204 D IÁ LO G O S por cierto, singular m aestría y son capaces de adiestra,272o bien a cualquiera que les pague— , sino que, tam bién, sun los m ás atrevidos en afrontar las disputas jurídicas y vn enseñar a los demás a exponer y componer discursos ade cuados para los tribunales. Antes eran, en efecto, sólo e,v pertos en esas cosas, pero en la actualidad han llevado u su perfección el arte del pancracío. El único tipo de lu cha que habían dejado sin ejercitar lo han practicado aho- ra tan a fondo que nadie se atrevería a enfrentarse con ellos: ¡tan diestros se han vuelto en luchar con palabras y en refutar cualquier cosa que se diga, falsa o verdadtv b ra! Así, pues, Crílón, tengo yo toda la intención de enco m endarm e a estos dos hombres, ya que bien dicen ellos que pueden en poco tiem po hacer diestro a cualquiera en semejantes lides. Crit. — ¡Qué ocurrencia, Sócrates! ¿No temes ser a tu edad ya bastante mayor? Sóc. — En lo más m ínim o, Critón. Tengo, además, una prueba suficiente y hasta un motivo de aliento como pa ra no temer nada: esos m ism os dos hombres eran viejos — digám oslo así— cuando comenzaron a dedicarse a este c saber que yo quiero alcanzar: la erísiica. El año pasado, o e) anterior, no eran todavía expertos. Me inquieta, sin embargo, una cosa: no quisiera desacreditarlos también a ellos como al citarista Cono 1I, hijo de MeLrobio, quien me enseña, aún hoy, a tocar la cítara. Mis condiscípulos — que son jóvenes— se burlan de mí cuando me ven y lla man a Cono «maestro de viejos». Por eso me preocupa que aparezca alguien m otejando de la m ism a m anera a esos dos extranjeros. Temerosos, tal vez, de que les pueda su ceder eso, no estarían quizás dispuestos a aceptarme. Pe ro yo, Critón, así como logré persuadir a otras personas 12 F ig u r a o s c u r a , al p a r e c e r y a r i d i c u l i z a d a e n la r o m e r í a p o r F rí-hjco y p o r A m i p s i a s . A él a l u d e t a m b i é n Sócraies c o m o m a e s l r o d e músi*Menáxenoc a e n 235e9. M ás a d e la n te )o vuc)ve a m e n c io n a r en e ste d iá lo go, en 295d3.
EUT1DEMO 205mayores para que asistan a las lecciones de cítara, comoi muiiscípulos míos, intentaré también persuadir a otraspura que hagan lo m ism o aquí conmigo. Y tú tam bién, a dpi opósito... ¿por qué no vienes? Tus hijos nos sevirían dei ebo. Deseosos de tenerlos a ellos como discípulos, estoyH'guro de que tam bién a nosotros nos han de darIliciones. Chit. — Si así te parece, Sócrates, no hay ningún inconvmiente. Pero explícame, prim ero, en qué consiste el sa-l>cr de esos hombres, para que sepa yo lo que hemos de«prender. Sóc. — Lo oirás en seguida, porque m al podría decirle, en etecio, que no les presté atención. Precisamente, nonólo estuve m uy atento, sino que recuerdo bien lo sucedido e intentaré relatarte todo desde el comienzo. Fue obra de algún dios que estuviese por casualidad eneniado allí donde me viste, en el vestuario del gimnasio,t om pletam ente solo y pensando ya en irme. He aquí que*unndo me disponía a hacerlo, apareció la consabida se-rutl dem ónica n . Me volví entonces a sentar y poco des- 11 L a e x p r e s i ó n * l a c o n s a b i d a s e ñ a l d e m ó n i c a * . c o n l a q u e s e a l u d e■i l o q u e c o r r i e a l c m e n l e s e h a d e n o m i n a d o e l « g e n i o » , « d a i m o n » o « d e m o n io * s o c rá tic o , es c o in c id e n te c o n la q u e a p a re c e e n F e á ro (242b9) y<’H T é a g e i ( 1 2 9 b 8 ) . D e l a c o m p a r a c i ó n d e l o s p a s a j e s p r i n c i p a l e s e n l o sq u e P l a t ó n a l u d e e x p l í c i t a m e n t e a l a c u e s t i ó n /Apología 3 lc 7 - d 6 y 4 0 a 2 - c 3 ,¡iulifrán 3b5-6, República 496c3-5, Teerelo 15 la3 - 5 , Alciblades 1034-6) p u e de d e s p r e n d e r s e : 1) q u e S ó c r a t e s r e c o n o c e e n si la p r e s e n c ia d e a lg o q u ee v ita n o m b r a r e n fo r m a s u s ta n tiv a y p re fie re , e n c a m b io , c a lific a r co rnod i v i n o (theion) o d e m ó n i c o (daim ónion): 2) q u e s e m e j a n t e * a i g o » a c t ú ac o m o u n a s e ñ a l q u e s u e le m a n ife s ta r s e a la m a n e r a d e u n a voz. p e r o n olls ic a , s in o ú n ic a m e n t e a u d ib le p a r a el - o íd o d e l a lm a » ; 3) q u e e s a vo zle e s f a m i l i a r 4) q u e a p a r e c e im p r e v is ib le y s ú b it a m e n t e : 5) q u e lie n e c a r á c te r im p e r a tiv o ; 6) q u e n u n c a es a r b it r a r ia (a l o b e d e c e r la . S ó c r a te s a d v ie rte lo f u n d a d o y v a lio s o d e s u a p a r ic ió n ); 7) q u e s e m a n ifie s ta e n to d olip o de c irc u n s ta n c ia s , im p o r ta n te s (su n o in g e re n c ia a c tiv a en p o lític a )c o m o ir iv ia le s (este e n c u e n tr o c o n lo s e x tr a n je r o s ); 8) q u e S ó c r a te s le p r e s ta ta n to O m a y o r c u id a d o q u e a lo s s u e ñ o s y a lo s o r á c u lo s . L e jo s , p u e s ,ile s e r la v o z d e la c o n c ie n c ia m o r a l, el t e s tim o n io d e u n d io s p a r t ic u la r ,o u n a f o r m a in t e r io r y p e r s o n a l q u e p o d ía re v e s tir p a r a él la P ro vide n -
206 DIÁLOGOSn í a pues entraron estos dos, Eutidem o y Díonisodoro, y oh'u(fl más ju n io a ellos, sus discípulos, que me parecieron puri cierto numerosos. Una vez allí se pusieron a cam inar a itjJ largo de la pista. No habían aún dado dos o tres vueitii* cuando llegó Clinias, de quien acabas de decir, con razón, que está m uy desarrollado: detrás de él venían m uchol de sus enamorados 14y entre ellos Ctesipo l5p un joven dt; Peanía de porie bastante bello y distinguido, aunque b petulante en razón de su juventud. Al ver Clinias desdtf ' la entrada que estaba yo sentado solo, avanzó directamcnj te hacia mí y se ubicó a m i derecha, justam ente como tú dices Cuando D ionisodoro y Eutidem o vieron lo que hacía Clinias, se detuvieron prim ero hablando entre si, y nos m iraron una y otra v e z— yo no dejaba de prestarles atención— ; se acercaron, después, y uno de ellos, Eutidü* mo, se sentó al lado del joven, mientras que el otro lo hac ia , n o es s in o la c o n s ta ta c ió n h u m a n a d e la p re s e n c ia de u n tra s fo n d us u p r a h u m a n o , ta n d iv in o c o m o in s o n d a b le , y a l c u a l to d o v e rd a d e ro II'ló s o fo , c o m o S ó c ra te s , d eb e ser c a p a z de a b rirs e , c u a l si re c o n o c ie ra quesu c n s e ñ a n ia *s¡ p a r fa lle m e n t r a lio n n e l. esl s u s p e n d u á q u e lq u e c h o «q u i s e m b le d é p a s s e r la p u r é r a is o n » (H . B e rc s íin , L es d e u x sourecs d r¡a m o r a le e l d é l a r e lig ió n , 3 3 . ' e d ., P a r ís , 1 94 1, p á g . 6 0 ). P o r ú lt im o , d e n tro d e l c o n te x to d e n u e s tr o d iá lo g o , c o n v ie n e te n e r p re s e n te lo q u e seña-la b ie n P. F r je d la e n d e k : « L o d e m ó n lc o e n S ó c r a te s — d ic e — d e t e r m in ap r i m a r i a m e n t e s u m i s i ó n e d u c a t i v a . N o se t r a t a s i m p l e m e n t e d e u n a no<Lable p e c u lia r id a d p r o p ia d e u n a d e t e r m in a d a p e r s o n a , s in o d e a lg o quttes p a rte in te g ra l de u n g r a n m a e s tro . E n to n to q u e in flu e n c ia e x traló g i*ca , a s e g u r a q u e la e d u c a c ió n se d e s a r r o lle e n el á m b it o d e l ló g o s y n ose c o n v ie r ta e n u n e je rc ic io p u r a m e n te ra c io n a l, h a c ie n d o p o s ib le así u nac o n e x ió n c o n ese e le m e n to d e m is t e r io q u e e s tá a u s e n te d e la e n s e ñ a n z as o fis tic a . D e m a n e ra q u e P la tó n lo h a c o n s id e ra d a c o m o a lg o q u e fo r m ap a r t e d e lo n o r m a l, n o c o m o a lg o a n o r m a l.» (P la tó n , v o !. t, 2 .‘ e d .. B e r lín . 1954, p á g . 38). 11 V é a s e n . 1 d e l a p á g . 5 0 2 d e l v o l- 1. 15 E s . p o s i b l e m e n t e , a l g o m a y o r q u e C li n i a s : y t a m b i é n p r i m o d e Mcn e x e n o . A p a re c e e n L isis (20 3a y 206d-e) y e s tá p re s e n te e n la m u e r te d eS ó c r a te s ( h 'e d ó n 5 9b9). D e m o d e l Á tica, u b ic a d o a l este d e A te n as y al q u e p e rte n e c ía ta m b ié n D c m ósle n e s. i’ C f. 2 7 1b I .
F.lIT ID ü M O 207i i.i junto a mí, a la izquierda, y el resco, en fin, se acomo-iI/íIm donde podía. Saludé efusivamente a ambos, puesto que hacía tiem- cl«i que no los veía, y dirigiéndom e en seguida a Clim as,jp dije: — Estos dos hombres, Clinias, que están aquí — Eu-lldcmo y Dionisodoro— , son personas doctas que now ocnpan de Insignificancias sino de asuntos importan-ii conocen todo aquello concerniente a la guef'ra y quedebe saber quien aspire a convertirse en estratego — esilri ir, la táctica, la conducción de los ejércitos y el adies-ii amiento necesario para luchar con las armas— . Además,mui tam bién capaces de lograr que uno sepa defendersen i los tribunales, si llega eventualm ente a ser victim a dealguna injusticia. Mis palabras produjeron en ellos, sin embargo, una dftucrle de despreciativa conm iseración; se pusieron am bos inm ediatam ente a reír, m irándose entre sí, y Eutide-imi dijo: — No nos dedicamos ya, Sócrates, a esas cuestiones,miio que las atendemos como pasatiempos. Admirado, repuse: —Algo notable habrá de ser vuestra ocupación, si su-i rile que semejantes tareas no son ahora para vosotrosmás que un pasatiempo. En nom bre de los dioses, haced,pues, el favor de decirme cuál es esa m aravilla. — La virtud \", Sócrates — contestó— ; nosotros nosconsideramos capaces de ensenarla m ejor y más ráp id amente que nadie. — ¡Oh Zeus — exclamé— , qué estáis diciendo! ¿Cóm o ehabéis logrado ese prodigio? Yo os consideraba hasta es-U1momento, com o acabo de decirlo, afam ados expertos[■II la lucha arm ada, y así hablaba de vosotros. Recuerdoque cuando nos visitasteis la vez anterior hacíais profe-'* V é a s e n. 2 5 d e la p á g . 5 2 2 d e l v o l. I.
~l208 DIÁLOGOS sión de ello. Mas si en realidad poseéis ahora este cono< i* I miento, sednie entonces propicios —y advertid que mil 1274a dirijo a vosotros exactamente como si fueseis dioses, im plorando perdón por mis expresiones anteriores— . Pin cierto, Euiidem o y Dionisodoro, aseguraos bien de que dctfl cís verdad. Es tal la m agnitud de vuestra empresa que en nada puede asom brar el hecho de que uno desconfíe. —Ten por seguro, Sócrates — dijeron am bos— , que ltt cosa es así. — Pues entonces yo os felicito por esa adquisición mu cho más que al Gran Rey por su im p e r io \". Pero contes tadm e tan sólo esto: ¿tenéis pensado d ar una demostra ción de semejante saber o qué habéis decidido? —Hemos venido precisamente para eso, Sócrates, cori b el án im o de realizar una dem ostración y enseñar, si al» I guien quiere aprender. —Os garantizo que lo han de querer todos aquellos que J no !o poseen. En prim er lugar, yo mismo; después, Clinias, I que está aquí, y, aparte de nosotros, este joven Ctesipo y tam bién los demás — dije, señalándole los enamorados I de C linias— . Éstos, justam ente, form aban ya un círculo en torno a I nosotros. Porque había sucedido que Ctesípo advirtió de pronto que estaba sentado lejos de Clinias, y como Euti demo al hablar conm igo se inclinaba hacia adelante —y Clinias se hallaba en el medio de nosotros 11— , me pare I 19 E x p r e s i ó n u s a d a p a r a r o g a r a t o s d i a s e s p e rd ó n p o r alg u n a cu lp a ( c f . F e á r o 2 5 7 a ó - S ) . S o n f r e c u e n t e s l a s i n v o c a c i o n e s a los e x t r a n j e r o » ,tr a tá n d o lo s ir ó n ic a m e n te c o m o d io s e s a lo la r g o d e l d iá lo g o .20 E ) é n f a s i s q u e p o n e S ó c r a t e s e n l a v i r t u d c o m o a d q u i s i c i ó n ma\v a lio s a q u e la d e to d o e l im p e rio pe rsa, [rae a c o la c ió n lo q u e d e c ía Dem ó c r iio : p re fe ría « e n c o n tr a r u n a s o la e x p lic a c ió n c a u s a l q u e lle g a r a sera m o d e l r e in o d e lo s p e rs a s » (fr. 118 D K = 951 B . C . G .).273b11 T a l c o m o a p a r e c e i n d i c a d o e n 1-8. l a d i s p o s i c i ó n e n q u e e s ta b a n s e n ta d o s e s la s ig u ie n te : S ó c r a te s te n ia a s u d e r e c h a a C lin ia s . yéste, ta m b ié n a su d e re c h a , a E u tid e tn o . D io n is o d o r o e s ta b a a la Iz q u ie rd a d e S ó c r a te s . ( P a r a u n a e s c e n a s im ila r a é s ta , v . t is is 206e3-207b7.)
EUTIDEMO 209i <■que ello le im pedia verlo, de m odo que para contem- cpiar a su am ado y ansioso tam bién por escuchar, dio Cte-hipo un brinco hacia adelante y fue el primero en colocarsedilectamente frente a nosotros. Su actitud determinó quetambién los demás, tanto los enam orados de Clinias como los seguidores de Eutidem o y Dionisodoro, se nos u b icaran alrededor. Y éstos eran precisamente los que yo señalaba cuando le decia a E utidem o que estaban ellos dispuestos a aprender. Ctesipo asintió muy entusiasm ado dv así también lo hicieron los demás, y todos, en fin, al uní-1.(1110, rogaron a ambos que dieran una dem ostración de)valor de ese saber. — Eutidemo y Dionisodoro — indiqué entonces—, tratad de no escatim ar absolutam ente esfuerzo alguno para•.al isfacerlos. y haced una dem ostración, con lo que mei umplaceréis tam bién a mí. Evidentemente, una que sea10 más completa posible no es tarea fácil; no obstante, respondedme: ¿sois capaces de convertir en hombre de bien eúnicamente al que ya está convencido de que necesita«prender con vosotros, o tam bién os atrevéis con aquelipiu aún no lo está, ya porque no crea que semejante cues-I lón — la virtud— sea en general susceptible de s$r aprendida, o bien porque píense que vosotros dos no sois preci-\ámente maestros de elJa? M ás aún: a) que sostiene estoultim o, ¿persuadirle de que la virtud es enseñable y que<011 vosotros podría aprenderla a la perfección, es asuntode esta m ism a disciplina o bien de otra? — Pues de esta misma, Sócrates —contestó Dioniso-doro. — Por lo tanto, Dionisodoro —agregué—, ¿sois en la ac- 275ai nulidad los más capacitados para exhortar a los jóvenesa la filosofía ” y a la práctica de la virtud? —Así lo creemos, efectivamente, Sócrates. 11 Tornada aqut en su significado etimológico: amor al saber. De lamisma manera aparece también más adelanle (282d y 288d), Cf. n. 61 de 11 |iág, 558 del vol. I.Al, - 14
210 DIÁLOGOS — Dejad entonces para otra ocasión — dije— el exhibihj nos todas vuestras habilidades y dadnos ahora sólo ttuu demostración: persuadid al joven que está aquí de que el necesario filosofar y ocuparse de la virtud, con lo que ITlfl complaceréis tanto a mí com o a todos los presentes. Efl efecto, a propósito de este joven, la cosa es asi: tanto yo como todos deseamos que llegue en lo posible a ser lo me jo r. Es hijo de Axíoco —cuyo padre, a su vez, fue Alcíbifi* des e! viejo y prim o herm ano de Alcibíades. el que ahorub está v iv o J'— . Se llam a CHnias. Es joven y estamos pre ocupados por él, como naturalm ente sucede con quienes tienen su edad, temerosos de que alguien se nos adelante dirigiendo su mente hacia otros menesteres y quede echa do a perder. Así que habéis llegado am bos m uy oportuna mente; y, si no tenéis inconveniente, poned a prueba al jo ven en nuestra presencia y dialogad con él. No bien dije casi exactamente esas palabras, Eutidc- mo contestó con arrogancia y seguro de si:c — No hay ningún inconveniente, Sócrates, con tal que el joven quiera responder. — ¡Pues claro que si!, dije. Está incluso acostum brado a ello. Frecuentemente los que están a su lado le hacen m uchas preguntas y discurren con él, de manera que ha de responder con bastante seguridad. u El diagrama permitirá una ubicación más precisa de los víncu>los laniiliarcs Alcibíades el viejo I I Clin ¡as AxíocoAlcibíades Clinlas Cl'tnías AlcibíadesTodos ¡>on miembros de una poderosa y aristocrática familia ateniense:la de los eupátridas. Alcibíades figura en varios diálogos platónicos (Ai-cibtades primero, Banquete y Protágoras). Clinias y su padre Axloeo sonlos interlocutores del diálogo pseudoplatónico titulado, precisamente,Axíoco. (Cf. n. 2.)
EUTIDEMO Lo que sucedió después, Critón, ¿cóm o podré narrár-hilo adecuadamente? No es fácil por cierto ser capaz de11 tomar la minuciosa exposición de un saber tan vasto co-'mi) engorroso. De m odo que yo, a semejanza de los poe-i r., necesito, al iniciar m i relato, invocar a las musas yii tu Memoria. Comenzó, pues, Eutidem o, por lo que recuerdo, mAs d>i menos así: — Díme, Clinias, ¿ quiénes son jas personas que apren-• la-ii: las que saben o tas que ignoran N? I;.l joven, frente a semejante pregunta, enrojeció y co-Htcnzó a m irarm e indeciso; yo, que me había dado cuentade t desconcierto en que estaba, le dije: — ¡Ánimo, Clinias!, di con Franqueza la respuesta quei«1parece. Él puede estar haciéndote un gran favor al pre- e(turnarte así n . En ese momento, Dionisodoro, inclinándose un pocolint ia mí y con am p lia sonrisa en el rostro, me susurró alnido: —Te advierto, Sócrates, que tanto si contesta de unamuñera com o de otra, el joven será refutado w. Y mientras él decía eso, Clinias daba justamente su respuesta, de modo que no pude advertirle de que se mantu- 276aviera alerta. Contestó que los que saben son los quenpienden. Dijo entonces Eutidemo: —¿Hay personas a quienes das el nombre de maestros,11no? A dm itió él que si. M La preguma tiene que ver, lam o con la profesión que los soBslasIndicaron ames, cuanto con su capacidad para persuadir y enseñar lavlrlud. ,y Se (rata —aquí y en lo sucesivo— de enunciados contradictorios,[«ir lo lanío reciprocamente excluyenles. Es un tipleo proceder de losi 1 1si Icos. •* Ello sucede, naturalmente, en toda pregunta de ese lipo que con-Irnua por lo menos un término equívoco.
2)2 DIÁLOGOS — Y los maestros, ¿no son acaso maestros de los qú aprenden, como el citarista y el g ra m a tis ta ” fuera maestros de ti y de estos jóvenes cuando erais su alum no s? Estuvo de acuerdo. — ¿ Y no es cierto que cuando aprendíais todavía no c nocíais lo que estabais aprendiendo? Reconoció que no.b —¿Y erais personas que sabíais, al no conocer esu» casas? Contestó que nó. — Si no erais personas que sabíais, ¿entonces eraiÉ ignorantes? Dijo que sí. — De modo que aprendiendo lo que no conocíais, aprélj dtais siendo ignorantes. Asinlió con la cabeza el joven. — En consecuencia, los que ignoran son los que apren den, Clinias, y no los que saben, como tú creías u. Apenas había term inado él de hablar cuando, la) co mo to hubiese hecho un coro a la señal de su director, pro rrum pieron en aplausos y carcajadas los seguidores dec E ulidem o y Dionisodoro; y, antes de que el joven pudiera í7 El graroads<.a era quien ensoñaba a leer y escribir, suministrando los primeros rudimentos do cálculo. Con el citarista y el pedotriba,que se ocupaba de la gimnasia y juegos deportivos, conformaba el grupo>de maestros que tenia a su cargo La educación elemental de ¡os niños atenienses de la época de Pericles. 11 Sócrates explica más adelanle (277eS-278b 2) este razonamientosobre la base de lo equivoco del término griego tnanlhónein. que puedesignificar, tanto »aprender», como «comprender». Hay, sin embargo, enul pasaje otras ambigüedades más. no mencionadas expresamente porSócrates, con el empleo del término sopíiós (el que sabe) y amolhés (elque ignora). El primero puede significar, (anto «informado», como «capaz de aprender», « inieligeri te»; el segundo, « no informado», como « reacio a aprender», « tonto». Asi, en estas lineas, puede observarse cómo sildesplaza, en un caso, el significado de «comprender» a «aprender» y, cilel olro, de «inteligente» a «informado».
EUT1DEM0 2131*8ponerse debidam ente, tom ó al vuelo la palabra Díoni-lüdot'o y le dijo: Cuando os dictaba sus lecciones el gramatista, ¿quié-tlrs eran los niños que las aprendían, los que sabían o los•inorantes? —Los que sabían — respondió CLinias. Entonces aprenden quienes saben, no los ignoran-ii y tú do le acabas de contestar bien a E ulidem o ” . lisiallaron esia vez en Formidables carcajadas, y excla- d\"iliciones los adm iradores de esos dos individuos, m aravillados, como estaban, del saber que hacían gala. El res-iu -nosotros— callaba estupefacto. Ahora bien, con el^ o p ó s ito de deslum brarnos aún más, Eutidem o — que seliflbía dado cuenta de nuestra perplejidad— , lejos de sol-Iid al joven, continuó interrogándolo, y, a la m anera deItis hábiles danzarines, dio sobre el m ism o punto un doble giro a sus preguntas, y dijo: —Los que aprenden, ¿aprenden lo que conocen o lo quedo conocen Jt!? •'9 Al tratar A r i s t ó t e l e s e n las Refutaciones sofisticas (l 4) la s fala-■m/> que dependen del lenguaje usado — las falacias lingüisticas—, coleta en (re las primeras de cijas las que derivan d é la homoniroia oequivo-■Idiiti, y dice asi: ■A la hom oaim ia pertenecen argumentos tales comoli>» siguientes: 'aprenden los que conocen', puesto que las cosas que sei)letan Las comprenden los gramáticos. En efecto, m anihánein es un término homónimo y significa lamo 'comprender valiéndose del conocimieD-11■como 'adquirir' el conocimiento.- Más adelante, al hablar de la apa-n ule solución de los sofismas, agrega: «Si uno no hace dos preguntasn i tina, no se produce la falacia que depende de la homonlmia [...] Si unhombre indica más cosas que una. se ban hecho más preguntas que uaa.Di: modo que si no es correcto exigir que a dos preguntas se dé una respuesta única, es evidente que no conviene dar una respuesta simple aninguna pregunta equivoca, ni aun en el caso de que ol predicado sea ver-iJildero para todos los sujetos.» Nos hallaríamos, si no. como sucede enel diálogo, frente a una fa Hacia plurium interroga tionum. w El particular giro de los danzarines está expresado en la pregunta■on el doble empleo de las palabras «aprenden/aprenden... cono-i rn/conocen».
214 DIÁLOGOS Dionisodoro, de nuevo, me susurró al oído: e. — También ésta, Sócrates, es otra igual que la anterior — ¡Por Zeus — respondí— , y bien que aquélla os habí resultado una bonita pregunta! Todas las que nosotros form ulam os, Sócrates — agí gó— , son asi: no tienen escapatoria. — ¡Ya, ya!, exclamé. Por eso creo que gozáis de tanlfl fama entre vuestros discípulos. Mientras tanto, Clinias contestó a Eutidemo que apren den quienes aprenden lo que no conocen; y éste le pregutl-277a tó, entonces, de la misma manera que lo había hecho antes: — Y bien, ¿no conoces tú las letras del alfabeto? — Si — dijo él. —¿Todas? Asintió. — ¿Y siempre que alguien dicta algo, ¿no dicta letras? Asintió. —¿D icta entonces algo de lo que conoces — dijo— , si tú ya las conoces todas? Asintió tam bién a eso. — Y bien — agregó— tú aprendes las que alguien dicvi ta, ¿o aprende, en cam bio, quien no conoce las le tra sJ!? — No es así — dijo— , aprendo yo. b — Por tanto, aprendes lo que conoces — añadió— , si en efecto ya conoces todas las letras u. 51 De 277a6-bt existen algunas dificultades textuales menores. Enla traducción no incluyo la negación que agrega CoLslin — y que sigueBurnet—, y traduzco la otra negación de 278a8, tal como lo señala Stall-baurn. (CF. U. vou Wilamowitz M o e lle n do rff, Platón, Bellagen un d Text-krilik, 2.* ed., Berlín, 1962 |= 1920], pág, 369.) Introduzco, además, unopequeña modificación en la acentuación de una panícula (v. en Introducción, «Nota sobre el texto») con lo que me parece que las líneas adquieren mejor sentido. ” A lo falacia anterior, los extranjeros agregan otra, la conocida tra-diclonalmente como a dicto securtdum quid ad diclum simpliciter y que«ocurre cuando lo que se predica en parte es tomado como si fuera predicado en forma absoluta» (A r is t ó t e l e s ,Refu lacio nes sofísticas 166b38-39),
EUTIDEMO 215 Asintió. — Entonces — concluyó— , no has contestado COrreCta-llll'litC . No había aún term inado de h ab lar Eutidem o cuandoIHoiiisodoro volvió a tom ar al vuelo la palabra, como siIiicse una pelota, apuntó nuevamente hacia el joven, y dijo: — ¡Ah, Clinias!, Eutidem o te está engañando. Dfme,i aprender no es a dq uirir el conocim iento de aquello queuno aprende? Asintió Clinias. — Y conocer — continuó— , ¿qué otra cosa es que po-Mrr ya un conocimiento? Estuvo de acuerdo. — De m odo que no conocer es no poseer aún un cono- c■m iie n to . Asintió con él. — ¿Y quiénes son ios que adquieren algo, los que ya loposeen o los que no lo poseen? — Los que no lo poseen. — Has adm itido, sin embargo, que los que no conocenmi cuentan entre éstos, es decir, los que no poseen. Asintió con la cabeza. — Entonces los que aprenden se hallan entre los queadquieren, y no entre ios que poseen. Estuvo de acuerdo. — Por tanto, los que no conocen — dijo— aprenden, Climas, y no los que conocen. Ya se aprestaba Eutidem o, después de haber derriba- ddo a) joven, a iniciar — como se hace en la lucha— el tercer asalto ” , cuando advertí que el m uchacho estaba am ino, por ejemplo, «conocer las letras del alfabeto» a »conocer» lisa yllanamente. JJ La Imagen de la lucha corporal, y aun la de la destreza en apropiarse de la palabra como si fuese una pelota {276c2 y 277b4), se continúa aquí con la comparación deque el atleta sólo podía considerarse vencedor, si habla derribado tres veces a su adversario (cf. República 583b2
216 DIÁLOGOS punto de desplomarse, y deseoso de darle un respiro, pa ra que no se espantara de nosotros, le dije, anim ándolo — No te asombres, Clinias, si te parecen insóJitos £((■ ' tos razonamientos. Tal vez no te das cuenta de Jo que lun extranjeros están haciendo contigo: proceden de la mis* ma m anera que los qué participan en la ceremonia iniciú* tica de los coribantes 34, cuando organizan la entroniza ción del que van a iniciar. En esa ocasión — lo sabes, ad<j> I más, sí has sido iniciado— se lleva a cabo una suerte dee jubilosa danza; y ellos dos, ahora, no hacen o irá cosa que bailar a tu alrededor, como si estuviesen brincando jugue- I tonamente, con el propósito ulterior de iniciarte. Consi- I dera, pues, por el momento, que has escuchado los preám- I buios de una consagración sofíscica. En prim e r lugar M, j como enseña Pródico es menester que aprendas el uso Iy Fedro 256b4-S). El primer «asalto- comprende desde ZI5d2 hasta 276c7; Iel segundo, desde 276d7 hasta 277c7. u Los ritos coribánticos provenían de los cultos de la diosa Gíbele,de origen frigio. Hicieron propias las funciones curativas de la diosa y, Igradualmente, adquirieron una existencia independiente. Estos ritos com- 1portaban movimientos que eran una combinación de frenéticas danzas, Isaltos y melodías producidas por flautas, que adquiría un singular carácter subyugante. En la ceremonia que precede a la iniciación, los con Ibantcs rodean al neófito, colocado en un trono, y le danzan alrededor ](v. L M. Linforth, The Corybantic R ú e sin Ptaio, Univ. of Cali/. Publ. in ]Class. Philology, vol. 13. 1946, S. especialmente págs. 124 y sigs., dondese examina este pasaje de Eutidemo)l El correlativo «en segundo lugar» aparecerá más adelante, en278c3, cuando se pasa a otra cuestión: el lado «serio» del saber de losextranjeros. 56 Famoso sofista, natural de Ceos, algo mayor que Sócrates y más 1joven que Protágoras, cuya «especialidad era ía precisión en el uso del Jlenguaje y la cuidadosa distinción de los significados de las palabras co- Imúnmente consideradas sinónimos» (W. K. C. G uth rje ,^ Historyo/ Creek 'Philosophy, vol. III, Cambridge, 1969, pág. 222), a la que también se refiere Platón, empleando la misma expresión que aparece aquí (onóma-ton orillóles), en Crátilo 384b3-6. Sus concepciones éticas son también ,iimportantes y nada desdeñables (v. Jenofonte, Recuerdos de Sócrates II I1, 21-34), Sócrates se consideraba su discípulo, mezclando Ironía y serle- j
e u t id e m o 217i Di recto de los nombres; precisamente eso es lo que losextranjeros te ponen de manifiesto: que tú no sabes queln ('ente tanto emplea la palabra «aprender» en el caso de*inien no tiene al principio n ingún conocim iento de algúnobjeto, pero lo adquiere después, com o igualm ente ulili- 278a/ .i la m ism a palabra cuando alude a quien ya tiene lal conocimiento. y valiéndose de él, exam ina ese m ism o objeto; se trate, en fin, de algo que se ha dicho o que se halieeho. En este caso, es cierto, la gente emplea más bien• comprender» que «aprender», aunque a veces usa tam bién «aprender»” . Mas no has advertido esio — que ellosi*- han hecho m anifiesto— : un m ism o nom bre se aplica apersonas que se encuentran en situaciones opuestas, esdecir, al que sabe y al que no **. Algo así sucedió, en efecto, también con el contenido de la segunda pregunta, cuan- blo le interrogaban si aprenden los que conocen o los queno. Semejantes enseñanzas no son, sin embargo, m ás queun juego — y justam ente por eso digo que se diviertencontigo— ; y lo llam o «juego», porque si uno aprendiesemuchas sutilezas de esa índole, o tal vez todas, no por ellomlbria m ás acerca de cóm o son realmente las cosas, sinoque sólo sería capaz de divertirse con la gente a propósito de los diferentes significados de los nombres, haciéndote zancadillas y obligándola a caer por el suelo, entreteniéndose así con ella de la m ism a m anera que go2 an yi leu quienes quitan las banquetas de los que están por sentarse cuando los ven caídos boca arriba. Ten en cuenta, cpues, que estas cosas no h a n ‘sido más que un juego porparte de ellos. Pero, en fin, en segundo lugar, es evidenteque precisamente ellos m ism os te p ondrán de m anifiestotlíid en la afirmación. Pero la mejor presentación platónica de la modali-tliicj de Pródico. puede verse en Prolágoras (337al c6). Ci. pég. 549 delval, I. Un ejemplo puede encontrarse más adelante, en 30Sc5. ManihánetH se puede predicar del que sabe (entonces, es «comprender»), como del que no sabe (entonces, es «aprender»).
218 DIALOGOSel lado serio de su saber, y yo por m i parte he de á n líd liparme a ellos para que no dejen de cum plir lo que hablunprom etido. H abían dicho, en efecto, que ofrecerían u n fldemostración de su saber exhortativo, mas me parece a(u*ra que han creído necesario, primero, ju g a r contigo, Y 1bien, Eulidem o y Dionisodoro, habéis hecho ya vuestro«juegos — y seguramente son suficientes—; dadnos entnn* Ices a continuación una dem ostración exhortando a estí |joven acerca de cómo debe cultivarse el saber y la virtudPerm itidm e, sin embargo, antes, que os muestre cómo i!JWtiendo yo la cosa y cóm o deseo escucharla. Y si os ha deparecer que procedo con sim pleza y provocando el ridl*|culo, no os burléis de mi: sólo por el deseo que tengo deescuchar vuestro saber me atrevo a improvisar frente avosotros. Tratad, pues, tanto vosotros como vuestros dia*cípulos de escucharme sin reír; y tú, joven hijo de A.xíocu, |ten a bien responderme. — ¿N o deseamos acaso todos nosotros, hombres, ser idichosos w? ¿ 0 es ésta, tal vez, una de aquellas pregun- Itas que hace un instante tem ía que provocaran el ridículo? En efecto, es sin duda cosa de locos plantearse siquiera semejante cuestión. ¿Quién no quiere ser d ic h o s o ? II La expresión griega ■t il prállein» significa no sólo «hallarsebien*, es decir, \"teñe: lo n u n a » o »éxito», sino Lambién »obrar bien», osea, rectamente. De esle últim o procede el significado de «ser feliz» u«dichoso». Pero es(a ambigüedad, sin embargo, no hade afectar—tom ósucedió antes— la validez de los argumentos que siguen.40 El Prolréptico de Jím b lic o transcribe, sin mencionar la fuente,toda la argumentación que va desde el comienzo de este párrafo (278e3Jhasta 2B2d). Las 144 líneas se reducen, sin embargo, en Jámbüco, a 58(24.22-26.24, ed. P )s t e l l i), porque esle últim o — o la fuente intermedia dedonde pudo haberlo lomado, tal vez el Prolréptico de Aristóteles— omite las respuestas de Clinias, los detalles de la conversación y suprime lasejemplificaciones, limitándose a reproducir literalmente sólo los argumentos y sus conclusiones. 1. Duefung f/t 's Protrepticus. An Attempiat Reconstruction, Göteborg, 1961) piensa que justamente este pasaje deEutidcmo «constituye el prim er ejemplo que ha llegado hasta nosotrosde un tipleo prolréptico» (pág. 19), que sirvió, además, «como modelo general de todo prolréptico» (pág. 180).
BUT1DEM O 219Ninguno — respondió Clinias. 279aBien — repuse— . prosigamos; puesto que queremos|U dichosos, ¿cóm o podríam os serlo? ¿Q uizá poseyendoMilichos bienes? ¿O es ésta una pregunta aún más ingenua que la anterior? Es obvio que es así, ¿no?Asintió.- Veamos, ¿cuáles son las cosas que son bienes parafnmyíros? N o me parece una pregunta difícil, ni menos aúnnur requiera la intervención de un individuo de ingeniol'.nti contestarla. C ualquiera diría que el ser rico es unlili lí, ¿no es cierto?-Por supuesto — respondió.¿Y tam bién lo es el estar sano, el ser bello y el po-locr convenientemente todas las demás cualidades fí- bkli as *'?Así le pareció.—Además, ¿la noble ascendencia, el poder y la estimaili los propios conciudadanos son sin duda bienes?Asintió.—¿Y qué otros bienes nos quedan aún?, pregunté. ¿Qué»fin, en fin, el ser prudente, justo, valeroso? ¡Por Zeus!,, orees tú, Clinias, que procedemos correctamente si losi imsideramos a éstos como bienes?, ¿o no? Porque quizas alguien podría discutírnoslo. ¿A ti qué le parece?—Son bienes — contestó Clinias.— De acuerdo — repuse—; ahora, en cuanto al saber,¿qué lugar le daremos? ¿Entre los bienes...?, ¿o quépiensas?— E ntre los bienes.— Presta atención, por favor, que no omitamos ningúnbien que sea digno de consideración. 41 Esla serie inicia) de cuatro bienes aparece en Leyes (631c2-4) y enM m ón (87e5). Reducida a Lres, en Gorgias (4513-5) y también en Leyes(Mila6-7), El orden, empero, no es el mismo que el dado en Eutidenio:en lodos esos casos mencionados, la salud aparece en prim er términoV lo riqueza en último.
220 d i/ lo g o s — Me parece que ninguno — respondió Ciinias. Mas yo, recordando, agregué: — Pero, ipor Zeus!, jes posible que justam ente hayíi mos om itido el m ayor de los bienes! -¿C uál? — ¡El éxito!, Ciinias, aquello que todos, aún los menú« perspicaces, dicen que es e! m ayor de los bienes. — Es verdad — dijo. Y yo. recapacitando, añadi:d — Poco falló, hijo de Axloco, para que hiciésemos el rl< dículo lú y yo, a los ojos de los extranjeros. —¿Por qué? — Porque después de haber incluido al éxito en núes* tra lista anterior, volvemos ahora a traerlo a colación nuevamente. — ¿Y bien? ¿Qué hay con ello? —Indudablem ente es ridículo volver a considerar lo que ya se trató, repitiendo dos veces la m ism a cosa. — ¿Por qué dices eso?, preguntó. —Precisamente el saber — dije yo— es éxito lo en tendería hasta una criatura. Él se quedó asom brado —es aún tan joven e ingenuo— y yo, dándom e cuenta de su asombro, le dije: — ¿Acaso no sabes, Ciinias, que en el buen uso de la*e flautas son los flautistas quienes tienen m ás éxito? Estuvo de acuerdo. — ¿Y que, cuando se trata de la lectura y escritura de las letras — a ñ ad í— son los maestros de prim eras letras? — Por cierto. 41 Platón empica de nuevo aquí, en forma deliberada, como ya lo hizo antes con cu práttein. una expresión Inicialmente ambigua, pero sinque ello afecte la argumentación, puesto que su contenido es inmediata-mente precisado. Eulukh/a tiene en griego tanto el significado corrientede concurrencia accidental de circunstancias favorables —es decir *buenasuerte»— , cuando el monos común de «éxito» resultante de la acertadaelección de medios para alcanzar un fin.
e u t id e m o 221 Además, acerca de los peligros del mar, ¿crees quenl|Ui¡cn puede lograr más éxito que, en térm inos genera-!<-•>, los pilotos que saben? Desde luego que no. Y más aún: si estuvieses luchando, ¿con quién com-iHii lirias más el peligro y la suerte, con un estratega que 280alatic o con uno que no sabe? Con el que sabe. Y si esiuvieras enfermo, ¿con quién preferiríasni rentar los riesgos, con un m édico que sabe o con uno no sabe? ■Con uno que sabe. Entonces — dije— , ¿es porque crees que tendrías más■Hito actuando con el que sabe que con el que no sabe? Aceptó. En consecuencia, el saber siem pre proporciona éxi-iii a los hombres. No podría suceder, en efecto, que alguieny^rre por saber, sino que necesariamente debe obrar bienv lograr su propósito; de otro modo, no sería saber. Llegamos, por fin, no sé c ó m o \" , a estar de acuerdo bt n que, en resumen, la cosa es así: quien dispone del saín i 110 necesita por añadidura del éxito. Y una vez que nosl'ii\irnos de acuerdo en eso, volví a interrogarlo para verqué sucedía con nuestras afirmaciones anteriores. -Habíamos convenido \" — recordé— que si poseyésemos muchos bienes seríamos felices 45 y dichosos. ° Cauto reparo platónico acerca del valor general de una conclu-■irm lograda sólo inductivamente a través de los casos mencionados. « En 279a3. 11 Eudaim onein. introducido aquí por primera vez en e) diálogo,n ji.ircce como sinónimo d e eu práttein, particularmente en el sentido fuertemir Sócrates asigna a este último. Conviene advertir que Sócrates exhibí deliberadamente cierta libertad en el empleo de los sinónimos. Le Im-l>i.)i tn con ello destacar su preocupación por lo que las palabras signifl-i un —siempre que no generen confusiones— más que por las sutilezasn i|ue puede dor lugar el uso inadecuado de los términos.
222 DIÁLOGOS Asintió. — Ahora bien, ¿podríamos ser felices por medio de e bienes si no nos sirviesen para nada o si nos sirven p¡i algo? — Si nos sirven para aJgo —contestó. — ¿Y nos servirían para algo si sólo los tuviésemos,c ro no los usásemos? Por ejemplo, a propósito de los alN memos, si tuviésemos muchos, pero no los comiéramtii, o, a propósito de las bebidas, si dispusiéram os de muchut>, pero no las bebiésemos, ¿nos servirían para algo? — Evidentemente, no — dijo. —Bien. Y si todos los artesanos poseyesen todos lo» instrumentos que necesitan, cada uno para su propio tra bajo, pero no los usasen, ¿serían dichosos con esa pose sión, por el solo hecho de tener todo lo que necesita p o seer un artesano? Por ejemplo, un carpintero, si dispusiese de todos los im plem entos y de la m adera necesaria, pero no fabricase nada, ¿le serviría de algo tener todo eso?d — De ningún m odo — dijo. — Más aún, si alguien posee riqueza y los bienes, lo dos, que acabarnos de nom brar, pero no los usa. ¿sería fe liz por la sola posesión de ellos? — No, por cierto. Sócrates. — Según parece, pues —-dije—, es necesario que el que quiera ser feliz no sólo posea semejantes bienes, sino que los use, ya que nin g ún provecho se obtiene de la mera posesión. — Es verdad.e —Entonces, Clinias, ¿es suficiente sólo eso para ser fe liz: poseer los bienes y usarlos? —Me parece que sí. — ¿Y tanto si uno los usa correctam ente — agregué—, como si no...? — Si los usa correctamente. — IAh..., m uy bien! Es peor, pues, a m i m odo de ver, el daño que se produce si uno usa incorrectam ente una
e u t id é m o 223<i>‘,a cualquiera que si la deja estar; en el prim er caso, haceUn mal; en el otro, ni un m al ni un bien. ¿No es así? 2 8 1 a Aceptó. — Entonces, en el trabajo y el empleo de la madera, lo<|iie hace que se la use correctamente, ¿es acaso otra cosatjue el conocim iento de la carpintería? — Ningún otro, evidentemente — dijo. — M ás aún: en )a fabricación de los im plem entos de la>íií.a, es sin duda el conocim iento el que hace posible sunttacuada realización. Estuvo de acuerdo. — Así, pues — agregué— , tam bién acerca de la utilidadde los bienes de los que hablábam os antes — riqueza, salud, belleza— era el conocim iento lo que llevaba a su recio uso y dirigía convenientemente la acción, ¿o era otra brusa? — Era el conocim iento — dijo. — De m odo entonces que no sólo el éxito, sino tam biénel buen uso, parece, trae aparejados el conocim iento delodo tipo de posesión o actividad. Asintió — Mas, ¡por 2Leus! —dije— , ¿tienen alguna utilid ad losdemás bienes sin la ayuda del discernim iento y del saber?,■Sacaría acaso provecho un hom bre poseyendo y haciendo muchas cosas sin tener cabeza o más le valdría poseerpoco y hacer poco [teniendo cabeza *“]? Fijare: haciendomenos, ¿ no se equivocaría menos?; equivocándose menos,/no haría menos m al \"?; haciendo menos m al, ¿no seriamenos infeliz? 16 E stas palabras, que fig u ra n en los códices, las o m ite Já m b lico . C.1U[»lam (Euthydem us el Laches, Jeoa, 1865) las atetiza. com o lo hacenilospués o tro s editores. En efecto, en la argum entación que sigue no setrota de una antítesis entre «tener cabeza» y «no tener cabeza», sino sólo en tre «m uchas cosas» y «poco». 47 D e lib e ra d a m e n te jue ga a q u í S ó crates, a la m anera s o fis tic a yai (a m p lific a d a antes, con el d o b le s ig n ific a d o de la expresión kazós prdt-
224 DIALOGOS — Indudablem ente — dijo. — ¿Y hará, tal vez, uno menos siendo pobre o sicwllirico? — Siendo pobre — dijo. — ¿Débil o fuerte? -D ébil. — ¿Ilustre o desconocido? Desconocido. — ¿Y hace menos el que es valeroso y temperante o olcobarde? — El cobarde. —¿También un haragán, entonces, más que un dill*gente? Aceptó. — ¿ Y un lento que un veloz, y uno que tiene m ala visl*y oído que uno que los tiene agudos? Ambos estuvimos de acuerdo en todos estos punto», — En suma Clinias — dije— , parece que a propósito d jtodos los que antes afirm ábam os que eran bienes, la c u l -vtión no es acerca de cómo ellos en sí y por si sean natu*raím ente tales, sino que el asunto se plantea, m ás bien,de esta manera: si los guia la ignorancia, son males peores que sus contrarios, y tanto peores cuanto más capaces son de servir a una guía que es mala; m ientras que,si los dirigen el discernim iento y el saber resultan biene*mayores, ya que, por sí, ni unos ni otros tienen valoralguno. — Evidentemente — d ijo — parece que es así com o túindicas. — ¿Y qué consecuencias, entonces, sacamos de lo quehemos dicho? ¿Alguna otra, acaso, que, de todas las cosas, ninguna es un bien ni un m al, a excepción de estasdos: que el saber es un bien y que la ignorancia es un mal? A dm itió que si.tein, que es « hacer mal» ya sea p o r « hacer daño» o p o r «Fracasar*. Laargum entación no se resiente p o r la am bigüedad n i se apoya en ella,
r EUT1DEM0 225 — Pasemos entonces ahora — dije— a considerar lo que 282ami» nos resta examinar. Puesto que por un lado deseamostodos ser felices4“ —y se ha visto que llegamos a serlo al'iii lir del uso de las cosas, o, m ejor aún, del buen uso derilas— , y que, por otro lado, era el conocim iento el quepBDCuraba la rectitud y el éxito, es necesario, consiguien-teniente, según parece, que cada hom bre se disponga porlodos sus medios a lograr esto: el m ayor saber posible,, o no ha de ser así? — As( es — dijo. — Y si uno piensa que es esto, en verdad, lo que tendría que recibir del propio padre, m ucho más que las ri-• iiic/.as, y de los tutores y amigos — tanto de los que se de- bi laran enam orados como de los dem ás— , conciudadanos0 extranjeros, y sí a ellos ruega y suplica que lo hagan par-m ipe del saber, entonces, Clinias, no hay nada vergonzoso ni indigno si uno se vuelve con tal propósito siervo O1M:lavo no sólo de algún enamorado, sino de cualquierln>mbre — y dispuesto a rendirle un servicio cualquiera,i on tal de que sea honorable—, por el solo deseo de convertirse en sabio; ¿o no lo crees tú asi?, dije. — Me parece que está m uy bien lo que has dicho — respondió. — Por lo menos, Clinias — agregué— , en el caso de que crl saber pueda ser enseñable y no se dé espontáneamente«•n los hombres, cosa que, en efecto, no ha sido aún discutida por nosotros ni hemos arribado acerca de ella, tú yyo, a ninguna conclusión — Pero a mí m e parece, Sócrates — dijo— , que esenseñable. Y yo, encantado, le respondí. — ¡Bravo, buen hombre! Has hecho bien al liberarmeile una larga indagación precisamente a propósito de es- «Felices» re em p laza aquí a «ser d ich o sos» (cí. 278e3 ss.). ‘v E s asu nto que, com o se sabe, se tra ta en Protágoras y cu Menón,fil. — 15
226 DIÁLOGOS te punto: si e) saber es enseñable o no. Ahora, eníon* *'4, puesto que no sólo re parece que lo es, sino que, aclcmAi, es lo único capaz de hacer al hom bre feliz y exitoso, otra cosa (Jirías sino que es necesario filosofar, y que IQ m ism o tienes la intención de hacerlo? — ¡Si. por cierto, Sócrates — contestó— , y tanto cuito* lo sea posible! Satisfecho de oír tal respuesta, dije: — El ejem plo —el m ió— , D ionisodoro y Eutidemo, cío cómo deseo yo que sean los discursos exhortativos, aqm lo tenéis, sim ple tal vez, embarazoso y algo difuso; pt'itt quien de vosotros dos quiera, háganos una demostraciftlH tratando este m ism o asunto conforme a las reglas dffl] e arte w. Y si no queréis hacer eso, retomad desde el lugafl donde dejé y demostrad al joven lo que sigue: o que es prQl ciso adq uirir todo el conocim iento en su totalidad, o bit*n que hay uno solo que debe alcanzar para convertirse ttrt hombre feliz y bueno y cuál es ése. Tal com o lo decía en un comienzo 5\nos im porta m ucho que este joven llegue a ser sabio y bueno.283a Eso fue lo que dije, Crítón, y tenía concentrada abso> lulam ente toda m i atención en lo que hab ría de suceder, observando de qué manera p articular encararían ellos lu cuestión y por dónde comenzarían para persuadir ai jo ven al ejercicio del saber y de la virtud. Comenzó a ha blar prim ero Dionisodoro, el m ayor de los dos, y lodos di- rijimos nuestras m iradas hacia él, como si fuésemos a oír en seguida vaya a saber qué maravillosos discursos. Y, pre cisamente, eso fue lo que sucedió, ya que el hom bre ini ció, Critón, un discurso m aravilloso; y vale la pena que escuches qué eficaz era para exhortar a la virtud. 10 L a co n tra p o sició n entre «reglas de) arte* y «sim ple», es d ecir, «nop ro fe s io n a l» (cf. 278d5) es Irónica, m ie n tra s que «em barazo so y alg o d ifuso» alu d e n a la d ia lé c tic a s o c rá tic a que exige u n a m a rc h a len ta y p ro lija para lo g ra r su propósito. s> Cf. 275:i9.
EUTIDEMO 227 Díme, Sócrates — comenzó— , y tam bién vosotros to-tln'i i|ilé afirm áis desear que este joven se convierta en sa-lilo, ¿brom eáis al decir eso o, en verdad, lo deseáis y ha-l'liti. seriamente? Mr di cuenta entonces que. evidentemente, ellos habían|Upuesto que nosotros estábamos jugando cuando a) prin-■l|ilo Ies pedimos que discurrieran con el joven, y que, pori mi mismo, ellos tam bién habían jugado y no habían ha-Mudo seriamente; y convencido de ello, insistí con toda cVehemencia en que hablábam os realm ente en serio. l>jjo entonces Dionisodoro; M edita bien, Sócrates, no sea que tengas que negarliitis adelante lo que ahora dices. lx> he m editado — repuse— y no me ha de sucederi|ih* llegue a negarlo. -Y bien — dijo— , ¿insistís en querer que se conviertai n vibio? — Por supuesto. -Y en este mom ento — preguntó— , ¿Clinias es sabiol? nd? Por lo menos él dice que no lo es aún, y no espetulante. Y vosotros — d ijo— , ¿queréis que se convierta en al- ál 'i i i r n que sabe, que no sea m ás ignorante? Adm itim os que si. — Por tanto, queréis que se convierta en lo que no es,Vque lo que ahora es no lo sea más. Al escuchar esas palabras quedé desconcertado, ymientras no salía yo de m i turbación, arrem etió éldiciendo: — Pero si queréis que no sea m ás lo que es ahora, ¿quéotra cosa queréis sino, aparentemente, su m uerte? ¡Por»ierto que son notables amigos y enamorados éstos queni As que nada desean la m uerte del ser querido M! La fa la cia consiste, p o r un lado, en que se pasa de «no ser algol>i\i llc u la r» (Ignorante) a «no ser en fo rm a a bsoluta», es d e cir, c o n fu s ió n
228 d iá lo g o s e Al oír esto, se indignó Ctesipo por su am ado y exi lmtt(| — Extranjero de Turios, si decirlo no fuera más l>l«H una grosería, te re p licaría:« ¡ojalá que te sucediera a t lf l ya que se te ha ocurrido proferir de mí y los demás scm» jante m entira — que yo querría que él estuviese muerio-J y cuyo solo enunciado, creo, es por cierto una impiedml, — Pero, ¿cómo?, Ctesipo — intervino Eutidcm o , ¿crees acaso que es posible m entir? — ¡Por Zeus que si!, si no he perdido la cabeza — r f l l pondió. — ¿Diciendo la cosa de la que se habla, o no diciéndola?)284a — Diciéndola — contestó. — Si uno la dice, ¿no dice ninguna otra de las cosas qtwt: son, sino precisamente aquella que dice? — ¿Y cómo podría si no?, repuso Ctesipo. — Pero la que dice es tam bién una de las cosas que soíjj distinta de las demás. — Por supuesto. —¿Y el que la dice, dice, pues, lo que es? - ¡S í! — Entonces el que dice lo que es y las cosas que son, dice la verdad; de m anera que si Dionisodoro dice las co» sas que son, está diciendo la verdad 51, y a ti no te está di ciendo mentira alguna. de lo re la tiv o c o o lo a b s o lu to (v. n. 32): p o r o lr o lado, en el c a m b io de sig n ificad o del verbo «ser», que es usado com o cú p u la jum o a «ignoran te» y, luego, en fo rm a in d e p e n d ie n te con s ig n ific a d o ex iste n cia l. 5Í La falacia se apoya canto en la ambigüedad de la expresión légtin ti, que significa -decir de algo» como «decir algo», cuanto en la óma. que puede corresponder a ■lo que es» y *a lo que es verdadero» (sus negacio nes. respectivamente, a »lo que no es» y a «lo que es falso»), PROCLO. etl el Comentario a l *Crátilo» de Plaió>i (37, cd. Pasouali) resume bien ¡apo sición: »todo enunciado es verdadero, porque el que dice, dice zlgofUgei lij; el que dice algo, dice lo que es ¡lo ón), y quien dice lo que es. dice ver dad». Al!i Proclo, como lo habla hecho Aristóteles antes, atribuyen esta tesis a Antlstcncs; sin embargo, Platón la remonta al circulo de Protágo- ras. De todos modos, la argumentación se hace aquí más densa y técni ca, y tiene, indudablemente, un fuerte contenido eleala.
EOTrDHMO 229—De acuerdo — respondió Ctesipo— ; pero sucede, bI iiinlrm o, que quien ha dicho eso w, no ha dicho las co-||M que son.Y EuLidemo:Pero las cosas que no son — dijo— no existen, ¿nott* i Icrto?No existen.Entonces, ¿las cosas que no son, no existen en nigu-•iii parte?En ninguna parte,—¿Y es posible, respecto de esas cosas que no son, quenliuiien realice alguna acción, de m odo tal que ellos queHilan allí o un individuo cualquiera puedan producir esasii*.as que no existen en nin gun a parte?Me parece que no, argüyó Ctesipo.— Y bien, cuando los oradores dicen algo frente al pú-Mii'o, ¿acaso no realizan una acción?La realizan —contestó él.—¿Y si la realizan, entonces producen? cClaro.—¿De m odo que «decir» es «realizar» y tam biénproducir»?Adm itió que sí.— Por lo U nto — agregó— , nadie dice las cosas que no»011; diciéndolas, produciría ya algo, y tú has reconocidonue es im posible que alguien sea capaz de producir lo quem> es; de manera que, según tu m ism a afirm ación, nadiepuede decir una m entira, y si es cierto que Dionisodoroilicc algo, dice la verdad y dice cosas que son.— ¡Por Zeus que sí!. Eutidem o —contestó Ctesipo— , pe-1« ocurre que él, de algún modo, dice las cosas que son,I>t:ro no las dice, sin embargo, tal como efectivamente son.— ¿Q ué estás diciendo, Ctesipo?, intervino Dionisodo-i'O, ¿hay acaso quienes dicen las cosas tal como efectiva- dmenle son?44 L o que a fir m ó D io n is o d o ro en 283d5-6.
230 d iá l o g o s — Claro que los hay —repuso— : las personas de (>l y que dicen la verdad. — Escúchame — agregó— , ¿no es cierto que las cosa buenas son efectivamente un bien y las malas, un muí? Aceptó. — Y tú adm ites que los hombres de bien dicen las «.<> sas tal como efectivamente son? — Lo admito. — Entonces las personas de bien, Ctesipo — añadió , dicen m a l 11 las cosas malas, si las dicen tal como efet ii vamente son. — ¡Sí, por Zeus!, así es precisamente — replicó— , por lo menos cuando se refieren a gente m ala; y tú, si descui hacerme caso, procura no ser uno de estos últim os, si noe quieres que las personas de bien hablen m al de ti, pues ciertam ente las personas de bien hablan m al de lu* malvados. — Y también — agregó Eutidem o— hablan en grande de los grandes y calurosam ente de los acalorados, ¿no? — ¡Ya lo creo! — apuntó Ctesipo— ...y fríam ente por lo menos en e! caso de los frígidos, así como frío * conside ran su discurrir. — ¡Pero tú me estás ofendiendo, Ctesipo!, exclamó Dionisodono. ¡Me estás ofendiendo! — ¡Por Zeus!, Díonisodoro, que yo precisamente no — dijo— , poi que te estimo; pero te aconsejo, com o cama- rada, e intento persuadirte, que jam ás digas tan grosera mente en m i presencia que quiero la m uerte de aquellos que más aprecio. 55 L a ex p re sió n g rieg a puede s ig n ific a r la n ío « d e c ir o h a b la r inco-r re cl am en le* {así la en tiende D íonisodoro), c o m o « d e cir o h a b la r m al de»(así la entiende Cícslpo). 56 «Insípido», E l té rm in o g rie g o — que se o p one al que acaba de em p lear E u tidem o— , es Intencionadam ente injurioso.
BUTIDEMO 231 ( orno me parecieron bastante irritados el uno con el 285aMío, comencé yo a brom ear con Ctesipo y te dije: Creo, Ctesipo, que tendríamos que aceptar lo que nos• lt>n i los extranjeros, ya que nos lo ofrecen de buen gra-il>i, y no seguir discutiendo por una palabra. Si, en efec-1«, conocen el m odo de hacer m o rir así a los hombres, deuluncra tal que de m alvados e insensatos los vuelven bueno-. y sensatos, sea que hayan descubierto ellos m ism os\" ,i|>rendido de algún otro esta suerte de destrucción y bmuerte que hace que destruido quien sea m alvado reapa-i iraca transform ado en bueno; si, pues, conocen el modoilo hacer esto — y es evidente que lo conocen, ya que rei-i indicaban para sí el arte, recientemente descubierta, deli.x cr buenos a los malvados— , concedámosles entonceslo que piden: destruyannos al m uchacho, con tal de queln vuelvan sensato, y a todos nosotros, tam bién, con él.*i '.i tenéis miedo vosotros, que sois jóvenes, hágase la cim ieba conmigo, cual si fuese un cario*7, pues yo, que«demás soy mayor, estoy dispuesto a correr el riesgo yme pongo en manos de Dionisodoro que está aquí presenil\ como lo haría con la fam osa Medea de C ó lq u id a 5*: 11 E x p re sió n p ro verb ia l. E n tre lo s c a rio s se recolectaron la n ío s nier-•e ra rio * y esclavos, q u e sus v id a s erao p o co estim adas. Cf. vol. I, pág■HiJ, n. 8. *■ C ó lq u id a es la re g ió n del ex trem o este del m a r N eg ro, al s u r delus m ontes ca u cá sico s, de d onde era o r ig in a r ia M edea. Según la leye n do, ul re gresar M e de a a Y o lc o — c iu d a d de la M ag n esia te sa lia — . despuésilc d e v o lv e r la ju v e n tu d a E só n , el p a d re de su esposo Jasón, c o n v irl ién-iImIu en u n m an ce bo flo re cie n te , m ed ian te sus a rtilu g lo s de c o c ció n conMi-rbas m ágicas, «fue al p a la cio de P e lia s y p e rsu a d ió a los h ijas que des-peduzaran y cocieran a su padre, prom etiéndoles volverlo a la juventud■nn sus brebajes» (A polodoro, I 9, 27). P e ro M edea, vengativam ente, noem pleó en esa ocasión sus a rlific io s m ágicos y Pelias no volvió a U vida.I .ii iro n ía a l esta b le ce r la v in c u la c ió n con D io n is o d o ro es m anifiesto: sepimc S ó cralcs en sus manos, pero ¿querrá o sabrá Dionisodoro, después,cu m p lir los rito s m elam orfoseadores? Dos ob ras perdidas, una de S ófocles (Envenenadores) y o tra de E u ríp id e s (Peliadei) se ocupaban del lema.
232 DIÁLOGOS que me mate, y, si quiere, que me haga cocer, o que en fin, haga de m i, si gusta, lo que desee: pero que me trans forme en bueno. Y Ctesipo agregó: — También yo, Sócrates, estoy dispuesto a ponerne en manos de ]os extranjeros, incluso si quieren despellejar*d me m ás aún de lo que están haciendo ahora, con ta! de que m i piel no term ine sirviendo para un odre, como la de M arsia s5’, sino para la virtud. Sin embargo, este Dío- nisodoro cree que estoy ensañado con él; pero no lo es toy, y únicam ente le contradigo aquello que no me pare ce acertado con respecto a mí. Así, pues, m i querido Dio- nisodoro — dijo— , no llames ofender a lo que es contra decir, porque ofender es otra cosa bien diferente. Dionisodoro contestó: — ¡Has hablado, Ctesipo, com o si existiera el contra decir!e — ¡Y por supuesto!, dijo. [Ya lo creo! ¿ 0 acaso tú, Dio nisodoro, piensas que no existe el co ntrad e c ir40? —N o eres tú, en todo caso — replicó— , quien podría dem ostrar que alguna vez has escuchado a dos hombres contradiciéndose recíprocamente. — Es cierto — dijo— , pero en cam bio ahora m ism o es cucho a Ctesipo que te está contradiciendo, Dioniso doro 4I. — ¿Y ce atreverías a dar razón de ello? — Por cierto —contestó— . — Pues bien — dijo— , ¿hay enunciados para referirnos a cada una de las cosas que son? 5< Silcoo, frigio que se atrevió a desafiar a Apolo en música. Venci do por ísle , Apolo colgó a Marsias de un alia pino y lo hizo perecer des pellejándote. Cuenta H e r ó d o t o (V II 26) que en Celene—ciudad Frl&ia— se vela colgada en forma de odre la piel de Marsias. “tt A r is t ó t e l e s (Metafísica 1024b32 y Tópicos 104bZ0) atribuye a An- tístenes la tesis de que «no es posible contradecir». 61 En la lectura sigo parte de la conjetura de Badham y lo sugerido por W ilamowitz-Mólkndorff (v. en Introducción, «Nota sobre el texto»).
eu t jd em o 233 — Claro. — ¿Para decir de cada una que es o que no es? — Para decir que es. —Si recuerdas, Ctesipo — agregó— , hace un instante 286ademostramos que nadie dice algo que no es; en efecto, que- ■dó bien claro que nadie puede expresar con palabras lo<|uc no es. — ¿Y qué hay con ello?, dijo Ctesipo. ¿Vam os por eso¡i contradecirnos menos lú y yo? —¿Nos contradiríam os — argüyó— diciendo los dos eli-iiunciado de la m ism a cosa?, ¿o, m ás bien, en ese caso,no esiaríamos diciendo lo m ism o? Aceptó. — Pero cuando ni el uno ni el otro — añadió— dice el benunciado propio de la cosa, ¿podríam os contradecirnos?i No sucede que ninguno de los dos ha hecho siquiera lam ínima mención de la cosa? A dm itió tam bién esto. — Pero entonces, ¿nos contradecimos cuando yo digoi'l enunciado propio de la cosa y tú dices otro enunciadode otra cosa? ¿N o sucede, entonces, que yo digo la cosav lú, en cam bio, no dices absolutam ente nada? ¿ Y el queno lo dice, cómo podría contradecir al que lo h ac e ^? Ctesipo quedó mudo. Yo, sorprendido por la argum entación, exclamé: — ¿Qué quieres decir, Dionjsodoro? Ciertamente..., pe-i<>, ¡vaya!, este argum ento que ya he oído tantas veces y c.i tantas personas no deja nunca de asom brarm e. Los se- CJ P l a t ó n n u n c a m e n c i o n a a A n t í s t e i i e s ( e x c e p t o e n la c i r c u n s t a n c i a )« n u m e r a c i ó n tic l o s p r e s e n t e s a la m u e r t e d e S ó c r a t e s , e n Fedán 5 9 b 8 ) .Sin em bargo, el lenguaje más preciso y técnico que emplea en estas lí-uclts, como los (res casos co n que ejemplifica la im posibilidad del con-trndecir, coinciden exactamente con los testimonios que Alejandro de Afrod it a nos transmite sobre Antlstenesy su tesis al comen lar a Aristóteles.(Víase A. J. F e s t u c ié h e , «Antisthenica», Revue desscieuces Dhitos. el théo!.>) UW2J, 345-376, reproducido ahora en Eludes de philusophie grecqucIPnris, 1971, pógs. 283-314) del mismo autor.)
234 DIÁLOGOS guidores de Protágoras lo utilizaban frecuentemente y aun lo hacían otros m ás antiguos que ellos. A mí, en particu lar, siempre me resulla sorprendente, porque no sólo re fu ta a lodos los demás argum entos, sino que tam bién se refuta a sí m ism o M. Pienso que de ti, m ejor que de nadie, podré saber la verdad. En resumen, ¿es im posible —por que a ello va enderezado el argumento, ¿no?— decir lo fal so?, pues cuando se habla, ¿se dice verdad o no se habla? Aceptó.d —Si es im posible decir lo falso, ¿es, en cam bio, posi ble pensarlo? —Tampoco es posible — dijo. — Entonces —agregué— , ¿no hay de ningún modo opi nión falsa? — No — contestó. — Ni ignorancia ni hombres ignorantes. ¿O qué habría de ser la ignorancia — si existiese— , sino precisamente eso: engañarse sobre las cosas? — Seguro — dijo. — Pero eso no es posible — insistí. — No — dijo. — Pero, Dionisodoro, tú hablas por hablar, por el pla cer de una paradoja, ¿o en verdad crees que no hay nin gún hombre ignorante?e — ¡Y bien, refútam e!, contestó. — Pero, ¿cóm o puede ser posible la refutación, según lo que sostienes, si ninguno se engaña? — No es posible — inte rrum pió Eutidem o. — Ni pedía ahora yo una refutación —dijo Dionisodoro. u La doctrina del homo mensura de Protágoras también se refutaa si misma, como )o demuestra Platón en Teeieio 171a-c. Cuenta D ió g e -Nes L A B R C io (ítt 35) que «deseando Antlstenes leer en público u n o de susescritos, invitó a Platón a Intervenir. Al preguntarle éste sobre qué ibaa leer, Antlstenes le contestó que sobre la im posibilidad de la contradicción. Platón preguntó: '¿Cómo puedes escribir sobre eso?', mostrándoleque el argumento era contradictorio».
EU T 1D EM 0 235 — ¿Y quién podría pedir lo que no es? ¿Tú podrías? — Ah..., E u tid e m o 6* — dije— , estas sutilezas, aunquei'stén bien presentadas, yo ya no las com prendo en form audecuada, sino que las capto, asi, burdamente. Y ahoral:i) vez haré una pregunta dem asiado vulgar, pero lú perdóname. Dime: si no es posible engañarse, ni pensar lo fal- 287aso, ni ser ignorante, ¿tampoco existe la posibilidad de equivocarse cuando se hace algo? Al realizar una acción noes posible equivocarse en lo que se hace. ¿No habéis di-i ho eso vosotros? — Por supuesto — dijo. — Y he aquí, eotonces— agregué— , m i pregunta vul-r,;ir: si no nos equivocamos ni al actuar, ni ai hablar ni alpensar, vosotros dos, ¡por Zeus!, si así son las cosas, ¿quénos habéis venido a enseñar? ¿N o afirm abais hacepoco “ que erais capaces de enseñar la virtud mejor quenadie al que quisiera aprenderla? — Pero Sócrates — intervino D ionisodoro Lomando la bp a la b ra — , ¿chocheas64 tú hasta el punto de recordar:ihora lo que dijim os al comienzo —y tal vez si he dichoaljío el año p a s a d o 01 ahora lo recordarías— , y, en cam bio, no sabes qué hacer con los argumentos que usam os(-■n este m om ento? — Porque esos argum entos son m uy difíciles — dije— ,y es natural que así sean: ¡proceden de hombres doctos!Tanto es así, además, que resulta dificilísim o sacar algúnprovecho de lo últim o que has dicho. ¿Qué quieres decir,Dionisodoro, con la expresión «no saber qué hacer»? Es cevidente que dices que no puedo refutarlos, ¿no es cier- M En csla y en las lincas anteriores, he seguido el [exlo establecido por E. d e s P l a c e s («Euthydéme, 28áeS-8», Mélanges É m ile Boisacq.Urusel as, 1937, págs. 313-316) que responde más fielmente a la tradiciónman uscri (a. “ Cf. 273d8-9. w «Eres un Cronos» dice el texto. Era una expresión proverbial para indicar algo perteneciente a una época ya pasada. « Cf. 272bl0 y 273e4-5.
236 DIÁLOGOS to? Porque dime: ¿qué otra cosa puede significar la expí o- sión «no sé qué hacer con estos argum entos»? — De lo que tú dices, sin embargo, no sería difícil si» car provecho — respondió— . Asi que, contéstame M. — Primero tú, Dionisodoro — repliqué. —¿No quieres contestar?, dijo. — Pero, ¿acaso es justo? — ¡Claro que sí!, insistió. — ¿Y p o rq ué razón?, pregunté. Evidentemente, ¿no pui' otra que ésta: que has llegado aquí, con nosotros, ahora, como gran experto en la discusión y conoces cuándo sod debe contestar y cuándo no? ¿Y en este m om ento no ha* de dar la m ín im a respuesta, porque sabes que no se debe? — Pierdes el tiem po en charlatanerías — afirm ó— , en vez de contestarme. Hazm e el favor, querido, obedece y contéstame: a fin de cuentas estás de acuerdo en que soy un entendido. — Y bien, debo obedecerte... — respondí— ; es necesa rio que lo haga, al parecer, ya que tú ordenas. Preguritíi, pues, —¿Es por el hecho de que poseen un alm a por lo qua los seres dotados de comprensión comprenden, o también com prenden los que no tienen alm a? — Sólo los que tienen alm a. —¿Sabes tú de alguna expresión que tenga alm a? —¡Por Zeusl De ninguna.e —¿Y entonces por qué hace un instante me pregunta bas por la com prensión de m i expresión? — ¿Y qué otra cosa quieres que haya hecho — res pondí— , sino equivocarm e por im becilidad? ¿O, tal vez, no me equivoqué y dije bien al a firm a r que las expresio- 48 Dionisodoro no quiere continuar la comprometedora discusiónsobre «no saber qué hacer», que equivale a «no poder refutar* y buscadesplazar sobre el término noéin, que puede corresponder tanto a «significar», «tener sentido» (asi la empleará Sócrates), como a «comprender», «concebir» (asi la usará Dionisodoro).
EUT1DEMO 237nrs tienen significado? ¿Qué dices? ¿Me he equivocado oni> Si no me he equivocado, ni siquiera tú, con todo tu•iiber, podrás refutarme, ni sabrás tampoco qué hacer conun argum entación; si, en cam bio, me he equivocado, en-lonces tú no te expresas bien, ya que sostienes que es im posible equivocarse. Y esto no lo digo con respecto de lo 288aque afirm aste hace un año... En fin, D ionisodoro y Euti-dcmo — añadí— , parece que este razonamiento nuestro no«vanza, y, m ás aún, corre el riesgo, como en el viejo casoan te rio r69 de caerse él mismo después de haber derriba-dn al contrincante, y para que ello no suceda, ni vuestroarle — que por añad id u ra es tan asombroso p or la preci-■itón en las palabras— ha sido capaz de encontrar unmedio. Intervino Ctesipo: — ¡Asombrosas, sí, son las cosas que decís, hombres deI un o s o de Quíos, o de donde y como os plazca ser Llama- biliis! Por cierto, no os preocupa para nada el divagar. Temí yo que volviéramos a las ofensas e intenté nuevamente calm ar a Ctesipo, diciéndole: — Ctesipo, lo que poco antes decía a Climas 7°, te lo re-Iiito ahora a ti: no conoces que el saber de estos extranjeros es algo asombroso. Pero ellos no han querido darnosuna dem ostración en serio, sino que im itando a Proteo, el sofista egipcio, buscan seducirnos con encantam ientos'” . Mas im item os nosotros a M enelao72 y no cdejemos ir a estos hombres hasta que nos hayan revelado aquello de lo que en serio se ocupan. Estoy conven- M Cf. 2fi6c3-4. 70 Cf. 277d4 ss. 11 Proteo era una divinidad marina, conocedora del porvenir, peroune se resistía a comunicar su saber a los hombres, transfigurándose enIrón, dragón, pantera, jab alí, ele. 51 Menelao logra interrogar a Proteo (v. Odisea IV 465 ss.).
238 DIALOGOS cido de que nos van a hacer ver en ellos algo realmt-n espléndido, una vez que empiecen a Lomarse la cosa v serio. Roguémosles, pues, incitémosles y supliquém osll para que se nos revelen, Y me parece que yo, por mi pn te. he de ser, o tra vez, quien ha de ab rir el cam ino, mu»* Lrándoles con el ejem plo c ó m o los incito a q u e se nos i«V velen. Retom aré el tema donde lo había d e ja d o 71e intm d taré exponer lo m ejor posible lodo el resto, para ver si lo* gro provocarlos y que. piadosos y compasivos de mi fuerzo y m i seriedad, tam bién ellos em prendan las cosa* se ria m e n te . — Y tú, Clinias — d ije —, recuérdame dónde lo habí»- mos dejado. Me parece que más o menos en este punto habíamos, finalm ente, aceptado que era necesario filoso* far, ¿no es cierto? — Sí — contestó. —Y la filosofía era adquisición de conocimiento, ¿no es así?, agregué. — Sí — dijo. —¿C uál será entonces el conocim iento que haríamos e bien en adq uirir? ¿N o es sim ple la respuesta? ¿Aquel que nos servirá? — ¡Por supuesto!, dijo. — ¿Y nos serviria de algo si supiésemos reconocer, yen do y viniendo, en qué lugar de la tierra está sepultada la más grande cantidad de oro? —Tal vez — contestó, — Pero antes — dije— , habíam os demostrado acabada mente que ningún beneficio resulta de poseer todo el oro del m undo, aun si lo tuviéram os sin Fatiga y sin excavar la tierra; y si hasta supiésemos transform ar las piedras289ü en oro, tampoco de nada serviria semejante conocim ien to. Pues si no sabemos hacer uso del oro, quedó claro que Cf. 282e6.
EUTIDEMO 239ninguna u tilid ad podremos obtener de él. ¿O no le acuer-«U . >, dije.Me acuerdo muy bien — respondió.-Y ninguno de los oíros conocimientos parece tener\"iilid a d alguna, ni ei crematístico, ni el de) médico, ni, en■«tima, ningún otro que sepa, sí, p ro d u cir algo, pero nolin a r , en cam bio, lo que produce. ¿N o es asi?»•sluvo de acuerdo.— Ni si hubiera un conocim iento tal que hiciera a loslidiiibres inm ortales, pero que no supiera después hacer bii'.ii de esa inm ortalidad, tampoco de él resultarla utili-■Iml alguna, si debemos atenem os por lo menos a las con-■Insiones que antes habíam os establecido.Estuvimos de acuerdo en todo esto.— Necesitamos, por tanto, mi querido jovencito, — di-|i' ■, un conocim iento en el que estén reunidos, a la vez,iiinto el producir com o el saber usar eso que se produce.— Evidentemente — dijo.—Sin embargo — agregué— , aun cuando fuésemos hábiles fabricantes de liras, estaríamos m uy lejos de ser poneudores de ese conocim iento que dijim os. Aquí, en efec- clo, aun siendo el m ism o el objeto, diferente es, por un lado, el arte que produce y diferente, por el otro, aquel quehace uso; difieren m ucho entre sí, en efecto, el arle delque fabrica las liras y el del que las toca, ¿no es cierto?Adm itió que sí.—Tampoco, evidentemente, es el arte de producir flau-Ins el que necesitamos: estaríamos en el m ism o caso que■I anterior.Asintió.— Pero, ¡por los dioses!, exclamé, si aprendiésemos el.11 le de hacer discursos, ¿no sería acaso ése el que tendríamos que adquirir para ser felices?—Yo creo que no — contestó Clinias.— ¿De qué prueba te vales?, pregunté. d
240 d iá l o g o s — Yo veo — dijo— que algunos autores de discursos im saben hacer uso de los propios discursos que ellos nnos preparan, al igual que los fabricantes de liras no sim ben hacer uso de ellas; y tam bién sucede aquí que otro», en cam bio, son capaces de hacer uso de los discursos qm> aquéllos hicieron, pero son incapaces de escribirlos. I * evidente, pues, que, asimismo, con respecto de los discur» sos, una cosa es el arte que produce y otra, diferente, el que hace uso. — Me parece — dije— que nos das una prueba satishu • loria de que no es justam ente este arte de componer diit cursos aquél cuya posesión podria a uno hacer feliz. Y, sin embargo, yo creía que en él, con toda probabilidad, e tenia que habérsenos revelado ese conocim iento qué ha* ce tiempo andam os buscando, porque, en efecto, esto* hombres, los que hacen discursos, cuando me encuentro con ellos, Clinias, me resultan extraordinariamente sabios y su arte m aravilloso y sublim e. Por lo demás, no hay de qué asombrarse: semejante arte es, si bien pequeño, sólo una parle del arte de los encantamientos, aunque inferior290a a él. El de los encantam ientos, en efecto, consiste en en cantar serpientes 74, tarántulas, escorpiones y otras bes tias y en curar enfermedades, m ientras que éste persigue el encantam iento y persuasión de los m iem bros de un ju rado, una asamblea o cualquier otro Upo de gente re unida 7S. ¿O le parece a ti de otro m odo?, dije. — ¡No!, exclamó, me parece que es como tú dices. — Y entonces — proseguí— , ¿a dónde nos hemos de di rigir? ¿A qué otro arte? — Yo no sé dónde — dijo. Yo creo, en cam bio, que lo he encontrado — dije. —¿Cuál es?, preguntó Clinias. M Los griegos conocían a tos encantadores de serpientes (cf. República 358b3). 75 Cf. Pro lago ras 3!5a8-9, para la vinculación de) arte de componerdiscursos con el de los encarnamientos.
e u t id e m o 241 — La estrategia — respondí— ; me parece que es, más b■Iuc ningún otro, aquel que si uno lo posee es feliz. —A mí no me parece. —¿ P o rq u é ?, le pregunté. — Porque ése es, en realidad, un arte de cazar hombres. —¿ Y qué?, dije. — Ninguna de las artes relativa a la caza — respondió—\i más allá de cazar o c a p tu r a r ’*, y una vez que la gen-ii lia capturado lo que era objeto de su caza, no sabe quéuso hacer de él. Tanto es así que los cazadores y pescado-1 1 ent rcgan sus presas a los cocineros, y, a su vez, los geó-mcl ras, astrónomos y maestros de cálculo — pues también cellos son cazadores, ya que, en efecto, no producen sus finuras, sino que se lim itan a encontrar las que existen— ,■orno tam poco saben qué uso hacer de ellas, sino sólo ca-Mirlas, entregan lo que han hallado a los dialécticos ” pa-i ti que lo utilicen. Por lo menos, asi proceden quienes, deentre estos últim os, no han perdido por completo la>nbe7~a. — ¡Muy bien, mi queridísim o e inteligentísimo Clin ¡as!,exclamé. ¿Y es realm ente así la cosa? — ¡Por supuesto! Y lo m ism o vale con los estrategas dijo— , que, cuando han tom ado una ciudad o un ejérci-lo, los confian a los hombres de estado — ya que ellos, por d■•i, no saben qué uso hacer de lo que han capturado— , asíi um o los cazadores de codornices entregan las presas al<i.s que se dedican a su c r ía ,s. De m odo pues — continuó— , que si necesitamos un arte que sepa también ha- ’* Es decir, no produce el objeto, que era u d o de los requisitos deli unoclmíento buscado (cf. 289b5-6). 57 No designa aquí, como en Menón (75d) al que sabe conducir hábilmente una discusión, sino que tiene el significado platón ico fuerte delllúsoío, el que es capaz de aprehender los principios (cf. República 533bv •■«.), 1n La cria de codornices para someterlas a competencias entre ellasnr habla vuelto entonces, en Atenas, casi una verdadera manta (cf. LeyesVHOb-c y Alcibiades 1 120a).1,1 - 16
242 DIÁLOGOScer uso del objeto que ha adquirido, por haberlo prodm’li Ido o por haberlo cazado, y si sólo un arte tal nos har¿ d|Jchosos, entonces el que buscamos —concluyó— no sei Ael arte del estratego, sino otro. Crit. — ¿Qué cslás dicie ndo, S ócrates? ¿E se joven liUMbló así? Sóc. — ¿N o lo crees, Critón? Crit. — ¡Por Zeus que no! Pues en m i o p in ió n , si Y umdaderam enie p ronu nció esas palabras, no tiene él neccrsílildad para su educación ni de E utidem o ni de n in g ú n o tro J Sóc. — Entonces..., ¿habrá sido, ¡por Zeus!, Ctesipoelque las dijo y yo no me acuerdo bien? Crit. — ¡Pero de qué Ctesipo me hablas! Sóc. — Por lo menos estoy seguro de esto: ni Emitir*mo ni Dionisodoro dijeron esas palabras. ¿H abrá sido, rri(bienaventurado Critón, algún ser superior allí preseit1,le, quien las pronunció? Porque, en efecto, yo las escmlche.,., estoy seguro. C r.it. — Si, ¡por Zeus!, Sócrates, creo que pudo haboisido alguno de los seres superiores... ¡y m uy superior! Aliora bien, después de eso, ¿continuasteis en la búsqueda?¿Encontrasteis el arte que buscabais o no lo encontrasteis? Sóc. — ¿Y dónde encontrarlo..., querido? Éramos mút.bien ridículos: como los chiquillos persiguiendo alondras,Creíamos a cada momento estar a punto de aferrar umide esos conocimientos y siempre, sin embargo, se nos je(<cabullía. ¿Para qué repetirte las m uchas cosas que se dijeron? Arribamos, por últim o, al arte regio y examinándolo a fondo, para ver si era aquel que produce la felicidad, he aqui que, como si hubiésem os caído en un laberinto, creyendo que habíam os alcanzado su fin, nos hallamos, en cam bio, después de haber dado una vuelta panino llevárnoslo por delante, con que estábamos de nuevo79 Alguna divinidad o daimon. Cf, Sofista 216b4.80 Cí. Político 259b I ss.
EUT1DEM0 243i ii i'l punto de partida de nuestra indagación y en las mis- cmus condiciones que al p rincipio de nuestra búsqueda. C u it . — ¿Cóm o os sucedió eso. Sócrates? Sóc. — Te lo explicaré. Creimos que la política y el arle regio eran lo mismo. C r it . — ¿Y e n to n c e s ? Stic. — Creimos que tanto el arte del estratego comoli>-, otros entregaban a ése el manejo de los productos, deIns cuales ellos m ism os son los artesanos, como si Fuese■11111 ico que sabe utilizarlos. De m odo que nos parecía cla-i ci que era ése el que buscábam os, el que es causa del bie-nestar del Estado, y que, precisamente, él solo, al decir>lcl yam bo de E s q u ilo “ , está sentado «en la popa de la d■tildad», gobernándolo lodo y dirigiéndolo lodo para quelodo sea útil. C r it . — ¿ Y no os pareció bien, Sócrates? Sóc. — Lo juzgarás tú mismo, Critón, si quieres escu-i liar lo que nos sucedió a continuación- Comenzamos denuevo nuesiro examen más o menos así: «Y bien, este ar-ir regio, que todo Lo dirige, ¿nos produce algún resulta-iln, o no?» «Sin duda — nos dijim os el uno al otro— . » ¿ No eHjsponderías eso tam bién tú, Critón? C rit. — Sí. Sóc. — ¿ Y cuál dirías que es su resultado? Por ejemplo, si yo le preguntase qué resultado produce la m e d icina, al dirigir todas las cosas que dependen de ella, ¿nome contestarías que es la salud? Crit. — Si. Sóc. — Y a propósito de tu arte, la agricultura **, queilirige todo lo que le concierne, ¿qué resultado produce? No me vas a decir que produce el alim ento que surge de 292ala tierra? *' Posible nlusión a Protágoras. Cf. Protágoras 318c5 ss. Los siete contra Tebas, vv. 2 y 760-]. Se desprende, pues, que Critón poseía o, por lo menos, irabaja-hii campos. Más adelante se habla de sus negocios (304c).
244 DIÁLOGOS Ckit. — ¡Claro que sí! Sóc. — ¡Ah...! Entonces el arte regio, que dirige to lo que le concierne, ¿qué produce...? Tal vez no te es t,u responder. C rit. — ¡Por Zeus!, que no, Sócrates. Sóc. — Y tampoco lo era para nosotros, Critón. I’r por )o menos esto tú lo sabes: si es el que buscamos, «t cesariamenie tiene que ser algo útil. Crjt. — Por supuesto. Sóc. — ¿Y debe, por lo tanto, ofrecem os algún b ic til C rjt. — Necesariamente, Sócrates.b Sóc. — Un bien que, según convinimos C linias y yo liu ce poco, no puede ser otra cosa que un cierto conofl miento. C rit. — Asi habéis dicho. Sóc. — Por lo tanto, esos otros resultados, que se po» dría decir propios de la política — y que serían mucho», como, por ejemplo, lograr que los ciudadanos fuesen ri< eos, libres y pacíficos— , todos ellos, digo, ya se ha m ol trado que no son ni buenos ni malos; en cam bio, era me* nester que este arle hiciese sabios a los ciudadanos y partícipes del conocimiento, si en efecto quería conver-c tirse en el único arte que, siendo útil, brindase además felicidad. deCkit. — Eso es. Por lo menos así habíais quedado acuerdo, según lo que nos ha referido. Sóc. — ¿Pero hace en verdad el arle regio sabios y bue nos a los hombres? Crit. — ¿Y por qué no, Sócrates? Sóc. — ¿Pero a todos los hace buenos, y en todo...? ¿Y ese arte enseña cualquier Lipo de conocimiento, el del za patero, el del carpintero y todos los demás? Crit. — No creo, Sócrates.d Sóc. — Entonces, ¿qué conocimiento nos da? ¿Qué uso haremos de él ? No debe producir ninguno de los resulta dos que no son ni malos ni buenos, ni debe sum inistrar
EUTIDEMO 245ningún conocimiento que no sea otro que el propio. ¿Se-i (linos capaces de decir, en fin, cuál es y qué uso podemosImecr de él? ¿Quieres que digamos, Critón, que es aqueli ■mi él que hacemos buenos a los demás? ( k i t . — De acuerdo. Sóc. — ¿Pero con respecto a qué serán buenos para no-•Otros? ¿Con respecto a qué serán útiles para nosotros? i ) tendremos que decir todavía que hará buenos a otros,y estos otros, a su vez, a oíros w? En suma, con respecto e ■ipié han de ser buenos, no lo vemos por ningún lado, desdi el m om ento que hemos desacreditado los que se sue-|t m decir que son los resultados de la política. No nos ca-!\" sino repetir literalm ente el proverbio «Corinto, hijo de¡tcus»s5, y, como decía, estamos tan lejos como al principio, o más aún, de saber cuál es ese conocimiento que po-ili.i brindam os la felicidad. (' k it . — ¡Por Zeus!, Sócrates, parece que os habíais me-lldo en un bonito atolladero. Sóc. — Así es, Critón, y hasta yo m ism o, cuando me vi 293aatrapado en semejante atolladero, pedí a gritos la ayuda■Ir los extranjeros, invocándolos como si fueran Dioscu-io s “ , para que nos salvaran, a mi y a m i joven compañe-iii, de esa tercera oleada del argum ento, y se esforzaranpor todos los medios en dem ostram os seriamente cuál esese conocimiento con cuya posesión podíamos transcurrirliicn el resto de la vida. Crit. — ¿Y...? ¿Os lo quiso demostrar Eutidemo? Sóc. — ¿Y cóm o no? Comenzó, además, m i amigo, connlre d e h o m bre m uy superior a hab lar asi: M Cual si fuese una transmisión de bondad de los unos a los oíros<¡uno resultado de la política. M Dicbo que se aplicaba a todo tipo de vana repetición. Un escolio.¡I diálogo (G, Cu. Grben6, Scholia Platónica, Aracr. Pliilol. Assoc.. 1938,|iá(>' I 23) explica su origen en la incansable reileración de la i rase porluirle de eicrlo embajador de Corinto enviado a Megara. *6 Los Dioscuros, Cástor y Pólux, eran divinidades protectoras Invocadas, parlicularmente, por los marinos en momentos de peligro.
246 DIALOGOSb — ¡Oh Sócrates!, este conocimiento acerca del cuttl hit ce un buen rato que ancláis en dificultades — dijo— , r iliM bo enseñártelo o bien demostrarte que ya lo posees? J — ¡Dichoso de ti, Eutidem o!, exclamé. ¿Eres capa/ tli ello? — ¡Por supuesto!, contestó. — Entonces, demuéstrame, ¡por Zeus!, que ya lo posad Para un hom bre de mi edad, eso es m ucho m ás fácil quf aprenderlo. — Veamos, pues — dijo— ; contéstame: ¿hay algo qua conoces? — Por cierto —dije— , muchas cosas, aunque de puea monta. — Es suficiente — dijo— . ¿Crees que es posible que urutc cosa que es no sea aquello que es? — No, ¡por Zeus! — Entonces —agregó— , ¿tú conoces algo? — Sí. — Y si conoces algo, ¿eres alguien que conoce,]? — Por cierto — dije— , conozco precisamente eso. — No im porta. Pero, ¿no es inevitable concluir que tu conoces todo, si eres un conocedor? — ¡Por Zeus!, no — dije yo— , pues hay m uchas cosas que yo no conozco. — Entonces, si hay algo que tú no conoces, tú n o eres un conocedor. — No lo soy de esa cosa en p a rtic u la r querido — le contesté. — ¿Y es por eso menos cierto — dijo— que tú no eres un conocedor? Hace un instante decías que eras un cono- cedor, Así sucede que tú mismo, por un lado, eres lo que í7 La falacia que se prepara aquí está basada en el equívoco establecido por Eutidemo uniré una noción relativa y otra absoluta; el desplazamiento significativo se da entre «conocer algo» y «alguien que conoce» o «conocedor» (entendiendo que conoce todo). Para el resto del argumento, véase n. 32.
E U tlD E M O 2471«) •. y, por el otro, en cam bio, no lo eres, y al m ism o tiem-|m v ton respecto a lo m ism o dAdmitámoslo, E utidem o— respondí— , porque, comoi iva el p ro verbio ,« todo lo que tú digas está siem pre bienilu lio» w. Pero, ¿cóm o sé que poseo ese conocimiento queU n í amos? Puesto que es im posible que una m ism a cosam-.i y no sea, si conozco una cosa, las conozco todas — eni li’t !o, no podría al m ism o tiempo ser alguien que cono-i y alguien que no conoce— ; y puesto que las conozconulas, poseo tam bién ese conocimiento. ¿N o es esto lo quequieres decir, y no consiste en ello tu sagaz argum ento?— ¡Pero tú m ismo te estás evidentemente refutando, Só- e• i.ites!, dijo.— ¿Q ué? ¿Acaso no estás tú tam bién, Eutidem o, en lamisma situación?, agregué. Porque yo personalmente,mientras me encuentre contigo y con este Dionisodoro,mente dilecta w, sea cual fuere la suerte que corra, no melie de quejar de ella en absoluco. Pero, dirne: ¿no es ciertoi|iie vosotros algunas cosas las conocéis, y otras, no?— De ninguna manera, Sócrates — dijo Dionisodoro.—¿Qué queréis decir?, pregunté. ¿Entonces no cono-i éis nada?— Al contrario — dijo.— ¿Entonces conocéis todas — agregué— , puesto que 294ai onceéis alguna?— Todas — dijo— , y tam bién tú, pues si conoces por lomenos una, conoces todas.— ¡Oh Zeus!, dije. ¡Qué asombroso! ¡Qué m aravilla hemos hallado! ¿Y tam bién lodos los otros hombres conocen todo..., o no conocen nada? “* Es decir, al conocimiento. Adviértase que ésta es una formulaciónmuy precisa del principio de no contradicción. (Compárese con República 436b8-437a9.) 89 El núcleo del proverbio es kalá partía «todas las cosas sonhermosas». 90 Expresión homérica (¡liada V llt 281).
248 DIÁLOGOS —'Hs claro que no puede ser — respondió— que con can algunas cosas y no conozcan otras, y que sean al m mo tiempo conocedores y no conocedores. — ¿Y entonces qué?, dije yo. — Todos conocen todo — dijo— , con tal de que cum can una sola cosa.b — ¡En el nom bre de los dioses!, exclamé. Y me expíe* so así, Dionisodoro, porque es evidente que ya estáis p t f l cediendo seriamente, cosa que no sin dificultades hu ln grado que hicierais. Vosotros dos, ¿conocéis realmente tu* do...? Por ejemplo, el arte del carpintero y del zapatero? — Por supuesto — contestó. — ¿Y sois capaces tam bién de rem endar los zapatos 1 — Sí, ¡por Zeus!, y tam bién de ponerles suelas. — ¿Y tam bién sabéis cosas de esta índole, como cuan tas son las estrellas y los granos de arena? — Por supuesto — dijo— , ¿o crees que no habríamoñ contestado que si? Ctesipo tomó la palabra.c — ¡Por Zeus!, Dionisodoro — dijo— , dame alguna prue ba de eslo para que pueda persuadirm e de que ambos, efectivamente, decís la verdad. — ¿Cuál te he de dar?, dijo. — ¿Sabes tú cuántos dientes tiene Eutidem o y sabe és te cuántos tienes t ú ” ? — ¿ No te basta — dijo— haber oído que nosotros cono cemos lodo? — No me digas eso — contestó— . sino dad respuesta só lo a la pregunta y demostradnos ambos que decís la ver dad. Si nos decís, pues, cada uno de vosotros cuántos dien tes tiene el otro y evidenciáis, así, conocerlos — nosotros los comprobaremos luego contándolos—, entonces OS cree remos tam bién acerca de las demás cosas. 41 Los dos sofistas eran viejos, (cf. 272b9) y sus dientes, seguramen-le, no muy numerosos.
EUT1DEM0 249 Pero, pensando que se estaban burlando de ellos, no dtu i- p ta r o D someterse a la prueba ” , com o tam poco deja-fun de repetir, eD ocasión de cada pregunta de Ctesipo,i|iie ellos conocían todas las cosas. Ctesipo, en efecto, sinningún tipo de reservas, term inó haciéndoles cualquierpregunta, aun las m ás indecorosas, para ver si las cono-i íim. Y ellos, im pertérritos, las e n fre n ta b a n ,J, convencidos de su saber, como jabalíes que se lanzan a recibir elUolpe, al punto que hasta y o m ism o, Critón, me vi forzado por la incredulidad a preguntarle, finalm ente, a Euti-dcmo si D ionisodoro sabía tam bién danzar, y este últim o eme contestó: «por supuesto». —Pero no ciertamente — dije— a saltar sobre las espadas ni a girar sobre una rueda 'M, a tu edad. ¿No habrás ido tan lejos con tu saber? — No hay nada que no conozca — respondió. — Y — dije— ¿conocéis todo ahora o lo habéis conocido siempre? — Siempre — me respondió. --¿También cuando erais niños y recién nacidos cono-<iais todo? Ambos dijeron que sí al m ism o tiempo. A nosotros, sin embargo, la cosa nos parecía increíble. 295aliutidem o, entonces, dijo: —¿N o lo crees, Sócrates? — No. Sólo que — agregué— parece que vosotros soissabios. — Si estás dispuesto a contestar mis preguntas — dijo— , me encargaré de demostrarte que tam bién tú reconocerás en ti m ism o este asombroso conocimiento. n Siempre evitaban los extranjeros s a lu de un plano puramenteverbal. Expresión homérica (litada X III 337). 54 Para estos ejercicios de acrobacia, véase J e n o p o n t e , Banquete II11 y V il 2-1.
250 DIÁLOGOS — Nada me agradaría tanto — repuse— como verrtir m futado en esto. Porque sí hasta ahora no me he dado cu« n ta de ser sabio, y tú me vas a dem ostrar que conozco tija do, y que siempre he conocido, ¿qué mayor prodigio éste podría encontrar yo en toda m i vida? — Contéstame, pues —dijo.b —Interrógam e, que te responderé. — Pues bien, Sócrates — d ijo— , ¿eres tu conocedor ilv algo, o no? - S í. — ¿Y eso por lo cuai eres un conocedor, es eso misino por lo cual tam bién conoces, o conoces por m edio de oti'M cosa ? — Es eso m ism o por lo cual soy un conocedor. Creo que te refieres al alma, ¿o no estás hablando de ella? — ¿No te da vergüenza, Sócrates?, exclamó. Siendo tú el interrogado, te atreves a preguntar. — Es cierto —dije— , pero, ¿cóm o debo hacer? Y'o pro> cederé tal como tú ordenes. Pero cuando no sé lo que pre guntas, ¿me ordenas entonces que conieste igualmente sin que te pida explicación?¿ — Si tú comprendes de algún modo lo que digo —afir mó. — Sí — respondí. — Y bien, contéstam e entonces según lo que com prendes. ¿Cómo? — dije— . Si tú me pregunias pensando en una cosa y yo por m i parte com prendo otra y, después, te con testo según lo que com prendí, ¿te es suficiente que yo no te responda nada de la cuestión? —A mí, sí — d ijo— , pero a ti no, me parece. — Yo, ¡por Zeus! — afirm é— , no contestaré si antes no he aclarado la pregunta. — Es que tampoco contestarás nunca a lo que crees ha ber entendido, porque pierdes el tiempo en charlatanerías y eres más viejo de lo debido.
EUTIDEMO 251 Me di cuenta entonces de que estaba fastidiado con- dMilJo por las observaciones que hacía a sus preguntas,mientras que él quería atraparm e envolviéndome en lasi riles de sus palabras. Y me acordé de Cono u, que tam-liii-n se fastidiaba conm igo cuando yo me empecinaba, ytiuHpués se ocupaba menos de mi, considerándom e Lnca-|ni/ de aprender; y puesto que había decidido frecuentartumbién las lecciones de este hom bre, me pareció convenirm e ceder, no fuera que, juzgándom e un torpe, se ne-|Ara a aceptarme. De modo, pues, que le dije: -Si te parece que hay que proceder así, Eutidemo, que e r.i se proceda; tú sabes discutir m ejor que yo, que soy unl>iolano en este arte. Pregunta, pues, de nuevo, desde el■omienzo. -Y tú contéstame, de nuevo, desde el comienzo — dijo.i Conoces lo que conoces por medio de algo, o no? — Sí — dije— , por m edio del alm a. — ¡Otra vez éste me contesta m ás de lo que se le pre- 29éxsKiinta! ¡Yo no te pregunto por m edio de qué cosa, sino sin J i i o c e s por m edio de algo! — Contesté más de lo que debía — dije— , por ignorancia. D iscúlpam e. Te responderé ahora con toda sim p licidad, que conozco lo que conozco por medio de algo. — ¿Y — preguntó— siem pre por medio de eso m ism oo,r>veces, por m edio de eso y, a veces, por medio de olro? — Siempre, cuando conozcon — dije—, es por m edioilc eso. — ¿Pero no term inarás nunca — exclamó— de haceragregados? —Temo que este «siempre» nos engañe. — No a nosotros — repuso— ; en todo caso, a ti. Vuelvo b;t preguntarte: ¿conoces siempre p or m edio de eso? »5 Cf. 272c2. Los «agregados* o precisiones que intercala Sócrates son, Justamente, aquellos que hacen evidente la falacia.
252 DIÁLOGOS — S iem p re — dije—, ya que hay que quitar el «cuando — Conoces, entonces, siempre por m edio de eso. 't siempre conoces, ¿conoces algunas cosas por medio de o t l por lo que conoces y otras por medio de otra cosa, o '<► das por medio de eso? — Todas 1,7 por m edio de eso — dije yo— , las q d conozco. — ¡Ahí está — exclamó— otra vez el agregado! — Está bien — afirm é— , quitaré «las que conozca», — No hace falta que quites nada. No te estoy pidiendoc ningún favor. Sólo contéstame esto: ¿serías capaz de co* nocer la totalidad, si no conocieses todas las cosas? — Sería un portento — repuse. Y él dijo: — Agrega entonces ahora lo que quieras, pues ya lm*i ad m itido que conoces la totalidad 5S. — Así parece — dije—, porque si el agregado «las quo conozco» no tiene ningún valor, entonces yo conozco todas. — Y tam bién has ad m itido que conoces siempre por m edio de eso por lo que conoces, sea «cuando conoces», sea de cualquier otra m anera que te plazca, pues has ad m itido que conoces siempre y todo a la vez. Es, por tanto, evidente que también siendo niño conocías, y cuando nací cisle y cuando fuiste engendrado; y hasta antes de ser lú m ism o generado, y de que lo fueran el cielo y la tierra, conocías todo, sí es c ie n o que siempre conoces. 01 El sofisma se basa en el significado de «lodo» (— «lodas las cosas», páiita\ Sócrates aclara que por «todo» entiende iodo lo que conoce,Eutidemo presupone, en cambio, lodo ¡o que es posible conocer. Frentea los reparos de Sócrates, recurre a la fórm ula «serias capaz de conocerla totalidad (ápanta)», para buscar el mismo equívoco. 98 El sofisma se reduce a las siguientes proposiciones; no se puedeconocer la totalidad (como un todo global) sin conocer todo (como pluralidad de partes). Sócrates, al contestar negativamente la pregunta anterior, admite conocer la totalidad y, por lo tanto, conoce también las partes, o sea, todo.
EUTTDEMO 253 ■Y, ¡por Zeus!, tú siempre — agregó— , conocerás, yi unoccrás la totalidad de Jas cosas, si así yo lo quiero w. ¡Ojalá lo quieras — respondí— , venerado Euiidemo!,■•i realmente dices la verdad. Pero no confío del todo enyue seas capaz de ello, a menos que se una a tu querer* I de tu herm ano Dionisodoro, aquí presente; así tal vez epodrías... Pero, decidme los dos — agregué— : con respec- de otras cosas no sabría en efecto cóm o disputar convii>,otros —hom bres de tan prodigioso saber— , para de-rnoslrar que no conozco todo, desde el m om ento que vo- >alros afirm áis que sí lo conozco; pero, cosas como éstas,l.utidemo, por ejemplo, que «los hombres buenos son in-|iiilos», ¿cóm o puedo pretender yo conocerlas? Dime, porhivor, ¿las conozco o no las conozco? — Por cierto que las conoces — respondió. —¿Conozco qué...?, exclamé. —Que los buenos no son injustos. —-Desde luego, eso ya Jo sé —dije— , y hace rato. Pero 297ano es lo que te pregunto, sino dónde aprendí yo que «losbuenos son injustos». — En ningún lado — intervino Dionisodoro. — Entonces esto es algo que no sé — dije. — ¡Ten cuidado — dijo E u tid em o dirigiéndose aDionisodoro— , me echas a perder el argum ento!, porque¿isJ resultará que él no conoce, y entonces que es, al m ismo tiempo, un conocedor y un no conocedor. Dionisodoro se ruborizó. — ¿Qué estás diciendo, Eutidemo?. pregunté. ¿No te pa- bi ece correcto lo que afirm a tu hermano, que lo sabe todo? Es decir: del argumentar de Euiidem o depende que Sócrates conozca. Debe señalarse, además, que las palabras aquí pronunciadas porliulidcm o son Las que más se aproximan a la Tesis que Platón atribuyeu Eutidemo —suponemos que se trata de la misma persona (v. n. 6)— enel Crdlilo 386d3 ss. La tesis, que na figura en nuestro diálogo, es la siguiente: «todas las cosas se corresponden con todas las cosas siemprey a la vez».
Search
Read the Text Version
- 1
- 2
- 3
- 4
- 5
- 6
- 7
- 8
- 9
- 10
- 11
- 12
- 13
- 14
- 15
- 16
- 17
- 18
- 19
- 20
- 21
- 22
- 23
- 24
- 25
- 26
- 27
- 28
- 29
- 30
- 31
- 32
- 33
- 34
- 35
- 36
- 37
- 38
- 39
- 40
- 41
- 42
- 43
- 44
- 45
- 46
- 47
- 48
- 49
- 50
- 51
- 52
- 53
- 54
- 55
- 56
- 57
- 58
- 59
- 60
- 61
- 62
- 63
- 64
- 65
- 66
- 67
- 68
- 69
- 70
- 71
- 72
- 73
- 74
- 75
- 76
- 77
- 78
- 79
- 80
- 81
- 82
- 83
- 84
- 85
- 86
- 87
- 88
- 89
- 90
- 91
- 92
- 93
- 94
- 95
- 96
- 97
- 98
- 99
- 100
- 101
- 102
- 103
- 104
- 105
- 106
- 107
- 108
- 109
- 110
- 111
- 112
- 113
- 114
- 115
- 116
- 117
- 118
- 119
- 120
- 121
- 122
- 123
- 124
- 125
- 126
- 127
- 128
- 129
- 130
- 131
- 132
- 133
- 134
- 135
- 136
- 137
- 138
- 139
- 140
- 141
- 142
- 143
- 144
- 145
- 146
- 147
- 148
- 149
- 150
- 151
- 152
- 153
- 154
- 155
- 156
- 157
- 158
- 159
- 160
- 161
- 162
- 163
- 164
- 165
- 166
- 167
- 168
- 169
- 170
- 171
- 172
- 173
- 174
- 175
- 176
- 177
- 178
- 179
- 180
- 181
- 182
- 183
- 184
- 185
- 186
- 187
- 188
- 189
- 190
- 191
- 192
- 193
- 194
- 195
- 196
- 197
- 198
- 199
- 200
- 201
- 202
- 203
- 204
- 205
- 206
- 207
- 208
- 209
- 210
- 211
- 212
- 213
- 214
- 215
- 216
- 217
- 218
- 219
- 220
- 221
- 222
- 223
- 224
- 225
- 226
- 227
- 228
- 229
- 230
- 231
- 232
- 233
- 234
- 235
- 236
- 237
- 238
- 239
- 240
- 241
- 242
- 243
- 244
- 245
- 246
- 247
- 248
- 249
- 250
- 251
- 252
- 253
- 254
- 255
- 256
- 257
- 258
- 259
- 260
- 261
- 262
- 263
- 264
- 265
- 266
- 267
- 268
- 269
- 270
- 271
- 272
- 273
- 274
- 275
- 276
- 277
- 278
- 279
- 280
- 281
- 282
- 283
- 284
- 285
- 286
- 287
- 288
- 289
- 290
- 291
- 292
- 293
- 294
- 295
- 296
- 297
- 298
- 299
- 300
- 301
- 302
- 303
- 304
- 305
- 306
- 307
- 308
- 309
- 310
- 311
- 312
- 313
- 314
- 315
- 316
- 317
- 318
- 319
- 320
- 321
- 322
- 323
- 324
- 325
- 326
- 327
- 328
- 329
- 330
- 331
- 332
- 333
- 334
- 335
- 336
- 337
- 338
- 339
- 340
- 341
- 342
- 343
- 344
- 345
- 346
- 347
- 348
- 349
- 350
- 351
- 352
- 353
- 354
- 355
- 356
- 357
- 358
- 359
- 360
- 361
- 362
- 363
- 364
- 365
- 366
- 367
- 368
- 369
- 370
- 371
- 372
- 373
- 374
- 375
- 376
- 377
- 378
- 379
- 380
- 381
- 382
- 383
- 384
- 385
- 386
- 387
- 388
- 389
- 390
- 391
- 392
- 393
- 394
- 395
- 396
- 397
- 398
- 399
- 400
- 401
- 402
- 403
- 404
- 405
- 406
- 407
- 408
- 409
- 410
- 411
- 412
- 413
- 414
- 415
- 416
- 417
- 418
- 419
- 420
- 421
- 422
- 423
- 424
- 425
- 426
- 427
- 428
- 429
- 430
- 431
- 432
- 433
- 434
- 435
- 436
- 437
- 438
- 439
- 440
- 441
- 442
- 443
- 444
- 445
- 446
- 447
- 448
- 449
- 450
- 451
- 452
- 453
- 454
- 455
- 456
- 457
- 458
- 459
- 460
- 1 - 50
- 51 - 100
- 101 - 150
- 151 - 200
- 201 - 250
- 251 - 300
- 301 - 350
- 351 - 400
- 401 - 450
- 451 - 460
Pages: