. humanizada. 1 Em duplas, reflitam por que o sistema de escravid\u00e3o impedia uma efetiva industrializa\u00e7\u00e3o do pa\u00eds. Amplie o debate sobre os efei- tos da industrializa\u00e7\u00e3o, compar- 2 Por que a ind\u00fastria \u00e9 a atividade humana que mais modifica a natureza e o espa\u00e7o geogr\u00e1fico? Cite tilhando com os alunos o texto exemplos. Resposta pessoal. a seguir. Aproveite a oportunidade para trabalhar com os alunos a Sequ\u00eancia Did\u00e1tica 1: Industria- liza\u00e7\u00e3o e meio ambiente, dispo- n\u00edvel no material digital. 88 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o Texto complementar Polui\u00e7\u00e3o na China matar\u00e1 923.000 pessoas at\u00e9 2030, segundo estudo turas por enfermidades cardiovasculares nos pr\u00f3ximos 15 anos se suas cidades tives- sem um ar limpo de forma aceit\u00e1vel. [...] A Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) confirmou em 2013 que a polui\u00e7\u00e3o at- mosf\u00e9rica \u00e9 cancer\u00edgena para os humanos. Na China, onde os c\u00e9us constantemente A grave polui\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica na China \u00e9 um dos legados do r\u00e1pido desenvolvimen- cinzentos s\u00e3o um dos maiores problemas ambientais, v\u00e1rios estudos tentam estimar to econ\u00f4mico do pa\u00eds nas \u00faltimas d\u00e9cadas. [...] o impacto dessa exposi\u00e7\u00e3o prolongada a part\u00edculas nocivas. Todos concluem que a polui\u00e7\u00e3o \u00e9 uma das principais causas do aumento de casos de c\u00e2ncer pulmonar e ou- FONTDEGL\u00d2RIA, Xavier. Polui\u00e7\u00e3o na China matar\u00e1 923.000 pessoas at\u00e9 2030, segundo tras doen\u00e7as respirat\u00f3rias no pa\u00eds. Um novo relat\u00f3rio, desta vez centrado nos efeitos estudo. El pa\u00eds. 11 nov. 2015. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/brasil.elpais.com\/brasil\/2015\/11\/10\/ sobre o cora\u00e7\u00e3o, indica que o gigante asi\u00e1tico poderia evitar 923.000 mortes prema- internacional\/1447152772_680439.html>. Acesso em: 11 set. 2018. 88 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","CONEX\u00d5ES COM HIST\u00d3RIA, MATEM\u00c1TICA E L\u00cdNGUA PORTUGUESA Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 1 Observe o quadro a seguir e depois responda \u00e0s quest\u00f5es: Atividade 1: Esta atividade requer habilidades de leitura dos Brasil: valor da produ\u00e7\u00e3o industrial por estado dados da tabela relacionando-os ao conte\u00fado do cap\u00edtulo. Unidade da federa\u00e7\u00e3o Percentual do total Atividade 1, item a: Desde Pernambuco 1907 1919 1939 1970 2014 1907, vinha ocorrendo a con- Bahia 7,4 1,6 centra\u00e7\u00e3o da atividade indus- Minas Gerais 3,4 6,8 4,8 2,1 4,3 trial em S\u00e3o Paulo, que nesse Rio de Janeiro 4,4 11,0 per\u00edodo produzia menos do que Guanabara* 7,6 2,8 1,4 1,6 8,5 o Distrito Federal. No entanto, ao S\u00e3o Paulo 30,2 \u2013 contr\u00e1rio deste, S\u00e3o Paulo se- Paran\u00e1 15,9 5,6 6,5 7,1 36,0 guiu concentrando a atividade Rio Grande do Sul 4,5 7,8 industrial e atingiu o seu auge Santa Catarina 13,5 7,4 5,0 15,5 7,8 em 1970, ocasi\u00e3o em que esse Outros 1,9 5,0 estado dispunha de mais de 57% Total 11,2 20,8 17,0 \u2013 18,0 da produ\u00e7\u00e3o industrial do Brasil. 100 100 31,5 45,4 57,2 Atividade 1, item b: Os que mais perderam, em termos re- 3,2 2,2 4,5 * Guanabara (Distrito Federal at\u00e9 1960) e lativos, foram S\u00e3o Paulo e Rio Rio de Janeiro formavam duas unidades de Janeiro, al\u00e9m de Pernambu- 11,1 9,8 6,3 separadas at\u00e9 1975, quando se uniram co (em menor propor\u00e7\u00e3o). E os e formaram o atual estado do Rio de que mais ganharam foram Minas 1,9 1,8 3,2 Janeiro. Gerais, Bahia, Paran\u00e1, Santa Ca- tarina, Rio Grande do Sul e outros. 8,9 6,1 2,5 Fontes: elaborado com base em CANO, W. Ra\u00edzes da concentra\u00e7\u00e3o industrial Atividade 1, item c: Os alunos 100 100 100 em S\u00e3o Paulo. S\u00e3o Paulo: Difel, 1977; poder\u00e3o mencionar Amazonas, Anu\u00e1rio estat\u00edstico do Brasil 1973 e Goi\u00e1s, Cear\u00e1, Mato Grosso do Sul, pesquisa industrial 2015. Par\u00e1, etc. a) A partir de que per\u00edodo ocorreu a crescente concentra\u00e7\u00e3o territorial na atividade industrial no Brasil? E qual Atividade 1, item d: Espera-se per\u00edodo essa concentra\u00e7\u00e3o atingiu o seu auge? que os alunos indiquem que o aumento do grupo \u201cOutros\u201d com- b) A partir de 1970 quais foram os estados que mais perderam (em termos relativos) e quais os que mais ga- prova a descentraliza\u00e7\u00e3o da ati- nharam em rela\u00e7\u00e3o ao valor da produ\u00e7\u00e3o industrial? vidade industrial no Brasil, pois significa que a atividade industrial c) O agrupamento categorizado como \u201cOutros\u201d tinha uma participa\u00e7\u00e3o de apenas 2,5% em 1970, mas cresceu est\u00e1 se espalhando pelo menos para 18% em 2014. Voc\u00ea poderia mencionar alguns estados inclu\u00eddos nesse grupo que mais avan\u00e7aram na um pouco pelo territ\u00f3rio nacional. industrializa\u00e7\u00e3o? Atividade 1, item e: A ques- d) O fato de a categoria \u201cOutros\u201d ter avan\u00e7ado bastante na industrializa\u00e7\u00e3o desde 1970 comprova ou desmen- t\u00e3o exige a elabora\u00e7\u00e3o de dois te a descentraliza\u00e7\u00e3o da atividade industrial no Brasil? Por qu\u00ea? gr\u00e1ficos de setores. A partir da constru\u00e7\u00e3o desses gr\u00e1ficos, es- e) Elabore dois gr\u00e1ficos de setores que retrate os valores de produ\u00e7\u00e3o industrial por estado nos anos 1970 e pera-se que os alunos percebam 2014. Com base neles indique se \u00e9 poss\u00edvel perceber se h\u00e1 desconcentra\u00e7\u00e3o ou concentra\u00e7\u00e3o do valor da que a propor\u00e7\u00e3o dedicada ao es- produ\u00e7\u00e3o industrial. tado paulista reduziu quando comparados os dois gr\u00e1ficos. 2 Leia o trecho a seguir, que trata da realidade vivida pelos oper\u00e1rios no in\u00edcio do s\u00e9culo XX em S\u00e3o Paulo. Al\u00e9m disso, outros estados e a categoria gen\u00e9rica denomina- [...] Cada f\u00e1brica tinha um aspecto fosco e hostil de pres\u00eddio,com seus guardas de port\u00e3o fardados e armados, da \u201cOutros\u201d teve sua propor\u00e7\u00e3o oper\u00e1rios e oper\u00e1rias submetidos a vexat\u00f3rias revistas e a humilhantes observa\u00e7\u00f5es, quando n\u00e3o recebiam aumentada. amea\u00e7as de toda sorte. [....] Esse exerc\u00edcio exige uma boa Fonte: DIAS, E. Trabalho urbano e conflito social. In: GERAB, William Jorge; ROSSI, Waldemar. no\u00e7\u00e3o de propor\u00e7\u00e3o, portanto, \u00e9 Ind\u0153stria e trabalho no Brasil: limites e desafios. S\u2039o Paulo: Atual, 1997. p. 41. aconselh\u00e1vel solicitar o auxilio do professor de Matem\u00e1tica para a) Junte-se a um colega e conversem a respeito do trecho lido. Na opini\u00e3o de voc\u00eas, essa situa\u00e7\u00e3o vivida perceber se as propor\u00e7\u00f5es est\u00e3o pelos oper\u00e1rios melhorou ou piorou nos dias atuais? adequadas. A atividade contempla a habilidade EF07GE10. b) Pesquise em jornais, revistas e na internet not\u00edcias sobre o dia a dia de oper\u00e1rios em f\u00e1bricas no Brasil. Em data combinada com o professor, leve para a aula as not\u00edcias e informa\u00e7\u00f5es que voc\u00ea selecionou. Compartilhe Atividade 2, item a: Espera-se com os colegas o que voc\u00ea descobriu. que os alunos concluam que a situa\u00e7\u00e3o melhorou, em fun\u00e7\u00e3o Atividade industrial no Brasil \u2022 CAP\u00cdTULO 4 89 da legisla\u00e7\u00e3o trabalhista e tam- b\u00e9m de mais fiscaliza\u00e7\u00e3o do po- der p\u00fablico. Atividade 2, item b: Promova uma roda de conversa com os alunos e os incentive a comparti- lhar as informa\u00e7\u00f5es pesquisadas. 89MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas ATIVIDADES +A\u00e7\u00e3o + A\u00e7\u00e3o \u2022 H\u00e1 rela\u00e7\u00e3o entre industrializa\u00e7\u00e3o e concentra\u00e7\u00e3o Atividade 1, item a: O lixo t\u00f3xi- 1 As ind\u00fastrias geraram riquezas para S\u00e3o Paulo e para demogr\u00e1fica? Explique. co necessita de tratamento espe- outras cidades do pa\u00eds, mas tamb\u00e9m trouxeram pro- cial pela sua toxidade, isto \u00e9, seu blemas; um deles \u00e9 o lixo industrial. 5 Leia o trecho abaixo e responda o que se pede. potencial de envenenamento. Leia o texto abaixo. O dinamismo da economia brasileira n\u00e3o se explica Atividade 1, item b: Respos- sem uma refer\u00eancia ao sacrif\u00edcio imposto a grande par- ta pessoal. Pode-se apontar que Classifica\u00e7\u00e3o, origem e caracter\u00edsticas do te da popula\u00e7\u00e3o e ao car\u00e1ter extensivo da explora\u00e7\u00e3o esse lixo vai degradar o meio lixo dos recursos naturais de um vasto territ\u00f3rio. ambiente. [...] originado nas atividades dos diversos ramos da Fonte: FURTADO, Celso. O Brasil p\u00f3s-\u201cmilagre\u201d. Atividade 1, Item c: Respos- ind\u00fastria,tais como:o metal\u00fargico,o qu\u00edmico,o petro- Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. p. 25. ta pessoal. Verifique se os alu- qu\u00edmico, o de papelaria, da ind\u00fastria aliment\u00edcia, etc. nos est\u00e3o atentos ao descarte a) A que parte da popula\u00e7\u00e3o o trecho faz refer\u00eancia? do lixo industrial no munic\u00edpio O lixo industrial \u00e9 bastante variado, podendo ser onde vivem. Pergunte-lhes se representado por cinzas, lodos, \u00f3leos, res\u00edduos alcali- b) A que sacrif\u00edcio o texto se refere? no munic\u00edpio h\u00e1 coleta seletiva nos ou \u00e1cidos, pl\u00e1sticos, papel, madeira, fibras, borra- para reciclagem, se o lixo e os cha, metal, esc\u00f3rias, vidros, cer\u00e2micas. Nesta catego- 6 Uma das consequ\u00eancias da industrializa\u00e7\u00e3o \u00e9 o esgotos s\u00e3o despejados em al- ria, inclui-se grande quantidade de lixo t\u00f3xico. Esse aumento do consumo. Principalmente nos ambientes gum rio, etc. tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu urbanos, muitas pessoas acabam adotando um modo potencial de envenenamento. de vida em que o consumo exagerado de uma s\u00e9rie de Atividade 2: A reciclagem per- produtos, muitas vezes sup\u00e9rfluos, se torna comum. mite que um produto j\u00e1 usado AMBIENTE BRASIL. Classifica\u00e7\u00e3o, origem e caracter\u00edsticas Essa pr\u00e1tica \u00e9 conhecida como consumismo. Sobre isso, volte a ter utilidade, por meio da do lixo. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/ambientes.ambientebrasil. compartilhe com os colegas: aplica\u00e7\u00e3o de um processo indus- com.br\/residuos\/residuos\/classificacao,_ trial. Assim, contribui para reduzir origem_e_caracteristicas.html>. Acesso em: 5 abr. 2018. a) Qual \u00e9 a diferen\u00e7a entre consumo e consumismo? o consumo dos recursos naturais e, por conseguinte, para diminuir Agora, responda: b) Voc\u00ea j\u00e1 teve comportamentos consumistas em seu a sua degrada\u00e7\u00e3o. Quanto ao lo- dia a dia? Em que situa\u00e7\u00f5es? cal onde o aluno vive, a resposta a) Segundo o texto, por que o lixo t\u00f3xico necessita de \u00e9 pessoal. tratamento especial? c) Em sua opini\u00e3o, o consumismo faz bem para as pes- soas? Por qu\u00ea? Atividade 3: Resposta pes- b) Na sua opini\u00e3o, o que acontece com o meio ambiente soal. Entre os positivos, podemos quando o lixo industrial n\u00e3o recebe o destino correto? 7 Explique o que motivou a concentra\u00e7\u00e3o em S\u00e3o Paulo. mencionar a eleva\u00e7\u00e3o da expec- tativa de vida das pessoas (por c) Em dupla, pesquisem qual \u00e9 o destino do lixo 8 Em sua opini\u00e3o, por que as empresas transnacionais causa da higiene, das campanhas industrial no munic\u00edpio ou estado onde voc\u00eas moram. que se instalam no Brasil ainda preferem a cidade de de vacina\u00e7\u00e3o, dos avan\u00e7os na S\u00e3o Paulo e seus arredores? medicina e na alimenta\u00e7\u00e3o), o 2 O alum\u00ednio \u00e9 um dos metais mais facilmente recicl\u00e1veis. aumento do bem-estar das fa- No Brasil, cerca de 96% das latinhas de alum\u00ednio s\u00e3o 9 Explique com suas palavras o que \u00e9 desconcentra\u00e7\u00e3o m\u00edlias, com mais escolas, ele- recicladas. Explique no que consiste a reciclagem e ten- industrial. trodom\u00e9sticos, autom\u00f3veis, etc. te descobrir se, no munic\u00edpio onde voc\u00ea mora, h\u00e1 pos- Em contrapartida, entre os resul- tos de coleta e\/ou de reciclagem do alum\u00ednio. 10 Em sua opini\u00e3o, a desconcentra\u00e7\u00e3o industrial prejudica tados negativos podemos citar a a economia do pa\u00eds? Por qu\u00ea? destrui\u00e7\u00e3o da natureza original 3 A industrializa\u00e7\u00e3o e a urbaniza\u00e7\u00e3o acarretam resultados e a grande polui\u00e7\u00e3o do ar e dos positivos e negativos para a sociedade e para o plane- 11 Leio o texto a seguir. rios, o ac\u00famulo de lixo nas ci- ta como um todo. Explique essa afirma\u00e7\u00e3o por meio de A guerra fiscal \u00e9 justificada pelos Estados como uma dades, os engarrafamentos de exemplos. tr\u00e2nsito, entre outros. maneira eficiente de atrair investimentos. Em troca, 4 Compare o mapa Brasil: distribui\u00e7\u00e3o espacial da ind\u00fas- abrem m\u00e3o de parcelas do ICMS,principal fonte de re- Atividade 4: Espera-se que os tria (2013), na p\u00e1gina 87, com o mapa Brasil: densida- cursos de todos os governos estaduais. alunos concluam que sim, exis- de demogr\u00e1fica (2010), na p\u00e1gina 46. Depois, responda: te essa rela\u00e7\u00e3o, pois as \u00e1reas de RODRIGUES, Lorenna. S\u00e3o Paulo critica projeto para fim da \u2018guerra maior concentra\u00e7\u00e3o industrial, fiscal\u2019. O Estado de S. Paulo. 6 jul. 2017. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/ em geral, s\u00e3o aquelas que apre- economia.estadao.com.br\/noticias\/geral,sao-paulo-critica-projeto- sentam as maiores densidades demogr\u00e1ficas. para-fim-da-guerra-fiscal,70001878659>. Acesso em: 14 out. 2018. Atividade 5, item a: O trecho \u2022 Qual \u00e9 o aspecto positivo da guerra fiscal? E o nega- se refere \u00e0 parte da popula\u00e7\u00e3o que sofre com as consequ\u00ean- tivo? Justifique. cias dessa explora\u00e7\u00e3o dos re- cursos, seja trabalhando em 90 ATIVIDADES atividades mal remuneradas e exaustivas, seja sofrendo as e das \u00e1guas, desmatamentos, etc., que ocasionaram uma s\u00e9rie de percebam que o consumismo n\u00e3o \u00e9 uma atitude que faz bem para consequ\u00eancias ambientais da problemas de sa\u00fade na popula\u00e7\u00e3o, especialmente nas \u00e1reas mais in- as pessoas, porque as faz desejar coisas das quais n\u00e3o precisam. industrializa\u00e7\u00e3o. dustrializadas e urbanizadas. Atividade 7: Resumidamente, a concentra\u00e7\u00e3o industrial em S\u00e3o Atividade 5, item b: Espera- Atividade 6, item a: O consumo \u00e9 uma atividade natural e necess\u00e1- Paulo foi fruto de ac\u00famulo de capital oriundo da produ\u00e7\u00e3o cafeeira, -se que os alunos compreen- ria. Consumimos sempre que comemos, nos vestimos ou utilizamos que possibilitou o investimento em infraestrutura (ferrovias, rodo- dam que esse sacrif\u00edcio s\u00e3o os qualquer recurso material. O consumismo \u00e9 a atitude que extrapola vias, usinas de eletricidade), e de sua localiza\u00e7\u00e3o estrat\u00e9gica entre o custos sociais e ambientais da o consumo necess\u00e1rio para a subsist\u00eancia e a qualidade de vida, ao interior do estado e o porto de Santos. industrializa\u00e7\u00e3o e moderniza\u00e7\u00e3o adquirir quantidades exageradas de bens materiais. da economia brasileira: trabalho Atividade 8: Espera-se que os alunos mencionem que, embora o cus- exaustivo e mal remunerado, es- Atividade 6, item b: Resposta pessoal. to de produ\u00e7\u00e3o em S\u00e3o Paulo e nas cidades ao redor sejam elevados pecialmente nos prim\u00f3rdios da quando comparados a outras cidades do pa\u00eds, as empresas transna- industrializa\u00e7\u00e3o, polui\u00e7\u00e3o do ar Atividade 6, item c: Resposta pessoal. Espera-se que os alunos 90 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Lendo a imagem Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 1 Nossos h\u00e1bitos de consumo t\u00eam rela\u00e7\u00e3o com o lixo que produzimos: quanto maior o consumo, mais lixo \u00e9 gerado. Lendo a imagem Sobre isso, leia o texto e observe as imagens. Atividade 1, item a: Espera-se O que \u00e9 o Princ\u00edpio dos 3R's? que os alunos compreendam que cada atitude se refere a um mo- Um caminho para a solu\u00e7\u00e3o dos problemas relacionados com o lixo \u00e9 apontado pelo Princ\u00edpio dos 3R's \u2013 Redu- mento do consumo e descarte zir, Reutilizar e Reciclar. Fatores associados com estes princ\u00edpios devem ser considerados, como o ideal de pre- de produtos. \u00c9 preciso reduzir a ven\u00e7\u00e3o e n\u00e3o-gera\u00e7\u00e3o de res\u00edduos, somados \u00e0 ado\u00e7\u00e3o de padr\u00f5es de consumo sustent\u00e1vel, visando poupar os quantidade de recursos consu- recursos naturais e conter o desperd\u00edcio. midos. Ap\u00f3s o consumo, \u00e9 dese- j\u00e1vel reutilizar o que for poss\u00edvel MINIST\u00c9RIO DO MEIO AMBIENTE. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/www.mma.gov.br\/responsabilidade-socioambiental\/producao-e-consumo- daquele produto. Se for preciso sustentavel\/consumo-consciente-de-embalagem\/principio-dos-3rs.html>. Acesso em: 14 set. 2018. descart\u00e1-lo, \u00e9 desej\u00e1vel reciclar o material. Como exemplos, os \u00a9 Mauricio de Sousa\/Mauricio de Sousa Editora Ltda. \u00a9 Mauricio de Sousa\/Mauricio de Sousa Editora Ltda. alunos podem citar a redu\u00e7\u00e3o do consumo de \u00e1gua, a reutiliza\u00e7\u00e3o Agora, converse com os colegas: de embalagens para outros fins, e a separa\u00e7\u00e3o e reciclagem de la- a) Qual a diferen\u00e7a entre reduzir, reutilizar e reciclar? Cite exemplos dessas tr\u00eas atitudes. tinhas de refrigerante, ou outros b) Em seu dia a dia, voc\u00ea costuma colocar em pr\u00e1tica essas atitudes? De que forma? materiais do cotidiano. c) Como seria poss\u00edvel praticar os princ\u00edpios dos 3R\u2019s na sua escola? Caso eles j\u00e1 sejam praticados, \u00e9 poss\u00edvel torn\u00e1- Atividade 1, item b: Respos- -los ainda mais eficazes? Como? ta pessoal. Incentive os alunos d) Qual das imagens reproduz a a\u00e7\u00e3o de \u201creciclar\u201d? a refletir em quais momentos e) Qual delas reproduz a atitude de \u201creutilizar? Em sua opini\u00e3o, como a personagem vai reutilizar esse objeto? de seu dia a dia eles poderiam incluir essas atitudes. 2 Agora, observe a imagem abaixo. Atividade 1, item c: Pensem \u00a9 Mauricio de Sousa\/Mauricio de Sousa Editora Ltda. a) O que voc\u00ea acha que as personagens Cebolinha conjuntamente em possibilida- e M\u00f4nica est\u00e3o pensando? No caderno, compo- des de pr\u00e1tica dos 3R\u2019s na es- nha um bal\u00e3o de pensamento para cada um cola. Podem citar, por exemplo, o deles. uso de \u00e1gua de re\u00faso da chuva para lavar as \u00e1reas externas da b) Muitas vezes ao consumirmos um produto in- escola; o re\u00faso de embalagens dustrializado, n\u00e3o temos no\u00e7\u00e3o de quanta \u00e1gua nas aulas pr\u00e1ticas ou aulas de foi gasta para produzi-lo. Pesquise na internet Arte; a instala\u00e7\u00e3o de latas de li- quanta \u00e1gua \u00e9 necess\u00e1ria para produzir uma xo seletivas para o descarte dos cal\u00e7a jeans, um par de sapatos e um carro. alunos, entre outros. ATIVIDADES 91 Atividade 1, item d: A imagem \u00e0 direita. Telaris_Geo7_PNcLDio2n02a0i_s07a4i_n0d9a1_pCraep0fe4.rinedmd i9n1stalar suas filiais na metr\u00f3pole paulista em Atividade 10: Espera-se que os alunos respondam q1u0\/e21n\/1\u00e38o,3:p3o1iPsMa raz\u00e3o da infraestrutura existente ali e tamb\u00e9m porque grande parte instala\u00e7\u00e3o de ind\u00fastrias em \u00e1reas do pa\u00eds outrora n\u00e3o industrializa- Atividade 1, item e: A imagem dos bancos e institui\u00e7\u00f5es financeiras localiza-se na capital paulista. das gera emprego em outras localidades e colabora com o desenvol- \u00e0 esquerda. A imagem mostra que Al\u00e9m disso, a regi\u00e3o metropolitana tem um mercado consumidor bas- vimento econ\u00f4mico do pa\u00eds. a personagem reutilizou os ob- tante atraente, com mais de 20 milh\u00f5es de habitantes. jetos descart\u00e1veis para a cons- Atividade 9: Os alunos devem explicar que a desconcentra\u00e7\u00e3o in- Atividade 11: Positivo: atrai investimentos para os estados. Nega- tru\u00e7\u00e3o de um brinquedo. dustrial \u00e9 um fen\u00f4meno que tem ocorrido no Brasil desde a d\u00e9cada tivo: ao abrir m\u00e3o da cobran\u00e7a de impostos, os recursos dispon\u00edveis de 1970 e corresponde \u00e0 instala\u00e7\u00e3o de ind\u00fastrias em outras \u00e1reas do para os governos estaduais s\u00e3o menores. Atividade 2, item a: Espera-se Brasil al\u00e9m de S\u00e3o Paulo. que os alunos indiquem que as personagens percebem que h\u00e1 um mau uso da \u00e1gua, que est\u00e1 sendo desperdi\u00e7ada. A atividade pode ser feita conjuntamente com L\u00edngua Portuguesa, propon- do o exerc\u00edcio do estilo textual de hist\u00f3rias em quadrinhos. Atividade 2, item b: Espera- -se que os alunos j\u00e1 estejam fa- miliarizados com as no\u00e7\u00f5es de pegada h\u00eddrica e \u00e1gua virtual, e entendam que n\u00e3o gastamos apenas a \u00e1gua que usamos di- retamente no cotidiano, mas tu- do o que consumimos demanda certa quantidade de \u00e1gua. 91MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 4","Habilidades CAP\u00cdTULO Urbaniza\u00e7\u00e3o trabalhadas neste e rede urbana cap\u00edtulo 5 Delfim Martins\/Pulsar Imagens EF07GE02 EF07GE08 Para come\u00e7ar EF07GE05 EF07GE09 Observe a imagem e EF07GE06 EF07GE10 responda: EF07GE07 1. Que elementos voc\u00ea identifica na Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas paisagem fotografada? Aproveite as quest\u00f5es da se- \u00e7\u00e3o para iniciar a conversa sobre 2.Em sua opini\u00e3o, a paisagem urbana e, assim, son- esses elementos s\u00e3o dar os conhecimentos pr\u00e9vios comuns a todas as dos alunos sobre o tema. cidades? Por qu\u00ea? Para come\u00e7ar 3. Quais elementos da paisagem voc\u00ea Atividade 1: Espera-se que tamb\u00e9m observa no os alunos percebam, al\u00e9m das seu munic\u00edpio? constru\u00e7\u00f5es (edif\u00edcios e casas) e da vegeta\u00e7\u00e3o, a serra ao fundo. Atividade 2: \u00c9 poss\u00edvel que os alunos respondam que sim, pois h\u00e1 possibilidade de eles viverem em uma cidade que apresente os mesmos elementos observados na imagem. Se for este o contex- to no qual os alunos est\u00e3o inse- ridos, sugere-se a apresenta\u00e7\u00e3o de uma cidade completamente diferente daquela onde se loca- liza a escola. Por exemplo, se a escola est\u00e1 localizada em uma cidade litor\u00e2nea (Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras), \u00e9 inte- ressante que os alunos percebam as diferen\u00e7as dessa em rela\u00e7\u00e3o a uma cidade que n\u00e3o possui mar (como S\u00e3o Paulo, Belo Horizon- te, Cuiab\u00e1). Atividade 3: Resposta pessoal. Caso o munic\u00edpio n\u00e3o possua ele- mentos iguais aos da fotografia, solicite aos alunos que apontem as diferen\u00e7as entre as paisagens da imagem e do munic\u00edpio on- de vivem. Vista a\u00e9rea do bairro Carmo, no munic\u00edpio de Belo Horizonte (MG). Ao fundo, trecho da serra do Curral. Foto de 2015. Neste cap\u00edtulo vamos estudar o que \u00e9 urbaniza\u00e7\u00e3o e conhecer como e quando ela ocorreu no Brasil. Vamos ainda compreender o que s\u00e3o metr\u00f3poles e como \u00e9 a rede urbana brasileira. Tamb\u00e9m faremos uma an\u00e1lise do espa\u00e7o urbano do pa\u00eds e, por fim, estudaremos os chamados problemas urbanos. 92 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u00e7\u2039o do espa\u00e7o 92 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","1 A urbaniza\u00e7\u2039o Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Durante o processo de urbaniza\u00e7\u00e3o, o meio urbano cresce proporcionalmente mais Oriente os alunos a ler o texto do que o meio rural: h\u00e1 uma migra\u00e7\u00e3o gradativa da popula\u00e7\u00e3o do campo para a cidade. e o gr\u00e1fico, contemplando a ha- Isso ocorre em consequ\u00eancia do chamado \u00eaxodo rural, ou migra\u00e7\u00e3o rural-urbana. Por bilidade EF07GE10. Verifique se sua vez, o crescimento urbano consiste na expans\u00e3o de \u00e1reas ocupadas pelas cidades eles compreenderam os concei- e pode existir sem que, necessariamente, haja urbaniza\u00e7\u00e3o. tos de urbaniza\u00e7\u00e3o, \u00eaxodo rural e crescimento urbano. Em algumas localidades do mundo, o processo de urbaniza\u00e7\u00e3o j\u00e1 terminou, ou seja, a totalidade da popula\u00e7\u00e3o j\u00e1 vive na zona urbana. \u00c9 o caso de Cingapura (cidade Se oportuno, comente que o que ocupa quase uma ilha), al\u00e9m de M\u00f4naco, Macau, Bermuda, Nauru, entre outras. processo inverso, quando h\u00e1 sa\u00ed- Nesses locais pode-se observar o crescimento urbano, ou seja, a cidade ainda se re- da de pessoas das cidades para nova e se expande (com a constru\u00e7\u00e3o de novos pr\u00e9dios, novas esta\u00e7\u00f5es de metr\u00f4, por o meio rural, \u00e9 chamado de \u201cru- exemplo), mas o processo de urbaniza\u00e7\u00e3o j\u00e1 se encerrou. raliza\u00e7\u00e3o\u201d. Esse processo ocor- reu inicialmente no decl\u00ednio do Entretanto, a maior parte do mundo ainda vive esse processo, visto que foi somen- Imp\u00e9rio Romano, quando sua te depois de meados da d\u00e9cada de 2000 que a popula\u00e7\u00e3o urbana (que vive na cidade) expans\u00e3o estagnou e os povos ultrapassou a popula\u00e7\u00e3o rural (que vive no campo). Observe o gr\u00e1fico abaixo. germ\u00e2nicos passaram a invadir o imp\u00e9rio e a saquear as cidades Mundo: popula\u00e7\u00e3o urbana e rural (1950-2050)* (onde as riquezas eram acumula- das). A sucess\u00e3o de ataques afe- Popula\u00e7\u00e3o (em milh\u00f5es) 7 000 Em 2007, a popula\u00e7\u00e3o que Luiz Fernando Rubio\/Arquivo da editora tou a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola e as rotas 6 000 vive no meio urbano comerciais, causando o desabas- 5 000 tecimento das cidades. A fome e a 4 000 ultrapassou a popula\u00e7\u00e3o dissemina\u00e7\u00e3o de doen\u00e7as advin- 3 000 que vive no meio rural das dessa situa\u00e7\u00e3o culminaram 2 000 no \u00eaxodo urbano de popula\u00e7\u00f5es 1 000 1950 Ano atra\u00eddas pelo sistema de colona- 1955 to. Esse processo deu in\u00edcio ao 0 1960 regime feudal da Idade M\u00e9dia. 1965 1970 De acordo com o relat\u00f3rio 1975 \u201cPerspectivas da Urbaniza\u00e7\u00e3o 1980 Mundial\u201d (World Urbanization 1985 Prospects) de 2018, 55% da popu- 1990 la\u00e7\u00e3o mundial vive nas cidades, e 1995 a previs\u00e3o \u00e9 que essa propor\u00e7\u00e3o 2000 suba para quase 70% em 2050. 2005 Calcula-se que esse aumento se 2010 dar\u00e1 em fun\u00e7\u00e3o do acr\u00e9scimo de 2015 2,5 bilh\u00f5es de pessoas nas \u00e1reas 2020 urbanas, e aproximadamente 2025 90% desse crescimento dever\u00e1 2030 ocorrer na \u00c1sia e na \u00c1frica, com 2035 destaque para a \u00cdndia, a China e a 2040 Nig\u00e9ria. O estudo aponta que, em 2045 2050, nesses tr\u00eas pa\u00edses haver\u00e1 2050 um aumento de, respectivamen- te, 416 milh\u00f5es, 255 milh\u00f5es e Urbana Rural 189 milh\u00f5es de pessoas vivendo em cidades. Fonte: elaborado com base em UNITED NATIONS. World Urbanization Prospects: The 2014 Revision. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/esa.un.org\/unpd\/wup\/publications\/files\/wup2014-highlights.pdf>. Acesso em: 31 maio 2018. p. 7. * Os valores ap\u00f3s o ano de 2014 s\u00e3o estimativas propostas pela pesquisa. Texto e a\u00e7\u00e3o 1. Espera-se que o aluno entenda que crescimento urbano \u00e9 o crescimento das cidades \u2013 no seu n\u00famero e principalmente na sua expans\u00e3o e\/ou moderniza\u00e7\u00e3o, e urbaniza\u00e7\u00e3o \u00e9 um crescimento do meio urbano maior que o rural, ou seja, ele s\u00f3 existe quando h\u00e1 intensas migra\u00e7\u00f5es rural-urbanas, quando a sociedade vai deixando de ser rural e agr\u00e1ria para se tornar urbana e industrial. 2. Resposta pessoal. O aluno poder\u00e1 citar a mecaniza\u00e7\u00e3o no campo, 1 Diferencie urbaniza\u00e7\u00e3o de crescimento urbano. a expans\u00e3o de oferta de empregos nas cidades, nos setores secund\u00e1rio (ind\u00fastrias) e terci\u00e1rio (com\u00e9rcio e servi\u00e7os), etc. 2 Na sua opini\u00e3o, por que muitas pessoas deixam o espa\u00e7o rural e passam a viver nas cidades? 3 Qual \u00e9 a explica\u00e7\u00e3o para a diminui\u00e7\u00e3o (relativa ou, conforme o pa\u00eds, tamb\u00e9m absoluta) da popula\u00e7\u00e3o rural e para o grande aumento da popula\u00e7\u00e3o urbana? 3. Resposta pessoal. O aluno pode mencionar o \u00eaxodo rural (ou migra\u00e7\u00e3o rural-urbana) ou, com base no cap\u00edtulo anterior, a industrializa\u00e7\u00e3o 93 e a moderniza\u00e7\u00e3o da sociedade, que levam \u00e0 urbaniza\u00e7\u00e3o pela menor necessidade de m\u00e3o de obra no campo com a sua mecaniza\u00e7\u00e3o, e o advento de novos empregos nos setores secund\u00e1rio e terci\u00e1rio, normalmente localizados nas cidades. Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 93MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas INFOGR\u00e7FICO Ap\u00f3s a leitura do texto, oriente Urbaniza\u00e7\u00e3o da humanidade os alunos na observa\u00e7\u00e3o do ma- pa. Pe\u00e7a a eles que identifiquem Onde vive a popula\u00e7\u00e3o mundial? os pa\u00edses com a menor e a maior taxa de urbaniza\u00e7\u00e3o e a localiza- Durante a maior parte da hist\u00f3ria da humanidade, a maioria da popula\u00e7\u00e3o viveu no campo. No entanto, desde \u00e7\u00e3o deles. Resgate o conte\u00fado do meados do s\u00e9culo passado, a popula\u00e7\u00e3o mundial vem se urbanizando num ritmo muito r\u00e1pido. Em 2007, a maioria cap\u00edtulo anterior sobre a rela\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o do globo j\u00e1 vivia nas cidades, e, segundo proje\u00e7\u00f5es da ONU, em 2050, cerca de 70% da popula\u00e7\u00e3o mun- entre a industrializa\u00e7\u00e3o, a urbani- dial viver\u00e1 no meio urbano. za\u00e7\u00e3o e o \u00eaxodo rural, e questio- ne-os sobre qual seja o n\u00edvel de Em pa\u00edses como Argentina, B\u00e9lgica, Israel, Kuwait, Luxemburgo, Catar e Cingapura, mais de 90% da popula\u00e7\u00e3o total desenvolvimento industrial dos vive no meio urbano; em outros, como Bangladesh, \u00cdndia, N\u00edger, Mo\u00e7ambique, Paquist\u00e3o e Serra Leoa, a maioria da popu- pa\u00edses que apresentam taxas de la\u00e7\u00e3o vive no meio rural, embora ocorra um processo de urbaniza\u00e7\u00e3o. urbaniza\u00e7\u00e3o inferiores a 50%. Es- sa discuss\u00e3o mobiliza as habili- Taxa de Mundo: taxa de urbaniza\u00e7\u00e3o (2018) dades EF07GE02 e EF07GE09. urbaniza\u00e7\u00e3o \u00e9 a N 0\u00ba Comente que em 2017 a po- propor\u00e7\u00e3o (porcentagem) pula\u00e7\u00e3o urbana na \u00c1frica era de OCEANO GLACIAL \u00c1RTICO cerca de 478 milh\u00f5es de pessoas. A ONU estima que esse n\u00famero da popula\u00e7\u00e3o urbana C\u00edrculo Polar \u00c1rtico chegar\u00e1 a 656 milh\u00f5es de pes- O L soas em 2025, e a 1 bilh\u00e3o de pessoas em 2040. em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 popula\u00e7\u00e3o O texto a seguir apresenta total de um pa\u00eds ou de S algumas informa\u00e7\u00f5es interes- santes sobre a urbaniza\u00e7\u00e3o no uma regi\u00e3o. continente africano. Tr\u00f3pico de C\u00e2ncer OCEANO Meridiano de Greenwich OCEANO Texto complementar ATL\u00c2NTICO Portal de Mapas\/Arquivo da editoraPAC\u00cdFICO Equador A an\u00e1lise do Banco Mun- Taxa de urbaniza\u2022\u2039o OCEANO 0\u00ba dial observa que a urbaniza- (em %) PAC\u00cdFICO \u00e7\u00e3o na \u00c1frica aconteceu \u2014 e OCEANO continua acontecendo \u2014 com 80,1-100,0 Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio \u00cdNDICO um aumento na renda bem 60,1-80,0 inferior ao de outras regi\u00f5es 40,1-60,0 C\u00edrculo Polar Ant\u00e1rtico 0 3 350 6 700 km do mundo, que tamb\u00e9m s\u00e3o 20,1-40,0 consideradas \u201cem desenvolvi- 0-20,0 OCEANO GLACIAL ANT\u00c1RTICO mento\u201d e t\u00eam n\u00edveis de aden- sem dados samento urbano id\u00eanticos. Fonte: elaborado com base em UNITED NATIONS. World Urbanization Prospects: The 2018 Revision. Em 1968, por exemplo, Dispon\u00edvel em: <https:\/\/esa.un.org\/unpd\/wup\/Maps\/>. Acesso em: 12 jul. 2018. quando os pa\u00edses do Orien- te M\u00e9dio e do norte da \u00c1fri- A popula\u00e7\u00e3o do Brasil Popula\u00e7\u00e3o rural e urbana no Brasil (1950-2050) ca se tornaram 40% urbanos, vem crescendo num ritmo o seu Produto Interno Bruto (PIB) per capita era em m\u00e9dia menor que no passado e, por (em milh\u00f5es) de 1,8 mil d\u00f3lares (valores de Banco de imagens\/Arquivo da editora 2005). Em 1994, quando na- volta de 2040, come\u00e7ar\u00e1 a 250 \u00e7\u00f5es da \u00c1sia Oriental e Pac\u00ed- fico ultrapassaram o mesmo decrescer em consequ\u00eancia de um patamar, o PIB per capita era de 3,6 mil d\u00f3lares. J\u00e1 na \u00c1fri- saldo populacional negativo (n\u00famero ca, onde a urbaniza\u00e7\u00e3o tam- b\u00e9m chegou a 40%, a divis\u00e3o de nascimentos + n\u00famero de 200 dos recursos totais por pessoa \u00e9 estimada atualmente em imigrantes) \u2013 (n\u00famero de \u00f3bitos + apenas mil d\u00f3lares. n\u00famero de emigrantes). ORGANIZA\u00c7\u00c3O DAS NA\u00c7\u00d5ES UNIDAS. At\u00e9 2025, A urbaniza\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m dever\u00e1 150 \u00c1frica ter\u00e1 656 milh\u00f5es de estabilizar-se entre 91% e 92% pessoas vivendo em cidades. 24 fev. 2017. Dispon\u00edvel em: da popula\u00e7\u00e3o total <https:\/\/nacoesunidas.org\/ vivendo em cidades. 100 ate-2025-africa-tera- Popula\u00e7\u00e3o total 50 1950 Ano 656-milhoes-de-pessoas- Popula\u00e7\u00e3o urbana 0 1960 vivendo-em-cidades>. Popula\u00e7\u00e3o rural 1970 1980 Acesso em: 12 set. 2018. 1991 2000 Aproveite os dados apresen- 2010 tados pelo gr\u00e1fico para analisar 2020 que, at\u00e9 2040, o saldo popula- 2030 cional brasileiro ser\u00e1 positivo, 2040 apesar de a popula\u00e7\u00e3o rural de- 2050 crescer desde 1970. Pergunte aos alunos, fazendo refer\u00eancia ao Fontes: elaborado com base em IBGE. Censos demogr\u00e1ficos 1940-2010; IBGE. Estat\u00edsticas do s\u00e9culo XX. Rio de Janeiro: 2007; IBGE. Anu\u00e1rio Estat\u00edstico do Brasil, 1981, v. 42, 1979. IBGE. Proje\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o por sexo e idade: Brasil 2000-2060. Rio de Janeiro, 2013. 94 conte\u00fado da unidade anterior, as raz\u00f5es pelas quais o saldo se tornar\u00e1 negativo a partir de 2040. \u00c9 esperado que os alunos associem esse fen\u00f4meno \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o das taxas de fecundidade e de natalidade e ao falecimento de pessoas idosas. Ao colocar isso em evid\u00eancia, s\u00e3o contempladas as habilidades EF07GE02 e EF07GE10. Se oportuno, mencione que o relat\u00f3rio \u201cPerspectivas da Urbaniza\u00e7\u00e3o Mundial\u201d (World Urbanization Prospects) de 2018 j\u00e1 aponta para a exis- t\u00eancia de cidades no Jap\u00e3o, na Coreia do Sul, na Pol\u00f4nia, na Rom\u00eania, na R\u00fassia e na Ucr\u00e2nia em processo de decl\u00ednio populacional desde 2000. S\u00e3o apontados como fatores a baixa fertilidade e a emigra\u00e7\u00e3o. 94 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Segundo a ONU, em 2020, cerca de 600 cidades em todo o mundo ter\u00e3o pelo menos 1 milh\u00e3o de habitantes, e quase Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 30 delas estar\u00e3o no Brasil. Haver\u00e1 mais de 30 aglomera\u00e7\u00f5es urbanas com pelo menos 10 milh\u00f5es de habitantes \u2013 as cha- madas megacidades \u2013 no globo, e o Brasil ter\u00e1 duas delas: S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro. Com isso, o grande desafio ser\u00e1 Ap\u00f3s a leitura dos boxes, re- fornecer moradias decentes, sistema de transporte eficiente, seguran\u00e7a, eletricidade, \u00e1gua encanada e tratada, rede de serve um tempo para analisar esgotos, \u00e1reas verdes e de lazer para essa imensa popula\u00e7\u00e3o que se concentra cada vez mais em \u00e1reas urbanas. os dados da tabela com mais cuidado. Solicite aos alunos que Maiores aglomera\u00e7\u00f5es urbanas No Brasil, o Recenseamento Geral de 2010 constatou apontem em quais pa\u00edses est\u00e3o do mundo e do Brasil em (2020)* que cerca de 11,5 milh\u00f5es de pessoas viviam em \u201caglo- localizadas as dez maiores aglo- merados subnormais\u201d, popularmente conhecidos como mera\u00e7\u00f5es urbanas do mundo, Posi\u00e7\u00e3o no Aglomera\u00e7\u00e3o urbana** Popula\u00e7\u00e3o favelas, invas\u00f5es, grotas, comunidades, mocambos, bai- segundo as estimativas para ranking mundial em 2020 xadas, ressacas ou palafitas, conforme a regi\u00e3o. Em todo 2020. Pergunte-lhes o que esses o mundo, segundo a ONU, em 2010, 827 milh\u00f5es de pes- pa\u00edses t\u00eam em comum. Espera- 1 T\u00f3quio (Jap\u00e3o) 37 393 129 soas viviam em moradias prec\u00e1rias e irregulares ou em -se que eles percebam que s\u00e3o habita\u00e7\u00f5es sem as m\u00ednimas condi\u00e7\u00f5es de higiene. pa\u00edses subdesenvolvidos ou em 2 D\u00e9lhi (\u00cdndia) 30 290 936 desenvolvimento, exceto o Jap\u00e3o. 3 Xangai (China) 27 058 479 Se oportuno, comente que a ONU estima que a popula\u00e7\u00e3o to- 4 S\u00e3o Paulo (Brasil) 22 043 028 tal do Jap\u00e3o em 2020 ser\u00e1 de aproximadamente 124 milh\u00f5es 5 Cidade do M\u00e9xico 21 782 378 de pessoas. Considerando a pro- je\u00e7\u00e3o para as aglomera\u00e7\u00f5es ur- (M\u00e9xico) banas de T\u00f3quio e Osaka, essas duas cidades concentrar\u00e3o cerca 6 Dhaka (Bangladesh) 21 005 860 de 45% da popula\u00e7\u00e3o total, de- monstrando que a densidade 7 Cairo (Egito) 20 900 604 demogr\u00e1fica \u00e9 bastante desigual. 8 Pequim (China) 20 462 610 Ricardo Oliveira\/Tyba O texto a seguir comenta a mudan\u00e7a no ranking das maiores 9 Mumbai (\u00cdndia) 20 411 274 cidades do mundo, apontando os poss\u00edveis problemas que ser\u00e3o 10 Osaka (Jap\u00e3o) 19 165 340 enfrentados. Se houver oportu- nidade, trabalhe o tema com os 21 Rio de Janeiro 13 458 075 alunos em sala, compartilhando o texto ou comentando as infor- 66 Belo Horizonte 6 084 430 ma\u00e7\u00f5es apresentadas nele. 92 Bras\u00edlia 4 645 843 108 Porto Alegre 4 137 418 109 Recife 4 127 092 No Brasil, as maiores Moradias no munic\u00edpio de popula\u00e7\u00f5es que vivem em Manaus (AM), em 2016. 112 Fortaleza 4 073 465 comunidades est\u00e3o em S\u00e3o Paulo (2,1 milh\u00f5es ou 11% da popula\u00e7\u00e3o 120 Salvador 3 839 076 metropolitana), Rio de Janeiro View Apart\/Shutterstock\/Glow Images (1,7 milh\u00e3o ou 14,4% da popula\u00e7\u00e3o), 124 Curitiba 3 678 732 Bel\u00e9m (1,1 milh\u00e3o ou 53% da popula\u00e7\u00e3o), Salvador (931 mil ou 26% 146 Campinas 3 300 794 da popula\u00e7\u00e3o) e Recife (852 mil ou 192 Goi\u00e2nia 2 690 011 23% da popula\u00e7\u00e3o). 224 Bel\u00e9m 2 334 462 * Estimativas feitas pela Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas. ** Aglomera\u00e7\u00e3o urbana inclui a cidade principal e as cidades pr\u00f3ximas e interligadas a ela. Campinas, por exemplo, inclui a cidade principal e 19 munic\u00edpios: Americana, Itatiba, Valinhos, Vinhedo, Hortol\u00e2ndia, Indaiatuba, entre outras. Fonte: elaborado com base em UNITED NATIONS. Population Division (2018). In: World Urbanization Prospects: The 2018 Revision, Dispon\u00edvel em: <https:\/\/esa.un.org\/unpd\/wup\/Download\/>. Acesso em: 13 jul. 2018. 95 Texto complementar As 7 cidades mais populosas do mundo em 2100 z\u00e2nia \u2013, rearranjo que deve provocar uma s\u00e9rie de mudan\u00e7as demogr\u00e1ficas, migrat\u00f3- rias, socioecon\u00f4micas, pol\u00edticas e ambientais. Mumbai e Nova D\u00e9li, ambas na \u00cdndia, [\u2026] Um estudo recente aponta que as regi\u00f5es metropolitanas que hoje s\u00e3o as mais s\u00e3o as \u00fanicas que permanecem entre as sete maiores. [...] populosas do mundo n\u00e3o devem permanecer no topo do ranking no ano de 2100. A proje\u00e7\u00e3o foi feita pelos pesquisadores Daniel Hoornweg, da Universidade de On- [\u2026] Os pesquisadores advertem que as regi\u00f5es metropolitanas com mais 50 milh\u00f5es t\u00e1rio, no Canad\u00e1, e por Kevin Pope, da Universidade Memorial da Newfoundland, de pessoas ser\u00e3o um desafio monumental para os governos, pois servi\u00e7os b\u00e1sicos como no mesmo pa\u00eds. saneamento, educa\u00e7\u00e3o e sa\u00fade p\u00fablica precisar\u00e3o ser ampliados exponencialmente. [...] [\u2026] os primeiros lugares ser\u00e3o assumidos por cidades de pa\u00edses africanos \u2013 Lagos, BARRIA, Cecilia. As 7 cidades mais populosas do mundo em 2100. BBC News Mundo, 15 ago. 2018. na Nig\u00e9ria, Kinshasa, na Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo, e Dar es Salaam, na Tan- Dispon\u00edvel em: <www.bbc.com\/portuguese\/internacional-45177144>. Acesso em: 15 set. 2018. 95MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 2 A urbaniza\u00e7\u2039o no Brasil 1. A maioria da m\u00e3o de obra se dedicava \u00e0s atividades Oriente a leitura do texto e pro- No Brasil, a urbaniza\u00e7\u00e3o de fato s\u00f3 se acelerou com a industrializa\u00e7\u00e3o e as migra- prim\u00e1rias, exercidas cure certificar-se que os alunos \u00e7\u00f5es do campo para a cidade a partir do final do s\u00e9culo XIX e, sobretudo, na segunda normalmente no meio tenham compreendido o processo metade do s\u00e9culo XX. Ou seja, a urbaniza\u00e7\u00e3o brasileira s\u00f3 se expandiu quando a ind\u00fas- rural. Com isso a popula\u00e7\u00e3o de urbaniza\u00e7\u00e3o no Brasil, contem- tria se tornou o setor mais din\u00e2mico da economia nacional, o que apenas aconteceu no urbana permaneceu plando a habilidade EF07GE05. s\u00e9culo XX. Antes disso, ocorria um crescimento urbano no pa\u00eds, mas que n\u00e3o podia ser proporcionalmente est\u00e1vel, considerado um processo de urbaniza\u00e7\u00e3o. A urbaniza\u00e7\u00e3o moderna, de fato, \u00e9 um dos entre 6 e 8% do total. Ou Comente que, para o ge\u00f3gra- aspectos da transi\u00e7\u00e3o de uma sociedade rural e agr\u00e1ria para outra urbana e industrial. seja, n\u00e3o havia intensas fo Milton Santos, a urbaniza\u00e7\u00e3o migra\u00e7\u00f5es do campo para brasileira ganha velocidade ap\u00f3s Quando as atividades prim\u00e1rias de exporta\u00e7\u00e3o predominavam na economia na- a cidade, que \u00e9 o processo a Segunda Guerra Mundial, con- cional \u2013 cana-de-a\u00e7\u00facar (s\u00e9culos XVI e XVII), minera\u00e7\u00e3o (do fim do s\u00e9culo XVII ao s\u00e9- fundamental da urbaniza\u00e7\u00e3o. forme disp\u00f5e o texto a seguir. culo XVIII), caf\u00e9 (de meados do s\u00e9culo XIX at\u00e9 in\u00edcio do s\u00e9culo XX) e outros \u2013, a popu- la\u00e7\u00e3o urbana permaneceu relativamente est\u00e1vel, representando de 6% a 8% do total. 2. Sim, houve uma Texto complementar Isso \u00e9 facilmente explicado pela predomin\u00e2ncia da for\u00e7a de trabalho no setor prim\u00e1rio diminui\u00e7\u00e3o, pois a popula\u00e7\u00e3o (agropecu\u00e1ria e extrativismo), pela quase inexist\u00eancia do setor industrial e pela pouca rural diminuiu de 35,8 milh\u00f5es [...] quando as estradas de necessidade de m\u00e3o de obra no setor terci\u00e1rio (na \u00e9poca, principalmente com\u00e9rcio e (24% da popula\u00e7\u00e3o) em 1991 ferro, at\u00e9 ent\u00e3o desconecta- administra\u00e7\u00e3o). para 25,5 milh\u00f5es em 2010 das na maior parte do Pa\u00eds, s\u00e3o (16% da popula\u00e7\u00e3o). interligadas, constroem-se es- A partir da industrializa\u00e7\u00e3o da economia brasileira, houve um aumento proporcio- tradas de rodagem, pondo em nal dos empregos no setor secund\u00e1rio e no terci\u00e1rio (bancos, com\u00e9rcio, escolas, segu- Minha biblioteca contato as diversas regi\u00f5es en- radoras, setor p\u00fablico, entre outros) e a porcentagem da popula\u00e7\u00e3o urbana sobre o tre elas e com a regi\u00e3o polar do total dos habitantes do pa\u00eds passou de cerca de 16% em 1920 para 84,4% em 2010. A quem pertence a Pa\u00eds, empreende-se um ousa- Segundo estimativas do IBGE, a popula\u00e7\u00e3o urbana ultrapassar\u00e1 os 86% em 2020. cidade?, de Liliana do programa de investimentos Acompanhe esse processo no gr\u00e1fico abaixo. Iacocca. S\u00e3o Paulo: em infraestrutura. Ainda uma Salamandra, 2004. vez, uma nova materialidade O livro ajuda os leitores superp\u00f5e novos sistemas de a entender o seu papel engenharia aos j\u00e1 existentes, como cidad\u00e3os ao oferecendo as condi\u00e7\u00f5es t\u00e9cni- colocar em discuss\u00e3o o cas gerais que iriam viabilizar direito de cada um ter o processo de substitui\u00e7\u00e3o de seu espa\u00e7o na cidade. importa\u00e7\u00f5es para o qual todo um arsenal financeiro, fiscal, Brasil: popula\u00e7\u00e3o urbana e rural (1920-2020) monet\u00e1rio, serviria como ba- se das novas rela\u00e7\u00f5es sociais Banco de imagens\/Arquivo da editora 100% 18,8 15,6 14 (incluindo o consumo aumen- 84 tado) que iriam permitir mais 80% uma decolagem. 60% 69 44 32 24 81,2 84,4 86 56 68 76 SANTOS, Milton. A 64 urbaniza\u00e7\u00e3o brasileira. S\u00e3o 55 Paulo: HUCITEC, 1993. p. 36. 40% 45 Ainda segundo Milton Santos, 20% 31 36 esse processo foi refor\u00e7ado a 16 partir de 1964 pelos governos militares que criam condi\u00e7\u00f5es 0% para que o pa\u00eds se integre \u00e0 eco- nomia internacional. Leia o ex- 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2020 certo abaixo. Popula\u00e7\u00e3o urbana Popula\u00e7\u00e3o rural Texto complementar Fontes: elaborado com base em IBGE. Censos demogr\u00e1ficos 1940-2010; IBGE. Estat\u00edsticas do s\u00e9culo XX. Rio de Janeiro: 2007; IBGE. Anu\u00e1rio Estat\u00edstico [...] [o Brasil se tornou] gran- do Brasil, 1981, v. 42, 1979. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/seriesestatisticas.ibge.gov.br\/series.aspx?vcodigo=POP122>. Acesso em: 13 jul. 2018. de exportador tanto de produ- tos agr\u00edcolas n\u00e3o tradicionais Texto e a\u00e7\u00e3o (soja, c\u00edtricos) parcialmente beneficiados antes de se diri- 1 Quando predominavam na economia brasileira as atividades prim\u00e1rias de exporta\u00e7\u00e3o (do s\u00e9culo XVI girem ao estrangeiro, quanto at\u00e9 in\u00edcio do s\u00e9culo XX), mesmo ocorrendo crescimento no n\u00famero e na expans\u00e3o das cidades, a de produtos industrializados. popula\u00e7\u00e3o urbana representava entre 6% e 8% do total. Por que a popula\u00e7\u00e3o urbana permaneceu mais A moderniza\u00e7\u00e3o agr\u00edcola, ali\u00e1s, ou menos est\u00e1vel nesse per\u00edodo? atinge, tamb\u00e9m produ\u00e7\u00f5es tra- dicionais como o caf\u00e9, o cacau, 2 De acordo com o gr\u00e1fico, ocorreu uma diminui\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o rural em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 urbana no per\u00edodo o algod\u00e3o; [...] implanta-se em entre 1991 e 2010? muitos outros setores e se be- neficia da expans\u00e3o da classe 96 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o m\u00e9dia e das novas equa\u00e7\u00f5es de um consumo popular intermi- Essa reflex\u00e3o mobiliza a habilidade EF07GE08. Espera-se que, com base no gr\u00e1fico, os alunos indiquem que tente [...]. A popula\u00e7\u00e3o aumen- o Brasil passou a ter mais pessoas vivendo nas cidades a par- tada, a classe m\u00e9dia ampliada, Para realizar as atividades da se\u00e7\u00e3o Texto e a\u00e7\u00e3o, oriente os tir da d\u00e9cada de 1970 e, no mundo, essa invers\u00e3o ocorreu no a sedu\u00e7\u00e3o dos pobres por um alunos a observar o gr\u00e1fico desta p\u00e1gina e as informa\u00e7\u00f5es con- s\u00e9culo XXI. consumo diversificado e aju- tidas no infogr\u00e1fico das p\u00e1ginas 94 e 95. dado por sistemas extensivos Aproveite a oportunidade para trabalhar com os alunos a Se- de cr\u00e9dito, servem como im- Neste momento, pergunte aos alunos quando a popula\u00e7\u00e3o qu\u00eancia Did\u00e1tica 2: Industrializa\u00e7\u00e3o e urbaniza\u00e7\u00e3o no Brasil, puls\u00e3o \u00e0 expans\u00e3o industrial. brasileira passou a ser mais urbana do que rural e relembre dispon\u00edvel no material digital. quando isso se tornou uma realidade na popula\u00e7\u00e3o mundial. SANTOS, Milton. A urbaniza\u00e7\u00e3o brasileira. S\u00e3o Paulo: HUCITEC, 1993. p. 36. 96 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","As cidades: s\u00edtio urbano e situa\u00e7\u00e3o Minha biblioteca Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas O que \u00e9 cidade?, de O terreno sobre o qual a cidade se constr\u00f3i recebe o nome de s\u00edtio urbano. S\u00edtio Raquel Rolnik. S\u00e3o Fa\u00e7a a leitura do texto com urbano, portanto, \u00e9 a \u00e1rea ocupada pela cidade, \u00e9 o terreno com as suas caracter\u00edsticas Paulo: Brasiliense, 2012. os alunos, observando se com- de relevo: altitudes, colinas e baixadas, vales, brejos, etc. Algumas cidades se situam Esse livro explica o que preendem os conceitos de s\u00edtio em \u00e1reas litor\u00e2neas, outras em planaltos interiores, outras no sop\u00e9 (base) de monta- \u00e9 cidade, quando ela urbano e situa\u00e7\u00e3o. nhas, e assim por diante. surgiu na hist\u00f3ria e suas transforma\u00e7\u00f5es Para o ge\u00f3grafo Roberto Loba- O s\u00edtio urbano exerce alguma influ\u00eancia sobre as caracter\u00edsticas da cidade e sua at\u00e9 chegar \u00e0 cidade to Corr\u00eaa, a localiza\u00e7\u00e3o das cida- expans\u00e3o. Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, muitos morros, sujeitos a de- capitalista dos nossos des pode parecer aleat\u00f3ria, mas sabamentos pelas chuvas, s\u00e3o \u00e1reas desvalorizadas e que foram ocupadas por co- dias. existem padr\u00f5es relacionados \u00e0 munidades; a popula\u00e7\u00e3o de renda mais alta, em geral, vive pr\u00f3xima da orla mar\u00edtima. fun\u00e7\u00e3o de cada cidade. Leia mais Em outras cidades do pa\u00eds onde h\u00e1 muitas comunidades \u2013 como S\u00e3o Paulo, Recife Barcos em atracadouro sobre o assunto no texto abaixo. e Bel\u00e9m, por exemplo \u2013, essas habita\u00e7\u00f5es se localizam em terrenos baldios espa- no munic\u00edpio de Bel\u00e9m lhados pela cidade (normalmente pr\u00f3ximos a \u00e1reas de emprego de parte dessa (PA), em 2017. Texto complementar popula\u00e7\u00e3o) ou em v\u00e1rzeas fluviais. A localiza\u00e7\u00e3o de cada ci- A situa\u00e7\u00e3o de uma cidade se refere \u00e0 sua localiza\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica, ou seja, ao local dade responde a uma l\u00f3gica onde ela se situa em rela\u00e7\u00e3o ao espa\u00e7o mais amplo: os meios de transportes e de que resulta de necessidades e comunica\u00e7\u00f5es, a dist\u00e2ncia em rela\u00e7\u00e3o aos grandes centros urbanos, a presen\u00e7a ou n\u00e3o possibilidades existentes no de riquezas naturais nas vizinhan\u00e7as, etc. \u00c9 a localiza\u00e7\u00e3o relativa da cidade, o que di- momento de nascimento da fere da localiza\u00e7\u00e3o absoluta, que s\u00e3o as coordenadas do local (latitude e longitude). Por cidade. As necessidades deri- exemplo: Bel\u00e9m, capital do Par\u00e1, localiza-se numa \u00e1rea estrat\u00e9gica da Amaz\u00f4nia bra- vam das fun\u00e7\u00f5es que se espe- sileira, pois \u00e9 porta de entrada e sa\u00edda de mercadorias da regi\u00e3o, que se d\u00e1 principal- ram da cidade: de defesa, de mente atrav\u00e9s do rio Amazonas, perfeitamente naveg\u00e1vel em territ\u00f3rio nacional. trocas, de produ\u00e7\u00e3o industrial etc. As possibilidades deri- A situa\u00e7\u00e3o, ao contr\u00e1rio da localiza\u00e7\u00e3o absoluta, n\u00e3o \u00e9 algo fixo. Pelo contr\u00e1rio, \u00e9 vam das condi\u00e7\u00f5es efetivas din\u00e2mica, pois se altera com as mudan\u00e7as hist\u00f3ricas. A situa\u00e7\u00e3o de Bel\u00e9m \u00e9 importante, de realizar aquelas fun\u00e7\u00f5es, mas, com o desenvolvimento da avia\u00e7\u00e3o e a constru\u00e7\u00e3o de rodovias do Centro-Sul do possibilidades econ\u00f4micas pa\u00eds at\u00e9 a Amaz\u00f4nia ocidental (Acre, Rond\u00f4nia e Amazonas), sua localiza\u00e7\u00e3o j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 e t\u00e9cnicas: mercado, m\u00e3o de t\u00e3o estrat\u00e9gica como no passado, quando s\u00f3 a navega\u00e7\u00e3o garantia o transporte at\u00e9 obra especializada, presen\u00e7a essa imensa regi\u00e3o ao norte e noroeste do pa\u00eds. de recursos minerais, cami- nhos, navega\u00e7\u00e3o a vapor etc. Luciana Whitaker\/Pulsar Imagens A localiza\u00e7\u00e3o de cada cida- de, por outro lado, implica a\u00e7\u00f5es envolvendo duas esca- las espaciais, uma resultando em localiza\u00e7\u00e3o absoluta, o s\u00ed- tio, e a outra em localiza\u00e7\u00e3o relativa, a posi\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica. [\u2026] A localiza\u00e7\u00e3o absoluta, o s\u00edtio, \u00e9 o ch\u00e3o sobre o qual a cidade se estende, podendo ser natural, via de regra alte- rado pela a\u00e7\u00e3o humana, ou artificialmente produzido. A localiza\u00e7\u00e3o relativa ou posi\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica refere-se \u00e0 situa\u00e7\u00e3o locacional de uma cidade face a aspectos externos a ela, en- volvendo o conte\u00fado natural e social das \u00e1reas circunvizi- nhas. [\u2026] CORR\u00caA, Roberto Lobato. Posi\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica de cidades. Revista Cidades, 2004, v. 1, n. 2, p. 317-323. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/revista.fct.unesp. br\/index.php\/revistacidades\/ article\/view\/480\/510>. Acesso em: 8 set. 2018. Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 97 97MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas A fun\u00e7\u2039o das cidades Explique aos alunos que a fun- Fun\u2022\u2039o \u00e9 a atividade principal de uma cidade: \u00e9 a raz\u00e3o pela qual ela se expandiu. \u00e7\u00e3o de uma cidade pode ser de- Por exemplo, algumas cidades vivem ou se desenvolvem em fun\u00e7\u00e3o do com\u00e9rcio, finida pela atividade na qual se outras em fun\u00e7\u00e3o das ind\u00fastrias que nelas existem, outras dependem bastante do destaca. A fun\u00e7\u00e3o da cidade po- turismo, e assim por diante. de permanecer a mesma desde a sua origem ou mudar ao longo Podemos reconhecer v\u00e1rias fun\u00e7\u00f5es principais. Veja o quadro: de tempo. H\u00e1 cidades que acu- mulam diferentes fun\u00e7\u00f5es, espe- Fun\u00e7\u00e3o principal Ocorre quando a cidade... Exemplos cialmente nos casos das grandes cidades. Pol\u00edtico-administrativa ... depende basicamente de sediar \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos, Bras\u00edlia (DF), Washington (Estados Unidos), etc. principalmente governos. Al\u00e9m das fun\u00e7\u00f5es do quadro, apresente outros tipos de fun\u00e7\u00e3o: Industrial ... cresce principalmente por causa das ind\u00fastrias. S\u00e3o Bernardo do Campo (SP), Volta Redonda (RJ), Cuba- t\u00e3o (SP), etc. \u2022 Financeira \u2013 normalmen- te s\u00e3o cidades que movi- Comercial ... vive basicamente em torno do com\u00e9rcio. Uberl\u00e2ndia (MG), cuja situa\u00e7\u00e3o faz dela um estrat\u00e9gico mentam grandes somas entreposto comercial, Cidade do Panam\u00e1 (Panam\u00e1), de dinheiro, seja atrav\u00e9s Ciudad del Este (Paraguai), etc. das bolsas de valores, se- ja atrav\u00e9s das transa\u00e7\u00f5es Portu\u00e1ria ... se destaca pela import\u00e2ncia do seu porto. Paranagu\u00e1 (PR), Santos (SP), S\u00e3o Lu\u00eds (MA), etc. das redes banc\u00e1rias, como Nova York, T\u00f3quio, Londres, Tur\u00edstica ... vive principalmente do turismo. Guaruj\u00e1 (SP), Cambori\u00fa (SC), B\u00fazios (RJ), Campos do Xangai, Zurique, Hong Kong Jord\u00e3o (SP), etc. e S\u00e3o Paulo. Religiosa ... depende basicamente do turismo religioso. Aparecida (SP), Juazeiro do Norte (CE), \u2022 Cultural \u2013 pode ser denomi- F\u00e1tima (Portugal), Meca (Ar\u00e1bia Saudita), nada cidade hist\u00f3rica e\/ou religiosa. S\u00e3o cidades que Jerusal\u00e9m (Israel), etc. preservaram constru\u00e7\u00f5es de per\u00edodos anteriores da his- Militar ... abrigou ou abriga instala\u00e7\u00f5es militares estrat\u00e9gicas. Natal (RN), Resende (RJ), etc. t\u00f3ria, como Cairo, Coimbra, Istambul, Petra e Ouro Preto. Universit\u00e1ria ... depende bastante das faculdades ou Vi\u00e7osa (MG), S\u00e3o Carlos (SP), etc. universidades, que atraem grande n\u00famero \u2022 Residencial (ou cidade- de estudantes e movimentam o seu com\u00e9rcio. -dormit\u00f3rio) \u2013 pr\u00f3ximas aos grandes aglomerados Em geral, quando uma cidade \u00e9 grande (acima de 500 mil habitantes), ouReprodu\u00e7\u00e3o\/Empresa Maranhense de Administra\u00e7\u00e3o Portu\u2021ria - EMAP urbanos, s\u00e3o cidades on- mesmo m\u00e9dia (de 50 a 500 mil), ela exerce diferentes fun\u00e7\u00f5es, mesmo que uma de moram os trabalhado- delas se sobressaia. Por exemplo: o Rio de Janeiro \u00e9 ao mesmo tempo uma cida- res da cidade principal da de comercial, portu\u00e1ria, in- regi\u00e3o, como a Alvorada na dustrial, tur\u00edstica e pol\u00edtico- regi\u00e3o metropolitana de Por- -administrativa. S\u00e3o Paulo \u00e9 to Alegre, Nova Igua\u00e7u na re- um centro urbano financeiro, gi\u00e3o metropolitana do Rio de industrial, comercial, cultural Janeiro, Cabedelo na regi\u00e3o e pol\u00edtico-administrativo. metropolitana de Jo\u00e3o Pes- soa, e Nova Jersey, pr\u00f3xima Vista do porto de Itaqui, em S\u00e3o Lu\u00eds a Nova York. (MA), em 2016, cidade cuja principal \u2022 Cient\u00edfica e tecnol\u00f3gica \u2013 fun\u00e7\u00e3o \u00e9 portu\u00e1ria. apresentam grande concen- tra\u00e7\u00e3o de universidades e 98 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o centros de pesquisa, como Boston, Berkeley (Vale do Sil\u00edcio), Los Angeles, Paris e Oxford. \u2022 De recrea\u00e7\u00e3o e desportiva \u2013 conhecidas por abrigar cassi- nos, resorts e campeonatos esportivos, como Las Vegas, Monte Carlo, Marbella, Macau e Winnipeg. 98 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Centro e expans\u2039o das cidades Conurba\u00e7\u00e3o entre as cidades Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas de Osasco, \u00e0 esquerda, e S\u00e3o Toda cidade tem um centro, que \u00e9 a \u00e1rea onde se concentram mais pessoas, onde Paulo, \u00e0 direita. Observe que Oriente os alunos a ler o texto h\u00e1 mais com\u00e9rcio e servi\u00e7os, como bancos, escrit\u00f3rios, consult\u00f3rios, etc. O centro da o limite entre uma cidade e e a observar a imagem de sat\u00e9li- cidade n\u00e3o precisa estar localizado na \u00e1rea central do espa\u00e7o urbano. Ele pode estar outra \u00e9 impercept\u00edvel. te. \u00c9 importante que eles tenham situado, por exemplo, na orla mar\u00edtima. Portanto, o centro de uma cidade n\u00e3o se Imagem produzida em 2017. compreendido o papel do centro define pela localiza\u00e7\u00e3o, e sim pelo movimento e pela concentra\u00e7\u00e3o de pessoas, de de uma cidade, as diferentes for- seu com\u00e9rcio e de suas constru\u00e7\u00f5es. Digital Globe\/Google Earth mas de crescimento e a rela\u00e7\u00e3o com a forma\u00e7\u00e3o das periferias Em geral, o centro (ou os centros, pois pode haver mais de um) possui edif\u00edcios urbanas, bem como a quest\u00e3o mais elevados que as demais partes da cidade, possui ruas, avenidas e pra\u00e7as mais da forma\u00e7\u00e3o de sub\u00farbios e da movimentadas e constru\u00e7\u00f5es que se destacam na vida cultural da cidade (igreja ma- conurba\u00e7\u00e3o. triz, teatro, centros culturais, prefeitura, etc.). Comente que no Brasil a maio- As pequenas cidades possuem um centro tradicional, onde geralmente h\u00e1 uma ria das capitais est\u00e3o conurbadas igreja e a pra\u00e7a principal. As m\u00e9dias e grandes cidades podem ter mais de um centro: com os munic\u00edpios vizinhos. Es- o de neg\u00f3cios (bancos, com\u00e9rcio) numa \u00e1rea, e o centro de lazer (restaurantes, pra\u00e7as ses, apesar de possuir os seus ou avenidas mais movimentadas pelos pedestres), em outra. Pode haver um centro pr\u00f3prios centros e atividades antigo, com constru\u00e7\u00f5es hist\u00f3ricas, e um centro mais novo, que vem substituindo o econ\u00f4micas, muitas vezes de- antigo, com uma \u00e1rea de terrenos mais valorizados. sempenham a fun\u00e7\u00e3o de cida- de-dormit\u00f3rio, j\u00e1 que parte de Uma cidade pode crescer de duas formas: pela constru\u00e7\u00e3o de elevados edif\u00edcios seus habitantes trabalham na ou galerias subterr\u00e2neas (crescimento vertical) e pela expans\u00e3o de seu espa\u00e7o urba- capital. O deslocamento di\u00e1rio no (crescimento horizontal). No crescimento horizontal da cidade, h\u00e1 uma expans\u00e3o de trabalhadores entre um mu- da periferia, ou seja, das \u00e1reas ou bairros mais distantes. No Brasil, as periferias dos nic\u00edpio e outro \u00e9 chamado de mo- grandes centros urbanos geralmente s\u00e3o \u00e1reas mais prec\u00e1rias, pois possuem menos vimento pendular. Tal discuss\u00e3o infraestrutura (\u00e1gua encanada, eletricidade, asfalto, linhas telef\u00f4nicas, transporte co- permite contemplar a habilidade letivo, etc.) que as \u00e1reas centrais. EF07GE02. Em alguns pa\u00edses, como os Estados Unidos, as periferias urbanas, chamadas de Se oportuno, converse sobre sub\u00farbios, s\u00e3o muito valorizadas. Nelas residem popula\u00e7\u00f5es de alta renda, que se a ocupa\u00e7\u00e3o do subsolo. Histori- deslocaram das \u00e1reas centrais para ter mais espa\u00e7o camente, o espa\u00e7o subterr\u00e2neo (casas com amplos jardins e quintais e muito verde nas foi usado como abrigos militares ruas), fugindo dos congestionamentos, da polui\u00e7\u00e3o, etc. e mais recentemente tem sido Tamb\u00e9m no Brasil isso j\u00e1 acontece, com a forma\u00e7\u00e3o de explorado para a rede de trans- condom\u00ednios de resid\u00eancias para as classes m\u00e9dia e porte urbano (os metr\u00f4s). Cite alta nas \u00e1reas perif\u00e9ricas dos grandes centros urbanos. a cidade subterr\u00e2nea de Mon- treal, no Canad\u00e1, composta de Quando uma cidade se expande, ela pode se en- shoppings centers conectados contrar com outra cidade vizinha. Nesse caso ocorre a a esta\u00e7\u00f5es de metr\u00f4, museus, conurba\u00e7\u00e3o, que \u00e9 a jun\u00e7\u00e3o de dois espa\u00e7os urbanos, condom\u00ednios, bancos, hot\u00e9is e geralmente causada pela expans\u00e3o de uma cidade que universidades. atingiu os limites de uma ou de algumas cidades me- nores. Como exemplo de conurba\u00e7\u00e3o podemos citar o encontro da cidade de S\u00e3o Paulo com Santo Andr\u00e9, S\u00e3o Caetano do Sul, Osasco e v\u00e1rias outras cidades vizinhas. Texto e a\u00e7\u2039o \u00a5 Junte-se a um colega e respondam \u00e0s quest\u00f5es sobre o munic\u00edpio em que fica a escola. a) Esse munic\u00edpio cresceu de forma horizontal ou vertical? Justifiquem. Resposta pessoal, que depende do munic\u00edpio onde fica a escola. b) Esse munic\u00edpio se expandiu a partir de qual atividade econ\u00f4mica? Resposta pessoal, que depende do munic\u00edpio onde fica a escola. Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 99 99MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 3 Metropoliza\u00e7\u00e3o e regi\u00f5es Antes de iniciar o assunto da metropolitanas p\u00e1gina, verifique se os alunos co- nhecem a regi\u00e3o metropolitana A intensa urbaniza\u00e7\u00e3o que vem ocorrendo no Brasil tem sido acompanhada por mais pr\u00f3xima do munic\u00edpio que um processo de metropoliza\u00e7\u00e3o, isto \u00e9, concentra\u00e7\u00e3o demogr\u00e1fica nas metr\u00f3poles, vivem ou se o munic\u00edpio j\u00e1 faz que s\u00e3o cidades com mais de 1 milh\u00e3o de habitantes. Ao mesmo tempo, formam-se parte de uma. regi\u00f5es metropolitanas, com o crescimento acelerado das grandes e m\u00e9dias cidades e com a ocorr\u00eancia da conurba\u00e7\u00e3o. As regi\u00f5es metropolitanas s\u00e3o um conjunto de Certifique-se de que os alunos munic\u00edpios cont\u00edguos (vizinhos ou espacialmente interligados) e integrados a uma compreenderam a forma\u00e7\u00e3o das cidade central, com servi\u00e7os p\u00fablicos e infraestrutura comuns. regi\u00f5es metropolitanas e no que elas consistem. Acrescente que Isso significa que certos problemas em servi\u00e7os urbanos \u2013 como transportes, como cada estado \u00e9 respons\u00e1vel abastecimento de \u00e1gua, esgotos, etc. \u2013 n\u00e3o devem mais ser tratados isoladamente por criar as suas regi\u00f5es metro- em cada cidade vizinha, mas em conjunto. Como exemplos de regi\u00f5es metropolitanas politanas. Isso \u00e9 feito por meio de temos a Grande S\u00e3o Paulo (S\u00e3o Paulo, Guarulhos, Santo Andr\u00e9, Osasco e mais 35 um projeto de lei submetido ao munic\u00edpios), a Grande Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Belford Roxo, Poder Legislativo estadual para S\u00e3o Gon\u00e7alo e mais 13 munic\u00edpios), a Grande Belo Horizonte (composta de 34 muni- que fa\u00e7a a an\u00e1lise do projeto e c\u00edpios), a Grande Recife (composta de 14 munic\u00edpios) e v\u00e1rias outras. aprove-o ou n\u00e3o. Brasil: regi\u00f5es metropolitanas (2016) Explore o mapa com os alunos. Pergunte onde se concentra a 55\u00ba O Portal de Mapas\/Arquivo da editora maior parte das regi\u00f5es metro- politanas, contemplando a habi- RR OCEANO Regi\u00f5es Metropolitanas lidade EF07GE09. AP ATL\u00c2NTICO do Cear\u00e1 R.M. da Atividade complementar Capital R.M. de Macap\u00e1 1. R.M. de Fortaleza R.M. de Bel\u00e9m 2. R.M. do Cariri Proponha aos alunos a tare- Equador R.M. do 3. R.M. de Sobral 0\u00ba fa de investigar os dados sobre Sul do Estado as regi\u00f5es metropolitanas pa- R.M. da ra apresentar aos colegas. Para Central tanto, divida a turma em grupos menores; cada grupo ficar\u00e1 res- R.M. de R.M. de S\u00e3o Lu\u00eds pons\u00e1vel por buscar informa- Manaus \u00e7\u00f5es sobre os munic\u00edpios que R.M. de comp\u00f5em a regi\u00e3o metropolita- na pesquisada: popula\u00e7\u00e3o (e seu PA R.I.D.E.* 31 Campina crescimento), PIB, IDHM, princi- R.M. do Sudoeste Teresina Grande pais atividades econ\u00f4micas, in- CE fraestrutura e desafios urbanos, Maranhense MA RN R.M. de Natal mobilizando a CEGEF5. AM PI 2 PB R.M. de Jo\u00e3o Pessoa Os resultados da pesquisa de- ver\u00e3o ser organizados para serem R.M. de TO PE R.M. do Recife apresentados na forma de um Porto Velho panfleto. Portanto, o texto dever\u00e1 R.M. R.I.D.E.* AL2 3 1 ser conciso e os alunos poder\u00e3o AC de Palmas fazer uso de fotografias, mapas, RO 4 gr\u00e1ficos e outros recursos vi- MT Petrolina-Juazeiro SE suais para que o panfleto seja bem diagramado, contribuindo, R.M. do Vale R.M. R.M. de Feira R.M. de Aracaju assim, para o desenvolvimento do Rio Cuiab\u00e1 e de Gurupi de Santana R.M. de Salvador da CGEB4 e CGEB5, bem como entorno metropolitano para a CECHEF7. Disponha-se R.I.D.E.* para auxili\u00e1-los na organiza\u00e7\u00e3o do material. Regi\u00f5es Metropolitanas Distrito Federal BA Regi\u00f5es Metropolitanas de Santa Catarina de Alagoas Em uma aula determinada, 1. R.M. do Norte\/Nordeste Catarinense DF R.M. do os alunos dever\u00e3o apresentar o 2. R.M. do Vale do Rio Itaja\u00ed GO 1. R.M. de Macei\u00f3 conte\u00fado do panfleto e conver- 3. R.M. da Foz do Rio Itaja\u00ed 2. R.M. de Palmeira dos \u00cdndios sar sobre o que chamou a aten- 4. R.M. de Florian\u00f3polis R.M. de Vale do A\u00e7o e \u00e7\u00e3o deles em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s regi\u00f5es 5. R.M. de Lages Goi\u00e2nia colar metropolitano metropolitanas. Nesse momento, 6. R.M. de Tubar\u00e3o desafie os alunos a pensar em 7. R.M. Carbon\u00edfera R.M. de Belo Horizonte 3. R.M. do Vale do Para\u00edba formas de solucionar os proble- 8. R.M. de Chapec\u00f3 e colar metropolitano mas urbanos apresentados, a MS 4. R.M. do Agreste fim de trabalhar a CEGEF1. \u00c9 in- Regi\u00f5es Metropolitanas ES teressante que cada grupo dis- do Rio Grande do Sul ponibilize o arquivo digital do 1. R.M. de Porto Alegre 5 MG R.M. da panfleto. Caso eles tenham si- 2. R.M. da Serra Ga\u00facha do feitos manualmente, solicite 3. R.M. de Pelotas R.M. de Maring\u00e1 SP 3 4 RJ Grande Vit\u00f3ria aos alunos que os afixem em um 4. R.M. do Litoral Norte 1 mural da sala. R.M. do Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio Regi\u00e3o Metropolitana (R.M.) 2 Rio de Janeiro Limite estadual R.M. de Londrina R.M. de Curitiba * R.I.D.E. = Regi\u00e3o Integrada de PR Desenvolvimento Econ\u00f4mico 8 SC 1 N 23 Regi\u00f5es Metropolitanas de S\u00e3o Paulo 54 O 6 L 1. R.M. de S\u00e3o Paulo 2. R.M. da Baixada Santista RS 2 7 3. R.M. de Campinas 14 S 4. R.M. do Vale do Para\u00edba e 410 820 km Litoral Norte 3 0 5. R.M. de Ribeir\u00e3o Preto Fontes: elaborado com base em IBGE. Atlas geogr\u00e1fico escolar. Rio de Janeiro, 2012; SANTA CATARINA. Leis complementares n. 495\/2010 e n. 571\/2013; ALAGOAS. Leis complementares n. 30\/2011 e n. 32\/2012; JUS BRASIL. Santa Catarina ter\u00e1 oito regi\u00f5es metropolitanas. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/al-sc.jusbrasil.com.br\/noticias\/2039276\/santa- catarina-tera-oito-regioesmetropolitanas>. Acesso em: 13 jul. 2018; G1. Oito munic\u00edpios passam a integrar a Regi\u00e3o Metropolitana de Londrina. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/g1.globo.com\/pr\/norte-noroeste\/noticia\/2013\/11\/oito-municipios- passam-integrar-regiao-metropolitana-de-londrina.html>. Acesso em: 3 jul. 2018; AG\u00caNCIA IBGE Not\u00edcias. Brasil tem tr\u00eas novas regi\u00f5es metropolitanas. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/agenciadenoticias.ibge.gov.br\/agencia-noticias\/2012- agencia-de-noticias\/noticias\/9868-brasil-tem-tres-novas-regioes-metropolitanas.html>. Acesso em: 13 jul. 2018. 100 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 100 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","H\u00e1 tamb\u00e9m as Regi\u00f5es Integradas de Desenvolvimento Econ\u00f4mico (Ride), que s\u00e3o Autonomia: direito ou Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \u00e1reas metropolitanas que incluem cidades de diferentes unidades da Federa\u00e7\u00e3o. As capacidade de se governar Rides s\u00e3o definidas por leis federais. Como exemplos, podem ser citadas a Ride do por seus pr\u00f3prios meios e Ao realizar a leitura do texto, Distrito Federal e entorno, que abrange cidades do Distrito Federal, Goi\u00e1s e Minas Ge- por leis pr\u00f3prias. verifique a compreens\u00e3o dos rais; a Ride de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), e a Ride Teresina (PI), esta \u00faltima abrange alunos sobre a diferen\u00e7a entre a 14 cidades do Piau\u00ed e uma no Maranh\u00e3o (a cidade de Timon). Observe no mapa da regi\u00e3o metropolitana e a Ride, e a p\u00e1gina anterior as Rides que existem hoje no Brasil. autonomia pol\u00edtico-administrati- va que essas regi\u00f5es possuem. De acordo com a Constitui\u00e7\u00e3o federal de 1988, os estados t\u00eam autonomia para estabelecer as suas \u00e1reas metropolitanas. Inicialmente, foram definidas nove regi\u00f5es Se julgar oportuno, comente metropolitanas: S\u00e3o Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, que est\u00e1 em tramita\u00e7\u00e3o a cria\u00e7\u00e3o Porto Alegre, Bel\u00e9m e Curitiba. Atualmente, h\u00e1 v\u00e1rias outras regi\u00f5es e, al\u00e9m disso, de outras tr\u00eas Rides: a Regi\u00e3o In- foram criadas diversas Rides. tegrada de Desenvolvimento do Cariri-Araripe (RICA), reunindo Reprodu\u00e7\u00e3o\/Prefeitura de S\u00e3o Leopoldo, RS. munic\u00edpios dos estados do Cea- r\u00e1, Para\u00edba, Pernambuco e Piau\u00ed; Vista a\u00e9rea do munic\u00edpio de a Regi\u00e3o Integrada de Desen- S\u00e3o Leopoldo (RS), em 2016, volvimento do Bico do Papagaio que faz parte da regi\u00e3o (RIBP), abrangendo munic\u00edpios metropolitana de Porto Alegre dos estados do Par\u00e1, Tocantins e (RS). Maranh\u00e3o; e a Regi\u00e3o Integrada de Desenvolvimento da Metade Entre 2015 e 2016, tr\u00eas novas regi\u00f5es metropolitanas foram criadas, totalizando Sul do Rio Grande do Sul. 69 no territ\u00f3rio nacional. Houve um relativo deslocamento populacional para as regi\u00f5es Centro-Oeste e Norte do pa\u00eds, e um grande crescimento das cidades m\u00e9dias, por isso Texto complementar muitas destas acabaram por formar as suas regi\u00f5es metropolitanas. Foi o que ocorreu, por exemplo, com a regi\u00e3o de Santos (SP), Campinas (SP), Pelotas (RS), Lages e Tuba- Regi\u00f5es Integradas de r\u00e3o (SC), Imperatriz (MA) e outras. Isso significa que a concentra\u00e7\u00e3o populacional nas Desenvolvimento \u2013 regi\u00f5es metropolitanas \u2013 chamada de metropoliza\u00e7\u00e3o \u2013 continua a ocorrer no Brasil. RIDEs Cada regi\u00e3o metropolitana deve planejar integradamente o seu desenvolvimen- [\u2026] A RIDE tem como ob- to urbano. Esse planejamento \u00e9 elaborado por um conselho deliberativo (ou seja, de jetivo articular e harmonizar decis\u00e3o) nomeado pelo governo de cada estado, auxiliado por um conselho consul- as a\u00e7\u00f5es administrativas da tivo (isto \u00e9, de consulta) formado por representantes de cada munic\u00edpio da regi\u00e3o. Uni\u00e3o, dos Estados e dos mu- Dessa forma, tratam-se no \u00e2mbito metropolitano certos servi\u00e7os e problemas que nic\u00edpios para a promo\u00e7\u00e3o de afetam o conjunto da \u00e1rea metropolitana e que ficavam a cargo apenas das prefei- projetos que visem \u00e0 dinami- turas de cada munic\u00edpio. za\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica de territ\u00f3rios de baixo desenvolvimento [...] Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 101 Os recursos p\u00fablicos des- tinados \u00e0s RIDEs visam pro- mover o seu desenvolvimento global e se destinam a: siste- ma vi\u00e1rio, transporte; servi- \u00e7os p\u00fablicos comuns; gera\u00e7\u00e3o de empregos e capacita\u00e7\u00e3o profissional; saneamento b\u00e1sico; uso, parcelamento e ocupa\u00e7\u00e3o do solo; prote\u00e7\u00e3o ao meio-ambiente; aprovei- tamento de recursos h\u00eddricos e minerais; sa\u00fade e assist\u00ean- cia social; educa\u00e7\u00e3o e cultu- ra; produ\u00e7\u00e3o agropecu\u00e1ria e abastecimento alimentar; habita\u00e7\u00e3o popular; combate a causas de pobreza e fatores de marginaliza\u00e7\u00e3o; servi\u00e7os de telecomunica\u00e7\u00e3o; turismo e seguran\u00e7a p\u00fablica. As RIDEs contam com um Conselho Administrativo da Regi\u00e3o Integrada de Desen- volvimento (COARIDE) para coordenar e decidir sobre a execu\u00e7\u00e3o de programas e pro- jetos de interesse da Regi\u00e3o Administrativa. Seus mem- bros s\u00e3o representantes da Uni\u00e3o, Estados e munic\u00edpios integrantes. [...] MINIST\u00c9RIO DA INTEGRA\u00c7\u00c3O NACIONAL. Regi\u00f5es Integradas de Desenvolvimento \u2013 RIDEs. 25 jun. 2011. Dispon\u00edvel em: <www.mi.gov.br\/regioes_ integradas_rides>. Acesso em: 8 set. 2018. 101MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Contudo, esses conselhos n\u00e3o representam Ranking das maiores regi\u00f5es um poder independente e \u00e0 margem dos poderes metropolitanas do Brasil (2016)* Oriente a leitura do texto e a locais dos munic\u00edpios. \u00c9 apenas uma a\u00e7\u00e3o coor- observa\u00e7\u00e3o atenta da tabela. Per- denada do estado com os munic\u00edpios da regi\u00e3o, Regi\u00f5es Popula\u00e7\u00e3o % da popula\u00e7\u00e3o total gunte aos alunos quais s\u00e3o as que continuam exercendo com independ\u00eancia metropolitanas em 2016 do Brasil diferen\u00e7as de tamanho da po- todas as suas fun\u00e7\u00f5es no plano municipal. pula\u00e7\u00e3o entre as regi\u00f5es me- S\u00e3o Paulo (SP) 21 242 939 10,3% tropolitanas de S\u00e3o Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O Quando somamos a popula\u00e7\u00e3o das 15 prin- Rio de Janeiro (RJ) 12 330 186 6,0% objetivo \u00e9 que percebam que a popula\u00e7\u00e3o de S\u00e3o Paulo \u00e9 quase cipais regi\u00f5es metropolitanas do pa\u00eds, verifica- Belo Horizonte (MG) 5 873 841 2,9% o dobro da do Rio de Janeiro, e a mos que, em 1950, elas reuniam por volta de 4 284 676 2,1% de Belo Horizonte \u00e9 quase quatro 25% da popula\u00e7\u00e3o nacional. Em 1990, esse n\u00fa- Ride Distrito Federal e 4 276 475 2,1% vezes menor que a de S\u00e3o Paulo. mero subiu para 34% e, em 2016, para 38,1% da entorno (DF, MG e GO) Isso evidencia a despropor\u00e7\u00e3o popula\u00e7\u00e3o total do Brasil. Como se v\u00ea, essa me- existente entre as regi\u00f5es me- Porto Alegre (RS) tropolitanas. Caso n\u00e3o tenham mencionado, aponte para o fa- tropoliza\u00e7\u00e3o, embora continue, j\u00e1 foi bem mais Fortaleza (CE) 4 019 213 2,0% to de que o estado de S\u00e3o Paulo possui outras duas regi\u00f5es me- intensa no passado. No entanto, se somarmos Salvador (BA) 3 984 583 1,9% tropolitanas no ranking. as demais regi\u00f5es metropolitanas e as Rides que Recife (PE) 3 940 456 1,9% Texto e a\u00e7\u00e3o surgiram recentemente, veremos que o seu efe- Curitiba (PR) 3 537 894 1,7% tivo demogr\u00e1fico total atinge mais da metade Campinas (SP) 3 131 528 1,5% Atividade 1: Se oportuno, co- da popula\u00e7\u00e3o brasileira. Observe ao lado, o per- mente que, al\u00e9m dos conselhos deliberativos, as regi\u00f5es metro- centual da popula\u00e7\u00e3o que vive nas 15 maiores Manaus (AM) 2 568 817 1,2% politanas contam com os con- selhos consultivos. Estes n\u00e3o regi\u00f5es metropolitanas brasileiras em rela\u00e7\u00e3o RM do Vale do Para\u00edba e 2 475 879 1,2% possuem poder de decis\u00e3o, po- ao total da popula\u00e7\u00e3o do pa\u00eds. Litoral Norte (SP) r\u00e9m podem elaborar e discutir 2 458 504 1,2% propostas, e apresentar opini\u00f5es As cidades m\u00e9dias (de 50 mil a 500 mil ha- Goi\u00e2nia (GO) 2 422 481 1,2% sobre temas de interesse da re- bitantes) passaram a crescer proporcionalmente gi\u00e3o, estados e munic\u00edpios quan- mais que as grandes neste s\u00e9culo, embora algu- Bel\u00e9m (PA) do solicitados. mas delas estejam localizadas em regi\u00f5es me- Grande Vit\u00f3ria (ES) 1 935 483 0,9% Atividade 3, item b: De acordo com a tabela, 13% da popula\u00e7\u00e3o tropolitanas ou \u2013 no caso das maiores \u2013 acabem Total 78 482 955 38,1 brasileira concentra-se nessas com o tempo formando novas regi\u00f5es metro- regi\u00f5es metropolitanas de S\u00e3o politanas. Quanto \u00e0s cidades pequenas (menos * Essas estimativas foram produzidas pelo IBGE com base na composi\u00e7\u00e3o das Paulo. Esse \u00edndice representa de 50 mil habitantes), de maneira geral, elas regi\u00f5es metropolitanas vigente em 31 de dezembro de 2015. 26 850 346 pessoas, ou seja, crescem menos que as grandes e as m\u00e9dias. mais da metade da popula\u00e7\u00e3o Fonte: elaborado com base em: IBGE, Diretoria de Pesquisas \u2013 DPE, paulista. Chame a aten\u00e7\u00e3o dos Coordena\u00e7\u00e3o de Popula\u00e7\u00e3o e Indicadores Sociais \u2013 COPIS. RM = Regi\u00e3o alunos para o quadro e mostre Metropolitana e Ride = Regi\u00e3o Integrada de Desenvolvimento. Dispon\u00edvel em: que o estado de S\u00e3o Paulo ainda <https:\/\/agenciadenoticias.ibge.gov.br\/agencia-noticias\/2013-agencia-de-noticias\/ possui outras regi\u00f5es metropo- releases\/9497-ibge-divulga-as-estimativas-populacionais-dos-municipios-em-2016. litanas, como a da Baixada San- html>. Acesso em: 13 jul. 2018. tista, que possu\u00eda cerca de 1,8 milh\u00e3o de habitantes, segundo Texto e a\u00e7\u00e3o 1. Esses conselhos discutem sobre pol\u00edticas, planejamento, melhorias estudo do IBGE de 2016. e solu\u00e7\u00f5es de problemas, entre outros aspectos, para as regi\u00f5es metropolitanas brasileiras. 1 Qual a import\u00e2ncia dos conselhos deliberativos para as regi\u00f5es metropolitanas? 2 Observe atentamente o mapa Brasil: regi\u00f5es metropolitanas (2016), na p\u00e1gina 100, e responda: a) Por que a Ride tamb\u00e9m \u00e9 uma regi\u00e3o metropolitana? 2. a) Porque os problemas e os servi\u00e7os urbanos das cidades que a comp\u00f5em devem ser tratados em b) H\u00e1 alguma regi\u00e3o metropolitana no estado em que voc\u00ea vive? Qual? conjunto por essa regi\u00e3o integrada Resposta pessoal. de desenvolvimento econ\u00f4mico, e 3 Consulte o quadro acima, com as maiores regi\u00f5es metropolitanas, e responda: n\u00e3o de maneira isolada por uma cidade. a) Qual \u00e9 a grande regi\u00e3o do Brasil, segundo a divis\u00e3o regional do IBGE, que apresenta maior n\u00famero de regi\u00f5es metropolitanas? b) Sabendo que o estado de S\u00e3o Paulo tem cerca de 45 milh\u00f5es de habitantes, \u00e9 poss\u00edvel dizer que a popula\u00e7\u00e3o que vive nesse estado est\u00e1 concentrada? Justifique sua resposta. c) O munic\u00edpio em que voc\u00ea mora faz parte de alguma regi\u00e3o metropolitana? 3. a) A regi\u00e3o Sudeste, que apresenta 9 regi\u00f5es metropolitanas entre as listadas. 3. b) H\u00e1 uma concentra\u00e7\u00e3o populacional nas regi\u00f5es metropolitanas paulistas, pois somente as tr\u00eas regi\u00f5es observadas no quadro concentram mais da metade da popula\u00e7\u00e3o estadual. 102 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 3. c) Resposta pessoal. 102 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","4 Rede urbana Mundo virtual Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Trata-se do conjunto \u2013 uma malha ou rede \u2013 de cidades interligadas por sis- Um olhar sobre as Oriente os alunos a ler o tex- temas de transportes e de comunica\u00e7\u00f5es, atrav\u00e9s dos quais existem fluxos (movi- regi\u00f5es metropolitanas to. Explique que os sistemas de mentos) de bens e servi\u00e7os, capitais, informa\u00e7\u00f5es e pessoas. Essa rede estrutura- no Brasil. transporte e de comunica\u00e7\u00e3o -se por meio de uma hierarquia, em que as cidades menores costumam ser relati- PNUD. Dispon\u00edvel em: s\u00e3o denominados de \u201cfixos\u201d, ou vamente dependentes das cidades maiores e economicamente mais desenvolvidas. <https:\/\/nacoesunidas. seja, objetos concretos criados Alguns falam hoje numa rede urbana mundial, com a integra\u00e7\u00e3o de metr\u00f3poles como org\/historia-e-relevancia- ou modificados para uma deter- Nova York, Londres, T\u00f3quio, Paris, Xangai e muitas outras. Mas o que nos interessa das-regioes- minada fun\u00e7\u00e3o. Estes, segundo aqui \u00e9 a rede urbana brasileira e, para compreender o seu funcionamento, vamos metropolitanas-no-brasil- Milton Santos (1999, p.50), fazer um breve hist\u00f3rico. sao-destaque-em-video- produzido-pelo-pnud\/>. permitem a\u00e7\u00f5es que modificam Como vimos, a urbaniza\u00e7\u00e3o brasileira s\u00f3 ocorreu de fato no momento em que a Acesso em: 16 set. 2018. o pr\u00f3prio lugar, fluxos novos ou ind\u00fastria se tornou o setor mais importante da economia nacional. Assim, esse pro- O v\u00eddeo apresenta renovados que recriam as condi- cesso representa um dos aspectos da passagem da economia agr\u00e1rio-exportadora opini\u00f5es de cidad\u00e3os e \u00e7\u00f5es ambientais e as condi\u00e7\u00f5es para uma economia urbano-industrial, o que s\u00f3 ocorreu no s\u00e9culo XX e se intensificou diversos especialistas a sociais e redefinem cada lugar. a partir de 1950. respeito das dificuldades, Os fluxos s\u00e3o um resultado di- desafios e vantagens das reto ou indireto das a\u00e7\u00f5es e atra- A partir disso, o predom\u00ednio do campo sobre a cidade, que existia desde a \u00e9po- regi\u00f5es metropolitanas de vessam ou se instalam nos fixos, ca colonial, foi diminuindo cada vez mais. As principais atividades econ\u00f4micas e a norte a sul do Brasil. modificando a sua significa\u00e7\u00e3o maior parte da for\u00e7a de trabalho do pa\u00eds passaram a se localizar n\u00e3o mais no meio e o seu valor, ao mesmo tempo rural, e sim nas cidades. Por sinal, um dos aspectos da urbaniza\u00e7\u00e3o \u00e9 que o campo Excedente: o que sobra; em que tamb\u00e9m se modificam. se torna subordinado \u00e0 cidade de v\u00e1rias maneiras. Com a subordina\u00e7\u00e3o do campo o excesso. \u00e0 cidade, e das cidades menores \u00e0s maiores, com a intensifica\u00e7\u00e3o dos fluxos entre SANTOS, Milton. A natureza elas (movimentos de bens, servi\u00e7os, pessoas, capitais, etc.), tem-se a forma\u00e7\u00e3o da do espa\u00e7o: t\u00e9cnica e tempo, rede urbana. raz\u00e3o e emo\u00e7\u00e3o. 3. ed. S\u00e3o Paulo: Hucitec, 1999. Anteriormente, o campo fornecia principalmente bens para exporta\u00e7\u00e3o. A partir dessa passagem para uma economia urbano-industrial, o campo n\u00e3o mais comercia- Esclare\u00e7a que \u00e9 o conjunto liza apenas os excedentes nas cidades, como ocorria no per\u00edodo colonial, no qual pre- desses fixos nas cidades e flu- dominava a pol\u00edtica mercantilista, mas passa a produzir essencialmente para o meio xos de bens e servi\u00e7os, capitais, urbano \u2013 mat\u00e9rias-primas para as ind\u00fastrias e alimentos para a popula\u00e7\u00e3o que se informa\u00e7\u00f5es e pessoas entre as concentra nas cidades. cidades, ou seja, a intera\u00e7\u00e3o en- tre elas, que forma a rede urba- Para saber mais na. Acrescente que a diferen\u00e7a na densidade dos fixos e na in- O mercantilismo tensidade e frequ\u00eancia dos flu- xos contribui para determinar a A pol\u00edtica mercantilista ou mercantilismo foi uma doutrina econ\u00f4mica dos reinos eu- hierarquia urbana. A discuss\u00e3o \u00e9 ropeus durante a \u00e9poca moderna \u2013 do s\u00e9culo XVI ao XVIII. Para aumentar a quantidade pertinente para o embasamento de riqueza do Estado, buscava-se uma balan\u00e7a comercial favor\u00e1vel, exportando bens da habilidade EF07GE07. manufaturados a pre\u00e7os elevados e importando mat\u00e9rias-primas a pre\u00e7os baixos. O papel das col\u00f4nias, como o Brasil, \u00e0s quais se proibia a fabrica\u00e7\u00e3o de manufaturados, era servir Certifique-se de que os alu- ao enriquecimento das metr\u00f3poles, devendo fornecer g\u00eaneros prim\u00e1rios em grande nos compreenderam como a quantidade e comprar alguns produtos manufaturados. Com essa pol\u00edtica, a industriali- forma\u00e7\u00e3o da rede urbana est\u00e1 za\u00e7\u00e3o e a urbaniza\u00e7\u00e3o n\u00e3o se desenvolveram no Brasil pelo menos at\u00e9 in\u00edcio do s\u00e9culo relacionada ao advento da in- XIX, quando ocorreu a independ\u00eancia. dustrializa\u00e7\u00e3o e da urbaniza\u00e7\u00e3o. \u00c9 importante que tenham assimi- At\u00e9 pouco mais da metade do s\u00e9culo XIX, a economia brasileira pouco mudou devido lado como a pol\u00edtica mercantilista aos interesses dos grandes propriet\u00e1rios de terras, que apoiavam a economia escravocrata praticada no per\u00edodo colonial atra- de base agr\u00edcola e voltada para o mercado externo. sou o desenvolvimento industrial no pa\u00eds e, por isso, o processo de urbaniza\u00e7\u00e3o \u00e9 relativamente re- cente. Essa discuss\u00e3o permite mobilizar a habilidade EF07GE05. Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 103 103MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \u00c9 preciso frisar que o setor agr\u00e1rio de exporta\u00e7\u00e3o continua at\u00e9 Alexandre Rezende\/Folhapress hoje a ser importante para a economia brasileira. As exporta\u00e7\u00f5es, Ap\u00f3s a leitura do texto, veri- agora diversificadas e n\u00e3o apenas baseadas em alguns poucos pro- F\u00e1brica de p\u00e3o de queijo no fique se os alunos compreen- dutos, trazem receitas para o pa\u00eds. Por\u00e9m, se antes esse setor per- munic\u00edpio de Belo Horizonte deram a mudan\u00e7a na din\u00e2mica mitia a importa\u00e7\u00e3o de bens manufaturados de consumo ou alimen- (MG), em 2018. Na foto, massa entre o campo e a cidade, mobi- tava o tr\u00e1fico de africanos escravizados (at\u00e9 1850), agora a renda a caminho da batedeira. lizando a habilidade EF07GE08. gerada pelas exporta\u00e7\u00f5es \u00e9 utilizada, principalmente, para pagar as Explique que tais mudan\u00e7as s\u00f3 importa\u00e7\u00f5es de maquinaria, equipamentos e combust\u00edvel para o tiveram in\u00edcio a partir do processo setor industrial, al\u00e9m da d\u00edvida externa, gerada em grande parte de moderniza\u00e7\u00e3o do campo, que pelas importa\u00e7\u00f5es realizadas por esse setor. J\u00e1 grande parte dos bens de consumo passaram a ser fabricados internamente. ocorre primeiramente com a mecaniza\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o, obser- Por fim, certos insumos procedentes do meio urbano, como fertilizantes e adubos, vada pela utiliza\u00e7\u00e3o crescente de cr\u00e9dito banc\u00e1rio e m\u00e1quinas agr\u00edcolas, assumem import\u00e2ncia cada vez maior no cam- arados, aspersores, colheitadei- po. Portanto, o meio rural brasileiro n\u00e3o produz mais quase exclusivamente para o ras, pulverizadores e tratores. Em mercado externo, como era regra at\u00e9 o fim do s\u00e9culo XIX. A partir da industrializa\u00e7\u00e3o, um segundo momento, a novi- o meio rural passou a operar em fun\u00e7\u00e3o das cidades, que se expandiram e cresceram dade decorrer\u00e1 da utiliza\u00e7\u00e3o dos em n\u00famero, al\u00e9m de terem ficado mais integradas com o desenvolvimento de meios derivados da ind\u00fastria qu\u00edmica; de transportes e de comunica\u00e7\u00f5es. fertilizantes, agrot\u00f3xicos, herbici- das, fungicidas e corretivos para Hierarquia urbana Polariza\u2022\u2039o: vem de o solo que se d\u00e1 paralelamente polarizar, ou seja, fazer ao desenvolvimento da biotec- Al\u00e9m de passar a comandar o meio rural do seu entorno, ou \u00e0s vezes at\u00e9 de locais convergir, atrair para si. nologia e da engenharia gen\u00e9tica. distantes, como no caso das metr\u00f3poles, as cidades tamb\u00e9m estabelecem entre si uma intrincada rede de rela\u00e7\u00f5es na qual h\u00e1 uma hierarquia, isto \u00e9, uma ordem com RAMOS, Soraia. Sistemas base em lugares que predominam e outros que s\u00e3o subordinados. Essa hierarquia t\u00e9cnicos agr\u00edcolas e meio urbana vai das metr\u00f3poles (em n\u00famero pequeno) at\u00e9 as pequenas cidades (em milha- t\u00e9cnico-cient\u00edfico-informacional res), sendo estas dependentes ou subordinadas \u00e0quelas. \u00c9 uma rela\u00e7\u00e3o de polariza\u00e7\u00e3o, no Brasil. In: SANTOS, Milton; na qual em geral as cidades maiores polarizam as cidades menores. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: territ\u00f3rio e sociedade no in\u00edcio do As tr\u00eas metr\u00f3poles, S\u00e3o Paulo (grande metr\u00f3pole nacional), Rio de Janeiro e Bra- s\u00e9culo XXI. Rio de Janeiro: Record, s\u00edlia (metr\u00f3poles nacionais), cada uma \u00e0 sua maneira, polarizam praticamente todo o territ\u00f3rio brasileiro e, mais al\u00e9m, exercem forte influ\u00eancia sobre parte da Am\u00e9rica do 2001. p. 375-387. Sul e at\u00e9 da \u00c1frica. No n\u00edvel mundial, elas s\u00e3o polarizadas pelas maiores metr\u00f3poles globais do mundo como Nova York, Londres, T\u00f3quio e outras. Desse modo, n\u00e3o s\u00f3 o meio urbano como tamb\u00e9m o meio Logo abaixo das metr\u00f3poles nacionais e acima de todas as outras cidades, h\u00e1 oito rural passam a ter caracter\u00edsti- metr\u00f3poles, ou metr\u00f3poles regionais. Abaixo destas, est\u00e3o 70 capitais regionais. Essas cas do per\u00edodo t\u00e9cnico-cient\u00edfico capitais s\u00e3o cidades polarizadas pelas anteriores, mas que tamb\u00e9m polarizam uma e informacional. extensa regi\u00e3o. Em seguida, temos os 169 centros regionais, ou sub-regionais, que, geralmente, s\u00e3o polarizados pelas metr\u00f3poles regionais, nacionais e globais. Estes, por Esclare\u00e7a que a hierarquia \u00e9 sua vez, polarizam uma boa parte da regi\u00e3o comandada pela metr\u00f3pole regional. Por determinada n\u00e3o somente pela fim, v\u00eam os centros locais, pequenas cidades cujo poder de atra\u00e7\u00e3o em geral n\u00e3o vai densidade de fixos e fluxos, que al\u00e9m da \u00e1rea de seu munic\u00edpio e apresentam popula\u00e7\u00e3o inferior a 10 mil habitantes. fortalecem a rede urbana, mas tamb\u00e9m ocorre pelas fun\u00e7\u00f5es Essa forma de pensar a rede urbana pode ser considerada um esquema cl\u00e1ssico, que as cidades exercem; pelo po- em que os maiores centros subordinam os menores. Por\u00e9m, com a moderniza\u00e7\u00e3o do der de alcance de suas influ\u00ean- pa\u00eds, resultante do crescimento da economia urbano-industrial, uma maior complexida- cias, especialmente econ\u00f4micas, de da divis\u00e3o territorial do trabalho e do desenvolvimento das redes de transporte e pol\u00edticas e culturais. Esse tema telecomunica\u00e7\u00f5es, esse esquema pode ser integrado nas diferentes escalas. Observe o contextualiza o modo como se mapa e repare nas rela\u00e7\u00f5es entre as diferentes cidades brasileiras. d\u00e3o os impactos ambientais e a distribui\u00e7\u00e3o de riquezas, contem- plando a habilidade EF07GE06. 104 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 104 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","\u00c9 importante destacar que, no Brasil, toda sede de munic\u00edpio \u00e9 considerada cidade. Portal de Mapas\/Arquivo da editora Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Em 2017, existiam 5570 munic\u00edpios. Suas sedes podiam ser classificadas como cidades pequenas, m\u00e9dias ou grandes, embora existam grandes diferen\u00e7as dentro de cada uma Explore o mapa com os alu- dessas categorias. Considera-se cidade pequena ou local aquela com at\u00e9 50 mil habi- nos e utilize a lousa para orga- tantes; cidades m\u00e9dias com 50 a 500 mil; e as grandes, com mais de 500 mil habitantes. nizar visualmente a hierarquia Costuma-se considerar metr\u00f3pole uma cidade com mais de 1 milh\u00e3o de habitantes. Em das cidades brasileiras, usan- 2017, havia 17 cidades brasileiras com popula\u00e7\u00e3o superior a 1 milh\u00e3o de habitantes. do as categorias apresentadas, o que contempla a habilidade Brasil: hierarquia e regi\u203aes de influ\u2022ncia (2007) EF07GE09. 50\u00ba O Em seguida, pe\u00e7a que apon- tem no mapa quais metr\u00f3poles Boa Vista Equador possuem influ\u00eancia sobre locais fora de seu estado. Macap\u00e1 0\u00ba Texto e a\u00e7\u00e3o Santar\u00e9m Bel\u00e9m S\u00e3o Lu\u00eds Sobral Atividade: Ap\u00f3s a realiza\u00e7\u00e3o Manaus da atividade, se oportuno, co- mente que esse padr\u00e3o obser- Fortaleza vado se aplica em outros casos, como na distribui\u00e7\u00e3o das redes Marab\u00e1 Teresina Mossor\u00f3 de telecomunica\u00e7\u00e3o, de ag\u00eancias Aragua\u00edna Natal banc\u00e1rias e, em menor grau, na Jo\u00e3o Pessoa distribui\u00e7\u00e3o das grandes lojas de Porto Velho Palmas Recife eletrodom\u00e9sticos e eletroele- Rio Branco tr\u00f4nicos. Petrolina-Juazeiro Macei\u00f3 Para aprofundar Aracaju Feira de Santana GODOI, C\u00edntia Neves; DEUS, Salvador Jo\u00e3o Batista de. A urbaniza- \u00e7\u00e3o do Brasil e as diferentes Regi\u00f5es de influ\u00eancia Cuiab\u00e1 Bras\u00edlia OCEANO divis\u00f5es territoriais do traba- Manaus Goi\u00e2nia ATL\u00c2NTICO lho ao longo do tempo. Cami- Bel\u00e9m Campo Grande nhos de Geografia [On-line]. Fortaleza Dourados Belo Vit\u00f3ria Uberl\u00e2ndia, jun. 2009. v. 10, Recife Horizonte n. 30, p. 128-141. Salvador Belo Horizonte Hierarquia dos Rio de Janeiro Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio Neste artigo os autores Rio de Janeiro centros urbanos S\u00e3o Paulo relacionam o processo de Curitiba urbaniza\u00e7\u00e3o aos interesses S\u00e3o Paulo Grande metr\u00f3pole econ\u00f4micos nacionais e inter- Curitiba nacional Florian\u00f3polis nacionais e \u00e0s diferentes divi- Porto Alegre Metr\u00f3pole nacional s\u00f5es territoriais do trabalho, Goi\u00e2nia N desde o per\u00edodo colonial at\u00e9 Metr\u00f3pole a redemocratiza\u00e7\u00e3o. Bras\u00edlia Porto Alegre Capital regional A Os tracejados Capital regional B OL representam Capital regional C redes de m\u00faltiplas Centro sub-regional A 0 300 600 km vincula\u00e7\u00f5es. Centro sub-regional B Centro de zona A S Fonte: IBGE. Rede urbana brasileira. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/biblioteca.ibge.gov.br\/visualizacao\/livros\/liv47603_cap6_pt1.pdf>. Acesso em: 23 maio 2018. Texto e a\u00e7\u00e3o \u00a5 Analise o mapa desta p\u00e1gina e responda: a) Na regi\u00e3o Sudeste, que \u00e9 a mais industrializada e urbanizada do pa\u00eds. a) Em qual regi\u00e3o do pa\u00eds h\u00e1 maior concentra\u00e7\u00e3o urbana e mais metr\u00f3poles? Por qu\u00ea? b) Consulte em um atlas um mapa que mostre as rodovias do Brasil. Explique a rela\u00e7\u00e3o entre o tra- \u00e7ado das rodovias e a localiza\u00e7\u00e3o das tr\u00eas metr\u00f3poles nacionais. 105 b) Observando um mapa das rodovias brasileiras, constata-se que as tr\u00eas metr\u00f3poles nacionais \u2013 S\u00e3o Paulo, Rio de Janeiro e Bras\u00edlia \u2013 s\u00e3o bem servidas pelas rodovias brasileiras, pois grande parte delas conflui para essas metr\u00f3poles, especialmente para S\u00e3o Paulo. Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 105MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 5 Problemas urbanos Oriente os alunos na leitura do O processo de urbaniza\u00e7\u00e3o no Brasil, assim como nos pa\u00edses subdesenvolvidos e texto e na observa\u00e7\u00e3o da fotogra- em parte dos emergentes, vem acarretando uma s\u00e9rie de problemas urbanos que fia. Para melhor compreens\u00e3o, necessitam ser solucionados. Grande parte desses problemas \u00e9 ocasionada por fato- explique que no Brasil a urbaniza- res como a industrializa\u00e7\u00e3o tardia e a r\u00e1pida urbaniza\u00e7\u00e3o; o tipo de desenvolvimento \u00e7\u00e3o n\u00e3o foi acompanhada por um econ\u00f4mico no qual a distribui\u00e7\u00e3o social da renda \u00e9 extremamente concentrada, geran- planejamento. Portanto, quando a do muitos bols\u00f5es de pobreza, principalmente nas periferias das grandes cidades; popula\u00e7\u00e3o cresceu (seja pela mi- certo descaso do poder p\u00fablico \u2013 federal, estadual e municipal \u2013, que muitas vezes gra\u00e7\u00e3o, seja pelo seu crescimento n\u00e3o investe adequadamente em programas de moradia popular, transporte coletivo, natural), n\u00e3o havia infraestrutu- seguran\u00e7a, tratamento e distribui\u00e7\u00e3o da \u00e1gua, rede de esgotos, ilumina\u00e7\u00e3o e asfalta- ra (moradia, saneamento b\u00e1sico mento das vias p\u00fablicas, entre outros. e transportes) para atender \u00e0s necessidades dessa popula\u00e7\u00e3o. Moradia popular Al\u00e9m disso, o modelo de de- A car\u00eancia de moradias populares \u00e9 um dos graves problemas do Brasil atual. As De olho na tela senvolvimento econ\u00f4mico sem comunidades v\u00eam aumentando em n\u00famero e popula\u00e7\u00e3o nos grandes e m\u00e9dios centros a distribui\u00e7\u00e3o social de renda urbanos de modo significativo desde a d\u00e9cada de 1950. Algumas vezes, desocupa-se Fantasmas urbanos. acabou prejudicando as parcelas Dire\u00e7\u00e3o: Matheus mais pobres da popula\u00e7\u00e3o, mui- Marestoni. Brasil, 2013. tas vezes compostas de migran- tes sem qualifica\u00e7\u00e3o profissional uma comunidade para a constru\u00e7\u00e3o de uma obra no terreno, e parte da sua popula\u00e7\u00e3o O document\u00e1rio aborda e seus familiares. As pol\u00edticas \u00e9 transferida para conjuntos habitacionais constru\u00eddos com recursos p\u00fablicos. No a quest\u00e3o da ocupa\u00e7\u00e3o p\u00fablicas que visam sanar os pro- entanto, outra parte dessa popula\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 beneficiada pelo programa habitacional e de edif\u00edcios blemas vieram depois que a po- precisa arrumar uma forma de se manter na cidade, da\u00ed o aparecimento de novas abandonados no centro pula\u00e7\u00e3o j\u00e1 estava instalada e o da cidade de S\u00e3o Paulo. problema j\u00e1 era evidente. Essa discuss\u00e3o permite mobilizar a comunidades e o crescimento das j\u00e1 existentes. habilidade EF07GE02. Muitas fam\u00edlias transferi- Simon Plestenjak\/UOL\/Folhapress De acordo com o artigo 6o da Constitui\u00e7\u00e3o Federal: das para conjuntos habitacio- S\u00e3o direitos sociais a educa- nais acabam retornando \u00e0s \u00e7\u00e3o, a sa\u00fade, a alimenta\u00e7\u00e3o, o tra- balho, a moradia, o transporte, o moradias prec\u00e1rias, chamadas lazer, a seguran\u00e7a, a previd\u00eancia social, a prote\u00e7\u00e3o \u00e0 maternida- pelo IBGE de submoradias, de e \u00e0 inf\u00e2ncia, a assist\u00eancia aos desamparados, na forma desta pois o desemprego e o su- Constitui\u00e7\u00e3o. bemprego inviabilizam o pa- BRASIL. Constitui\u00e7\u00e3o (1988). Constitui\u00e7\u00e3o da Rep\u00fablica gamento das presta\u00e7\u00f5es do Federativa do Brasil. Bras\u00edlia, 2016. apartamento no conjunto ha- Dispon\u00edvel em: <www.planalto. gov.br\/ccivil_03\/constituicao\/ bitacional. Dessa forma, esses constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 15 set. 2018. conjuntos habitacionais cons- No entanto, esses direitos tru\u00eddos para abrigar popula- sociais n\u00e3o est\u00e3o garantidos para todos. \u00e7\u00f5es de baixa renda acabam, Comente com os alunos que muitas vezes, servindo \u00e0 clas- o problema do deficit habitacio- nal \u00e9 grave nos centros urbanos se m\u00e9dia empobrecida. das grandes capitais e que, se- gundo os dados da Pesquisa Na- Outro tipo de habita\u00e7\u00e3o cional por Amostra de Domic\u00edlios (Pnad) de 2015 do IBGE, o pa\u00eds popular encontrada nos gran- carece de 7,7 milh\u00f5es de mora- des centros urbanos do pa\u00eds e Vista de casas na comunidade de Parais\u00f3polis, na zona sul do munic\u00edpio de S\u00e3o Paulo (SP), em 2017. dias. Esse deficit \u00e9 medido pelo n\u00famero de fam\u00edlias vivendo em que se multiplicou nas \u00faltimas d\u00e9cadas s\u00e3o as casas erigidas a partir da autoconstru- moradias prec\u00e1rias (com pro- blemas na estrutura f\u00edsica), fa- \u2022\u2039o: a casa pr\u00f3pria constru\u00edda pela fam\u00edlia e por amigos em um lote de terra compra- m\u00edlias que coabitam, casos cujo \u00f4nus do aluguel \u00e9 grande e em do na periferia da cidade. A constru\u00e7\u00e3o pode demorar v\u00e1rios anos, e o material (tijolos, Poupan\u2022a: parte que h\u00e1 compartilhamento de um cimento, encanamento, tinta, etc.) \u00e9 adquirido aos poucos, com recursos da pequena dos rendimentos quarto alugado por mais de tr\u00eas poupan\u00e7a que a fam\u00edlia faz. que \u00e9 economizada. pessoas. Ao trabalhar esse tema com os alunos, procure desen- 106 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o volver o senso cr\u00edtico deles a fim de mobilizar a CEGEF3. Para aprofundar SCORCE, Carol. Por que \u00e9 importante levar habita\u00e7\u00e3o popular para o centro? Carta Capital, 4 maio 2018. Dispon\u00edvel em: <www.carta capital.com.br\/sociedade\/Por-que-e-importante-levar-habitacao- popular-para-o-centro>. Acesso em: 15 set. 2018. O artigo traz uma entrevista com Francisco de Assis Comar\u00fa, especialista em habita\u00e7\u00e3o social, urbanismo e pol\u00edticas urbanas, sobre a quest\u00e3o das moradias nos grandes centros urbanos. 106 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Transporte coletivo e infraestrutura A falta de saneamento Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas urbana b\u00e1sico, associada ao ac\u00famulo de lixo, pode ser respons\u00e1vel Oriente os alunos a ler o texto A car\u00eancia e a precariedade do transporte coletivo \u2013 \u00f4nibus, trens ou metr\u00f4 \u2013 s\u00e3o pela dissemina\u00e7\u00e3o de e a observar a imagem. Pergun- outros dois grandes problemas das metr\u00f3poles brasileiras, aliados \u00e0 insufici\u00eancia da diversos tipos de doen\u00e7a. te-lhes se a fotografia retrata a infraestrutura urbana: \u00e1gua tratada e encanada, pavimenta\u00e7\u00e3o de ruas, ilumina\u00e7\u00e3o e Esses locais s\u00e3o prop\u00edcios realidade deles ou de pessoas eletricidade, redes de esgotos e de telefonia, etc. Embora a cada ano aumente a \u00e1rea para a prolifera\u00e7\u00e3o do pr\u00f3ximas. atendida por esses servi\u00e7os, o r\u00e1pido crescimento da mancha urbana, ou \u00e1rea cons- mosquito transmissor tru\u00edda, torna-os sempre insuficientes. da dengue, por exemplo. Comente que, al\u00e9m da preca- Na foto, lixo a c\u00e9u aberto riedade do transporte coletivo, o Pesquisa divulgada em 2016 constatou que cerca da metade da popula\u00e7\u00e3o bra- em Bras\u00edlia (DF), em 2017. crescimento do uso do transpor- sileira (50,2%) n\u00e3o tem coleta de esgotos em suas resid\u00eancias, e 35 milh\u00f5es de brasi- te individual motorizado, desde a leiros n\u00e3o t\u00eam acesso \u00e0 \u00e1gua tratada e encanada. Essa defici\u00eancia no saneamento d\u00e9cada de 1990, tamb\u00e9m contri- b\u00e1sico \u00e9 apontada pela Organiza\u00e7\u00e3o Mundial da Sa\u00fade (OMS) como uma das principais bui para a degrada\u00e7\u00e3o da mobili- causas do surto do mosquito Aedes aegypti, que transmite o v\u00edrus zika, al\u00e9m da dengue dade das pessoas nas cidades. e da chikungunya. Texto complementar A insufici\u00eancia dos recursos aplicados na infraestrutura decorre n\u00e3o apenas da r\u00e1pida expans\u00e3o das cidades, especialmente das grandes e m\u00e9dias, mas tamb\u00e9m da As periferias dos aglome- exist\u00eancia de terrenos baldios ou espa\u00e7os ociosos. Como a terra, sobretudo no meio rados urbanos brasileiros j\u00e1 urbano, constitui um bem im\u00f3vel que costuma se valorizar com o tempo, muitos pro- est\u00e3o estabelecidas, e h\u00e1 a priet\u00e1rios deixam \u00e1reas sem uso \u00e0 espera de uma grande valoriza\u00e7\u00e3o. \u00c9 comum as necessidade de atendimento empresas imobili\u00e1rias, ao realizarem um loteamento na periferia, onde ainda n\u00e3o exis- dentro de padr\u00f5es aceit\u00e1veis tem grandes ofertas de servi\u00e7os de infraestrutura, deixarem um espa\u00e7o de terra sem de qualidade dos desloca- uso. Ap\u00f3s a fixa\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o na \u00e1rea loteada, podem ocorrer reivindica\u00e7\u00f5es para mentos dessa popula\u00e7\u00e3o, que o local seja provido de infraestrutura. Assim, esses espa\u00e7os ociosos acabam ven- principalmente no caso dos didos ou loteados com um lucro bem maior. deslocamentos casa-traba- lho. Deslocamentos distantes, A isso chamamos de especula\u00e7\u2039o imobili\u00e1ria. Ela beneficia um grupo reduzido de com baixo n\u00edvel de conforto pessoas e prejudica a maioria da popula\u00e7\u00e3o, pois agrava a car\u00eancia de infraestrutura. em fun\u00e7\u00e3o da acomoda\u00e7\u00e3o Al\u00e9m disso, obriga a quem n\u00e3o tem condi\u00e7\u00f5es financeiras de pagar por uma moradia em p\u00e9 dos passageiros e alto em locais com menos infraestrutura a ir viver cada vez mais distante do centro da cidade. n\u00edvel de fragmenta\u00e7\u00e3o dos destinos, requerem que as Rodrigo Nunes\/D.A Press viagens ocorram no menor tempo poss\u00edvel e haja a ofer- ta de m\u00faltiplos destinos pelo sistema p\u00fablico. Tudo a um pre\u00e7o compat\u00edvel com o n\u00edvel baixo de renda da popula\u00e7\u00e3o. Para isso, os corredores de transporte rodovi\u00e1rios t\u00eam que apresentar pistas exclu- sivas para o transporte coleti- vo, reduzindo o seu tempo de viagem, com \u00e1reas de trans- bordo adequadas e que per- mitam ultrapassagem entre os ve\u00edculos nestes pontos. Al\u00e9m disso, o sistema tem de operar dentro do conceito de uma rede integrada para que to- dos possam ter condi\u00e7\u00f5es de acesso a qualquer ponto da cidade. CARVALHO, Carlos H. R. de. Desafios da mobilidade urbana no Brasil. Textos para discuss\u00e3o\/IPEA. Bras\u00edlia: IPEA, maio 2016. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/repositorio.ipea.gov.br\/ bitstream\/11058\/6664\/ 1\/td_2198.pdf>. Acesso em: 8 set. 2018. Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 107 107MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Geolink Arionauro\/Acervo do cartunista Oriente os alunos a ler o texto e Leia o texto a seguir e observe a charge. a observar o conte\u00fado da charge. Desabamento de edif\u00edcio de 24 andares revela o drama do d\u00e9ficit habitacional na cidade de S\u00e3o Paulo Atividade 1: \u00c9 desej\u00e1vel que Na madrugada do dia 30 de abril para o 1o de maio [de 2018],um inc\u00eandio provocou o desabamento de um edif\u00edcio de o aluno perceba a contradi\u00e7\u00e3o entre o slogan no outdoor apre- 24 andares no centro de S\u00e3o Paulo. O pr\u00e9dio,[...] era ocupado por 146 fam\u00edlias [...],que viviam precariamente no local. [...] sentado na charge com a reali- O desabamento do edif\u00edcio exp\u00f4s o drama habitacional em S\u00e3o Paulo, onde milhares de pessoas n\u00e3o possuem dade das pessoas que vivem nas ruas. As raz\u00f5es dessa desigual- condi\u00e7\u00f5es dignas de moradia. dade s\u00e3o explicadas, ainda que Confira a seguir alguns conceitos importantes sobre a quest\u00e3o habitacional nas grandes cidades para voc\u00ea com- parcialmente, na mat\u00e9ria. preender melhor a dimens\u00e3o do problema: Atividade 2: O brasileiro que D\u00e9ficit habitacional diz \u201cn\u00e3o sei o que \u00e9 viver feliz\u201d \u00e9 aquele v\u00edtima da especula\u00e7\u00e3o \u00c9 o termo usado para expressar o n\u00famero de pessoas vivendo sem condi\u00e7\u00f5es apropriadas de moradia. Segundo imobili\u00e1ria, da gentrifica\u00e7\u00e3o e estudo da Funda\u00e7\u00e3o Jo\u00e3o Pinheiro em parceria com o Minist\u00e9rio das Cidades,o n\u00famero de domic\u00edlios considerados parte constituinte do deficit ha- inadequados em 2013 era de 5,8 milh\u00f5es, o equivalente a 9% do total de habita\u00e7\u00f5es. [...] bitacional. Especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria Atividade 3: Uma das formas Um dos mais relevantes motivos para o gasto excessivo com o aluguel \u00e9 a especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria, que ocorre a de iniciar uma conversa sobre partir da valoriza\u00e7\u00e3o de um terreno ou im\u00f3vel e pode se dar de duas maneiras: com o investimento privado a fim de esse assunto \u00e9 questionar se aumentar o pre\u00e7o final, ou com obras p\u00fablicas de melhoria dos entornos e dos servi\u00e7os. [...] A especula\u00e7\u00e3o imobi- os alunos j\u00e1 observaram se h\u00e1 li\u00e1ria \u00e9 ilegal, pois atenta contra a fun\u00e7\u00e3o social da propriedade, que \u00e9 a exig\u00eancia constitucional para que todo pessoas vivendo nas ruas do terreno ou edifica\u00e7\u00e3o tenha uma destina\u00e7\u00e3o socialmente \u00fatil. Em tese,a lei impede que esses im\u00f3veis fiquem ocio- bairro ou munic\u00edpio onde mo- sos e \u00e0 merc\u00ea de especuladores, que mant\u00eam os estabelecimentos vazios esperando uma futura valoriza\u00e7\u00e3o. [...] ram. Ela pode revelar se o aluno Gentrifica\u00e7\u00e3o consegue perceber o espa\u00e7o ao seu redor e se essa problem\u00e1tica Trata-se da expuls\u00e3o imobili\u00e1ria de um grupo de pessoas de baixa renda de uma regi\u00e3o, bairro ou cidade, para a afeta o munic\u00edpio. entrada de outro, com maior poder aquisitivo. O processo \u00e9 necessariamente for\u00e7oso e assemelha-se a uma higie- niza\u00e7\u00e3o social. Em geral,acontece atrav\u00e9s do Aproveite esse momento de aumento dos valores dos im\u00f3veis e alugu\u00e9is reflex\u00e3o para debater sobre os por mudan\u00e7as nas leis de zoneamento e me- problemas de infraestrutura de lhorias nos servi\u00e7os p\u00fablicos e privados, transportes e de saneamento como pavimenta\u00e7\u00e3o das vias, saneamento, b\u00e1sico no munic\u00edpio onde vivem. ilumina\u00e7\u00e3o e novos com\u00e9rcios. Isso obriga a popula\u00e7\u00e3o local a deslocar-se para \u00e1reas mais perif\u00e9ricas, com piores servi\u00e7os e baixa qua- lidade de vida. Dessa forma, o espa\u00e7o sofre uma reorganiza\u00e7\u00e3o de suas caracter\u00edsticas culturais,socioecon\u00f4micas e arquitet\u00f4nicas. A segrega\u00e7\u00e3o socioespacial diminui a qualidade de vida e incentiva a ocupa\u00e7\u00e3o de encostas e o crescimento desordenado das favelas. [...] Fonte: SASAKI, Fabio. O problema da moradia nas grandes cidades brasileiras. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/guiadoestudante.abril.com.br\/ blog\/atualidades-vestibular\/o-problema-da-moradia-nas-grandes-cidades-brasileiras\/>. Acesso em: 30 maio 2018. Agora, responda \u02c6s quest\u00f5es. 1 Qual \u00e9 a rela\u00e7\u00e3o entre o texto e a charge? 2 Por que o personagem da charge n\u00e3o sabe o que \u00e9 viver feliz? 3 Voc\u00ea consegue perceber alguns dos problemas mencionados no texto em sua cidade? Quais? Converse com os colegas. 108 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o 108 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Viol\u2022ncia urbana Mundo virtual Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Outro problema comum nas cidades do Brasil \u00e9 a viol\u00eancia. Roubos e furtos, se- Atlas da viol\u00eancia 2018. Antes de abordar esse tema, questros, agress\u00f5es, viol\u00eancia no tr\u00e2nsito, entre outros casos, s\u00e3o exemplos de vio- Ipea e FBSP. Dispon\u00edvel em: compartilhe com os alunos a l\u00eancia que ocorrem nos centros abandonados e tamb\u00e9m nas periferias das cidades. <http:\/\/www.ipea.gov.br\/ letra da can\u00e7\u00e3o \u201cO calibre\u201d, da Muitas vezes, a presen\u00e7a do poder p\u00fablico \u00e9 prec\u00e1ria ou quase ausente: o policiamen- portal\/images\/stories\/ banda brasileira Os Paralamas do to e a ilumina\u00e7\u00e3o de ruas e avenidas, por exemplo, s\u00e3o insuficientes em diversos locais. PDFs\/relatorio_ Sucesso. A partir dela, proponha institucional\/180604_atlas_ uma reflex\u00e3o sobre a viol\u00eancia, Existem muitos fatores respons\u00e1veis pela multiplica\u00e7\u00e3o dos crimes e da viol\u00ean- da_violencia_2018.pdf>. sobre os lugares que n\u00e3o podem cia em nossa sociedade, como a lentid\u00e3o do sistema judici\u00e1rio, que dificulta a aplica- Acesso em: 16 set. 2018. ser frequentados em virtude do \u00e7\u00e3o da lei em diversos casos, resultando, indiretamente, no aumento dos crimes, medo. Se poss\u00edvel, toque a m\u00fasi- visto que h\u00e1 uma sensa\u00e7\u00e3o de n\u00e3o puni\u00e7\u00e3o aos culpados ou de que essa puni\u00e7\u00e3o ser\u00e1 O atlas, produzido pelo ca em sala de aula, contribuindo aplicada somente aos mais humildes. Al\u00e9m disso, a desigualdade social e a aus\u00eancia Instituto de Pesquisa para trabalhar a CGEB3. de pol\u00edticas p\u00fablicas voltadas \u00e0 gera\u00e7\u00e3o de emprego e \u00e0 distribui\u00e7\u00e3o de renda tamb\u00e9m Econ\u00f4mica Aplicada (Ipea) colaboram com os elevados \u00edndices de viol\u00eancia. Cabe ainda mencionar que grande e pelo F\u00f3rum Brasileiro de Texto complementar parte dos desempregados est\u00e1 concentrada nas metr\u00f3poles do pa\u00eds. O Brasil est\u00e1 Seguran\u00e7a P\u00fablica entre os 10 pa\u00edses do mundo com maior taxa de homic\u00eddios, chegando em 2016 a apresenta an\u00e1lises de O calibre 30,3 homic\u00eddios para cada grupo de 100 mil pessoas, o que representa um n\u00famero in\u00fameros indicadores Eu vivo sem saber at\u00e9 quando de 62 517 casos. Veja o mapa abaixo. sobre o processo de viol\u00eancia no pa\u00eds. [ainda estou vivo Sem saber o calibre do perigo Brasil: n\u00famero de homic\u00eddios por estado (2016) Portal de Mapas\/Arquivo da editora Eu n\u00e3o sei d\u2019aonde vem o tiro 50\u00ba O Por que caminhos voc\u00ea vai [e volta? RR Equador AP Aonde voc\u00ea nunca vai? Em que esquinas voc\u00ea 0\u00ba [nunca para? AM PA MA CE A que horas voc\u00ea nunca sai? MT RN AC H\u00e1 quanto tempo voc\u00ea RO PI PB [sente medo? PE OCEANO Quantos amigos voc\u00ea j\u00e1 PAC\u00cdFICO TO AL [perdeu? SE N\u00famero de Entrincheirado, vivendo em homic\u00eddios BA segredo E ainda diz que n\u00e3o \u00e9 0 a 500 DF OCEANO 501 a 1 500 GO ATL\u00c2NTICO [problema seu 1 501 a 2 500 2 501 a 3 500 MG E a vida j\u00e1 n\u00e3o \u00e9 mais vida 3 501 a 4 500 MS ES No caos ningu\u00e9m \u00e9 cidad\u00e3o Acima de 4 500 As promessas foram SP RJ PR [esquecidas Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio N\u00e3o h\u00e1 estado, n\u00e3o h\u00e1 mais SC N [na\u00e7\u00e3o RS OL Perdido em n\u00fameros de S [guerra 0 360 720 km Rezando por dias de paz Fonte: IPEA e FBSP. Atlas da viol\u00eancia 2018. Bras\u00edlia, junho de 2018. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/www.ipea.gov.br\/portal\/images\/ N\u00e3o v\u00ea que a sua vida aqui stories\/PDFs\/relatorio_institucional\/180604_atlas_da_violencia_2018.pdf>. Acesso em: 31 jul. 2018. [se encerra Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 109 Com uma nota curta nos [jornais Eu vivo sem saber at\u00e9 quando [ainda estou vivo Sem saber o calibre do perigo Eu n\u00e3o sei d\u2019aonde vem o tiro VIANNA, Herbert. O calibre. In: Os Paralamas Do Sucesso. Longo Caminho. EMI, 2002. (CD). Em seguida, fa\u00e7a a leitura do texto e dos mapas com os alu- nos, mobilizando a habilidade EF07GE09. Caso necess\u00e1rio, es- clare\u00e7a que \u201chomic\u00eddio\u201d significa \u201co ato de matar uma pessoa\u201d. Per- gunte aos alunos em quais esta- dos h\u00e1 n\u00fameros de homic\u00eddios maiores e menores. Explique que as raz\u00f5es para tamanha viol\u00ean- cia s\u00e3o comumente relacionadas \u00e0 pobreza, \u00e0 desigualdade social e \u00e0 impunidade. 109MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Julio Dian\/Arquivo da editora Problemas ambientais urbanos Oriente os alunos a ler o texto e As cidades, especialmente as grandes e m\u00e9dias, concentram v\u00e1rios problemas a observar a ilustra\u00e7\u00e3o. \u00c9 impor- ambientais: polui\u00e7\u00e3o do ar pelos ve\u00edculos, principalmente, ou pelas f\u00e1bricas; polui\u00e7\u00e3o tante que tenham compreendido sonora; polui\u00e7\u00e3o visual; polui\u00e7\u00e3o das \u00e1guas dos rios, c\u00f3rregos e lagos que cortam a a rela\u00e7\u00e3o entre as aglomera\u00e7\u00f5es \u00e1rea urbana ou localizados no seu entorno; excesso de lixo, que na maioria das cidades urbanas, a industrializa\u00e7\u00e3o e a brasileiras n\u00e3o \u00e9 reciclado ou descartado de modo apropriado; etc. polui\u00e7\u00e3o. Al\u00e9m disso, a industrializa\u00e7\u00e3o acarreta nos centros urbanos a forma\u00e7\u00e3o de um Acrescente que a falta de pla- microclima espec\u00edfico, denominado clima urbano. O clima de uma regi\u00e3o n\u00e3o depende nejamento e de pol\u00edticas p\u00fablicas apenas de condi\u00e7\u00f5es locais, mas tamb\u00e9m de fatores planet\u00e1rios (massas de ar, circu- pode fazer esses problemas am- la\u00e7\u00e3o atmosf\u00e9rica, insola\u00e7\u00e3o), que s\u00e3o os mais importantes para as condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1- bientais aumentarem, afetan- ticas. Todavia, os fatores locais (maior ou menor presen\u00e7a de \u00e1gua, de vegeta\u00e7\u00e3o, de do o meio ambiente, o clima e a asfalto e concreto, de g\u00e1s carb\u00f4nico no ar, etc.) tamb\u00e9m influenciam o clima. Da\u00ed o nome qualidade de vida da popula\u00e7\u00e3o. microclima para designar climas de \u00e1reas restritas, principalmente de algumas cidades. De modo geral, as m\u00e9dias e grandes cidades s\u00e3o mais quentes e mais chuvosas que Se oportuno, comente sobre o as \u00e1reas rurais vizinhas. A eleva\u00e7\u00e3o das m\u00e9dias t\u00e9rmicas dos centros urbanos ocorre crescimento do lixo eletr\u00f4nico no por causa de diversos fatores: o efeito estufa provocado pelo aumento do g\u00e1s carb\u00f4- Brasil abordado pelo texto com- nico na atmosfera; o asfaltamento de ruas e avenidas; a presen\u00e7a de extensas massas plementar a seguir. de concreto; a aus\u00eancia de vegeta\u00e7\u00e3o; etc. Texto complementar A car\u00eancia em vegeta\u00e7\u00e3o, os enormes edif\u00edcios que limitam a a\u00e7\u00e3o dos ventos, al\u00e9m da superf\u00edcie coberta por asfalto e concreto, contribuem para a forma\u00e7\u00e3o das ilhas de Brasil gerou 1,5 milh\u00e3o calor na cidade, em especial nas grandes. Calcula-se que, em m\u00e9dia, as grandes cidades de toneladas de lixo tenham m\u00e9dias de temperatura de 4 \u00baC a 5 \u00baC acima do entorno. Veja a figura a seguir. eletr\u00f4nico em 2016 Temperatura Nunca trocamos tanto de \u00baC aparelhos eletr\u00f4nicos como 33 nos tempos atuais, marcado por uma intensa renova\u00e7\u00e3o 32 de gadgets, como celulares e computadores. O resultado 31 desse fen\u00f4meno \u00e9 a gera\u00e7\u00e3o crescente de sucata p\u00f3s-mo- 30 derna, um desperd\u00edcio de re- curso e um problema para o Fonte: elaborado com base em OLIVEIRA, Bruno Silva. Ilhas de calor em centros urbanos. Divis\u00e3o de meio ambiente. Sensoriamento Remoto. Inpe. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/www.dsr.inpe.br\/vcsr\/files\/16a-Ilhas_de_calor_em_centros_ urbanos.pdf>. Acesso em: 20 out. 2018. Sozinho, o Brasil gerou um total de 1,5 milh\u00e3o de tone- Texto e a\u00e7\u2039o ladas de lixo eletr\u00f4nico em 2016. Somos o segundo maior \u00a5 Em duplas, listem problemas urbanos mais comuns em diversas cidades do Brasil. Depois, res- gerador desse tipo de res\u00ed- a) e b) Resposta pessoal. duo no continente america- pondam: Compartilhe as respostas das no, atr\u00e1s apenas dos Estados Unidos, que produziram 6,3 duplas. Se achar oportuno, milh\u00f5es de toneladas de lixo eletr\u00f4nico no mesmo per\u00edodo. a) Quais dos problemas listados mais afetam o munic\u00edpio onde fica a escola? solicite aos alunos que formem Os dados s\u00e3o do Global grupos maiores e apresentem E-waste Monitor 2017, rela- t\u00f3rio internacional elaborado b) Na opini\u00e3o de voc\u00eas, qual deles \u00e9 o mais grave e como pode ser resolvido? suas opini\u00f5es e sugest\u00f5es para pela Universidade das Na\u00e7\u00f5es Unidas (UNU) em parceria toda a turma. com Uni\u00e3o Internacional das Telecomunica\u00e7\u00f5es (UIT) e a 110 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o ISWA \u2013 International Solid Waste Association (Associa- \u00e7\u00e3o Internacional de Res\u00ed- duos S\u00f3lidos), que no Brasil \u00e9 representada pela Associa- \u00e7\u00e3o Brasileira de Empresas de Limpeza P\u00fablica e Res\u00edduos Especiais (Abrelpe). Segundo a entidade, boa parte desse volume n\u00e3o \u00e9 re- ciclado e tem destina\u00e7\u00e3o ina- dequada, indo parar em lix\u00f5es a c\u00e9u aberto, contaminando o meio ambiente e a sa\u00fade das pessoas. [...] BARBOSA, Vanessa. Brasil gerou 1,5 milh\u00e3o de toneladas de lixo eletr\u00f4nico em 2016. Revista Exame, 2 fev. 2018. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/exame. abril.com.br\/brasil\/brasil- gerou-15-milhao-de-toneladas- de-lixo-eletronico-em-2016>. Acesso em: 15 set. 2018. 110 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","CONEX\u00cdES COM HIST\u00eeRIA E ARTE Atividade complementar Benedito Calixto (1853-1927) foi um pintor brasileiro do final do s\u00e9culo XIX e in\u00edcio do XX. Ele retratou paisagens Se o munic\u00edpio onde est\u00e1 lo- das cidades de S\u00e3o Paulo, Santos, S\u00e3o Vicente, Cubat\u00e3o, Itanha\u00e9m e outras. Observe a tela a seguir, que retrata calizada a escola possuir um a Pra\u00e7a da S\u00e9, na cidade de S\u00e3o Paulo (SP), em 1865. museu da cidade, planeje uma visita a esse museu. Caso n\u00e3o Largo da S\u00e9 em 1865, \u00f3leo sobre tela possua, organize um trabalho de Benedito Calixto, sem data de campo para o centro da ci- (50 cm \u00d7 70 cm). Com o nome atual dade. Assim, os alunos poder\u00e3o de pra\u00e7a da S\u00e9, \u00e9 a pra\u00e7a mais antiga ampliar o conhecimento sobre a de S\u00e3o Paulo e durante muito tempo cidade em que vivem. Proponha foi o verdadeiro centro da cidade. aos professores de Hist\u00f3ria e de Hoje, S\u00e3o Paulo tem v\u00e1rios centros, L\u00edngua Portuguesa um projeto mas essa regi\u00e3o continua sendo o interdisciplinar, no qual, ap\u00f3s a \u201ccentro antigo\u201d da cidade. vista ao museu ou ao centro da Reprodu\u00e7\u00e3o\/Museu de Arte Sacra de S\u00e3o Paulo cidade, os alunos entreguem um cifotart\/Shutterstock \u00fanico relat\u00f3rio contendo elemen- tos solicitados em cada uma das disciplinas. Nota-se o car\u00e1ter provinciano des- se largo na \u00e9poca da pintura, que mais parece uma pequena cidade do interior \u2013 embora hoje em dia at\u00e9 estas possuam um intenso mo- vimento de pessoas e autom\u00f3veis em suas \u00e1reas centrais \u2013 do que uma metr\u00f3pole moderna. Agora, observe esta foto da Pra\u00e7a da S\u00e9 nos dias atuais: 1. a) Espera-se que o aluno aponte o grande espa\u00e7o entre as constru\u00e7\u00f5es na tela e a baixa quantidade de pessoas circulando, em compara\u00e7\u00e3o com a fotografia, em que h\u00e1 um fluxo maior de pessoas na pra\u00e7a. 1. b) Resposta pessoal. 2. Primeiro foi o com\u00e9rcio do caf\u00e9 e depois a industrializa\u00e7\u00e3o que, na verdade, foi a principal atividade que levou ao not\u00e1vel crescimento da cidade. Pessoas transitam pela pra\u00e7a da S\u00e9, em S\u00e3o Paulo (SP), em 2016. 1 Analise as duas imagens e responda: a) Que mudan\u00e7a voc\u00ea nota em rela\u00e7\u00e3o ao fluxo de pessoas na pra\u00e7a? Tente explicar por que ocorreu essa mu- dan\u00e7a. b) Qual imagem mais se aproxima do centro de seu munic\u00edpio: a tela de Benedito Calixto ou a fotografia atual? Justifique. 2 Quais foram as atividades econ\u00f4micas mais importantes para o not\u00e1vel crescimento da cidade de S\u00e3o Paulo desde o final do s\u00e9culo XIX? Urbaniza\u00e7\u00e3o e rede urbana \u2022 CAP\u00cdTULO 5 111 111MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas ATIVIDADES \u2022 Destino sustent\u00e1vel do lixo: sistemas eficientes vol- tados \u00e0 reciclagem de res\u00edduos s\u00f3lidos, organizados de + A\u00e7\u00e3o + A\u00e7\u00e3o forma a gerar impactos sociais positivos,como emprego e renda para a popula\u00e7\u00e3o, al\u00e9m dos benef\u00edcios ao am- Atividade 1, item a: Espera-se 1 Voc\u00ea sabe o que \u00e9 uma cidade sustent\u00e1vel? Leia o tex- biente; [...] que o aluno conclua que cidade to a seguir e responda \u00e0s quest\u00f5es. sustent\u00e1vel implica ampliar a \u2022 Cria\u00e7\u00e3o de espa\u00e7os verdes: a\u00e7\u00f5es de arboriza\u00e7\u00e3o em sustentabilidade da cidade, com Voc\u00ea provavelmente \u00e9 um dos brasileiros que en- ruas, pra\u00e7as, parques e outros espa\u00e7os p\u00fablicos, bem menor uso de fontes de energia frentam todos os dias quil\u00f4metros de congestionamen- como em tetos e paredes de resid\u00eancias e edif\u00edcios, de- poluidoras, especialmente as de to no tr\u00e2nsito,problemas de saneamento b\u00e1sico,quan- vem ser incentivadas. \u00c9 uma forma de diminuir as inten- origem f\u00f3ssil, com a reciclagem do chegam as chuvas e as ruas ficam alagadas. A po- sas ilhas de calor em algumas \u00e1reas das cidades, al\u00e9m completa do lixo, com edif\u00edcios lui\u00e7\u00e3o do ar,das \u00e1guas e das ruas parecem lhe incomo- de reduzir a polui\u00e7\u00e3o e as emiss\u00f5es de carbono; e eletrodom\u00e9sticos que econo- dar, voc\u00ea chegou \u00e0 conclus\u00e3o de que aquilo n\u00e3o tem mizem energia, com mais \u00e1reas solu\u00e7\u00e3o, podendo at\u00e9 piorar. Sua cidade est\u00e1 mais vio- \u2022 Planejamento urbano eficiente: nesse processo, os verdes, etc. A cidade inteligente lenta, [...] sem falar na inefici\u00eancia em servi\u00e7os de sa\u00fa- governos devem desenvolver mecanismos que promo- implica o uso da intelig\u00eancia ar- de, educa\u00e7\u00e3o e outras necessidades essenciais. vam a participa\u00e7\u00e3o social nas decis\u00f5es sobre a melhoria tificial (programas de computa- das cidades, principalmente levando em considera\u00e7\u00e3o dores, internet, aplicativos para Muito se fala hoje em cidades inteligentes (smart o longo prazo. smartphones) como uma estra- cities), uma aposta de empresas e governos, na busca t\u00e9gia destinada a tornar a cidade de solu\u00e7\u00f5es sustent\u00e1veis para os principais proble- \u2022 Monitoramento por sat\u00e9lite e drones: esses meca- mais sustent\u00e1vel e com melhor mas do espa\u00e7o urbano. Cidades inteligentes s\u00e3o nismos ser\u00e3o imprescind\u00edveis ao planejamento do uso qualidade de vida. Portanto, os aquelas que adotam uma s\u00e9rie de pr\u00e1ticas eficientes, do solo nas cidades, \u00e0 seguran\u00e7a, \u00e0s edifica\u00e7\u00f5es, \u00e0 ma- dois conceitos s\u00e3o interligados voltadas \u00e0 melhoria da qualidade de vida da popula- nuten\u00e7\u00e3o de infraestruturas de energia, \u00e0 preven\u00e7\u00e3o e e insepar\u00e1veis. \u00e7\u00e3o, desenvolvimento econ\u00f4mico sustent\u00e1vel e con- alerta de desastres naturais, entre outras \u00e1reas. serva\u00e7\u00e3o ambiental. [...] Atividade 1, item b: Resposta Fonte: LETRAS AMBIENTAIS. Cidades sustent\u00e1veis: fim dos pessoal. O aluno poder\u00e1 mencio- A utiliza\u00e7\u00e3o da tecnologia,em especial,a internet e problemas urbanos do Brasil? Dispon\u00edvel em: <http:\/\/www. nar o uso de transporte coletivo os aplicativos para smartphone, \u00e9 uma tend\u00eancia do (metr\u00f4, trens e \u00f4nibus movidos modelo de cidades sustent\u00e1veis e inteligentes. Esses letrasambientais.com.br\/posts\/cidades-sustentaveis:-fim-dos- a eletricidade ou hidrog\u00eanio, e mecanismos permitem a conex\u00e3o e intera\u00e7\u00e3o entre go- problemas-urbanos-do-brasil>. Acesso em: 25 maio 2018. n\u00e3o com combust\u00edveis de ori- vernos e moradores da cidade, facilitando a participa- gem f\u00f3ssil) e de bicicletas em \u00e7\u00e3o dos cidad\u00e3os nas decis\u00f5es p\u00fablicas e uma maior a) Em duplas, reflitam: O que \u00e9 uma cidade sus- lugar do autom\u00f3vel, a reciclagem efici\u00eancia nos servi\u00e7os. [...] tent\u00e1vel? E uma cidade inteligente? Esses dois con- do lixo, os edif\u00edcios inteligentes ceitos s\u00e3o interligados ou completamente separa- (que economizam energia), a Apesar dessas iniciativas pontuais,\u00e9 fato que o Bra- dos? Por qu\u00ea? despolui\u00e7\u00e3o dos rios que cortam sil enfrenta um verdadeiro caos na seguran\u00e7a,tr\u00e2nsito, a cidade, a obrigatoriedade de fil- inefici\u00eancia nos servi\u00e7os de sa\u00fade p\u00fablica, educa\u00e7\u00e3o, b) O que poderia ser feito na sua cidade para aumentar tros especiais nas chamin\u00e9s das problemas como desemprego, d\u00e9ficit habitacional, a sua sustentabilidade? f\u00e1bricas poluidoras, etc. al\u00e9m de s\u00e9rias quest\u00f5es ambientais (polui\u00e7\u00e3o, res\u00eddu- os s\u00f3lidos,saneamento b\u00e1sico,desastres naturais,en- c) Explique como o uso da tecnologia, em especial a Atividade 1, item c: Resposta garrafamentos), entre outros. [...] internet e os aplicativos para smartphones, pode con- pessoal. Pode-se citar, por exem- tribuir para fazer uma cidade tornar-se mais inteli- plo, que a tecnologia chamada de A seguir,listamos as principais pr\u00e1ticas que podem gente e sustent\u00e1vel. inteligente (baseada em com- contribuir para as cidades se tornarem sustent\u00e1veis. putadores) torna os sistemas \u2022 Infraestrutura de mobilidade urbana: [...] Uma rede d) Al\u00e9m dessas pr\u00e1ticas sugeridas pelo texto, que ou- el\u00e9tricos de v\u00e1rias cidades no alternativa de transporte p\u00fablico (eficiente, sustent\u00e1vel tras medidas seriam adequadas para tornar as ci- mundo aut\u00f4nomos, que ligam e de baixo custo), com uso de fontes de energia limpa, dades brasileiras mais sustent\u00e1veis e mais inteli- e desligam automaticamente em muito reduzir\u00e1 as emiss\u00f5es de carbono, benefician- gentes? luzes, sem\u00e1foros e aparelhos do a popula\u00e7\u00e3o. Os meios de transporte n\u00e3o poluentes, diversos de acordo com a ne- como bicicletas, tamb\u00e9m devem ser incentivados; [...] 2 Visite a \u00e1rea central de sua cidade e registre no caderno: cessidade do momento naquele local, sem interven\u00e7\u00e3o humana. \u2022 nome de pra\u00e7as e ruas principais; Tamb\u00e9m as redes hidr\u00e1ulicas j\u00e1 \u2022 \u00e9 maior o movimento de ve\u00edculos ou de pessoas? s\u00e3o controladas por centrais re- \u2022 que tipo de lazer ela oferece; motas em v\u00e1rias cidades, o que \u2022 esse local \u00e9 o centro desde a funda\u00e7\u00e3o da cidade evita o desperd\u00edcio da \u00e1gua. A disponibilidade de wi-fi gratuito ou \u00e9 um centro novo? em lugares p\u00fablicos (j\u00e1 existe em v\u00e1rias cidades) e os aplica- Em data combinada com o professor, apresentem para tivos para smartphones podem a turma o que voc\u00eas descobriram e troquem informa\u00e7\u00f5es ajudar as pessoas a encontrar sobre a cidade em que moram. servi\u00e7os (restaurantes, postos de abastecimento ou de aluguel 112 ATIVIDADES de bicicletas, servi\u00e7os p\u00fablicos, postos policiais, etc.) rapidamen- ao aluno um momento de reflex\u00e3o, desenvolvendo nele a CGEB7, pois, te, bem como podem permitir ao pensar sobre as cidades sustent\u00e1veis e em medidas para tornar as que elas se comuniquem com cidades brasileiras mais sustent\u00e1veis e mais inteligentes, o aluno pode os \u00f3rg\u00e3os p\u00fablicos para reparos, propor iniciativas que promovam a sustentabilidade social e ambiental. problemas de seguran\u00e7a, etc. Atividade 2: Respostas pessoais. Incentive os alunos a conhecer Atividade 1, item d: Resposta sua cidade e, se poss\u00edvel, realize uma visita de estudos a esses lo- pessoal. Avalie a criatividade, a cais com os alunos. coer\u00eancia e a l\u00f3gica das respos- tas dos alunos. Esta atividade po- de ser utilizada para proporcionar 112 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Lendo a imagem Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 1 O acesso do espa\u00e7o urbano \u00e0s pessoas com defici\u00eancia \u00e9 um problema da maioria das cidades brasileiras. Em Lendo a imagem duplas, observem a charge abaixo e respondam \u00e0s quest\u00f5es: Atividade 1, item a: A situa- a) Qual \u00e9 a situa\u00e7\u00e3o para a qual a charge chama \u00e7\u00e3o \u00e9 estranha e contradit\u00f3ria: aten\u00e7\u00e3o? Na opini\u00e3o de voc\u00eas, qual foi o objetivo uma empresa que coloca um do chargista? an\u00fancio oferecendo vagas para pessoas com defici\u00eancia n\u00e3o b) O Brasil ratificou a Conven\u00e7\u00e3o sobre os Direitos tem sequer meios \u2013 um eleva- das Pessoas com Defici\u00eancia, adotada pela ONU. dor ou uma rampa \u2013 para que Assim, o acesso a empregos, bens e servi\u00e7os pas- a pessoa portadora de neces- sa a ser uma obriga\u00e7\u00e3o do poder p\u00fablico. Vejam sidades especiais possa aces- alguns dos direitos das pessoas com defici\u00eancia: s\u00e1-la. O objetivo do chargista foi trabalho (no m\u00ednimo 5% das vagas em concursos denunciar a falta de adapta\u00e7\u00e3o p\u00fablicos); educa\u00e7\u00e3o (5% das vagas em universida- e meios que facilitem a mobilida- des e institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas); prioridade no atendi- de de pessoas com defici\u00eancias, mento em locais de acesso p\u00fablico e isen\u00e7\u00e3o de que s\u00e3o obrigat\u00f3rios por lei, em alguns impostos e taxas. edif\u00edcios, ruas, pra\u00e7as, etc. das cidades brasileiras. Na sua localidade h\u00e1 equipamentos p\u00fablicos \u2013 nas ruas e pra\u00e7as, no transporte coletivo, nos Atividade 1, item b: Resposta edif\u00edcios \u2013 voltados para as necessidades das pessoal que pode variar de acor- pessoas com defici\u00eancia? Eles s\u00e3o suficientes? do com o local de viv\u00eancia dos Por qu\u00ea? alunos. Incentive-os a prestar Gilmar\/Acervo do cartunista aten\u00e7\u00e3o nas ruas, pra\u00e7as, edif\u00ed- Portal de Mapas\/Arquivo da editora cios p\u00fablicos e particulares do 2 Conforme o IBGE, aglomerados Brasil: aglomerados subnormais (2010) lugar em que vivem para ava- subnormais s\u00e3o assentamentos liar se esses meios existem e se s\u00e3o de fato suficientes. Ao 50\u00b0 O refletir sobre essa quest\u00e3o, o aluno mobiliza a CGEB9, pois irregulares conhecidos por diver- come\u00e7a a perceber o espa\u00e7o e seus elementos restritivos pelo sos nomes de acordo com a regi\u00e3o. prisma de outro indiv\u00edduo. Observe o mapa ao lado e fa\u00e7a o Boa Equador Atividade 2, item a: Rio de Ja- que se pede. Vista neiro, Salvador, S\u00e3o Paulo, Reci- fe, etc. Praticamente todas as a) Quais s\u00e3o as regi\u00f5es metropoli- RR AP metr\u00f3poles do pa\u00eds possuem os tanas onde a presen\u00e7a dos aglo- Macap\u00e1 aglomerados subnormais. Isso merados subnormais \u00e9 significa- porque uma metr\u00f3pole concentra tiva? Explique. 0\u00b0 popula\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m bols\u00f5es de pobreza, al\u00e9m da falta de inves- b) Do ponto de vista da distribui- Bel\u00e9m Fortaleza timentos p\u00fablicos em moradias \u00e7\u00e3o dos aglomerados subnor- S\u00e3o Lu\u00eds populares. mais no espa\u00e7o geogr\u00e1fico bra- Manaus sileiro, algo chamou a sua aten- AM PA MA Atividade 2, item b: Resposta \u00e7\u00e3o? O qu\u00ea? Por qu\u00ea? pessoal. Talvez chame a aten\u00e7\u00e3o MT Palmas Teresina CE RN Natal dos alunos a presen\u00e7a desses c) Em sua opini\u00e3o, a falta de pol\u00ed- Cuiab\u00e1 TO PI Jo\u00e3o aglomerados em cidades que ticas p\u00fablicas para o setor de PB Pessoa normalmente os meios de co- habita\u00e7\u00e3o contribui para a exis- DF BA munica\u00e7\u00e3o deixam de lado, n\u00e3o t\u00eancia dos aglomerados sub- AC Porto Velho PE Recife abordando seus problemas, como normais? Justifique. RO muitas cidades do interior e, em Rio AL Macei\u00f3 especial, da Amaz\u00f4nia. Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas Branco do censo demogr\u00e1fico 2010. Dispon\u00edvel em: SE Aracaju Atividade 2, item c: Resposta <https:\/\/censo2010.ibge.gov.br\/apps\/atlas>. pessoal. Espera-se que o aluno Salvador indique que, se houvesse, h\u00e1 v\u00e1- Acesso em: 17 abr. 2018. rias d\u00e9cadas, pol\u00edticas p\u00fablicas GO Bras\u00edlia OCEANO (federais, estaduais e munici- ATL\u00c2NTICO pais) voltadas para a habita\u00e7\u00e3o Goi\u00e2nia MG popular, a presen\u00e7a desses aglo- merados hoje poderia ser menor. Campo Belo ES Grande Horizonte Vit\u00f3ria Domic\u00edlios particulares MS ocupados em aglomerados subnormais SP Maior que 250 000 PR RJ Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio 45 001 a 250 000 Curitiba PauloRio de Janeiro 20 001 a 45 000 S\u00e3o 4 501 a 20 000 At\u00e9 4 500 SC Florian\u00f3polis N OL RS Porto Alegre 0 440 880 km S ATIVIDADES 113 113MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 5","Habilidades 6CAP\u00cdTULO Meio rural trabalhadas neste cap\u00edtulo Brasil: principais produtos exportados (2016) EF07GE01 EF07GE06 EF07GE02 EF07GE09 Bilh\u00f5es de d\u00f3lares (US$) EF07GE03 EF07GE10 Luiz Fernando Rubio\/Arquivo da editora EF07GE05 93,645 90 Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 27,5 Para come\u00e7ar Inicie o cap\u00edtulo explorando o 25 24,523 gr\u00e1fico e as perguntas do quadro, 22,5 de modo a contemplar a habili- dade EF07GE10. 20 Se oportuno, comente que os 17,5 principais produtos importados pelo Brasil s\u00e3o produtos manu- 15 faturados em geral (telefones, circuitos integrados, turbinas a 13,289 12,490 g\u00e1s, unidades de disco digital, m\u00e1quinas e equipamentos), me- 12,5 dicamentos, partes e pe\u00e7as para autom\u00f3veis e tratores, produtos 10 10,312 10,073 petrol\u00edferos refinados. 8,962 Explique que \u00e9 chamado de su- 7,5 peravit comercial quando as ex- 5 5,569 4,842 porta\u00e7\u00f5es s\u00e3o maiores do que as importa\u00e7\u00f5es. A situa\u00e7\u00e3o inversa 3,655 \u00e9 chamada de deficit comercial. Quando o valor das exporta\u00e7\u00f5es \u00e9 2,5 semelhante ao das importa\u00e7\u00f5es, h\u00e1 o equil\u00edbrio comercial. 0 Min\u00e9rio Carnes A\u00e7\u00facar Petr\u00f3leo Autom\u00f3veis Celulose Caf\u00e9 Milho Outros Soja de ferro e avi\u00f5es produtos* O resultado da balan\u00e7a comer- cial \u00e9 importante, pois reflete o *Destacam-se o a\u00e7o, produtos semimanufaturados de ferro e a\u00e7o, min\u00e9rio de alum\u00ednio, fumo, ferro-ligas, desenvolvimento econ\u00f4mico do min\u00e9rio de cobre, pe\u00e7as automotivas, couro e peles, m\u00e1quinas e motores, bois vivos, algod\u00e3o, ouro, pa\u00eds, relacionado ao PIB, o valor cal\u00e7ados, suco de laranja, arroz, min\u00e9rio de mangan\u00eas, etc. da moeda e as taxas de infla\u00e7\u00e3o e de juros. Fonte: elaborado com base em MDIC. Balan\u00e7a comercial: janeiro-dezembro 2016. Dispon\u00edvel em: Para come\u00e7ar <http:\/\/www.mdic.gov.br\/index.php\/comercio-exterior\/estatisticas-de-comercio-exterior\/balanca-comercial- Atividade complementar brasileira-acumulado-do-ano?layout=edit&id=2205>. Acesso em: 13 jul. 2018. Observe o gr\u00e1fico das exporta\u00e7\u00f5es brasileiras em Se poss\u00edvel, explore com os 2016 e responda: alunos o atlas do Observat\u00f3rio da Complexidade Econ\u00f4mica Neste cap\u00edtulo vamos estudar o espa\u00e7o rural brasileiro e conhecer as 1. Dos principais produtos (The Observatory of Economic exportados pelo Brasil, Complexity), dispon\u00edvel em: quais s\u00e3o produzidos no <https:\/\/atlas.media.mit. principais atividades desenvolvidas no campo. Vamos examinar como o campo e quais s\u00e3o edu\/pt\/profile\/country\/bra>. produzidos na cidade? Acesso em: 9 set. 2018. Nesse campo e o meio rural v\u00eam se transformando nas \u00faltimas d\u00e9cadas. Tamb\u00e9m 2. Qual \u00e9, atualmente, o atlas \u00e9 poss\u00edvel ver o resumo vamos estudar como \u00e9 o uso da terra rural no Brasil. grande produto de gr\u00e1fico das importa\u00e7\u00f5es, expor- ta\u00e7\u00f5es, balan\u00e7a comercial, ori- As exporta\u00e7\u00f5es de um pa\u00eds s\u00e3o fundamentais para o seu desenvolvimento gem das importa\u00e7\u00f5es e destino das exporta\u00e7\u00f5es. Esta atividade econ\u00f4mico. As economias nacionais que mais cresceram no mundo nas exporta\u00e7\u00e3o do pa\u00eds? Ele mobiliza a CGEB 4 e a CGEB 5. vem do campo ou da \u00faltimas d\u00e9cadas foram, em geral, as que mais exportaram e acumularam, a cidade? cada ano, centenas de bilh\u00f5es de d\u00f3lares com exporta\u00e7\u00f5es. 1. Produzidos na cidade: autom\u00f3veis e avi\u00f5es. Produzidos no campo: soja, carnes, a\u00e7\u00facar, celulose, caf\u00e9 e milho. 114 UNIDADE 2 \u2022 Brasil: utiliza\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o 2. A soja \u00e9 o grande produto de exporta\u00e7\u00e3o do pa\u00eds e \u00e9 produzida no campo. Telaris_Geo7_PNLD2020_114_135_Cap06.indd 114 7\/4\/19 16:28 114 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 6","1 O novo rural brasileiro Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Muitas pessoas confun- Thomaz Vita Neto\/Pulsar Imagens Oriente os alunos a ler o texto dem o termo rural com o termo e observar a fotografia. Verifique agr\u00e1rio. Entretanto, rural diz Usina de \u00e1lcool em Monte se compreenderam a diferen\u00e7a respeito ao campo, ao espa\u00e7o Apraz\u00edvel (SP), em 2016. A entre os termos \u201crural\u201d e \u201cagr\u00e1- n\u00e3o urbano, ao passo que o ind\u00fastria, atividade rio\u201d, bem como as mudan\u00e7as re- agr\u00e1rio se refere \u00e0s atividades geralmente considerada centes no espa\u00e7o rural. Explique prim\u00e1rias (agricultura, pecu\u00e1ria urbana, expandiu-se que no espa\u00e7o rural n\u00e3o ocorrem e extrativismo) e aos diversos bastante no meio rural nas apenas as atividades prim\u00e1rias, elementos ligados a essas ati- \u00faltimas d\u00e9cadas. mas tamb\u00e9m as atividades do vidades (pol\u00edtica agr\u00edcola, rela- setor secund\u00e1rio (industriais) \u00e7\u00f5es de trabalho e propriedade e terci\u00e1rio (de servi\u00e7os, como o da terra). As atividades prim\u00e1- turismo). Essa discuss\u00e3o mo- rias s\u00e3o realizadas, em geral, no biliza a habilidade EF07GE02. meio rural, embora possam eventualmente ser encontra- Chame a aten\u00e7\u00e3o dos alunos das nas cidades, em ch\u00e1caras dentro do per\u00edmetro urbano, em quintais, em algumas para o fato de que o agroneg\u00f3cio \u00e1reas urbanas perif\u00e9ricas. S\u00e3o atividades voltadas \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de alimentos para a s\u00f3 se tornou poss\u00edvel devido aos popula\u00e7\u00e3o (ou para o gado) e \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de mat\u00e9rias-primas que s\u00e3o transformadas processos de industrializa\u00e7\u00e3o e pela atividade secund\u00e1ria (a ind\u00fastria). moderniza\u00e7\u00e3o da agricultura. Es- tes ocorreram pela introdu\u00e7\u00e3o de O espa\u00e7o rural, principalmente nos dias de hoje, n\u00e3o sedia apenas atividades agr\u00e1- inova\u00e7\u00f5es t\u00e9cnicas, qu\u00edmicas e rias. Nas \u00faltimas d\u00e9cadas, v\u00eam se multiplicando o turismo rural e ecol\u00f3gico, f\u00e1bricas, biotecnol\u00f3gicas a partir das d\u00e9ca- condom\u00ednios e com\u00e9rcio principalmente de pequeno porte. \u00c9 prov\u00e1vel que, dentro de das de 1950 e 1960, agregando alguns anos, a maior parte da popula\u00e7\u00e3o do meio rural brasileiro se dedique a atividades ao espa\u00e7o rural uma carga cada n\u00e3o agr\u00e1rias, pois o crescimento desse tipo de emprego tem ocorrido em um ritmo vez maior de conte\u00fados t\u00e9cni- maior do que o das atividades propriamente agr\u00e1rias. Esse \u00e9 um aspecto do chamado cos, cient\u00edficos e informacionais. \u201cnovo rural brasileiro\u201d. Esses novos conte\u00fados, por Outro elemento importante nesse meio \u201cnovo rural\u201d \u00e9 a expans\u00e3o do agroneg\u2014cio sua vez, contribu\u00edram para a reor- (do ingl\u00eas agribusiness, \u201cneg\u00f3cios agr\u00edcolas\u201d), que consiste na integra\u00e7\u00e3o entre as ati- ganiza\u00e7\u00e3o da produ\u00e7\u00e3o agrope- vidades prim\u00e1rias e o setor industrial. Em um sentido mais amplo \u2013 tal como foi cria- cu\u00e1ria no pa\u00eds, cada vez mais do nos Estados Unidos \u2013, o termo designa toda uma cadeia ou um sistema integrado atrelada \u00e0 ind\u00fastria e ao sistema de produ\u00e7\u00f5es (adubos, fertilizantes, cereais, m\u00e1quinas agr\u00edcolas, cria\u00e7\u00f5es de animais, financeiro, atrav\u00e9s da oferta de etc.) que dependem umas das outras. cr\u00e9dito rural. Em sentido mais restrito, bastante empregado no Brasil, o agroneg\u00f3cio refere-se Contudo, esclare\u00e7a que essa especificamente \u00e0s ind\u00fastrias cuja produ\u00e7\u00e3o tem por base um produto agr\u00edcola, como moderniza\u00e7\u00e3o n\u00e3o ocorreu de as ind\u00fastrias de: modo uniforme no espa\u00e7o rural brasileiro. Atualmente, ao mes- \u2022 bebidas, que utilizam cana-de-a\u00e7\u00facar, cevada, uva, laranja, etc.; mo tempo que existem vastas \u00e1reas cont\u00ednuas no Centro-Sul do \u2022 \u00f3leos comest\u00edveis, que beneficiam a oliva, a soja, o girassol, a canola e outros pa\u00eds com uma produ\u00e7\u00e3o agr\u00edco- la altamente modernizada, nas produtos agr\u00edcolas; demais regi\u00f5es encontramos apenas manchas e pontos mo- \u2022 cal\u00e7ados, que usam o couro; dernizados. \u2022 latic\u00ednios, que fabricam queijos, iogurtes, manteiga e outros produtos derivados Explique tamb\u00e9m o papel do Estado no processo de moderni- do leite; za\u00e7\u00e3o da agricultura no Brasil por meio da cria\u00e7\u00e3o da Empresa Bra- \u2022 beneficiamento de carnes diversas, que produzem salsichas, carnes enlatadas, sileira de Pesquisa Agropecu\u00e1ria (Embrapa), a regulamenta\u00e7\u00e3o frangos congelados, etc. das Lei das Sementes, a cria\u00e7\u00e3o do Fundo de Est\u00edmulos Financei- Meio rural \u2022 CAP\u00eaTULO 6 115 ros ao Uso de Fertilizantes e Su- plementos Minerais, o sistema de cr\u00e9dito rural e seguro agr\u00edcola, al\u00e9m dos projetos, programas e planos de desenvolvimento e fortalecimento destinados \u00e0 agricultura e \u00e0 pecu\u00e1ria. Aproveite a oportunidade pa- ra trabalhar com os alunos a Sequ\u00eancia Did\u00e1tica 3: Trans- forma\u00e7\u00f5es no setor agr\u00e1rio brasileiro, dispon\u00edvel no mate- rial digital. 115MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 6","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas O agroneg\u00f3cio representa o Ronaldo Almeida\/Tyba \u00faltimo est\u00e1gio da integra\u00e7\u00e3o entre a Oriente os alunos a ler aten- agropecu\u00e1ria e a atividade industrial. tamente o primeiro par\u00e1grafo. \u00c9 \u00c9 muito comum que as produ\u00e7\u00f5es, importante que eles compreen- mesmo quando s\u00e3o realizadas por dam a rela\u00e7\u00e3o que se estabelece pequenos agricultores \u2013 como cria- entre o produtor rural e a ind\u00fas- \u00e7\u00e3o de frangos ou de porcos, cultivo tria. Essa discuss\u00e3o contempla de uvas e outros \u2013, sejam determi- a habilidade EF07GE02. nadas pelos interesses da ind\u00fastria. Geralmente, \u00e9 esta que fornece Sobre a ocupa\u00e7\u00e3o das terras, equipamentos e insumos aos agri- explique que 1 quil\u00f4metro qua- cultores que, em contrapartida, ven- drado corresponde a 100 hecta- dem toda a sua produ\u00e7\u00e3o para essa res, ou seja, 1 hectare equivale a ind\u00fastria, que acaba estabelecendo 0,01 km2. Em seguida, promova os pre\u00e7os para essa produ\u00e7\u00e3o. a leitura do texto. Verifique se os alunos compreenderam a impor- Interior de granja na zona rural do munic\u00edpio Hectare: medida agr\u00e1ria t\u00e2ncia de zelar pelas \u00e1reas de de Guarani (MG), em 2017. \u00c9 comum que a equivalente a cem ares ou preserva\u00e7\u00e3o permanente e as produ\u00e7\u00e3o rural esteja subordinada aos 10 000 m2. de reserva legal, mobilizando a interesses industriais. habilidade EF07GE03. Mundo virtual Ocupa\u00e7\u00e3o da terra pela agropecu\u00e1ria O texto a seguir traz informa- Conhe\u00e7a quais s\u00e3o as \u00e7\u00f5es sobre o problema do uso dos Em 2015, segundo dados do governo federal, as propriedades rurais ocupavam \u00c1reas de Preserva\u00e7\u00e3o agrot\u00f3xicos. Se poss\u00edvel, com- uma \u00e1rea total de 329 milh\u00f5es de hectares, ou 38,7% do territ\u00f3rio nacional. A \u00e1rea Permanente (APPs). partilhe as informa\u00e7\u00f5es do texto restante era ocupada por cidades e vilas, estradas e, principalmente, \u00e1reas de matas, Dispon\u00edvel em: <https:\/\/ com os alunos. como a Floresta Amaz\u00f4nica e os Cerrados, reservas ind\u00edgenas, Caatingas, remanescentes www.embrapa.br\/ da Mata Atl\u00e2ntica, etc. codigo-florestal\/entenda- Texto complementar o-codigo-florestal\/ Por lei, toda propriedade rural deve manter suas \u00e1reas de preserva\u00e7\u00e3o permanente area-de-preservacao- [\u2026] H\u00e1 10 anos o Brasil se e de reserva legal. As \u00e1reas de preserva\u00e7\u00e3o permanente s\u00e3o as encostas de morros permanente\/detalhe- tornou o maior consumidor e as margens de cursos de \u00e1gua. A reserva legal \u00e9 uma porcentagem da \u00e1rea que n\u00e3o area-pp>. Acesso em: de agrot\u00f3xicos do mundo e pode ser explorada e que varia de acordo com a regi\u00e3o onde se localiza a propriedade. 17 set. 2018. a maioria dos produtos uti- O site da Empresa lizados por aqui j\u00e1 s\u00e3o proi- Essas \u00e1reas de preserva\u00e7\u00e3o ocupam 93,8 milh\u00f5es de hectares, correspondendo Brasileira de Pesquisa bidos em pa\u00edses europeus e a 28% das propriedades rurais. Isso significa que a \u00e1rea realmente ocupada pela Agropecu\u00e1ria (Embrapa) norte-americanos. De acordo agropecu\u00e1ria \u00e9 de 235,2 milh\u00f5es de hectares (cerca de 171 milh\u00f5es de hectares est\u00e3o disponibiliza diversas com a Associa\u00e7\u00e3o Brasileira ocupados por pastagens e aproximadamente 64 milh\u00f5es s\u00e3o terras de cultivos informa\u00e7\u00f5es sobre as de Sa\u00fade Coletiva, Abrasco, permanentes ou tempor\u00e1rios). \u00c1reas de Prote\u00e7\u00e3o aproximadamente 70% dos Permanente, formas de alimentos in natura consu- Se o territ\u00f3rio nacional fosse totalmente ocupado por constru\u00e7\u00f5es ou atividades proteg\u00ea-las e tamb\u00e9m de midos no Pa\u00eds est\u00e3o conta- econ\u00f4micas ocorreria um desastre ambiental, pois h\u00e1 a necessidade de conservar recuper\u00e1-las. minados por algum tipo de amplas reservas florestais, especialmente as poucas \u00e1reas de matas originais que agrot\u00f3xico. Recentemente, o restam (Floresta Amaz\u00f4nica, Cerrado, trechos da Mata Atl\u00e2ntica, da Caatinga ou do Instituto Nacional do C\u00e2ncer, Pantanal). Al\u00e9m disso, as comunidades diversas que vivem no campo, como os INCA, concluiu um estudo ind\u00edgenas, os quilombolas e os povos da floresta, devem ter suas terras e costumes in\u00e9dito no Pa\u00eds, que inves- preservados. tiga a rela\u00e7\u00e3o entre o uso de agrot\u00f3xicos e o surgimen- Atualmente, h\u00e1 no pa\u00eds grandes trechos de terras j\u00e1 desmatadas e n\u00e3o aproveitadas to de um tipo de c\u00e2ncer no economicamente. Os melhores solos e os maiores investimentos na agricultura est\u00e3o sangue, cuja preval\u00eancia tem voltados para o cultivo de exporta\u00e7\u00e3o ou para a produ\u00e7\u00e3o de mat\u00e9rias-primas industriais crescido nos \u00faltimos anos em e n\u00e3o para a produ\u00e7\u00e3o de alimentos para o consumo interno. todo o mundo. Foram anali- sadas as subst\u00e2ncias 2,4-D, 116 UNIDADE 2 \u00a5 Brasil: utiliza\u2022\u2039o do espa\u2022o diazinona, glifosato e mala- tiona, que foram relacionadas de m\u00e1 forma\u00e7\u00e3o cong\u00eanita, de desregulamenta\u00e7\u00e3o end\u00f3crina, de lidade, diversidade e quantidade sem uso de veneno. O agrot\u00f3xico a esse tipo de c\u00e2ncer. O gli- muta\u00e7\u00f5es e de variados tipos de c\u00e2ncer\u201d. \u00e9 um elo de uma cadeia de alimentos que precisa ser rompido, fosato e o 2,4-D s\u00e3o os dois mas as pol\u00edticas p\u00fablicas continuam induzindo para o fortaleci- agrot\u00f3xicos mais utilizados [\u2026] De acordo com Paulo Petersen, vice-presidente da ABA \u00e9 mento desse modelo\u201d. no Brasil. O glifosato \u00e9 clas- preciso desmentir informa\u00e7\u00f5es amplamente difundidas na socie- sificado como \u201cpouco t\u00f3xico\u201d, dade. \u201cUma das principais narrativas do que a gente chama de CARREIRO, Luciana. Por que o Pacote Veneno \u00e9 t\u00e3o perigoso? pois s\u00f3 \u00e9 considerado o risco falsa verdade \u00e9 a que o agrot\u00f3xico \u00e9 um mal necess\u00e1rio. Essas s\u00e3o Estad\u00e3o \u2013 Comida de Verdade. 3 jul. 2018. Dispon\u00edvel em: do contato imediato com o afirma\u00e7\u00f5es que confundem o debate p\u00fablico. A agroecologia de- <https:\/\/emais.estadao.com.br\/blogs\/comida-de-verdade\/ produto, mas segundo M\u00e1r- monstra que isto n\u00e3o \u00e9 verdade e que \u00e9 poss\u00edvel produzir em qua- cia Sarpa de Campos de Mel- por-que-o-pacote-do-veneno-e-tao-perigoso>. Acesso em: 9 set. 2018. lo, que \u00e9 uma das autoras da pesquisa: \u201cA toxicidade agu- da \u00e9 a pontinha do iceberg, o problema maior est\u00e1 na toxi- cidade cr\u00f4nica, aquela relacio- nada \u00e0 exposi\u00e7\u00e3o frequente a pequenas doses do produto. Entre os efeitos conhecidos da toxicidade cr\u00f4nica est\u00e3o problemas de fertilidade, de desenvolvimento do feto, 116 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 6"]


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