["CONEX\u00cdES COM ARTE E HIST\u00eeRIA Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \u00a5 Em Caruaru, no Agreste pernambucano, os moradores do bairro Alto do Moura eternizam as cenas e os perso- Comente com os alunos que o mestre Vitalino foi um artista nagens do Nordeste por meio do artesanato em barro. Essa \u00e9 uma tradi\u00e7\u00e3o iniciada h\u00e1 mais de setenta anos pelo ceramista que criava bonecos de barro. Ele se tornou popular a Mestre Vitalino. Leia um texto que fala sobre isso. partir do fim da d\u00e9cada de 1940, quando passou a utilizar o ca- Mestre Vitalino (Vitalino Pereira dos Santos) rimbo. Comente que no bairro Alto do Moura, em Caruaru (PE), (Ribeira dos Santos\/PE, 1909 \u2013 Caruaru\/PE, 1963) foi inaugurada, em 1971, a Casa Museu Mestre Vitalino. Conhecido [...] por Mestre Vitalino, o artista foi inicial- Delfim Martins\/Pulsar Imagens mente um agricultor desde os 9 anos de idade,quando aju- Item a: Mestre Vitalino tra- dava seu pai na colheita da mamona e do algod\u00e3o. Sua m\u00e3e balhou o artesanato em barro lhe ensinou a tradi\u00e7\u00e3o de fazer bichinhos e lou\u00e7as em mi- e representou personagens do niaturas para serem vendidas na feira. Entre as representa- Nordeste, tais como o trabalha- \u00e7\u00f5es de sua prefer\u00eancia havia a figura do trabalhador do dor do campo, os retirantes, os campo,figuras de retirantes,cenas da vida,agr\u00e1ria ou urba- cangaceiros, e cenas regionais na,cotidiana ou ritual\u00edstica. Suas retrata\u00e7\u00f5es atingem uma da vida cotidiana na cidade e no grande diversidade tem\u00e1tica:casamento,nascimento,mor- campo, eventos que marcam a te, m\u00fasicos, cangaceiros, bois... [...]. vida dos seres humanos (como o nascimento e a morte), etc. Quando o artista atinge uma certa popularidade,muda- No munic\u00edpio de Caruaru (PE), artistas se inspiram na obra -se para Caruaru (PE),onde inclui em sua tem\u00e1tica retratos de Mestre Vitalino para criar o artesanato local. Na foto, Item b: Resposta pessoal. In- de cenas urbanas que abrangem desde consult\u00f3rios m\u00e9- bonecos de argila pintada em feira de artesanato. centive os alunos a relatar suas dicos e de dentistas at\u00e9 esta\u00e7\u00f5es de r\u00e1dio e parques de Foto de 2006. impress\u00f5es sobre a arte popular, divers\u00f5es. Segundo a pesquisadora L\u00e9lia Coelho Frota\u201cas a poss\u00edvel participa\u00e7\u00e3o de um primeiras figuras isoladas n\u00e3o levavam assinatura. Depois, Acervo\/Folhapress familiar ou amigo em obras de no reverso de grandes grupos, ele escreve suas iniciais a artesanato, sua eventual expe- l\u00e1pis:V.P.S. \u00c9 s\u00f3 em 1947 que utiliza carimbo com essas ri\u00eancia pessoal, etc. iniciais, para finalmente, em 1949, imprimir seu nome nas composi\u00e7\u00f5es\u201d [...]. Item c: Espera-se que os alu- nos comentem que a obra de mestre Vitalino \u00e9 importante por- que valoriza cenas e personagens da regi\u00e3o Nordeste. MestreVitalino \u00e9 um dos artistas populares que mais di- Mestre Vitalino criando um de seus bonecos em Caruaru fundiram sua obra pelos museus a fora. Podem-se observar (PE), 1958. pe\u00e7as dele no Museu do Homem do Nordeste,no Recife,Mu- seu Castro Maya (Rio de Janeiro), Museu Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro), Museu Casa do Pontal. H\u00e1 tamb\u00e9m uma galeria em sua homenagem organizada pela Coordena- doria Nacional de Folclore e Cultura Popular do Iphan [Insti- tuto do Patrim\u00f4nio Hist\u00f3rico eArt\u00edstico Nacional]. Seus filhos Amaro,Manuel e Maria eAnt\u00f4nio deram continuidade \u00e0 arte do Mestre. Mas tamb\u00e9m Silvio,Vitalino e Jos\u00e9, que s\u00e3o seus netos, exercem atualmente este mesmo legado do av\u00f4 que morreu no in\u00edcio dos anos 1960 ap\u00f3s ter contra\u00eddo uma doen- \u00e7a hoje mundialmente extinta,a var\u00edola. Fonte: MUSEU AFROBRASIL. Mestre Vitalino. Dispon\u00edvel em: <www.museuafrobrasil.org.br\/pesquisa\/ indice-biografico\/lista-de-biografias\/biografia\/2017\/07\/03\/mestre-vitalino-(vitalino-pereira-dos-santos)>. Acesso em: 2 jun. 2018. a) O que a obra do Mestre Vitalino retrata? Como \u00e9 feita? b) Voc\u00ea conhece outros exemplos de artesanato ou arte popular feitos com argila? Compartilhe com os colegas. c) Converse com os colegas: Qual \u00e9 a import\u00e2ncia da obra do Mestre Vitalino? Nordeste \u2022 CAP\u00cdTULO 10 217 217MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 10","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas ATIVIDADES a) Qual \u00e9 a cr\u00edtica que o economista citado no texto faz ao recente crescimento da regi\u00e3o Nordeste? + A\u00e7\u00e3o + A\u00e7\u00e3o b) Quais s\u00e3o os estados mais beneficiados com o cres- Atividade 1, item a: O econo- 1 A regi\u00e3o Nordeste, nas \u00faltimas d\u00e9cadas, vem crescen- cimento industrial do Nordeste, segundo o texto? mista critica a concentra\u00e7\u00e3o geo- do mais que as regi\u00f5es Sul e Sudeste do pa\u00eds. Entretan- gr\u00e1fica desse crescimento entre to, alguns argumentam que esse crescimento n\u00e3o be- c) Na sua opini\u00e3o, as informa\u00e7\u00f5es do texto comprovam as cidades de Fortaleza (CE), neficia toda a regi\u00e3o. Leia o texto a seguir e responda uma desconcentra\u00e7\u00e3o industrial no Brasil? Justifique. Recife (PE) e Salvador (BA), que \u00e0s quest\u00f5es. respondem por 90% do PIB in- 2 Leia os versos e responda \u00e0s quest\u00f5es: dustrial da regi\u00e3o. Isso agravou Nordeste ampliou concentra\u00e7\u00e3o de riqueza as desigualdades existentes na em tr\u2022s Estados Quando o inverno \u00e9 constante regi\u00e3o. Do ponto de vista da popu- o Sert\u00e3o \u00e9 terra santa; la\u00e7\u00e3o e da distribui\u00e7\u00e3o da renda, O crescimento industrial do Nordeste n\u00e3o ocorre de quem vive da agricultura os valores das regi\u00f5es metropo- forma igualit\u00e1ria, segundo avalia o professor do Depar- tem muito tudo que planta. litanas das cidades citadas s\u00e3o tamento de Economia da Universidade Federal deAla- H\u00e1 fartura e boa safra, superiores aos valores represen- goas e doutor em economia regional, C\u00edcero P\u00e9ricles todo pobre pinta a manta... tados por cinco estados juntos: Carvalho. De acordo com ele,falar em desenvolvimento Piau\u00ed, Rio Grande do Norte, Ala- da regi\u00e3o como um todo se torna um equ\u00edvoco, j\u00e1 que a Quando finda o m\u00eas das festas, goas, Sergipe e Para\u00edba. industrializa\u00e7\u00e3o \u00e9 um fen\u00f4meno real apenas em tr\u00eas Es- e entra o m\u00eas de janeiro, tados: Bahia, Cear\u00e1 e Pernambuco. quem tem ro\u00e7ado, destoca Atividade 1, item b: Bahia, Per- e encoivara, ligeiro, nambuco e Cear\u00e1. Para Carvalho, os n\u00fameros pujantes da economia cada um quer ter a gl\u00f3ria nordestina escondem uma amplia\u00e7\u00e3o da concentra\u00e7\u00e3o de ouvir o trov\u00e3o primeiro. [...] Atividade 1, item c: Resposta das riquezas nos maiores centros da regi\u00e3o,com pouca pessoal. Espera-se que o aluno oportunidade para os demais Estados. Se pega a chuva em janeiro, aponte que as informa\u00e7\u00f5es do Faz o povo a planta\u00e7\u00e3o; texto comprovam uma descon- \u201cAmpliou-se uma distor\u00e7\u00e3o j\u00e1 existente,que \u00e9 a con- Em fevereiro e em mar\u00e7o, centra\u00e7\u00e3o industrial no Brasil, centra\u00e7\u00e3o geogr\u00e1fica interna. Na faixa oriental entre Quatro ou cinco limpas d\u00e3o; entre outras raz\u00f5es pelo de- Fortaleza,Recife e Salvador,est\u00e3o 90% do PIB industrial De vinte de abril em diante, senvolvimento de tr\u00eas grandes da regi\u00e3o. Como as economias nordestinas s\u00e3o assi- J\u00e1 comem milho e feij\u00e3o... [...] centros industriais no Cear\u00e1, Per- m\u00e9tricas, as unidades maiores e as mais ricas sa\u00edram nambuco e Bahia. na frente\u201d, declara. E ent\u00e3o no m\u00eas de julho, O Sol j\u00e1 fica mais quente, Atividade 2, item a: O autor Segundo ele,hoje,as regi\u00f5es metropolitanas de For- Caem as folhas dos paus, se refere ao Sert\u00e3o semi\u00e1rido. taleza, Recife e Salvador t\u00eam mais popula\u00e7\u00e3o e renda Seca o verde de repente, do que os estados de Alagoas, Para\u00edba, Rio Grande do \u00c9 o m\u00eas de pouco trabalho, Atividade 2, item b: O autor Norte, Piau\u00ed e Sergipe juntos. Folga quase toda a gente... [...] refere-se a duas esta\u00e7\u00f5es: a das chuvas (chamada de inverno e O \u201cmilagre econ\u00f4mico do Nordeste\u201d est\u00e1 concen- Fonte: GUEDES, Antonio Batista. Sert\u00e3o d\u2019inverno. In: Luis que se inicia em dezembro ou trado nos tr\u00eas grandes centros industriais,nos Estados da C\u00e2mara Cascudo. Hist\u00f3ria de vaqueiros e cantadores janeiro) e a do calor e aus\u00eancia de Cear\u00e1,Bahia e Pernambuco. O mais pujante deles \u00e9 para jovens. S\u00e3o Paulo: Global: edi\u00e7\u00e3o digital, 2015. de chuvas (chamada de ver\u00e3o e o Complexo Industrial Portu\u00e1rio de Suape, em Ipojuca que se inicia em junho ou julho). (na regi\u00e3o metropolitana do Recife). a) Qual \u00e9 a sub-regi\u00e3o do Nordeste sobre a qual o autor fez esses versos? Atividade 2, item c: Cabe es- O complexo pernambucano foi o que mais recebeu clarecer que ele se referiu \u00e0s se- investimentos e promessas nos \u00faltimos anos. De 2007 b) Quais s\u00e3o as esta\u00e7\u00f5es do ano nessa \u00e1rea? Quando cas, ou seja, em \u00e9pocas normais a 2011, foram investidos US$ 9,7 bilh\u00f5es, de um total cada uma come\u00e7a e o que as marca? chove em janeiro, mas no per\u00edodo previsto de US$ 26,1 bilh\u00f5es. [...] da estiagem n\u00e3o. c) O que o autor quis dizer com a frase \u201cse pega a chu- Fonte: MADEIRO, Carlos. Nordeste ampliou concentra\u00e7\u00e3o de riqueza va em janeiro\u201d? Atividade 2, item d: Cabe es- em tr\u00eas Estados, diz economista. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/economia. clarecer que os versos se refe- uol.com.br\/noticias\/redacao\/2013\/02\/19\/investimentos-no-nordeste- d) Explique o que significam os seguintes versos: \u201cquem rem \u00e0 prepara\u00e7\u00e3o da terra para tem ro\u00e7ado, destoca e encoivara, ligeiro\u201d. a lavoura, chamada de ro\u00e7ado. se-concentram-em-ce-ba-e-pe.htm>. Acesso em: 2 jun. 2018. Encoivarar ou coivarar signifi- ca limpar o terreno, recolher as ramagens, os galhos e as folhas para arar e cultivar o solo. 218 ATIVIDADES 218 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 10","Lendo a imagem Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 1 Observe as imagens abaixo. Lendo a imagem Delfim Martins\/Pulsar Imagens Andre Dib\/Pulsar Imagens Atividade 1, item a: As ima- Praia em Beberibe (CE), em 2018. Praia em Maragogi (AL), em 2018. gens revelam praias e fal\u00e9sias. Esclare\u00e7a que as fal\u00e9sias resul- a) O que as imagens revelam sobre a geografia do litoral nordestino? taram da sedimenta\u00e7\u00e3o fluvial e b) Em sua opini\u00e3o, que elementos dessas paisagens mais atraem os turistas? Por qu\u00ea? marinha (em um per\u00edodo geol\u00f3gi- c) Voc\u00ea conhece algum local considerado tur\u00edstico no Nordeste? Compartilhe com os colegas. co em que o n\u00edvel do mar estava 2 O Nordeste apresenta muitos contrastes sociais e econ\u00f4micos. Observe as imagens abaixo. acima do atual) em grande parte do litoral brasileiro desde o Par\u00e1 Du Zuppani\/Pulsar Imagens Em Fortaleza (CE) destaca-se o at\u00e9 o Rio de Janeiro. No litoral cea- Rubens Chaves\/Pulsar Imagens polo t\u00eaxtil. Na foto, f\u00e1brica de rense existem fal\u00e9sias ao longo camisetas, em 2013. da costa. Essas forma\u00e7\u00f5es de rochas sedimentares possuem altitudes de at\u00e9 100 metros. Na praia de Morro Branco elas for- mam labirintos que constituem um atrativo tur\u00edstico. Atividade 1, item b: Resposta pessoal. A beleza da paisagem, as fal\u00e9sias com seus labirintos, al\u00e9m de dunas que existem no litoral cearense. Atividade 1, item c: Respos- ta pessoal. Atividade 2: Resposta pes- soal. Espera-se que o aluno per- ceba que a regi\u00e3o Nordeste \u00e9 uma regi\u00e3o de contrastes: em um mesmo estado coexistem \u00e1reas com belas paisagens e atividades culturais que atraem turistas, metr\u00f3poles e ativida- des econ\u00f4micas industriais, com oferta de empregos, e \u00e1reas que sofrem com a seca. Tales Azzi\/Pulsar Imagens Homem em Santa Cruz da Baixa Verde (PE), em 2017. Vista a\u00e9rea de Macei\u00f3 (AL), em 2017. \u00a5 Ao observar essas imagens da regi\u00e3o Nordeste brasileira, que contrastes voc\u00ea observa? Elabore um pequeno tex- to no caderno, identificando-os. ATIVIDADES 219 219MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 10","Habilidades CAP\u00cdTULO Centro-Sul trabalhadas neste cap\u00edtulo 11 Zig Koch\/Tyba EF07GE02 EF07GE08 Para come\u00e7ar EF07GE03 EF07GE09 Observe a foto de uma paisagem do EF07GE04 EF07GE10 Centro-Sul do Brasil e responda \u00e0s quest\u00f5es. EF07GE07 EF07GE11 1. Voc\u00ea percebe Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas contrastes nessa imagem? Quais? Para come\u00e7ar 1. Resposta pessoal. Ao introduzir o tema do cap\u00edtu- lo, solicite aos alunos que anali- 2.Em sua opini\u00e3o, sem os elementos da paisagem grandes contrastes presentes na fotografia, estimu- regionais lando-os a identificar conex\u00f5es geralmente s\u00e3o obra entre a imagem e o texto intro- da natureza ou da dut\u00f3rio. Em seguida, aproveite sociedade? as atividades da se\u00e7\u00e3o para ve- rificar os conhecimentos pr\u00e9vios dos alunos. Atividade 1: Se julgar interes- sante, promova uma observa\u00e7\u00e3o coletiva da imagem. Os alunos podem apontar a presen\u00e7a de elementos caracter\u00edsticos dos grandes centros urbanos, como altos edif\u00edcios. Os alunos podem citar a presen\u00e7a de constru\u00e7\u00f5es antigas (com a igreja, em primei- ro plano) e constru\u00e7\u00f5es mais no- vas (como os edif\u00edcios ao fundo). Atividade 2: Avalie a pertin\u00ean- cia dos argumentos dos alunos em suas justificativas. \u00c9 impor- tante que eles reconhe\u00e7am que as diferen\u00e7as entre as regi\u00f5es podem ser observadas tanto nos aspectos naturais quanto nos sociais. Vista de Curitiba (PR), metr\u00f3pole regional do pa\u00eds. Foto de 2018. Variedade de clima, solo, relevo e vegeta\u00e7\u00e3o original. Grandes centros industriais e comerciais, agricultura moderna, \u00e1reas de economia agr\u00e1ria tradicional, tecnologia de ponta, universidades, centros de cultura e lazer. Polui\u00e7\u00e3o, comunidades, corti\u00e7os, viol\u00eancia, entre outros fatores caracterizam o Centro-Sul. A regi\u00e3o mais povoada e industrializada do pa\u00eds tamb\u00e9m apresenta enormes contrastes internos. 220 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais 220 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","1 A regi\u00e3o mais rica e populosa Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas do Brasil \u00c9 importante que os alunos percebam que a regi\u00e3o Centro- O Centro-Sul \u00e9 a regi\u00e3o mais populosa e industrializada do Brasil, al\u00e9m de ter a -Sul se destaca pela concentra- \u00e7\u00e3o de variedade de atividades agropecu\u00e1ria mais moderna e as principais redes de servi\u00e7os, transporte e comuni- econ\u00f4micas, servi\u00e7os e centros de pesquisa, al\u00e9m da presen\u00e7a ca\u00e7\u00e3o do pa\u00eds (aeroportos, jornais e revistas, televis\u00e3o, provedores da internet, ro- de grandes centros urbanos. Rei- tere que essa configura\u00e7\u00e3o atual dovias e portos, complexos hospitalares, universidades, centros de pesquisa cient\u00ed- se deu ao longo de um complexo processo hist\u00f3rico, apresentado fica e tecnol\u00f3gica, setor banc\u00e1rio, etc.). Concentra mais de 75% do PIB nacional, de no texto. acordo com dados do IBGE de 2015. Pe\u00e7a aos alunos que obser- vem o mapa da p\u00e1gina. \u00c9 inte- O estado mais forte economicamente \u00e9 S\u00e3o Paulo, com um PIB de 1,8 trilh\u00e3o ressante apresent\u00e1-lo junto a um mapa pol\u00edtico do Brasil, pa- de d\u00f3lares em 2015, o que equivale a 32% do total nacional. Em seguida, v\u00eam Rio de ra que relacionem a regi\u00e3o a to- do o territ\u00f3rio. Isso estimula o Janeiro, com um PIB de 671 bilh\u00f5es de d\u00f3lares (11,6% do total nacional), Minas Gerais, desenvolvimento da habilidade EF07GE09 e da CECHEF7. com um PIB de cerca de 516 bilh\u00f5es de d\u00f3lares em 2010 (8,6% do total), Rio Grande do Sul, com 357 bilh\u00f5es (6,2%), e Paran\u00e1, com 348 bilh\u00f5es (6%). Minha biblioteca No Centro-Sul do Brasil, est\u00e3o as duas metr\u00f3poles globais do pa\u00eds (S\u00e3o Paulo Um pau-de-arara para e Rio de Janeiro). A\u00ed tamb\u00e9m se encontram as tr\u00eas metr\u00f3poles nacionais (S\u00e3o Pau- Bras\u2019lia, de Jo\u00e3o Bosco lo, Rio de Janeiro e Bras\u00edlia), v\u00e1rias metr\u00f3poles regionais (Belo Horizonte, Porto Bezerra Bonfim. S\u00e3o Alegre e Curitiba) e outras aglomera\u00e7\u00f5es urbanas com mais de 1 milh\u00e3o de habi- Paulo: Biruta, 2010. tantes (Goi\u00e2nia, Campinas, Guarulhos, S\u00e3o Gon\u00e7alo, Duque de Caxias, Baixada Santista). Por meio de versos de cordel, o livro apresenta A regi\u00e3o alcan\u00e7ou um grande desenvolvimento ap\u00f3s a Independ\u00eancia do Brasil as aventuras dos (1822), principalmente ap\u00f3s a aboli\u00e7\u00e3o da escravatura (1888). Os recursos oriundos candangos, das exporta\u00e7\u00f5es do caf\u00e9 e a m\u00e3o de obra assalariada, especialmente dos imigrantes, trabalhadores que incentivaram e disseminaram a industrializa\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o. migraram de diversas partes do Brasil para Na \u00e9poca colonial, o estado do Rio de Janeiro e parte do estado de Minas Gerais trabalhar nas obras de constru\u00e7\u00e3o de Bras\u00edlia. foram os mais povoados e explorados economicamente pelos portugueses. No Centro-Sul, fixaram-se os maiores contingentes de imigrantes: italianos, espanh\u00f3is, portugueses, japoneses, eslavos, alem\u00e3es e outros. Com exce\u00e7\u00e3o do Rio de Janeiro e de parte de Minas Gerais, \u00e9 marcante a presen\u00e7a de brancos (sobretu- do imigrantes e seus descendentes), ao contr\u00e1rio das demais regi\u00f5es brasileiras, Brasil: Centro-Sul (1972) onde esse grupo \u00e9 minorit\u00e1rio. AM 55\u00ba O PA MA PI PE Portal de Mapas\/Arquivo da editora A partir das primeiras d\u00e9cadas do AC TO RO s\u00e9culo XX at\u00e9 o final desse s\u00e9culo, o MT BA Centro-Sul recebeu um contingente GO enorme de migrantes de outras regi\u00f5es DF Bras\u00edlia do Brasil, especialmente do Nordeste. OCEANO Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio MG Por isso, mesmo abrangendo apenas PAC\u00cdFICO MS ES cerca de 26% do territ\u00f3rio nacional, o N Centro-Sul concentra mais de 60% da Megal\u00f3pole ou centro OL SP RJ popula\u00e7\u00e3o brasileira. econ\u00f4mico do pa\u00eds Rio de Janeiro Sul do pa\u00eds S Fonte: elaborado com base em BECKER, Nordeste do S\u00e3o Paulo Bertha. Crescimento econ\u00f4mico e estrutura Centro-Sul PR Noroeste do espacial do Brasil. Revista Brasileira de Centro-Sul OCEANO Geogra\ufb01a. Rio de Janeiro, ano 34, n. 4, 1972. Limite do Centro-Sul SC ATL\u00c2NTICO Capital de pa\u00eds Metr\u00f3poles globais RS 0 300 600 km Centro-Sul \u2022 CAP\u00cdTULO 11 221 221MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Texto e a\u00e7\u00e3o 1. Entre S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro, formou-se uma megal\u00f3pole ou \u00e1rea superurbanizada. \u00c9 esperado que os alunos justi\ufb01quem com base Ao explorar o mapa de revelo em dados econ\u00f4micos fornecidos no texto. e hidrografia do Centro-Sul, sele- cione um conjunto de imagens 1 Por ser o complexo regional brasileiro de mais intensa ocupa\u00e7\u00e3o humana, o Centro-Sul apresenta as para exibir em sala de aula. O maiores diversidades na organiza\u00e7\u00e3o do espa\u00e7o geogr\u00e1fico. Com base no mapa da p\u00e1gina anterior, objetivo \u00e9 estabelecer cone- qual \u00e9 o centro econ\u00f4mico da regi\u00e3o Centro-Sul? Justifique a sua resposta. x\u00f5es entre as caracter\u00edsticas apresentadas na representa\u00e7\u00e3o 2 A regi\u00e3o Centro-Sul recebeu in\u00fameras pessoas, vindas de outros estados brasileiros e de diversos cartogr\u00e1fica e as fotografias de pa\u00edses. Em duplas, conversem sobre as diversidades na ocupa\u00e7\u00e3o humana do Centro-Sul. paisagens da regi\u00e3o, sobretudo nos locais onde h\u00e1 significativas Resposta pessoal. varia\u00e7\u00f5es de altitude. Assim, o desenvolvimento da habilidade 2 Meio f\u00edsico Centro-Sul: relevo e hidrografia Espig\u00e3o Mestre Portal de Mapas\/Arquivo da editora EF07GE09 e da CECHEF7 ser\u00e1 Rio S\u00e3o Francisco estimulado. O relevo da regi\u00e3o Centro-Sul brasileira \u00e9 55\u00ba O bastante diversificado. Observe o mapa ao lado. Texto e a\u00e7\u00e3o PLANALTO No extremo leste da regi\u00e3o Centro-Sul, \u00e9 BRASILEIRO Atividade 1: Al\u00e9m dos dados poss\u00edvel observar terrenos elevados, que formam 1 apresentados no texto, alguns planaltos e serras. Na faixa litor\u00e2nea predominam exemplos dessa concentra\u00e7\u00e3o as escarpas, que s\u00e3o terrenos com mais de mil Parana\u00edba stra DdooceEspinha\u00e7o ICO econ\u00f4mica entre S\u00e3o Paulo e metros de altitude, como a serra do Mar, que se PLAN\u00cdCIE Serra ATL\u00c2NT 4 Rio de Janeiro podem ser apre- estende do litoral do estado do Rio de Janeiro at\u00e9 DO Rio da Cana 3 sentados aos alunos, como a o norte do estado de Santa Catarina. exist\u00eancia de grandes empre- PANTANAL 2 Rio Grande sas nas \u00e1reas de comunica\u00e7\u00e3o, Na por\u00e7\u00e3o central, observam-se terras de Rio Paraguai transportes e diversos outros baixas e m\u00e9dias altitudes, classificadas como ran\u00e1 PLANALTO Serra Pico da servi\u00e7os. planaltos e chapadas, principalmente na bacia Serra da Rio Bandeira do Paran\u00e1. Essas \u00e1reas sofreram intensos der- Rio Tiet\u00ea MaRniotiqPuareaiSr\u00edbaual (2 890 m) Atividade 2: No Centro-Sul fixa- rames vulc\u00e2nicos em eras anteriores, que deram Paranapanema ram-se os maiores contingentes origem a um solo de rochas vulc\u00e2nicas, extre- Rio Pa Rio do de imigrantes: italianos, espa- mamente f\u00e9rtil. nh\u00f3is, portugueses, japoneses, PLANALTO Serra do Mar Agulhas Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio eslavos, alem\u00e3es e outros. Com No noroeste do Centro-Sul, a paisagem \u00e9 MERIDIONAL Negras exce\u00e7\u00e3o do Rio de Janeiro e Minas caracterizada por planaltos e serras, grandes di- Gerais, \u00e9 marcante a presen\u00e7a de visores de \u00e1guas entre as regi\u00f5es hidrogr\u00e1ficas (2 787 m) brancos (sobretudo imigrantes e Amaz\u00f4nica e do Tocantins-Araguaia. seus descendentes), diferente- Altitudes (em metros) mente das demais regi\u00f5es bra- Na extremidade oeste, destacam-se a pla- sileiras. A partir das primeiras n\u00edcie e o Pantanal Mato-Grossense; na extremi- Rio Urugu Mais de 800 d\u00e9cadas do s\u00e9culo XX, essa re- dade sul, os planaltos do Uruguai, banhados pelo Serra Geral 200 a 800 gi\u00e3o recebeu muitos migrantes rio Uruguai. ai 100 a 200 de outras regi\u00f5es do Brasil, es- 5 0 a 100 pecialmente do Nordeste. Por is- so, mesmo abrangendo apenas N Lagoa Picos cerca de \u00bc do territ\u00f3rio nacional, OL dos Patos Limite do Centro-Sul o Centro-Sul concentra mais da Limite das bacias metade (cerca de 60%) da popu- Lagoa Mirim hidrogr\u00e1ficas la\u00e7\u00e3o brasileira. 1 Bacia do Tocantins-Araguaia Atividade complementar 2 Bacia Platina Com o objetivo de evidenciar a diversidade do relevo no Centro- S Arroio Chu\u00ed 3 Bacia do S\u00e3o Francisco -Sul, pode ser tra\u00e7ado um perfil topogr\u00e1fico. Para realizar esse OCEANO trabalho, ser\u00e1 necess\u00e1rio obter c\u00f3pias de uma carta topogr\u00e1fica ATL\u00c2NTICO 4 Bacias do Leste da regi\u00e3o ou de uma parte dela. Se julgar necess\u00e1rio, explique 0 240 480 km 5 Bacias do Sul-Sudeste aos alunos alguns dos elemen- tos presentes na carta, como a Zig Koch\/Op\u00e7\u00e3o Brasil Imagens Fonte: elaborado com base em BECKER, curva de n\u00edvel, a indica\u00e7\u00e3o da Bertha. Crescimento econ\u00f4mico e altitude e a presen\u00e7a de cursos estrutura espacial do Brasil. Revista ou corpos d\u2019\u00e1gua. Brasileira de Geogra\ufb01a. Rio de Janeiro, ano 34, n. 4, 1972. Solicite aos alunos que sele- cionem dois pontos da carta e Serra do Mar, em trecho do munic\u00edpio tracem uma linha reta ligando de Morretes (PR), em 2016. esses pontos. Ressalte que \u00e9 prefer\u00edvel que a linha passe por 222 UNIDADE 4 \u2022 Brasil: diversidades regionais diferentes altitudes para tornar a atividade mais interessante. mento da linha com a curva de n\u00edvel, identificando a altitude de ca- cala da altitude. Ap\u00f3s essa etapa, pe\u00e7a que fa\u00e7am a liga\u00e7\u00e3o entre os Em seguida, pe\u00e7a que fa\u00e7am da ponto marcado. pontos do gr\u00e1fico utilizando a r\u00e9gua. uma marca\u00e7\u00e3o em cada cruza- Em uma outra folha, oriente os alunos a utilizar a r\u00e9gua para criar Essa atividade colabora para o desenvolvimento da CECHEF7, bem os eixos horizontal e vertical do perfil topogr\u00e1fico. Esclare\u00e7a que o ei- como da CEGEF4. xo horizontal representar\u00e1 a dist\u00e2ncia (linha tra\u00e7ada), e o eixo verti- cal a altitude. Os alunos dever\u00e3o transpor os todos os pontos da carta para o gr\u00e1- fico, respeitando a dist\u00e2ncia e a altitude. Auxilie-os a determinar a es- 222 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Gerard Sioen\/Only France\/Ag\u00eancia France-Presse Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas A hidrografia da regi\u00e3o \u00e9 rica tanto em \u00e1guas Oriente os alunos a estabe- lecer conex\u00f5es entre o texto e o superficiais (rios e lagoas) quanto em \u00e1guas subter- mapa. Pergunte a eles por que acham que h\u00e1 concentra\u00e7\u00e3o de r\u00e2neas. Na regi\u00e3o se localizam algumas das bacias grandes usinas hidrel\u00e9tricas no Centro-Sul. \u00c9 importante que re- hidrogr\u00e1ficas mais importantes do Brasil, destacan- lacionem a concentra\u00e7\u00e3o com a demografia, as atividades econ\u00f4- do-se a bacia Platina (composta dos rios Paran\u00e1, micas e o relevo da regi\u00e3o. Paraguai e Uruguai) e parte da bacia hidrogr\u00e1fica do Texto complementar Tocantins-Araguaia. Itaipu: uma hist\u00f3ria binacional A bacia Platina \u00e9 respons\u00e1vel pela maior parte [...] De 1963 a 1966 ocorre- da energia produzida na regi\u00e3o; nela est\u00e3o algumas ram intensos debates atrav\u00e9s da imprensa, tanto brasileira das maiores usinas hidrel\u00e9tricas do pa\u00eds, como Itai- quanto paraguaia e argen- tina, sobre a pretens\u00e3o do pu, S\u00e9rgio Motta e Ilha Solteira. Brasil de construir uma obra no Rio Paran\u00e1 sem a partici- O clima do Centro-Sul tamb\u00e9m \u00e9 bastante di- pa\u00e7\u00e3o paraguaia. Quando a situa\u00e7\u00e3o entre os dois pa\u00edses versificado (observe o mapa). Os principais tipos de parecia melhorar, em junho de 1965, um destacamento clima s\u00e3o o subtropical, observado na parte sul da militar brasileiro composto por um sargento e sete solda- regi\u00e3o (Paran\u00e1, Santa Catarina e Rio Grande do Sul); dos se instalou na linha dos vinte quil\u00f4metros quadrados, o tropical \u00famido, predominante nas \u00e1reas litor\u00e2neas de S\u00e3o Paulo at\u00e9 o litoral do Es- Vista da hidrel\u00e9trica de Itaipu, \u00e1rea do conflito de limites, p\u00edrito Santo; e o tropical t\u00edpico, existente em boa parte dos estados de Minas Gerais, em Foz do Igua\u00e7u (PR), sobre no local denominado Porto Mato Grosso do Sul e Goi\u00e1s. Em \u00e1reas serranas ou de maior altitude, em S\u00e3o Paulo, o rio Paran\u00e1. Foto de 2017. Renato. Diante do epis\u00f3dio, o governo paraguaio iniciou Minas Gerais e Rio de Janeiro, observa-se o clima tropical de altitude. solicita\u00e7\u00f5es ao governo bra- sileiro para que desocupas- Centro-Sul: clima 55\u00ba O Portal de Mapas\/Arquivo da editora se a \u00e1rea. Equador OCEANO [\u2026] em junho de 1966, foi ATL\u00c2NTICO assinada a Ata das Cataratas. Nela foram estabelecidas as 0\u00ba premissas para a constru\u00e7\u00e3o de uma futura represa em OCEANO condom\u00ednio. Atrav\u00e9s des- PAC\u00cdFICO se documento se plantou a semente que fez nascer Itai- Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio N pu. Ficou estabelecido que o OL aproveitamento do Rio Para- Clima tropical t\u00edpico n\u00e1, e inclusive dos saltos de Clima subtropical S Sete Quedas, seria feito em Clima tropical \u00famido 0 365 730 km condom\u00ednio com os dois pa\u00ed- ou litor\u00e2neo ses e previa o direito de pre- Clima tropical de altitude fer\u00eancia para os dois pa\u00edses Limite do Centro-Sul para a aquisi\u00e7\u00e3o da energia produzida e que n\u00e3o fosse Fonte: elaborado com base em SIMIELLI, Maria Elena. Geoatlas. 34. ed. S\u00e3o Paulo: \u00c1tica, 2012. consumida pelo outro, ao pre\u00e7o justo. Centro-Sul \u2022 CAP\u00cdTULO 11 223 A assinatura do Tratado de Itaipu ocorreu em 26 de abril de 1973, criando a entidade aut\u00f4noma designada como Itaipu Binacional. [\u2026] LIMA, Ivone C. Itaipu: uma hist\u00f3ria binacional. Portal Itaipu Binacional, 7 maio 2008. Dispon\u00edvel em: <www.itaipu. gov.br\/sala-de-imprensa\/ itaipunamidia\/itaipu-uma- historia-binacional>. Acesso em: 29 set. 2018. 223MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Os biomas do Centro-Sul Comente o texto com os alu- Os biomas da regi\u00e3o Centro-Sul se Centro-Sul: biomas 55\u00ba O Portal de Mapas\/Arquivo da editora nos e observe as fotografias, bem destacam pela riqu\u00edssima flora e fauna. A como a \u00e1rea de abrang\u00eancia dos interven\u00e7\u00e3o humana tem alterado cada vez Equador OCEANO biomas exibida no mapa. \u00c9 impor- mais a din\u00e2mica natural dos biomas, o que ATL\u00c2NTICO tante que os alunos identifiquem causa dano ao meio ambiente. In\u00fameras as diferen\u00e7as na paisagem na esp\u00e9cies de vegeta\u00e7\u00e3o e animais est\u00e3o 0\u00ba fauna e na flora em cada um dos amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o nessas \u00e1reas. Co- biomas apresentados. O item con- nhe\u00e7a um pouco mais sobre esses biomas. templa a habilidade EF07GE11. OCEANO Texto complementar PAC\u00cdFICO Biodiversidade Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio N [...] Mesmo reduzida e muito OL Fonte: IBGE. Mapa de biomas e de vegeta\u00e7\u00e3o. Cerrado fragmentada, a Mata Atl\u00e2nti- Dispon\u00edvel em: <www.ibge.gov.br\/home\/ Mata Atl\u00e2ntica S ca ainda abriga mais de 20 mil Pantanal esp\u00e9cies de plantas, das quais presidencia\/noticias\/21052004biomashtml.shtm>. Pampa 0 475 950 km 8 mil s\u00e3o end\u00eamicas, ou se- Acesso em: 7 maio 2018. Limite do Centro-Sul ja, esp\u00e9cies que n\u00e3o existem Cesar Diniz\/Pulsar em nenhum outro lugar do Pantanal Imagens Planeta. \u00c9 a floresta mais ri- Vit\u00f3rias-r\u00e9gias; no ca do mundo em diversidade Considerado pela ONU uma reserva de biosfera, \u00e9 uma detalhe, tuiui\u00fas em de \u00e1rvores. das maiores \u00e1reas de inunda\u00e7\u00e3o do mundo: durante um pe- \u00e1rea de Pantanal r\u00edodo do ano, a maior parte de sua \u00e1rea fica submersa. Situ- em Pocon\u00e9 (MT). [\u2026] \u00c9 tamb\u00e9m da Mata ado entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Fotos de 2018. Atl\u00e2ntica a \u00e1rvore que deu ori- Sul, estende-se pela Bol\u00edvia e pelo Paraguai. Segundo or- gem ao nome do Pa\u00eds, o pau- ganiza\u00e7\u00f5es internacionais, mais de 4700 esp\u00e9cies, entre -brasil (Caesalpinia echinata). plantas e animais, foram registradas neste bioma. Explorado ao extremo para uso como corante e constru\u00e7\u00e3o de navios, o pau-brasil pratica- mente desapareceu das matas nativas. Estima-se que cerca de 70 milh\u00f5es de exemplares te- nham sido enviados para a Eu- ropa. A Mata Atl\u00e2ntica \u00e9 ainda rica em muitas outras esp\u00e9cies de \u00e1rvores nobres e de porte imponente e \u00edmpar, como as canelas, o cedro, o jequitib\u00e1, a imbuia e o pinheiro brasileiro (arauc\u00e1ria). ASSOCIA\u00c7\u00c3O DE PRESERVA\u00c7\u00c3O DO MEIO AMBIENTE E DA VIDA. Mata Atl\u00e2ntica. Dispon\u00edvel em: <www.apremavi.org.br\/mata- atlantica\/biodiversidade\/>. Acesso em: 29 set. 2018. Andre Dib\/Pulsar Imagens 224 Atividades complementares conte\u00fado preparado. Oriente-os a utilizar mapas e fotografias em suas apresenta\u00e7\u00f5es. Essa atividade mobiliza as compet\u00ean- 1. Comente com os alunos que a Mata Atl\u00e2ntica \u00e9 composta de: cias CGEB2, CGEB5 e CGEB9. floresta ombr\u00f3fila densa; floresta ombr\u00f3fila aberta; floresta 2. Utilize os infogr\u00e1ficos sobre o Pantanal e as solu\u00e7\u00f5es sustent\u00e1- ombr\u00f3fila mista; floresta estacional decidual; floresta estacio- veis da ONG WWF-Brasil para ampliar o olhar e o entendimento nal semidecidual; mangues; e restingas. Em seguida, organize sobre esse bioma. Dispon\u00edvel em: <www.wwf.org.br\/natureza_ a turma em grupos para que cada um pesquise sobre as ca- brasileira\/areas_prioritarias\/pantanal\/diadopantanal>. Acesso racter\u00edsticas e ocorr\u00eancias de uma dessas matas. Em um dia em: 29 set. 2018. previamente combinado, solicite aos alunos que apresentem o 224 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","J Fabio Colombini\/Acervo do fot\u2014grafo Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Pampa SW\/Getty ImagesAcima, banhado nos Pampas; no Comente que o Pantanal \u00e9 con- o\u00e3o Quental\/Op\u00e7\u00e3o Brasil Imagens detalhe, gavi\u00e3o t\u00edpico desse siderado Patrim\u00f4nio Nacional pela Localizado principalmente no Sul do Brasil, apresenta vegeta\u00e7\u00e3o herb\u00e1cea. No bioma, o chimango. Constitui\u00e7\u00e3o Federal de 1988, e litoral do Rio Grande do Sul, destacam-se os banhados, isto \u00e9, ecossistemas alagados desde 2000 \u00e9 Patrim\u00f4nio Natural que se caracterizam pela forte presen\u00e7a de \u00e1gua e de mat\u00e9ria org\u00e2nica. O resultado Dircinha Mundial da Unesco. Ele tamb\u00e9m dessa combina\u00e7\u00e3o \u00e9 a riqueza de nutrientes dos banhados, o que alimenta a fauna \u00e9 chamado de \u201creino das \u00e1guas\u201d rica (aves, veados, on\u00e7as-pintadas, etc.) e a flora diversificada (juncos, sarandis, agua- \u00c1rvore de pau-terrinha em devido \u00e0 grande reserva de \u00e1gua p\u00e9s, etc.). Alto Para\u00edso de Goi\u00e1s (GO), doce que esse bioma possui, im- em 2016; flor-do-cerrado, em portante para a estabiliza\u00e7\u00e3o do Cerrado Andre Dib\/Pulsar Imagens Bras\u00edlia (DF), 2018. clima e a conserva\u00e7\u00e3o do solo da regi\u00e3o. Alerte os alunos sobre os Encontrado em Goi\u00e1s, Mato Grosso, parte de Andre Dib\/Pulsar Imagens impactos que esse bioma tem Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e parte do nor- sofrido recentemente devido \u00e0s te de S\u00e3o Paulo, \u00e9 marcado por \u00e1rvores retorcidas Mico-le\u00e3o-dourado no Rio de a\u00e7\u00f5es antr\u00f3picas. com ra\u00edzes profundas, caule muito r\u00edgido e folhas Janeiro (RJ); arauc\u00e1ria no que secam no inverno. Nessa \u00e1rea, existem re- munic\u00edpio de Passos Maia Comente que o Cerrado brasi- servas ecol\u00f3gicas, como a chapada dos Veadei- (SC). Fotos de 2018. leiro \u00e9 considerado a savana mais ros e o Parque Nacional das Emas, em Goi\u00e1s, e rica do mundo por sua biodiver- a chapada dos Guimar\u00e3es, em Mato Grosso. Antas, sidade. Ressalte que esse bio- ariranhas e jaguatiricas vivem no Cerrado, bem como ma faz fronteira com os biomas o lobo-guar\u00e1 e o cachorro-do-mato. Amaz\u00f4nia, Caatinga, Pantanal e Mata Atl\u00e2ntica. Essa condi\u00e7\u00e3o permite interc\u00e2mbio flor\u00edstico entre esses biomas e o Cerrado. Comente que os Parques Nacio- nais da Chapada dos Veadeiros e das Emas s\u00e3o \u00e1reas protegidas e tamb\u00e9m Patrim\u00f4nios Naturais Mundiais da Unesco. O Pampa \u00e9 um bioma presente no Uruguai e na Argentina. No Bra- sil tamb\u00e9m \u00e9 chamado de Cam- panha Ga\u00facha e Campos Sulinos (ou do Sul). Se julgar pertinente, converse com os alunos sobre os processos de areniza\u00e7\u00e3o do solo nesse bioma. Mata Atl\u00e2ntica Remanescente, no litoral de S\u00e3o Paulo, Rio de Ja- Ary Bassous\/Tyba neiro e Esp\u00edrito Santo, onde est\u00e3o preservados al- guns pequenos trechos que abrigam esp\u00e9cies animais em risco de extin\u00e7\u00e3o, como o mico-le\u00e3o- -dourado, o bugio e o ma\u00e7arico-rasteirinho. A vegeta\u00e7\u00e3o da Mata Atl\u00e2ntica \u00e9 densa e com \u00e1rvores altas. Dentro desse bioma, existem alguns tipos de vegeta\u00e7\u00e3o; uma de- las, a Mata de Arauc\u00e1ria, se destaca no estado do Paran\u00e1, ainda que n\u00e3o somente nele. Essa vegeta\u00e7\u00e3o tem como caracter\u00edstica \u00e1rvores extre- mamente altas que resistem ao frio da regi\u00e3o e pro- duzem uma semente conhecida como pinh\u00e3o, utilizada nas festas tradicionais e muito apreciada no exterior. Centro-Sul \u2022 CAP\u00cdTULO 11 225 Para aprofundar Por dentro da destrui\u00e7\u00e3o secreta da grande savana do Brasil AVENDA\u00d1O, Tom C.; FITTIPALDI, Felipe. El Pa\u2019s, 26 mar. 2018. Dis- pon\u00edvel em: <https:\/\/brasil.elpais.com\/brasil\/2018\/03\/21\/politi ca\/1521648714_928895.html>. Acesso em: 29 set. 2018. Retrata a biodiversidade do Cerrado brasileiro e tamb\u00e9m os problemas enfrentados nesse bioma h\u00e1 mais de duas d\u00e9cadas. 225MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Geolink 1 Esta se\u00e7\u00e3o mobiliza a habili- Leia o texto a seguir. dade EF07GE03. Cai\u00e7aras, o tradicional povo do litoral brasileiro Comente que a maior parte Quando se pensa nos 7 363 quil\u00f4metros da costa brasileira,\u00e9 comum fazer uma associa\u00e7\u00e3o direta com o turismo das comunidades cai\u00e7aras est\u00e1 [...].Al\u00e9m das belezas naturais, as praias, enseadas e ilhas abrigam in\u00fameras popula\u00e7\u00f5es tradicionais.Antes de os localizada no litoral do Sudeste e europeus chegarem, o litoral brasileiro era repartido por [...] Tupis,Tamoios,Tabajaras e Caet\u00e9s, alguns dos grupos do Sul do Brasil, e que geralmen- ind\u00edgenas que viviam na costa e foram expulsos \u2013 alguns extintos. te vive de pesca artesanal, agri- cultura tradicional, extrativismo Atualmente [...],o Brasil ainda abriga resqu\u00edcios de comunidade tradicional no litoral.\u201cOs cai\u00e7aras s\u00e3o uma mis- vegetal e artesanato. Com o au- tura de povos ind\u00edgenas j\u00e1 extintos, europeus de diversos pa\u00edses e negros, principalmente quilombolas que, ap\u00f3s mento do turismo, mais especifi- processos de ocupa\u00e7\u00e3o do interior devido aos diversos ciclos econ\u00f4micos do Brasil colonial,ficaram relativamente camente do ecoturismo, muitos isolados nessa estreita faixa de terra entre o mar e a serra, que se estende do sul do Paran\u00e1 at\u00e9 o centro do Rio de cai\u00e7aras t\u00eam se envolvido nessa Janeiro\u201d,explicaAntonio Carlos Diegues,fundador do N\u00facleo deApoio \u00e0 Pesquisa sobre Popula\u00e7\u00f5es Humanas em atividade. \u00c1reas \u00damidas Brasileiras da Universidade Estadual de S\u00e3o Paulo (Nupaub\/USP). [...] Texto complementar A musicista e cientista social Kilza Setti foi uma das pioneiras a estudar a cultura cai\u00e7ara,nos anos 1950. [...] Com seus\u201ccausos\u201d, hist\u00f3rias, costumes, culin\u00e1ria e m\u00fasica, os cai\u00e7aras contribu\u00edram profundamente para a amplia\u00e7\u00e3o O termo cai\u00e7ara tem origem da diversidade cultural brasileira.A m\u00fasica popular cai\u00e7ara \u00e9 muito rica e fonte de estudos por todo o pa\u00eds. Dentro no voc\u00e1bulo Tupi-Guarani do repert\u00f3rio musical, os nativos constroem seus pr\u00f3prios instrumentos de forma muito rudimentar: rabecas, ma- ca\u00e1-i\u00e7ara [...], que era utiliza- chetes, violas de machete e diversos tipos de tambores e instrumentos de percuss\u00e3o [...].\u201cO povo cai\u00e7ara no litoral do para denominar as estacas sudeste guarda preciosas tradi\u00e7\u00f5es religiosas e profanas.A dan\u00e7a da fita,congada,festa do divino,chiba,dan\u00e7a de colocadas em torno das tabas S\u00e3o Gon\u00e7alo, entre diversas outras, s\u00e3o express\u00f5es culturais ainda comumente praticadas [...], explica Setti. [...] ou aldeias, e o curral feito de galhos de \u00e1rvores fincados na Apesar de toda a riqueza, a cultura cai\u00e7ara est\u00e1 seriamente amea\u00e7ada de ter o mesmo fim das tribos ind\u00edgenas \u00e1gua para cercar o peixe. Com que habitavam o litoral brasileiro. Se antes a quest\u00e3o era a coloniza\u00e7\u00e3o europeia, agora a especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria, o passar do tempo, passou a o turismo de massa, de alto impacto social e ambiental, as restri\u00e7\u00f5es ambientais para os nativos praticarem a pes- ser o nome dado \u00e0s palho- ca e o artesanato s\u00e3o os grandes problemas. \u00e7as constru\u00eddas nas praias para abrigar as canoas e os As dificuldades dos cai\u00e7aras come\u00e7aram Du Zuppani\/Pulsar Imagens apetrechos dos pescadores com a constru\u00e7\u00e3o da BR-101 na d\u00e9cada de e, mais tarde, para identifi- 1970 pelo governo militar. Todo o acesso ao Pesca de siri com instrumento conhecido como passagu\u00e1, que consiste em car o morador de Cananeia litoral foi facilitado,dando novas perspectivas uma pequena rede redonda, heran\u00e7a cai\u00e7ara, no litoral de Bertioga (SP), [...]. Posteriormente, passou tur\u00edsticas a cidades como Ubatuba (SP) e Pa- em 2018. a ser o nome dado a todos rati (RJ). [...] Boa parte da popula\u00e7\u00e3o tradicional os indiv\u00edduos e comunida- local foi ludibriada por promessas financeiras des do litoral dos Estados do e venderam seus terrenos por valores abaixo Paran\u00e1, S\u00e3o Paulo e Rio de do mercado, mudando-se para a periferia das Janeiro [...]. cidades litor\u00e2neas,migrando para outros cen- tros urbanos [...]. \u201cO que houve nos anos 1970 ADAMS, Cristina. As n\u00e3o foi especula\u00e7\u00e3o, mas sim pirataria imobi- popula\u00e7\u00f5es cai\u00e7aras e o li\u00e1ria, e \u00e9 claro que eles [cai\u00e7aras] sairiam per- mito do bom selvagem: a dendo\u201d, diz Kilza Setti. [...] necessidade de uma nova abordagem interdisciplinar. ALMEIDA, Allison; GOBI, Andr\u00e9; RODRIGUES, Guilherme. Com Ci\u2022ncia, nov. 2017. Dossi\u00ea povos tradicionais. Revista de Antropologia, S\u00e3o Dispon\u00edvel em: <www.comciencia.br\/caicaras-o-tradicional-povo-do-litoral-brasileiro>. Acesso em: 21 maio 2018. Paulo, USP, v. 43, n. 1, p. 146, 2000. Dispon\u00edvel em: <www. Agora responda: revistas.usp.br\/ra\/article\/ view\/27091\/28863>. Acesso 1 Segundo o texto, de que forma os cai\u00e7aras contribuem para a diversidade brasileira? Quais s\u00e3o suas principais manifesta\u00e7\u00f5es culturais? em: 18 out. 2018. 2 Quais s\u00e3o as dificuldades que esse povo tradicional enfrenta desde a d\u00e9cada de 1970? Atividade 1: Os alunos podem citar os costumes, a culin\u00e1ria, a 226 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais m\u00fasica, al\u00e9m de tradi\u00e7\u00f5es religio- sas e profanas, como a Congada, Para aprofundar a Festa do Divino, entre outras. Cultura cai\u00e7ara: resgate de um povo Atividade 2: A partir da d\u00e9- cada de 1970, a constru\u00e7\u00e3o da BRANCO, Alice; CASEIRO, Fernando. Peru\u00edbe: Oficina do Livro e Cul- rodovia BR-101 abriu o litoral ao tura, 2005. 169 p. acesso do turismo de massa. Paralelamente, as terras do lito- Neste livro os autores apresentam uma pesquisa sobre a cul- ral foram valorizadas; assim, a tura cai\u00e7ara (m\u00fasicas, dan\u00e7as, receitas culin\u00e1rias, uso de ervas especula\u00e7\u00e3o imobili\u00e1ria fez com medicinais, festividades, trabalhos artesanais, entre outros) nos que muitos cai\u00e7aras vendessem munic\u00edpios de Itanha\u00e9m, Peru\u00edbe, Iguape, Cananeia e Ilha Compri- seus terrenos por pre\u00e7os irris\u00f3- da, no estado de S\u00e3o Paulo. rios, o que, muitas vezes, os le- vou a migrar para a periferia das cidades litor\u00e2neas. 226 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","3 Unidades espaciais do Instituto Butantan\/Secom Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Centro-Sul Comente com a turma que, apesar da grande riqueza pro- Por ser a parte do territ\u00f3rio nacional de maior ocupa\u00e7\u00e3o populacional, o Centro-Sul duzida na regi\u00e3o Centro-Sul, a apresenta muitos contrastes internos, uma vez que as grandes disparidades regionais, distribui\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o no em geral, s\u00e3o obra da sociedade humana, e n\u00e3o da natureza. espa\u00e7o \u00e9 desigual, uma vez que o desenvolvimento econ\u00f4mico, No Centro-Sul, localiza-se a megal\u00f3pole brasileira, o chamado \u201ccentro econ\u00f4mico\u201d pol\u00edtico, cient\u00edfico e tecnol\u00f3gico do pa\u00eds, al\u00e9m de \u00e1reas industrializadas e com agricultura moderna, ao lado de \u00e1reas n\u00e3o ocorreu de modo uniforme pouco industrializadas e com agricultura tradicional. no territ\u00f3rio que abrange esse complexo regional. \u00c9 nessa regi\u00e3o que est\u00e3o instalados importantes centros de pesquisa cient\u00edfica e tecnol\u00f3gica, como o Instituto Butantan (SP) e a Funda\u00e7\u00e3o Oswaldo Cruz\/Fiocruz (RJ), Texto complementar bem como universidades nacionais de excel\u00eancia, o que explica o desenvolvimento de tecnologia de ponta em alguns setores. Os centros financeiros, informacionais e cul- S\u00e3o Paulo \u00e9 cidade turais se destacam particularmente em S\u00e3o Paulo. mais influente da Am\u00e9rica Latina em Funcion\u00e1rio do Instituto Butantan, no munic\u00edpio de S\u00e3o Paulo (SP). ranking global \u00c9 tamb\u00e9m no Centro-Sul que est\u00e1 Bras\u00edlia, a capital federal do Brasil. Esse con- S\u00e3o Paulo foi considerada junto de atributos explica por que essa regi\u00e3o \u00e9, muitas vezes, considerada centro a cidade mais influente da econ\u00f4mico, pol\u00edtico, tecnol\u00f3gico e cultural do pa\u00eds. Seu raio de atua\u00e7\u00e3o extrapola as Am\u00e9rica Latina em um fronteiras do territ\u00f3rio nacional, pois exerce influ\u00eancia em grande parte da Am\u00e9rica ranking que avaliou 50 metr\u00f3- Latina e at\u00e9 mesmo em outras regi\u00f5es do globo. poles globais. [\u2026] A capital paulista aparece na 23a posi- Podemos identificar as seguintes unidades no Centro-Sul do Brasil: megal\u00f3pole, \u00e7\u00e3o \u2013 a cidade latino-ameri- Zona da Mata mineira, Grande Belo Horizonte, Quadril\u00e1tero Ferr\u00edfero, Tri\u00e2ngulo Minei- cana mais bem posicionada. ro, por\u00e7\u00e3o sul de Goi\u00e1s, o sul do pa\u00eds e outras \u00e1reas. O estudo foi elaborado pela Civil Service College de Cinga- Megal\u2014pole pura e a Chapman University. \u00c9 uma \u00e1rea que abrange desde a Grande S\u00e3o Paulo at\u00e9 a Grande Rio de Janeiro, As cidades foram avaliadas englobando a regi\u00e3o de Campinas e a Baixada Santista \u2013 onde se localizam o porto de em oito categorias, que con- Santos, o principal do pa\u00eds, e v\u00e1rias ind\u00fastrias (sider\u00fargicas e petroqu\u00edmicas). sideraram conectividade a\u00e9- rea, diversidade, investimento estrangeiro direto, sedes de empresas, produ\u00e7\u00e3o de ser- vi\u00e7os, servi\u00e7os financeiros, tecnologia e m\u00eddia, e domi- na\u00e7\u00e3o industrial. Nenhuma outra cidade bra- sileira apareceu no ranking. \u201cS\u00e3o Paulo \u00e9 o cora\u00e7\u00e3o eco- n\u00f4mico da maior economia da Am\u00e9rica do Sul, e tem a maior bolsa de valores (da regi\u00e3o). A maior cidade e a capital comercial do Brasil se tornou sede da opera\u00e7\u00e3o de v\u00e1rias empresas para a Am\u00e9- rica Latina, apesar da l\u00edngua, crime e outros problemas\u201d, disse o estudo. [\u2026] BBC BRASIL. S\u00e3o Paulo \u00e9 cidade mais influente da Am\u00e9rica Latina em ranking global, 19 ago. 2014. Dispon\u00edvel em: <www. bbc.com\/portuguese\/ noticias\/2014\/08\/140819_ cidade_influente_saopaulo_ hb>. Acesso em: 30 set. 2018. Centro-Sul \u2022 CAP\u00cdTULO 11 227 227MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas A megal\u00f3pole se estende ao longo da rodovia Presidente Dutra, principal eixo de liga\u00e7\u00e3o entre as duas maiores metr\u00f3poles brasileiras. Observe o mapa abaixo. Ao falar sobre o conte\u00fado re- ferente \u00e0 megal\u00f3pole, pode ser A megal\u2014pole brasileira exibida uma imagem de sat\u00e9li- te noturna que mostre o trecho 47\u00ba O MINAS GERAIS Rodovi representado no mapa. Desse Portal de Mapas\/Arquivo da editora modo, ficar\u00e1 mais clara a rela- RIO DE \u00e7\u00e3o entre a presen\u00e7a de gran- des ind\u00fastrias e a exist\u00eancia de JANEIRO uma ampla rede de transportes e comunica\u00e7\u00f5es nas cidades da Cruzeiro Pres. Dutra Volta Redonda Duque regi\u00e3o. Essa abordagem possibi- a de Caxias lita que sejam trabalhadas as ha- Paul\u00ednia Barra bilidades EF07GE07, EF07GE08 Mansa e EF07GE09. Lorena Angra Nova Igua\u00e7u dos Reis Comente com os alunos que a Campinas Guaratinguet\u00e1 constru\u00e7\u00e3o da rodovia Presiden- te Dutra, em meados do s\u00e9culo Pindamonhangaba XX, teve um grande impacto no processo de urbaniza\u00e7\u00e3o e de S\u00c3O PAULO Rio de Niter\u00f3i industrializa\u00e7\u00e3o do Vale do Pa- Jundia\u00ed Janeiro ra\u00edba. Destaque a funda\u00e7\u00e3o da S\u00e3o Jos\u00e9 Taubat\u00e9 Companhia Sider\u00fargica Nacio- dos Campos nal, em Volta Redonda (RJ); o estabelecimento de centros de Rodovia OCEANO desenvolvimento tecnol\u00f3gico Carvalho Pinto ATL\u00c2NTICO e estrat\u00e9gico, em S\u00e3o Jos\u00e9 dos Campos (SP), como o Departa- Guarulhos Jacare\u00ed mento de Ci\u00eancia e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto S\u00e3o Paulo Rodovia Ayrton Senna Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio Tecnol\u00f3gico de Aeron\u00e1utica (ITA), Avibras Ind\u00fastria Aeroespacial e a Mogi das Cruzes S\u00e3o Capital de estado Petroqu\u00edmica Empresa Brasileira de Aeron\u00e1uti- Sebasti\u00e3o Cidade importante Ind\u00fastrias variadas ca (Embraer); e a constru\u00e7\u00e3o das S\u00e3o Bernardo Santo Andr\u00e9 Limite da megal\u00f3pole Sider\u00fargica usinas nucleares da Central Nu- do Campo N Rodovia importante Ind\u00fastria aeron\u00e1utica clear Almirante \u00c1lvaro Alberto em Outras rodovias e de armamentos Angra dos Reis (RJ). Al\u00e9m disso, Cubat\u00e3o Limite estadual Ind\u00fastria naval acrescente que tamb\u00e9m se ins- Santos Porto Ind\u00fastria automobil\u00edstica talaram ind\u00fastrias dos ramos de Principais \u00e1reas de Usina nuclear transporte e petroqu\u00edmico, com OL concentra\u00e7\u00e3o industrial intensa presen\u00e7a de empresas multinacionais. 0 30 60 km S Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geogr\u00e1\ufb01co escolar. Rio de Janeiro, 2012. Na megal\u00f3pole predomina a atividade industrial, com os estabelecimentos fabris Hortigranjeiro: relativo mais modernos do pa\u00eds. A\u00ed tamb\u00e9m se encontra um \u201ccintur\u00e3o verde\u201d, \u00e1rea hortigranjeira \u00e0 \u00e1rea onde se cultivam ao redor da cidade de Mogi das Cruzes, que abastece at\u00e9 o Rio de Janeiro. Uma zona de hortali\u00e7as e legumes pecu\u00e1ria leiteira est\u00e1 instalada nos diversos munic\u00edpios que comp\u00f5em o Vale do Para\u00edba, e se criam aves e outros \u00e1rea ao redor da rodovia Presidente Dutra (e do rio Para\u00edba do Sul) que abrange terras animais. paulistas e fluminenses. O Vale do Para\u00edba, onde se destacam as cidades de S\u00e3o Jos\u00e9 dos Campos, Jacare\u00ed, Taubat\u00e9, Guaratinguet\u00e1, Pindamonhangaba (estado de S\u00e3o Paulo), Angra dos Reis, Barra Mansa e Volta Redonda (estado do Rio de Janeiro), tamb\u00e9m sedia um importan- te parque industrial, com ind\u00fastrias automobil\u00edstica, qu\u00edmica, aeron\u00e1utica, de arma- mentos, sider\u00fargica, entre outras. Rubens Chaves\/Pulsar Imagens Cesar Diniz\/Pulsar Imagens Do Cintur\u00e3o Verde fazem parte as cidades de Aruj\u00e1, Biritiba-Mirim, Vista a\u00e9rea de Parque Industrial de S\u00e3o Jos\u00e9 dos Campos (SP), Guararema, Mogi das Cruzes, Sales\u00f3polis, Santa Isabel, Suzano, em 2017. entre outras. Os destaques s\u00e3o a produ\u00e7\u00e3o de flores e os cultivos de verduras, hortali\u00e7as e cogumelos. Na foto, cultivo de alface em Biritiba-Mirim, em 2016. 228 UNIDADE 4 \u2022 Brasil: diversidades regionais 228 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Zona da Mata mineira Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Localiza-se na por\u00e7\u00e3o sudeste de Utilize um mapa de Minas Ge- Minas Gerais. Nessa \u00e1rea destaca-se a rais para auxiliar os alunos na cidade de Juiz de Fora, onde a industria- localiza\u00e7\u00e3o das regi\u00f5es apre- liza\u00e7\u00e3o avan\u00e7ou significativamente nas sentadas: Zona da Mata mineira, \u00faltimas d\u00e9cadas, com ind\u00fastrias meta- Grande Belo Horizonte, Quadril\u00e1- l\u00fargica, automobil\u00edstica, t\u00eaxtil e move- tero Ferr\u00edfero e Tri\u00e2ngulo Minei- leira. A Zona da Mata mineira ainda se ro. Al\u00e9m disso, \u00e9 interessante destaca como uma \u00e1rea agr\u00edcola e de selecionar fotografias de cada pecu\u00e1ria leiteira, abastecendo, princi- uma dessas regi\u00f5es para exibir palmente, a Grande Rio de Janeiro e a aos alunos. Desse modo, pode- Grande Belo Horizonte. r\u00e1 ser estimulado o desenvolvi- mento da habilidade EF07GE09 Grande Belo Horizonte e da CECHEF7. e Quadril\u00e1tero Ferr\u00edfero Texto complementar A Grande Belo Horizonte \u00e9 uma \u00e1rea de intenso dinamismo industrial, com em- presa automobil\u00edstica e ind\u00fastrias variadas (metal\u00fargica, mec\u00e2nica, entre outras). No A trajet\u00f3ria da Quadril\u00e1tero Ferr\u00edfero, \u00e1rea vizinha a Belo Horizonte, destacam-se as cidades de Sa- industrializa\u00e7\u00e3o de bar\u00e1, Congonhas, Santa B\u00e1rbara, Mariana e Ouro Preto. Minas \u00c9 a regi\u00e3o que mais produz min\u00e9rio de ferro no Brasil, escoado por ferrovia at\u00e9 o [\u2026] na d\u00e9cada de 1940 [\u2026] porto de Tubar\u00e3o, em Vit\u00f3ria, no Esp\u00edrito Santo, e de l\u00e1 exportado. Na Grande Belo Hori- o prefeito de Belo Horizonte, zonte, tamb\u00e9m se pratica a atividade sider\u00fargica. Juscelino Kubitschek, depois Rubens Chaves\/Pulsar Imagens Ordenha de vaca na zona governador, e o presidente Ronaldo Almeida\/Tybarural do munic\u00edpio deVargas apostaram na cria\u00e7\u00e3o Guarani (MG), em 2018. de empresas que trouxessem investimentos e empregos Nessa unidade do Centro-Sul, para o estado. [\u2026] em 1941, tamb\u00e9m se destacam as [surgiu], na regi\u00e3o metropo- cidades hist\u00f3ricas de Minas litana da capital, o primeiro Gerais, como Ouro Preto, distrito industrial planejado Mariana e Tiradentes, que do pa\u00eds, em Contagem, com recebem muitos turistas linhas f\u00e9rreas desviadas pa- todos os anos. Na foto, vista ra atender \u00e0s novas empresas parcial de Ouro Preto (MG), que ali se instalavam. Na d\u00e9- em 2016. cada seguinte, [\u2026] foi criada a Cemig, primeira estatal de Tri\u00e2ngulo Mineiro Gado de corte: gado energia que abriria a porta destinado ao para atrair outros empreen- \u00c1rea sudoeste de Minas Gerais, onde se destacam as cidades de Uberl\u00e2ndia fornecimento de carne. dimentos. Na mesma linha, e Uberaba. O Tri\u00e2ngulo Mineiro \u00e9 uma regi\u00e3o agr\u00edcola e pecuarista, com gado de em 1954, Vargas e JK par- corte, embora a atividade comercial e a industrializa\u00e7\u00e3o venham se expandindo ticipariam da inaugura\u00e7\u00e3o consideravelmente desde os anos 1980. da Companhia Sider\u00fargica Mannesmann, no Barreiro. Centro-Sul \u2022 CAP\u00cdTULO 11 229 Nos anos 1960, o apoio ins- titucional do governo minei- ro, por meio da cria\u00e7\u00e3o do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), passaria a ser decisivo para trazer outras grandes empre- sas. Dois anos depois [\u2026], a Usiminas se instalava em Ipa- tinga, na regi\u00e3o que ficaria conhecida como Vale do A\u00e7o. [\u2026] Em 1976, [\u2026] [houve] a inaugura\u00e7\u00e3o da f\u00e1brica da Fiat, em Betim [\u2026]. A mon- tadora italiana foi a primeira a produzir ve\u00edculos no estado, que ganharia novas f\u00e1bricas automotivas nas d\u00e9cadas se- guintes [...]. FONSECA, Marcelo da. A trajet\u00f3ria da industrializa\u00e7\u00e3o de Minas nas p\u00e1ginas do EM. Estado de Minas, 5 mar. 2018. Dispon\u00edvel em: <www.em.com.br\/app\/ noticia\/90-anos\/2018\/03\/05\/ interna_90_anos,941901\/a- trajetoria-da-industrializacao- de-minas-nas-paginas-do-em. shtml>. Acesso em: 30 set. 2018. 229MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Adriano Kirihara\/Pulsar ImagensPor\u00e7\u00e3o sul de Goi\u00e1s Z\u00e9 Paiva\/Pulsar Imagens Se poss\u00edvel, mostre aos alu- Formada por \u00e1reas vizinhas a Goi\u00e2nia, An\u00e1polis e Bras\u00edlia, a por\u00e7\u00e3o sul de Goi\u00e1s \u00e9 nos algumas fotos dos munic\u00ed- uma regi\u00e3o agr\u00edcola que se destaca pelo cultivo de arroz, soja, milho e trigo, al\u00e9m de pios citados no texto, bem como muitas atividades industriais e comerciais. um mapa que mostre onde se localizam. Apresente fotogra- Lavoura de milho sendo fias da arquitetura das cidades irrigada no munic\u00edpio de do Vale do Itaja\u00ed, da Regi\u00e3o Ser- Cristalina (GO), em 2016. rana do Rio Grande do Sul e da Campanha Ga\u00facha, para que os Sul da regi\u00e3o alunos percebam as heran\u00e7as das imigra\u00e7\u00f5es alem\u00e3 e italiana. A por\u00e7\u00e3o sul dessa regi\u00e3o, que coincide com a regi\u00e3o Sul do Brasil, \u00e9 uma \u00e1rea que Desse modo, ser\u00e1 estimulado o abrange os tr\u00eas estados meridionais do pa\u00eds (Paran\u00e1, Santa Catarina e Rio Grande do desenvolvimento das habilidades Sul). Nela tamb\u00e9m podemos incluir a maior parte do estado de S\u00e3o Paulo, que possui EF07GE04 e EF07GE09, al\u00e9m muitas caracter\u00edsticas comuns com esses tr\u00eas estados sulinos: forte presen\u00e7a de da CECHEF7. imigrantes e de seus descendentes; agropecu\u00e1ria moderna; grande n\u00famero de cidades m\u00e9dias pr\u00f3speras, com ind\u00fastrias variadas (principalmente agroind\u00fastria). Costuma-se Texto complementar dividir essa parte meridional do pa\u00eds nas seguintes unidades espaciais: Origem, estrutura \u2022 Campanha Ga\u00facha ou regi\u00e3o dos Pampas: Regi\u00e3o de pecu\u00e1ria moderna, com urbana regional e papel funcional das gado selecionado, e agricultura que utiliza t\u00e9cnicas mais adequadas, destacan- principais cidades do do-se os cultivos de trigo, soja e arroz. Sobressaem as cidades de Bag\u00e9, Uru- eixo Bras\u00edlia-An\u00e1polis- guaiana, Sant\u2019Ana do Livramento, Alegrete, S\u00e3o Borja e outras. -Goi\u00e2nia \u2022 Vale do Itaja\u00ed, em Santa Catarina: [\u2026] O eixo Bras\u00edlia-An\u00e1- polis-Goi\u00e2nia, estruturado Regi\u00e3o de coloniza\u00e7\u00e3o alem\u00e3, com a partir da BR 060, teve sua predom\u00ednio de pequenas e m\u00e9dias origem quando da constru- propriedades agr\u00edcolas, que prati- \u00e7\u00e3o, primeiro da capital goia- cam a policultura associada \u00e0 pe- na inaugurada em 1942 e, 18 cu\u00e1ria. A\u00ed se localizam muitas in- anos depois, da capital fede- d\u00fastrias t\u00eaxteis e aliment\u00edcias, ral em 1960. O crescimento entre outras. Destacam-se as ci- acelerado das duas cidades e dades de Blumenau e Itaja\u00ed. Pode- seus conseguintes processos mos ainda apontar as regi\u00f5es vi- de metropoliza\u00e7\u00e3o, impulsio- zinhas de Joinville, mais ao norte, nados pelo desenvolvimen- e Brusque, mais ao sul. to da administra\u00e7\u00e3o p\u00fablica e dos servi\u00e7os nas duas ca- Vista da Praia Brava, em Itaja\u00ed (SC), em 2017. pitais, al\u00e9m dos avan\u00e7os da A regi\u00e3o de Itaja\u00ed atrai turistas do Brasil inteiro. agricultura mecanizada no campo de Goi\u00e1s, s\u00e3o as cau- 230 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais sas fundamentais da conso- lida\u00e7\u00e3o do eixo. NEGRET FERNANDEZ, Fernando; BRAND\u00c3O, Lorena S. Origem, estrutura urbana regional e papel funcional das principais cidades do eixo Bras\u00edlia-An\u00e1polis-Goi\u00e2nia. Revista Pol\u00edtica e Planejamento Regional, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, p. 105, jan.\/jun. 2017. Dispon\u00edvel em: <www.revistappr.com.br\/ sumario_ant.php?id=MTk=>. Acesso em: 1o out. 2018. Atividade complementar mapa) a ser entregue em data previamente combinada. Essa ativi- dade mobiliza a CEGEF5, a CGEB2, a CGEB4, a CGEB9 e a CGEB10. Proponha aos alunos uma atividade em grupo de pesquisa sobre a hist\u00f3ria da imigra\u00e7\u00e3o alem\u00e3 e italiana em Santa Catarina \u2013 no Vale do Itaja\u00ed \u2013, e no Rio Grande do Sul \u2013 na Regi\u00e3o Serrana e na Campanha Ga\u00facha \u2013, buscando informa\u00e7\u00f5es sobre quando os primeiros navios chegaram, o per\u00edodo de maior fluxo migrat\u00f3rio, a forma como se deu a coloniza\u00e7\u00e3o, a regi\u00e3o de origem dos imigrantes, se estes se espa- lharam por outras \u00e1reas dos estados (ou permaneceram no mesmo local) e a quantidade estimada de descendentes hoje. Ap\u00f3s obterem esses dados, incentive-os a elaborar um infogr\u00e1fico (incluindo um 230 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Tales Azzi\/Pulsar Imagens \u2022 Regi\u00e3o Serrana do Rio Grande do Sul: \u00c1rea de coloniza\u00e7\u00e3o italiana e principal Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas centro vin\u00edcola do pa\u00eds. As videiras marcam a paisagem em torno das cidades Comente com a turma que a de Bento Gon\u00e7alves, principalmente, al\u00e9m de Garibaldi e Caxias do Sul, a maior expans\u00e3o da economia cafeeira, cidade da regi\u00e3o, com consider\u00e1vel atividade industrial. no in\u00edcio do s\u00e9culo XX, possibi- litou o crescimento de cidades Planta\u00e7\u00e3o de uva em Bento como Maring\u00e1 e Londrina. Mais Gon\u00e7alves (RS), em 2017. tarde, essas cidades passaram por um processo de moderni- \u2022 Vale do Ribeira: Localizado na parte sudeste do estado de S\u00e3o Paulo, ao redor za\u00e7\u00e3o da agricultura, sobretudo com o cultivo do trigo e da soja. do rio Ribeira de Iguape. \u00c9 a \u00e1rea menos desenvolvida do estado, praticamen- te sem ind\u00fastrias, com destaque para os cultivos de banana e ch\u00e1, este \u00faltimo Texto complementar introduzido por imigrantes japoneses. O processo hist\u00f3rico de \u2022 Norte do Paran\u00e1: \u00c1rea onde se destacam as cidades de Londrina e Maring\u00e1. O moderniza\u00e7\u00e3o da agricultura no norte do caf\u00e9 foi a grande riqueza da regi\u00e3o at\u00e9 os anos 1970. Com a diminui\u00e7\u00e3o dr\u00e1s- Paran\u00e1 tica desse plantio, existe atualmente na regi\u00e3o forte presen\u00e7a de outras cultu- ras (algod\u00e3o, trigo, amendoim, soja) e tamb\u00e9m de atividades industriais, ligadas O que se convencionou cha- sobretudo \u00e0 agroind\u00fastria. mar regi\u00e3o Norte do Para- n\u00e1 chegou a ser confundida Marco Antonio S\u00e1\/Pulsar Imagens com o territ\u00f3rio do caf\u00e9 no Estado. A exist\u00eancia de ter- ras f\u00e9rteis de Latossolo Ro- xo vendidas em condi\u00e7\u00f5es favor\u00e1veis por companhias imobili\u00e1rias inglesas e japo- nesas e tamb\u00e9m pelo governo do Estado igualmente favo- receram a territorializa\u00e7\u00e3o da atividade cafeeira nessa regi\u00e3o, com predomin\u00e2ncia de estratos de \u00e1rea de at\u00e9 100 hectares. Uma leva de mi- grantes vindos do Sudeste, do Nordeste do Brasil e de outros pa\u00edses (como no caso da imigra\u00e7\u00e3o japonesa) fluiu para a regi\u00e3o, com a gana de tornarem-se propriet\u00e1rios fundi\u00e1rios ou em busca de empregos agr\u00edcolas que de- mandavam massivamente a atividade cafeeira. EDUARDO, M\u00e1rcio F. O processo de moderniza\u00e7\u00e3o da agricultura no Norte do Paran\u00e1: contradi\u00e7\u00f5es na rela\u00e7\u00e3o cidade-campo no contexto do programa \u201cvilas rurais\u201d. In: Encontro Nacional de geografia Agr\u00e1ria, 21. Anais Encontro Nacional de geografia Agr\u00e1ria, 21. Uberl\u00e2ndia-MG, 16 a 19 de outubro de 2012. p. 2. Dispon\u00edvel em: <www. lagea.ig.ufu.br\/xx1enga\/anais_ enga_2012\/eixos\/1128_1.pdf>. Acesso em: 1o out. 2018. No Vale do Ribeira, destaca-se o cultivo de banana. Na foto, bananeiras no munic\u00edpio de Eldorado (SP), em 2016. Centro-Sul \u2022 CAP\u00eaTULO 11 231 Para aprofundar Novos termos de um velho debate: a industrializa\u00e7\u00e3o do Vale do Itaja\u00ed na historiografia e na economia pol\u00edtica catarinense MANDELLI, Bruno. Revista Santa Catarina em Hist\u00f3ria, Florian\u00f3polis, v. 11, n. 1, p. 53-67, 2017. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/seer.cfh.ufsc.br\/index. php\/sceh\/article\/view\/933>. Acesso em: 1\u00ba out. 2018. O artigo trabalha a forma como o processo de industrializa\u00e7\u00e3o do Vale do Itaja\u00ed foi analisado nas pesquisas desde a d\u00e9cada de 1960 at\u00e9 o in\u00edcio do s\u00e9culo XXI, evidenciando semelhan\u00e7as e diferen\u00e7as de abordagem e perspectiva. 231MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \u2022 Interior de S\u00e3o Paulo: \u00c1rea que, Thomaz Vita Neto\/Pulsar Imagens Ao trabalhar o conte\u00fado sobre desde os anos 1980, vem cres- Colheita mecanizada de cana-de-a\u00e7\u00facar no munic\u00edpio de Planalto (SP), em 2016. o interior de S\u00e3o Paulo, utilize um cendo mais que a Grande S\u00e3o mapa rodovi\u00e1rio para mostrar Paulo. Encontram-se muitas ci- aos alunos que a maior parte das dades m\u00e9dias com razo\u00e1vel par- m\u00e9dias cidades mencionadas se que industrial e intensa atividade encontra \u00e0s margens de grandes agropecu\u00e1ria (cana-de-a\u00e7\u00facar, rodovias. Aproveite o momento principalmente, e tamb\u00e9m laran- para questionar os alunos se foi ja, algod\u00e3o, uva, figo, milho, to- somente a partir da constru\u00e7\u00e3o mate, amendoim, caf\u00e9, entre das rodovias que o Oeste Paulis- outros produtos). Podemos citar ta passou a ser ocupado. \u00c9 im- como principais capitais regio- portante que os alunos saibam nais dessa \u00e1rea as cidades de que n\u00e3o. Essa por\u00e7\u00e3o do esta- Ribeir\u00e3o Preto, S\u00e3o Jos\u00e9 do Rio do de S\u00e3o Paulo foi ocupada em Preto, Franca, Limeira, Mar\u00edlia, fun\u00e7\u00e3o da expans\u00e3o da cultura Presidente Prudente, Bauru, Pi- cafeeira, cuja produ\u00e7\u00e3o foi inicial- racicaba e Sorocaba. mente transportada por ferrovias \u2013 as rodovias foram constru\u00eddas \u2022 Vale do Tubar\u00e3o, em Santa Catarina: \u00c1rea famosa pela produ\u00e7\u00e3o de carv\u00e3o posteriormente. Essa abordagem possibilita o desenvolvimento da mineral, onde se destacam as cidades de Tubar\u00e3o e Crici\u00fama. habilidade EF07GE07. Luciana Whitaker\/Pulsar Imagens Atividade complementar Proponha aos alunos, em gru- pos, que pesquisem em jornais, revistas e na internet problemas ambientais da atividade de extra- \u00e7\u00e3o de carv\u00e3o mineral em Santa Catarina. Em data combinada, oriente os alunos a compartilhar as informa\u00e7\u00f5es obtidas. Desse modo, eles ser\u00e3o estimulados a desenvolver a CGEB2, a CE- CHEF3 e a CEGEF2. O vale do rio Tubar\u00e3o, em Santa Catarina, conta com a maior produ\u00e7\u00e3o de carv\u00e3o mineral do pa\u00eds. Na foto, minas de carv\u00e3o mineral em Sider\u00f3polis (SC), em 2016. O Pantanal Andre Dib\/Pulsar Imagens O Pantanal Mato-Grossense \u00e9 uma \u00e1rea de plan\u00edcie fluvial banhada pelo rio Paraguai e afluentes, em grande parte inundada periodicamente pelas \u00e1guas das chuvas. \u00c9 uma regi\u00e3o com um bioma riqu\u00edssimo em biodiversidade. Vista a\u00e9rea das lagoas no Pantanal, em Corumb\u00e1 (MS). Foto de 2017. 232 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais 232 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","O Pantanal pode ser considerado uma esp\u00e9cie de periferia do Centro-Sul, com Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas pecu\u00e1ria extensiva de corte, cujo gado \u00e9 engordado nas invernadas (\u00e1reas de pastagem para a engorda do gado antes do abate) que se localizam nas cidades de Ara\u00e7atuba, Texto e a\u00e7\u00e3o Presidente Prudente e Andradina, no estado paulista, para depois abastecer a regi\u00e3o metropolitana de S\u00e3o Paulo. Observe o mapa abaixo e repare, no detalhe, a localiza\u00e7\u00e3o Atividade 1: \u00c9 importante que do Pantanal no Brasil. os alunos saibam que megal\u00f3po- le \u00e9 uma \u00e1rea urbana densamen- Pantanal Mato-Grossense te povoada, onde quase n\u00e3o h\u00e1 propriedades rurais. 55\u00ba\u00a0O Portal de Mapas\/Arquivo da editora Rio Paraguai Atividade 2, item b: Avalie se SSaenrtraa Bd\u00e1erbara ab\u00e1Cuiab\u00e1 MATO GROSSO o aluno reconhece que as tr\u00eas o Rondon\u00f3polis regi\u00f5es geoecon\u00f4micas \u2013 Nor- N tesC\u00e1ceresV\u00e1rzeaRio Corren deste, Centro-Sul e Amaz\u00f4nia OL Grande \u2013 dependem umas das outras, embora o Centro-Sul exer\u00e7a maior Rio Coxia Gran PocRoRnioi\u00e9oCSu\u00e3ioSeLroruarAeznu\u00e7l influ\u00eancia econ\u00f4mica sobre as demais devido, principalmente, \u00e0 atividade industrial muito maior. Porto Jofre Rio Piquiri de Rio Taquari Pedro GOI\u00c1S Gomes S BOL\u00cdVIA 0 80 160 km Corumb\u00e1 Rio Capivari Coxim Rio Verde de Mato Grosso Lad\u00e1rio Vazante MATO GROSSO Rio Apor\u00e9 Rio DO SUL Serra do Rio Negro MINAS Urucum Camapu\u00e3 GERAIS Rio Negro Rio Aquidauana Rio Sucuri\u00fa 20\u00ba\u00a0S Miranda Rio Verde S\u00c3O PAULO PARAGUAI Rio Brilhante Rio Miranda Serra da Bodoque Aquidauana Campo Grande Pantanal Rio Paraguai Bonito Rio Pardo Tr\u00eas Lagoas Capital de estado na Maracaju Rio Vacaria Principais cidades Porto Murtinho Dourados Rodovias Estradas de ferro Rio Apa Ponta Por\u00e3 Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geogr\u00e1\ufb01co escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 178. Texto e a\u00e7\u00e3o 1 O que \u00e9 uma megal\u00f3pole? Resposta pessoal. 2. a) Resposta esperada: Portos: Santos, S\u00e3o Sebasti\u00e3o, Angra dos Reis e Rio de Janeiro; cidade com ind\u00fastrias sider\u00fargicas: Volta Redonda (RG); cidades com ind\u00fastrias navais: Santos, 2 Analise o mapa da p\u00e1gina 228: observe o t\u00edtulo, a legenda, a distribui\u00e7\u00e3o dos s\u00edmbolos, a escala e a rosa dos ventos e fa\u00e7a o que se pede. 3. a) Al\u00e9m das cidades de Corumb\u00e1 (MS), Lad\u00e1rio (MS) e Porto Jofre (MT), que est\u00e3o dentro da mancha verde que indica o Pantanal no mapa, outras a) Identifique: cidades localizadas nos seus arredores tamb\u00e9m podem ser citadas: Pocon\u00e9 (MT), C\u00e1ceres (MT), Miranda (MS), Porto Murtinho (MS) e Aquidauana (MS). \u2022 portos importantes; \u2022 cidades com usinas nucleares; \u2022 cidade com ind\u00fastria sider\u00fargica; \u2022 principais \u00e1reas industriais; \u2022 cidades com ind\u00fastrias navais; \u2022 tr\u00eas cidades localizadas ao longo da via Dutra. b) Comente a lideran\u00e7a econ\u00f4mica que o Centro-Sul exerce sobre os demais complexos regionais do pa\u00eds. Resposta pessoal. 3 Analise o mapa desta p\u00e1gina e responda \u00e0s quest\u00f5es: a) Quais s\u00e3o os principais munic\u00edpios que se localizam na \u00e1rea ocupada pelo Pantanal? Escreva no caderno o nome deles e, ao lado, o estado ao qual pertencem. 3. b) Serra da Bodoquena e Serra Azul. b) Que serras est\u00e3o localizadas nessa \u00e1rea e nas suas proximidades? 3. c) Principalmente o rio Paraguai, al\u00e9m dos rios Taquari, Miranda, Negro, c) Quais s\u00e3o os rios que atravessam essa \u00e1rea? Aquidauana, Capivari, Vazante, S\u00e3o Louren\u00e7o e Piquiri. Angra dos Reis e Rio de Janeiro; com usinas nucleares: Angra dos Reis; principais \u00e1reas industriais: S\u00e3o Paulo, S\u00e3o Bernardo do Campo, Santo Andr\u00e9, Nova Igua\u00e7u, Duque de Caxias, Rio de Janeiro e Niter\u00f3i; cidades importantes ao longo da Dutra: Jacare\u00ed, S\u00e3o Jos\u00e9 dos Campos, Taubat\u00e9, Guaratinguet\u00e1, Barra Mansa, etc. Centro-Sul \u2022 CAP\u00eaTULO 11 233 233MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Geolink 2 Converse com os alunos sobre Leia o texto a seguir. o texto e oriente-os a observar a fotografia. ONG aponta desmatamento no Pantanal para pecu\u00e1ria e agricultura Informe-os de que, ao moni- A preocupa\u00e7\u00e3o com o avan\u00e7o do desmatamento e uso da \u00e1rea do Pantanal para cria\u00e7\u00e3o de gado e agricultura torar o desmatamento de uma foram discutidos durante um semin\u00e1rio nesta quarta-feira [10\/05\/2017] naAssembleia Legislativa de Mato Grosso, \u00e1rea, uma das principais tarefas em Cuiab\u00e1. \u00e9 comparar e interpretar ima- gens de sat\u00e9lite dessa regi\u00e3o Um mapeamento divulgado pelo Instituto Socioambiental da Bacia do Alto Paraguai SOS Pantanal mostra que ao longo de determinado per\u00edo- 15% do territ\u00f3rio do Pantanal \u00e9 ocupado atualmente por pastagem. Os dados mostram tamb\u00e9m que pouco mais de do. Al\u00e9m disso, o conhecimento 84% da \u00e1rea do Pantanal est\u00e1 preservada. [...] pr\u00e9vio sobre a \u00e1rea fotografada possibilita uma interpreta\u00e7\u00e3o Durante o Semin\u00e1rio o instituto tamb\u00e9m divulgou o Atlas do Pantanal, um amplo monitoramento sobre o des- mais rica e certeira, que pode matamento na Bacia do Alto Paraguai (BAP) entre os anos de 2014 e 2016, al\u00e9m de dados desde 2002. ainda ser ampliada por meio de um trabalho de campo. Segundo Eduardo Reis Rosa, analista de geoprocessamento que participou do mapeamento, as imagens e le- vantamentos foram feitos entre os anos de 2002 e 2016. O estudo mostra \u00e1reas naturais que viraram pastagem ou Atividade 1: Designa modifi- agricultura e outras \u00e1reas que foram alteradas. O termo \u2018antropiza\u00e7\u00e3o\u2019, que \u00e9 a a\u00e7\u00e3o do ser humano sobre o meio ca\u00e7\u00f5es no meio ambiente pela ambiente, \u00e9 constantemente usado no levantamento. a\u00e7\u00e3o do ser humano. Neste ca- so, a pastagem \u00e9 um exemplo de \u201cHoje 15,7% da \u00e1rea do Pantanal est\u00e1 com pastagem. O planalto, que \u00e9 onde nascem os rios que v\u00e3o para o Pan- antropiza\u00e7\u00e3o, porque pressup\u00f5e tanal, est\u00e1 muito mais impactado em termos de remo\u00e7\u00e3o da cobertura natural vegetal. Essa antropiza\u00e7\u00e3o acaba a remo\u00e7\u00e3o da vegeta\u00e7\u00e3o original gerando sedimentos que v\u00e3o para os rios e causam assoreamento\u201d, disse. do planalto onde se localizam as nascentes dos rios que se diri- A \u00e1rea transformada tamb\u00e9m inclui as cordi- Luciano Candisani\/Minden Pictures\/Getty Images gem para o Pantanal. A pasta- lheiras, que s\u00e3o \u00e1reas de floresta que foram re- gem tamb\u00e9m est\u00e1 avan\u00e7ando movidas e viraram pastagem. O estudo perce- nas \u00e1reas de floresta. beu que h\u00e1 um crescimento e tend\u00eancia de au- mento na \u00e1rea de pastagem, a cada levanta- Atividade 2: Sim. De acordo mento feito. [...] com o texto, existem no Panta- nal pelo menos 3 500 esp\u00e9cies O Pantanal \u00e9 localizado na Bacia do Alto Pa- de plantas, 550 de aves, 124 de raguai (BAP) e \u00e9 constitu\u00eddo por uma plan\u00edcie mam\u00edferos, 80 de r\u00e9pteis, 60 de sedimentar de aproximadamente 160 mil quil\u00f4- anf\u00edbios e 260 de peixes de \u00e1gua metros quadrados. O maior territ\u00f3rio fica entre doce, o que revela uma grande os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, biodiversidade. Por essas raz\u00f5es, em uma regi\u00e3o que tamb\u00e9m abrange \u00e1reas na e pelo fato de ser a maior \u00e1rea Bol\u00edvia e Paraguai. \u00c9 a maior \u00e1rea \u00famida do pla- \u00famida do globo, foi reconhecido neta,reconhecido pela Unesco como Patrim\u00f4nio pela Unesco como Patrim\u00f4nio Na- Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera. tural da Humanidade e Reserva da Biosfera. [...] Existem no Pantanal pelo menos 3 500 Grande \u00e1rea de floresta desmatada para pastagem de gado em trecho do esp\u00e9cies de plantas, 550 de aves, 124 de mam\u00ed- Pantanal no Mato Grosso do Sul. Foto de 2015. Atividade 3: O Pantanal vem feros,80 de r\u00e9pteis,60 de anf\u00edbios e 260 esp\u00e9cies sofrendo graves impactos am- de peixes de \u00e1gua doce,sendo que algumas de- bientais, pois a antropiza\u00e7\u00e3o est\u00e1 las [est\u00e3o] em risco de extin\u00e7\u00e3o. acelerando o desmatamento do bioma. As atividades econ\u00f4micas, SOARES, Denise. ONG aponta desmatamento no Pantanal para pecu\u00e1ria e agricultura. G1, 10 maio 2017. como a agricultura e a pecu\u00e1ria, Dispon\u00edvel em: <http:\/\/g1.globo.com\/mato-grosso\/noticia\/ong-aponta-desmatamento-no-pantanal-para- contribuem para colocar em risco v\u00e1rias esp\u00e9cies, al\u00e9m de causar pecuaria-e-agricultura.ghtml>. Acesso em: 11 jul. 2018. assoreamento de rios e, assim, comprometer a biodiversidade. Agora, responda: Com o objetivo de desenvolver 1 O que significa o termo antropiza\u00e7\u00e3o? D\u00ea exemplos. a CECHEF2 e a CECHEF5, comen- te com os alunos que, al\u00e9m do 2 Segundo o texto, o Pantanal \u00e9 rico em biodiversidade? Por qu\u00ea? desmatamento do Pantanal em territ\u00f3rio brasileiro, tem avan\u00e7a- 3 O que, segundo o texto, vem ocorrendo no Pantanal em termos ambientais? do o desmatamento do Chaco (bioma que abrange \u00e1reas da 234 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais Argentina, Bol\u00edvia e Paraguai). Assim como o Pantanal, a pre- serva\u00e7\u00e3o do Chaco \u00e9 essencial para se manter o equil\u00edbrio da bacia hidrogr\u00e1fica do rio Paraguai. 234 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Outras \u00e1reas do Centro-Sul Royalty (plural royalties): Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas compensa\u00e7\u00e3o ou parte Existem ainda na regi\u00e3o outras \u00e1reas mais dif\u00edceis de serem individualizadas do lucro paga ao detentor Verifique se as caracter\u00edsticas ou que v\u00eam sofrendo grandes transforma\u00e7\u00f5es. Podemos citar, por exemplo: de um direito de das \u00e1reas apresentadas (norte propriedade (patente, do Rio de Janeiro e Esp\u00edrito San- \u2022 Norte do Rio de Janeiro e Esp\u00edrito Santo: Uma das \u00e1reas de ocupa\u00e7\u00e3o mais concess\u00e3o, processo de to; Mato Grosso do Sul) ficaram produ\u00e7\u00e3o, etc.). claras para a turma. antigas do Centro-Sul, com algumas \u00e1reas do estado de Minas Gerais. Existem Luciana Whitaker\/Pulsar Imagens imensos canaviais na regi\u00e3o. A explora\u00e7\u00e3o de petr\u00f3leo no litoral do Rio de Se julgar adequado, expli- Janeiro e no do Esp\u00edrito Santo modificou bastante a paisagem regional e au- que que os valores pagos em mentou o or\u00e7amento de muitos munic\u00edpios, gra\u00e7as ao recebimento de royalties royalties s\u00e3o calculados pe- pelo produto. riodicamente, considerando o volume da produ\u00e7\u00e3o de cada Canavial no munic\u00edpio de campo, o pre\u00e7o do petr\u00f3leo e a Campos de Goytacazes (RJ), taxa de c\u00e2mbio. Sendo assim, em 2016. o aumento da produ\u00e7\u00e3o nem sempre representar\u00e1 maior ar- Luciana Whitaker\/Pulsar Imagens recada\u00e7\u00e3o de royalties, pois a queda do pre\u00e7o do barril e\/ou a Cesar Diniz\/Pulsar Imagens Navio se aproxima de plataforma de desvaloriza\u00e7\u00e3o do real influen- petr\u00f3leo no norte do Rio de Janeiro, ciar\u00e3o negativamente. em 2018. Texto complementar \u2022 Mato Grosso do Sul: Nesse estado, a pecu\u00e1ria de corte e os cultivos de trigo e Arrecada\u00e7\u00e3o com royalties do petr\u00f3leo principalmente de soja expandiram-se significativamente nos \u00faltimos anos. cresce 62% no ano Destaca-se nessa \u00e1rea a cidade de Campo Grande. A valoriza\u00e7\u00e3o do d\u00f3lar e o Mato Grosso do Sul se destaca aumento dos pre\u00e7os interna- na produ\u00e7\u00e3o de cana, milho e cionais do barril de petr\u00f3leo soja. Na foto, vista a\u00e9rea de t\u00eam ajudado a fortalecer os Campo Grande (MS), em 2018. cofres p\u00fablicos em 2018. [\u2026] Ao todo, a Uni\u00e3o, Estados e Centro-Sul \u2022 CAP\u00eaTULO 11 235 munic\u00edpios j\u00e1 garantiram, nos oito primeiros meses do ano, R$ 34,756 bilh\u00f5es, 14% a mais do que toda a re- ceita levantada em 2017, de R$ 30,469 bilh\u00f5es. [\u2026] O professor da Universida- de Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e ex-diretor da ANP, H\u00e9lder Queiroz, explica que o ritmo de crescimento da ar- recada\u00e7\u00e3o surpreende, devido ao aumento inesperado dos pre\u00e7os internacionais do pe- tr\u00f3leo, para patamares acima dos US$ 75 (alta de 18% em rela\u00e7\u00e3o ao fim de 2017), e \u00e0 desvaloriza\u00e7\u00e3o do real ante o d\u00f3lar, em meio \u00e0s incertezas pol\u00edticas. Ele, contudo, prega cautela \u00e0 administra\u00e7\u00e3o p\u00fa- blica. [...] RAMALHO, Andr\u00e9. Arrecada\u00e7\u00e3o com royalties do petr\u00f3leo cresce 62% no ano. Valor Econ\u00f4mico, 17 set. 2018. Dispon\u00edvel em: <www. valor.com.br\/brasil\/5848561\/ arrecadacao-com-royalties-do- petroleo-cresce-62-no-ano>. Acesso em: 2 out. 2018. 235MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas CONEX\u00d5ES COM MATEM\u00c1TICA, HIST\u00d3RIA E L\u00cdNGUA PORTUGUESA Fa\u00e7a a an\u00e1lise do gr\u00e1fico com A vinda de imigrantes para o Brasil a partir do s\u00e9culo XIX foi essencial para o desenvolvimento econ\u00f4mico os alunos, de modo a estimular o do pa\u00eds. Leia os textos a seguir. desenvolvimento da habilidade EF07GE10. A atividade abarca a A imigra\u00e7\u2039o \u00e1rabe habilidade EF07GE02. Os povos \u00e1rabes emigraram, basicamente, por motivos religiosos e [...] econ\u00f4mico-sociais ligados \u00e0 estrutura Explique que muitos imigran- agr\u00e1ria dos pa\u00edses de origem. At\u00e9 a Segunda Guerra Mundial (1939-45), S\u00edria ou L\u00edbano, al\u00e9m de outros pa\u00edses tes \u00e1rabes eram chamados de \u00e1rabes, ainda n\u00e3o eram independentes; eles faziam parte do Imp\u00e9rio Otomano, controlado pelos turcos. Nele pre- \u201cturcos\u201d no Brasil, ainda no fim dominava a religi\u00e3o mu\u00e7ulmana, sendo que as comunidades crist\u00e3s da S\u00edria, L\u00edbano e Egito foram n\u00e3o somente do s\u00e9culo XIX, quando os primei- perseguidas pelos mu\u00e7ulmanos, como passaram por severos sofrimentos infringidos pelos turcos. O maior con- ros fluxos migrat\u00f3rios desses po- tingente de imigrantes, portanto, \u00e9 de crist\u00e3os, vindos em grande parte do L\u00edbano e da S\u00edria. [...] Ao lado do pro- vos chegaram. A regi\u00e3o que hoje blema religioso, a escassez de terras foi um fator importante de est\u00edmulo \u00e0 emigra\u00e7\u00e3o. A propriedade de pequenos corresponde ao L\u00edbano e \u00e0 S\u00edria lotes de terra ar\u00e1vel, onde o trabalho era feito pelo n\u00facleo familiar, come\u00e7ou a sofrer limites para a partilha entre era chamada de Grande S\u00edria, e os filhos, uma vez que o parcelamento chegara ao ponto de n\u00e3o mais suprir o sustento de novas fam\u00edlias. Diante se encontrava sob dom\u00ednio do desta realidade, \u00e0 popula\u00e7\u00e3o pobre restava apenas a busca, em outras terras, das condi\u00e7\u00f5es de sobreviv\u00eancia. Imp\u00e9rio Turco Otomano. Desse modo, chegavam ao Brasil com Desembarcados no Rio ou em Santos, a op\u00e7\u00e3o de trabalho das primeiras levas de Mascate: vendedor o passaporte turco, sem espe- imigrantes foi o com\u00e9rcio. Embora pobres e, em geral, afeitos ao trabalho agr\u00edcola, ambulante, aquele que cifica\u00e7\u00e3o. poucos foram os \u00e1rabes que optaram pela agricultura. [...] Quando chegaram os \u00e1ra- oferece mercadorias bes, j\u00e1 existiam mascates portugueses e italianos, tanto em S\u00e3o Paulo quanto no Rio em domic\u00edlio. Comente que, devido \u00e0 Guer- de Janeiro. Entretanto, a mascatea\u00e7\u00e3o se tornou uma marca registrada da imigra\u00e7\u00e3o ra Civil Libanesa (1975-1990) e \u00e1rabe. [...] \u00e0 Guerra Civil S\u00edria (desde 2011), o Brasil e v\u00e1rios outros pa\u00edses do A populariza\u00e7\u00e3o, sobretudo do quibe e da esfiha, fez com que fossem incorporados a outros estabeleci- mundo, como Canad\u00e1, Alema- mentos de alimenta\u00e7\u00e3o, como as tradicionais pastelarias chinesas, e mesmo bares e padarias de portugueses nha, Turquia, Jord\u00e2nia, t\u00eam re- e brasileiros. A contribui\u00e7\u00e3o dos imigrantes \u00e1rabes foi importante na literatura e no idioma, no cinema, nas cebido um novo fluxo relevante universidades, na medicina e na vida pol\u00edtica do pa\u00eds. de \u00e1rabes. IBGE \u2013 500 anos de povoamento. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/brasil500anos.ibge.gov.br\/territorio-brasileiro-e-povoamento\/ arabes\/razoes-da-emigracao-arabe>. Acesso em: 11 jul. 2018. Imigra\u00e7\u00e3o s\u00edrio-libanesa para o Brasil segundo os censos de 1920 e 1940 60.000 Luiz Fernando Rubio\/Arquivo da editora 50 337 48 970 Brasil S\u00e3o Paulo 45.000 Rio de Janeiro Minas Gerais Rio Grande do Sul 30.000 19 285 24 084 Fonte: elaborado com base em IBGE \u2013 15.000 500 anos de povoamento. Dispon\u00edvel em: 9321 8684 9 051 <http:\/\/brasil500anos.ibge.gov.br\/territorio- 0 2 656 5 902 brasileiro-e-povoamento\/arabes\/origem-e- 1 093 destino-dos-imigrantes.html>. Acesso em: 1920 11 jul. 2018. 1940 Texto complementar 236 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais Sobre os poucos oriundos de pequenas aldeias baseadas em uma economia rural meiramente, pela mascatea\u00e7\u00e3o. Esta consistia em vender tanto em registros para s\u00edrios e de subsist\u00eancia de car\u00e1ter familiar. Viajaram ao Brasil pagando as n\u00facleos urbanos como rurais os mais variados produtos, principal- libaneses na pr\u00f3prias despesas com a viagem, ou seja, n\u00e3o pertenciam ao grupo mente bugigangas. Assim boa parte desse grupo \u00e9tnico, que possu\u00eda Hospedaria dos dos imigrantes subsidiados pelo governo, como os italianos do fim uma intensa rede de rela\u00e7\u00f5es com a terra natal, prosperou e abriu Imigrantes do s\u00e9culo XIX. Estes chegavam majoritariamente ao Brasil com as as portas para que amigos e parentes tomassem o mesmo rumo da passagens de navio e trem pagas, de maneira geral fam\u00edlias que se emigra\u00e7\u00e3o ao Brasil. [\u2026] [\u2026] A maioria dos imi- dirigiam \u00e0s lavouras cafeeiras, principalmente do Oeste Paulista. grantes s\u00edrio-libaneses que MUSEU DA IMIGRA\u00c7\u00c3O. Sobre os poucos registros para s\u00edrios e libaneses escolheram o Brasil como Apesar de estarem familiarizados com as atividades rurais em seus na Hospedaria dos Imigrantes. 14 out. 2016. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/ destino eram crist\u00e3os de di- pa\u00edses de origem, os s\u00edrio e libaneses destacaram-se no Brasil, pri- museudaimigracao.org.br\/sobre-os-poucos-registros-para-sirios-e- versas denomina\u00e7\u00f5es, cat\u00f3- libaneses-na-hospedaria-dos-imigrantes>. Acesso em: 30 set. 2018. licos maronitas, melquitas e jacobitas, ortodoxos orien- tais, al\u00e9m dos protestantes. Eram ainda homens jovens, solteiros, semianalfabetos, 236 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","A imigra\u00e7\u2039o japonesa Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas A emigra\u00e7\u00e3o de japoneses para outros pa\u00edses teve in\u00edcio na d\u00e9cada de 1870, bem antes de sua vinda para o Fa\u00e7a a an\u00e1lise do gr\u00e1fico com Brasil. [...] Do lado do Jap\u00e3o, a emigra\u00e7\u00e3o foi um resultado da moderniza\u00e7\u00e3o que marcou uma nova etapa da his- os alunos, de modo a estimular o t\u00f3ria japonesa: o pa\u00eds se abriu para o mundo ocidental [...]. Do lado brasileiro, ent\u00e3o, a necessidade da m\u00e3o de desenvolvimento da habilidade obra para substituir o trabalho escravo foi o fator primordial. [...] O que marcou a presen\u00e7a do imigrante japon\u00eas EF07GE10. Ao compreenderem no Brasil foram as rea\u00e7\u00f5es causadas pelas suas diferen\u00e7as \u00e9tnicas, sejam f\u00edsicas ou culturais.Tais diferen\u00e7as eram o contexto hist\u00f3rico da imigra- enfatizadas nos debates sobre a sua entrada no pa\u00eds, argumentando-se que os japoneses constitu\u00edam um povo \u00e7\u00e3o japonesa para o Brasil, o imposs\u00edvel de se integrar \u00e0 cultura local. [...] Costuma-se dizer que, embora recente, a imigra\u00e7\u00e3o japonesa \u00e9 bem- desenvolvimento da habilidade -sucedida, quando se verifica a mobilidade social de seus descendentes e sua presen\u00e7a em setores variados, EF07GE02 \u00e9 favorecido. A se\u00e7\u00e3o principalmente no meio urbano. Muitos dos imigrantes japoneses encontraram no com\u00e9rcio urbano sua fonte tamb\u00e9m mobiliza a habilidade de renda, mas, sem d\u00favida, a maioria foi direcionada para a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola. Muitos foram trabalhar nas lavou- EF07GE04. ras de caf\u00e9 paulistas como colonos. [...] Por\u00e9m, com o passar do tempo, sua produ\u00e7\u00e3o se diversificava entre pro- dutos para o autoabastecimento e o abastecimento das regi\u00f5es onde viviam: cultivaram hortali\u00e7as, arroz, casu- Atividade 1: De acordo com os los de bicho-da-seda, ch\u00e1, etc., principalmente no sul do pa\u00eds; enquanto que, naAmaz\u00f4nia, cultivaram a pimenta- dados absolutos do per\u00edodo re- -do-reino. Mas o certo \u00e9 que nenhum confronto resistiu \u00e0s trocas culturais e sociais entre a comunidade de imi- tratados pelos gr\u00e1ficos, vieram grantes e a sociedade mais ampla que os acolheu. As gera\u00e7\u00f5es sucessivas de descendentes dos primeiros imi- mais imigrantes japoneses para grantes, sanseis (terceira gera\u00e7\u00e3o) e yonseis (quarta gera\u00e7\u00e3o) [...], menos imersos nas tradi\u00e7\u00f5es mantidas pelas o Brasil. De acordo com o Censo col\u00f4nias, mostram-se mais integrados \u00e0 cultura brasileira que a gera\u00e7\u00e3o de seus pais e av\u00f3s. [...] de 1920, dos mais de 45 000 \u00e1rabes que vieram para o Brasil, IBGE \u2013 500 anos de povoamento. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/brasil500anos.ibge.gov.br\/territorio-brasileiro-e-povoamento\/ mais de 15000 se dirigiram para japoneses\/a-identidade-japonesa-e-o-abrasileiramento-dos-imigrantes.html>. Acesso em: 11 jul. 2018. S\u00e3o Paulo, n\u00famero que aumentou no Censo de 1940, que acusou a Imigra\u00e7\u00e3o japonesa para o Brasil chegada de quase 30000 \u00e1rabes. segundo os censos de 1940 e 1950 Dos cerca de 150000 japoneses que vieram para o Brasil entre N\u0153mero de imigrantes160 000144 523 1940 e 1950, mais de 100000 120 000 foram para S\u00e3o Paulo. Luiz Fernando Rubio\/Arquivo da editora80 000132 216129 192 108 912 Atividade 2: No Jap\u00e3o, a mo- derniza\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica iniciada 40 000 467 380 8 064 421 1086 15 393 em meados do s\u00e9culo XIX esti- 0 305 893 538 1 128 201 917 392 1 172 mulou a abertura do pa\u00eds para o exterior e tamb\u00e9m promoveu 1940 Ano 1950 Fonte: elaborados com base em IBGE \u2013 a emigra\u00e7\u00e3o de trabalhadores 500 anos de povoamento. Dispon\u00edvel em: rurais pobres e sem terra pa- Amazonas Minas Gerais Distrito Federal Paran\u00e1 Brasil <http:\/\/brasil500anos.ibge.gov.br\/ ra cultivar. territorio-brasileiro-e-povoamento\/ Par\u00e1 Rio de Janeiro S\u00e3o Paulo Mato Grosso japoneses\/destino-dos-imigrantes.html>. No antigo Imp\u00e9rio Turco, algu- Acesso em: 11 jul. 2018. mas comunidades crist\u00e3s eram v\u00edtimas de persegui\u00e7\u00e3o, o que Agora, responda: explica o maior fluxo de \u00e1rabes 1 No per\u00edodo retratado pelos gr\u00e1ficos, vieram mais imigrantes japoneses ou \u00e1rabes para o Brasil? crist\u00e3os do que de mu\u00e7ulmanos 2 Quais s\u00e3o os motivos principais desses movimentos migrat\u00f3rios? para o Brasil. Do ponto de vista 3 Pesquise palavras de origem \u00e1rabe e de origem japonesa que foram incorporadas ao nosso idioma. econ\u00f4mico, os \u00e1rabes tamb\u00e9m 4 Qual a porcentagem de imigrantes \u00e1rabes e japoneses em S\u00e3o Paulo em rela\u00e7\u00e3o ao total que veio para o Brasil? sofriam com a escassez de ter- 5 Quais foram as unidades da Federa\u00e7\u00e3o que mais receberam imigrantes japoneses? E imigrantes \u00e1rabes? ras para cultivo. Centro-Sul \u2022 CAP\u00cdTULO 11 237 Atividade 3: Se julgar inte- ressante, elabore com os alu- Atividade 4: Em termos percentuais, a entrada de povos \u00e1rabes nos uma lista e incentive-os a oscilou entre 30% e 40% no per\u00edodo indicado; j\u00e1 a porcentagem de ja- criar pequenos gloss\u00e1rios. Do poneses que vieram e ficaram em S\u00e3o Paulo oscilou entre 60% e 70% idioma japon\u00eas, pode-se citar em rela\u00e7\u00e3o ao total que migrou para o Brasil. ninja, sansei, nissei, caraoqu\u00ea, carat\u00ea, biombo, quimono, etc. Atividade 5: O estado de S\u00e3o Paulo recebeu mais imigrantes japoneses Muitas palavras que se iniciam e \u00e1rabes, que tamb\u00e9m se dirigiram para outras unidades da Federa\u00e7\u00e3o, com al na l\u00edngua portuguesa s\u00e3o a exemplo dos \u00e1rabes no Rio de Janeiro, e dos japoneses no Paran\u00e1. de origem \u00e1rabe: alface, alcaide, alfaiate; al\u00e9m dessas, h\u00e1 outras, como a\u00e7afr\u00e3o, a\u00e7ougue, a\u00e7\u00facar, azeite, mesquita, masmorra, etc. No entanto, \u00e9 interessante res- saltar que esses termos fazem parte do portugu\u00eas desde muito s\u00e9culos antes da vinda desses imigrantes para o Brasil, do pe- r\u00edodo em que houve o dom\u00ednio \u00e1rabe da pen\u00ednsula Ib\u00e9rica. 237MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas ATIVIDADES + A\u00e7\u00e3o + A\u00e7\u00e3o Realizado pela primeira vez pelo Censo 2010, o LIT pretende qualificar as favelas e proporcionar maior co- Atividade 1, item a: Podem ser 1 Sobre a hidrografia e o aproveitamento dos rios da re- nhecimento dos aspectos espaciais dessas \u00e1reas do citadas a bacia Platina (rios Para- gi\u00e3o Centro-Sul: pa\u00eds. O levantamento foi feito a partir de dados coleta- n\u00e1, Paraguai e Uruguai) e a bacia dos nos 323 munic\u00edpios brasileiros que registravam a do Tocantins-Araguaia, duas das a) Cite o nome de duas bacias ou regi\u00f5es hidrogr\u00e1ficas exist\u00eancia de favelas \u2013 quando h\u00e1 pelo menos 51 do- bacias hidrogr\u00e1ficas mais impor- da regi\u00e3o. mic\u00edlios carentes de servi\u00e7os p\u00fablicos essenciais,ocu- tantes do Brasil. pando terrenos alheios e dispostos de forma desorde- b) Qual \u00e9 o aproveitamento dos rios da bacia Platina? nada ou densa. [...] Atividade 1, item b: A bacia Platina \u00e9 respons\u00e1vel pela maior 2 Observando o mapa sobre o clima no Centro-Sul (p\u00e1gina Regi\u00e3o Sudeste concentra metade dos domic\u00edlios parte da energia produzida pela 223) e o conte\u00fado das p\u00e1ginas 224 e 225, identifique os em favelas do Brasil. Dispon\u00edvel em: <https:\/\/noticias.uol. regi\u00e3o: nela est\u00e3o algumas das biomas que predominam no clima subtropical. Escolha maiores usinas hidrel\u00e9tricas do um deles e comente a rela\u00e7\u00e3o entre o clima, a vegeta\u00e7\u00e3o com.br\/cotidiano\/ultimas-noticias\/2013\/11\/06\/ pa\u00eds (Itaipu, S\u00e9rgio Motta e Ilha e a ocupa\u00e7\u00e3o humana desse bioma. regiao-sudeste-concentra-metade-dos-domicilios- Solteira). em-favelas-do-brasil.htm>. Acesso\u00a0em:\u00a021\u00a0out.\u00a02018. 3 O Centro-Sul do pa\u00eds concentra riquezas, entretanto, Atividade 2: Esta atividade nessa regi\u00e3o h\u00e1 tamb\u00e9m concentra\u00e7\u00e3o de pobreza e de Responda \u00e0s quest\u00f5es: estimula o desenvolvimento da moradias prec\u00e1rias. Leia um texto sobre esse assunto. CECHEF5 e da CEGEF2. a) Em sua opini\u00e3o, por que S\u00e3o Paulo e Rio de Janeiro, Regi\u00e3o Sudeste concentra metade dos as duas maiores e mais ricas metr\u00f3poles do pa\u00eds, Na Mata Atl\u00e2ntica h\u00e1 mais de domic\u00edlios em favelas do Brasil tamb\u00e9m concentram pobreza? um tipo clim\u00e1tico, havendo por- \u00e7\u00f5es onde predominam o clima A regi\u00e3o Sudeste re\u00fane praticamente metade dos b) Qual \u00e9 a import\u00e2ncia do levantamento do LIT? Como tropical \u00famido, o clima subtropi- domic\u00edlios situados nas comunidades carentes exis- essas informa\u00e7\u00f5es podem ajudar o poder p\u00fablico a cal e at\u00e9 mesmo um clima simi- tentes em todo o pa\u00eds, de acordo com o LIT (Levanta- combater a pobreza? lar ao semi\u00e1rido. Essa variedade mento de Informa\u00e7\u00f5esTerritoriais) realizado com base propicia grande diversidade de no Censo Demogr\u00e1fico de 2010 do IBGE. [...] Segundo 4 Escolha um dos temas a seguir e pesquise sobre ele em esp\u00e9cies em sua vegeta\u00e7\u00e3o pe- o levantamento,Rio de Janeiro,S\u00e3o Paulo,Minas Gerais livros, jornais, revistas ou na internet: renif\u00f3lia. Restam apenas cerca e Esp\u00edrito Santo concentram 49,8% do total de casas de 7% da floresta original, pois foi nestas \u00e1reas no Brasil. \u2022 Tema 1: A Grande S\u00e3o Paulo: problemas urbanos o primeiro bioma a ser ocupado no processo de coloniza\u00e7\u00e3o. Ne- Dos cerca de 3,2 milh\u00f5es de domic\u00edlios em aglome- \u2022 Tema 2: A Grande Rio de Janeiro e seus problemas le ainda vivem aproximadamen- rados subnormais \u2013 como s\u00e3o chamadas as favelas pelo te 60% da popula\u00e7\u00e3o brasileira. IBGE \u2013 contabilizados nas 27 unidades da federa\u00e7\u00e3o, ambientais 1,6 milh\u00e3o se encontram no Sudeste, que \u00e9 a regi\u00e3o A Mata de Arauc\u00e1rias, conhe- mais populosa do pa\u00eds. O Nordeste \u00e9 a segunda regi\u00e3o \u2022 Tema 3: As transforma\u00e7\u00f5es que a industrializa\u00e7\u00e3o cida pela presen\u00e7a do pinheiro com maior n\u00famero de habita\u00e7\u00f5es em comunidades ca- Araucaria angustifolia, \u00e9 t\u00edpica de rentes,com 28,7% do total (926 mil domic\u00edlios). Em se- trouxe \u00e0 Grande Belo Horizonte planaltos, onde a altitude propor- guida, aparecem o Norte, que tem 14,4% do todo (463 ciona um inverno mais rigoroso. mil), o Sul, com 5,3% (57 mil) e, por \u00faltimo, o Centro- \u2022 Tema 4: A coloniza\u00e7\u00e3o estrangeira no Sul do pa\u00eds, Assim como a Mata Atl\u00e2ntica, es- -Oeste, com apenas 1,8% (170 mil). Segundo o LIT, a se bioma sofreu grandes devas- popula\u00e7\u00e3o que vive em favelas no Brasil \u00e9 de 11,4\u00a0mi- incluindo S\u00e3o Paulo: japoneses, italianos, alem\u00e3es e ta\u00e7\u00f5es no processo de ocupa\u00e7\u00e3o lh\u00f5es de pessoas. No Sudeste, a quantidade de mora- poloneses. Verifique \u00e1reas de fixa\u00e7\u00e3o, \u00e9pocas em que da regi\u00e3o Sul do Brasil. A madeira dores de comunidades carentes (5,5 milh\u00f5es de pes- os imigrantes chegaram em maior n\u00famero, ativida- da arauc\u00e1ria foi muito utilizada soas) representa 48,84% do total. [...] des a que se dedicaram, influ\u00eancia nas paisagens para constru\u00e7\u00e3o de casas e na atuais, etc. ind\u00fastria moveleira. Em data combinada com o professor, traga sua pesqui- O Cerrado apresenta uma sa para a sala de aula. enorme biodiversidade, sendo considerado a savana mais ri- 5 Em duplas, pesquisem em jornais, revistas e na ca do mundo nesse aspecto. \u00c9 internet quais medidas de preserva\u00e7\u00e3o foram ou est\u00e3o ocupado por diversas popula- sendo tomadas para tentar preservar a \u00e1rea do Panta- \u00e7\u00f5es tradicionais, como quilom- nal. Em data combinada com o professor, apresentem bolas, ind\u00edgenas e ribeirinhos. \u00c9 para a turma as informa\u00e7\u00f5es que descobriram. um dos biomas que mais sofreu com a ocupa\u00e7\u00e3o humana e, por 238 ATIVIDADES isso, possui in\u00fameras esp\u00e9cies amea\u00e7adas de extin\u00e7\u00e3o. sileira, em que h\u00e1 enormes desigualdades sociais. Poder\u00e1 apontar aglomerados em cada cidade. tamb\u00e9m o crescimento do desemprego no Brasil, mais concentrado O Pampa, localizado mais ao nessas regi\u00f5es metropolitanas. Atividade 4: Atividade de pesquisa que visa propiciar aos alunos a sul, \u00e9 caracterizado pela ocorr\u00ean- amplia\u00e7\u00e3o de temas estudados no cap\u00edtulo. cia de esta\u00e7\u00f5es mais bem defi- Atividade 3, item b: Resposta pessoal. Esclare\u00e7a que o LIT \u00e9 um nidas e alta amplitude t\u00e9rmica. primeiro passo para conhecer a real situa\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o que vive Atividade 5: Atividade de pesquisa. Se julgar pertinente, fa\u00e7a um Possui uma biodiversidade consi- em aglomerados subnormais, seus problemas variados (seguran\u00e7a, apanhado do conte\u00fado visto at\u00e9 o momento sobre o Pantanal por meio der\u00e1vel, por\u00e9m majoritariamente transporte, escolas, postos de sa\u00fade, acesso \u00e0 eletricidade, ao sanea- de perguntas dirigidas aos alunos sobre clima, atividades econ\u00f4micas, de esp\u00e9cies de gram\u00edneas e plan- mento b\u00e1sico e \u00e0 \u00e1gua encanada, etc.). A partir dessas informa\u00e7\u00f5es, \u00e9 impactos ambientais, biodiversidade e outras caracter\u00edsticas do bio- tas rasteiras. A ocupa\u00e7\u00e3o desse poss\u00edvel oferecer alternativas adequadas para se combater situa\u00e7\u00f5es ma, de modo a estimular o desenvolvimento da habilidade EF07GE11. bioma por atividades agropecu\u00e1- de pobreza, levando-se em conta as caracter\u00edsticas espec\u00edficas dos rias tem resultado em crescente processo de areniza\u00e7\u00e3o. Atividade 3, item a: Resposta pessoal. O aluno poder\u00e1 apontar que s\u00e3o imensas aglomera\u00e7\u00f5es humanas numa sociedade, a bra- 238 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Andre Dib\/Pulsar Imagens Lendo a imagem Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \uf09f Muita gente no Brasil gosta de viajar de trem. Ser\u00e1 que esse passeio pelos trilhos \u00e9 poss\u00edvel? Luciana Whitaker\/Pulsar Imagens Lendo a imagem 1 Marcos Amend\/Pulsar Imagens Item a: Espera-se que os alu- 2 nos identifiquem o predom\u00ednio da vegeta\u00e7\u00e3o natural em duas 3 das tr\u00eas imagens. Somente na imagem que retrata a esta\u00e7\u00e3o Viagem no trem da serra do Mar Paranaense. Imagem 1: trecho \u00e9 poss\u00edvel notar um predom\u00ed- de ferrovia (foto de 2016); imagem 2: trem durante passeio (2015); nio de elementos culturais no imagem 3: antiga esta\u00e7\u00e3o em Morretes (PR). Foto de 2017. primeiro plano. Item b: Espera-se que os alu- nos apontem que o bioma da re- gi\u00e3o \u00e9 a Mata Atl\u00e2ntica e o estado percorrido durante a viagem \u00e9 o Paran\u00e1. \u00c9 importante que reco- nhe\u00e7am e valorizem as \u00e1reas preservadas da Mata Atl\u00e2ntica como uma raridade. Por outro lado, os elementos culturais des- sa paisagem s\u00e3o mais uma evi- d\u00eancia da interven\u00e7\u00e3o humana nesse bioma. Item c: Resposta pessoal. In- centive a imagina\u00e7\u00e3o dos alunos e avalie se fazem uma utiliza\u00e7\u00e3o adequada da linguagem escrita. Assim eles ser\u00e3o estimulados a desenvolver a CGEB3 e a CEGEF6. S\u00e3o 110 quil\u00f4metros viajando pela maior \u00e1rea preservada de mata Atl\u00e2ntica do Brasil e por uma ferrovia com 128\u00a0anos de hist\u00f3ria. OTrem da Serra do Mar Paranaense parte diariamente de Curitiba rumo \u00e0 cidade de Morretes e aos domingos chega tamb\u00e9m em Paranagu\u00e1. S\u00e3o aproximadamente 3 horas de viagem. [...] TREM da Serra do Mar Paranaense. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/curitibacvb.com.br\/page\/trem-da-serra-do-mar-paranaense>. Acesso em: 20 maio 2018. Com base nas imagens e no texto, responda \u00e0s quest\u00f5es a seguir: a) \u00c9 poss\u00edvel dizer que as paisagens retratadas nas imagens possuem mais elementos naturais ou elementos cultu- rais? Justifique a sua resposta. b) A partir da leitura do texto e da observa\u00e7\u00e3o das imagens, descreva o bioma da regi\u00e3o e o estado percorrido duran- te a viagem. c) Escolha uma das imagens e escreva um pequeno texto que mostre, na sua opini\u00e3o, como \u00e9 viajar de trem em meio \u00e0s paisagens paranaenses. ATIVIDADES 239 239MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 11","Habilidades CAP\u00cdTULO Amaz\u00f4nia trabalhadas neste cap\u00edtulo 12 Jean Galv\u00e3o\/Acervo do cartunista EF07GE01 EF07GE07 EF07GE02 EF07GE08 EF07GE03 EF07GE09 EF07GE06 Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Para come\u00e7ar Ao iniciar o tema do cap\u00edtulo, fa\u00e7a um breve apanhado sobre a Amaz\u00f4nia para levantar os co- nhecimentos pr\u00e9vios dos alunos. Em seguida, pe\u00e7a a eles que ana- lisem a charge. Atividade 1: A charge aborda a extra\u00e7\u00e3o ilegal de madeira da Amaz\u00f4nia. Verifique se os alunos reconhecem os problemas que podem ser causados pelo desma- tamento em diferentes escalas. Atividade 2: Resposta pessoal. Se poss\u00edvel, pesquise e apre- sente aos alunos outras char- ges que abordem problemas na Amaz\u00f4nia, como desmatamen- tos, avan\u00e7o da agropecu\u00e1ria, vio- l\u00eancia entre grileiros, posseiros, invas\u00e3o de terras ind\u00edgenas, quei- madas. Texto complementar A Amaz\u00f4nia \u00e9 uma imensa regi\u00e3o na qual ainda predominam elementos naturais. Para come\u00e7ar Apesar da recente e r\u00e1pida expans\u00e3o do povoamento e do surgimento de metr\u00f3poles, Interven\u00e7\u00f5es na de maneira geral ainda \u00e9 uma \u00e1rea marcada por elementos da natureza \u2013 principal- Observe a charge e Amaz\u00f4nia maquiam mente a vegeta\u00e7\u00e3o e a hidrografia \u2013, que se estende por 6,6 milh\u00f5es de quil\u00f4metros troque ideias com os problemas quadrados ao norte da Am\u00e9rica do Sul. Essa regi\u00e3o est\u00e1 situada em parte do territ\u00f3rio colegas e o de v\u00e1rios pa\u00edses: Brasil, Peru, Col\u00f4mbia, Equador, Venezuela, Bol\u00edvia, Guiana, Suriname professor: As pol\u00edticas ambientais pen- e Guiana Francesa. \u00c9 uma \u00e1rea florestal, com predomin\u00e2ncia do clima equatorial (quen- sadas para a Amaz\u00f4nia s\u00e3o te e \u00famido), da Floresta Amaz\u00f4nica e da mais rica hidrografia da superf\u00edcie terrestre. 1. Que problema a paliativas e as pol\u00edticas de charge aborda? cunho desenvolvimentista Neste cap\u00edtulo, vamos estudar a por\u00e7\u00e3o da Amaz\u00f4nia localizada em territ\u00f3rio favorecem mais aos grupos brasileiro: a Amaz\u00f4nia brasileira. 2.Voc\u00ea j\u00e1 ouviu falar de econ\u00f4micos externos \u00e0 regi\u00e3o outros problemas na do que aos amaz\u00f4nidas. \u00c9 is- 240 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais Amaz\u00f4nia? so que afirma o pesquisador Michel Cantagalo, autor de ambientais para a regi\u00e3o, elas s\u00e3o simplesmente para tentar corri- uma tese de doutorado so- gir um desmatamento, nunca para propor um desenvolvimento bre o tema pela Escola Su- para a regi\u00e3o, nunca para focar na autonomia ou nas potenciali- perior de Agricultura Luiz dades espec\u00edficas daquela popula\u00e7\u00e3o. \u00c9 sempre uma tentativa de de Queiroz (Esalq) da USP modernizar, mas no sentido de tornar tecnol\u00f3gico e incluir em em Piracicaba. mercados globais, nunca de olhar para a regi\u00e3o com suas especi- ficidades\u201d, aponta. [...] [\u2026] \u201cA literatura diz que o problema de degrada\u00e7\u00e3o OLIVEIRA, Rafael. Interven\u00e7\u00f5es na Amaz\u00f4nia maquiam problemas, da Amaz\u00f4nia come\u00e7ou nos aponta pesquisador. Jornal da USP, 20 jun. 2017. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/ anos 60, 70. Mas n\u00e3o, o pro- blema da Amaz\u00f4nia come\u00e7a jornal.usp.br\/?p=86254>. Acesso em: 3 out. 2018. com o colonizador e ele vai crescendo e se expandindo. Os primeiros dados estat\u00eds- ticos s\u00e3o de 1920, 1940 e ali j\u00e1 d\u00e1 para ver que a Amaz\u00f4- nia estava sendo degradada\u201d, explica o pesquisador. [\u2026] Segundo Cantagalo, as in- terven\u00e7\u00f5es governamentais na regi\u00e3o s\u00e3o para maquiar os problemas, sem interferir nos interesses econ\u00f4micos. \u201cQuando surgem as pol\u00edticas 240 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","1 A maior regi\u2039o brasileira Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Com cerca de 4,8 milh\u00f5es de quil\u00f4metros quadrados, a Amaz\u00f4nia brasileira Minha biblioteca Oriente os alunos a estabe- abrange mais da metade do territ\u00f3rio nacional e corresponde a aproximadamente lecer conex\u00f5es entre o texto e o 73% da Amaz\u00f4nia internacional (veja o mapa abaixo). Costuma ser definida pela \u00e1rea \u00c0s margens do mapa, que favorece o desenvolvi- de abrang\u00eancia do bioma amaz\u00f4nico, dominado sobretudo pela Floresta Equatorial Amazonas, de Laurence mento da habilidade EF07GE09 e (ou Tropical, como \u00e9 conhecida internacionalmente) \u2013 a Floresta Amaz\u00f4nica \u2013 e pela Quentin, Companhia das da CECHEF7. Al\u00e9m da grande ex- Letrinhas, 2010. tens\u00e3o da Amaz\u00f4nia, \u00e9 importan- te que os alunos percebam que maior bacia hidrogr\u00e1fica do mundo, formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Um livro infantojuvenil a regi\u00e3o possui baixa densidade A floresta e os rios s\u00e3o os tra\u00e7os mais marcantes da paisagem. A natureza ainda \u00e9 ricamente ilustrado, que demogr\u00e1fica, apesar do acelera- predominante nessa \u00e1rea, mas os processos de ocupa\u00e7\u00e3o e povoamento das \u00faltimas mostra a cultura muito do processo de povoamento nas d\u00e9cadas t\u00eam modificado os aspectos naturais da regi\u00e3o. rica dos povos que \u00faltimas d\u00e9cadas. habitam a Floresta Sua ocupa\u00e7\u00e3o se caracteriza pela miscigena\u00e7\u00e3o entre os ind\u00edgenas, os quilom- Amaz\u00f4nica. Neste livro, Se poss\u00edvel, exiba fotografias bolas, os seringueiros e os ribeirinhos. As comunidades tradicionais ribeirinhas, por o leitor \u00e9 convidado a que mostrem alguns aspectos ca- exemplo, vivem marcadas por fortes rela\u00e7\u00f5es com os rios: a frente de suas casas conhecer tr\u00eas povos racter\u00edsticos do modo de vida dos se volta para eles. Praticam a agricultura de subsist\u00eancia e utilizam os recursos da amaz\u00f4nicos de ribeirinhos (casas de palafitas, floresta \u2013 extrativismo vegetal e extrativismo animal (pesca e ca\u00e7a) \u2013 de maneira diferentes pa\u00edses da uso de canoas para transporte, Am\u00e9rica do Sul. fabrica\u00e7\u00e3o de artesanato, cria- \u00e7\u00e3o de animais e agricultura de sustent\u00e1vel. subsist\u00eancia). Em muitos casos, os ribeirinhos usam o conheci- Os ribeirinhos se reconhecem como comunidades tradicionais na medida em mento tradicional para tratar de doen\u00e7as por meio de ervas me- que mant\u00eam os conhecimentos de seus ancestrais. Da mesma forma que os demais dicinais da floresta, uma vez que o acesso \u00e0 assist\u00eancia m\u00e9dica \u00e9 povos tradicionais da Amaz\u00f4nia, os ribeirinhos entendem a natureza como funda- bastante limitado. Comente que eles tamb\u00e9m s\u00e3o chamados de mental para suas pr\u00e1ticas tradicionais; ao mesmo tempo, est\u00e3o abertos \u00e0 inova\u00e7\u00e3o \u201cpovos das \u00e1guas\u201d em refer\u00eancia a essa rela\u00e7\u00e3o que mant\u00eam com dessas pr\u00e1ticas, desde que respeitada a biodiversidade da natureza. Essa abertura os rios. Essa abordagem estimula o desenvolvimento da habilidade explica a sobreviv\u00eancia dos ribeirinhos na Amaz\u00f4nia brasileira, apesar de todas as EF07GE03. dificuldades que enfrentam com o avan\u00e7o da pecu\u00e1ria e do extrativismo mineral Se julgar pertinente, comente que os ribeirinhos s\u00e3o povos em voltados \u00e0 exporta\u00e7\u00e3o. situa\u00e7\u00e3o de certa vulnerabilidade social, em raz\u00e3o da falta de pol\u00ed- Apesar do aumento da Amaz\u2122nia internacional e Amaz\u2122nia brasileira Portal de Mapas\/Arquivo da editora ticas concretas de garantia dos ocupa\u00e7\u00e3o humana nas \u00falti- direitos e preserva\u00e7\u00e3o do modo mas d\u00e9cadas, a Amaz\u00f4nia 55\u00ba O de vida dessa popula\u00e7\u00e3o, sobre- tudo no que se refere ao direito brasileira ainda \u00e9 uma regi\u00e3o \u00e0s terras ocupadas. de baixa densidade demogr\u00e1- VENEZUELA GUIANA Guiana Para aprofundar fica, a menor do pa\u00eds. O PIB Francesa gerado pela Amaz\u00f4nia brasi- SURINAME (FRA) Comunidades ribeirinhas na leira foi de 280 bilh\u00f5es de d\u00f3- Amaz\u00f4nia: organiza\u00e7\u00e3o so- lares em 2015, o que significa COL\u00d4MBIA ciocultural e pol\u00edtica cerca de 5,4% do total nacio- nal. Os dois estados com as RR AP Equador LIRA, Talita de M.; CHAVES, maiores economias na regi\u00e3o 0\u00ba Maria do P. S. R. Intera\u00e7\u00f5es, Campo Grande, v. 17, n. 1, EQUADOR p. 66-76, jan.\/mar. 2016. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/dx. AC AM PA MA CE doi.org\/10.20435\/1518- PERU RO MT PI RN 70122016107>. Acesso em: PB 3 out. 2018. PE Nesse artigo, as autoras apresentam as formas de or- TO AL ganiza\u00e7\u00e3o e o modo de vida SE dos povos ribeirinhos do meio BA rural amaz\u00f4nico com o objeti- vo de ampliar o debate te\u00f3rico s\u00e3o o Par\u00e1 e o Amazonas (86 DF OCEANO a respeito das comunidades bilh\u00f5es de d\u00f3lares no mesmo ATL\u00c2NTICO tradicionais da regi\u00e3o. ano). Esses dois estados jun- BOL\u00cdVIA GO tos concentram cerca de 46% N da popula\u00e7\u00e3o e 73% da econo- OCEANO MG OL mia da Amaz\u00f4nia brasileira. ES PAC\u00cdFICO MS RJ Tr\u00f3pico de Capric\u00f3rnio PARAGUAI SP CHILE PR ARGENTINA SC RS URUGUAI S 0 630 1 260 km Fonte: elaborado com base em IBGE. \u00c1rea da Amaz\u00f4nia internacional Atlas geogr\u00e1\ufb01co escolar. 7. ed. Rio de \u00c1rea da Amaz\u00f4nia brasileira Janeiro, 2016. Amaz\u00f4nia \u2022 CAP\u00cdTULO 12 241 241MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Mesmo contando com a zona industrial de Manaus e alguma industrializa\u00e7\u00e3o em Rita Barreto\/Fotoarena Bel\u00e9m, a economia regional ainda tem por base atividades prim\u00e1rias: Explore as fotografias apre- Ricardo Azoury\/Pulsar Imagens sentadas. Explique aos alunos \u2022 a agropecu\u00e1ria, que desde a d\u00e9cada que, historicamente, as ativida- des econ\u00f4micas predominantes de 1970 \u00e9 o setor econ\u00f4mico mais nessa regi\u00e3o eram de extrati- importante; vismo vegetal, com destaque para a explora\u00e7\u00e3o das \u201cdrogas \u2022 o extrativismo vegetal, que at\u00e9 a d\u00e9- do sert\u00e3o\u201d, que tamb\u00e9m foram utilizadas como moedas de troca. cada de 1970 foi a atividade b\u00e1sica dessa regi\u00e3o; No entanto, com o advento da industrializa\u00e7\u00e3o e todas as \u2022 a minera\u00e7\u00e3o, que se tornou mais im- transforma\u00e7\u00f5es decorrentes (ur- baniza\u00e7\u00e3o, maior integra\u00e7\u00e3o terri- portante nas \u00faltimas d\u00e9cadas do s\u00e9- torial com o resto do pa\u00eds, avan\u00e7o culo XX, ap\u00f3s a descoberta de grandes da fronteira agr\u00edcola visando a reservas minerais. produ\u00e7\u00e3o para a exporta\u00e7\u00e3o e a descoberta de jazidas mine- Durante v\u00e1rios s\u00e9culos, a Amaz\u00f4nia per- rais), o espectro das atividades maneceu praticamente esquecida, uma vez Seringueiro extraindo l\u00e1tex em trecho da floresta no munic\u00edpio de Manaus. econ\u00f4micas na regi\u00e3o da Ama- que os colonizadores se limitaram \u00e0 explora- Foto de 2016. z\u00f4nia mudou. Essa percep\u00e7\u00e3o \u00e7\u00e3o extrativista, que n\u00e3o impactava profunda- favorece o desenvolvimento da mente o ambiente. Destacavam-se o extrati- habilidade EF07GE08. vismo da castanha-do-par\u00e1 (hoje chamada de castanha do Brasil para fins de exporta\u00e7\u00e3o), o Texto e a\u00e7\u00e3o guaran\u00e1, o cacau, o pau-cravo e o urucum. Na \u00e9poca, esses recursos eram conhecidos como Atividade 3: Avalie a pertin\u00ean- \u201cdrogas do sert\u00e3o\u201d \u2013 a floresta era chamada cia dos argumentos apresenta- de \u201csert\u00e3o\u201d pelos colonizadores. dos e esclare\u00e7a que a Amaz\u00f4nia \u00e9 conhecida internacionalmente Por ser uma regi\u00e3o distante da Europa e pelo seu bioma, o de maior biodi- por apresentar solos fr\u00e1geis, ou seja, carentes versidade total do planeta. Se es- dos nutrientes necess\u00e1rios para o cultivo dos se bioma fosse destru\u00eddo, muitos produtos agr\u00edcolas, a Amaz\u00f4nia n\u00e3o apresen- pesquisadores afirmariam que tava condi\u00e7\u00f5es ideais para o cultivo da cana- seria o fim da Amaz\u00f4nia (ape- -de-a\u00e7\u00facar, principal produto exportado pelo Bolsas de garimpo de ouro no rio Madeira, em Porto Velho (RO), em 2016. sar de continuar a existir a terra, Brasil col\u00f4nia. Al\u00e9m disso, durante o per\u00edodo colonial n\u00e3o foram encontradas riquezas o espa\u00e7o com seus habitantes, minerais, como ouro e diamante. Por isso, a Amaz\u00f4nia foi deixada relativamente de cidades, campos de cultivo ou lado pelos portugueses. pastos, etc.). Nessa situa\u00e7\u00e3o, mesmo que a regi\u00e3o continuas- Texto e a\u00e7\u00e3o 1. A Amaz\u00f4nia brasileira, se a ser chamada de Amaz\u00f4nia, com mais de 4,8 milh\u00f5es de n\u00e3o teria mais o significado que 1 Diferencie a Amaz\u00f4nia brasileira da Amaz\u00f4nia internacional. quil\u00f4metros quadrados, abrange tem hoje e a pr\u00f3pria ideia de uma mais da metade do territ\u00f3rio Amaz\u00f4nia brasileira deixaria de 2 A Amaz\u00f4nia diferencia-se do restante do pa\u00eds pela presen\u00e7a marcante dos nacional e corresponde a 73% ter sentido. elementos da natureza. Que elementos se destacam na paisagem natural da Amaz\u00f4nia internacional. A dessa regi\u00e3o? Amaz\u00f4nia brasileira \u00e9 uma parte Atividade 4: Espera-se que da Amaz\u00f4nia sul-americana, ou o aluno comente que o extra- 3 Na sua opini\u00e3o, se houvesse um desmatamento quase total da floresta, Amaz\u00f4nia internacional, que tivismo vegetal, tal como o da essa regi\u00e3o poderia continuar a ser chamada de Amaz\u00f4nia? Por qu\u00ea? ocupa cerca de 6,6 milh\u00f5es foto, praticamente n\u00e3o possui de quil\u00f4metros quadrados e um impacto ambiental necessa- 3. Resposta pessoal. abrange enormes \u00e1reas do riamente negativo, pois preser- Brasil, Bol\u00edvia, Peru, Equador, va as \u00e1rvores e n\u00e3o desmata a 4 Observe as fotos desta p\u00e1gina. Comente os impactos ambientais dos dois Col\u00f4mbia, Venezuela, Guiana, floresta. Mas o extrativismo mi- tipos de extrativismo. 4. Resposta pessoal. Guiana Francesa e Suriname. neral, como o da segunda foto, feito por grandes mineradoras, 2. A floresta e os rios s\u00e3o os tra\u00e7os mais marcantes da paisagem. A natureza ainda \u00e9 predominante na Amaz\u00f4nia, mas o processo desmata enormes trechos de de ocupa\u00e7\u00e3o e povoamento das \u00faltimas d\u00e9cadas tem modificado consideravelmente os aspectos da regi\u00e3o. mata e deixa um imenso buraco no lugar ap\u00f3s a extra\u00e7\u00e3o do mi- 242 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais n\u00e9rio, al\u00e9m de muitas vezes ge- rar polui\u00e7\u00e3o. Outra atividade que Para aprofundar provoca impacto no ambiente \u00e9 a pecu\u00e1ria, pois no local onde \u00e9 Aliviam e temperam: uso e emprego das Drogas do Sert\u00e3o no s\u00e9culo XVIII praticada essa atividade h\u00e1 des- matamento da vegeta\u00e7\u00e3o nativa, DONINI, Cinthia V. Z. de S.; SANTOS, Christian F. M. dos. In: Congresso Internacional de Hist\u00f3ria, 8. Anais do VIII Congresso Internacional de pisoteio do solo, entre outras in- Hist\u00f3ria, Maring\u00e1, UEM, 9 a 11 de outubro de 2017, p. 909-917. Dispon\u00edvel em: <www.cih.uem.br\/anais\/2017\/trabalhos\/4115.pdf>. Acesso terfer\u00eancias. em: 19 out. 2018. Nesse trabalho, os autores abordam as formas de aproveitamento das drogas do sert\u00e3o, tamb\u00e9m conhecidas como especiarias da Ama- z\u00f4nia, utilizadas sobretudo para fins medicinais e culin\u00e1rios. Al\u00e9m disso, h\u00e1 coment\u00e1rios sobre a influ\u00eancia da explora\u00e7\u00e3o desses recursos na economia colonial e o impacto desse extrativismo no ambiente natural. 242 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Geolink 1 Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Leia o texto a seguir. Atividade 1: O assunto \u00e9 o papel das mulheres ind\u00edgenas Mulheres ind\u00edgenas e direitos dos povos tradicionais no Par\u00e1 na luta pelos direitos dos povos tradicionais do Par\u00e1. O movimento de mulheres ind\u00edgenas come\u00e7ou a ser organizado no Brasil na d\u00e9cada de 1970 e 1980. N\u00e3o era algo institucionalizado,eram mulheres ganhando voz dentro do movimento ind\u00edgena e levantando quest\u00f5es relaciona- Atividade 2: O texto destaca o das a g\u00eanero. [...] fato de o movimento de mulheres ind\u00edgenas estar mais organizado Atualmente, o feminismo ind\u00edgena est\u00e1 bem mais organizado e articulado do que se comparado \u00e0s d\u00e9cadas an- hoje do que em d\u00e9cadas anterio- teriores,e tamb\u00e9m n\u00e3o \u00e9 raro vermos mulheres ind\u00edgenas liderando movimentos que falam n\u00e3o s\u00f3 sobre as quest\u00f5es res. As mulheres ind\u00edgenas est\u00e3o espec\u00edficas de g\u00eanero, mas sobre quest\u00f5es cruciais do movimento ind\u00edgena como um todo. ficando mais ativas em seus pa- p\u00e9is de lideran\u00e7a nas sociedades Puyr Temb\u00e9, 40 anos, \u00e9 gerente de Promo\u00e7\u00e3o e Prote\u00e7\u00e3o dos Direitos dos Povos Ind\u00edgenas na Secretaria de Es- ind\u00edgenas, em especial na defe- tado de Justi\u00e7a e Direitos Humanos (Sejudh). Para ela, a mulher aparece cada vez mais por exercer um protagonis- sa dos direitos desses povos mo que a cada dia cresce na sociedade e dentro de suas pr\u00f3prias comunidades. [...] \u201cFalar sobre empoderamento tradicionais. feminino ainda \u00e9 muito dif\u00edcil dentro das comunidades. Ainda h\u00e1 uma resist\u00eancia forte\u201d, comenta. Mas esta n\u00e3o \u00e9 uma realidade generalizada. Em algumas regi\u00f5es j\u00e1 se avan\u00e7ou bastante no que diz respeito aos direitos femininos. Atividade 3: Os alunos podem mencionar que n\u00e3o \u00e9 raro vermos Puyr faz parte de um povo que j\u00e1 possuiu uma cacique,Ver\u00f4nicaTemb\u00e9, falecida h\u00e1 dois anos. Ela conta queVe- hoje mulheres ind\u00edgenas lideran- r\u00f4nica era respeitada tanto pelos caciques quanto por todas as gera\u00e7\u00f5esTemb\u00e9.\u201cMuitas mulheres t\u00eam como exem- do movimentos que falam n\u00e3o s\u00f3 plo Ver\u00f4nica Temb\u00e9. Uma mulher que [...] sabia fazer a gest\u00e3o enquanto l\u00edder do nosso povo\u201d, relembrou. sobre as quest\u00f5es espec\u00edficas \u00e0s mulheres, mas sobre quest\u00f5es Foi gra\u00e7as aVer\u00f4nicaTemb\u00e9,comenta Puyr,que hoje seu povo conta com Luciana Whitaker\/Pulsar Imagens cruciais do movimento ind\u00edgena. mulheresTemb\u00e9 professoras,t\u00e9cnicas de enfermagem,\u00e0 frente de projetos dentro da comunidade. Atividade 4: Propicie que os alunos tirem suas pr\u00f3prias con- Mulher Kayap\u00f3 clus\u00f5es. Costuma-se definir esse conceito como a conscientiza\u00e7\u00e3o Desde crian\u00e7a O\u00e9 Payakan Kayap\u00f3,33 anos,acompanhou a luta de seu das mulheres, que reivindicam pai Paulinho Payakan,um dos caciques mais respeitados pelo povo Kaya- igualdade de direito entre os g\u00ea- p\u00f3. \u201cQuando cresci eu decidi somar \u00e0 luta para melhorar a vida do meu neros, ou ainda como a\u00e7\u00f5es so- povo e para n\u00e3o deixar perder a tradi\u00e7\u00e3o Kayap\u00f3\u201d, explica. ciais que visam o fortalecimento do papel social das mulheres, Toda a for\u00e7a que move O\u00e9 prov\u00e9m do amor que ela sente pelos Kayap\u00f3s. desenvolvendo a equidade de \u201cEu sou uma ind\u00edgena e procuro estar sempre presente ao lado deles\u201d. [...] g\u00eanero. Mesmo com todos os avan\u00e7os, O\u00e9 ressalta que o papel tradicional da Atividade complementar mulher voltado para os trabalhos dom\u00e9sticos familiares ainda prevalece. \u201cElas vivem para a fam\u00edlia,pois isso j\u00e1 \u00e9 tradicional da cultura Kayap\u00f3,em Proponha uma discuss\u00e3o so- torno da fam\u00edlia e em torno das crian\u00e7as. Mesmo desempenhando o papel bre o espa\u00e7o das mulheres na tradicional elas tamb\u00e9m querem ser ouvidas\u201d, ressalta. sociedade atual. Chame a aten- \u00e7\u00e3o para o fato de que cada vez Por ter sua vida toda voltada para o n\u00facleo familiar, as mulheres cum- Cacique Tupinamb\u00e1 da aldeia Cabeceira do mais se faz necess\u00e1rio que haja prem um papel determinante neste processo de conquista. [....]A mulher Amorim, no munic\u00edpio de Santar\u00e9m (PA). igualdade entre os g\u00eaneros e que Kayap\u00f3 tamb\u00e9m \u00e9 dotada de uma personalidade muito forte. \u201cElas que Foto de 2017. a sociedade deve lutar para elimi- determinam o que deve ser feito. O homem \u00e9 apenas o porta-voz\u201d, com- nar barreiras que impe\u00e7am essa plementou. igualdade. No entanto, ressalte que em diversas \u00e1reas do pa\u00eds Mulheres ind\u00edgenas fortalecem direitos dos povos tradicionais no Par\u00e1. Amaz\u00f4nia, Not\u00edcia ainda ocorrem distin\u00e7\u00f5es entre e Informa\u00e7\u00e3o, 21 abr. 2017. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/amazonia.org.br\/2017\/04\/mulheres-indigenas- homens e mulheres (as mulhe- res ainda ganham menos que fortalecem-direitos-dos-povos-tradicionais-no-para>. Acesso em: 25 abr. 2018. os homens, o acesso a cargos executivos em grandes corpora- Agora, responda: \u00e7\u00f5es ainda \u00e9 uma exce\u00e7\u00e3o para mulheres, entre outras situa\u00e7\u00f5es 1 Qual \u00e9 o assunto abordado no texto? que est\u00e3o presentes no dia a dia). Essa atividade estimula o 2 Que mudan\u00e7as no comportamento das mulheres ind\u00edgenas o texto destaca? Justifique. desenvolvimento da CECHEF1 e da CECHEF6. 3 De que maneira as lideran\u00e7as femininas ind\u00edgenas desempenham um papel pol\u00edtico-social-cultural na atualidade? 4 O que significa empoderamento das mulheres? Compartilhe com os colegas. Amaz\u00f4nia \u2022 CAP\u00cdTULO 12 243 Para aprofundar Mensageiras da luz: parteiras da Amaz\u00f4nia Dire\u00e7\u00e3o: Evaldo Mocarzel. Brasil, 2003, 72 minutos. O document\u00e1rio mostra a tradi\u00e7\u00e3o das parteiras da Amaz\u00f4nia em locais onde os hospitais regulares ficam a quil\u00f4metros de dis- t\u00e2ncia. S\u00e3o mulheres que usam conhecimentos e t\u00e9cnicas ind\u00edge- nas para ajudar outras mulheres a darem \u00e0 luz. 243MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas 2 Meio f\u00edsico Auxilie os alunos a estabelecer Vamos conhecer as principais caracter\u00edsticas do meio f\u00edsico da Amaz\u00f4nia. conex\u00f5es entre o texto e o mapa, o que favorece o desenvolvimen- Relevo De olho na tela to da habilidade EF07GE09 e da CECHEF7. \u00c9 importante que iden- O relevo da Amaz\u00f4nia brasileira \u00e9 constitu\u00eddo por tr\u00eas grandes unidades: Amaz\u00f4nia eterna. tifiquem caracter\u00edsticas espec\u00ed- Dire\u00e7\u00e3o: Belis\u00e1rio Franca, ficas de cada uma das unidades \u2022 Plan\u00edcie e baixos plat\u00f4s da Amaz\u00f4nia: Formados em sua maior parte por terras Brasil, 2014. 87 min. de relevo da Amaz\u00f4nia. baixas e plat\u00f4s (planaltos sedimentares de baixa altitude). As \u00e1reas de plan\u00edcies Um document\u00e1rio sobre Se julgar pertinente, mostre fluviais correspondem a cerca de 1% da \u00e1rea total dessa unidade. a Floresta Amaz\u00f4nica aos alunos um mapa da classi- que apresenta projetos fica\u00e7\u00e3o do relevo proposta por \u2022 Planalto das Guianas: Constitu\u00eddo por terrenos cristalinos. Localiza-se ao norte com propostas Jurandyr Ross para ampliar o re- bem-sucedidas do uso pert\u00f3rio da turma. Explique que da plan\u00edcie Amaz\u00f4nica, prolongando-se at\u00e9 a Venezuela e as Guianas. Na \u00e1rea de da floresta de maneira o relevo da regi\u00e3o da Amaz\u00f4nia, fronteira entre esses pa\u00edses e o Brasil, est\u00e1 a regi\u00e3o serrana, formada pelas ser- sustent\u00e1vel, beneficiando para esse ge\u00f3grafo, divide-se em ras do Imeri ou Tapirapec\u00f3, Parima, Pacaraima, Acara\u00ed e Tumucumaque. \u00c9 na diretamente a popula\u00e7\u00e3o diferentes categorias: a Plan\u00edcie regi\u00e3o serrana que se encontram os pontos mais altos do pa\u00eds: o pico da Neblina, local e promovendo boas do Rio Amazonas corresponde com 2 995 m de altitude acima do n\u00edvel do mar, e o pico 31 de Mar\u00e7o, com 2974 m parcerias econ\u00f4micas. \u00e0s faixas de terras que acompa- de altitude, ambos localizados na serra do Imeri, no estado do Amazonas. nham os rios e possuem altitude inferior a 100 m; a Depress\u00e3o da \u2022 Planalto Central: Localizado na parte sul da regi\u00e3o amaz\u00f4nica, abrangendo o sul Amaz\u00f4nia Ocidental corresponde \u00e0s \u00e1reas com altitudes de 100 m do Amazonas e do Par\u00e1 e a maior parte dos estados de Rond\u00f4nia e Tocantins. \u00c9 a 200 m \u00e0 oeste; a Depress\u00e3o composto de terrenos cristalinos e sedimentares antigos, mais elevados ao sul Marginal Norte-Amaz\u00f4nica e a e em Tocantins. Depress\u00e3o Marginal Sul-Ama- z\u00f4nica apresentam altitudes de Clima 200 m a 300 m; o Planalto da Amaz\u00f4nia Oriental corresponde O clima predominante na Amaz\u00f4nia \u00e9 o equatorial, quente e \u00famido. Em raz\u00e3o das \u00e0s \u00e1reas de altitude de 400 m a 500 m, pr\u00f3ximo a um trecho da baixas altitudes e latitudes, a regi\u00e3o apresenta elevadas temperaturas m\u00e9dias. A presen- Plan\u00edcie do Rio Amazonas; os Planaltos residuais Norte-Ama- \u00e7a de grandes massas l\u00edquidas favorece a evapora\u00e7\u00e3o, produzindo elevada umidade. z\u00f4nicos, onde a altitude m\u00e9dia varia entre 800 m a 1 200 m e As temperaturas s\u00e3o Portal de Mapas\/Arquivo da editora onde est\u00e3o localizados os picos da Neblina e 31 de Mar\u00e7o. elevadas o ano todo (m\u00e9dias Amaz\u00f4nia: relevo e hidrografia Ao abordar o conte\u00fado sobre de 24 \u00baC a 26 \u00baC) e h\u00e1 baixa Monte Cabura\u00ed 55\u00ba O o clima, verifique se os alunos amplitude t\u00e9rmica, com exce- entendem como se d\u00e1 o fen\u00f4- \u00e7\u00e3o de algumas \u00e1reas de Pico 31 de Mar\u00e7o 1 456 m Cabo Orange meno da friagem. Acrescente que Rond\u00f4nia e do Acre, onde esse fen\u00f4meno tem atingido re- ocorre o fen\u00f4meno da fria- 2 974 m Serra PacaraimaBranco gi\u00f5es mais ao norte do pa\u00eds nos gem \u2013 frentes frias vindas do Serra Parima poque \u00faltimos tempos, possivelmente sul do oceano Atl\u00e2ntico pene- Pico da Neblina SeDrrAaSASecarrraaGT\u00ed uUmIAuRNcioAuOSmiaaque OCEANO em raz\u00e3o do desmatamento. A tram no sul do Brasil, prosse- 2 995 m ATL\u00c2NTICO floresta original dificultava a pe- guem rumo ao norte, passam netra\u00e7\u00e3o das frentes frias, por\u00e9m, por Mato Grosso e, \u00e0s vezes, 0\u00ba PLANALTO Equador o desmatamento remove a bar- atingem esses estados, o que reira natural, o que faz com que provoca diminui\u00e7\u00e3o da tem- Rio Negro 3 essas massas de ar alcancem peratura. No inverno, o efeito Rio Jari Ilha de PCLAONST dist\u00e2ncias maiores. da friagem dura uma semana Rio Japur\u00e1 Rio Amazonas u Maraj\u00f3 EI\u00cdRCIAE ou pouco mais, quando a Serra Co Texto complementar temperatura m\u00ednima chega a Rio Solim\u00f5es 2 12 \u00baC em Porto Velho (RO) e Riquezas amaz\u00f4nicas o Javari PLAN\u00cdCIE AMAZ\u00d4NICA 1 Rio Tapaj\u00f3s Rio Xing escondem pobreza dos Rio Juru\u00e1 solos da regi\u00e3o Ri deiraRio Ma Rio Araguaia Rio Tocantins Estima-se que somente na Purus regi\u00e3o amaz\u00f4nica existam aproximadamente seis tipos Rio de solos, que s\u00e3o: Latosso- los, Argissolos, Terra Preta ntamana PLANALTO Altitudes (em metros) de \u00cdndio, Solos de V\u00e1rzea, BRASILEIRO Mais de 800 Solos de Igap\u00f3 e Nitossolos. 200 a 800 Estes solos apresentam diver- Rio Guapor\u00e9 PLANALTO CENTRAL 100 a 200 sas particularidades e se di- N 0 a 100 ferenciam um do outro pela 4 Picos e montes varia\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica, recursos OL Limite da Amaz\u00f4nia de nutrientes e at\u00e9 mesmo Limite das bacias atrav\u00e9s de res\u00edduos org\u00e2nicos OCEANO 0 S hidrogr\u00e1ficas deixados pelos antepassados PAC\u00cdFICO 305 610 km ind\u00edgenas da era pr\u00e9-colom- 1 Bacia Amaz\u00f4nica 244 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12 2 Bacia doTocantins-Araguaia 3 Bacias do Nordeste 4 Bacia Platina at\u00e9 6 \u00baC em Rio Branco (AC). Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geogr\u00e1\ufb01co escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 88. 244 UNIDADE 4 \u2022 Brasil: diversidades regionais biana, como \u00e9 o caso da Terra Preta de \u00cdndio, solo com alto teor de ao contr\u00e1rio dos rios Solim\u00f5es e Madeira que apresentam grande fertilidade e material org\u00e2nico. [...] quantidade de nutrientes em suas \u00e1guas, al\u00e9m de haver solos mais ricos nas regi\u00f5es passando de Presidente Figueiredo\u201d, explica Van Um fator agravante que torna os solos cada vez mais pobres \u00e9 o Leeuwen [coordenador do N\u00facleo Agroflorestal do Instituto Na- desmatamento. Com este processo as \u00e1guas das chuvas escoam pelo cional de Pesquisas da Amaz\u00f4nia (Inpa)]. [\u2026] solo para formar os rios e arrastam uma infinidade de nutrientes, processo conhecido como lixivia\u00e7\u00e3o. AMAZ\u00d4NIA NOT\u00cdCIA E INFORMA\u00c7\u00c3O. Riquezas amaz\u00f4nicas escondem pobreza dos solos da regi\u00e3o. 31 jan. 2014. \u201cOs munic\u00edpios banhados pelo rio Negro n\u00e3o apresentam rique- zas em seus solos devido a acidez de suas \u00e1guas e porque ele \u00e9 com- Dispon\u00edvel em: <http:\/\/amazonia.org.br\/2014\/01\/riquezas- posto de areia e argila, o que impossibilita o cultivo de planta\u00e7\u00f5es, amazonicas-escondem-pobreza-dos-solos-da-regiao>. Acesso em: 3 out. 2018.","M\u00e1cio Ferreira\/Arquivo Ag. Par\u00e1 Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas O regime de chuvas na regi\u00e3o \u00e9 bem marcado: h\u00e1 Oriente os alunos a explorar as fotografias e estabelecer co- um per\u00edodo seco, de junho a novembro, e outro com nex\u00f5es entre elas e o texto. Veri- fique se os alunos compreendem grande volume de precipita\u00e7\u00e3o, de dezembro a maio. as caracter\u00edsticas do regime de chuvas da Amaz\u00f4nia, bem co- As chuvas provocam mais de 2 mil mil\u00edmetros de pre- mo o fen\u00f4meno das chuvas de convec\u00e7\u00e3o. Comente que esse cipita\u00e7\u00e3o anual; alguns trechos registram mais de tipo de chuva (popularmente chamado de \u201cchuva de ver\u00e3o\u201d) 3 mil mil\u00edmetros, como o litoral do Amap\u00e1, a foz do rio tamb\u00e9m ocorre durante o ver\u00e3o em algumas \u00e1reas do Sudeste do Amazonas e por\u00e7\u00f5es da Amaz\u00f4nia ocidental. Brasil, em particular, nas regi\u00f5es metropolitanas de S\u00e3o Paulo e do As chuvas de convec\u00e7\u00e3o, caracter\u00edsticas do clima Rio de Janeiro. equatorial, geralmente ocorrem no final da tarde e se Ao falar sobre a hidrografia, valorize o potencial hidrel\u00e9trico formam da seguinte maneira: com o nascer do Sol, a da regi\u00e3o, bem como o uso do rio Amazonas para o transporte. temperatura come\u00e7a a subir, o que provoca a evapo- Se julgar interessante, comen- ra\u00e7\u00e3o. O vapor de \u00e1gua no ar se eleva, formando gran- te que a palavra \u201cpororoca\u201d \u00e9 de origem tupi (poro\u2019roka), e signi- des nuvens. A temperatura diminui \u00e0 medida que o fica \u201cestrondo\u201d, \u201dbarulho forte da natureza\u201d. Comente tamb\u00e9m que entardecer se aproxima, levando esse vapor de \u00e1gua a as ondas mais fortes podem ar- rastar \u00e1rvores e acelerar a eros\u00e3o se condensar e a precipitar. do solo, al\u00e9m de serem perigosas para a pr\u00e1tica do surfe. Hidrografia Em Bel\u00e9m (PA), as chuvas de convec\u00e7\u00e3o ocorrem Texto e a\u00e7\u00e3o A maior bacia hidrogr\u00e1fica do mundo, a bacia Amaz\u00f4nica, \u00e9 formada pelo rio Ama- diariamente, no fim da tarde. Foto de 2016. Item a: Predominam as altitu- des representadas pela cor esver- zonas e seus milhares de afluentes (alguns n\u00e3o catalogados). No rio Uamut\u00e3, afluente deada, de 0 a 100 metros, e as altitudes representadas pela cor do Amazonas, est\u00e1 instalada a usina hidrel\u00e9trica de Balbina, e em outro afluente, o rio alaranjada, de 200 a 280 metros. Jamari, est\u00e1 instalada a usina hidrel\u00e9trica de Samuel, constru\u00edda na cachoeira de Samuel. Item b: Cor marrom\/ocre. A grande extens\u00e3o do rio Amazonas e as boas con- Flavio Contente\/Futura Press Item c: Cor esverdeada. Essas \u00e1reas correspondem a uma fai- di\u00e7\u00f5es de navegabilidade (\u00e9 um rio de terras baixas e xa que acompanha as margens do rio Amazonas e de alguns de planas) possibilitaram a constru\u00e7\u00e3o de tr\u00eas portos para seus afluentes. Ou seja, s\u00e3o as plan\u00edcies fluviais e os baixos pla- navios de grande porte no curso do rio. Um deles fica t\u00f4s da Amaz\u00f4nia. no Brasil, na cidade de Manaus. Item d: A nascente do rio Xin- gu est\u00e1 situada em uma \u00e1rea de No rio Amazonas ocorre a pororoca, fen\u00f4meno planalto, de 200 a 800 metros de altitude, passando por outra natural marcado pelo forte choque resultante do en- mais baixa \u2013 de 100 a 200 me- tros \u2013 depois por uma \u00e1rea de contro das \u00e1guas desse rio com as do mar, cujo barulho at\u00e9 100 metros, at\u00e9 chegar \u00e0 foz e desaguar no oceano Atl\u00e2ntico. pode ser ouvido a longas dist\u00e2ncias. Na foz do rio, en- Significa que o curso do rio, como \u00e9 normal, acompanha as altitu- contra-se a ilha de Maraj\u00f3, a maior ilha fluviomar\u00edtima des do relevo. do mundo. Na Amaz\u00f4nia tamb\u00e9m est\u00e1 localizada boa parte da bacia hidrogr\u00e1fica do Tocantins-Araguaia. No rio To- A pororoca no munic\u00edpio de S\u00e3o Domingos do Capim (PA), onde cantins est\u00e1 instalada a usina de Tucuru\u00ed, uma das maio- surfistas participam do Festival do Surf na Pororoca, que se realiza res usinas hidrel\u00e9tricas do Brasil e do mundo. anualmente. Foto de 2017. Texto e a\u00e7\u00e3o \u00a5 Analise o mapa Amaz\u00f4nia: relevo e hidrografia, na p\u00e1gina 244, e responda: a) Que altitudes predominam na Amaz\u00f4nia? b) Que cor indica as altitudes acima de 800 metros em rela\u00e7\u00e3o ao n\u00edvel do mar? c) Que cor indica as \u00e1reas menos elevadas da regi\u00e3o? Onde elas se localizam? d) Quais s\u00e3o as altitudes percorridas pelo rio Xingu, da nascente \u00e0 foz? O que isso significa? Amaz\u00f4nia \u2022 CAP\u00cdTULO 12 245 245MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Geolink 2 Se poss\u00edvel, fa\u00e7a uso das Leia o texto a seguir. anima\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas disponibi- lizadas pelo Projeto Rios Voado- Fen\u2122meno dos \u00d2rios voadores\u00d3 Pavel Svoboda Photography\/Shutterstock res (dispon\u00edvel em: <http:\/\/rios voadores.com.br\/educacional\/ Os rios voadores s\u00e3o \u201ccursos de \u00e1gua at- animacoes-didaticas>. Acesso em: 19 out. 2018). Essa p\u00e1gina mosf\u00e9ricos\u201d, formados por massas de ar car- conta com v\u00eddeos curtos que abordam temas como desma- regadas de vapor de \u00e1gua,muitas vezes acom- tamento, aquecimento e eva- pora\u00e7\u00e3o, com destaque para o panhados por nuvens, e s\u00e3o propelidos pelos funcionamento dos rios voado- res e para a import\u00e2ncia de pre- ventos. Essas correntes de ar invis\u00edveis pas- servar o ambiente em raz\u00e3o da manuten\u00e7\u00e3o do equil\u00edbrio h\u00eddrico. sam em cima das nossas cabe\u00e7as carregando Caso n\u00e3o seja vi\u00e1vel utilizar umidade da BaciaAmaz\u00f4nica para o Centro- esses recursos, procure apre- sentar um mapa ilustrativo dos -Oeste,Sudeste e Sul do Brasil. Essa umidade, rios voadores aos alunos, a\u00e7\u00e3o que estimula o desenvolvimen- nas condi\u00e7\u00f5es meteorol\u00f3gicas prop\u00edcias, to da habilidade EF07GE09 e da CECHEF7. como uma frente fria vinda do sul, por exem- Atividade 1: Os rios voadores plo, se transforma em chuva. \u00c9 essa a\u00e7\u00e3o de A cordilheira dos Andes \u00e9 a maior cadeia de montanhas do mundo. Os s\u00e3o \u201ccursos de \u00e1gua atmosf\u00e9ri- transporte de enormes quantidades de vapor chamados \u201crios voadores\u201d encontram nela uma barreira, precipitando-se em cos\u201d, formados por massas de de \u00e1gua pelas correntes a\u00e9reas que recebe o suas encostas e formando a cabeceira dos rios amaz\u00f4nicos. Foto de 2015. ar carregadas de vapor de \u00e1gua, nome de rios voadores \u2013 um termo que des- muitas vezes acompanhados por nuvens e que s\u00e3o propelidos pe- creve perfeitamente, mas em termos po\u00e9ticos, um fen\u00f4meno real que tem um impacto significante em nossas vidas. los ventos. Pela a\u00e7\u00e3o da evapo- transpira\u00e7\u00e3o das \u00e1rvores sob o A Floresta Amaz\u00f4nica funciona como uma bomba-d\u2019\u00e1gua. Ela puxa para dentro do continente a umidade eva- sol tropical, a floresta devolve a porada pelo oceanoAtl\u00e2ntico e carregada pelos ventos al\u00edsios.Ao seguir terra adentro, a umidade cai como chuva \u00e1gua da chuva para a atmosfera sobre a floresta. Pela a\u00e7\u00e3o da evapotranspira\u00e7\u00e3o das \u00e1rvores sob o sol tropical, a floresta devolve a \u00e1gua da chuva na forma de vapor de \u00e1gua. As- para a atmosfera na forma de vapor de \u00e1gua. Dessa forma, o ar \u00e9 sempre recarregado com mais umidade, que con- sim, o ar \u00e9 sempre recarregado tinua sendo transportada rumo ao oeste para cair novamente como chuva mais adiante. Propelidos em dire\u00e7\u00e3o ao com mais umidade, que continua oeste, os rios voadores (massas de ar carregadas de umidade, boa parte dela proveniente da evapotranspira\u00e7\u00e3o da sendo transportada e forma os floresta) encontram a barreira natural formada pela cordilheira dos Andes. Eles se precipitam parcialmente nas chamados rios voadores. encostas leste da cadeia de montanhas, formando as cabeceiras dos rios amaz\u00f4nicos. Por\u00e9m, barrados pelo pare- d\u00e3o de 4 mil metros de altura, os rios voadores, ainda transportando vapor de \u00e1gua, fazem a curva e partem em di- Atividade 2: Quando v\u00e3o para re\u00e7\u00e3o ao sul, rumo \u00e0s regi\u00f5es do Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e aos pa\u00edses vizinhos. o oeste, os rios voadores encon- tram a barreira natural forma- \u00c9 assim que o regime de chuva e o clima do Brasil se deve muito a um acidente geogr\u00e1fico localizado fora do pa\u00eds da pela cordilheira dos Andes. [a cordilheira dosAndes].A chuva,claro,\u00e9 de suma import\u00e2ncia para nossa vida,nosso bem-estar e para a economia Com isso, ainda transportando do pa\u00eds. Ela irriga as lavouras, enche os rios terrestres e as represas que fornecem nossa energia. Por incr\u00edvel que pa- vapor de \u00e1gua, fazem a curva e re\u00e7a, a quantidade de vapor de \u00e1gua evaporada pelas \u00e1rvores da Floresta Amaz\u00f4nica pode ter a mesma ordem de partem em dire\u00e7\u00e3o ao sul, ru- grandeza, ou mais, que a vaz\u00e3o do rio Amazonas (200.000 m3\/s), tudo isso gra\u00e7as aos servi\u00e7os prestados da floresta. mo \u00e0s regi\u00f5es Centro-Oeste, Estudos promovidos pelo Inpa [Instituto Nacional de Pesquisas daAmaz\u00f4nia] j\u00e1 mostraram que uma \u00e1rvore com copa Sudeste e Sul do Brasil e aos de 10 metros de di\u00e2metro \u00e9 capaz de bombear para a atmosfera mais de 300 litros de \u00e1gua,em forma de vapor,em um pa\u00edses vizinhos. \u00fanico dia \u2013 ou seja, mais que o dobro da \u00e1gua que um brasileiro usa diariamente! Uma \u00e1rvore maior, com copa de 20 metros de di\u00e2metro, por exemplo, pode evapotranspirar bem mais de 1.000 litros por dia. Estima-se que haja Atividade 3: S\u00e3o 180 tri- 600 bilh\u00f5es de \u00e1rvores naAmaz\u00f4nia: imagine ent\u00e3o quanta \u00e1gua a floresta toda est\u00e1 bombeando a cada 24 horas! lh\u00f5es de litros de \u00e1gua por dia (600 bilh\u00f5es de \u00e1rvores multi- Petrobras Educacional. Fen\u2122meno dos rios voadores. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/riosvoadores.com.br\/o-projeto\/ plicado por 300 litros de \u00e1gua fenomeno-dos-rios-voadores\/#prettyphoto[post-65]\/0>. Acesso em: 18 jul. 2018. por dia). O c\u00e1lculo realizado \u00e9 importante para demonstrar a Agora, responda: relev\u00e2ncia da vegeta\u00e7\u00e3o para a manuten\u00e7\u00e3o do balan\u00e7o h\u00ed- 1 O que s\u00e3o os \u201crios voadores\u201d? Onde eles se formam e por qu\u00ea? drico desse bioma. 2 Por que os rios voadores, quando v\u00e3o para oeste, se desviam e passam a se dirigir para o Centro-Sul do Brasil? 3 Agora imagine que existem cerca de 600 bilh\u00f5es de \u00e1rvores na Floresta Amaz\u00f4nica. Sabendo que uma \u00e1rvore com 10 metros de di\u00e2metro evapotranspira cerca de 300 litros de \u00e1gua por dia, e supondo que em m\u00e9dia as \u00e1rvores da floresta tenham 10 metros de di\u00e2metro (algumas t\u00eam mais, outras menos), quanta \u00e1gua as plantas liberam para a atmosfera a cada dia? 246 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais 246 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","3 A floresta e seu desmatamento Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas O bioma amaz\u00f4nico, considerado o de maior biomassa e biodiversidade total do Ap\u00f3s a leitura do texto, comen- mundo, \u00e9 importante n\u00e3o s\u00f3 para a regi\u00e3o, mas para todo o planeta. Al\u00e9m da Floresta te que, ao sul da Amaz\u00f4nia bra- Amaz\u00f4nica, ele inclui uma pequena faixa de Mangue (no litoral) e algumas \u00e1reas com sileira, o desmatamento ocorre vegeta\u00e7\u00e3o de Cerrado. nas \u00e1reas ocupadas pela agro- pecu\u00e1ria. O intenso desmatamento tem causado s\u00e9rios problemas ambientais na Amaz\u00f4- nia brasileira. Seja em raz\u00e3o de queimadas (o que \u00e9 mais comum), seja por causa de Se julgar pertinente, lembre os motosserras e tratores, os desmatamentos s\u00e3o mais frequentes nos limites da Ama- alunos de que o Brasil \u00e9 signat\u00e1- z\u00f4nia brasileira, tanto a leste (Par\u00e1 e Maranh\u00e3o), onde as madeireiras se expandem, rio do Acordo de Paris e precisa como ao sul (Mato Grosso e Rond\u00f4nia). Observe o quadro abaixo. contribuir para a diminui\u00e7\u00e3o da emiss\u00e3o de gases do efeito es- Degrada\u00e7\u00e3o florestal na Amaz\u00f4nia Legal (km2) (2004-2017) tufa. Para atingir as metas esta- belecidas (redu\u00e7\u00e3o de 37% das Estados Anos emiss\u00f5es de gases at\u00e9 2025 e Acre 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 de at\u00e9 43% at\u00e9 2030), no \u00e2mbito Amazonas 728 592 398 184 254 167 259 280 305 221 309 264 372 244 das florestas, o pa\u00eds se compro- Amap\u00e1 1 232 775 788 610 604 405 595 502 523 583 500 712 1 129 965 meteu a fortalecer o cumprimen- Maranh\u00e3o 46 33 30 39 100 70 53 66 27 23 31 25 17 31 to do C\u00f3digo Florestal: erradicar Mato Grosso 755 922 674 631 1 271 828 712 396 269 403 257 209 258 237 o desmatamento da Amaz\u00f4nia Par\u00e1 11 814 7 145 4 333 2 678 32 58 1 049 871 1 120 757 1 139 1 075 1 601 1 498 1 341 Legal, restaurar 12 milh\u00f5es de Rond\u00f4nia 8 870 5 899 5 659 5 526 5 607 4 281 3 770 3 008 1 741 2 346 1 887 2 153 2 992 2 413 hectares de florestas e 15 mi- Roraima 3 858 3 244 2 049 1 611 1 136 482 435 865 773 932 684 1 030 1 376 1 252 lh\u00f5es de hectares de pastagens Tocantins 311 133 231 309 574 121 256 141 124 170 219 156 202 115 degradadas, al\u00e9m de aumentar Amaz\u00f4nia Legal 158 271 124 63 107 61 49 40 52 74 50 57 58 26 5 milh\u00f5es de hectares em sis- 27 772 19 014 14 286 11 651 12 911 7 464 7 000 6 418 4 571 5 891 5 012 6 207 7 893 6 624 temas de integra\u00e7\u00e3o lavoura- -pecu\u00e1ria-florestas. Fonte: INPE. Dispon\u00edvel em: <www.obt.inpe.br\/prodes\/index.php>. Acesso em: 11 jun. 2018. Destaque que, apesar desse Texto e a\u00e7\u00e3o compromisso internacional, as informa\u00e7\u00f5es sobre o desmata- 1 O que aconteceu com o desmatamento na Amaz\u00f4nia Legal no per\u00edodo apresentado no quadro? mento seguem sendo noticiadas. 2 Que estados da Amaz\u00f4nia Legal mais desmataram no per\u00edodo de 2004 a 2017? 3 O que os n\u00fameros do quadro revelam sobre a degrada\u00e7\u00e3o florestal em Mato Grosso? Texto e a\u00e7\u00e3o 4 Economia regional Jose Caldas\/Brazil Photos\/LightRocket via Getty Images Atividade 1: Houve uma oscila- \u00e7\u00e3o entre aumento e diminui\u00e7\u00e3o Historicamente, a economia da regi\u00e3o amaz\u00f4nica se do desmatamento nesse per\u00edodo. baseou no extrativismo vegetal. Atualmente, por\u00e9m, a Mas em geral os desmatamentos agropecu\u00e1ria \u00e9 a mais importante atividade econ\u00f4mica. eram maiores na primeira d\u00e9ca- H\u00e1, tamb\u00e9m, alguma industrializa\u00e7\u00e3o, principalmente em da do s\u00e9culo. Manaus (AM) e em Bel\u00e9m (PA). Atividade 2: Par\u00e1, Mato Gros- A agricultura contribui para o desmatamento Amaz\u00f4nia \u2022 CAP\u00cdTULO 12 247 so e Amazonas. \u00c9 importante da Amaz\u00f4nia, como mostra a foto de 2016. incentivar a pesquisa sobre o desmatamento na Amaz\u00f4nia. Para aprofundar Se julgar pertinente, proponha VENTURA, Zuenir. Chico Mendes, crime e castigo. S\u00e3o Paulo: Com- uma roda de conversa, questio- panhia das Letras, 2003. p. 248. nando os alunos sobre as formas de reduzir o desmatamento da Livro-reportagem do autor que acompanhou o trabalho do se- regi\u00e3o, sem deixar de mencio- ringalista Chico Mendes, assassinado a mando de propriet\u00e1rios nar fiscaliza\u00e7\u00e3o, fortalecimento de terras na regi\u00e3o (Chico Mendes combatia os desmatamentos das \u00e1reas de prote\u00e7\u00e3o e de terras e defendia a implanta\u00e7\u00e3o de reservas extrativistas). ind\u00edgenas, controle da grilagem, pol\u00edticas de restri\u00e7\u00e3o de compra de terras e de cr\u00e9dito, incentivo \u00e0 agropecu\u00e1ria sustent\u00e1vel, en- tre outros, mobilizando, assim, a CECHEF 2 e a CEGEF 1. Atividade 3: Nesse per\u00edodo o estado de Mato Grosso apresen- tou um dos maiores desmata- mentos na Amaz\u00f4nia Legal junto com o Par\u00e1. 247MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Tarcisio Schnaider\/Shutterstock \u2022 Agricultura: A juta, a pimenta-do-reino e a malva s\u00e3o os tr\u00eas produtos comer- Este t\u00f3pico sobre a economia cialmente mais importantes. A juta e a malva, plantas que produzem fibras regional trabalha a habilidade utilizadas na ind\u00fastria t\u00eaxtil, s\u00e3o cultivadas nas proximidades das cidades de EF07GE06. Bel\u00e9m e Manaus. A pimenta-do-reino e a juta foram introduzidas na regi\u00e3o por col\u00f4nias japonesas e s\u00e3o cultivadas em Tom\u00e9-A\u00e7u (PA) e na Zona Bragantina, Providencie fotografias de juta, \u00e1rea localizada entre Bel\u00e9m e Bragan\u00e7a (PA). Outro produto agr\u00edcola que vem pimenta-do-reino, malva, a\u00e7a\u00ed e avan\u00e7ando na Amaz\u00f4nia, principalmente nas \u00e1reas que sofrem desmatamen- guaran\u00e1 para ilustrar o conte\u00fado to, \u00e9 a soja. Tamb\u00e9m h\u00e1 a produ\u00e7\u00e3o de banana, coco-da-ba\u00eda, feij\u00e3o, mandioca, de agricultura amaz\u00f4nica. Co- cana-de-a\u00e7\u00facar, al\u00e9m de a\u00e7a\u00ed e guaran\u00e1, dois produtos t\u00edpicos do extrativismo mente que o cultivo da soja e da vegetal que passaram a ser cultivados devido ao aumento da procura. cana-de-a\u00e7\u00facar \u00e9 feito em gran- des propriedades, diferente dos \u2022 Pecu\u00e1ria: A pecu\u00e1ria, geralmente extensiva e de corte, cresceu muito a partir de demais produtos, cuja produ\u00e7\u00e3o se d\u00e1, majoritariamente, em pe- 1970, quando se intensificou o processo de derrubada da floresta para planta- quenas e m\u00e9dias propriedades. O \u00e7\u00f5es de capim, visando \u00e0 cria\u00e7\u00e3o de gado para a exporta\u00e7\u00e3o da carne. As expor- a\u00e7a\u00ed e o guaran\u00e1 s\u00e3o destinados ta\u00e7\u00f5es n\u00e3o corresponderam ao esperado, mas, mesmo assim, o capim substi- \u00e0 ind\u00fastria aliment\u00edcia e farma- tuiu a mata em enormes trechos adquiridos por grupos econ\u00f4micos do Centro- c\u00eautica e o Brasil \u00e9 o maior pro- -Sul do pa\u00eds e por empresas multinacionais, resultando em enormes taxas de dutor e exportador do mundo. desmatamento da vegeta\u00e7\u00e3o da regi\u00e3o. Na ilha de Maraj\u00f3, a cria\u00e7\u00e3o de b\u00fafalos tem sido melhorada com a utiliza\u00e7\u00e3o de t\u00e9cnicas modernas. Oriente os alunos a ler o texto sobre a pecu\u00e1ria e observar a fo- B\u00fafalos em uma regi\u00e3o de tografia correspondente. Ressalte campos alagados na ilha de que a bubalinocultura (cria\u00e7\u00e3o de Maraj\u00f3 (PA), em 2016. b\u00fafalos) foi introduzida primeiro na Ilha de Maraj\u00f3, por\u00e9m, atual- \u2022 Extrativismo vegetal: O extrativismo vegetal ou coleta florestal tem na bor- Minha biblioteca mente h\u00e1 rebanhos em outras Unidades da Federa\u00e7\u00e3o, como racha seu produto mais importante, respons\u00e1vel pela fase \u00e1urea de prospe- Macaparana, de Giselda Amap\u00e1, Maranh\u00e3o e Rio Gran- ridade da Amaz\u00f4nia, entre 1870 e 1910. Ap\u00f3s esse per\u00edodo, a regi\u00e3o sofreu Laporta Nicolelis, S\u00e3o de do Norte. acentuado decl\u00ednio econ\u00f4mico em consequ\u00eancia da redu\u00e7\u00e3o das exporta\u00e7\u00f5es, Paulo: Atual, 1988. ocasionada pela concorr\u00eancia dos seringais do Sudeste Asi\u00e1tico. Durante a A respeito do extrativismo Segunda Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu novo impulso dessa atividade O paulista Gerson vai vegetal da borracha, mencione na Amaz\u00f4nia, diante da dificuldade de importar esse produto do Sudeste da morar com o pai no que o Brasil \u00e9 o maior produtor \u00c1sia, que, na ocasi\u00e3o, era um dos palcos da guerra entre Estados Unidos e Amap\u00e1 e depara com de borracha natural da Am\u00e9rica Jap\u00e3o. Com o fim da guerra, a situa\u00e7\u00e3o se normalizou, e as exporta\u00e7\u00f5es bra- uma realidade de Latina, por\u00e9m n\u00e3o \u00e9 autossufi- sileiras de borracha voltaram a cair. Embora praticada de forma rudimentar, a paisagens naturais, ciente, por isso precisa impor- extra\u00e7\u00e3o da borracha ainda \u00e9 uma atividade significativa na regi\u00e3o, principal- atividades econ\u00f4micas e tar para atender \u00e0 demanda do mente no Acre. aspectos culturais muito mercado interno. diferentes da que ele 248 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais conhecia no Centro-Sul Comente que, at\u00e9 o s\u00e9culo do pa\u00eds. XIX, as atividades dos principais ciclos econ\u00f4micos do Brasil n\u00e3o oferece tecnologias que permitem ampliar a produ\u00e7\u00e3o com o m\u00ed- Al\u00e9m do mercado interno, a fruta tamb\u00e9m \u00e9 consumida em outros ocorriam na Amaz\u00f4nia, mas prin- nimo de preju\u00edzo ao meio ambiente.\u201d pa\u00edses. [\u2026] Os mercados norte-americano e japon\u00eas s\u00e3o o destino cipalmente nas \u00e1reas litor\u00e2neas de 90% das exporta\u00e7\u00f5es de a\u00e7a\u00ed. Os outros 10% s\u00e3o comprados pela do pa\u00eds. No entanto, a partir do [\u2026] N\u00e3o \u00e9 s\u00f3 a polpa de a\u00e7a\u00ed que garante renda aos ribeirinhos Alemanha, B\u00e9lgica, Reino Unido, Angola, Austr\u00e1lia, Canad\u00e1, Chile, \u201cciclo da borracha\u201d, iniciou-se um no baixo Rio Tocantins. O palmito, que fica na parte mais alta do China, Cingapura, Emirados \u00c1rabes, Fran\u00e7a, Israel, Nova Zel\u00e2ndia, fluxo migrat\u00f3rio para esta regi\u00e3o, a\u00e7aizeiro, \u00e9 retirado ao fim da safra e vendido \u00e0s empresas locais. Peru, Porto Rico, Portugal e Taiwan. o que a incluiu na din\u00e2mica eco- O produto n\u00e3o \u00e9 muito consumido no estado, mas \u00e9 revendido a n\u00f4mica do pa\u00eds e resultou na di- regi\u00f5es como Belo Horizonte, S\u00e3o Paulo e Vit\u00f3ria. Tamb\u00e9m \u00e9 pos- MINIST\u00c9RIO DA AGRICULTURA, PECU\u00c1RIA E ABASTECIMENTO. versifica\u00e7\u00e3o atual das atividades s\u00edvel extrair o \u00f3leo do a\u00e7a\u00ed, e os caro\u00e7os podem ser utilizados para a A\u00e7a\u00ed, o sabor da Amaz\u00f4nia que se espalha pelo mundo. 12 dez. 2016. econ\u00f4micas da Amaz\u00f4nia. Essa produ\u00e7\u00e3o de fitoter\u00e1picos, ra\u00e7\u00e3o animal e adubo org\u00e2nico. Dispon\u00edvel em: <www.agricultura.gov.br\/noticias\/acai-o-sabor-da- discuss\u00e3o mobiliza a habilidade amazonia-que-se-espalha-pelo-mundo>. Acesso em: 3 out. 2018. EF07GE05. Aproveite a oportunidade para trabalhar com os alunos a Sequ\u00eancia Did\u00e1tica 3: As ativi- dades econ\u00f4micas na Amaz\u00f4- nia, dispon\u00edvel no material digital. Texto complementar A\u00e7a\u00ed, o sabor da Amaz\u00f4nia que se espalha pelo mundo [\u2026] Com a ampla divulga- \u00e7\u00e3o de seus benef\u00edcios para a sa\u00fade, a procura pelo suco do a\u00e7a\u00ed tem crescido acima da oferta. A cada ano, aumenta 15%, contra 5% do incremen- to da produ\u00e7\u00e3o, comenta Jo\u00e3o Tom\u00e9 de Farias Neto, pesqui- sador da Embrapa Amaz\u00f4nia Oriental. \u201cHoje, a Embrapa 248 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Zig Koch\/Natureza Brasileira Outros produtos extrativos fornecidos pela floresta e que possuem certa impor- Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas t\u00e2ncia econ\u00f4mica na Amaz\u00f4nia s\u00e3o a castanha-do-par\u00e1, produzida sobretudo nos estados do Acre e do Par\u00e1, e a madeira, que, diferentemente de outras formas de Ap\u00f3s a leitura do primeiro pa- extrativismo n\u00e3o agressivas ao meio ambiente, causa intenso desmatamento. As r\u00e1grafo, comente com os alunos empresas madeireiras e serralheiras, algumas delas multinacionais com sede em que a castanha-do-par\u00e1 \u00e9 utiliza- outros pa\u00edses (principalmente do Sudeste Asi\u00e1tico), multiplicaram-se no sul do Ama- da na culin\u00e1ria e o \u00f3leo extra\u00eddo zonas e do Par\u00e1, em Rond\u00f4nia, no Maranh\u00e3o e no norte de Goi\u00e1s e Mato Grosso a tal dela \u00e9 empregado como insumo ponto que algumas esp\u00e9cies vegetais nativas j\u00e1 come\u00e7aram a ficar escassas. da ind\u00fastria de cosm\u00e9ticos. Sobre a extra\u00e7\u00e3o da madeira, acrescen- Processo de extra\u00e7\u00e3o de te que, al\u00e9m do desmatamento castanha-do-par\u00e1, que implica impactos ambientais, internacionalmente conhecida outro problema s\u00e3o as atividades como castanha-do-brasil, em de extra\u00e7\u00e3o ilegais. Laranjal do Jari (AP), em 2017. Se considerar pertinente, in- Extrativismo mineral: A minera\u00e7\u00e3o tem grande import\u00e2ncia para a Amaz\u00f4nia e forme que a planta\u00e7\u00e3o de eu- tende a crescer cada vez mais. Estudos recentes dos recursos minerais da regi\u00e3o de- caliptos em \u00e1reas de transi\u00e7\u00e3o monstraram haver abund\u00e2ncia de ferro, ouro e mangan\u00eas, assim como boa possibili- entre Cerrado e Amaz\u00f4nia tem dade de exist\u00eancia de cobre, n\u00edquel, bauxita, petr\u00f3leo e g\u00e1s natural, al\u00e9m do \u00f3leo que se expandido para a obten\u00e7\u00e3o j\u00e1 \u00e9 extra\u00eddo na regi\u00e3o, especialmente no estado do Amazonas. da celulose. Na atividade mineradora da regi\u00e3o, destaca-se a serra dos Caraj\u00e1s, prov\u00edncia mi- Fa\u00e7a a leitura do texto sobre o neral localizada ao sul de Bel\u00e9m, que possui grandes jazidas de v\u00e1rios tipos de min\u00e9rio, extrativismo vegetal com os alu- principalmente ferro. A partir de 1985, criou-se nessa \u00e1rea um gigantesco complexo nos. Providencie um mapa para que inclui uma cidade na serra dos Caraj\u00e1s, um sistema de minas de min\u00e9rios de ferro mostrar a localiza\u00e7\u00e3o da serra e bauxita para a produ\u00e7\u00e3o de alum\u00ednio, instala\u00e7\u00f5es de beneficiamento e um p\u00e1tio de dos Caraj\u00e1s e a da serra Pelada. estocagem, al\u00e9m da estrada de ferro Caraj\u00e1s, que interliga essa prov\u00edncia mineral ao Essa atividade mobiliza as habi- terminal mar\u00edtimo da Ponta da Madeira, no porto do Itaqui, em S\u00e3o Lu\u00eds, no Maranh\u00e3o. lidades EF07GE07 e EF07GE09. Vizinha a Caraj\u00e1s, tamb\u00e9m no estado do Par\u00e1, est\u00e1 a serra Pelada, onde houve Informe que a explora\u00e7\u00e3o de intensa explora\u00e7\u00e3o de ouro desde o fim dos anos 1970. Foi considerada, nos anos min\u00e9rios na serra dos Caraj\u00e1s 1980, a maior mina de ouro a c\u00e9u aberto do mundo, com cerca de 100 mil pessoas teve in\u00edcio na d\u00e9cada de 1960, trabalhando direta ou indiretamente na explora\u00e7\u00e3o do metal. e que at\u00e9 a d\u00e9cada de 1970 as reservas eram divididas entre Devido \u00e0 explora\u00e7\u00e3o, um enorme buraco foi preenchido pela \u00e1gua das chuvas e a Companhia Vale do Rio Doce resultou num lago polu\u00eddo por merc\u00fario. Os graves problemas ambientais ocasionados (atual Vale) e a sider\u00fargica ame- pelo garimpo n\u00e3o foram os \u00fanicos fatores que levaram \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o desse extrativis- ricana U.S. Steel. No final daque- mo mineral. Podem ser citados tamb\u00e9m a queda do pre\u00e7o do ouro no mercado inter- la d\u00e9cada, a Vale indenizou a U.S. nacional e o esgotamento das reservas mais facilmente explor\u00e1veis. Em 2014, anun- Steel, passando a deter 100% do ciou-se a paralisa\u00e7\u00e3o da explora\u00e7\u00e3o por tempo indeterminado. controle das reservas, lan\u00e7ando o Programa Grande Caraj\u00e1s, ins- Amaz\u00f4nia \u2022 CAP\u00cdTULO 12 249 titucionalizado pelo Decreto-lei n. 1.813, de 24 de novembro de Para aprofundar 1980. Acrescente que, al\u00e9m da in- Extrativismo vegetal na Amaz\u00f4nia: hist\u00f3ria, ecologia, economia e domestica\u00e7\u00e3o fraestrutura de log\u00edstica, a cons- HOMMA, Alfredo K. O. (ed.). Bras\u00edlia, DF: Embrapa, 2014. 468 p. Dispon\u00edvel em: <www.embrapa.br\/busca-de-publicacoes\/-\/publicacao\/1016352\/ tru\u00e7\u00e3o da Usina Hidrel\u00e9trica de extrativismo-vegetal-na-amazonia-historia-ecologia-economia-e-domesticacao>. Acesso em: 3 out. 2018. Tucuru\u00ed, no rio Tocantins (PA), foi importante para atender \u00e0s Aborda a diminui\u00e7\u00e3o relativa da import\u00e2ncia econ\u00f4mica do extrativismo vegetal devido ao esgotamento dos estoques e \u00e0 substitui\u00e7\u00e3o demandas de energia el\u00e9trica por plantios sint\u00e9ticos, ressaltando a import\u00e2ncia do manejo adequado das culturas dessa regi\u00e3o. do empreendimento. Para aprofundar Agenda de A\u00e7\u00e3o para o Com- bate ao Desmatamento Carta de Organiza\u00e7\u00f5es da Sociedade Civil ao Minist\u00e9rio do Meio Ambiente. Dispon\u00ed- vel em: <www.greenpeace. org.br\/hubfs\/Campanhas\/ Desmatamento_Zero\/Carta_ MMA_atualizada.pdf?hsLan- g=pt-br&t=1538578993569>. Acesso em: 3 out. 2018. Nessa carta as ONGs apre- sentam formas de combater o desmatamento na Amaz\u00f4nia e no Cerrado. 249MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Nas proximidades da serra Pelada, a partir de 2010, iniciou-se a extra\u00e7\u00e3o de he- matita (min\u00e9rio de ferro), ap\u00f3s uma grande empresa obter uma licen\u00e7a ambiental. No Comente que o mangan\u00eas \u00e9 Amap\u00e1, at\u00e9 o fim dos anos 1990, desenvolvia-se a extra\u00e7\u00e3o do mangan\u00eas na serra do um metal importante para pro- Navio, exportado pelo porto de Santana, em Macap\u00e1. Praticamente todo o mangan\u00eas duzir a\u00e7o inoxid\u00e1vel, ligas de era exportado para os Estados Unidos. A empresa brasileira que realizava a extra\u00e7\u00e3o alum\u00ednio presentes em latas de dividia 49% de suas a\u00e7\u00f5es com uma empresa estadunidense. Essas empresas encer- bebidas, e como aditivo na ga- raram suas atividades em 1997, declarando exauridas as minas, pouco antes da en- solina para aumentar o n\u00edvel de trada em vigor da Lei dos Crimes Ambientais. Com o fim dessa atividade extrativa octanagem. J\u00e1 o estanho, por mineral, a regi\u00e3o entrou em decad\u00eancia e teve como heran\u00e7a rios polu\u00eddos e um meio oferecer resist\u00eancia \u00e0 corros\u00e3o, ambiente destru\u00eddo. \u00e9 empregado na produ\u00e7\u00e3o de la- tas de conserva, refrigeradores Outra atividade mineradora importante na Amaz\u00f4nia brasileira ocorre em Ron- e radiadores, al\u00e9m de ser utiliza- d\u00f4nia, onde se explora a cassiterita (min\u00e9rio de estanho), extra\u00edda em \u00e1reas pr\u00f3ximas do para a obten\u00e7\u00e3o do bronze. \u00e0 cidade de Porto Velho. Se oportuno, comente que o Acervo\/Ag\u00eancia Vale Brasil possui 98% das reservas de ni\u00f3bio do mundo. As maiores Extra\u00e7\u00e3o de min\u00e9rio de ferro na serra dos Caraj\u00e1s (PA). Foto de 2016. 1. A juta e a malva, plantas com as jazidas est\u00e3o nos estados de Mi- quais s\u00e3o produzidas fibras utilizadas nas Gerais, Amazonas e Goi\u00e1s. Texto e a\u00e7\u00e3o na ind\u00fastria t\u00eaxtil, s\u00e3o cultivadas nas Esse metal leve, resistente a al- proximidades das cidades de Bel\u00e9m e t\u00edssimas temperaturas, \u00e9 usado Manaus. na fabrica\u00e7\u00e3o de a\u00e7os especiais, em motores de aeroplanos, na 1 Qual \u00e9 a utilidade da juta e da malva? Onde s\u00e3o cultivadas? 2. Os graves problemas ambientais propuls\u00e3o de foguetes e em ma- 2 Que motivos levaram \u00e0 diminui\u00e7\u00e3o da extra\u00e7\u00e3o de ouro em serra Pelada? ocasionados pelos garimpos em serra teriais supercondutores. Por ser Pelada, a queda do pre\u00e7o de ouro no um metal raro e de grande inte- mercado internacional e o esgotamento resse para diversas ind\u00fastrias es- das reservas exploradas mais facilmente. trat\u00e9gicas, seu pre\u00e7o se equipara ao pre\u00e7o do ouro. Est\u00e1 entre os 3 Explique por que a extra\u00e7\u00e3o mineral tem uma import\u00e2ncia cada vez maior 3. A minera\u00e7\u00e3o tem grande import\u00e2ncia principais min\u00e9rios exportados na Amaz\u00f4nia. Pesquise em jornais, revistas e na internet as raz\u00f5es desse para a Amaz\u00f4nia, e tende a crescer cada pelo pa\u00eds, junto com o min\u00e9rio crescimento. vez mais. Estudos recentes dos recursos de ferro, alum\u00ednio e mangan\u00eas. minerais da regi\u00e3o demonstram haver 4 Como a atividade pecu\u00e1ria na Amaz\u00f4nia contribui para o desmatamento de abund\u00e2ncia de ferro, ouro e mangan\u00eas, Texto e a\u00e7\u00e3o sua vegeta\u00e7\u00e3o original? assim como boas possibilidades de exist\u00eancia de cobre, n\u00edquel, bauxita, Atividade 5: Se necess\u00e1rio, 5 A sua fam\u00edlia utiliza produtos da agricultura da Amaz\u00f4nia? Quais? petr\u00f3leo e g\u00e1s natural, al\u00e9m do \u00f3leo que oriente os alunos a consultar o j\u00e1 \u00e9 extra\u00eddo na regi\u00e3o, sobretudo no texto da p\u00e1gina 248 e a pesquisar estado do Amazonas. com os familiares quais produtos da agricultura est\u00e3o presentes 4. Espera-se que os alunos apontem que no dia a dia da fam\u00edlia. Incentive as pastagens substitu\u00edram a mata em os alunos a compartilhar as res- enormes trechos da Amaz\u00f4nia. postas com os colegas. Atividade complementar Visando trabalhar a CGEB3, mostre aos alunos as fotogra- fias de Sebasti\u00e3o Salgado em serra Pelada. Algumas est\u00e3o dis- pon\u00edveis em: <www.museudei magens.com.br\/serra-pelada>. Acesso em: 3 out. 2018. Se pos- s\u00edvel, conte aos alunos como se deu a explora\u00e7\u00e3o de ouro na d\u00e9- cada de 1980. 250 UNIDADE 4 \u00a5 Brasil: diversidades regionais 5. Resposta pessoal. Para aprofundar Amaz\u00f4nia Real Dispon\u00edvel em: <http:\/\/amazoniareal.com.br>. Acesso em: 3 out. 2018 Site produzido por jornalistas independentes, que disponibiliza informa\u00e7\u00f5es sobre meio ambiente, economia, povos ind\u00edgenas, quest\u00e3o agr\u00e1ria, etc. dessa regi\u00e3o brasileira. 250 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","CONEX\u00d5ES COM MATEM\u00c1TICA, HIST\u00d3RIA E CI\u00caNCIAS Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas Leia o texto a seguir. O conte\u00fado dessa se\u00e7\u00e3o mo- biliza as habilidades EF07GE02, Terra barata leva soja ao extremo Norte do Brasil EF07GE06 e EF07GE07. Oriente os alunos a ler o texto e analisar A regulariza\u00e7\u00e3o ambiental e fundi\u00e1ria e a viabilidade do cultivo da soja no Norte do Brasil transformam a regi\u00e3o o quadro. em terra de oportunidades. Com a lucratividade da commodity e a promessa de investimentos em portos, rodovias e hidrovias,os pre\u00e7os do hectare agr\u00edcola em estados como Roraima,Par\u00e1 eAmap\u00e1 dispararam e acumulam alta de Atividade 1: Esta atividade tr\u00eas d\u00edgitos nos \u00faltimos cinco anos. Apesar do aumento, os valores das fazendas com potencial para a atividade exige uma retomada dos con- ainda s\u00e3o baixos se comparados aos registrados no Sul, onde est\u00e3o as terras mais caras do pa\u00eds. te\u00fados apresentados no cap\u00edtulo 6. A partir dessa revis\u00e3o, o aluno Atualmente, com o valor desembolsado para a compra de um hectare em Cascavel (Oeste do Paran\u00e1) \u00e9 poss\u00edvel poder\u00e1 selecionar mais argumen- arrematar 21 hectares no Amap\u00e1, 17 hectares em Roraima ou seis hectares no Par\u00e1 [...] tos para respond\u00ea-la. O cultivo da soja expandiu-se bastante A infraestrutura prec\u00e1ria \u2013 em muitos locais ainda h\u00e1 problemas no fornecimento de energia, por exemplo \u2013 e o a partir dos anos 1970 devido isolamento geogr\u00e1fico n\u00e3o limitam o potencial de valoriza\u00e7\u00e3o das \u00e1reas agr\u00edcolas na ponta superior do mapa brasi- a pesquisas da Embrapa que leiro, garante Jos\u00e9 Vicente Ferraz, diretor da consultoria respons\u00e1vel pelo levantamento de pre\u00e7os. [...] levaram a corre\u00e7\u00f5es da acidez dos solos nas \u00e1reas de Cerrado O principal fator que torna o Norte do Brasil um solo f\u00e9rtil para investidores do agroneg\u00f3cio \u00e9 a transforma\u00e7\u00e3o da do Brasil central. E se expandiu regi\u00e3o em um grande polo log\u00edstico,salienta o especialista.Ao menos seis grandes projetos portu\u00e1rios est\u00e3o saindo mais ainda a partir do final do s\u00e9- do papel no chamado Arco Norte, que come\u00e7a em Rond\u00f4nia e segue at\u00e9 o Maranh\u00e3o. [...] culo passado, devido ao enorme aumento na procura pelo merca- Longe do restante do pa\u00eds e com infraestrutura em constru\u00e7\u00e3o,a agricultura mostra-se lucrativa no extremo Norte do internacional (especialmente do Brasil.A renda bruta inicial da soja chega a R$ 2,45 mil por hectare, um ter\u00e7o acima dos custos operacionais [...]. pela China) devido ao fato de a soja ser um alimento b\u00e1sico pa- Essa receita bruta \u00e9 maior que o pre\u00e7o da terra em Santar\u00e9m (PA) ou Macap\u00e1 (AP), por exemplo. Os demais cus- ra o gado su\u00edno, bovino e aves, al\u00e9m de mat\u00e9ria-prima para v\u00e1- tos impedem que uma fazenda seja qui- rios tipos de ind\u00fastria (de \u00f3leos, tintas, corantes, etc.). A soja nas tada logo no primeiro ano. Pre\u00e7os de terras agr\u00edcolas, \u00faltimas d\u00e9cadas se tornou o gran- de destaque da agricultura e das Gasta-se cerca de R$ 1 mil por hectare em R$ por hectare (2009-2014) exporta\u00e7\u00f5es brasileiras. no primeiro preparo do solo (abertura e adu- 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Varia\u00e7\u00e3o (%) Atividade 2: Al\u00e9m do pre\u00e7o ba\u00e7\u00e3o). \u00c9 preciso considerar ainda que,nor- da terra, o grande atrativo dessa malmente,s\u00f3 metade da \u00e1rea de uma fazen- Boa Vista (RR) 1 190 1 283 1 517 1 817 2 208 2 400 102 \u00e1rea no extremo norte do pa\u00eds \u00e9 a da \u00e9 cultiv\u00e1vel (metade \u00e9 floresta). 111 sua transforma\u00e7\u00e3o em um gran- Reden\u00e7\u00e3o (PA) 2 320 2 050 2 917 3 500 4 117 4 900 713 de polo log\u00edstico, no chamado Na segunda safra, com o aumento da 138 Arco Norte, que se estende de produtividade de 35 para at\u00e9 50 sacas\/ha, Santar\u00e9m (PA) 800 969 1 834 2 576 3 900 6 500 120 Rond\u00f4nia ao Maranh\u00e3o, onde o faturamento chega a R$ 3,5 mil\/ha. E 133 cerca de seis grandes projetos quem registra esse avan\u00e7o pode quitar a Macap\u00e1 (AP) 800 942 1 333 1 517 1 975 1 900 141 portu\u00e1rios est\u00e3o em vias de fun- terra em tr\u00eas anos. 81 cionamento. Uru\u00e7u\u00ed (PI) 4 550 4 375 4 983 6 867 8 267 10 000 69 RIBEIRO, Cassiano. Terra barata leva soja ao 70 extremo Norte do Brasil. Gazeta do Povo, Alta Floresta (MT) 3 000 3 150 3 883 5 383 6 412 7 000 16 set. 2014. Dispon\u00edvel em: Sinop (MT) 7 480 7 400 9 083 12 083 14 740 18 000 <www.gazetadopovo.com.br\/agronegocio\/ agricultura\/terra-barata-leva-soja-ao-extremo- Ponta Grossa (PR) 16 000 14 500 16 667 21 583 27 167 29 000 norte-do-brasil-6i04a71ojsl7gffb75g2zbspl>. Cascavel (PR) 24 200 23 500 26 525 31 500 38 500 41 000 Acesso em: 11 jun. 2018. Londrina (PR) 19 700 19 667 21 717 25 333 32 250 33 500 Fonte: Gazeta do Povo, 16 set. 2014. Dispon\u00edvel em: <www.gazetadopovo.com. br\/agronegocio\/agricultura\/terra-barata-leva-soja-ao-extremo-norte-do-brasil- 6i04a71ojsl7gffb75g2zbspl>. Acesso em: 11 jun. 2018. Agora, responda: 1 Com base no que voc\u00ea estudou, por que o cultivo da soja se expande no Brasil? 2 Qual \u00e9 o grande atrativo do extremo norte do pa\u00eds para essa nova \u00e1rea de fronteira agr\u00edcola da soja \u2013 isto \u00e9, \u00e1rea de expans\u00e3o desse cultivo? 3 Observe o pre\u00e7o do hectare de terra rural no sul do pa\u00eds (Cascavel-PR), nas \u00e1reas de Cerrado do Nordeste (Uru\u00e7u\u00ed-PI), no Brasil central (Sinop-MT) e na regi\u00e3o de fronteira agr\u00edcola no extremo norte (Boa Vista, Macap\u00e1 e Reden\u00e7\u00e3o). a) Onde o pre\u00e7o \u00e9 maior? Onde \u00e9 menor? b) No per\u00edodo indicado no quadro, onde o valor do hectare foi mais valorizado? 4 Quais s\u00e3o os aspectos negativos \u2013 econ\u00f4micos e ambientais \u2013 dessa expans\u00e3o do cultivo da soja na regi\u00e3o? Amaz\u00f4nia \u2022 CAP\u00cdTULO 12 251 Atividade 3, item a: O pre\u00e7o da terra \u00e9 maior em Cascavel (PR), embora sua valoriza- t\u00eam \u00f3timos solos e est\u00e3o perto do mercado consumidor, al\u00e9m de contar com boa log\u00edsti- \u00e7\u00e3o tenha ocorrido num ritmo mais lento nesse per\u00edodo. Boa Vista (RR) e Macap\u00e1 (AP) ca (isto \u00e9, meios de transporte para os produtos cultivados). O inverso ocorre nas \u00e1reas t\u00eam o menor pre\u00e7o da terra, embora ele tenha subido bastante nesse per\u00edodo. onde o pre\u00e7o da terra \u00e9 bem mais baixo. A maior alta do pre\u00e7o da terra no Brasil central e na Amaz\u00f4nia decorreu da lei da oferta e da procura (maior procura eleva os pre\u00e7os) Atividade 3, item b: O maior aumento no pre\u00e7o da terra ocorreu em Santar\u00e9m, que ti- e tamb\u00e9m dos investimentos realizados na log\u00edstica, em especial com a constru\u00e7\u00e3o de nha o pre\u00e7o mais baixo (800 reais por hectare) e subiu 713% nesses 5 anos, chegando projetos portu\u00e1rios para escoar a produ\u00e7\u00e3o agr\u00edcola. a 6 500 reais por hectare. Quanto a Sinop-MT, no Brasil central, o pre\u00e7o da terra n\u00e3o \u00e9 alto como no Sul do pa\u00eds e tampouco baixo como no Norte, mas tamb\u00e9m subiu bastan- Atividade 4: Resposta pessoal. Avalie a pertin\u00eancia dos aspectos negativos apresen- te (141%) nesse per\u00edodo. tados pelos alunos. Destaque os argumentos relacionados \u00e0 sustentabilidade, exercitan- do a CECHEF3 e a CEGEF3. Comente com os alunos que no Sul, no Paran\u00e1, especialmente em Cascavel, as terras 251MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas ATIVIDADES 2 Tr\u00e1fico de animais \u00e9 todo com\u00e9rcio ilegal de esp\u00e9cies da fauna que vivem fora do cativeiro. Sobre o assunto, + A\u00e7\u00e3o leia o texto abaixo. Atividade 1, item a: O Polo Meio + A\u00e7\u00e3o A apreens\u00e3o de animais silvestres abatidos foi do Mundo \u00e9 uma grande atra\u00e7\u00e3o uma das principais ocorr\u00eancias atendidas pelo Bata- tur\u00edstica no Amap\u00e1 e na regi\u00e3o 1 A Secretaria de Estado do Turismo do Amap\u00e1 (Setur) re- lh\u00e3o de Policiamento Ambiental do Amazonas du- amaz\u00f4nica, porque, ao ser atra- conhece cinco grandes polos tur\u00edsticos nessa unidade da rante o primeiro semestre deste ano (2013). Foram vessado pela linha do equador, federa\u00e7\u00e3o brasileira. Vamos conhecer um deles? 6 toneladas e 193 kg apreendidos em diferentes cida- divide o mundo em hemisf\u00e9rio des e na capital do Estado. Quel\u00f4nios e pescados norte e hemisf\u00e9rio sul: a pessoa Macap\u00e1, o meio do mundo \u00e9 aqui! tamb\u00e9m se destacam no balan\u00e7o de atividades. [...] que est\u00e1 nesse local de Macap\u00e1, ao dar um passo, se desloca en- \u201cSe no mundo existe um meio,ele fica em Macap\u00e1\u201d. [...] \u201cA tartaruga da Amaz\u00f4nia \u00e9 uma esp\u00e9cie em tre os dois hemisf\u00e9rios (o Marco \u00c9 com esse slogan que a Secretaria de Turismo define extin\u00e7\u00e3o [...]. Para cada mil ovos, uma tartaruga con- Zero, um rel\u00f3gio de 20 metros de o Polo Meio do Mundo,uma das atra\u00e7\u00f5es mais frequen- segue sobreviver. As pessoas gostam de se alimentar altura, simboliza essa divis\u00e3o em tadas de toda a regi\u00e3o Norte. O Polo \u00e9 conhecido por de tartarugas\u201d, afirmou Diniz [comandante do Bata- dois hemisf\u00e9rios). ser dividido entre o hemisf\u00e9rio norte e o hemisf\u00e9rio Sul, lh\u00e3o Ambiental]. Ao todo, 596 tartarugas foram res- por meio da famosa linha do equador,fazendo com que gatadas at\u00e9 julho deste ano (2013). Atividade 1, item b: Espera-se voc\u00ea, com um simples passo, consiga atravessar o he- que o aluno responda que n\u00e3o misf\u00e9rio enquanto se diverte no Amap\u00e1. A estat\u00edstica do Batalh\u00e3o Ambiental tamb\u00e9m des- existe \u201cmeio do mundo\u201d, mas taca a apreens\u00e3o de 454 quel\u00f4nios, soltura de 6 430 o Macap\u00e1 se localiza sobre a li- O lugar \u00e9 repleto de atra\u00e7\u00f5es como o Marco Zero, quel\u00f4nios e 6 200 alevinos de aruan\u00e3. [...] nha do equador, que passa pela que \u00e9 um imenso rel\u00f3gio de 20 metros de altura, que \u201ccintura\u201d da Terra e a divide em simboliza a divis\u00e3o dos hemisf\u00e9rios. Percorrendo toda Quase 23 mil kg de peixes, 107 kg de carv\u00e3o e dois hemisf\u00e9rios. A express\u00e3o a \u00e1rea do Ponto, existem in\u00fameras placas de sinaliza- 525\u00a0metros c\u00fabicos de madeira tamb\u00e9m foram apre- \u201cmeio do mundo\u201d \u00e9 mais metaf\u00f3- \u00e7\u00e3o que mostram em qual hemisf\u00e9rio o turista se en- endidos no per\u00edodo. As apreens\u00f5es resultam de 1 964 rica, pois na superf\u00edcie terrestre contra, fazendo com que todo o conceito de divis\u00e3o ocorr\u00eancias atendidas, conforme o relat\u00f3rio de ativi- n\u00e3o existe o meio nem as extre- equatoriana fique bem fixo na mente de quem passa dades do primeiro semestre. [...] midades. pelo Amap\u00e1. [...] O tenente-coronel Fl\u00e1vio Diniz acredita que a di- Atividade 1, item c: Na linha Mas o Polo Meio do Mundo tamb\u00e9m tem uma atra- minui\u00e7\u00e3o de ocorr\u00eancias danosas ao ambiente est\u00e1 do equador, nos equin\u00f3cios (23 \u00e7\u00e3o fenomenal no Equin\u00f3cio de Primavera. Nas datas relacionada \u00e0 educa\u00e7\u00e3o do povo amazonense. Para de setembro e de 21 de mar\u00e7o), 23 de setembro e 21 de mar\u00e7o, ocorre um movimento ele, o melhor seria o caminho da preven\u00e7\u00e3o, e n\u00e3o da os raios solares incidem perpen- natural. Em ambas as datas, o dia e a noite possuem repress\u00e3o. \u201cAs pessoas t\u00eam que respeitar a natureza. dicularmente \u00e0 linha do equador exatamente 12 horas,pois a luz solar incide igualmen- Nossa regi\u00e3o \u00e9 enorme e dificulta um pouco o nosso e iluminam por igual ambos os te nos dois hemisf\u00e9rios, exatamente onde a linha do trabalho, mas \u00e9 preciso atuar para conservar o nosso hemisf\u00e9rios. Isso significa que Equador est\u00e1 localizada; sendo assim, quem fica jus- grande forte que s\u00e3o os milhares tipos de \u00e1rvores e a incid\u00eancia de luminosidade \u00e9 tamente em cima da linha do equador,tem a oportuni- animais, al\u00e9m da nossa \u00e1gua doce\u201d, concluiu. a mesma nos hemisf\u00e9rios nor- dade de ver o dia e a noite de apenas um lugar, o que \u00e9 te e sul. bastante curioso, j\u00e1 que isso s\u00f3 \u00e9 poss\u00edvel para quem MEDEIROS, Girlene. 1\u00ba semestre tem apreens\u00e3o de visita o Polo Meio do Mundo. [...] seis toneladas de animais abatidos, no AM. G1, 12 out. 2013. Atividade 2, item a: A enorme dimens\u00e3o territorial do Amazonas Polo Meio do Mundo \u2013 Amap\u00e1. Veja no Mapa. Dispon\u00edvel em: <http:\/\/g1.globo.com\/am\/amazonas\/ dificulta o trabalho da pol\u00edcia am- Dispon\u00edvel em: <http:\/\/vejanomapa.net.br\/ noticia\/2013\/10\/1-semestre-tem-apreensao-de-seis-toneladas- biental no combate ao tr\u00e1fico de animais silvestres. Reforce aos polo-meio-mundo-ap>. Acesso em: 10 jun. 2018. de-animais-abatidos-no-am.html>. Acesso em: 10 jun. 2018. alunos que tr\u00e1fico de animais \u00e9 um crime ambiental. Agora, responda: Agora, responda: Atividade 2, item b: Resposta a) Explique por que o Polo Meio do Mundo \u00e9 uma gran- a) A dimens\u00e3o territorial do Amazonas facilita ou di- pessoal. Espera-se que o aluno de atra\u00e7\u00e3o tur\u00edstica no Amap\u00e1 e na regi\u00e3o Amaz\u00f4nica. ficulta o combate ao tr\u00e1fico de animais silvestres? responda que sim, que \u00e9 uma das causas, assim como as quei- b) Macap\u00e1 fica realmente no \u201cmeio do mundo\u201d? Por qu\u00ea? b) Em sua opini\u00e3o, o tr\u00e1fico de animais silvestres \u00e9 madas, os desmatamentos e a uma das causas da extin\u00e7\u00e3o de esp\u00e9cies da fau- ca\u00e7a ilegal. c) Com base no texto e no que voc\u00ea j\u00e1 aprendeu, o que na da Amaz\u00f4nia? Explique sua resposta. acontece na linha do equador nos equin\u00f3cios? Atividade 2, item c: Resposta c) Em sua opini\u00e3o, como a educa\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o do pessoal. Explique que a educa\u00e7\u00e3o Amazonas poderia \u201cdiminuir as ocorr\u00eancias dano- e a conscientiza\u00e7\u00e3o ambiental da sas ao ambiente\u201d? Compartilhe com os colegas. popula\u00e7\u00e3o que vive nessa regi\u00e3o s\u00e3o essenciais para manter o 252 ATIVIDADES equil\u00edbrio ecol\u00f3gico da biodiver- sidade na Amaz\u00f4nia e, conse- quentemente, diminuir os danos. Atividade complementar \u2022 Tema 4: Os projetos de explora\u00e7\u00e3o mineral Proponha uma atividade de pesquisa sobre a Amaz\u00f4nia. Para tanto, \u2022 Tema 5: A usina hidrel\u00e9trica de Belo Monte atribua um dos temas abaixo para cada grupo de alunos. Informe-os Em data combinada com os alunos, oriente a troca de informa\u00e7\u00f5es de que eles poder\u00e3o buscar informa\u00e7\u00f5es em jornais, revistas, livros, na internet, etc. sobre o material pesquisado. \u2022 Tema 1: As reservas ind\u00edgenas Oriente os grupos a redigir um texto-s\u00edntese a respeito do tema. \u2022 Tema 2: Os conflitos de terras Avalie a organiza\u00e7\u00e3o das informa\u00e7\u00f5es e a adequa\u00e7\u00e3o entre t\u00edtulo e \u2022 Tema 3: Os desmatamentos tema do trabalho realizado. Essa atividade trabalha as CGEB2, 9 e 10, a CECHEF3 e a CEGEF3. 252 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Lendo a imagem Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas \uf09f Observe as imagens a seguir. A que tema as charges fazem refer\u00eancia? Compartilhe com os colegas o que entendeu Lendo a imagem de cada uma delas. A primeira charge ironiza a Dalcio\/Acervo do cartunista atua\u00e7\u00e3o de um fiscal, que re- Jean Galv\u00e3o\/Folhapress preende um pica-pau, ave que procura larvas, formigas e cupins dentro do tronco de \u00e1rvores. Na segunda charge, para tentar \u201cdiminuir o desmatamento\u201d, a \u00e1rvore \u00e9 cortada de forma a pa- recer que ela n\u00e3o foi arrancada, em uma atitude que de fato n\u00e3o promove a diminui\u00e7\u00e3o do des- matamento. ATIVIDADES 253 Para aprofundar Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amaz\u00f4nia Dispon\u00edvel em: <http:\/\/imazon.org.br>. Acesso em: 3 out. 2018. A p\u00e1gina oferece textos, mapas e informa\u00e7\u00f5es recentes sobre a regi\u00e3o e em particular sobre os desmatamentos. 253MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas PROJETO L\u00edngua Portuguesa No decorrer da unidade 4, os O Brasil em revista alunos estudaram as diferentes propostas de regionaliza\u00e7\u00e3o do Ao longo da Unidade 4, voc\u00ea estudou as regi\u00f5es brasileiras e j\u00e1 sabe as diferen\u00e7as entre Brasil e as especificidades de a regionaliza\u00e7\u00e3o proposta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat\u00edstica (IBGE) e a pro- cada um dos tr\u00eas complexos re- posta pelo ge\u00f3grafo Pedro Geiger. A primeira divide o Brasil em cinco regi\u00f5es: Norte, Nordes- gionais, nas dimens\u00f5es f\u00edsica, te, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. J\u00e1 a segunda regionaliza\u00e7\u00e3o divide o territ\u00f3rio brasileiro em hist\u00f3rica, econ\u00f4mica, social, de apenas tr\u00eas regi\u00f5es: Amaz\u00f4nia, Nordeste e Centro-Sul. transportes e comunica\u00e7\u00e3o, da di- versidade populacional e cultural. Voc\u00ea tamb\u00e9m j\u00e1 sabe que o Brasil \u00e9 um pa\u00eds com diversificadas caracter\u00edsticas econ\u00f4mi- cas, sociais, culturais e f\u00edsicas. Observe algumas manifesta\u00e7\u00f5es culturais das diversas regi\u00f5es Antes de explicar sobre o pro- do pa\u00eds. jeto da unidade, pergunte aos alunos se eles conhecem as Bruno Zanardo\/Fotoarena Lula Castello Branco\/ASCOM festividades retratadas nas fo- tografias e se conhecem outras O Festival Folcl\u00f3rico de Parintins \u00e9 uma festa a c\u00e9u aberto realizada Coco de Roda \u00e9 um ritmo t\u00edpico do Nordeste brasileiro. festividades regionais. Caso ocor- anualmente no \u00faltimo fim de semana de junho do munic\u00edpio de A batida dos p\u00e9s \u00e9 marcante. A foto mostra o Festival ram festas regionais no munic\u00edpio Parintins (AM). A festa \u00e9 bastante apreciada no Norte do Brasil e de Coco de Roda em Macei\u00f3 (AL), em 2015. ou estado ondem vivem, conver- atrai turistas do mundo inteiro. Na foto, apresenta\u00e7\u00e3o do Auto do sem a respeito delas. Boi, no Bumb\u00f3dromo, em Parintins (AM), em 2018. \u2022 Concep\u00e7\u00e3o do projeto Marco Antonio S\u00e1\/Pulsar Imagens A Congada ou Dan\u00e7a do Congo \u00e9 uma festa afro-brasileira bastante popular na regi\u00e3o Centro-Oeste: com dan\u00e7a e canto, o bailado A Geografia se debru\u00e7a sobre encena a coroa\u00e7\u00e3o de um rei do Congo. Seu enredo tamb\u00e9m conta as caracter\u00edsticas econ\u00f4micas, a vida de S\u00e3o Benedito. Na foto, Congada em Vila Bela (MT), em 2014. sociais, culturais e f\u00edsicas do es- pa\u00e7o geogr\u00e1fico em diferentes CP DC Press\/Shutterstock escalas, do macro ao micro, e tamb\u00e9m faz compara\u00e7\u00f5es pa- ra estabelecer semelhan\u00e7as e diferen\u00e7as. Nesse sentido, pro- curando ampliar ainda mais o co- nhecimento sobre a diversidade que encontramos no pa\u00eds, o obje- tivo desse projeto \u00e9 a produ\u00e7\u00e3o de um material visual (uma re- vista). Neste projeto s\u00e3o desen- volvidas as CGEB1, 2, 4, 5, 9 e 10, as CECHEF1 e 4 e a CEGEF6. \u2022 Planejamento Para o desenvolvimento desse projeto, ser\u00e1 preciso apresentar as caracter\u00edsticas dos g\u00eaneros textuais not\u00edcia, reportagem e artigo. Para tanto, promova mo- mentos interdisciplinares com a disciplina L\u00edngua Portuguesa. \u00c9 interessante apresentar alguns exemplos de revistas para que os alunos analisem a diagrama\u00e7\u00e3o. \u2022 Avalia\u00e7\u00e3o \u00c9 importante que todo o pro- cesso seja avaliado, e n\u00e3o ape- nas o resultado final do trabalho. O Brasil \u00e9 famoso pelas escolas de samba e pela exuber\u00e2ncia do Carnaval. A festa \u00e9 apreciada n\u00e3o somente na regi\u00e3o Sudeste, mas em todo o pa\u00eds. Na foto, ala das baianas em apresenta\u00e7\u00e3o de escola de samba no Rio de Janeiro (RJ), em 2017. 254 PROJETO 254 MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Para iniciar o projeto, junte-se a tr\u00eas ou quatro Gerson Gerloff\/Pulsar Imagens Orienta\u00e7\u00f5es did\u00e1ticas colegas. Em grupo, respondam: Apresenta\u00e7\u00e3o da dan\u00e7a ETAPA 1 \u2013 Recomenda-se que \u2022 Com base no que aparece na m\u00eddia (r\u00e1dio, te- pau-de-fita em festa ga\u00facha essa etapa seja definida em uma em Santa Maria (RS), em 2017. aula. levis\u00e3o e internet), que imagens v\u00eam \u00e0 mente quando voc\u00eas pensam na regi\u00e3o Organize os alunos em grupos para que iniciem a conversa. Para \u2022 Norte? facilitar o trabalho de pesquisa, \u2022 Sul? oriente-os a sistematizar os as- \u2022 Nordeste? suntos que gostariam de saber \u2022 Sudeste? a respeito da regi\u00e3o escolhida. \u2022 Centro-Oeste? Acrescente que, al\u00e9m dos temas mencionados, eles podem explo- Tomem nota, no caderno ou em uma folha avul- rar lendas e hist\u00f3rias orais, para sa, de todos os pontos levantados pelos integrantes conhecer a origem e o modo de do grupo. vida de povos e comunidades tradicionais. Circule pelos gru- Agora, reflitam: Ser\u00e1 que o que a m\u00eddia apresenta sobre as regi\u00f5es brasileiras consegue pos e garanta que n\u00e3o haja te- abarcar todas as caracter\u00edsticas que as regi\u00f5es realmente apresentam? mas repetidos. Por exemplo, \u00e9 comum que as pessoas pensem na regi\u00e3o Sudeste, especialmente no ETAPA 2 \u2013 Recomenda-se que estado de S\u00e3o Paulo, como uma \u00e1rea pr\u00f3spera e de desenvolvimento econ\u00f4mico constante. essa etapa seja definida em duas Entretanto, na regi\u00e3o Sudeste h\u00e1 \u00e1reas bastante carentes. aulas. O intuito deste projeto \u00e9 pesquisar aspectos menos noticiados de cada regi\u00e3o. Depois, Informe que a reda\u00e7\u00e3o da not\u00ed- cada grupo montar\u00e1 uma revista com as informa\u00e7\u00f5es que descobriram. cia, reportagem ou artigo dever\u00e1 seguir as caracter\u00edsticas desses Vamos come\u00e7ar! g\u00eaneros textuais. Oriente-os ain- da a revisar o texto para corrigir Etapa 1 \u2013 O que fazer eventuais erros ortogr\u00e1ficos e de gram\u00e1tica, e a cuidar da dia- Ap\u00f3s a conversa inicial do grupo, escolham uma regi\u00e3o brasileira para pesquisar. grama\u00e7\u00e3o. A respeito da regi\u00e3o escolhida, pensem nas not\u00edcias que voc\u00eas mais ouvem sobre ela e o que ainda n\u00e3o sabem, mas gostariam de descobrir. ETAPA 3 \u2013 Recomenda-se que Ent\u00e3o, elenquem pelo menos quatro aspectos dessa regi\u00e3o sobre os quais voc\u00eas gosta- essa etapa seja definida em uma riam de saber e que n\u00e3o s\u00e3o t\u00e3o noticiados pela m\u00eddia. Voc\u00eas podem escolher temas de ou duas aulas. cultura, belezas naturais, patrim\u00f4nios hist\u00f3ricos, folclore, lazer, pol\u00edtica, clima, etc. Pesquisem sobre os temas escolhidos e conversem com familiares e com os colegas. Ao final da aula, promova uma reflex\u00e3o sobre a diversidade de Etapa 2 \u2013 Como fazer informa\u00e7\u00f5es encontradas que n\u00e3o s\u00e3o de conhecimento geral Ap\u00f3s a realiza\u00e7\u00e3o das pesquisas sobre o(s) tema(s) escolhido(s), organizem a elabora\u00e7\u00e3o da popula\u00e7\u00e3o e o poder dos meios de uma revista. Juntem as informa\u00e7\u00f5es pesquisadas, troquem ideias e combinem os artigos, de comunica\u00e7\u00e3o na forma\u00e7\u00e3o de not\u00edcias ou reportagens que v\u00e3o escrever. estere\u00f3tipos. Essa reflex\u00e3o mo- biliza a habilidade EF07GE01. Cada not\u00edcia, reportagem ou artigo deve ser acompanhado de imagens (fotografias, mapas ou ilustra\u00e7\u00f5es). Para aferir os conhecimen- tos dos alunos a partir do estu- Deem um nome para a revista. do desta unidade, apresente a Lembrem-se de que, al\u00e9m dos artigos, a revista deve ter uma capa e um sum\u00e1rio. proposta de acompanhamento de aprendizagem dispon\u00edvel no Etapa 3 \u2013 Apresenta\u00e7\u00e3o material digital. Em data combinada com o professor, cada grupo dever\u00e1 apresentar para a turma a re- vista criada. Informe aos colegas qual foi a regi\u00e3o escolhida, quais assuntos motivaram a pesquisa e que informa\u00e7\u00f5es encontraram. Socialize a revista com a turma para que todos possam ler e observar as imagens. Ap\u00f3s o interc\u00e2mbio das revistas na turma, voc\u00eas v\u00e3o perceber que sabem mais sobre as regi\u00f5es do Brasil do que antes do projeto. PROJETO 255 255MANUAL DO PROFESSOR - CAP\u00cdTULO 12","Bibliografia AB\u2019SABER, A. N. Amaz\u00f4nia: do discurso \u00e0 pr\u00e1xis. S\u00e3o LEVINAS, l. et al. 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