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Painel Abramed 2020 - O DNA do Diagnóstico

Published by administrativo, 2020-11-21 05:04:57

Description: Painel Abramed 2020 - O DNA do Diagnóstico

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Publicação anual | nº 3

Destaques Despesa Fontes de receita Estabelecim Abramed Total da despesa assistencial 80,9%Plano de As empresas associad Receita na saúde suplementar saúde 472centrais 172,8 82de imagem 13,2%Particulares bilhões 5,9%Público centrais de execução Receita bruta do mercado de Proporção das despesas medicina diagnóstica com exames 1.481 36,0 8,1 13,0 2017 20,2% postos de 2018 21,0% coleta 2019 20,8% bilhões bilhões bilhões Acesso Glosa e prazo Saúde SUS Abramed 17,7% dos exames percentual médio de suplementar foram retirados/ acessados pela 4,7%Inicial Empregos 264,2 MIL internet 3,3Não paga 4Prazo médio de O setor de medicina diagnóstica foi responsável pela manutenção de postos de trabalho em 2019 4,1% 6recebimento das As empresas da Abramed 11,5% empregam mais de dos exames operadoras de não foram planos de saúde dos empregos 66 MILpessoas acessados na área de saúde Equipamen estão vinculados à Investimentos medicina diagnóstica Total de equipam 8,2% Foi a média de diagnóstico por imag Participação Exames de diagnóstico suas receitas brutas que as 3. Participação das associadas à Abramed na quantidade 916,5 milhões empresas investiram em 2019 de exames realizados na saúde suplementar Distribuição dos investimentos em: 79% Outros 56% Total Abramed no Brasil na saúde 516,8 milhões Máquinas e equipamentos suplementar Tecnologias de informação nas associadas à Abramed e comunicação Exames Exames 21% 44%Total Abramed Outros 981,6 milhões no Brasil laboratórios no SUS

mentos Pacientes das possuem: Em 2019 as associadas atenderam 253 37 milhões de Pacientes laboratórios em hospitais 61% e Mulheres 39% Homens Taxa de 15,9%no show : o médio Gestão da qualidade glosa mensal 4 certificações/acreditações em média por associada 3,5%Final 3% 90,7% 45 a 63dias Percentual médio de médicos com título de especialistas nas empresas associadas ntos Satisfação mentos de Net Promoter gem em 2019 Score (NPS) em 2019 .695 83,8% Manifestações negativas dos pacientes 3,8%

Sumário Conselho de administração................7 Carta ao leitor......................................8 A Abramed........................................ 10 Conjuntura econômica.....................................60 Atividade econômica .......................................66 Mercado de Trabalho........................................68 População Conjuntura Mercado e demografia econômica de Saúde Suplementar 18 58 no Brasil 72 População e demografia.................................. 20 Mercado de Saúde Suplementar no Brasil........................................ 74 População......................................................... 22 Operadoras......................................................................................... 76 Projeção da população..................................... 30 Beneficiários....................................................................................... 85 Demografia....................................................... 33 Hospitais e leitos.................................................................................94 Envelhecimento populacional.......................... 33 Gasto total em saúde......................................................................... 98 Exames necessários para um diagnóstico O futuro do financiamento em saúde – rápido e preciso – Doenças Crônicas o papel da medicina diagnóstica......................................................112 não Transmissíveis (DCNT)..............................40 Fecundidade e natalidade................................ 47 Expectativa de vida ao nascer......................... 48 Saneamento básico no Brasil – Impactos para a saúde.................................... 50 Mortalidade e morbidade................................ 52

O setor de medicina diagnóstica................................................................ 116 Painel Abramed.....................................196 Estabelecimentos de Saúde....................................................................... 119 Perfil institucional.................................198 Equipamentos de diagnóstico por imagem..............................................128 Recursos humanos................................210 Mercado de trabalho no setor de medicina diagnóstica......................... 136 Produção assistencial............................216 Incorporação de novos exames de diagnóstico ..................................... 141 O futuro do diagnóstico e Produção assistencial do setor de medicina diagnóstica.........................147 tratamento do câncer.......................... 222 Diagnóstico precoce: Salva vidas e reduz as despesas assistenciais.... 154 Avaliação dos serviços.......................... 226 Desempenho econômico-financeiro....230 Governança corporativa....................... 238 O setor de Painel medicina Abramed diagnóstica 194 114 Covid-19 156 Covid-19...............................................................................................................................158 O papel do setor de medicina diagnóstica........................................................................ 161 Perfil epidemiológico.........................................................................................................162 O diagnóstico da Covid-19..................................................................................................170 O tratamento da Covid-19..................................................................................................175 A telemedicina no enfrentamento da Covid-19...............................................................176 O papel das agências reguladoras.................................................................................... 180 O papel do legislativo.........................................................................................................182 Utilização dos planos de saúde..........................................................................................183 Impactos no setor de medicina diagnóstica.....................................................................188 Associadas Abramed......................244 Metodologia de trabalho................298 Bibliografia......................................302

Editores Wilson Shcolnik – Presidente do Conselho de Administração | Abramed Priscilla Franklim Martins – Diretora Executiva | Abramed Conselho Abramed Ademar Paes Júnior | Clínica Imagem Cesar Nomura | Hospital Sírio-Libanês Claudia Cohn | Dasa Eliezer Silva | Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein Leandro Figueira | Alliar Médicos à Frente Lídia Abdalla | Sabin Medicina Diagnóstica Wilson Shcolnik | Grupo Fleury Conteúdo e Redação Álvaro Almeida | Abramed Direção de Projeto Juliane Trevisan | MF Marketing & Business Advisor Projeto Gráfico GD – Graphic Designers Fotografia Depositphotos Impressão Fly Print

Conselho de 57 administração “Para uma gestão adequada, “A Abramed se tornou um precisamos transformar os importante stakeholder da dados em inteligência. O cadeia de saúde por trazer dados Painel traz uma compreensão de qualidade e debater com do setor e a visão estratégica transparência os problemas de vinculada ao protagonismo saúde do Brasil.” da saúde no pós Covid-19.” Cesar Nomura Ademar Paes Júnior Hospital Sírio-Libanês Clínica Imagem “A Abramed vem construindo “O Painel foi um sonho que evidências sólidas do impacto consolidou os dados com da medicina diagnóstica no credibilidade para os associados, setor de saúde, auxiliando as steakeholders da saúde e para a instituições no fortalecimento sociedade. Formamos um time que dos pilares ético, científico e entregou informações importantes de qualidade assistencial.” para o futuro do Brasil.” Eliezer Silva Claudia Cohn Sociedade Beneficente Israelita Dasa Brasileira Albert Einstein “A discussão setorial “A terceira edição do painel foi balizada nos mais Abramed se consolida como altos níveis depois que a fonte de informações setoriais, Abramed protagonizou a destacando a relevância da consolidação e publicação medicina diagnóstica não só dos dados no seu Painel.” para a saúde da população, mas também para a economia do País.” Leandro Figueira Alliar Médicos à Frente Lídia Abdalla Sabin Medicina Diagnóstica “A Abramed entende a importância e mantém seu compromisso de publicar informações setoriais relevantes que possam nortear decisões para a melhoria do cuidado e do sistema de saúde no Brasil.” Wilson Shcolnik Grupo Fleury

Carta ao leitor O ano de 2020 foi desafiador. Após o primeiro caso confirmado da Covid-19 no Brasil, o setor de medicina diagnóstica se tornou ainda mais essencial no ciclo de cuidados do paciente. Os laboratórios privados assu- miram o protagonismo no desenvolvimento de testes moleculares reco- mendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), necessários para a confirmação do diagnóstico da doença. Na falta dos testes molecula- res as tomografias computadorizadas foram essenciais para diagnosticar e monitorar casos mais graves que implicaram em insuficiência respirató- ria, junto com outros exames laboratoriais. Desde então, inúmeras ações foram realizadas para aprimorar os métodos diagnósticos e facilitar o acesso à população brasileira. Apesar de enfrentar muitas dificuldades, como falta de insumos e pro- blemas logísticos devido à interrupção da rede aérea, os laboratórios pri- vados continuaram trabalhando para ampliar a capacidade de testagem do país, inclusive por meio de parceria com o setor público. Os exames de diagnóstico, sejam laboratoriais ou de imagem, desempe- nharam e continuarão a exercer um papel fundamental na resposta à pan- demia de Covid-19. Além de poder conduzir o manejo dos casos e auxiliar nas medidas de isolamento necessárias para prevenir uma disseminação mais rápida na sociedade, a capacidade de detectar o vírus foi essencial para determinar se uma pessoa estava infectada e para auxiliar na indica- ção do tratamento clínico mais adequado. No âmbito regulatório, o setor de medicina diagnóstica foi desafiado em suas bases técnicas. As Consultas Públicas n° 911 e 912 da Agência Nacio- nal de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tratam da revisão da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº44 e revogação da RDC nº302/2005, respec- tivamente, trouxeram enormes preocupações ao setor. A legislação pro-

posta pela Anvisa permitirá a realização de O ano de 2020 tem sido um ano marcado 9 exames laboratoriais fora do ambiente labo- por novos desafios, descobertas e aprendi- ratorial, ignorando a necessidade de avalia- zados. Mas também se destaca como um ção e conhecimento prévio do desempenho ano de celebrações na Abramed. Come- dos dispositivos e reagentes, a infraestru- moramos no dia 14 de julho uma década de tura e as boas práticas laboratoriais que existência e nos orgulhamos de nossa histó- podem assegurar a qualidade e a confiabi- ria de conquistas e realizações, para nossas lidade dos resultados. Tal medida contraria associadas e para todo o setor da saúde. as melhores práticas regulatórias existentes em diversos países desenvolvidos. No setor Entre os diversos projetos de destaque de diagnóstico por imagem as adequações realizados pela Associação, o “Painel Abra- das clínicas à RDC nº 330/2019 também re- med – O DNA do Diagnóstico” reforça o presentou um desafio ao setor. compromisso com a transparência setorial e, a cada edição, apresenta um panorama Ainda no âmbito regulatório, a Abramed exclusivo do setor de medicina diagnóstica ingressou em 2020 no Comitê de Padro- no Brasil. Em sua 3ª edição, o Painel Abra- nização das Informações em Saúde Suple- med traz novo conteúdo e indicadores se- mentar (COPISS), da Agência Nacional de toriais que contribuem de forma consistente Saúde Suplementar (ANS), como entidade para a destacar ainda mais a relevância do representativa do setor de medicina diag- setor no ciclo de cuidados do paciente. nóstica contribuindo cada vez mais para o desenvolvimento do setor. Por fim, gostaria de agradecer a todos que nos acompanharam ao longo dessa No campo legislativo, a reforma tributá- jornada: as sociedades científicas, parceiras ria tem sido outro tema complexo, traba- fundamentais no nosso trabalho, represen- lhada desde 2019 e que exigiu uma atuação tadas aqui pelo Colégio Brasileiro de Ra- da Abramed ainda mais intensa em 2020. diologia e Diagnóstico por Imagem (CBR); Nos debates acerca do tema, a Abramed Sociedade Brasileira de Análises Clínicas defendeu a essencialidade do setor de (SBAC); Sociedade Brasileira de Patologia saúde – um direito constitucional -, e plei- (SBP); Sociedade Brasileira de Patologia teou incansavelmente junto ao Governo a Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML); neutralidade da carga tributária para o setor Sociedade Paulista de Radiologia (SPR); de medicina diagnóstica. além das demais entidades e autarquias re- presentativas do setor de saúde. Mesmo diante de um panorama geral complexo, em 2020 o setor de medicina Agradeço também os integrantes do diagnóstica continuou investindo em pes- nosso Conselho de Administração, pela quisa e desenvolvimento para ofertar so- brilhante atuação no cumprimento da luções de diagnóstico laboratorial e de nossa missão institucional. E meu muito imagem, acelerar ainda mais a transfor- obrigado aos colaboradores da Abramed, mação digital, a automação de processos, pela dedicação e resultados alcançados a integração de sistemas de prontuário no último ano. eletrônico, entre outros, sempre visando fornecer serviços de excelência que con- Wilson Shcolnik tribuem para o melhor cuidado da saúde. Presidente do Conselho de Administração Abramed

A Abramed

11 Há 10 anos influenciando a melhoria na saúde do Brasil A Abramed representa insti- tuições líderes no mercado de medicina diagnóstica, reconhecidas pela alta qualidade na prestação de serviços, inovação tecnológica e conhecidas como referência em práticas de gestão no mercado, governança, compliance e responsabilidade corporativa. Sua atu- ação é gerida por princípios coerentes às normas legais, técnicas e éticas.

12 São pilares da Abramed: Painel Abramed | 2020 Garantir o foco na atenção ao paciente. Dialogar e estabelecer agendas positivas com as sociedades científicas do setor. Atuar de maneira objetiva e coesa em todos os assuntos referentes à saúde suplementar no Brasil.

Exercitar o diálogo e a troca de 13 conhecimentos técnico, científico e de gestão com as empresas associadas e demais atores da cadeia da saúde. Influenciar o mercado na defesa de comportamentos éticos e transparentes. Representar o segmento de diagnóstico perante órgãos governamentais e regulatórios. Defender os interesses das associadas, sempre dentro de uma conduta ética e de melhores práticas em compliance. A Abramed

Painel Abramed | 2020 14

Ética e a 15 Abramed A Abramed Compreendendo o sentido literal da palavra ética – do grego ethos, significa “costume”, conjunto de princípios, valores morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de uma sociedade –, parece simples o entendimento quando aplicado a qualquer segmento, inclusive na saúde, nos quais todos os atores do setor deveriam se valer de prá- ticas que propiciassem o pleno alcance da excelên- cia assistencial e a máxima segurança do paciente. Alcançar um sólido comprometimento com a transparência e a integridade, em um segmento com interações complexas, nem sempre sinérgi- cas, provenientes dos setores público e privado, além de informações desiguais entre provedo- res, financiadores e usuários, exige a adoção de hábitos que mantenham as empresas em con- formidade com leis, normas e regulamentos e, principalmente, com os valores propagados na missão das instituições e suas associações. No âmbito setorial, práticas de compliance no segmento de medicina diagnóstica contribuem para um mercado mais justo e sustentável, com empre- sas éticas e perenes, gerando melhores resultados na assistência à saúde. Para isso, a Abramed, comprometida com as questões éticas de todos os envolvidos na cadeia produtiva de saúde, criou importantes ferramentas que contribuem com o suporte e monitoramento do cumprimento de práticas voltadas primordialmente ao interesse dos pacientes, mantendo debates em torno desse tema em seus fóruns.

16 Iniciativas Abramed Painel Abramed | 2020 Comitê de Ética Com o objetivo de estimular o setor de medicina diagnóstica a adotar políti- cas e procedimentos que garantam uma atuação ética e em conformidade com as normas legais, a Abramed formou seu Comitê de Ética, que atua no direciona- mento e aprovação de políticas e diretrizes de compliance no âmbito associativo, bem como na apuração de eventuais relatos de infrações. Código de Conduta Primeiro código de conduta do setor de medicina diagnóstica, lançado pela Abramed em 2017, a publicação orienta, incentiva e exige de suas associadas comportamentos e práticas que inspirem todos os elos da cadeia, contribuindo diretamente para que as instituições de saúde se responsabilizem pelas práticas e pelo fornecimento de informações qualificadas aos seus pacientes, estimulando, assim, os desfechos desejados dos cuidados em saúde. Regulamento de Práticas Concorrenciais Conjunto de normas que esclarecem aos colaboradores da Associação e seus associados o que pode ser discutido e como tratar assuntos setoriais em âm- bito associativo, pontuando inclusive temas que não são passíveis de abordagem, como informações concorrencialmente sensíveis. Regimento Antitruste Regras para proteger associadas frente à legislação de defesa da concorrência.

17 A Abramed Cartilha de Compliance – Guia de Boas Práticas para o Setor de Medicina Diagnóstica Mais recente iniciativa da instituição, a cartilha foi desenvolvida para que associadas e demais empresas do setor de medicina diagnóstica tenham informação simplificada e objetiva sobre o processo de criação de um programa de compliance, por onde começar e quais pontos devem ser trabalhados. Canal de Denúncias Canal exclusivo (www.canaldedenuncia.com.br/abramed) para comunicação segura e anônima de ações que violem o Código de Conduta, as boas práticas da Abramed ou a legislação vigente. As denúncias são encaminhadas ao Comitê de Ética para análise e deliberação de encaminha- mento, que pode compreender orientação ao associado, ou até mesmo, em casos mais graves, me- didas punitivas a serem definidas por meio de parcerias com entidades especializadas. Comitê de Governança, Ética e Compliance Formado por integrantes das empresas associadas, o grupo tem por finalidade a discussão e avaliação de ações que visem disseminação, capacitação e treinamento de códigos, normas e questões éticas no setor de medicina diagnóstica.

População e demografia



População e demografia

21 Ritmo de crescimento da população atingiu o menor patamar na última década Os dados populacionais não apresentam variações sig- nificativas no curto prazo, especialmente entre um ano e outro. No entanto, podem ser analisados sob diferentes aspectos considerando o conjunto de informa- ções disponíveis a cada ano. Nesse sentido, a terceira edição do Painel Abramed apresentará os desdobra- mentos do contingente populacional sob aspectos diferentes dos apresen- tados nos anos anteriores.

Painel Abramed | 2020 22 População

A população do Brasil ultrapassou o nú- o chamado “milagre econômico brasileiro”, ca- 23 mero de 211,8 milhões de habitantes1 em julho racterizado por altas taxas de crescimento da de 2020 e apresenta desaceleração no ritmo atividade econômica e acelerado processo de de crescimento a cada ano. No passado, entre industrialização. Entretanto, nas décadas pos- os anos de 1950 e 1970, ocorreu o maior cres- teriores, em concordância com a transição cimento populacional, com uma taxa média de para níveis de fecundidade mais baixos, obser- 2,96% ao ano. Nesse período, a taxa de mortali- vou-se o declínio mais acelerado e nos últimos dade apresentava redução sistemática e a taxa dez anos a taxa média geométrica2 de cresci- de fecundidade encontrava-se em níveis ele- mento anual foi de apenas 1,05%, a menor taxa vados. Trata-se do período que compreende já verificada desde o início da série histórica. Tabela 1 População nas datas dos recenseamentos gerais, taxas médias de crescimento anual e variação da taxa de crescimento – Brasil – 1872-2020 Fontes: IPEADATA – População residente – Habitante – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Departamento de População e Indicadores Sociais. Divisão de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica (IBGE/Pop) – DEPIS_POP 2020: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Extraído em julho/2020. Elaboração Abramed. Ano População Taxa geométrica de Variação da taxa variação anual 1872 9.930.478 n.d. n.d. 1890 14.333.915 2,06 n.d. 1900 17.438.434 1,98 -3,89 1920 30.635.605 2,86 44,33 1940 41.236.315 1,50 -47,62 1950 51.944.397 2,34 56,02 1960 70.070.457 3,04 30,11 1970 93.134.846 2,89 -5,01 1980 119.011.052 2,48 -14,01 1990 144.825.152 1,98 -20,12 População e demografia 2000 169.799.170 1,60 -19,11 2010 190.755.799 1,17 -27,00 2020 211.755.692 1,05 -10,31 ∆(1920/2019) 181.120.087 1,81 n.d. 1. IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. 2. Utilizada frequentemente para descrever variações proporcionais e exponenciais ou variadas, por ser mais apropriada do que a média aritmética, pois demonstra a evolução do crescimento considerando um determinado período.

24 Um dos principais aspectos do cres- sideravelmente a densidade populacional, cimento populacional está associado ao com consequências diretas na velocidade processo de urbanização, decorrente, de transmissão de doenças infecciosas. entre outros fatores, do aumento da ati- Pode-se afirmar que o país viveu profun- vidade industrial no país. Até a década das mudanças epidemiológicas durante de 1940, a maior parcela da população as últimas décadas, ao deixar de ser pre- residia nas áreas rurais, com exceção dominantemente rural para a situação da região Sudeste, que já concentrava atual, com a maior parcela de sua popu- 39,4% de sua população nas áreas urba- lação residente em áreas urbanas. Natu- nizadas. A partir de 1960, mais da me- ralmente, esse processo resultou, por um tade da população estava concentrada lado, no aumento da prevalência de diver- nas áreas urbanas devido à oferta de sos fatores de risco relacionados com a empregos e concentração de diversas incidência de doenças crônicas. Por outro atividades econômicas. lado, essa concentração contribuiu para a formatação de uma rede assistencial mais A taxa da população residente em ampla e com maior variedade na oferta áreas urbanas passou de 31,2% para dos serviços assistenciais, conforme vere- 88,1%, entre 1940 e 20203, elevando con- mos adiante. Gráfico 1 Taxa de urbanização no Brasil – 1940-2020 Fonte: IBGE, Censo demográfico 1940-2010. Até 1970 dados extraídos de: Estatísticas do século XX. Rio de Janeiro: IBGE, 2007 no Anuário Estatístico do Brasil, 1981, vol. 42, 1979. Notas: Datas de realização dos censos demográficos: 01.08.1872; 31.12.1890; 31.12.1900; 1.09.1920; 01.09.1940; 01.07.1950; 01.09.1960; 01.09.1980; 01.09.1991; 01.08.1996; 01.08.2000. 2020 projeção Abramed. Elaboração Abramed. 100 95,6 89,8 91,2 88,1 Painel Abramed | 2020 80 78,7 78,9 Proporção População Urbana (%) 60 39,4 27,73 21,52 31,24 27,75 23,42 40 20 0 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 1970 1980 1991 2000 2010 2020 Brasil 1940 1950 1960 3. Projeção Abramed

Na análise da distribuição da 25 população segundo a região e o número de municípios, des- taca-se o Sudeste, que detém 42,0% da população distribuída por 1.668 municípios, seguida do Nordeste, com 27,1% da po- pulação do país alocada em 1.794 municípios. Em conjunto, as duas regiões concentram mais de dois terços da popula- ção, enquanto as demais regi- ões, Centro-Oeste, Norte e Sul, concentram 30,9% da popula- ção em 2.108 municípios do país. Tabela 2 Distribuição da população residente, municípios e densidade populacional segundo a região (quantidade e distribuição percentual – Brasil – 2020) Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas – DPE – Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS. Nota: 1Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2020. Elaboração Abramed. Região População1 Distribuição (%) Municípios Distribuição (%) Densidade (habitantes por km2) Centro-Oeste 16.504.303 7,8 467 8,4 10,3 Nordeste 57.374.243 27,1 1.794 32,2 37,0 Norte 18.672.591 8,8 450 8,1 4,8 Sudeste 89.012.240 42,0 1.668 29,9 96,3 Sul 30.192.315 14,3 1.191 21,4 53,6 Brasil 211.755.692 100,0 5.570 100,0 24,9 População e demografia Com relação à densidade populacional, lonização e desde então concentram a maior as regiões Sudeste e Sul apresentam a maior parte da atividade econômica e os setores quantidade de habitantes por km2. A ocupação mais intensivos na utilização da mão de obra. dos municípios no Brasil se concentra princi- As demais áreas do interior, por sua vez, apre- palmente nas áreas litorâneas (áreas escuras sentam densidade populacional menor, sendo do mapa) com extensão de aproximadamente ocupadas essencialmente por atividades como 520 quilômetros rumo ao interior. Essas foram agropecuária e mineração, menos intensivas na as primeiras áreas ocupadas no início da co- utilização de mão de obra.

26 Mapa 1 Densidade populacional segundo o município (Brasil – 2020) Fonte: IBGE. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 Habitantes por km2 25 - 30 Até 5 35 - 45 05 - 10 45 - 70 10 - 15 70 - 150 15 - 20 > 150 20 - 25

Apenas 5,9% 27 dos municípios Consequentemente, nos municípios mais concentram 57,6% densamente habitados a probabilidade de inci- da população dência de algumas doenças infectocontagiosas do país. e parasitárias é maior, em razão da velocidade de transmissão nesses ambientes, bem como das características demográficas, socioeconô- micas e de saneamento básico. Número de habitantes por km2 Gráfico 2 Densidade nas capitais brasileiras e internações por doenças infectocontagiosas (2020) Internações – Algumas doenças infecciosas e parasitárias Fontes: IBGE e MS/SVS/CGIAE – Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM. Elaboração Abramed. 9.000 35.000 8.000 30.000 7.000 6.000 25.000 5.000 20.000 4.000 15.000 3.000 2.000 10.000 1.000 5.000 BRieloodSFHeãooJorritazPanloaeeinulrztaoeo População e demografia Recife CaFJPlmPoooRroprãiitrBoSootaToSoCaoAGePMnMBGlPãBCarurMVArrBoaaaróvilerouVilaeaaiateNciVasnapelectâscisLóalnaaisiíanmdoésgaetnrluljhicdpobbtniiriauíioaaáoóssoaeáasmsalarueaa Habitantes por km2 Internações Outro ponto importante é que poucos mu- brasileira, 121,9 milhões de habitantes, o que re- nicípios do país concentram a maior parte dos presenta 57,6% do total, em 2020. Considerando habitantes. Observa-se que apenas 5,9% dos os municípios (49) com mais de 500 mil habi- municípios (326) com mais de 100 mil habitan- tantes, 0,9% do total, concentram 67,0 milhões tes concentram mais da metade da população de habitantes, equivalente a 31,9% da população.

Tabela 3 Distribuição da população residente e municípios segundo a faixa de habitantes (quantidade e distribuição percentual – Brasil – 2020) 28 Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas – DPE – Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS. Nota: 1Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2020. Elaboração Abramed. Habitantes População1 (%) (%) Acumul. Municípios (%) (%) Acumul. Até 5.000 4.186.350 2,0 2,0 1.249 22,4 22,4 De 5.001 a 10.000 8.547.533 4,0 6,0 1.200 21,5 44,0 De 10.001 a 20.000 19.063.867 9,0 15,0 1.334 23,9 67,9 De 20.001 a 50.000 33.828.245 16,0 31,0 1.110 19,9 87,8 De 50.001 a 100.000 24.150.422 11,4 42,4 351 6,3 94,1 De 100.001 a 500.000 54.457.497 25,7 68,1 277 5,0 99,1 Mais de 500.000 67.521.778 31,9 100,0 49 0,9 100,0 Total 211.755.692 100,0 – 5.570 100,0 – Mapa 2 Distribuição da população residente segundo o município e região (número de habitantes – Brasil – 2020) Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas – DPE – Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS. Nota: 1Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2020. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 Habitantes % de municípios Até 5.000 22,5% 5.001 até 10.000 21,5% 10.001 até 20.000 23,9% 20.001 até 50.000 19,9% 50.001 até 100.000 6,3% 100.001 até 500.000 5,0% 500.001 até 12 milhões 0,9%

29 3.783 municípios A maior parte dos municípios brasilei- brasileiros ros (67,9%) tem até 20 mil habitantes e têm até 20 mil abriga 15,0% da população do país (31,8 habitantes. milhões de habitantes). Já os municípios com mais de 20 mil habitantes represen- tam 32,1% do total e compõem 85,0% da população. O mapa a seguir ilustra os mu- nicípios com até 20 mil habitantes e acima de dessa quantidade. Mapa 3 Municípios com até 20 mil habitantes (áreas escuras do mapa) e acima de 20 mil habitantes (Brasil – 2020) Fonte: IBGE. Diretoria de Pesquisas – DPE – Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS. Nota: 1Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2019. Elaboração Abramed. Municípios População e demografia Até 20 mil – 3.783 (67,9%) Acima de 20 mil – 1.787 (32,1%)

30 Projeção da população Painel Abramed | 2020

O Brasil vem passando por mudan- aproximadamente 28,3% (59,9 milhões), 31 ças significativas na estrutura etária de será de 21,0% (48,9 milhões) em 2050 e sua população a cada década, com re- de 17,6% (31,7 milhões) em 2100. flexos na projeção populacional. Tais mudanças decorrem essencialmente de Naturalmente, esse fenômeno trará uma redução da população jovem (0 a profundas consequências e desafios so- 19 anos) por meio da queda da taxa de ciais e econômicos, especialmente nos fecundidade e do aumento de idosos setores de saúde e previdência. A rele- (60 anos ou mais de idade) em decor- vância do crescimento da demanda por rência da ampliação da expectativa de assistência à saúde, em virtude do en- vida. A proporção da população idosa velhecimento populacional, é dada pelo que em 2020 representa cerca de 14,3% número de idosos com problemas crôni- (30,2 milhões) da população, será, em cos de saúde. Estima-se que aproxima- 2050, 28,4% (66,3 milhões), e em 2100, damente 80% da população com idade 40,1% (72,4 milhões). A proporção da superior a 60 anos tem pelo menos uma população jovem, que atualmente é de doença crônica4. Gráfico 3 Projeção da população por grupos etários (Brasil – 1950-2100) Fontes: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2019). World Population Prospects 2019, Online Edition. Rev. 1. IBGE. Diretoria de Pesquisas – DPE – Coordenação de População e Indicadores Sociais – COPIS. Nota: 1Estimativas da população residente nos municípios brasileiros com data de referência em 1º de julho de 2020. Elaboração Abramed. Projeção para o ano de 2100 – United Nations, Department of Economic and Social Affairs,. 250.000 200.000 População (por Mil) 150.000 121.581 117.775 100.000 59.976 66.265 50.000 População e demografia 48.892 0 30.197 2222211222121222121222121121222010009909009090009009090090900048609386059512779280973876615455500500555000505005555050005050 Total 0–19 20–59 60+ 4. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD 2008.

32 Uma das principais consequên- para cada 100 pessoas em idade ativa, cias da transição demográfica é a havia 7,6 idosos. Em 2050, essa pro- alteração da estrutura etária da po- porção será de 100 pessoas em idade pulação. Essas mudanças podem ser ativa para cada 52,1 idosos. observadas por meio da razão de de- pendência, ou seja, da proporção da Um exemplo do impacto da ele- população considerada inativa (0 a 14 vação dos custos da assistência à anos e 65 anos e mais de idade) sobre saúde, em razão do envelhecimento a população potencialmente ativa (15 da população, é observado pelo nú- a 64 anos de idade). Do ponto de vista mero de idosos com problemas crô- econômico, a razão de dependência nicos de saúde. Adicionalmente, demográfica5 pressupõe que jovens e estudos indicam que o número idosos de uma população são depen- médio de internações na população dentes economicamente dos demais. idosa é frequentemente superior em Tal fato tende a pressionar o finan- até três vezes do que entre a popula- ciamento da saúde no país. Em 1940, ção mais jovem6. Gráfico 4 Razão de dependência demográfica total, menores de 15 anos e maiores de 60 anos – Brasil (1940-2050) Fonte: IBGE, Censo Demográfico 1940/2000 e Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período 1980-2050 – Revisão 2008. Dados extraídos do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, IBGE, 2008: 121. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 100 50,9 79,9 52,1 90 87,5 75,1 80 Razão Dependência Total 20,6 70 30,3 7,6 60 23,0 50 Razão Dependência de Idosos – 60 anos ou mais 40 Razão Dependência de Menores de 15 anos 30 20 10 0 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2020 2030 2040 2050 5. Razão entre o segmento etário da população definido como economicamente dependente (os menores de 15 anos de idade e os de 60 e mais anos de idade) e o segmento etário potencialmente produtivo (entre 15 e 59 anos de idade), na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado. 6. Demografia e Saúde: Contribuição para Análise de Situação e Tendências.

Demografia 33 População e demografia Envelhecimento populacional Em sintonia com os países em de- senvolvimento, o Brasil apresenta um processo acelerado de envelheci- mento populacional, o que representa um elevado número da população idosa na comparação com os demais grupos etários. Em linhas gerais, esse processo pode ser descrito em qua- tro ciclos. No primeiro, as taxas de nascimento e mortalidade são ele- vadas, resultando em baixo aumento populacional e estrutura etária no formato de pirâmide, mais crianças e menos idosos. No segundo, a redu- ção da taxa de mortalidade infantil combinada com a elevação das taxas de fertilidade geram o crescimento populacional, denominado “bônus demográfico”, com o aumento da po- pulação em idade economicamente ativa. No terceiro ciclo, destaca-se a queda na taxa de fertilidade, o que resulta no estreitamento da base da pirâmide, elevando a média etária da população. Por fim, a fertilidade e a mortalidade encontram-se em níveis baixos e controlados, e o crescimento populacional estabiliza-se, com maior proporção da população idosa.

34 Gráfico 5 Proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que referem diagnóstico médico das doenças selecionadas (Brasil – 2013) Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Elaboração Abramed. 52,751,8 44,4 60,0 Proporção de pessoas diagnosticadas (%) 50,0 40,0 Painel Abramed | 2020 30,0 28,9 14,916,016,6 4,8 11,9 11,5 25,9 25,5 19,9 20,6 20,0 26,6 25,5 4,1 4,3 5,7 2,7 9,0 17,7 17,1 2,8 10,0 19,9 5,6 1,3 3,4 13,3 14,5 0 0,5 1,4 2,0 2,9 2,1 8,7 0,9 2,8 5,0 5,7 5,9 5,1 5,8 0,6 3,7 2,9 0,3 1,3 0,1 1,1 renIanlscurfiôcniiêcnacia Câncer Probledemcaolcruônnaico reumAatritsritmeoou Algduo cmoaradçoãeonça Asma AVC Colesterol alto Diabetes Hiparetrtereinalsão De 18 a 29 anos De 30 a 59 anos De 60 a 64 anos De 65 a 74 anos Com 75 anos ou mais

A proporção de idosos na população brasileira praticamente triplicou 35 nos últimos 50 anos. Em 1970, a parcela de pessoas acima de 60 anos re- presentava cerca de 5,5% da população. Já em 2020, de acordo com as estimativas, 30,2 milhões de pessoas têm idade acima de 60 anos, o que representa 14,3% da população. Com o envelhecimento da população, as doenças crônicas constituem o principal problema de saúde e respondem pela demanda crescente e expressiva dos serviços de saúde. Nota-se que a incidência de doenças crônicas é maior nos grupos etários a partir de 60 anos de idade ou mais. É interessante notar que a proporção de pessoas diagnosticadas com uma determinada doença pode indicar um padrão de acesso aos serviços de saúde e procedimentos diagnósticos. A informação por um médico sobre a existência de patologia ou necessidade de rastrea- mento implica necessariamente a ocorrência do acesso aos serviços de saúde. Dessa forma, um aumento da prevalência e realização de exa- mes de diagnóstico pode ser um indicador positivo de acesso, desde que seja acompanhado por meio de tratamento adequado. Gráfico 6 Proporção de pessoas de 18 anos ou mais de idade que nunca realizaram exames e que realizaram exames após o diagnóstico (Brasil – 2013) Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Elaboração Abramed. 100,0 89,0 90,0 91,9 95,2 94,9 94,6 96,4 96,6 92,4 90,0 85,7 80,0 70,0 60,0 Proporção de pessoas (%) 50,0 População e demografia 40,0 30,0 24,3 20,0 19,4 12,2 9,9 6,6 4,2 3,3 10,0 6,9 5,5 4,7 0 Nunca fizeram exame Diagnóstico médico de Nunca fizeram exame Diagnóstico médico de diabetes, e para a quais de sangue para medir o hipertensão arterial, e para as de sangue para medir foram solicitados exames colesterol e triglicerídeos quais foram solicitados a glicemia exames complementares, e complementares, e conseguiram fazer todos os conseguiram fazer todos os exames solicitados exames solicitados De 18 a 29 anos De 30 a 59 anos De 60 a 64 anos De 65 a 74 anos Com 75 anos ou mais

36 Por esse motivo, entre outros, estima-se uma por meio da detecção precoce de doenças. Ge- tendência de aumento do número de exames ralmente, mais da metade dos exames de ima- de diagnóstico em convergência com os aspec- gem são realizados por pessoas com 50 anos tos epidemiológicos e, principalmente, acompa- ou mais de idade, com exceção da ultrassono- nhando as alterações demográficas. Isso pode grafia, que tem sua utilização principalmente na aumentar a expectativa de vida da população fase reprodutiva da mulher. Gráfico 7 Proporção de procedimentos de imagem realizados no SUS segundo a faixa etária (2019) Painel Abramed | 2020 Fonte: Ministério da Saúde – Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS). Elaboração Abramed. 16,0% 14,0% 12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% Menor 1 ano 1 a 4 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos mais 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 445 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 anos e Ultrassonografia Radiologia Tomografia Ressonância

Estima-se uma tendência de aumento 37 do número de exames de diagnóstico em convergência com os aspectos epidemiológicos e demográficos. O gráfico a seguir demonstra o aumento envelhecimento ocorreu de forma lenta , en- da população idosa em número absoluto quanto na primeira metade do século XXI, e a participação percentual sobre a popu- de maneira mais acelerada. Essa trajetória lação total para os grupos etários: 60-65, deverá ser observada até a segunda me- 65-80, mais de 80 anos. Ressalta-se que na tade do século XXI, quando o ritmo então segunda metade do século XX, o ritmo de entrará em declínio. Gráfico 8 Projeção da população e proporção por grupos etários acima de 60 anos de idade (Brasil – 1950-2100) Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2019). World Population Prospects 2019, Online Edition. Rev. 1. Elaboração Abramed. 90.000População idosa (número absoluto) 18,4% 20,0% 80.000 1950 18,0% 70.000 1955 60.000 1960 15,6% 16,0% 50.000 1965 14,0% 40.000 1970 12,0% 30.000 1975 10,0% 20.000 1980 8,0% 1985 19906,0% 1995 20006,0% 20054,0% 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060 2065 2070 2075 2080 2085 2090 2095 2100 Proporção de idosos sobre o total da população (%) População e demografia 10.000 2,0% 0 0,0% %60+ 65+ 80+ %60+ %65+ %80+

38 Gráfico 9 Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade (Brasil – 2020-2050) em milhões Fonte: IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2010-2060. Elaboração Abramed. Painel Abramed | 2020 Idade Homens 90+ 2020 2050 85 a 89 265 1.148 80 a 84 471 1.718 75 a 79 953 2.864 70 a 74 1.542 4.022 65 a 69 2.399 5.469 60 a 64 3.337 6.702 55 a 59 4.351 7.333 50 a 54 5.306 7.619 45 a 49 6.041 8.034 40 a 44 6.576 7.544 35 a 39 7.575 7.197 30 a 34 8.347 7.222 25 a 29 8.533 7.327 20 a 24 8.484 7.190 15 a 19 8.713 6.896 10 a 14 8.042 6.603 5a9 7.564 6.340 0a4 7.492 6.125 7.537 5.948 Homens 2020 Homens 2050 Mulheres 2020 Mulheres 2050

39 Mulheres Total Em 2020, a parcela População e demografia 2020 2050 2020 2050 de pessoas acima de 550 2.490 815 3.638 60 anos representa 788 2.830 1.259 4.548 cerca de 14,3% da 1.414 4.115 2.367 6.979 população. Já em 2.072 5.259 3.614 9.281 2050, de acordo com 3.010 6.641 5.409 12.110 as estimativas do 4.012 7.676 7.349 14.378 IBGE, essa proporção 5.033 8.000 9.384 15.333 será de 28,4%. Nesse 5.951 8.059 11.257 15.678 período, o número 6.577 8.221 12.618 16.255 de idosos aumentará 7.076 7.563 13.653 15.107 119,4%, passando 8.028 7.123 15.603 14.320 de 30,2 milhões em 8.679 7.077 17.027 14.298 2020, para 66,3 8.672 7.128 17.205 14.455 milhões em 2050. 8.501 6.950 16.986 14.140 8.520 6.626 17.233 13.521 7.749 6.313 15.791 12.916 7.242 6.050 14.805 12.390 7.159 5.842 14.650 11.966 7.194 5.672 14.730 11.620 211.756 232.933

Painel Abramed | 202040 Exames necessários para um diagnóstico rápido e preciso – Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) O impacto econômico de hospitalizações e a perda de produtividade atribuídas ao conjunto de Do- enças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) repre- sentam enormes desafios aos sistemas de saúde, famílias e empresas, considerando o impacto social e econô- mico, especialmente nos países em desenvolvimento e de baixa renda. Algumas doenças crônicas são silenciosas, e os proble- mas de saúde tornam-se conhecidos somente após a manifes- tação dos sintomas. A melhor forma de enfrentar esse conjunto de doenças é por meio de prevenção, medidas de rastrea- mento e diagnóstico precoce. Na maior parte dos casos, a con- firmação do diagnóstico é realizada por meio da combinação de diversos exames laboratoriais e de imagem.

41 Neoplasias População e demografia As neoplasias (câncer) constituem a segunda principal causa de morte no Brasil. O número de mortes segundo a localização pri- mária do tumor varia entre homens e mulheres, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Os dois tipos mais comuns entre os sexos são o de traqueia, brônquios e pulmões, colón e reto. Nos homens, destaca-se o número de mortes provo- cadas pelo câncer de próstata. Nas mulheres, a prevalência é o cân- cer de mama. Traqueia, brônquios e pulmões O diagnóstico mais comum para a detecção do câncer nessas áreas ocorre por meio de exames de imagem, outros específicos como a broncoscopia flexível ou por meio de biópsias. O câncer de pulmão é o segundo tipo mais comum no país e um dos mais letais. O diagnóstico geralmente é feito por meio do raio-x de tórax, em com- plemento à tomografia computadorizada. Segundo estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)7, a despesa no tratamento do câncer de pul- mão foi de R$ 3,3 milhões em 2020 para uma população de 277 pa- cientes. O estudo indica um custo médio de tratamento que varia entre R$ 6.210,79 e R$ 24.220,78 de acordo com o tempo de vida do pa- ciente durante o tratamento8. O INCA projeta um total de 30.200 mor- tes no ano de 2020. 7. Valores deflacionados pela média do número índice do IPCA para o ano de 2014 até os últimos 12 meses terminados em agosto de 2020. (Abramed)

42 Custos diretos associados ao tratamento nos estágios 2 e 3 alcançam de três a cinco vezes o custo observado no estágio 1. Painel Abramed | 2020

Mama 43 Segundo o INCA, estima-se a ocorrência de 66,3 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2020. Para o diagnóstico preciso e exato, os métodos utilizados podem variar em consequência do exame físico, do tamanho do tumor e dos sintomas apresentados. Em geral, podem ser indicados os exames de raio-x de tórax, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom, pet/scan e cintilografia óssea8. O exame realizado em períodos regulares apresenta maior probabilidade de diagnóstico e custos menores. Nesse sentido, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento seja realizada a cada dois anos nas mulheres entre 50 e 69 anos. Adi- cionalmente, outros exames de imagem como a ultrassonografia ou ressonância mag- nética podem ser indicados para confirmar a existência do câncer. Nota-se que custos diretos associados ao tratamento nos estágios 2 e 3 alcan- çam de três a cinco vezes o custo observado no estágio 1, no tratamento do câncer pré-menopausa. Enquanto o tratamento no primeiro estágio custa cerca de R$ 12,9 mil, no segundo passa para R$ 38,9 mil e no terceiro alcança R$ 62,5 mil9. Gráfico 10 Custo direto no tratamento do câncer de mama segundo estadiamento (Brasil – 2016) Fonte: Dados extraídos do artigo “Quanto custa tratar um paciente com câncer no SUS” – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). Adaptado por Abramed. Nota: Valores deflacionados pela média do número índice do IPCA para o período de 2016 a 2019. (Abramed) 105.667 82.076 62.471 56.038 38.878 Custo por caso (R$) 12.899 2 3 1 População e demografiaEstadiamento Pré-menopausa Pós-menopausa 8. American Cancer Society 9. https://observatoriodeoncologia.com.br/quanto-custa-tratar-um-paciente-com-cancer-no-sus-em-2016/

44 Cólon e reto O câncer de cólon e reto atinge homens e mulheres, geralmente por volta dos 50 anos de idade. Trata-se de uma doença que cos- tuma se desenvolver de forma lenta e silenciosa, sendo diagnos- ticada por meio do exame de sangue oculto, no qual é possível identificar se há sangue nas fezes. Outro exame frequentemente indicado é a colonoscopia, capaz de examinar o cólon por meio de imagens e, se necessário, uma amostra de tecido pode ser reti- rada para biópsia. Outra possibilidade é a utilização da radiografia com contraste para que as paredes do intestino sejam visualizadas. O custo médio para o tratamento do câncer de cólon e de reto pode aumentar mais de 18 vezes entre o estadiamento 1 e o 3. Nota-se que os custos médios por tratamento passam de R$ 4,6 mil em média para mais de R$ 88 mil. Gráfico 11 Custo direto no tratamento do câncer de cólon e reto segundo estágio (Brasil – 2016) Fonte: Dados extraídos do artigo “Quanto custa tratar um paciente com câncer no SUS” – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale). Adaptado por Abramed. Nota: Valores deflacionados pela média do número índice do IPCA para o período de 2016 a 2019. (Abramed) 86.961 3 89.494 Painel Abramed | 2020 5.083 2 Estadiamento 7.244 4.710 1 4.571 Custo por caso (R$) Câncer de cólon Câncer de reto

Próstata 45 O câncer de próstata é o tumor mais frequente em ho- mens, principalmente com idade acima dos 45 anos, e a maioria dos casos é diagnosticada por meio de rastrea- mento. A doença pode ser confirmada por meio da reali- zação de biópsia após a suspeita detectada pelo exame de sangue (PSA), no toque retal e em métodos de imagem pél- vica, como o ultrassom, a tomografia computadorizada ou a ressonância magnética. Assim como na maior parte das doenças cancerígenas, a detecção precoce poderia redu- zir os elevados custos decorrentes do tratamento do câncer em estágios avançados ou da doença metastática. Mesmo diante desse cenário, 27,9% dos homens não faziam acom- panhamento com o urologista após o diagnóstico de câncer de próstata10. Gráfico 12 Percentual de homens que realizam acompanhamento com urologista após diagnóstico de câncer de próstata segundo faixa etária Fonte: Pesquisa do Instituto Oncoguia “Conhecendo a realidade dos pacientes com câncer de próstata” (2015). Adaptação Abramed. Nota: Amostra de 61 participantes da pesquisa. 4,9% 27,9% 34,4% População e demografia 32,8% 30 anos 40 anos 50 anos Sem acompanhamento 10. Pesquisa do Instituto Oncoguia “Conhecendo a realidade dos pacientes com câncer de próstata” (2015).

Painel Abramed | 2020 46

Fecundidade 47 e natalidade A transição demográfica é um fenô- sileira, assim como nos demais países meno social decorrente de processos da América Latina, está na fase final de históricos desenvolvidos no decorrer do transição demográfica, com redução tempo e espaço, além da combinação acelerada e generalizada da taxa de fe- de variáveis demográficas. O declínio cundidade. No Brasil, a taxa de fecun- generalizado da fecundidade, associado didade apresenta redução sistemática à diminuição da mortalidade, contribuiu desde 1960, período em que foram in- de maneira essencial para que ocorres- troduzidos os métodos anticonceptivos sem mudanças significativas na com- orais no país. A intensificação desses posição por idade da população do métodos contribuiu para redução da fe- país. Estima-se que a população bra- cundidade nos anos de 1980. Gráfico 13 Brasil: comportamento das taxas de natalidade e mortalidade e evolução da população (1890-2100) Fontes: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Séries Históricas 1890 a 2000 (disponível em: <https:// seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?no=10&op=2&vcodigo=CD109&t=taxas-brutas-natalidade-mortalidade>); The United Nations (2017), de 2010 a 2100. Elaboração dos autores. Obs.: Extrapolações para 1910 e 1930, pois não foram realizados censos. 50 250 45 40 200 35 30 150 25 20 100 15 10 50 5 00 Taxas (por mil) População e demografia População (em milhões) 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055 2060 2065 2070 2075 2080 2085 2090 2095 2100 População Taxa bruta de natalidade (TBN) Taxa bruta de mortalidade (TBM)

48 Expectativa de vida ao nascer No Brasil, a expectativa de vida ao de Geografia e Estatística (IBGE), nascer apresentou ganhos de cerca em 1940, a expectativa de vida da de 30,8 anos entre 1940 e 2018, população era de 45,5 anos: 42,9 como consequência da queda da anos para homens e 48,3 anos para mortalidade infantil, especialmente mulheres. Em 201811, a expectativa de entre 1980 e 2001. Nesse período, vida ao nascer subiu para aproxima- houve uma queda de 65% dos óbi- damente 76,3 anos em média, pas- tos entre os menores de 10 anos. Se- sando para 72,8 anos para homens e gundo dados do Instituto Brasileiro 79,9 anos para mulheres. Tabela 4 Expectativa de vida ao nascer (Brasil – 1940-2018) Fontes: 1940, 1950, 1960 e 1970 – Tábuas construídas no âmbito da Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. 1980 e 1991 – ALBUQUERQUE, Fernando Roberto P. de C. e SENNA, Janaína R. Xavier “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Grupos de Idade – Grandes e Unidades da Federação – 1980, 1991 e 2000. Textos para discussão, Diretoria de Pesquisas, IBGE, Rio de Janeiro, 2005. 161p. ISSN 1518-675X; n. 20. 2000 – IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060. 2010 em diante – IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2010-2060. Elaboração Abramed. Ano Total Homem Mulher Diferencial entre os sexos (anos) 1940 45,5 42,9 48,3 5,4 1950 48,0 45,3 50,8 5,5 1960 52,5 49,7 55,5 5,8 Painel Abramed | 2020 1970 57,6 54,6 60,8 6,2 1980 62,5 59,6 65,7 6,1 1991 66,9 63,2 70,9 7,7 2000 69,8 66,0 73,9 7,9 2010 73,9 70,2 77,6 7,4 2018 76,3 72,8 79,9 7,1 ∆ (1940/2018) 30,8 29,9 31,6 7,1 11. Dado mais recente.

O aumento da expectativa de vida 49 está associado com a melhora generali- zada nas condições de saúde e o desen- volvimento da medicina. Nesse sentido, destaca-se a importância dos exames de diagnóstico na prática da medicina. Em diversas situações, os exames podem identificar uma condição de saúde antes da manifestação dos sintomas. Em 1940, uma pessoa, ao completar 65 anos de idade, tinha uma expectativa de vida de 10,6 anos, vivendo em média 75,6 anos. Com o declínio da mortalidade nesse pe- ríodo, um mesmo indivíduo de 65 anos, em 2018, teria expectativa de vida de 18,8 anos, esperando viver em média até 83,8 anos, ou seja, 8,2 anos a mais do que um indivíduo da mesma idade em 1940. Tabela 5 Expectativa de vida aos 65 anos (Brasil – 1940-2018) Fontes: 1940, 1950, 1960 e 1970 – Tábuas construídas no âmbito da Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. 1980 e 1991 – ALBUQUERQUE, Fernando Roberto P. de C. e SENNA, Janaína R. Xavier “Tábuas de Mortalidade por Sexo e Grupos de Idade – Grandes e Unidades da Federação – 1980, 1991 e 2000. Textos para discussão, Diretoria de Pesquisas, IBGE, Rio de Janeiro, 2005.161p. ISSN 1518-675X; n. 20. 2000 – IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2000-2060. 2010 em diante – IBGE/Diretoria de Pesquisas. Coordenação de População e Indicadores Sociais. Gerência de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica. Projeção da população do Brasil por sexo e idade para o período 2010-2060. Elaboração Abramed. Ano Total Homem Mulher Diferencial entre os sexos (anos) 1940 10,6 9,3 11,5 2,2 1950 10,8 9,6 11,8 2,2 1960 11,4 10,1 12,5 2,4 1970 12,1 10,7 13,4 2,7 População e demografia 1980 13,1 12,2 14,1 1,9 1991 15,4 14,3 16,4 2,1 2000 15,8 14,2 17,2 3,0 2010 17,6 16,0 19,0 3,0 2018 18,8 17,1 20,3 3,2 ∆ (1940/2018) 8,2 7,8 8,8 1,0

50 Saneamento básico no Brasil – Impactos para a saúde S egundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o saneamento básico é fundamental para a promoção da saúde, meio ambiente e manuten- ção do bem-estar social. A falta do saneamento contribui para diversos problemas de saúde pública com reflexos, especialmente, nas taxas de mortalidade infantil nas regiões mais pobres e com impactos diretos na expectativa de vida da população. O saneamento precário também contribui para o desenvol- vimento de doenças tropicais, como a dengue, zika e chikungunya, transmitidas a partir da proliferação do mosquito Aedes aegypti. No Brasil, mais de um terço da população vive em domicílios sem coleta de es- goto sanitário. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgada pelo IBGE, mais de 74,2 milhões de brasileiros residem em domicílios nessa condição, o correspondente a 35,7% da população. Desse total, 32,3 milhões (79,3%) moram Gráfico 14 Proporção de pessoas residindo em domicílios sem esgoto sanitário por rede coletora, pluvial ou fossa ligada à rede (2018) Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2018. Elaboração Abramed. 90,6 85,7 85,7 93,0 79,3 48,5 76,8 68,6 70,0 66,3 64,5 Proporção (%) 57,1 58,2 58,2 52,3 60,1 45,3 46,0 Painel Abramed | 2020 50,8 43,5 45,2 46,8 44,5 33,8 35,7 30,8 30,7 21,8 18,6 11,8 12,1 7,7 Brasil ATRoRomcoAanrazdNamnoPiôAotainracnpmrtrianesaááase Rio GranPdereMnNdaaAoSProlreaamaCrrdBNnPbgeagieaoíihuosarahãpcbtritauíosaeeeaoá REisMopiídnrSieatãSsJoouaGSPdneaaereisnualrttiooose RioSGarnatnadCeaPtdaaroraiSSnnuulála MatoDiCsGterrMinoattstrosoooF-GedrOGdooeoesisSrstáauellos


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