ANUÁRIO 2012 INOVAÇÃO IDEIAS, TENDÊNCIAS E AÇÕES QUE TRANSFORMAM O MERCADO DA SAÚDE
Diretoria Anuário Efetivos SINDHOSP Dante Ancona Montagnana (presidente), Yussif Ali 2012 Mere Júnior (primeiro vice-presidente), George Schahin (segundo vice-presidente), José Carlos Barbério (primeiro 14 SINDHOSP tesoureiro), Luiz Fernando Ferrari Neto (segundo Cadastro > Mercado > ClasSaúde tesoureiro), Luiza Watanabe Dal Ben (primeira secretária) e Antonio Carlos de Carvalho (segundo secretário) 38 Ciência Suplentes 60 Pesquisa Sérgio Paes de Melo, Carlos Henrique Assef, Danilo Ther 86 Gestão Vieira das Neves, Simão Raskin, Ricardo Nascimento 106 PPP Teixeira Mendes, Marcelo Luis Gratão, Irineu Francisco 126 Capital Humano Debastiani 142 TICs Conselho Fiscal 156 Tendência Efetivos 172 Sustentabilidade Roberto Nascimento Teixeira Mendes, Gilberto Ulson 192 Infraestrutura Pizarro e Marina do Nascimento Teixeira Mendes 216 Remoção Suplentes 230 Fichas Técnicas Maria Jandira Loconte Ferrari, Paulo Roberto Rogich e Lucinda do Rosário Trigo Delegados Representantes Efetivos Dante Ancona Montagnana e Yussif Ali Mere Júnior Suplentes José Carlos Barbério e Luiz Fernando Ferrari Neto Anuário SINDHOSP Gerenciamento de projeto, coordenação editorial e edição Ana Paula Barbulho (MTB 22.170) Jornalistas Colaboradoras Aline Moura e Fabiane de Sá Coordenação de Marketing Carlos Eduardo da Silva Circulação Entre diretores e administradores hospitalares, estabelecimentos de saúde, órgãos de imprensa e autoridades. Tiragem 15.000 Correspondências para Departamento de Imprensa R. 24 de Maio nº 208, 9º andar, São Paulo/SP CEP 01041-000 Fone (11) 3331-1555, ramais 245 e 255 www.sindhosp.com.br e-mail: [email protected] Diretor de Projetos Especiais Gilberto Figueira Diretora Financeira Cleide Antunes Departamento AdministrativoMara Farias Jornalista Responsável Cida Flosi (MTB 12.188) Projeto Gráfico e Diagramação Fábio Figueiredo Estagiário Marcelo Cielo Comercial Aínton Santos, Joyce Mendes, Marcelo Giordano e Ricardo Braga Impressão Prol Gráfica Avenida Mal. Eurico Gaspar Dutra, 899 CEP: 02239-010 São Paulo - SP Tel.: 11 3294 0051 / 3294 0052 / 3294 0053 Email: [email protected] www.publicbrasil.com.br Este Anuário é uma publicação do SINDHOSP e Public Projetos Editoriais com circulação controlada e dirigida ao segmento saúde, estando disponível também em versão digital através de iPad, Smartphone e Tablet. A PUBLIC DIGITAL é responsável pelo desenvolvimento da versão digital. 4
Editorial SINDHOSP 2012 Inovação é atitude Q uando decidimos pelo tema central deste Anuário – Inovação: Ideias, Tendências e Ações que Transformam o Mercado da Saúde – não tínhamos em mente abordar apenas os avanços tecnológicos e as pes- quisas em andamento que podem revolucionar tratamentos. É claro que essas novidades tecnológicas e da ciência têm um apelo inovador incrível e precisam ser contempladas em uma publicação como esta. Afinal, a maioria das pessoas tem facilidade em perceber a inovação através delas. Mas o intuito era ir além. A inovação pode estar mais próxima da empresa do que o empresário e o ges- tor imaginam. As mudanças nas relações que a internet e mais recentemente as mídias sociais estão proporcionando é algo que só poderemos dimensionar daqui alguns anos. Mas isso já está acontecendo hoje! O agendamento de consultas e exames pela rede mundial de computadores já é uma realidade. O acesso aos re- sultados, também. O doutor Google está minando a soberania dos médicos, que são cada vez mais contestados pelos seus pacientes quanto à conduta a ser adota- da. E o prontuário de saúde pessoal é uma tendência que visa maior conscienti- zação do usuário como responsável pela sua própria saúde. Tudo isso impacta as relações no setor. O fator humano, aliás, é a mola propulsora do nosso segmento. Afinal, por mais refinadas que sejam as tecnologias empregadas, todas, sem exceção, passam pela mão dos profissionais da saúde. São eles que decidem, manipulam e, prin- cipalmente, mantêm contato direto com os pacientes. E como gerir dentro de organizações com tantos protocolos a serem obedecidos, como exige a saúde, a geração que começa a chegar às nossas empresas, conhecida como geração Y ou Z? Quais os conflitos que podem ocorrer no relacionamento entre os profissionais mais maduros (os Baby Boomers e a geração X) com essa rapaziada que respira tecnologia? Como administrá-los? Essas questões se colocam atualmente como desafios e exigem criatividade dos gestores para superá-los. Criar e inovar são sinônimos que precisam fazer parte do nosso dia a dia. E a proposta desta publicação, que chega a ser um tanto provoca- tiva, é mostrar tendências, apontar para onde o mundo (que hoje não tem fron- teiras) caminha. Para inovar não é preciso grandes investimentos. Pelo Dicionário Houais, inovar é “fazer algo como não era feito antes”. Encontrar essa diferença exige não só raciocínio, mas principalmente sensibilidade, percepção. E esse mar Dante Montagnana de possibilidades está dentro de cada um de nós, muitas vezes, precisando ser presidente do SINDHOSP redescoberto. Boa leitura! 8
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Editorial SINDHOSP 2012 Nossos filhos e netos necessitam de nossa atenção já! Gilberto Figueira recho da Carta da Terra: diretor da Public Projetos Editoriais T “Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de cul- turas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade susten- tável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é im- perativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.” A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção, no século 21, de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica. E foi elaborada por uma entidade internacional independente. A legitimidade do do- cumento foi fortalecida quando, em 2002, foi ratificada pelas Nações Unidas. No site www.cartadaterrabrasil.com.br é possível conhecer a Carta da Terra na íntegra. Os meios de comunicação vêm divulgando, há anos, notícias sobre os im- pactos desse modelo atual de desenvolvimento sobre a natureza: aquecimento global, degelo de camadas polares, mudanças climáticas extremas, inundações, furacões em áreas onde esse fenômeno jamais havia ocorrido, deslizamentos e desmoronamentos, elevação do nível dos mares e tantas outras tragédias. Na Rio+20, o diretor Geral da WWF – World Wide Fund, Jim Leapem, afirmou: “Estamos vivendo como se tivéssemos um planeta extra à nossa dispo- sição. Estamos usando 50% a mais de recursos do que a Terra pode produzir de forma sustentável e, a menos que mudemos o curso, este número crescerá rápido. Em 2030, mesmo dois planetas não serão suficientes”. Diante disso, eu me questiono sobre qual será o papel da atual e das novas gerações, justamente para garantir que a Teoria do Desenvolvimento Sustentável seja colocada em prática? A resposta é uma mudança drástica, urgente e decisiva de atitudes dian- te do padrão de desenvolvimento que se precisa ter desde já. Estamos falando de colocar o planeta Terra na UTI e tratá-lo com urgência e toda dedicação. Se falharmos nesta ação, falharemos com nossos filhos e nossos netos. O Anuário SINDHOSP, mais uma vez, está fazendo a sua parte. Estamos neutralizando o carbono gerado na produção desta publicação. Esta neutraliza- ção se dará na forma do plantio de árvores. Mas não podemos parar somente nesta ação. Precisamos fazer mais. E para isso contamos com a colaboração do segmento saúde. Acesse a nossa página no Facebook (Planeta Terra na UTI) e registre o seu pensamento ou apresente uma ideia ou um novo projeto. 10
TTeeccnnoolologgiaiabbioiommédéidciacadadaAlAelmemanahnahcaocmomfamfama ma umnudniadli.aPl.oPrqourqeuheáhaánaonsoasAaleAmleamnhanaha continuamente estabelece novos padrões em relação à qualidade, confiabilidade e inovação. Profissionais da área de saúde não podem deixar nada ao acaso. Eles AAs susausasvavnatnatgaegnesns precisam confiar 100 por cento nos seus equipamentos, pois os wwOOfefretrataddeepprordoudtuotsosalataltmamenetnetesepsepceiacilaizlaizdaadpaaprartaotdoodo soesteotror pacientes lhes confiam o seu maior bem – a própria saúde. Por que enetnãtoãonãnoãofafzaezrerusuosodadatetcenconlolgoiagiabiobmioémdéicdaicaleamleãm? ãT?ecTneocnlooglioags,ias, dedesasúadúede mmataetreiariasi,sp, rporcoecsessossose eeqeuqiupiapmamenetnotsodsadAa lAemleamnahnahpaopdoedmemfazfearzemramisais wwMMilhilharaersesdedepaptaetnetnetses poprovrovcoêc.êI.sItsotonãnoãosósósesemmosotsratratartarvaévsédsadalatílstsísismima aquqauliadliaddaedee deadvaidvaida wwExEpxoprotratçaãçoãodedemmaisaidsed6e06%0%nonsoúslútilmtimosoasnaonsos útúiltial caicmima adadammédéida.iaA. Afufnucniocinoanliadliaddaedoetoimtiimzaizdaadpaapraaroa uosuásuriáorieouemuama wwMMaiasisddee111.010.0000ememprperseasaesmemtotdoadaaAalAemleamnahnah–a – rerdeedededesesrevrivçioçsoms munudnidaliaflácfáilceil ededsecsocmopmlipclaicdaadsaãosãtoamtabmébmémpropvraosvadsede umuma acactaetgeogroiaridaedqeuqauliadlaiddaedseuspueprieorri.or. dadammicircoreomemprperseasataéteémemprperseasams umltuinltaincaiocnioanisais wwSeSrevrivçioçsoseeapaopiooioaoaoclcielinetneteacaicmima daadma médéiadia SeSmemprpereumumpapsassosào fàrefrnetnete wwAAcocmompapnahnahmamenetnotnoonloocloacl adludraunratentaenaonsos PePseqsuqiusaisa e e dedseesnevnovlovilmvimenetnotosãsoãoo ofufnudnadmaemnetontodadatectneocnlooglioagia wwEstruturas de preço confiáveis biboimomédéidcaicaaleamlemã. ãA. sAsexeigxêignêcniacsiaessepsepceiaciisaidsodococrpoorphouhmuamnoansoemsepmrepre dãdoãoaoasosfafbarbicriacnatnetsesalaelmemãeãseus mumnonvoovoincinecnetinvtoivpoapraarcaricarriairnoinvoavçõaçeõses EnEcnocnotnrterefofronrenceecdeodroersees exepxoprotartdaodroerses tétcéncinciacsasdedepopnotnataquqeuelogloogoforfomramrãaorãoumumnonvovpoadpraãdorãmo umnduinadl.iaOl. O VeVnehnahasesecocnovnevnecnecredradsavsavnatnatgaegnesndsadtaectenconloogloiagbiaiobmioémdiécdaica sesteotrordedeenegnegnehnahraiariabibomioémdéicdaicainvinevsteesteaparopxroimxiamdadmaemnteentneovneovpeorpor alaelmemã.ãC. rCierienonvoovsoes eprpormomissisosroersecsocnotnattaotsopsapraroasossesuesunsengeógcóiocsios cecnetnotononodedseesnevnovlvoilmviemnetnoteo aepaeprfeerifçeoiçaomaemnetontdoods osseuses upsropdroutdoustoesuemum cocmoma aAlAelmemanahnah.a. tetreçroçododsosesuesups rpordoudtuotsotsetmemumuma iadaiddaedienfienrfieorrioartarêtrsêasnaonso. sC.oCmomistiostao a AAlelmemanahnahéa uémumdodsolsidleidrersems umnudniadiisaeismemrelraeçlaãçoãaooaroegreisgtrisotrdoedpeapteantteenstes e esetseteavaavnaçnoçotetcenconloólgóigcoictoratrzaozsossesuesufsrufrtuotso: sQ: Queumemadaqduqirueirteetcenconlogloiagia biboimomédéidcaicaleamlemã ãnãnoãoesetástsáosmoemnetentuemumpapssaossào fàrefnreten,tem, ams atsamtabmébmém esetsátáinivnevsetsintidnodoememsussutsetnetnatbaiblidiliaddaed. e. MMaiasispepretrotododoquqeueseseimimagaigniana TeTcenconloolgoigaiabiboimomédéicdaicadadaAleAmleamnahnahfaunfucinocnioannaonmo umnduondtoodtoodeo oes os fafbarbicriacnatnetsesalaelmemãeãseessetsãtoãommaiasips epretortododoquqeuveovcoêciêmiamgaingain. aU.mUamraedrede mmunudnidaliael uemumsisstisetmema daedleogloísgtíisctaicoatoimtiimzaizdaodcoricariuamumforfotertreelraeçlaãçoãcoocmom ooclcielinetnetee efafzaezmemcocmomquqeuesetestseps rpordoudtuotsodsedaeltaaltqauqauliadlaidaedeesteesjtaemjam rarpaipdiadmamenetnetedidspisopnoívneíviseiesmemquqaulqaulqeur elurgluargadrodmoumnduon.dÉo.cÉlarcolaqrouequoes os prpordoudtuotsose easassosloulçuõçeõsessãsoãopepreferfietaitmamenetneteadaadpatpadtaodsoàssàesxeigxêignêcniacsias e condições locais. Com tecnologia biomédica alemã profissionais da áráeraeadedesasúadúedeadaqduqirueirmemknkonwo-who-hwowdedperipmreimireairma ãmo.ãoS.emSeinmáirnioásrioes e cursos profissionais realizados no local são a norma, assim como cocnosnuslutaltsarsárpáipdiadsaes ededsecsocmomplipclaicdaadsapsoproter lteefloenfoeneeientienrtneernt.et.
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SINDHOSP - Cadastro SINDHOSP 2012 14
Representação do SINDHOSP cresce mais de 40% em dois anos O SINDHOSP registrou, no fim do mês de julho de 2012, recorde no número de empresas de saúde em seu cadastro. Em janeiro de 2010 eram 22.492 esta- belecimentos representados. O mês de julho de 2012 fechou com 32.980 empresas de saúde cadastradas, ou seja, um crescimento de 46,63%. “Esse crescimen- to expressivo em pouco mais de dois anos mostra que estamos conseguindo prestar serviços relevan- tes, que vão ao encontro das necessidades dos es- tabelecimentos de saúde do Estado de São Paulo”, frisa o presidente do SINDHOSP, Dante Montagnana. 15
SINDHOSP - Cadastro SINDHOSP 2012 o Estado de São Paulo, o SINDHOSP re- pontos estratégicos do Interior, além da Capital. “Quan- do resolvemos descentralizar, a ideia foi levar os mesmos N presenta todos os estabelecimentos de saúde serviços oferecidos na Capital aos estabelecimentos do privados de caráter lucrativo. Mesmo assim, Interior. Essa estratégia consolidou ainda mais a repre- graças a uma brecha na Constituição e aos serviços ofe- sentação do Sindicato”, acredita Montagnana. Os escri- recidos pelo Sindicato, os principais hospitais filantró- tórios regionais têm infraestrutura para a realização de picos do Estado são associados à entidade. Dos 780 hos- cursos, eventos, reuniões setoriais e assembleias e estão pitais cadastrados, cerca de 20% são filantrópicos, entre localizados nas cidades de Bauru, Campinas, Sorocaba, eles, os maiores e mais conhecidos do país, com grande Ribeirão Preto, Santos, São José dos Campos, São José volume de internação e cirurgias. Além dos hospitais, do Rio Preto, ABC e Presidente Prudente. Este último, o SINDHOSP representa 1.605 laboratórios clínicos, devido à criação do Sindicato dos Hospitais de Presiden- 25.991 clínicas médicas, 4.065 clínicas odontológicas e te Prudente, está sendo desativado e os associados do 539 empresas de serviços de apoio à saúde, como assis- SINDHOSP redirecionados a outros escritórios regio- tência domiciliar e remoção. nais. Abaixo é possível analisar quantos estabelecimentos Para dar suporte a todos esses estabelecimentos, o Sin- de saúde cada escritório atende. dicato dispõe de nove escritórios regionais localizados em Percentual de representação de cada escritório regional do SINDHOSP 0,07% 7,97% 4,60% 10,72% 4,56% 5,34% Bauru 6,24% 3,26% Campinas 3,22% Sorocaba Ribeirão Preto 54,02% São Paulo Santos Número de estabelecimentos atendidos por cada regional do SINDHOSP SJ Campos SJ Rio Preto 24 2.627 1.518 3.534 Pres. Prudente 1.505 1.761 ABCD 2.057 1.063 1.076 17.815 16
SINDHOSP - Cadastro SINDHOSP 2012 A força dos números Segundo o último Censo do Instituto Brasileiro de co Mundial. Mas quando analisamos somente os gastos Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, o Brasil possui públicos, nosso país figura entre os últimos da lista na 192 milhões de habitantes, sendo considerada a quinta América Latina”, ressalta o presidente do SINDHOSP. nação mais populosa do planeta. No Estado de São Paulo residem 41,3 milhões de pessoas, ou 22% da população Mais de 55% do total de recursos da saúde vêm da brasileira, o que faz dele o estado mais populoso do país. iniciativa privada, ou do setor suplementar, o que gera um Toda essa gente é responsável por produzir 33,5% da ri- investimento anual da ordem de R$ 192 bilhões. O setor queza nacional. São Paulo é o Estado que tem o maior público, através das três esferas de governo (União, Es- percentual de população usuária de planos de saúde: tados e municípios), é responsável por 45% do total de 44,5%, ou 18,4 milhões de pessoas, de um total de 47,9 recursos, ou R$ 156 bi. Ocorre que somente cerca de 25% milhões de usuários do sistema. da população brasileira é usuária da saúde suplementar, ou 47,9 milhões de pessoas, segundo a Agência Nacio- Calcula-se que o setor saúde movimenta todos os anos nal de Saúde Suplementar (ANS), enquanto cerca de 145 8,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Se o PIB de 2011 milhões dependem exclusivamente do sistema público de foi de R$ 4,1 trilhões, é possível deduzir que só a saúde saúde brasileiro, o SUS. Em valores, isso significa que o movimentou R$ 348,5 bilhões. “Esse volume total de re- investimento per capita anual na saúde suplementar é de cursos investidos anualmente coloca o Brasil na média de R$ 4.085 (aproximadamente US$ 2.170), enquanto que investimento mundial em saúde, segundo dados do Ban- no setor público é de R$ 1.080 (ou US$ 570). 18
O Brasil possui, segundo o CNES - Cadastro Na- Crescimento da representação do SINDHOSP cional de Estabelecimentos de Saúde (dados de ju- e número de empresas cadastradas lho de 2012), 243.459 instituições de saúde. Desse total, 175.460 são de caráter privado. O Estado de 46,6% São Paulo detém 25% do total de estabelecimentos 32.980 cadastrados no CNES, ou seja, são 60 mil empresas. Dos 6.687 hospitais existentes no país, 70% perten- 31,8% cem à iniciativa privada, lucrativa ou não; 21% são 29.643 públicos municipais; 8% são estaduais; e apenas 1% é federal. Em São Paulo, o CNES aponta a existên- 20% cia de 915 hospitais, sendo que 610 são de natureza 26.989 privada lucrativa e 170 filantrópicos. No cadastro do SINDHOSP há 780 hospitais, todos de caráter pri- - vado lucrativo e filantrópico. 22.492 Do total de 458.495 leitos hospitalares existentes jan/10 jan/11 jan/12 jul/12 no país, segundo o CNES, 336.123 são conveniados ou contratados ao SUS e 122.372 atendem exclusiva- O setor saúde também é um grande empregador. Segundo mente ao setor privado e suplementar. No Estado de dados da Confederação Nacional de Saúde (CNS), são 2,7 São Paulo são 95.078 leitos no total, sendo que 59.106 milhões de postos de trabalho diretos e outros cinco milhões atendem SUS e 35.972 são estritamente privados. indiretos. Há cerca de três milhões de profissionais de saúde Levantamento da Federação Nacional dos Estabele- cadastrados no CNES e 384.963 médicos em atividade no cimentos de Serviços de Saúde (Fenaess) fez um raio país, segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM). X da produção de internações de média complexidade realizadas pelo SUS em 2011. Do total de 10,6 mi- A concentração de médicos – relação entre profissionais lhões de internações, os hospitais privados - contrata- em atividade e o número de habitantes, no Estado de São Pau- dos e filantrópicos - responderam por 51,4% do total. lo, aumentou 33% nos últimos dez anos. O índice de médicos por habitante no Estado gira em torno de um médico para Até março de 2012, 1.598 operadoras de planos 410 pessoas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) pre- de saúde tinham registro na ANS. Desse total, 981 coniza o número de um médico para cada 1.000 habitantes. estão localizadas na região Sudeste; 243 no Sul; 220 Estima-se que exista um total de 332.500 profissionais de en- no Nordeste; 105 no Centro-Oeste; e 49 na região fermagem no Estado de São Paulo, segundo o Conselho Re- Norte. São Paulo movimenta mais de 30% de tudo gional de Enfermagem (Coren). “Os números impressionam o que é investido na saúde suplementar no país. Isso e dão a dimensão exata da importância que o setor de saúde significa que o Estado movimenta R$ 57,6 bilhões tem na economia e como gerador de postos de trabalho”, fina- só neste segmento. A produção anual de serviços no liza o presidente do SINDHOSP, Dante Montagnana. Estado voltados a operadoras de planos de saúde é de aproximadamente 3,3 milhões de internações; 220 milhões de exames diagnósticos e 97,5 milhões de consultas médicas. 19
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SINDHOSP - Mercado SINDHOSP 2012 22
Saúde privada vive momento de decisão O setor de saúde suplementar vivencia uma fase de trans- formação. Em meados de julho de 2012, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu a comercialização de vários planos de saúde por não cumprirem o que determina a Resolução Normativa (RN) 259, que estabelece prazos para atendimento dos beneficiários. Paralelamente, reportagens em jornais, rádios e TVs, motivadas pela assessoria de im- prensa do SINDHOSP, que agiu diante da preocupação de vários dirigentes hospitalares, denunciaram a demora para atendi- mento nos hospitais privados. Os prontos-socorros de muitas instituições da cidade de São Paulo registravam tempo médio de espera de três horas para atendimento, em julho de 2012. 23
SINDHOSP - Mercado SINDHOSP 2012 medida da ANS, de suspender a comer- estar fundamentada nesse índice de reclamações, Dante Montagnana defende que este é o momento do órgão A cialização de alguns planos, foi recebida regulador começar a monitorar as operadoras para que com surpresa pelo mercado e contou com ampliem o relacionamento com os prestadores. O minis- o apoio de diversas entidades da saúde, entre elas o tro Padilha reconheceu que o objetivo da sanção é o de SINDHOSP, e de defesa do consumidor. “O número de garantir o direito do consumidor e que ela serve de alerta usuários do setor subiu, como mostra a última edição às operadoras para que melhorem seu atendimento, fato do Caderno de Informação da Saúde Suplementar. A que pode – direta ou indiretamente – estar relacionado à RN 259 estabeleceu prazos máximos de atendimento e, maior oferta de serviços, ou prestadores. mesmo assim, não houve a preocupação das operado- ras em aumentar o número de prestadores credenciados, As operadoras que não se adequassem à RN 259 po- o que esperávamos que fosse acontecer. Era óbvio que deriam ser multadas em valores que variam de R$ 80 em algum momento uma medida mais drástica acabaria mil a R$ 100 mil, segundo a Agência. Caso a ANS cons- vindo. O SINDHOSP apoia a decisão da ANS”, afirma tatasse a comercialização de plano suspenso, a multa po- o presidente da entidade, Dante Montagnana. deria chegar a R$ 250 mil e a operadora ainda poderia Entre 19 de março e 18 de junho, a ANS recebeu ter suspensa a venda de parte ou da totalidade de seus 4.682 reclamações pelo não cumprimento dos prazos planos, ter o regime especial de direção técnica decreta- máximos de atendimento estabelecidos. Das 1.016 ope- do, a carteira alienada e até a própria empresa liquidada. radoras médico-hospitalares existentes, 162 receberam No início de outubro, a comercialização de outros pla- pelo menos uma queixa. Apesar de a decisão da Agência nos foi suspensa. 24
No Congresso Nacional, está pronto para ser votado em plenário o projeto de lei (PL) nº 3145/12, do deputado Romero Rodrigues (PSDB-PB), que estabelece prazos para o acesso a consultas e procedimen- tos médicos na saúde suplementar. Segundo o autor, o PL objetiva dar força de lei às normas definidas pela ANS. Para Romero Rodrigues, é preciso dar ao usuário do sistema a garantia de conseguir em tempo hábil uma consulta ou agendar um procedimento. O PL estabelece os seguintes prazos: sete dias úteis para consultas em pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ginecologia e obstetrícia; até 14 dias úteis para consultas nas demais especialidades médicas; até dez dias úteis para consulta ou sessão com fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e nu- tricionista; até três dias úteis para serviços de análises clínicas em regime ambulatorial; até dez dias úteis para outros serviços diagnósticos e terapias em ambulatório; até 21 dias úteis para procedimentos de alta com- plexidade; até dez dias úteis para atendimento em hospital-dia; e até 21 dias úteis para internações eletivas. O número de usuários subiu e não houve a preocupação das operadoras em aumentar o número de prestadores credenciados 25
SINDHOSP - Mercado SINDHOSP 2012 Superlotação na mídia Desde o segundo semestre de 2011, o SINDHOSP nham serviços próprios foi o principal deles, seguido da vem denunciando, por meio da sua assessoria de impren- dificuldade de negociação com as operadoras e problemas sa, que a demora para atendimento dos casos de urgência de gestão”, lembra o presidente do SINDHOSP. e emergência nos hospitais privados é motivada pelo fe- chamento de leitos e hospitais, principalmente na Grande No fim de junho de 2012, a demora em conseguir São Paulo, atrelada ao aumento de beneficiários da saúde atendimento nos prontos-socorros da rede privada foi no- suplementar. Enquanto o número de usuários aumentou vamente destaque na imprensa nacional. Dante Montag- 40% entre 2000 e 2009, segundo dados da ANS, houve nana foi ouvido pelo repórter Rodrigo Alvarez, do Jornal uma redução de 18% no número de leitos privados no Nacional, da TV Globo, ocasião em que fez questão de es- país no mesmo período, de acordo com a última pesquisa clarecer à opinião pública que os hospitais não podiam ser de Assistência Médico-Sanitária do Instituto Brasileiro de responsabilizados pela superlotação. O líder sindical lem- Geografia e Estatística (IBGE), de 2009. Cerca de 400 brou novamente que isso é resultado da venda de planos hospitais fecharam as portas no Brasil. de saúde, que fez aumentar o número de beneficiários, sem aumento da oferta de serviços por parte da opera- O problema é mais perceptível na Grande São Paulo, dora. “A iniciativa privada também encontra dificuldades que teve muitos hospitais fechados nos últimos anos. O em obter financiamentos para ampliação de sua infraes- Estado de São Paulo responde por aproximadamente 30% trutura, principalmente junto ao BNDES”, ressaltou. de tudo o que é investido na iniciativa privada da saúde no país, algo em torno de R$ 58 bilhões. Levantamento A maioria dos hospitais considerados de primeira linha, do SINDHOSP divulgado por alguns veículos, como Va- na Capital paulista, está ampliando suas instalações, com in- lor Econômico, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo, vestimentos que ultrapassam R$ 1,5 bilhão. “Mas são empre- Jornal da Tarde, Agora, entre outros, mostra que a região sas com realidades diferentes, que têm condições de negociar metropolitana perdeu 40 hospitais nos últimos dez anos. melhor com as operadoras e acabam tendo também mais “Vários fatores levam ao fechamento de um hospital. Em facilidade em obter financiamentos. Essa não é a realidade da São Paulo, a liquidação de algumas operadoras que ti- maioria dos hospitais do país, que atende à maior massa de usuários da saúde suplementar”, afirma Montagnana. 26
Em 23 de julho, a Folha de S. Paulo publicou como SBT, TV Folha, Folha de S. Paulo e Agora. A Folha tam- manchete de capa: “Ocupação de hospitais privados bém publicou matéria específica sobre a superlotação nas chega ao limite”. A reportagem alertava que enquan- maternidades, em junho de 2012, quando o Sindicato to os planos de saúde crescem, a rede de atendimento novamente foi ouvido. Casos de mães em trabalho de encolhe na cidade. “Hospitais da rede privada da ci- parto transferidas por falta de leitos são comuns, segun- dade de São Paulo trabalham com taxa de ocupação do denúncias de obstetras. De 2009 a 2011, segundo a máxima, de 95%”, afirmou a reportagem de Cláudia reportagem, enquanto o número de beneficiárias cres- Collucci e Talita Bedinelli. O SINDHOSP foi nova- ceu 13%, o número de leitos em maternidades caiu 4%. mente ouvido e reiterou o teor das denúncias que faz há meses. Erik von Eye, coordenador do departamento Para o presidente do SINDHOSP a solução para a de Interior e SUS, também foi ouvido sobre o assunto superlotação passa por um diálogo franco e aberto com pela TV Folha em reportagem veiculada na TV Cultu- todos os players da cadeia. Além da falta de financiamen- ra, em 29 de julho. tos acessíveis para que a iniciativa privada possa ampliar suas estruturas, Dante Montagnana ressalta que é pre- Além das TVs Globo e Cultura, o SINDHOSP foi ciso dar ao prestador garantias de que a oferta desses fonte de reportagens em julho de 2012 para a Rede TV!, novos serviços será incorporada pelas operadoras. 27
SINDHOSP - Mercado SINDHOSP 2012 Índice de reajuste é o problema? No fim de junho de 2012, o percentual de reajuste dos Médico-Hospitalares (VCMH), que foi de 11,6%. C planos individuais e familiares para o ano foi divulgado pela A metodologia da ANS para definir o reajuste, que é a M ANS: 7,93%. Esse percentual é válido para o período entre Y maio de 2012 e abril de 2013 e incidirá na data de aniversário mesma desde 2001, é motivo de críticas do mercado. Em CM dos contratos de cerca de oito milhões de usuários, ou 17% 2010, a Agência chegou a criar um Grupo Técnico para MY dos consumidores. O índice deste ano é apenas 0,24 ponto estudar um novo modelo com o objetivo de delinear uma CY percentual acima do reajuste de 2011, que foi de 7,69%. fórmula capaz de medir a variação de custos levando-se em CMY conta a necessidade de um índice que contemple a hetero- K Logo após o anúncio do percentual, entidades que de- geneidade do mercado. Segundo a gerente-geral Econômi- fendem as operadoras e de defesa do consumidor se pro- co-Financeira de Produtos da ANS, Rosana Neves, em en- nunciaram contra o índice ou a metodologia de cálculo trevista divulgada pela Agência, é preciso dar continuidade da Agência. “A política de reajuste da ANS é completa- aos estudos iniciados pelo Grupo. “A nova fórmula deve mente equivocada. Os índices de aumento são defasados aumentar a eficiência do setor, podendo estar associada à da real elevação dos custos da assistência médica anual- qualidade dos serviços. A regionalização, hoje, acarretaria mente, criando enormes distorções no sistema”, escreveu em elevada diferença entre regiões, onerando especialmen- o presidente da Associação Brasileira das Empresas de te as de menor poder aquisitivo”, disse Neves. Atualmente, Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, em o índice é obtido pela média dos percentuais de reajuste editorial na revista da entidade. Ele também lembra que, dos planos coletivos com mais de 30 beneficiários. Após por ser único, o reajuste não obedece “as particularidades um tratamento estatístico, chega-se ao percentual. das operadoras e nem as diferenças regionais”. A edição de junho de 2012 do Caderno de Informação Em nota, a Associação Brasileira de Defesa do Consumi- da Saúde Suplementar mostra um crescimento de 0,79% dor (Proteste) ressaltou que o índice divulgado pela Agência de beneficiários de assistência médica em relação ao tri- está acima da inflação do período, considerando o INPC, mestre anterior. A Agência ainda acompanhava de perto, que foi de 4,86%. A Federação Nacional de Saúde Suple- até o fechamento desta edição, 141 operadoras (10,3% do mentar (FenaSaúde), por sua vez, afirmou que o percentual total) que apresentavam problemas financeiros. Todas es- ficou abaixo da inflação, levando em conta a inflação dos tavam em regime de direção fiscal e respondem por apro- custos médicos medida pelo Instituto de Estudos da Saúde ximadamente dois milhões de vidas. 41 são do Estado de Suplementar (IESS), conhecida como Variação dos Custos São Paulo, e têm carteiras que somam 515,7 mil usuários. 28
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SINDHOSP - Mercado SINDHOSP 2012 Planos coletivos Apenas 17% dos usuários da saúde suplementar RN também deve prever a possibilidade de apenas um rea- pertencem a planos individuais e familiares. Como a juste para os planos coletivos de adesão ou empresariais grande massa de beneficiários, portanto, é atendida por com até 30 vidas de uma mesma operadora. Ao invés do planos coletivos, a ANS quer evitar aumentos conside- reajuste ser calculado em cima da micro ou pequena em- rados “abusivos”. Por isso, lançou, no início de agosto de presa com poucas vidas, será calculado em cima do pool 2012, a Consulta Pública nº 48 (que tinha data prevista de risco. Assim, as empresas terão que tornar público o de 30 do mesmo mês para terminar) com o intuito de percentual de reajuste, criando uma concorrência saudá- regular os reajustes dos planos coletivos. Tal Consulta vel, na visão da Agência. Pública servirá de parâmetro para a publicação de uma Resolução Normativa (RN) que deverá estabelecer re- Os contratos com até 30 vidas representam 85% do gras de reajuste nos contratos de planos coletivos com total de contratos deste mercado. Atualmente, o reajuste até 30 beneficiários. dos planos coletivos é realizado pela livre negociação entre pessoa jurídica contratante e operadora. “Toda iniciativa A medida não será usada para definir os percentuais de que venha trazer mais transparência às relações entre ope- reajustes, mas, sim, as regras para o cálculo dos percentu- radora e usuário/empresa, usuário e prestador, prestador e ais de aumento. Segundo a ANS, as operadoras deverão operadora, é bem-vinda. E hoje o reajuste dos contratos agrupar os contratos coletivos e calcular um reajuste úni- coletivos não tem regras definidas e claras. Vamos acom- co para esse grupo. A meta é definir um percentual único panhar como isso irá se desenvolver”, frisa o presidente do de reajuste para todos os planos administrados por uma SINDHOSP. Além de tornar mais estável e claro o reajuste mesma empresa através da diluição dos custos entre todos dos planos coletivos com até 30 vidas, a ANS pretende os clientes das operadoras, além de permitir, a partir de com a RN aumentar a competitividade entre as operado- 2013, que os usuários tenham direito à portabilidade. A ras e oferecer maior poder de escolha às empresas. 30
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SINDHOSP - Mercado SINDHOSP 2012 Produto misto O envelhecimento populacional é outro desafio que o namente por um grupo de trabalho, em parceria com a setor de saúde suplementar enfrenta, afinal, o Brasil é um Superintendência de Seguros Privados (Susep). Um pro- dos países que envelhece com maior rapidez no mundo. jeto de lei para viabilizar o produto já foi encaminhado ao Com o objetivo de encontrar uma alternativa de produto Congresso Nacional. Por ser um produto de Previdência, que se mantenha sustentável em longo prazo, a ANS tem ele será regulado pela Susep, mas a ANS promete acom- estudado e buscado formas de capitalizar o plano de saú- panhar sua criação e analisar seus benefícios e impactos de, criando produtos mistos. no mercado. A agenda regulatória divulgada pela Agência em seu O presidente do SINDHOSP vê com otimismo essa Eixo 1 contempla a capitalização. Segundo Rosana Ne- iniciativa. “Vamos acompanhar as discussões e analisar ves, gerente-geral Econômico-Financeira de Produtos o projeto detalhadamente. Mas isso vai ao encontro da da ANS, “trata-se da possibilidade de criar um plano de necessidade de se criar novos formatos e produtos que saúde que tem um pouco de mutualismo e um pouco garantam a sustentabilidade da saúde suplementar. E isso de capitalização. A ideia é ter uma possibilidade viável é positivo”, reconhece Dante Montagnana. para que os usuários possam manter seus planos quando estiverem idosos. Se mantivermos o regime que funciona Ano IPCA VCMH Reajuste ANS atualmente, o mutualismo, sem propor inovações, pode- 2008 4,72% mos desequilibrar o setor.” 2009 5,6% 7% 5,48% 2010 5,16% No mutualismo todos pagam e utilizam. Assim, os 2011 6,29% 11,8% 6,76% jovens acabam subsidiando as despesas dos idosos. Com 2012 5,24% a aceleração do envelhecimento, é necessário encontrar 11,6% 6,73% fórmulas que garantam a sustentabilidade do plano e o acesso à assistência no momento em que os usuários mais 8,4% 7,69% precisam. Diante desse desafio, a ANS abraçou um pro- jeto chamado VGBL Saúde, que foi desenvolvido inter- 11,6% 7,93% Fontes: ANS, IBGE e IESS 32
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SINDHOSP - ClasSaúde SINDHOSP 2012 Fotos: Leandro Godoi 34
ClasSaúde 2012 bate recorde de público 35
SINDHOSP - ClasSaúde SINDHOSP 2012 s seis congressos de gestão em saúde O denominados ClasSaúde reuniram 1.200 congressistas e 150 palestran- tes entre os dias 23 e 25 de maio, no Centro de Convenções do Expo Center Norte, na Capital paulista, durante a feira Hospitalar. Os eventos são promovidos pelo SINDHOSP, Confederação Na- cional de Saúde (CNS), Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Fenaess) e Hospitalar Feira + Fórum. O Congresso de Gestão em Laboratórios Clínicos também conta com a reali- zação conjunta da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML). Dilemas da Saúde: Presente e Futuro foi o tema central que norteou os debates. “O tema, pela sua amplitude, permitiu múltiplas abordagens, o que contribuiu para o sucesso do evento. O setor saúde passa por regulações e discussões que estão transfor- mando o mercado. E com tantas mudanças, cabe aos gestores manterem-se atualizados para que con- duzam suas organizações com eficiência. Não há outro caminho para a sobrevivência das empresas. Os congressos ClasSaúde são fóruns importantes que têm a gestão como foco e, por isso, já se torna- ram referência no mercado”, afirma Dante Montag- nana, presidente do SINDHOSP, uma das entida- des promotoras do ClasSaúde. 36
Ponto de encontro de autoridades, ges- tores, empresários, dirigentes e lideranças, o ClasSaúde já se transformou em referência em congressos de gestão para o setor e em uma vitrine importante que proporciona o debate e a disseminação do conhecimento. “Hoje, se relacionar com pessoas que são ícones dentro de um segmento e debater te- mas que realmente podem fazer a diferença para a sustentabilidade das empresas é vital”, finaliza Montagnana. A agenda ClasSaúde em 2012 reuniu os seguintes eventos: 17º Congresso Latino- -Americano de Serviços de Saúde, evento internacional do ClasSaúde que foi dividido em três módulos: Sistema de Saúde Público- -Privado, Capacitação Profissional e Saúde Suplementar; 7º Congresso Brasileiro de Gestão em Clínicas de Serviços de Saúde; 6º Congresso Brasileiro de Gestão em La- boratórios Clínicos; 3º Congresso Brasilei- ro de Gestão e Políticas em Saúde Mental; 3º Congresso Brasileiro de Aspectos Legais para Gestores e Advogados da Saúde; e 5º Congresso Brasileiro de Gestão em TICs. Em 2013, o ClasSaúde será realizado de 21 a 24 de maio, na Capital paulista. 37
Ciência SINDHOSP 2012
Admirável mundo novo... ...o futuro é agora Num dos longas da famosa série “Jornada nas Estrelas”, o mé- dico da nave Enterprise, doutor McCoy, cura uma vítima de insu- ficiência renal grave com uma simples pílula. A mulher toma o comprimido e levanta da maca feliz e sadia. Impossível? Obra de ficção científica? No passado, não hesitaríamos em afirmar que essa cena jamais seria viável na vida real. Hoje, porém, ninguém duvida de que o homem pode ir longe, muito longe na pesquisa científica. Desde 2003, o código genético humano não é mais uma incógnita. Após 14 anos de estudos, finalmente conseguimos ma- pear os três bilhões de unidades químicas das letras A, G, T e C (adenina, guanina, timina e citosina) que compõem o material gené- tico e determinam as características dos organismos vivos. O se- quenciamento genético, um trabalho que consumiu US$ 3 bilhões, abriu as portas para um mundo novo, no qual não há limites.
Ciência SINDHOSP 2012 erto, não há limites. Porém, o avanço nas É para atingir objetivos como este que foi criado, no fim de 2011, o Centro de Oncologia Molecular, numa C pesquisas que se imaginava após o primeiro parceria entre o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, e o sequenciamento genético ficou aquém do Instituto Ludwig, um organismo de pesquisas na área do esperado. Ainda não descobrimos a cura para a Aids, câncer que atua em sete países, entre eles o Brasil. Nos pró- não conseguimos prevenir o Alzheimer ou evitar que ximos cinco anos serão desenvolvidas pesquisas buscando nossos filhos nasçam com fatores de risco para doen- avanço no diagnóstico, na capacidade de prever respostas ças graves. De outro lado, o conhecimento do código aos tratamentos e até nos recursos terapêuticos. “Nossa genético produziu resultados prá lá de promissores no intenção é transformar a informação disponível em ações tratamento de doenças como o câncer. Hoje, os pesqui- práticas para prevenção, diagnóstico e tratamento do cân- sadores já trabalham com o conceito de que a genética cer”, afirma Luiz Fernando Lima Reis, diretor de Pesqui- do paciente define a conduta médica, a dose e o tipo de sa do Instituto de Ensino e Pesquisa do Sírio-Libanês. A medicação a ser utilizado. Estamos entrando na era da equipe do Centro irá trabalhar diretamente com os médi- medicina personalizada, que consiste na identificação de cos que cuidam de pacientes com câncer, especialmente os tratamentos exclusivos e específicos de acordo com as tumores de próstata, cabeça e pescoço, mama e intestino. características de um organismo. 40
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Ciência SINDHOSP 2012 Mais de mil tipos O pesquisador explica que, hoje, o volume de in- rá em maiores chances de cura”. Como exemplo dessa tera- formação produzido pelas pesquisas é enorme. “Vamos pia, Anamaria cita o caso da leucemia mielóide crônica que, centrar nosso trabalho na transformação prática desse até a alguns anos, apresentava prognóstico ruim culminan- conhecimento, buscar resultados que melhorem a vida do em óbito num prazo médio de cinco anos. Hoje, com a dos pacientes de câncer”. Reis defende que a sociedade utilização da terapia direcionada e individualizada, cerca de merece essa postura dos pesquisadores. “Na essência, é 90% dos pacientes entram em remissão. a sociedade quem financia as pesquisas. É mais do que justo retribuir esse financiamento sob a forma de conhe- As perspectivas da equipe do Centro de Oncologia cimento aplicado à prática”. Molecular são bastante otimistas. “Nossas pesquisas pos- suem um caráter mais pragmático, com enfoque maior Atualmente, já se conseguem resultados positivos no tra- no paciente”, adianta Anamaria Camargo, acrescentando tamento de alguns tipos de câncer, como os de cólon, reto, que já neste ano de 2012 seja possível oferecer aos pa- pulmão, mama, além de tumores do sistema nervoso central. cientes tratamentos mais personalizados e direcionados, O grande problema é que não existe, por exemplo, apenas com menos efeitos colaterais. Essa terapia não encareceria um tipo de tumor de mama, ou de pulmão. “Na verdade, mais o tratamento, já que, teoricamente, muitas drogas há mais de mil tipos de câncer”, adianta a bióloga Anamaria diferentes irão tratar menos gente? Na opinião de Luiz Camargo, diretora assistente do Instituto Ludwig no Brasil Fernando Lima Reis, há que se pensar na relação custo- e coordenadora do Centro de Oncologia Molecular. “O ní- -benefício. “Quando se trata melhor, a chance de cura é vel de conhecimento de cada tipo de câncer varia muito”. maior. No fim, o custo acaba sendo menor”. Daí, a dificuldade na produção do diagnóstico e indicação do tratamento adequado. “Estamos saindo do chamado tra- O Hospital Sírio-Libanês e o Instituto Ludwig irão tamento empírico, pouco específico, para uma terapêutica investir cerca de R$ 30 milhões no Centro de Oncologia mais individualizada e direcionada que, certamente, reverte- Molecular. A unidade deve funcionar com quinze pesqui- sadores, além de alunos de pós-graduação. 42
Ciência SINDHOSP 2012 Genomas na internet Catalogar 50 dos mais comuns tipos e subtipos de cân- enorme potencial do sequenciamento genômico em re- cer em adultos e crianças, disponibilizando as sequências velar informações clinicamente úteis, com custo relativa- livremente na internet. Esse é o ambicioso objetivo do mente baixo, antecipamos que, no futuro não tão distante, projeto lançado pelo Consórcio Internacional do Geno- genomas parciais ou completos de cânceres serão rotinei- ma do Câncer (ICGC, na sigla em inglês), organismo que ramente sequenciados como parte da avaliação clínica dos congrega institutos de pesquisa dos Estados Unidos, Reino pacientes”, destacaram os 200 integrantes do projeto em Unido, Canadá, França, México, Espanha, China, Japão, artigo publicado na revista Nature quando do seu lança- Alemanha, Índia, Austrália e Itália. Lançado em 2010, o mento. Os pesquisadores do consórcio esperam fornecer projeto é considerado pelos próprios integrantes um gran- à comunidade científica mundial a melhor ferramenta de de desafio, dadas as suas dimensões e a necessidade de pro- pesquisa disponível, que possibilite saber como selecionar dução de dados padronizados e de alta qualidade. o estudo clínico adequado para cada caso, uma vez que se- quências genômicas completas permitem a identificação Os 50 tipos de câncer deverão resultar em cerca de 25 das aberrações moleculares exatas de cada tumor. mil genomas diferentes, ou 500 para cada um. “Dado o 44
Esse estudo ressalta que não podem ser relevados os Os 50 tipos de câncer dados pessoais dos participantes do projeto, já que esta deverão resultar informação é sigilosa e de exclusividade da pessoa, e seu mau uso poderia provocar sérios problemas. No Brasil, em cerca de 25 mil essa questão passa ao largo do amparo da lei, da mes- genomas diferentes, ma forma como discussões em torno de temas delicados ou 500 para cada um como aborto, eutanásia, pesquisas com seres humanos. Para o professor Volnei Garrafa, coordenador de pós- pluralista, defendendo as mais diversas correntes de pen- -graduação do Instituto de Bioética da Universidade de samento da sociedade. Esse conselho permitiria ao Exe- Brasília e membro do Comitê Internacional de Bioética cutivo encaminhar projetos de lei mais avançados com a da Organização das Nações Unidas para a Educação, a vantagem de não desgastar o presidente quando o tema é Ciência e Cultura (Unesco), já passou da hora do país polêmico, já que ele foi proposto pelo orgão. ter um comitê nacional de bioética. E não é por falta de projeto. Em 2004, o então presidente Lula encaminhou Por conta da inexistência desse conselho, questões de- ao Congresso o projeto de lei de criação da Comissão Na- licadas acabam sendo analisadas pelo Poder Judiciário, cional de Bioética. Até hoje, o assunto não foi debatido que assume o papel de legislador. “Tanto na questão da nas duas casas legislativas. “Isso é um absurdo. Todos os genômica como em outras envolvendo pesquisas, o Bra- países da comunidade europeia já têm comissões nacio- sil segue a reboque. O país está com o desenvolvimento nais de bioética. A primeira delas foi criada na França, científico e tecnológico avançadíssimo e o Legislativo está em 1982”, lamenta Garrafa. Ele explica que esse conselho caminhando muito mais lentamente”, denuncia o pro- é consultivo do presidente da República, com membros fessor Volnei Garrafa. Como exemplo, ele lembra que o indicados pelo próprio e tem que ser obrigatoriamente primeiro bebê de proveta do Brasil nasceu em 1984 e até hoje não há legislação a respeito. A ausência de regulação legal para essas questões é prejudicial ao país, no entendimento de Garrafa. “Os usuários de testes genéticos precisam ser protegidos, ter a garantia de que suas informações serão preservadas. Essa omissão tende a fragilizar os mais fracos”. Em 30 de ju- nho de 2004, o projeto de lei 3497/04, que cria a Comis- são Nacional de Bioética, foi distribuído para análise das comissões temáticas da Câmara dos Deputados. Até hoje, não houve nenhum resultado dessa análise. 45
Ciência SINDHOSP 2012 Rapidez e simplicidade O primeiro sequenciamento de genoma humano cus- mento da Life Technologies do Brasil. Os equipamentos tou US$ 3 bilhões, consumiu 14 anos de pesquisas em produzidos pela empresa podem ser encontrados nos laboratórios interligados dos Estados Unidos, Inglaterra, mais diversos centros de pesquisa nacionais. Um deles é França, Alemanha, Japão, China e Índia e necessitou de o Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade equipamentos do tamanho de máquinas de lavar roupa. Federal do Pará. O coordenador do Instituto, o biólogo Hoje, na sede brasileira do Instituto Ludwig, em São Pau- Artur Luiz Silva, afirma que, a partir da utilização des- lo, a pesquisadora Anamaria Camargo realiza um sequen- ses equipamentos, é possível baratear o custo das pesqui- ciamento humano em dez dias, com um equipamento sas. Segundo ele, há três anos, o sequenciamento de uma bem menor e ao custo de US$ 6 mil. E a inovação não bactéria tinha custo aproximado de US$ 20 mil; hoje, pára por aí. Jonathan Rothberg, executivo da Ion Torrent, realiza-se o mesmo trabalho por US$ 1,5 mil. Atualmente, subsidiária da empresa norte-americana Life Technologie, o ICB, em conjunto com a Rede Paraense de Genoma, promete para 2013 fazer o sequenciamento por apenas trabalha em diversos projetos, por exemplo a investigação US$ 1 mil e em até duas horas. O segredo está no equipa- da prevalência de determinadas doenças na região Norte, mento criado por Rothberg, o Personal Genoma Machine como o câncer gástrico. Outros estudos estão ligados à (PGM), uma máquina do tamanho de uma impressora biodiversidade da região amazônica. E, em breve, Artur que, em vez de lasers, utiliza chips descartáveis para fazer Silva pretende anunciar o sequenciamento do genoma de a leitura do DNA. O chip traduz as informações quími- um ameríndio, o primeiro a ser feito em todo o mundo. cas do código genético (A, G, T e C) em um sistema bi- Silva explica que estudos antropológicos apontam que o nário de zeros e uns. Além de rápido, o sistema é barato, o sequenciamento pode indicar os caminhos para responder que leva a comunidade científica a acreditar que, de fato, a grandes questionamentos da humanidade, do tipo “de Rothberg consiga realizar o seu feito. onde viemos?” ou “como os índios chegaram ao conti- nente americano?”. “Pela primeira vez, vamos conhecer a Na verdade, o que está por trás da promessa de Roth- composição genética do indivíduo latino-americano. Essa berg é a premissa que norteia a indústria de equipamentos herança pré-colombiana, da qual não temos nenhuma in- para a área da genômica: a união da rapidez com a sim- formação, pode fornecer uma importante contribuição à plicidade. “Os requisitos, hoje, são rapidez, simplificação medicina”. Na opinião do pesquisador, a função da uni- dos processos e flexibilidade com o menor custo possível”, versidade é justamente esta, a de produzir conhecimento explica Fernando Amaral, PhD em Biologia Molecular, em benefício da sociedade. supervisor dos especialistas de aplicação para sequencia- 46
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Ciência SINDHOSP 2012 Profissão do futuro A chamada revolução genômica mudou a vida da co- mana quanto da genômica de agentes infecciosos. munidade científica e abriu um nicho de mercado para a E quais são os requisitos necessários ao bioinformata? indústria de equipamentos. Mas tem mais. Profissões en- tão inexistentes hoje se apresentam como excelente opção De acordo com Oliveira, esse profissional tem que ter for- de trabalho. É o caso do bioinformata, um profissional te conhecimento em biologia, precisa saber desenvolver que surgiu para suprir a necessidade de “interpretar” os softwares em uma ou duas línguas, conhecer profunda- dados produzidos pelo sequenciamento. “Esses processos mente banco de dados e algoritimia. Hoje, no Brasil, há geram um volume gigantesco de dados e o único modo de um curso de graduação em bioinformática e alguns no fazer uso dessas informações é através das análises compu- nível da pós-graduação (mestrado e doutorado). Com re- tacionais com suporte de programas de bioinformática”, lação à remuneração do bioinformata, Guilherme Olivei- explica o coordenador do Centro de Excelência em Bio- ra ressalta que, na universidade, a questão salarial é bem informática da Fiocruz Minas e presidente da Associação determinada em termos de valores de bolsas e salários de Brasileira de Bioinformática e Biologia Computacional, pesquisadores. “O que os bioinformatas têm que conside- Guilherme Oliveira. Ele acrescenta que apesar do bioin- rar é desenvolver sua carreira de forma robusta para que formata ser essencial nesse processo, no Brasil, como no se posicionem bem no mercado público e privado, acadê- mundo todo, há carência desses profissionais. “Há uma mico ou não. A remuneração vai ser refletida na forma- demanda muito grande por esses especialistas, porque o ção do candidato. Em outras palavras, apesar da procura acesso ao sequenciamento genético e análises funcionais alta, e a possibilidade de posicionamento relativamente de genomas ficou muito mais fácil tanto para a iniciati- cedo, deve-se considerar uma formação robusta antes de va privada quanto para a academia”. Na área das ciências buscar uma posição fixa”. O pesquisador da Fiocruz Mi- médicas, há uma grande demanda por profissionais de nas destaca, ainda, que na área há um grande espaço para bioinformática, tanto do ponto de vista de genômica hu- o empreendedorismo. No Brasil, há várias empresas que desenvolvem softwares para sequenciamento genômico. 48
Profissões então inexistentes, Não é apenas de bioinformatas que o cenário científi- hoje se apresentam como co brasileiro carece. Pesquisadores ressentem-se da falta de excelente opção de trabalho. pessoal técnico. Artur Silva, da Universidade Federal do É o caso do bioinformata, Pará (UFPA), denuncia que um dos principais problemas um profissional que surgiu no Brasil é a formação dos profissionais. “Não basta ter- para suprir a necessidade mos equipamentos de ponta, necessitamos de gente que saiba manuseá-los”. Numa comparação, ele afirma que de “interpretar” seria a mesma coisa um médico olhar para uma máquina os dados produzidos de raio-X e não saber para que ela serve. Na sua opinião, pelo sequenciamento é dever da universidade se adaptar aos novos tempos para poder atender as demandas da sociedade. “Não adian- ta produzir milhões de dados e não ter gente capacitada para analisá-los”. Luiz Fernando Lima Reis, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês, também lamenta a falta de profissionais. “Temos, hoje, uma massa crítica bastante competente, mas insuficiente para atender às necessidades. É preciso aumentar o número de doutores formados anualmente, mas manter a qualidade dessa for- mação”. Anamaria Camargo, do Instituto Ludwig, com- plementa que faltam técnicos para operar os equipamentos e pessoal de assistência técnica. “Temos muita dificuldade para contratar recursos humanos de nível técnico”. Com relação aos recursos para pesquisa, não há quei- xa sobre o volume destinado, grande parte dele vinda do poder público através das agências de fomento e pesquisa. A iniciativa privada investe pouco em pesquisa na área da saúde, até porque os resultados demoram anos para aparecer, como no caso da indústria farmacêutica. “O que nós precisamos é aprender a sermos mais eficientes na aplicação dos recursos recebidos”, ensina Luiz Fernan- do Lima Reis. A sua grande reclamação refere-se à extre- ma burocracia brasileira, especialmente quando se trata da importação de insumos e reagentes. “Às vezes, temos de aguardar até seis meses para a liberação da importação desse material. Nesse tempo, as pesquisas ficam paradas”. Ele informa que o Ministério da Ciência e Tecnologia está agindo para facilitar essa tramitação. No entanto, ainda há muita lentidão. 49
Ciência SINDHOSP 2012 Nanomedicina, a revolução das partículas anãs Você consegue mensurar um bilionésimo de metro? Em outro estudo, o laboratório utiliza nanopartículas de Pois esta é a medida de uma nanopartícula, elemento in- óxido de ferro, que possuem a propriedade de serem super- tegrante de um mundo (quase) invisível já presente nos paramagnéticas. Após alojar o material ao redor do tumor, tocadores de MP3, pendrives e cartões de memória de aplica-se um campo externo oscilante. Isso irá gerar atrito câmeras digitais e celulares, e que começa a revolucionar a e calor na nanopartícula. Aquecida, ela passa a destruir o medicina. O Instituto de Física de São Carlos, da Univer- tumor sem, contudo, atingir as células saudáveis. Poucos sidade de São Paulo (USP), desenvolve pesquisas com a graus Celsius são suficientes para a obtenção dos resultados. utilização de nanomateriais (o prefixo nano vem do grego “Essa técnica é chamada de hipertermia, a destruição do tu- e significa anão) para diagnóstico e terapia de doenças gra- mor pela elevação local da temperatura”, explica o professor ves. “A nanomedicina pode ser definida como o resultado Zucolotto, acrescentando que o processo não é novo e, em do casamento entre a nanotecnologia e a biotecnologia”, princípio, nada tem a ver com nanotecnologia. “A novida- explica o professor doutor Valtencir Zucolotto, responsá- de é que esses materiais podem ajudar a concentrar o calor vel pelo Laboratório de Nanomedicina e Nanotoxicologia somente na região onde está alojado o tumor”. do Instituto de Física. Pioneiro no país na utilização da nanomedicina, o laboratório realiza pesquisas que obje- tivam, por um único caminho, identificar doenças no organismo humano e, ao mesmo tempo, curá-las. Tudo isso com baixo nível de toxidade. “Temos resultados que indicam serem os nanomateriais muito mais eficientes para combater câncer de fígado e do colo do útero do que alguns antitumorais utilizados atualmente”, afirma. O grupo de trabalho coordenado por Zucolotto utiliza como matéria-prima para a produção dos nanomateriais nanopartículas de metais (ouro, prata e platina), de polí- meros naturais (quitosana, poliácido lático), além de na- notubos de carbono e grafeno (uma forma de carbono) e nanopartículas de óxido de ferro. Uma das pesquisas em desenvolvimento propõe utili- zar as nanopartículas como auxiliares no diagnóstico de tumores por imagem. “O material introduzido no orga- nismo age como teleguiado para encontrar o tumor, que se torna ‘visível’ na ressonância magnética. A ideia é usar esse método naqueles casos em que é difícil localizar o tumor”. 50
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