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RAC 25

Published by comunicacao, 2015-04-29 21:25:09

Description: RAC 2014 - II

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25 Revista de Administração e Contabilidade Revista de Administração e Contabilidade Revista de Administração e Contabilidade 25 Ano 13, n. 25 (jan./jun. 2014) APRESENTAÇÃO ISSN 1677-1184 VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DEIRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS 25 Angélica Cappellari Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo Antonio Roberto Lausmann Ternes Nedisson Luis GessiO ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONA- DOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO? Aletéia de Moura Carpes Maríndia Brachak dos Santos Flávia Luciane Scherer Bruno de Moura Carvalho Luis Adriano RodriguesRELACIONAMENTO COM CLIENTES NO SETOR BANCÁRIO: ABORDAGEM PRÁTICA PARA A AGÊNCIA ITACURUBI DO BANRISUL Gustavo Pivoto Marcelo Blume O PERFIL INTRAEMPREENDEDOR COMO VANTAGEM COMPETITIVA Junior Machado Luelen Iglesias Paulo Ricardo Ceni Barreto OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS E RESULTADOS ATRAVÉS DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO Elda Guilherme da Silva Gomes Gissele Aparecida Barrachini MUDANÇA ORGANIZACIONAL EM UMA INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO E USINAGEM iago Afonso Rocco de Oliveira Priscila Luana Guse IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CRM NA EMPRESA CAMERA AGROALIMENTOS Geisa Micaela Baron Luciano Zamberlan ANÁLISE DO ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO: IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DEVIDOS PELAS EMPRESAS COMERCIAIS E PRESTADORAS DE SERVIÇOS Fernando Barboza Träse IESARAC/Revista de Administração e Contabilidade da CNEC/IESA - Santo Ângelo-RS Ano13, n.25 (jan./jun. 2014) - Uberaba - CNEC Edigraf

 RAC Revista de Administração e Contabilidade Ano 13, n. 25 (jan./jun. 2014) Catalogação na FonteRAC / Revista de Administração e Contabilidade da CNEC / IESA – Santo Ângelo - RS. Ano 13, n. 25 (jan./jun. 2014) – Uberaba: CNEC Edigraf, 2014 Semestral ISSN 1677-11841. Administração. 2. Contabilidade – Periódico. I. Curso de Administração e Curso de Ciências Contábeis da CNEC Santo Ângelo – RS CDU: 657-658

 -  IESA Campanha Nacional de Escolas da Comunidade – CNECInstituto Cenecista de Ensino Superior de Santo Ângelo – IESADiretor Presidente: Deputado Federal Alexandre José Dos SantosDiretor Vice-Presidente: Dr. Juarez De Magalhães RigonDiretora Secretária: Profª Anita Ortiz CorrêaDiretor Conselheiro: Irapuan Diniz de AguiarDiretor Conselheiro: José Lima SantanaDiretor Conselheiro: Rogério Auto TeófiloDiretor Conselheiro: Sérgio Feltrin Corrêa Conselho Fiscal e de Assuntos EconômicosConselheiro Presidente: Edinalvo DantasConselheiro Secretário: Júlio César Souza BaltharejoConselheiro: Laércio Segundo de OliveiraPrimeiro Conselheiro Suplente: Ernani Soares MaiaSegundo Conselheiro Suplente: Maria da Guia Lima CruzDiretor do IESA: Profº Júlio César LindemannCoordenador do Curso de Administração: Renato PrzyczynskiCoordenadora do Curso de Ciências Contábeis: Zélia Maria MirekComissão Editorial: Zélia Maria Mirek, Renato Przyczynski, Rosemary Gelatti e Júlio César Lindermann.Conselho Editorial: Drª. Salete Oro Boff (IESA/UNISC), Dr. Doglas Cesar Lucas (IESA/UNIJUI), Dr. José Hermes Ribas do Nascimento (IESA), Dra. Marcia Bianchi (UFRGS), Dr. Alexandre Marino Costa (UFSC), Dr. Kenny Basso (IMED), Dr. Vilmar Antonio Boff (UERGS), Dr. Renato Przyczynski (IESA), Msc. Zélia Maria Mirek (IESA), Msc. Rosemary Gelatti (IESA), Msc. Tania Marlene Marques Tybusch.Endereço do Instituto Cenecista de Ensino Superior de Santo ÂngeloRua Dr João Augusto Rodrigues, 471CEP: 98.801-015 – Santo Ângelo – RSFone: 55 3313 1922 – Fax 55 3313 1922e-mail: [email protected] da revista via on linehttp://www.iesanet.com.br A revisão dos textos é de inteira responsabilidade dos autores.Direitos de Publicação, Capa, Programação Visual, Editoração Impressão:Editora e Gráfica Cenecista Dr. José FerreiraAv. Frei Paulino, 530 - Bairro AbadiaPABX: (34) 2103-0700 - FAX: (34) 3312-5133CEP: 38025-180 - Uberaba, MG - e-mail: [email protected]

 SUMÁRIOAPRESENTAÇÃO������������������������������������������������������������������������������������������������������� 5VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DEPROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADEAGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS��������������������������������������������������������������������������������� 7 Angélica Cappellari Antonio Roberto Lausmann Ternes Nedisson Luis GessiO ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OSTÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO?�� 32 Aletéia de Moura Carpes Maríndia Brachak dos Santos Flávia Luciane Scherer Bruno de Moura Carvalho Luis Adriano RodriguesRELACIONAMENTO COM CLIENTES NO SETOR BANCÁRIO:ABORDAGEM PRÁTICA PARA A AGÊNCIA ITACURUBI DO BANRISUL��������������� 57 Gustavo Pivoto Marcelo BlumeO PERFIL INTRAEMPREENDEDOR COMO VANTAGEM COMPETITIVA�������������� 82 Junior Machado Luelen Iglesias Paulo Ricardo Ceni BarretoOTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS E RESULTADOS ATRAVÉS DO SISTEMADE GESTÃO INTEGRADO������������������������������������������������������������������������������������� 105 Elda Guilherme da Silva Gomes Gissele Aparecida BarrachiniMUDANÇA ORGANIZACIONAL EM UMA INDÚSTRIA DE FUNDIÇÃO EUSINAGEM ������������������������������������������������������������������������������������������������������������ 132 Thiago Afonso Rocco de Oliveira Priscila Luana Guse

 - IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE CRM NA EMPRESA CAMERAAGROALIMENTOS S/A �������������������������������������������������������������������������������������������151 Geisa Micaela Baron Luciano ZamberlanANÁLISE DO ENQUADRAMENTO TRIBUTÁRIO: IMPOSTOS ECONTRIBUIÇÕES DEVIDOS PELAS EMPRESAS COMERCIAIS EPRESTADORAS DE SERVIÇOS�����������������������������������������������������������������������������169 Fernando Barboza Träsel

APRESENTAÇÃO APRESENTAÇÃO A edição 2014-I da revista RAC - Revista de Administração eContabilidade do Instituto Cenecista de Ensino Superior de SantoÂngelo da Rede CNEC – Campanha Nacional de Escolas daComunidade apresenta para os leitores oito artigos que exploramtemas relevantes associados à área da Administração e à área deCiências Contábeis. Os primeiros quatro estudos apresentam abordagenscomplementares no campo da Administração e da Contabilidade.Inicialmente, no primeiro estudo, foi discutida a viabilidadeeconômica e financeira de um projeto de irrigação em umapropriedade agrícola de autoria de Angélica Cappellari, AntonioRoberto Lausmann Ternes e Nedisson Luis Gessi. A inovação naspesquisas científicas é tratada em forma de estudo bibliográficono segundo artigo elaborado por Aletéia de Moura Carpes,Maríndia Brachak dos Santos, Flávia Luciane Scherer, Brunode Moura Carvalho e Luis Adriano Rodrigues. O setor bancáriofoi investigado através de uma perspectiva prática sobre orelacionamento com os clientes de autoria de Gustavo Pivotoe Marcelo Blume. O perfil intraempreendedor como vantagemcompetitiva foi explorado no quarto artigo pelos autores JuniorMachado, Luelen Iglesias e Paulo Ricardo Ceni Barreto. Os quatro artigos subsequentes enriquecem a edição darevista com estudos interrelacionados. O quinto artigo explorou aotimização de processos e resultados através da implementaçãode um sistema de gestão integrado de autoria de Elda Guilhermeda Silva Gomes e Gissele Aparecida Barrachini. A mudançaorganizacional foi analisada no sexto artigo por Thiago AfonsoRocco de Oliveira e Priscila Luana Guse em uma indústria defundição e usinagem. Os pesquisadores Geisa Micaela Baron eLuciano Zamberlan abordaram no sétimo artigo a implantação deum sistema de Customer Relationship Management (CRM) emuma organização que atua no segmento de agroalimentos. Ainda,no oitavo artigo, o acadêmico Fernando Barboza Träesel analisouo enquadramento tributário em organizações que comercializamprodutos e em organizações prestadoras de serviços. 5

 -  Esta edição 2014-I da Revista deAdministração e Contabilidade(RAC) é resultado de pesquisas realizadas por acadêmicos edocentes do Instituto Cenecista de Ensino Superior de SantoÂngelo (IESA) e de outras instituições de ensino comprometidascom o desenvolvimento da Ciência e das organizações. Desejamos uma leitura proveitosa aos leitores eparabenizamos os autores pelo resultado de suas pesquisas. Renato Przyczynski, Zélia Maria Mirek, Rosemary Gelatti, Tania Marques Tybusch e Júlio César Lindemann Comissão Editorial6

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS Angélica Cappellari1 Antonio Roberto Lausmann Ternes2 Nedisson Luis Gessi3RESUMOO Estado do Rio Grande do Sul tem passado por grandes estiagens nos últimos anos atingindo principalmente a regiãonoroeste do Estado. Com isto, há necessidade de investimentos em tecnologia considerando a capacidade hídricada propriedade com potencial de abastecer um pivô central. O objetivo principal deste estudo é analisar a viabilidadeeconômica e financeira para implantação de projeto de irrigação com “Pivô Central” em propriedade agrícola. O problemada pesquisa está assim configurado: é viável econômica e financeiramente a implantação de projeto de irrigação, atravésde “Pivô Central” em propriedade agrícola situada no interior do município de Tuparendi (RS)? O estudo delimitou-se emevidenciar os benefícios de um projeto de irrigação na propriedade agrícola, avaliando a produtividade e a potencialidadeda área irrigada, considerou-se o volume de produção, bem como, gastos referentes à atividade, os investimentos e asreceitas. Determinou-se o investimento inicial para a instalação e, a partir disto, buscou-se identificar o fluxo de caixaoperacional da área irrigada para o período de dez anos, avaliando o crescimento econômico. A metodologia consistenuma pesquisa aplicada, qualitativa, exploratória e descritiva. O resultado mostrou que a implantação deste projetocontribuirá para o fortalecimento e desenvolvimento da produtividade e lucratividade da área irrigada.Palavras-chave: produtividade; pivô central; viabilidade econômica e financeira.ABSTRACTThe Rio Grande do Sul State has faced severe droughts in recent years and the Northwest region has been the mostaffected one. Being so, there is need of investments in technology considering the hydric potential in the area to feed acentral pivot. The main aim of this study is to analyze the economic and financial viability of the implementation of a centralpivot in a farming property. The main research question is structured as follows: Is it economical and financial viable theimplementation of a central irrigating pivot in a farming property located in the city of Tuparendi (RS)? The study focusedon highlighting the benefits of the central pivot in the property considering productivity and the farming potential of theirrigated area, given its production volume, expenses related to the activity, investments and income. The initial investmentnecessary for the installation of the central pivot was calculated and then, the cash flow was estimated for a ten-yearperiod of operations taking into account the economic growth of the property. The adopted method consisted of an appliedresearch, of qualitative nature, exploratory and descriptive. The result showed that the implementation of the project willcontribute significantly for the development and the profitability of the irrigated area.Keywords: productivity; central pivot; financial and economic viability.1 Bacharela em Administração. Faculdades Integradas Machado de Assis-FEMA. E-mail: [email protected]. br 2 Administrador. Mestre em Engenharia da Produção. Professor do Curso de Ciências Contábeis das Faculdades Integradas Machado de Assis-FEMA. E-mail: [email protected] Administrador. Professor do Curso de Gestão da Tecnologia da Informação das Faculdades Integradas Machado de Assis-FEMA. E-mail: [email protected] 7

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi1 INTRODUÇÃO O Estado do Rio Grande do Sul tem passado por grandesestiagens nos últimos anos, atingindo principalmente a regiãonoroeste do Estado. Com isto, há necessidade de investimentosem tecnologia, considerando a capacidade hídrica da propriedadecom potencial de abastecer um pivô central. Diversos fatores conduziram a escolha definitiva do tema, vistoque, atualmente o produtor rural busca alcançar maiores níveisde produtividade e maior lucratividade em seu empreendimento.O produtor rural vem passando por situações adversas há anos,desafiando as intempéries climáticas da região. As regiões do RioGrande do Sul têm passado por secas constantes, a saber, umadas mais atingidas tem sido a região noroeste do Estado. O objetivo principal deste estudo é analisar a viabilidadeeconômica e financeira para implantação de projeto de irrigaçãocom “Pivô Central” em propriedade agrícola. O problema dapesquisa está assim configurado: é viável economicamente efinanceiramente a implantação de projeto de irrigação, atravésde “Pivô Central” em propriedade agrícola situada no interior domunicípio de Tuparendi (RS)? No decorrer do estudo avaliou-se a produtividade e apotencialidade da área irrigada, considerando o volumede produção, bem como, gastos referentes à atividade, osinvestimentos e as receitas, tendo conhecimento de todoprocesso que envolve a propriedade agrícola. Determinou-se oinvestimento inicial para a instalação e, a partir disto, buscou-seidentificar o fluxo de caixa operacional da área irrigada para operíodo de dez anos, avaliando o crescimento econômico.2 METODOLOGIA A metodologia da pesquisa necessita uma definição clara eobjetiva, pois dela depende boa parte dos resultados do estudo.Quanto à natureza da pesquisa, foi classificada como aplicada,segundo Gil, “pesquisas voltadas à aquisição de conhecimentoscom vistas à aplicação numa situação específica.” (GIL, 2010, p.27).8

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS A forma de abordagem do problema, em relação a suanatureza, classificou-se, quanto ao tratamento dos dados, comoqualitativo, de acordo com Rampazzo, “busca uma compreensãoparticular daquilo que estuda: o foco de sua atenção é centralizadono específico, no peculiar, no individual, almejando sempre acompreensão e não a explicação dos fenômenos estudados.”(RAMPAZZO, 2005, 58). De forma complementar, Minayo cita queos dados qualitativos “trabalham com o universo dos significados,aspirações, crenças, valores e atitudes.” (MINAYO, 1994, p. 22). Quanto aos objetivos específicos para este estudo, foiclassificado como pesquisa exploratória, a qual buscou informaçõesdo que está sendo pesquisado. As pesquisas exploratórias “têmcomo principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificarconceitos e ideias, tendo em vista, a formulação de problemas maisprecisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores.”(GIL, 2010, p. 43). De forma complementar, segundo Cervo eBervian “a pesquisa exploratória realiza descrições precisasda situação e quer descobrir as relações existentes entre oselementos componentes da mesma.” (CERVO e BERVIAN, 2002,p. 69). Ainda, quanto aos objetivos propostos, classificou-se comodescritiva. A pesquisa descritiva possui como principal objetivo, deacordo com Gil “a descrição das características de determinadapopulação ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relaçõesentre variáveis.” (GIL, 2010, p. 42). Em relação aos procedimentostécnicos, foi um estudo de caso e teve levantamento documentale bibliográfico. Os dados da propriedade rural foram obtidosatravés da análise documental, conforme Rampazzo “a pesquisaé chamada de “documental” porque procura os documentos defonte primária, a saber, os “dados primários” provenientes deórgãos que realizaram as observações.” (RAMPAZZO, 2005,p. 51). A pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com base emmaterial já elaborado, constituído principalmente de livros eartigos científicos.” (GIL, 2010, p. 44). De acordo com Gil, o estudo de caso caracteriza-se por:“estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetivos, demaneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado [...].” 9

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi(GIL, 2010, p. 72). A propriedade objeto do estudo está localizadaem Lajeado Capoeira e, Lajeado Minas, ambas situadas no interiorde Tuparendi (RS) e conta com uma área de aproximadamente90 hectares.3 ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICO- FINANCEIRA NA EMPRESA RURAL De acordo com Marion “empresas rurais são aquelas queexploram a capacidade produtiva do solo através do cultivo daterra, da criação de animais e da transformação de determinadosprodutos agrícolas.” (MARION, 2009, p. 22). O produtor rural,para um bom desenvolvimento, precisa conhecer a situação atualdo mercado: Assim, na situação atual de vinculação e dependência do agricultor em relação ao mercado, torna-se indispensável aos produtores rurais o conhecimento aprofundado de seu negócio, a agricultura. Para tanto, deve o produtor estar bem informado sobre as condições de mercado para os produtos agrícolas, bem como conhecer as condições dos recursos naturais de seu estabelecimento rural. Pelo conhecimento do que está ocorrendo no mercado, o agricultor pode escolher melhor o tipo de atividade que deve desenvolver (CREPALDI, 2006, p. 24). Nas empresas, as oportunidades de investimento surgemconstantemente, e para a empresa poder investir, primeiramentefaz-se uma análise econômica: A decisão de investimento passa, necessariamente, por dois estudos de ordem econômica: a macroeconomia e a microeconomia. Enquanto a macroeconomia nos fornece as bases para compreender de que forma as políticas econômicas e as relações externas do país com o resto do mundo podem afetar o comportamento das empresas, a microeconomia nos fornece as bases para compreender a relação que existe entre a10

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS empresa em que estamos atuando e suas concorrentes numa estrutura de mercado além da sua relação com seus clientes (consumidores) e seus fornecedores (FONSECA, 2009, p. 18). Para definir a viabilidade de um investimento, é importantepossuir uma estimativa do retorno, para que o valor investido nãosupere o lucro esperado com o projeto. (MARQUES, 2010). Naárea financeira, boa parte das informações está relacionada nofluxo de caixa da empresa, o que faz possível uma breve previsãode investimentos, conforme Ross; Westerfield e Jaffe “o valor deum investimento efetuado por uma empresa depende de como osfluxos de caixa se distribuem no tempo.” (ROSS; WESTERFIELD;JAFFE, 1995, p. 30). A avaliação do projeto requer uma análise de caixa, de acordocom Sanvicente, uma das prioridades é determinar as entradas esaídas de caixa. De modo geral, o caixa envolve diversas saídasiniciais, como o investimento, os gastos com a manutenção,instalação e eventuais gastos que ocorrem no processo deinstalação. Para as entradas no caixa, espera-se o retorno doinvestimento, através do lucro que irá adquirir com a instalaçãodo equipamento, ou então algumas reduções de custos, podendoocorrer substituições de algum equipamento, com base naspesquisas de mercado. (SANVICENTE, 2008). A viabilidadeeconômica do projeto deve ser bem analisada, priorizando asentradas e saídas do caixa, para obtenção de maiores lucrosapós a implantação do projeto.4 CUSTOS TOTAIS DE INVESTIMENTOS O objetivo financeiro da empresa somente será atingido apósa maturação do investimento e, para tanto, serão necessáriosmuitos esforços econômicos. Além da disposição de um excelentequadro de pessoal. O objetivo, conforme os autores Motta eCalôba “[...] será alcançado após decorrido determinado tempopara maturação do investimento, durante o qual muito esforço teráque ser realizado, consumindo-se recursos escassos, tais como:capital, trabalho, insumos e capacidade gerencial.” (MOTTA;CALÔBA, 2009, p. 23). 11

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi É necessário avaliar se o investimento é rentável, casocontrário, é fundamental dispor de recursos, ou então obterinvestimentos, conforme Casarotto Filho e Kopittke “[...] denada adianta conhecer a rentabilidade dos investimentos emcarteira se não há disponibilidade de recursos próprios, nemhá possibilidade de se obterem investimentos.” (CASAROTTOFILHO; KOPITTKE, 2008, p. 104). Após uma análise de todos ostipos de financiamento e os fluxos de caixa da empresa, deve-se avaliar qual opção possui menor risco e qual é mais rentável.(MOTTA; CALÔBA, 2009). A atividade produtiva necessita ser bem administrada, poiscompõe um dos setores mais importantes da empresa. ConformeParanhos Filho “o sistema de produção é a parte mais importantedo grupo de atividades de uma empresa, que por esse motivodeve ser administrada para utilizar eficientemente os recursosdisponíveis e atingir os objetivos a que se propõe.” (PARANHOSFILHO, 2007, p. 12). Pode-se então definir o custo total de produção de acordocom Guimarães e Gonçalves “o custo total de produção C(q) podeser dividido em duas partes: (i) o custo fixo de produção CF, umcusto que independe de que se está produzindo; e (ii) um custovariável CVar (q) que depende do montante total produzido.”(GUIMARÃES; GONÇALVES, 2011, p. 32). A maximizaçãodos resultados provém também de uma boa administração daprodução, da avaliação dos custos fixos e variáveis de acordocom o volume de produção.5  CUSTOS DE CAPITAL DE GIRO O capital de giro é uma fonte de recursos, conforme AssafNeto e Silva “[...] tem participação relevante no desempenhooperacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metadede seus ativos totais investidos.” (ASSAF NETO; SILVA, 2009, p.13). Para Motta e Calôba “o capital de giro é a porção do capitaltotal da firma que tem uma liquidez relativa, constituindo umaespécie de reservatório de capital para fazer frente a obrigaçõesfora do ciclo do fluxo de caixa operacional ordinário.” (MOTTA;CALÔBA, 2009, p. 180).12

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS É necessária adequada administração do capital de giro, deacordo com Assaf Neto e Silva “uma administração inadequadado capital de giro resulta normalmente em sérios problemasfinanceiros, contribuindo efetivamente para a formação de umasituação de insolvência.” (ASSAF NETO; SILVA, 2009, p. 13).O capital de giro possui relevante importância nas empresas,porém para que possa ser um recurso positivo à empresa, requeradministração eficiente.6 DEPRECIAÇÃO A depreciação é a despesa decorrente da deterioração dobem após determinado período de tempo, podendo fornecer,o custo atual do equipamento. A definição contábil para adepreciação, de acordo com Casarotto Filho e Kopittke, é umadespesa decorrente da perda de valor do bem, isso pode serpor degradação ou então quando o bem se torna obsoleto. Pornão se tratar de desembolso, pode ser diminuído das receitas,fazendo com que ocorra a redução do imposto de renda, poiseste possui efeitos sobre o fluxo de caixa. (CASAROTTO FILHO;KOPITTKE, 2008). É utilizada também para a apuração debenefícios fiscais, segundo Ternes e Scherer, “os parâmetros eregulamentos relacionados à depreciação são determinados pelalegislação fiscal, uma vez que, do contrário seria melhor depreciartodos os bens no menor tempo possível tendo como objetivoaumentar os benefícios fiscais.” (TERNES; SCHERER, 2000, p.61). É fundamental o administrador considerar a depreciação,principalmente quando a empresa fizer novos investimentos, umavez que os ativos fixos precisam ser repostos no futuro.  7 FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL Um dos princípios básicos para análise de investimentosé a elaboração do fluxo de caixa operacional. O fluxo de caixaoperacional é igual ao lucro operacional depois do Imposto deRenda mais a depreciação. Para determinar o fluxo de caixaoperacional deve-se seguir a estrutura da Demonstração deResultado de Exercício (DRE) e fazer os ajustes. A demonstração 13

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gesside resultados busca evidenciar o lucro ou prejuízo da empresa,de acordo com Ferrari “a DRE é a demonstração contábil que tempor objetivo evidenciar a situação econômica da entidade, isto é,apuração do lucro ou prejuízo.” 2(FERRARI, 2008, p. 535). Na maioria das vezes, a DRE influencia nas decisõesoperacionais, para Helfert “A demonstração de resultadodo exercício reflete o efeito das decisões operacionais daadministração sobre o desempenho empresarial e o lucro ouprejuízo contábil resultante para os donos do negócio em umperíodo específico de tempo.” (HELFERT, 1997, p. 34). Em suma,a DRE fornece as empresas um auxílio na tomada de decisão,podendo visualizar a situação econômica da empresa.8 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA) A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) é uma taxa que possuibaixo risco, isso de acordo com Casarotto Filho e Kopittke “a TMAé a taxa a partir da qual o investidor considera que está obtendoganhos financeiros. É uma taxa associada a um baixo risco, ouseja, qualquer sobra de caixa pode ser aplicada, na pior dashipóteses, na TMA.” (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2008, p.55). Em vista disso, a TMA é um investimento que possui baixorisco e, entretanto, se o rendimento for menor que a TMA, esteprojeto deve ser renunciado, pois não trará lucros para a empresa.9  TEMPO DE RETORNO DE INVESTIMENTO Retorno é o que se adquire em determinado período de temposobre um investimento: Retorno é o ganho ou prejuízo total que se tem com um investimento ao longo de um determinado período de tempo. Costuma ser medido como distribuição de caixa durante o período mais a variação de valor, este, expresso como porcentagem do valor do investimento no início do período (GITMAN, 2010, p. 204). O retorno de um investimento refere-se a lucro ou prejuízo emdeterminado período de tempo. Investimentos com maior período14

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RSde tempo possuem menor liquidez, frente ao tempo de retorno doinvestimento.10 TAXA INTERNA DE RETORNO O retorno adquirido sobre o saldo do capital que foi investidoé considerado a taxa de retorno do investimento, de acordo comCasarotto Filho e Kopittke “Taxa de Retorno do Empreendimentoou do Projeto: é a taxa de retorno de todo mix ou funding4 derecursos envolvidos. Normalmente interessa a financiadores comoindicador de capacidade de pagamento dos custos financeiros doempréstimo.” (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2008, p. 203). De acordo com Santos, a taxa interna “teria para a empresa omesmo significado financeiro da taxa de juros de um empréstimoque ela concedesse para recebê-lo em certo número de parcelas.”(SANTOS, 2009, p. 154). Esta taxa, portanto, define o retorno doinvestimento, constata a sua rentabilidade.11 VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) Define-se de acordo com Santos que “o valor presente líquido(VPL) de um investimento é igual o valor presente do fluxo decaixa líquido, sendo, portanto, um valor monetário que representaa diferença entre as entradas e saídas de caixas trazidas a valorpresente.” (SANTOS, 2009, p. 155). Conforme Gitman, o valorpresente líquido considera uma técnica de orçamento de capital: Como o valor presente líquido (VPL) considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo, é considerado uma técnica sofisticada de orçamento de capital. Todas as técnicas desse tipo descontam de alguma maneira os fluxos de caixa da empresa a uma taxa especificada. Essa taxa – comumente chamada de taxa de desconto, retorno requerido, custo de capital ou custo de oportunidade – consiste no retorno mínimo que um projeto precisa proporcionar para manter inalterado o valor de mercado da empresa (GITMAN, 2010, p. 369).4 Mix ou Funding: é uma forma abrangente de tudo aquilo que envolve. 15

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi Desta forma, o valor presente líquido representa a diferençaentre as entradas e saídas do caixa da empresa.12 AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE E APOTENCIALIDADE DA ÁREA COM O PROJETO DEIRRIGAÇÃO Visto que o sistema de irrigação é uma ferramenta positivanuma propriedade agrícola, aumentando a produtividade ereduzindo os riscos, torna-se indispensável fazer uma análise daprodutividade da área que será irrigada, avaliando os níveis deprodução, receitas e custos dos últimos quatro anos e projetá-lospara os próximos dez anos com a implantação do pivô. Utilizou-se o período de 2010/2011 a 2013/2014 para obter uma médiados gastos, nível de produção e receita, para assim, projetá-lospara os próximos 10 anos. A área a ser irrigada é de 25,78 ha. Apesquisa foi realizada em duas culturas, sendo 53,45% da áreadisponibilizada para soja e 46,55% para o milho.Ilustração 1 – Lucros da soja safra 2010/2011 LUCROS DA SOJA SAFRA 2010/2011   QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 13,78 Ha LUCRO LUCRO 13,78 Ha 53,50 SC R$ 42,10 R$ 2.252,35 R$ 31.037,38 R$ 1.150,43 R$ 17.299,80 TOTAL:           R$ 1.150,43 R$ 17.299,80Fonte: CAPPELLARI, 2013.Ilustração 2 – Lucros do milho safra 2010/2011 LUCROS DO MILHO SAFRA 2010/2011   QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 12 Ha LUCRO LUCRO 12 Ha 142 SC   R$ 24,76 R$ 3.515,92 R$ 42.191,04 R$ 1.903,37 R$ 22.840,47 TOTAL:        R$ 1.903,37 R$ 22.840,47Fonte: CAPPELLARI, 2013. No plantio da soja de 2010 e safra de 2011, o produtor teve umlucro de R$1.150,43 (um mil cento e cinquenta reais e quarentae três centavos) por hectare e de R$17.299,80 (dezessete milduzentos e noventa e nove reais e oitenta centavos) para 13,78ha. No plantio do milho de 2010 e safra de 2011, o produtor teveum lucro de R$1.903,37 (um mil novecentos e três reais e trintae sete centavos) por hectare e de R$22.840,47 (vinte e dois mil16

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RSoitocentos e quarenta reais e quarenta e sete centavos) para 12ha.Ilustração 3 – Lucros da soja safra 2011/2012 LUCROS DA SOJA SAFRA 2011/2012  QUANT. UM P. MÉDIO TOTAL TOTAL 13,78 Há PREJUÍZO PREJ. 13,78 Ha12 SC R$ 58,91 R$ 706,92 R$ 9.741,36 -R$ 459,33 -R$ 6.329,50TOTAL:         -R$ 459,33 -R$ 6.329,50Fonte: CAPPELLARI, 2013.Ilustração 4 – Lucros do milho safra 2011/2012 LUCROS DO MILHO SAFRA 2011/2012   QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 12 Ha LUCRO LUCRO 12 Ha 100 R$ 8.482,03 SC R$ 25,14 R$ 2.514,00 R$ 30.168,00 R$ 706,84 R$ 8.482,03 TOTAL:  Fonte: CAPPELLARI, 2013.        R$ 706,84 Na safra 2011/2012 teve grande estiagem na região, naépoca da floração da soja, devido à má distribuição das chuvas.O produtor teve um prejuízo na cultura da soja de R$459,33(quatrocentos e cinquenta e nove reais e trinta e três centavos)por hectare, e R$6.329,50 (seis mil trezentos e vinte e nove reaise cinquenta centavos) na área de 13,78 ha, devido a isso, oprodutor acionou o seguro que havia contratado no custeio, ouseja, o PROAGRO5, que indeniza parte do recurso aplicado naimplantação da cultura. Já na cultura do milho, o produtor não teve tantas perdasquanto à cultura da soja, devido à colheita ser alguns mesesantes da soja. Com isso, o produtor teve um lucro de R$706,00(setecentos e seis reais) por hectare e R$8.482,03 (oito milquatrocentos e oitenta e dois reais e três centavos) para a áreade 12 hectares. Na ilustração 5 e 6, estão descritos os lucros dasafra 2012/2013. As descrições procedem da mesma forma queas descrição das ilustrações 3 e 4. Na ilustração 5 constam oslucros para o cultivo da soja no período de 2012/2013.Ilustração 5 – Lucros da soja safra 2012/2013 LUCROS DA SOJA SAFRA 2012/2013  QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 13,78 Ha LUCRO LUCRO 13,78 Ha55 SC R$ 57,34 R$ 3.153,70 R$ 43.457,99 R$ 1.385,43 R$ 19.091,28TOTAL:           R$ 1.385,43 R$ 19.091,28Fonte: CAPPELLARI, 2013.5 Seguro Agrícola 17

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi Na ilustração 6, constam os lucros para o cultivo do milho noperíodo de 2012/2013.Ilustração 6 – Lucros do milho safra 2012/2013 LUCROS DO MILHO SAFRA 2012/2013   QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 12 Há LUCRO LUCRO 12 Ha 145 SC R$ 23,71 R$ 3.437,95 R$ 41.255,40 R$ 1.247,49 R$ 14.969,94TOTAL:           R$ 1.247,49 R$ 14.969,94Fonte: CAPPELLARI, 2013. No ano de 2012/2013, na cultura da soja o produtor teve umlucro de R$1.385,43 (um mil trezentos e oitenta e cinco reais equarenta e três centavos) por hectare e R$19.091,28 (dezenovemil e noventa e um reais e vinte e oito centavos) para a área de13,78 hectares. Já na cultura do milho o produtor teve um lucro de R$1.247,49(um mil duzentos e quarenta e sete reais e quarenta e novecentavos) por hectare e R$14.969,94 (quatorze mil novecentose sessenta e nove reais e noventa e quatro centavos) para aárea de 12 hectares. Na safra 2013/2014, de ambas as culturas,utilizou-se uma taxa para a projeção da safra de 2014. Esta taxafoi 5,87%, segundo dados do IBGE, sendo obtidos através dataxa média da inflação dos últimos 10 anos (ver ilustração 7):Ilustração 7: Taxa média da inflação dos últimos 10 anos INFLAÇÃO DOS ÚLTIMOS 10 ANOS (%) ANO 2003 9,30 ANO 2004 7,60 ANO 2005 5,69 ANO 2006 3,14 ANO 2007 4,46 ANO 2008 5,90 ANO 2009 4,31 ANO 2010 5,91 ANO 2011 6,50 ANO 2012 5,84 TOTAL: 58,65 MÉDIA 10 ANOS: 5,87%Fonte: IBGE, 2013. Os preços futuros das commodities foram obtidos pela médiados últimos 10 anos. O preço futuro da soja e do milho para oano de 2014 foi obtido através de uma pesquisa junto ao site da18

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RSAgrolink. Com isso, a média para a cultura da soja é de R$42,67para a cultura do milho é de R$20,68, conforme as ilustrações 8e 9. A ilustração 8 demonstra o preço médio da soja nos últimos10 anos:Ilustração 8: Preço médio da Soja – últimos 10 anos PREÇO MÉDIO DA SOJA – ÚLTIMOS 10 ANOS ANO 2005 R$ 27,82 ANO 2006 R$ 24,41 ANO 2007 R$ 30,58 ANO 2008 R$ 42,31 ANO 2009 R$ 42,79 ANO 2010 R$ 36,44 ANO 2011 R$ 42,10 ANO 2012 R$ 58,91 ANO 2013 R$ 57,34 ANO 2014 R$ 64,00 TOTAL: R$ 426,70 MÉDIA 10 ANOS: R$ 42,67Fonte: Agrolink, 2013 A ilustração 9 demonstra o preço médio do milho nos últimos10 anos:Ilustração 9: Preço Médio do Milho – últimos 10 anos PREÇO MÉDIO DO MILHO – ÚLTIMOS 10 ANOS ANO 2005 R$ 16,36 ANO 2006 R$ 14,78 ANO 2007 R$ 19,27 ANO 2008 R$ 22,25 ANO 2009 R$ 18,35 ANO 2010 R$ 17,37 ANO 2011 R$ 24,76 ANO 2012 R$ 25,14 ANO 2013 R$ 23,71 ANO 2014 R$ 24,80 TOTAL: R$ 206,79 MÉDIA 10 ANOS: R$ 20,68Fonte: Agrolink, 2013; BM&FBovespa, 2013. O plantio de soja 2013/2014 realizou-se no mês de novembroe o plantio de milho 2013/2014 realizou-se em agosto. Os insumosforam adquiridos antecipadamente e, os custos de mão de obrajá foram definidos. O nível de produção foi calculado com a taxa 19

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessimédia da inflação dos últimos 10 anos disponibilizados pelo IBGE,sendo de 5,87%. A receita foi adquirida através da média dospreços das commodities, dos últimos 10 anos disponibilizadospela BM&FBOVESPA, e pelo site da Agrolink. Na ilustração 10estão descritos os lucros da safra 2013/2014 para a cultura dasoja.Ilustração 10 – Lucros da soja safra 2013/2014 LUCROS DA SOJA SAFRA 2013/2014   QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 13,78 Ha LUCRO LUCRO 13,78 Ha 58 SC R$ 64,00 R$ 3.712,00 R$ 51.151,36 R$ 2.114,14 R$ 29.132,84TOTAL:           R$ 2.114,14 R$ 29.132,84Fonte: CAPPELLARI, 2013. Na ilustração 11 estão descritos os lucros da safra 2013/2014para a cultura do milho.Ilustração 11 – Lucros do milho safra 2013/2014 LUCROS DO MILHO SAFRA 2013/2014   QUANT. UN. P. MÉDIO TOTAL TOTAL 12 Ha LUCRO LUCRO 12 Ha 154 SC R$ 24,80 R$ 3.819,20 R$ 45.830,40 R$ 1.321,47 R$ 15.857,61TOTAL:           R$ 1.321,47 R$ 15.857,61Fonte: CAPPELLARI, 2013. No ano de 2013/2014, na cultura da soja o produtor teve umlucro de R$2.114,14 (dois mil cento e quatorze reais e quatorzecentavos) por hectare e R$29.132,84 (vinte e nove mil cento etrinta e dois reais e oitenta e quatro centavos) para a área de13,78 hectares. Já na cultura do milho, o produtor teve um lucro de R$1.321,47(um mil trezentos e vinte e um reais e quarenta e sete centavos)por hectare e R$15.857,61(quinze mil oitocentos e cinquenta esete reais e sessenta e um centavos) para a área de 12 hectares. Das safras de soja de 2010/2011 a 2013/2014, observa-se uma variação nos gastos totais com insumos e despesasgerais, de R$13.737,59 (treze mil setecentos e trinta e sete reaise cinquenta e nove centavos) a R$24.366,71 (vinte e quatromil trezentos e sessenta e seis reais e setenta e um centavos),para a área de 13,78 ha. Em contrapartida, um lucro líquido quevariou entre R$17.299,80 (dezessete mil duzentos e noventa enove reais e oitenta centavos) a R$29.132,84 (vinte e nove milcento e trinta e dois reais e oitenta e quatro centavos), exceto asafra 2011/2012 que teve um prejuízo de -R$6.329,50 (seis miltrezentos e vinte e nove reais e cinquenta centavos).20

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS13 DETERMINAÇÃO DO INVESTIMENTO INICIAL O investimento inicial é um dos fatores em que o produtor devepossuir grande cuidado, pois os investimentos em longo prazo,geralmente, requerem retorno em longo prazo, possuindo riscomais elevado. Com isso, o produtor deve definir corretamenteo investimento inicial para que não necessite desembolsarmuito além do que estava previsto. No investimento inicial sãodeterminados os gastos com a instalação do pivô central e o capitalde giro, para gastos com manutenção e mão de obra do pivô eoutros gastos que se fazem necessários para sua instalação.Ilustração 12 – Determinação Investimento Inicial 60 KG VALOR 659 M (R$) INVESTIMENTO INICIAL 10 M 139.604,50 6M   1 DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 13.955,90 1.1 Unidade de Irrigação: Parte Aérea   Qtde Descrição 21.764,13 1 TORRE CENTRAL S2 AF3000 - 5.9/16”   5 LANCES AF3000-15 28.914,11 1 BALANÇO B20   1 CANHÃO FINAL COM BOMBA BOOSTER 13.761,37 1.2 Unidade Adutora Aço e Acessórios   Qtde Descrição 2 TUBOS PARA ADUTORA FL AF E ACESSÓRIOS 218.000,00 1.3 Unidade Adutora PVC e Acessórios 10.900,00 Qtde Descrição 228.900,00 109 TUBOS PARA ADUTORA PVC E ACESSÓRIOS 1.4 Unidade de Bombeamento Qtde Descrição 1 CJ MOTO BOMBA ELÉTRICO 60 CV E ACESSÓRIOS 1.5 Cabos e Acessórios Elétricos Descrição Condução de Energia: 659 M Neutro/Aterramento Pivot: Comando: Lig. Fases Disjuntor/Quadro: Lig. Fases Quadro/Motor: Valor do Investimento: 1.6 Capital de Giro VALOR TOTAL DO INVESTIMENTO:Fonte: CAPPELARI, 2013. 21

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi Conforme já mencionado, o pivô central será utilizado em umaárea de 25,78 ha. Os equipamentos incluídos no investimentoserão totalmente novos. Para a irrigação, será retirada águadiretamente do rio, pois possui boa capacidade hídrica e poucasárvores ao seu redor, facilitando o licenciamento ambiental. Aempresa fornecedora do pivô central se responsabilizará com osgastos de licenciamento ambiental, isso conforme contato comos vendedores externos, e ainda, conforme histórico da empresa.Responsabilizar-se-á ainda, com um técnico para montagem dosequipamentos, os gastos com IPI, entre outros.14 IDENTIFICAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAOPERACIONAL A implantação do pivô central na propriedade agrícolaaumentará o custo de produção, devido ao aumento daprodutividade na mesma área, em contrapartida, o lucro serámais elevado. Devido a isto, a ilustração 13 demonstra a projeçãodos custos, nível de produção e a receita para os próximos 10anos, utilizando toda capacidade da área com a implantação dopivô central. O cálculo foi efetuado com base na média da inflaçãoe a média dos preços agrícolas. Os dados constantes na ilustração 13 fundamentam-senas ilustrações dos custos, receitas e nível de produção dosanos 2010/2011 a 2013/2014 concedidas pelo produtor, combase nas notas fiscais de compra dos agrotóxicos e anotaçõesdiversas sobre a produção. A base de cálculo do valor atual foiobtida através da soma de cada conta dos anos de 2010 a 2014e dividido, individualmente, por quatro para alcançar a médiade cada conta e, assim ter uma base para projetar os próximosanos. A base de cálculo para os próximos anos é obtida atravésdo valor atual acrescido da taxa média de inflação. A taxa médiada inflação dos últimos anos é utilizada para conseguir uma basepadrão da variação dos gastos futuros. Os próximos 10 anos foram calculados com o nível deprodução sem reduções na produtividade, devido às estiagens.Através de entrevista informal com o produtor, a EMATER e a22

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RSempresa fornecedora do pivô central, o nível ótimo de produçãocom a implantação do pivô central, seria para a soja 70 sacospor hectare, e, para o milho 230 sacos por hectare. O cálculoda receita da soja e do milho para os próximos 10 anos foi oseguinte: a quantidade produzida x preço médio x área produzida+ o valor médio da inflação = receitas de 2014. Conforme cálculoque segue para a soja e para o milho, consecutivamente: 70 x R$ 46,66 x 13,78 + 5,87%= R$ 47.652,26 230 x R$ 22,48 x 12 + 5,87% = R$ 65.695,60 Seguindo estes parâmetros das receitas, os próximos anosforam calculados pelo valor da receita de 2014 e acrescido dataxa de inflação média, e assim sucessivamente. O custo deprodução e as despesas gerais atuais de ambas as culturasprovêm da média total dos últimos anos, ou seja, soma-se ototal das despesas das safras 2010/2011 a 2013/2014 e divide-se por 4 (quatro) para obter a média. Para os próximos anos éacrescentada sobre o valor, a taxa média da inflação. O valor da depreciação foi calculado através da média dospróximos anos, ou seja, todos os equipamentos depreciados foramdivididos por 2 por serem duas culturas, exceto o pivô central que foidivido por quatro que, apesar de as principais culturas, o produtorutilizará soja e milho e poderá também, quando necessário, utilizarnas culturas de inverno e nas safrinhas de soja ou de milho. Osomatório desta média resultou em R$ 14.320,00 (quatorze miltrezentos e vinte reais). Este valor foi subtraído antes do lucro,pois assim reduz o imposto de renda, e após o valor do lucro foisomado para obter o valor do fluxo de caixa operacional. Paraobter o fluxo de caixa operacional, calcula-se o total das receitasmenos o total do custo de produção, o que totaliza o lucro bruto.Subtraem-se as despesas gerais e a depreciação para obter olucro, e por fim, soma-se novamente a depreciação, e então, tem-se o valor do fluxo de caixa operacional dos próximos 10 anos. Neste estudo, a depreciação foi considerada somente parafins ilustrativos, pois ela não exerce influência sobre os fluxos decaixa, uma vez que, a propriedade é isenta de imposto de renda.Para fins gerenciais utilizou-se como taxa de depreciação 10%ao ano. A taxa não leva em consideração as bases estabelecidas 23

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessipelo fisco, mas sim é considerada como informação para tomadade decisões gerenciais. A ilustração 13 demonstra o fluxo de caixaoperacional total, pois junta as receitas da soja e do milho.Ilustração 13 – Fluxo de Caixa Operacional Soja + Milho FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL SOJA + MILHO  ATUAL 2014 2015 2016(+) Valor Total de Soja R$ 14.798,60 R$ 27.485,70 R$ 29.099,11 R$ 30.807,23(+) Valor Total de Milho R$ 15.537,51 R$ 39.944,09 R$ 42.288,81 R$ 44.771,17(=) Fluxo de Cx Operacional parcial R$ 30.336,11 R$ 67.429,79 R$ 71.387,92 R$ 75.578,40(+) Valor Residual x x xx(+) Capital de Giro x x xx(=) Fluxo de Caixa Operacional R$ 30.336,11 R$ 67.429,79 R$ 71.387,92 R$ 75.578,40   ATUAL 2017 2018 2019(+) Valor Total de Soja R$ 14.798,60 R$ 32.615,61 R$ 34.530,15 R$ 36.557,07(+) Valor Total de Milho R$ 15.537,51 R$ 47.399,23 R$ 50.181,57 R$ 53.127,23(=) Fluxo de Cx Operacional parcial R$ 30.336,11 R$ 80.014,85 R$ 84.711,72 R$ 89.684,30(+) Valor Residual x x xx(+) Capital de Giro x x xx(=) Fluxo de Caixa Operacional R$ 30.336,11 R$ 80.014,85 R$ 84.711,72 R$ 89.684,30   ATUAL 2020 2021 2022(+) Valor Total de Soja R$ 14.798,60 R$ 38.702,97 R$ 40.974,83 R$ 43.380,06(+) Valor Total de Milho R$ 15.537,51 R$ 56.245,79 R$ 59.547,42 R$ 63.042,86(=) Fluxo de Cx Operacional parcial R$ 30.336,11 R$ 94.948,76 R$ 100.522,26 R$ 106.422,91(+) Valor Residual x x xx(+) Capital de Giro x x xx(=) Fluxo de Caixa Operacional R$ 30.336,11 R$ 94.948,76 R$ 100.522,26 R$ 106.422,91   ATUAL 2023    (+) Valor Total de Soja R$ 14.798,60 R$ 45.926,47(+) Valor Total de Milho R$ 15.537,51 R$ 66.743,47(=) Fluxo de Cx Operacional parcial R$ 30.336,11 R$ 112.669,94(+) Valor Residual x R$ 43.000,00(+) Capital de Giro x R$ 10.900,00(=) Fluxo de Caixa Operacional R$ 30.336,11 R$ 166.569,94    Fonte: CAPPELLARI, 2013. O valor residual significa a definição do valor de um ativodepreciado, no final de sua vida útil, nesta pesquisa, o valor dosequipamentos agrícolas nos próximos dez anos. Este valor éutilizado somente no ano de 2023, pois é quando ocorre o valorresidual, ou seja, os equipamentos foram depreciados em dezanos a 10% ao ano. Segundo pesquisa informal com o produtor, a ilustração 14demonstra o valor residual dos equipamentos:24

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS Ilustração 14 – Valor Residual VALOR RESIDUAL VALOR 10 ANOS R$ 10.000,00 EQUIPAMENTOS VALOR ATUAL R$ 10.000,00COLHEITADEIRA R$ 60.000,00 R$ 100,00PLATAFORMA DE MILHO R$ 55.000,00 R$ 1.000,00DISTRIBUIDOR DE CALCARIO R$ 400,00 R$ 1.000,00DISTRIBUIDOR DE UREIA R$ 6.000,00 R$ 2.000,00PULVERIZADOR DE BARRA R$ 12.000,00 R$ 8.000,00SEMEADEIRA/ADUBADEIRA R$ 10.000,00 R$ 300,00TRATOR R$ 30.000,00 R$ 600,00GAIOTA R$ 1.000,00 R$ 10.000,00GAIOTA R$ 3.000,00 R$ 43.000,00PIVÔ CENTRAL R$ 218.000,00TOTAL: R$ 395.400,00 Fonte: CAPPELLARI, 2013. O capital de giro estimado é de R$10.900,00 e correspondeao montante de recursos necessários à manutenção e mão deobra ao longo da vida do projeto. Desta forma, o cálculo paraencontrar o fluxo de caixa operacional da soja e do milho é oseguinte: valor total da soja + valor total do milho = fluxo de caixaoperacional total + valor residual + capital de giro = fluxo de caixaoperacional. Desta forma, segue demonstração para o ano de2014: R$27.485,70 + R$39.944,09 = R$67.429,79 + R$0,00 +R$0,00= R$67.429,79. A partir das informações contidas, até o momento é possívelmontar o fluxo de caixa operacional incremental. A taxa média deatratividade utilizada é de 6% ao ano, que corresponde à taxamédia anual da poupança, este dado foi utilizado porque a taxa dejuros do investimento é inferior ao da poupança. Na ilustração 15,(parte 1) está calculado o valor atual do fluxo de caixa operacionalda soja e do milho, para o tempo de vida do projeto. Identificou-se o fluxo de caixa operacional incremental que é dado peladiferença entre o fluxo de caixa operacional atual e o projetadopara os próximos dez anos. Na parte 2, está demonstrado o valordo investimento inicial e os fluxos de caixa incrementais para ospróximos dez anos. A parte 3 da ilustração 15 apresenta os fluxosde caixa operacionais incrementais atualizados à taxa de 6%ao ano e, também o somatório dos fluxos de caixa operacionaisincrementais atualizados (valor atual). 25

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis Gessi O payback (parte 4 da ilustração 15) foi definido por cincoanos e onze meses. Para descobrir os cinco anos é necessáriosomar os fluxos de caixa operacionais incrementais atualizadosaté que o valor se iguale ao valor do investimento inicial. A partirdaí, utilizou-se o investimento inicial menos a soma dos cincoanos, totalizando R$39.400,87. Este valor foi dividido pelo valordo sexto ano da parte 3, totalizando 0,941745623, isso paradescobrir quanto faltava para completar o valor do Payback. E,finalmente, para conseguir o período em meses, utiliza-se o valorde 0,941745623 vezes a quantidade de meses que constitui umano, resulta em onze meses. Segue o cálculo: R$ 34.994,04 + R$ 36.535,97 + R$ 37.986,29 + R$ 39.350,21+ R$ 40.632,62 = R$ 189.499,13 (payback 5 anos) R$ 189.499,13 - R$ 228.900,00 (investimento inicial) = R$39.400,87 R$ 39.400,87/R$41.838,13 (sexto ano do BLCds)=0,941745623 0,941745623 x 12 meses = 11,30094748 (payback 11 meses). O valor presente líquido (parte 5 da ilustração 15) foi adquiridoatravés do cálculo: valor atual – investimento inicial= VPL. Segue o cálculo: R$ 439.451,93 - R$ 228.900,00 = R$ 210.551,93 A taxa interna de retorno (parte 6 da ilustração 15) foi calculadapela função financeira TIR do programa Excel, sendo 13%. Ailustração 15 demonstra o fluxo de caixa operacional incremental:Ilustração 15 – Fluxo de Caixa Operacional Incremental FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL INCREMENTAL Parte 1TAXA 6% 2018 2014 2015 2016 2017 R$ 84.711,721. ATUALR$ 30.336,11 R$ 67.429,79 R$ 71.387,92 R$ 75.578,40 R$ 80.014,85 R$ 54.375,61 R$ 37.093,68 R$ 2023 2019 41.051,81 R$ 45.242,28 R$ 49.678,73 R$ R$ 89.684,30 2020 2021 2022 166.569,94 R$ R$ R$ R$ R$ 59.348,18 94.948,76 100.522,26 106.422,91 136.233,83 R$ R$ 70.186,14 R$ 76.086,80 64.612,6526

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS2. Invest. Inicial 2014 2015 Parte 2 2017 2018-R$ 228.900,00 BLC BLC 2016 BLC BLC 1 2 BLC 4 5 R$ 37.093,68 R$ 41.051,81 3 R$ 49.678,73 R$ 54.375,61 R$ 45.242,28 2022 2023 2019 2020 BLC BLC BLC BLC 2021 9 10 6 7 BLC 8 R$ 59.348,18 R$ R$ 70.186,14 R$ 76.086,80 R$ 64.612,65 Parte 3 136.233,833. Invest. Inicial BLCds BLCds BLCds BLCds BLCds R$ 37.986,29 R$ 39.350,21 R$ 40.632,62-R$ 228.900,00 R$ 34.994,04 R$ BLCds BLCds BLCds BLCds 36.535,97 R$ 44.035,66 R$ 45.035,66 R$ 76.072,26  R$ 41.838,13 BLCds    VALOR ATUAL   R$ 42.971,10       R$   Parte 4 439.451,93        PAYBACK R$ 5 Anos       189.499,13 R$ 39.400,87 11 Meses 0,941745623 11,30094748PAYBACK 5 Anos e 11 Meses       Parte 5 R$VPL 210.551,93 (VPL= VALOR ATUAL - INVESTIMENTO INICIAL) Parte 6 TIR 13%        Fonte: CAPPELLARI, 2013. Através dos cálculos demonstrados na ilustração 15, ou seja,no fluxo de caixa operacional incremental, é possível visualizaro payback, o valor presente líquido e a taxa interna de retorno.A partir das demonstrações do fluxo de caixa operacional, épossível visualizar que o produtor obterá um lucro após oscinco anos e onze meses, aumentando consideravelmente ocrescimento econômico da propriedade, tornando-se viável aexecução do projeto. A TMA é a taxa mínima de retorno sobre osinvestimentos. O produtor rural almeja uma taxa de 6% ao ano. 27

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis GessiEsta taxa foi estabelecida com base na expectativa da taxa médiaanual de remuneração da poupança. O produtor prevê um retornodo investimento em um período de dez anos. Para o cálculo do tempo de retorno foi utilizado método dopayback descontado. Verificou-se que o retorno do investimentose dará até o 6º ano (cinco anos e onze meses). O valor presentelíquido é igual a R$ 210.551,93 (duzentos e dez mil quinhentos ecinquenta e um reais e noventa e três centavos), demonstrandoque o valor atual supera o valor do investimento inicial, tornando oprojeto financeiramente viável. A taxa interna de retorno verifica arentabilidade do investimento em determinado período de tempo. Nesta pesquisa a TIR foi calculada pela função financeiraTIR do programa Excel, sendo o valor de 13% ao ano. Paradiagnosticar a viabilidade do projeto, observa-se que a taxa daTIR encontrada é superior à taxa média de atratividade, destemodo, o projeto torna-se economicamente viável, poderá seraceito.15 CONCLUSÃO O objetivo principal deste estudo é analisar a viabilidadeeconômica e financeira para implantação de projeto de irrigaçãocom “Pivô Central” em propriedade agrícola. Com a irrigação,além do aumento significativo da produtividade e lucratividade, oprodutor terá vantagens significativas com a redução dos riscosem relação à instabilidade da meteorologia. Os resultados obtidos com a pesquisa dão fundamentoaos objetivos propostos para este estudo, onde todos foramconcretizados. A questão norteadora da pesquisa foi respondidasatisfatoriamente. Após as análises, constatou-se a viabilidadeda instalação do pivô central de irrigação na propriedadeselecionada para o estudo. Conforme o fluxo de caixa operacionale as técnicas analisadas, foi possível concluir que o projetopara a implantação do pivô central é viável economicamente efinanceiramente. Os resultados obtidos são positivos ao produtor,ou seja, o investimento retorna no tempo esperado, a taxa internade retorno é superada, e o valor presente líquido é positivo.28

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RS A partir do diagnóstico evidenciado nesta pesquisa,sugerem-se futuros estudos para este tema, pois o estudofomenta desenvolvimento econômico para o produtor rurale, consequentemente, com demais propriedades aderindo àirrigação, fomenta a participação no crescimento econômicolocal e regional. Além disso, espera-se que este estudo possaacrescentar tanto para o produtor, o qual disponibilizou suapropriedade para a pesquisa, quanto para os acadêmicos quealmejam estudar a viabilidade econômica em propriedades rurais,ou ainda, para pesquisadores que se interessarem por este tema.REFERÊNCIASAGROLINK. Cotação da soja e do milho. Disponível em: <http://www.noticiasagricolas.com.br/cotacoes/milho> Acesso em: 01nov. 2013.ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, Cesar Augusto Tibúrcio.Administração do Capital de Giro. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2009.BM&FBOVESPA . Cotação e preço do milho. Disponível em:<http://www.noticiasagricolas.com.br/cotacoes/milho> Acessoem: 29 ago. 2013.CAPPELLARI, Angélica. Viabilidade Econômica e Financeirapara Implantação de Projeto de Irrigação com Pivô Central emPropriedade Agrícola de Tuparendi/RS. Trabalho de Conclusãode Curso. FEMA, 2013.CASAROTTO FILHO, Nelson; KOPITTKE, Bruno Hartmut.Análise de Investimentos: matemática financeira, engenhariaeconômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 10.ed.São Paulo: Atlas, 2008.CERVO, Arnaldo L; BERVIAN, Pedro A. Metodologia Científica.5 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade rural: umaabordagem decisorial. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2006. 29

Angélica Cappellari - Antonio Roberto Lausmann Ternes - Nedisson Luis GessiFERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral: provas e concursos. 8ed. Rio de Janeiro: Elsiever, 2008.FONSECA, Jose Wladimir Freitas da. Administração Financeirae Orçamentária. Curitiba: IESDE, 2009.GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ed. São Paulo: Atlas, 2010.GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira.12 ed. São Paulo: Pearson Pretice Hall, 2010.GUIMARÃES, Bernardo; GONÇALVES, Carlos Eduardo.Introdução à Economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.HELFERT, Erich A. Técnicas de Análise Financeira: um guiaprático para medir o desempenho dos negócios. São Paulo:Bookman, 1997.IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponívelem: < www.ibge.com.br> Acesso em: 10 set. 2013.MARION, José Carlos. Contabilidade Rural: contabilidadeagrícola, contabilidade da pecuária, imposto de renda pessoajurídica. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2009.MARQUES, Luiz Wagner. Fluxo de caixa. Paraná, 2010.MINAYO, Maria Cecília de Souza. Pesquisa Social: teoria,método e criatividade. Rio de Janeiro: Vozes, 1994.MOTTA, Regis da Rocha; CALÔBA, Guilherme Marques. Análisede Investimentos: tomada de decisão em projetos industriais.São Paulo: Atlas, 2009.PARANHOS FILHO, Moacyr. Gestão da Produção Industrial.Curitiba: Ibpex, 2007.RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica. São Paulo: Loyola,2005.30

VIABILIDADE ECONÔMICA E FINANCEIRA PARA IMPLANTAÇÃO DE PROJETO DE IRRIGAÇÃO COM PIVÔ CENTRAL EM PROPRIEDADE AGRÍCOLA DE TUPARENDI/RSROSS, Stephen A; Westerfield, Randolph W; Jaffe, Jeffrey F.Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995.SANTOS, Edno Oliveiro dos. Administração Financeira daPequena e Média Empresa. São Paulo: Atlas, 2009.SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração Financeira. SãoPaulo: Atlas, 2008.TERNES, Antonio Roberto Lausmann; SCHERER, WilmarJose. Estudo de Viabilidade de Investimento. Três de Maio,SETREM, 2000. Monografia de Especialização em AdministraçãoFinanceira. 31

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodrigues O ESTUDO DA INOVAÇÃO NASPESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO? Aletéia de Moura Carpes6 Maríndia Brachak dos Santos7 Flávia Luciane Scherer8 Bruno de Moura Carvalho9 Luis Adriano Rodrigues10RESUMOObjetivando o conhecimento referente à produção científica envolvendo inovação, este artigo tem como objetivo analisaras publicações que abordem esta temática e verificar quais são os temas emergentes relacionados que estão sendoestudados no mundo nos últimos 21 anos (1991-2011), período em que a globalização tornou-se evidente e passandoa pressionar as firmas a investimentos em inovações. A análise dos dados deste estudo sustentou-se nas abordagensde pesquisa qualitativa e quantitativa. Em termos qualitativos foram analisados os assuntos tratados nas publicaçõespesquisadas quanto ao conteúdo, palavras-chaves e relevância das temáticas. Quanto aos dados quantitativos procurou-se investigar as seguintes variáveis: total de publicações, os autores, áreas temáticas, tipos de documentos, título dasfontes, ano das publicações, instituições, agências de financiamento, idiomas, países e análise do número de vezes quecada publicação foi citada através do índices h-b e do índice m. Neste intuito, foram buscadas publicações na baseWeb of Science observando o índice de citações ISI Citation Indexes, o que resultou em 88.134 estudos a seremanalisados. Dentre outros resultados, destaca-se o fato do tema inovação ser um assunto que cresce anualmente empesquisas, a área de gestão como a que tem mais estudos inseridos, o fato de todos os autores com mais publicaçõespertencerem a China e os tópicos desenvolvimento e tecnologia como os mais pesquisados junto à inovação.Palavras-chave: inovação; produção científica; tópicos emergentes.ABSTRACTAiming knowledge on production involving scientific innovation this article aims to analyze the publications that addressthis issue and see what the emerging issues related being studied worldwide are in the last 21 years (1991-2011), duringwhich the globalization has become evident and bound to press firms to invest in innovation. Data analysis of this studywas supported in the approaches of qualitative and quantitative research. Qualitatively, analyzed the issues addressedin the publications surveyed for the content, keywords and relevance of topics. Quantitatively, sought to investigate thefollowing variables: total publications, authors, subject areas, types of documents, title font, year of publication, institutions,funding agencies, languages, countries and analysis of the number of times each publication was cited by hb indexes andindex m. In this order, were sought in publications based Web of Science citation index observing the ISI Citation Indexes,which resulted in 88,134 studies to be analyzed. Among other results, we highlight the fact that innovation is a subjectmatter that grows annually in research, management area as most studies that have included the fact that all authors withmore publications belong to China and the development topics and technology as the most searched along the innovation.Keywords: innovation; scientific production; emergent topics.6 - Programa de Pós-Graduação em Administração –PPGA UFSM. Avenida. Roraima, 1000, 97105-900. Santa Maria, Rio Grande do Sul. Doutoranda em Administração / UFSM. E-mail: [email protected] - Programa de Pós-Graduação em Administração –PPGA UFSM. Avenida. Roraima, 1000, 97105-900. Santa Maria, Rio Grande do Sul. Mestranda em Administração pelo PPGA/UFSM. E-mail: [email protected] - Departamento de Ciências Administrativas - UFSM. Avenida. Roraima, 1000, 97105-900. Santa Maria, Rio Grande do Sul. Doutora em Administração / UFMG. E-mail: [email protected] - Programa de Pós-Graduação em Administração –PPGA UFSM. Avenida. Roraima, 1000, 97105-900. Santa Maria, Rio Grande do Sul. Militar Formado pela EEAR. E-mail: [email protected] - Graduação em Administração – COMEX (IESA) e Pós-graduação em Gestão Estratégica (IESA), [email protected]

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO?1 INTRODUÇÃO Diante do contexto da atividade global que envolve a atuaçãodas empresas, torna-se fundamental que as firmas agreguem emsuas atividades práticas de inovação, sendo esta definida porBessant e Tidd (2009, p. 22) como a “habilidade de fazer relações,visualizar oportunidades e de tirar vantagens das mesmas”. Osautores associam inovação ao crescimento empresarial e afirmamque as empresas que não inovam correm o risco de seremsuperadas por outras que a façam, sendo então uma questão desobrevivência a qualquer firma. Para Gomes (2007, p.56), “empresas inovadoras constroemestruturas que irão descobrir conhecimento em um tempo degestão que facilita o rápido desenvolvimento de inovação, crucialpara o seu sucesso”. Drucker (1994) enfatiza que as inovaçõessempre foram fenômenos comuns e recorrentes e que a evidênciada sua necessidade para a sobrevivência das organizaçõesé devido à velocidade da sua difusão e seu alcance globalatravés das culturas. A adoção de uma inovação pode significarlegitimidade às operações de uma empresa mais do que melhoraro desempenho, sendo passada de empresa a empresa demodo quase generalizado, ainda que não sejam obtidos ganhosexpressivos nos seus resultados. É como se uma onda fosse sepropagando no campo, atingindo a todas as organizações, emmaior ou menor grau. Pode-se dizer que resultam daí organizaçõessemelhantes em seus processos e produtos. Damanpour (1991) percebe que a inovação não se refereapenas à tecnologia, podendo ser encontrada quando a firmaadota uma nova estrutura ou sistema administrativo, sendocaracterizada por um meio de mudar uma organização, emconseqüência de seu ambiente interno, externo ou com uma açãopró-ativa para influenciar o ambiente (MULLER NETO, 2005).Para Dosi (1988), a inovação é compreendida pela descobertaou adoção de novos produtos, processos de produção e arranjosinstitucionais e é válido salientar que o agente inovador nãoprecisa ter sido o inventor da ação, pois como lembram Bessant eTidd (2009, p. 23) “a inovação não só requer a abertura de novosmercados, mas também exige a implementação de novas formas 33

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodriguesde servir àqueles já estabelecidos e maduros”. Objetivando o conhecimento referente à produção científicaenvolvendo inovação, este artigo tem como objetivo analisar aspublicações que abordem esta temática e verificar quais sãoos temas emergentes relacionados que estão sendo estudadosno mundo nos últimos 21 anos (1991-2011), período em quea globalização tornou-se evidente e passando a pressionaras firmas a investimentos em inovações. Neste intuito, forambuscadas publicações na base Web of Science observando oíndice de citações ISI Citation Indexes, o que resultou em 88.134estudos a serem analisados. A seguir, tem-se uma apresentação da revisão da literaturasobre inovação a fim de facilitar a compreensão do estudo,seguida do método utilizado no trabalho, apresentação dos dadoscoletados e considerações finais.2 A INOVAÇÃO NAS EMPRESAS O aumento do número de empresas e de consumidoresexigentes faz emergir a necessidade de obtenção de estratégiascompetitivas às firmas, que precisam ser flexíveis e inovadoraspara superarem os concorrentes e obterem a preferência deuma demanda global, caracterizada pela avidez às novidades(CHURCHILL JR. e PETER, 2000). A inovação é considerada como um grande diferencialcompetitivo das empresas nos estudos internacionais, entretanto,sua definição é bastante abrangente e envolve não somente oincremento de novas tecnologias e desenvolvimento de novosprodutos e processos, mas também inovações organizacionaise inovações de marketing (OCDE, 2005). Para mostrar que ainovação não ocorre no âmbito de novas tecnologias, a 3ª versãodo Manual de Oslo, de 2005, retirou a palavra “tecnologia” desua definição, como forma de melhor visualizar que a inovaçãopode ser obtida em produtos, processos, serviços, marketing esistemas organizacionais (ANPEI, 2010). Balestrin (2005) aponta em sua tese uma linha temporal,trazida por Rothwell (1995), onde é possível perceber que como passar dos anos a inovação foi deixando de ser associada às34

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO?questões tecnológicas. O processo evolutivo quanto à percepçãoda inovação se encontra dividido por Rothwell (2005) em cincogerações, que são as seguintes: - Primeira Geração: de 1950 até a segunda metade da décadade 60 a inovação estava bastante relacionada à tecnologia e osetor de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) das empresas nãodifundiam a inovação, que pertencia apenas a empresa; - Segunda Geração: durante os anos 60, os modelos doprocesso de inovação começaram a dar maior importância àsnecessidades de mercado, sendo este visto como uma importantefonte de idéias; - Terceira Geração: nos anos 70, foram muitas as evidênciasno sentido de uma abordagem balanceada entre o suprimentotecnológico e as necessidades do mercado, surgindo o chamadomodelo interativo de inovação entre necessidades do mercado eP&D; - Quarta Geração: corresponde a um processo de inovaçãodentro de um “modelo integrado”, no qual são mantidas equipesde P&D trabalhando simultaneamente, mas de forma integrada; - Quinta Geração: modelo de sistemas integrados e emrede (networking). O resultado da inovação passaria a ser umaação conjunta e cooperada entre diversos atores. Dominação degrandes conglomerados e pela influência de estados nacionais,e o segundo representado pelo dinamismo de pequenas firmascomo nos distritos industriais, em que as PME operam em umambiente de cooperação. Damanpour (1991) também percebe que a inovação não serefere apenas à tecnologia, podendo ser encontrada quando afirma adota uma nova estrutura ou sistema administrativo, sendocaracterizada por um meio de mudar uma organização, emconseqüência de seu ambiente interno ou externo ou com umaação pró-ativa para influenciar o ambiente (MULLER NETO, 2005).Para Dosi (1988), a inovação é compreendida pela descobertaou adoção de novos produtos, processos de produção e arranjosinstitucionais e é válido salientar que a o agente inovador nãoprecisa ter sido o inventor da ação, pois como lembram Bessant eTidd (2009, p. 23) “a inovação não só requer a abertura de novos 35

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodriguesmercados, mas também exige a implementação de novas formasde servir àqueles já estabelecidos e maduros”. Após o conhecimento referente a como podem ocorrerinovações nas empresas, o presente estudo apresentará opanorama mundial das pesquisas científicas que abordam estatemática, a partir do levantamento bibliométrico realizado.3 MÉTODO Este estudo tem natureza bibliométrica, objetivandointensificar o conhecimento acerca das peculiaridades queenvolvem as publicações científicas sobre Innovation (Inovação),averiguar quais tópicos estudados junto a esse tema estão sendomais pesquisados e quais são os estudos com mais citações. A bibliometria, segundo Fonseca (1986), é uma técnicaquantitativa e estatística de medição dos índices de produção edisseminação do conhecimento científico. Para Araújo (2006),a área mais importante da bibliometria é a análise de citações,a qual contribui para o desenvolvimento da ciência, provêem onecessário reconhecimento de um cientista por seus colegas,estabelecem os direitos de propriedade e prioridade dacontribuição científica de um autor, constituem importantes fontesde informação, ajudam a julgar os hábitos de uso da informaçãoe mostram a literatura que é indispensável para o trabalho doscientistas (FORESTI, 1989). A análise dos dados deste estudo sustentou-se nasabordagens de pesquisa qualitativa e quantitativa. Em termosqualitativos foram analisados os assuntos tratados nas publicaçõespesquisadas quanto ao conteúdo, palavras-chaves e relevânciadas temáticas. Quanto aos dados quantitativos, procurou-seinvestigar as seguintes variáveis: total de publicações, os autores,áreas temáticas, tipos de documentos, título das fontes, ano daspublicações, instituições, agências de financiamento, idiomas,países e análise do número de vezes que cada publicação foicitada através dos índices h-b e do índice m. De acordo com Hirsch (2005), a quantificação do impactoe a relevância da produção científica individual é muitas vezesnecessária à avaliação de pesquisadores e comparação de36

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO?propósitos. A partir desse princípio, Hirsch apresentou o h-index(índice-h) em sua pesquisa denominada “An index to quantify anindividual’s scientific research output”. Posteriormente, Banks(2006) contribuiu com o índice h-b, uma extensão do h-index.Esse índice, por sua vez, é obtido através do número de citaçõesde um tópico ou combinação em determinado período, listados emordem decrescente de citações. Ele é encontrado em publicaçõesque tenham obtido um número de citações igual ou maior à suaposição no ranking. Banks (2006) também explica o cálculo doíndice m, o qual é obtido através da divisão do índice h-b peloperíodo de anos que se deseja obter informações (n). Os índices referidos anteriormente serão utilizados paraverificar as publicações dos autores que mais escrevem artigosreferentes à inovação. Para a análise dos índices h-b e m, foramutilizadas as considerações de Banks (2006) listadas abaixo:Quadro 1- Identificação do assunto em relação aos índices h-b e m. ÍNDICE CONSIDERAÇÕES0 < m ≤ 0,5 A publicação é do interesse de uma comunidade pequena de0,5 < m ≤ 2 pesquisadores. A publicação abrange o interesse de uma quantidade pequena, mas considerável de pesquisadores.m≥2 A publicação é do interesse de um grande número de pesquisadores.Fonte: adaptado a partir de Banks (2006) A seguir são abordadas as etapas da coleta de dados dapesquisa bibliométrica.3.1 ETAPAS PARA A COLETA DE DADOS A coleta das informações utilizadas nesta pesquisa foirealizada por meio do sistema Web of Science do índice decitações ISI Citation Indexes, que foi publicado pela primeiravez na imprensa em 1963, com dados de citações a partir de1945 (GARFIELD, 1963). De acordo com Bar-Ilan (2010), emsetembro de 2008 Thomson Reuters adicionou à ISI Web ofScience as citações indexadas dos anais de conferências daárea de Ciências, Ciências Sociais e Humanas. A Web of Scienceoferece acesso direto ao fluxo de informações multidisciplinarretrospectivas de cerca de 8.700 dos periódicos de maior 37

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodriguesprestígio, com alto impacto no mundo da pesquisa (THOMSONSCIENTIFIC, 2010). As referências de todos os itens indexadossão extraídos e a interface das referências citadas lista todas ascitações de trabalhos às obras de um autor, independentementedos itens citados serem indexados pelo Web of Science (BAR-ILAN, 2008). A pesquisa dividiu-se em quatro etapas. Em um primeiromomento foi digitada a palavra Innovation (etapa 1) como tópicono campo de pesquisa no período de 1991 a 2011 (20 anos).Dessa forma, foram levantadas as informações: número totalde publicações, áreas temáticas, tipo de documentos, autores,titulo das fontes, instituições, agências de financiamento, ano daspublicações, idiomas e países. Posteriormente, foram elencados,a partir da seleção de palavras-chave nos primeiros 200 artigosda Web of Science, os 20 tópicos mais representativos (etapa 2),que foram então combinados com a palavra Innovation (etapa 3),possibilitado elencar a quantidade de trabalhos obtidos unindo asduas temáticas. Após, foi feita uma análise da relação do númerode publicações por autor e o número de vezes que o autor foicitado (etapa 4), com o propósito de averiguar se a quantidadepublicada por autor está diretamente relacionada com a relevânciada produção científica desse. Para tanto, para cada combinaçãoconsiderada “hot topic”, foram selecionados os 10 autores quemais publicaram e as 10 publicações que foram mais citadas. Deacordo com Hirsch (2005), o número total de artigos publicadosmede a produtividade do autor, mas não mede a importância e/ou impacto de suas publicações. Já o impacto das publicações émedido pelo número de citações que cada uma recebe, podendoser mensurado pelo h-index.4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Em um primeiro momento, foi pesquisado o termo innovation(inovação) no critério tópico da Web of Science. Foram encontradas88.134 publicações, as quais apresentam-se divididas em áreatemática, autores, tipos de documentos, título da fonte, ano daspublicações, instituições, agências de financiamento, idiomas epaíses. A evolução das publicações abordando a inovação estávisível na Figura 1:38

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO?Figura 1: Publicações que abordaram a Inovação no período 1991-2011.12.00010.000 10.051 8.000 9.589 9.585 8.549 7.1536.000 5.3264.0002.000 4.581 2.978 3.121 3.328 3.665 4.061 2.321 2.538 2.470 1.080 1.313 1.307 1.572 1.633 1.9131111111112999999999099999999901234567890 22222222000000000000000012345678 222000011190Fonte: Resultado da pesquisa Conforme já exposto, a inovação foi impulsionada pelaglobalização dos mercados, que acarretaram em maioresconcorrências de empresas, difusão de tecnologia e conhecimento.Como lembra Drucker (1994), as inovações sempre existiram efizeram parte da humanidade, porém, a diferença nas últimasdécadas é a velocidade da sua propagação. Em relação às áreas temáticas que abrangem o estudo deinovações, foram evidenciadas, conforme mostra o Quadro 2, asdez primeiras que obtiveram o maior número de publicações.Quadro 2 - Áreas temáticas e número de publicações envolvendo inovação. ÁREAS TEMÁTICAS Nº DE PUBLICAÇÕES1. Gestão (Management) 19.0552. Negócios (Business) 12.2333. Economia (Economics) 10.6264. Pesquisas Operacionais e Gestão na Ciência (Operations Research 7.187Management Science) 5.6075. Engenharia Industrial (Engineering Industrial)6. Engenharia Elétrica e Eletrônica (Engineering Electrical Electronic) 5.2377. Sistemas de informação (Computer Science Information Systems) 5.1848. Planos de Desenvolvimento (Planning Development) 3.9339. Ciência Computacional (Computer Science Interdisciplinary Applications) 3.36510. Pesquisa Educacional (Education Educational Research) 3.039Fonte: Dados da pesquisa. 39

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodrigues No que tange os autores que mais publicaram sobre atemática inovação, desconsiderando as publicações nãoassinadas, foram listados os 10 primeiros autores a seguir: CHENJ (137 publicações), LI Y (99), LIU Y (96), ZHANG Y (82), WANGJ (80), LI J (79), WANG L (76), WANG Y (75), ZHANG J (73),YANG Y (71). Observa-se que há uma certa paridade entre osautores em relação ao número de publicações, não existe alguémque destaca-se com uma considerável quantidade publicada.Também, destaca-se que todos os autores que mais publicarampertencem à China. Entre as publicações encontradas, 50.410 são artigos,28.482 são papers de anais, 4.242 são resenhas e 3.997materiais editorias. As 10 fontes que mais publicaram no períodoinvestigado foram: Research Policy (1.165), International Journalof Technology Management (771), Technovation (741), Journal ofProduct Innovation Management (566), Lecture Notes in ComputerScience (558), Technological Forecasting and Social Change(502), R & D Management (486), Proceedings of the Society ofPhoto Optical Instrumentation Engineers Spie (481), ResearchTechnology Management (477), Technology Analysis StrategicManagement (383). Quando levantadas as cinco instituiçõesque mais publicaram trabalhos referente a Inovação, obteve-se:University California System (2.073), Harvard University (1.007),Wuhan University Technology (664), Massachusetts Institute ofTechnology (593) e Stanford University (580). Ao verificar as cinconações que mais publicaram, foram encontradas as seguintesnações: Estados Unidos (27.998 publicações), seguido pelaChina (10.664), Inglaterra (7.915), Alemanha (4.777) e Canadá(3.750).4.1 O ESTUDO DA INOVAÇÃO E OS HOT TOPICS RELACIONADOS Nesta etapa da pesquisa, foram investigadas as publicaçõessobre inovação e seus principais tópicos de estudo. Após arealização de uma análise bibliográfica nas primeiras 200pesquisas encontradas na Web of Science, foram listados 4040

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO?tópicos com mais representatividade, relacionados ao temainovação. Posteriormente, estes 40 tópicos foram analisados por10 pesquisadores, com titulação mínima de doutor, que estudaminovação nas áreas de gestão, engenharia e ciências biológicas,e estes deveriam destacar dentro da lista apresentada 20 tópicosconsiderados “quentes” relacionados ao assunto. Neste caminho, os 20 tópicos selecionados para o cálculoforam: tecnologia (technology), gestão (management), ambiente(environment), desempenho (performance), informação(information),globalização (globalization), sustentabilidade(sustainability), estratégia (strategy), empreendedorismo(entrepreneurship) e recurso (resource),indústria(industry),desenvolvimento (development), crescimento (growth),política (policy), inovação aberta (open innovation), conhecimento(knowledge), redes (networks), marketing, difusão (diffusion). OQuadro 3 apresenta a quantidade de artigos em cada um destestópicos, sempre relacionados à inovação.Quadro 3 - Vinte hot topics e número de publicações na Web of Science TÓPICO TOTAL DE PUBLICAÇÕES Desenvolvimento (Development) 26.946 Tecnologia (Technology) 25.352 Gestão (Management) 16.542 Indústria (Industry) 15.062 Conhecimento (Knowledge) 13.943 Performance 13.617 Marketing 14.379 Informação (Information) 12.673 Estratégia (Strategy) 12.218 Redes (Networks) 9.577 Ambiente (Environment) 8.910 Recurso (Resource) 8.754 Crescimento (Growth) 7.892 Difusão (Giffusion) 5.158 Inovação Aberta (Open Innovation) 3.871 Sustentabilidade (Sustainability) 3.130 Clusters 2.671 Política (Policy) 2.630 Empreendedorismo (Entrepreneurship) 1.806 Globalização (Globalization) 1.562Fonte: dados da pesquisa. Tendo por base a pesquisa realizada na Web of Science, a partirdos tópicos relacionados foram verificados quais os cinco autorescom maior número de publicações. Também foram investigados,dentre esses pesquisadores, quais aparecem como autores das 41

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodriguescinco publicações mais citadas para cada combinação. Quando o total de publicações é superior a 10.000 a base Webof Science não fornece o índice h-b para que seja possível verificaro índice m, e, portanto, nos tópicos onde ocorreu este fator serãoapresentados apenas os autores com mais publicações (Quadro6). Nos demais tópicos, além deste ponto, serão elencados oscinco autores cujas obras estão entre as mais citadas no períododelimitado (Quadro 7).Quadro 6 - Tópicos com autores com mais publicações e os trabalhos mais citados. TÓPICOS CINCO AUTORES COM MAIS PUBLICAÇÕESDesenvolvimento CHEN J (49); LI Y (39); LIU Y (39); WANG L (37); RUDALL(Development) BH (35)Tecnologia (Technology) CHEN J (70); WATANABE C (38); LI Y (37); LEE J (36); WU XB (36)Gestão (Management) CHEN J (48); LI Y (36); XU QR (34) ; BESSANT J (25) ; LIU Y (24)Indústria (Industry) CHEN J (31); AUDRETSCH DB (23); COOKE P (23); DUYSTERS G (23); LEYDESDORFF L (23)Conhecimento (Knowledge) MARTINS B (34); LICHTENTHALER U (31); AUDRETSCH DB (30); CHEN J (26); COOKE P (26) Performance CHEN J (34); SONG M (33); LI Y (31); HITT MA (29) ; LICHTENTHALER U (28) Marketing Informação (Information) CHEN J (35); SONG M (33); LI Y (28) ; CALANTONE RJ (26); Estratégia (Strategy) ZHANG J (26) LINARES-P​ EREZ J (29); HERMOSO-C​ ARAZO A (28);Fonte: Dados da pesquisa. NAKAMORI S (27); GROVER V (23); CHEN J (21) CHEN J (33); LI Y (25); LICHTENTHALER U (24); WATANABE C (21); ZHANG Y (21)Quadro 7 - Elenco dos autores com mais publicações e mais citados em cada tópico42

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO? TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSRedes (Networks) MAIS PUBLICAÇÕES E SUAS OBRAS WU XB (20); LI J (19); 1º.KOGUT, B; ZANDER, U. Knowledge COOKE P (18); LIU Y (18); of the Firm, Combinative Capabilities, MARTINS B (18) and the Replication of Technology. Organization Science, v.3, i.3, 1992. 2º.POWELL, WW; KOPUT, KW; SMITHDOERR, L.Interorganizational collaboration and the locus of innovation: Networks of learning in biotechnology . Administrative Science Quarterly, v.41, i.1, 1996. 3º SZULANSKI, G. Exploring internal stickiness: Impediments to the transfer of best practice within the firm . STRATEGIC MANAGEMENT JOURNAL, v.17, special issue, 1996. 4º HANSEN, MT. The search- transfer problem: The role of weak ties in sharing knowledge across organization subunits. Administrative Science Quarterly, ,v. 44, i.1, 1999. 5º GRANT, RM. Prospering in dynamically-competitive environments: Organizational capability as knowledge integration.Organization Science, v.7, i.4, 1996. 43

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodrigues TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSAmbiente MAIS PUBLICAÇÕES(Environment) E SUAS OBRAS CHEN J (29); LI Y (21); 1º TEECE, DJ; PISANO, G; SHUEN, LIU Y (18); WANG J (14); A. Dynamic capabilities and LI J (12). strategic management Strategic Management Journal, v.18, i.7, 1997. 2º GRANT, RM. Prospering in dynamically-competitive environments: Organizational capability as knowledge integration . Organization Science, v.7, i.4, 1995. 3º SLATER, SF; NARVER, JC. Market Orientation and the Learning Organization . Journal of Marketing, v.59, i.3, 1995. 4º SOGIN, MITCHELL L.; MORRISON, HILARY G.; HUBER, JULIE A.; et al. Microbial diversity in the deep sea and the underexplored “rare biosphere” . Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America , v.103, i.32, 2006. 5º Brown, SL; Eisenhardt, KM. The art of continuous change: Linking complexity theory and time-paced evolution in relentlessly shifting organizations. Administrative Science Quarterly, v.42, i.1, 1997.44

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO? TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSRecurso (Resource) MAIS PUBLICAÇÕES E SUAS OBRAS CHEN J (25); LI Y (22); 1º TEECE, DJ; PISANO, G; SHUEN, KREITZER MJ (20); WU A. Dynamic capabilities and XB (19); LIU Y (18) strategic management Strategic Management Journal, v.18, i.7, 1997. 2º BATEMAN, A; COIN, L; DURBIN, R; et al. The Pfam protein families database . Nucleic Acids Research , v. 32, special issue, 2004. 3º EISENHARDT, KM; MARTIN, JA. Dynamic capabilities: What are they? Strategic Management Journal, v. 21, issue 10-11, 2000. 4º ALAVI, M; LEIDNER, DE. Review: Knowledge management and knowledge management systems: Conceptual foundations and research issues . MIS QUARTERLY, v.25, i.1, 2001. 5º TAYLOR, S; TODD, PA. Understanding Information Technology Usage - A Test Of Competing Models . Information Systems Research, v.6, i.2, 1995. 45

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodrigues TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSCrescimento MAIS PUBLICAÇÕES(Growth) E SUAS OBRAS AUDRETSCH DB (45); 1º KOGUT, B; ZANDER, U. WATANABE C (21); Knowledge of The Firm, AGHION P (17); TIWARI S Combinative Capabilities, And (17); ROPER S (16) The Replication of Technology. Organization Science, v.3, i.3, 1992. 2º POWELL, WW; KOPUT, KW; SMITHDOERR, L. Interorganizational collaboration and the locus of innovation: Networks of learning in biotechnology. Administrative Science Quarterly , v.41, i.1, 1996. 3º AGHION, P; HOWITT, P. A Model of Growth Through Creative Destruction . Econometrica , v. 60, i.2, 1992. 4º COE, DT; HELPMAN, E. INTERNATIONAL R-AND-D SPILLOVERS. European Economic Review , v. 39, i.5, 1995. 5º DESHPANDE, R; FARLEY, JU; WEBSTER, FE. Corporate Culture, Customer Orientation, And Innovativeness In Japanese Firms - A Quadrad Analysis . Journal of Marketing, v. 57, i.1, 1993.46

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO? TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSDifusão (Giffusion) MAIS PUBLICAÇÕESInovação Aberta E SUAS OBRAS(Open Innovation) LYYTINEN K (19); MULLER 1º VENKATESH, V; MORRIS, MG; E (16); WATANABE C DAVIS, GB; et al. User acceptance of (14); VALENTE TW (13); information technology: Toward a KUMAR V (12) unified view . MIS Quarterly, v.27, i.3, 2003. 2º TAYLOR, S; TODD, PA. LICHTENTHALER U Information Systems Research, (26); VON KROGH G v. 1, i.2, 1995. 3º Greenhalgh, T; (22); WEINREB RN (19); Robert, G; Macfarlane, F; et al. ZANGWILL LM (19); Diffusion of innovations in service SAMPLE PA (17) organizations: Systematic review and recommendations. Milbank Quarterly, v.82, i.4, 2004. 4º VONHIPPEL, E. Sticky Information and the Locus of Problem-Solving - Implications for Innovation. Management Science , v. 40, i.4, 1994. 5º KARAHANNA, E; STRAUB, DW; CHERVANY, NL. Information technology adoption across time: A cross-sectional comparison of pre-adoption and post-adoption beliefs . MIS Quarterly , v.23, i.2, 1999. 1º SHELDRICK, GEORGE M. A short history of SHELX . Acta Crystallographica Section A , v.64, 2008. 2º GIANNOZZI, PAOLO; BARONI, STEFANO; BONINI, NICOLA; et al. Quantum espresso: a modular and open-source software project for quantum simulations of materials. Journal Of Physics- Condensed Matter, v.21, i.39, 2009. 3º PORTER, ME. Clusters and the New Economics of Competition . Harvard Business Review , v.76, i.6, 1998. 4º COE, DT; HELPMAN, E. International R-And-D Spillovers. European Economic Review, v.39, i.5, 1995. 5º SALDANHA, AJ. Bioinformatics, v.20, i.17, 2004. 47

Aletéia de Moura Carpes - Maríndia Brachak dos Santos - Flávia Luciane Scherer - Bruno de Moura Carvalho - Luis Adriano Rodrigues TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSSustentabilidade MAIS PUBLICAÇÕES(Sustainability) E SUAS OBRAS CHEN J (12); XIANG 1º RUSSO, MV; FOUTS, PA. AClusters G (12); KRALJ D (11); resource-based perspective JOHANNESSEN JA (9); on corporate environmental LI Y (9) performance and profitability . Academy Of Management COOKE P (17); BATHELT Journal, v.40, i.3, 1997. 2º ALDRICH, H (13); BOSCHMA R HE; FIOL, CM. fools Rush In - (11); DOLOREUX D (10); The Institutional Context Of GIULIANI E (9) Industry Creation Academy of Management Review, v.19, i.4, 1994. 3º MASKELL, P; MALMBERG, A. Localised learning and industrial competitiveness Cambridge Journal of Economics, v: 23, i. 2 , 1999. 4º HOLLING, CS. Understanding the complexity of economic, ecological, and social systems . Ecosystems , v.4, i.5, 2001. 5º TEECE, DAVID J. Explicating dynamic capabilities: The nature and microfoundations of (sustainable) enterprise performance. Strategic Management Journal  v. 28   i. 13, 2007.   1º LEONARDBARTON, D. Core Capabilities And Core Rigidities - A Paradox In Managing New Product Development. Strategic Management Journal ,v. 13   special issue, 1992. 2º DEHAL, P; SATOU, Y; CAMPBELL, RK; et al. Science , v:.298 , i. 5601, 2002. 3º PORTER, ME. Clusters and the new economics of competition. Harvard Business Review, v.76, i. 6. 4º BATHELT, H; MALMBERG, A; MASKELL, P . Clusters and knowledge: local buzz, global pipelines and the process of knowledge creation . Progress In Human Geography,v.28 , i.1, 2004. 5º SALDANHA, AJ. Java Treeview- extensible visualization of microarray data. Bioinformatis, v. 20, i.17, 2004.48

O ESTUDO DA INOVAÇÃO NAS PESQUISAS CIENTÍFICAS E OS TÓPICOS RELACIONADOS: O QUE ESTÁ SENDO PUBLICADO NO MUNDO? TÓPICOS CINCO AUTORES COM CINCO AUTORES MAIS CITADOSPolítica (Policy) MAIS PUBLICAÇÕES E SUAS OBRASEmpreendedorismo STEPHENS JC (7); 1º KOLA, I; LANDIS, J. Can the(Entrepreneurship) MCLENDON MK (6); pharmaceutical industry reduce RODRIGUEZ-​POSE A attrition rates? Nature Reviews (6); THOMPSON WR (6); Drug Discovery, v.3, i.8, 2004. DRYZEK JS (5) 2º MORGAN, K. The learning region: Institutions, innovation AUDRETSCH DB (26); and regional renewal. Regional ZAHRA SA (18); SHANE S Studies,  v. 31, i. 5. 3º ANCONA, (12); WRIGHT M (10); ACS DG; CALDWELL, DF . Demography ZJ (9) and Design - Predictors of New Product Team Performance. Organization Science, v.3, i.3, 1992.4º REAGANS, R; MCEVILY, B. Administrative Science Quarterly, v.48, i.2, 2003. 5º DIMAGGIO, P; HARGITTAI, E; NEUMAN, WR; et. al. Social implications of the Internet. Annual Review of Sociology , v.27, 2001. 1º SLATER, SF; NARVER, JC. Market Orientation and the Learning Organization . Journal Of Marketing,, v.59, i.3, 1995. 2º DESHPANDE, R; FARLEY, JU; WEBSTER, FE Corporate Culture, Customer Orientation, And Innovativeness In Japanese Firms - A Quadrad Analysis Journal Of Marketing, v.57, i.1, 1993.3º SHANE, S. Prior knowledge and the discovery of entrepreneurial opportunities . Organization Science, v.11, i. 4, 2000. 4º EISENHARDT, KM; SCHOONHOVEN, CB. Resource- based view of strategic alliance formation: Strategic and social effects in entrepreneurial firms . Organization Science, v. 7, i.2, 1996. 5º AMIT, R; ZOTT, C. Value creation in e-business . Strategic Management Journal, v. 22, i.6-7, 2001. 49


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